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Validade do Modelo Cattell-Horn-Carroll na abordagem intraindividual

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(1)

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM NEUROCIÊNCIAS

JHONYS DE ARAUJO

Validade do Modelo Cattell-Horn-Carroll na Abordagem Intraindividual

Belo Horizonte – MG

(2)

JHONYS DE ARAUJO

Validade do Modelo Cattell-Horn-Carroll na Abordagem Intraindividual

Belo Horizonte

2015

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Neurociências da

Universidade Federal de Minas Gerais, como

requisito parcialà obtenção do grau de

Mestre.

Área de Concentração: Neurociências

Básicas.

(3)

SUMÁRIO

Introdução ... 10

Material e Métodos... 21

Desenho da Pesquisa... 21

Instrumentos ... 21

Coleta de Dados ... 23

Análise de Dados... 24

Resultados e Discussão ... 25

Análise Descritiva ... 25

Análise Gráfica das Séries Temporais ... 26

Análise das Matrizes de Correlação ... 27

Análise Fatorial ... 30

Conclusão ... 35

(4)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Estudos de revisão que apresentam a validade do modelo CHC ... 20

Tabela 2 Estatísticas descritivas do desempenho nos nove testes nas 90 medidas

... Оши к ! З кл дк не определен .6

(5)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Ilustração esquematizando os três estratos do CHC ... 11 Figura2. Séries temporais do desempenho da participante no decorrer das 90

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família, especialmente meus pais que me deram suporte e

me passaram os valores necessários para que eu pudesse persistir e sempre almejar o

sucesso tanto na vida profissional quanto na profissional e acadêmica.

Não tem palavras que expressem a enorme gratidão que tenho pelo meu

orientador, Professor Cristiano Mauro Assis Gomes. Que me ajudou com uma

orientação de altíssimo nível, e, além disso, tem me ajudado a desenvolver as

habilidades básicas e fundamentais necessárias para a atuação com muito esforço e

competência.

Um grande agradecimento a Jaqueline pela sua disponibilidade em aceitar

realizar os testes. Sua boa vontade foi fundamental para que este trabalho pudesse ter

ocorrido.

Agradeço aos meus amigos e membros do nosso grupo de estudos Fernanda,

Aquiles, Carolina, Bruna que me sempre me ajudaram com sugestões Agradeço

especialmente a Michele pela grande ajuda em compreender muitos conceitos e

aspectos tão complicados que estavam envolvidos na pesquisa.

Agradeço aos professores Arthur Kummer e Adriano Souza pelas

contribuições e também por terem aceito compor a banca de defesa desta

dissertação.

Agradeço aos meus grandes amigos Felipe e a Mariana que me ajudaram

(7)

RESUMO

ARAUJO, J. Validade do modelo Cattell-Horn-Carroll na Abordagem

Intraindividual. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em

Neurociências, Instituto de Ciências Biológicas (ICB), Universidade Federal de

Minas Gerais, Belo Horizonte, 2014.

O Cattell-Horn-Carroll (CHC) representa o estado da arte dos modelos

psicométricos de inteligência. O modelo surgiu a partir da fusão realizada por

McGrew e Flanagan (1998) entreo modelo Gf-Gc, de Raymond Cattell e John Horn,

e a Teoria dos Três Estratos, de John Carroll. Apesar de robusto, os estudos de

validade estrutural suportam empiricamente o CHC somente no âmbito das

diferenças interindividuais. De acordo com as condições dos teoremas ergódicos –

homogeneidade e estacionariedade –, é inadequado pressupor que as inferências de

estudos populacionais possam ser transpostas diretamente para o nível individual e

vice-versa sem uma análise estatística do modelo em ambos os níveis. Portanto, esta

dissertação busca verificar se o modelo CHC pode ser identificado empiricamente

em uma participante de 28 anos. Foram aplicados nove testes marcadores de três

fatores de segunda ordem do modelo: rapidez cognitiva (Gs), inteligência

cristalizada (Gc) e inteligência fluida (Gf). Para identificar o modelo CHC,

esperava-se encontrar uma solução exploratória de três fatores, mutuamente

correlatos, de modo a indicar um possível fator geral de segunda ordem. Os nove

testes foram aplicados 90 vezes na mesma participante, gerando nove séries

temporais de desempenho. Uma análise fatorial dinâmica foi empregada,

(8)

CHC não foi suportado empiricamente pela análise dos dados da participante, cuja

estrutura é composta por dois fatores.

Palavras-chave: Cattell-Horn-Carroll; teoremas ergódicos; homogeneidade;

estacionariedade; nível individual; nível populacional.

Palavras-chave: Cattell-Horn-Carroll; teoremas ergódicos; homogeneidade;

(9)

ABSTRACT

The Cattell-Horn-Carroll (CHC) represents the state of the art of the

psychometric models of intelligence. The model came up from the blend made by

McGrew and Flanagan (1998) between Raymond Cattelland John Horn’s Gf-Gc

model and John Carroll’s Three-Stratum Theory. Although robust, the structural

validity studies empirically support the CHC only in the context of interindividual

differences. According to the conditions of the ergodic theorems – homogeneity and

stationarity –, it’s inappropriate to assume that the inferences of population studies can be transposed straight to the individual level, and vice versa, without an

statistical analysis of the model at both levels. Therefore, this essay aims to verify if

the CHC model can be empirically identified in a 28-year-old female participant.

Nine tests representing three second-order factors of the model were applied:

Cognitive Processing Speed (Gs), Crystallized Intelligence (Gc) and Fluid

Intelligence (Gf). To identify the CHC model, it was expected to find a three-factor

exploratory solution, mutually related, to indicate a possible general second-order

factor. The nine tests were applied 90 times in the same participant, generating nine

time series performance. A dynamic factor analysis was, considering the time

dependence of the scores. The results have shown that the CHC wasn’t empirically supported by the analysis of the participant’s data, whose structure is composed of

two factors.

Keywords: Cattell-Horn-Carroll; ergodic theorems, homogeneity; stationarity;

(10)

Introdução

O modelo Cattell-Horn-Carroll (CHC) é o resultado da integração entre os

modelos Gf-Gc, de Raymond Cattell e John Horn, eTrês Estratos, de John Carroll.

Foi proposto por McGrew e Flanagan em 1998 e, atualmente, é considerado pela

psicometria o estado da arte em inteligência (Laros, Valentini, Gomes & Andrade,

2014). O CHC descreve a inteligência como um conjunto de fatores, cuja

abrangência de atuação cognitiva cresceà medida que os estratos se ampliam (Primi,

2003).A Figura 1 mostra a estrutura do CHC de forma esquematizada : a dimensão

mais abrangente é o estrato III, composto unicamente pelo fator geral de inteligência

(g). O estrato II é constituído por habilidades amplas, não tão abrangentes quanto o estrato III e nem tão específicas quanto o estrato I. Dentre estas

habilidades,novedelas possuem boa sustentação empírica até o momento, mas outras

setehabilidades propostas necessitam de mais estudos para serem verificadas. O

estrato I, por sua vez, apresenta um vasto número de habilidades bem

específicas(mais de 80). Os testes por fim, permitem a identificação da performance

das pessoas em diferentes tarefas cognitivas e, por consequência, a estimação das

(11)

11

Figura 1. Ilustração esquematizando os três estratos do CHC

Os três estratos do modelo são fundamentais para se compreender a estrutura

e a organização da inteligência humana. O modelo não define a primazia de nenhum

estrato sobre o outro. Apesar disso, os fatores do segundoestratorecebemdo modelo

um maior destaque, pois estão ligados às áreas amplas do funcionamento cognitivo

e, portanto, são essenciais à inteligência (Primi, 2003).

Novedas 16 habilidades amplas do CHC já são bemsuportadas pelos estudos

empíricos. A inteligência fluida (Gf) diz respeito à capacidade deresolver novos

problemas, previamentedesconhecidos pela pessoa; importante para situações que

demandam construção de conceitos e inferências,essa habilidade também envolve

identificar relações e compreender implicações lógicas. A inteligência cristalizada

(Gc)consiste nas habilidades adquiridas e consolidadas por meio da cultura e da

educação formal; é importante para a aquisição de conhecimento escolar, acadêmico

e profissional. O processamento visual (Gv) é a habilidade de gerar, reter, recuperar,

transformar e manipular figuras e imagens mentalmente; atua, por exemplo,quando

(12)

processamento auditivo (Ga) discrimina padrões nos sons e na estrutura musical e

atuasobre a percepção da informação auditiva; é importante para identificar

elementos sonoros específicos, como timbre, tom e intensidade de uma música. A

memória de curto prazo (Gsm) codifica, mantém e manipula as informações

imediatas, recém-processadas pela consciência; essencialpara tarefas que requerem a

breve manutenção de alguma informação na consciência, como recordar um número

de telefone recém-ouvido e discá-lo. A memória de longo prazo (Glr) retém,

consolida e recupera informações continuamente;alicerça e recupera nomes,

conceitos, vivências e informações por um prazo superior ao da memória de curto

prazo. A rapidez cognitiva (Gs) possibilita realizar, rápida e fluentemente, uma

tarefa cognitiva simples, especialmente quando atenção e concentração são

necessárias; é importante quando uma tarefa, para ser executada com rapidez, requer

automatização cognitiva, como cálculos matemáticos simples. O conhecimento

quantitativo (Gq) diz respeito à compreensão matemática; fundamentalna resolução

de problemas matemáticos. Leitura e escrita (Grw), conforme o nome indica, é a

habilidade que perpassa estas atividades; essencial para a elaboração e a

interpretação de textos(Flanagan& Harrisson, 2005; Laroset al., 2014).

As sete habilidades propostas, mas carentes de comprovação empírica

substancial, são comentadas a seguir. A velocidade de reação e decisão (Gt) envolve

reagir e tomar decisões rápidas ante estímulos simples; é importante em situações

como reagir a um estímulo nocivo. As habilidades táteis(Gh) detectam e processam

informações táteis; válidas para perceber a pressão sobre a pele. As habilidades

cinestésicas (Gk) processam informações proprioceptivas pelos receptores

sensoriais; importantes, por exemplo, para detectar a posição dos membros. As

(13)

13 sistema olfativo; essenciais na identificação de odores. A velocidade psicomotora

(Gps) envolve a velocidade e a fluência na realização de movimentos corporais

(dedos, mãos, braços, etc.); importante para a execução de movimentos corporais

com rapidez e destreza, independentemente do controle cognitivo; como escrever

rapidamente. As habilidades psicomotoras (Gp) englobamarealização de

movimentos corporais com precisão, coordenação ou força, independentemente do

controle cognitivo; útil para empurrar, segurar e coordenar movimentos. O

conhecimento específico (Gnk) diz respeito ao domínio profundo e especializado de

um conteúdo a partir de uma intensa prática sistemática,cuja manutenção pressupõe

treino e esforço; fundamental para se terum idioma como segunda língua, ler lábios e

possuir conhecimentos avançados de computação, etc (Flanagan& Harrisson, 2005;

Laros et al., 2014).

O CHC possui considerável suporte empírico de estudos que aplicaram

análise fatorial confirmatória. A fim de verificar se o CHC e outros modelos testados

se ajustavam bem aos dados, estes estudosusaram variados índices de ajuste do

modelo. Situando, os índicesCFI1, TLI2, GFI3 e NFI4indicam que o modelo está

bem-ajustado aos dados quando seus valores são iguais ou maiores a 0,95; já os

valores de AGFI5, RMSEA6 e SRMR7 devem ser, respectivamente, maior ou igual a

0,90, menor ou igual a 0,05 e menor ou igual a 0,08 para que um modelo possa ser

considerado bem ajustado (Hu &Bentler, 1998).

1CFI:Co mparative Fit Index(Índice de Ajuste Comparativo) 2TLI: Tuck er-Lewis Index(Índice de Tucker-Lewis)

3 GFI:Goodness-of-Fit Index(Índice de Bondade de Ajuste) 4NFI:

Normed Fit Index(Índice de A juste Normalizado)

5AGFI:

Ad justedGoodness-of-Fit Index(Índice de Bondade de Ajuste Ponderado)

6 RMSEA:

The Root Mean Square ErrorofApproximation (Raiz Quadrada Média de Erro de Aproximação)

7SRMR:

(14)

Locke, McGrew e Ford (2011) utilizaram em seu estudo 30 testes de

inteligência da bateria Woodcock-Johnson-III (WJ-III) para investigar a invariância

estruturaldas seguintes habilidades amplas do CHC, além do fator geral,Gf, Gc, Gv,

Ga, Gsm, Glr, Gs, Grw e Gq. Para tal, os pesquisadores parearam as matrizes de

covariância de uma amostra representativa de 310 estudantes canadenses de idade

escolar com as matrizes de estudantes norte-americanos. Os autores utilizaram o

Índice de Bondade de Ajuste do Modelo (CFI) e o Índice de Tucker-Lewis (TLI)

para avaliar o ajuste dos modelos testados.A análise fatorial confirmatória foi

realizada por meio do AMOS 7.0.Os resultados indicaram que o modelo configural,

utilizado como referência, apresentou bom ajuste no índice RMSEA, mas ajuste

ruim no índice GFI e ajuste razoável no índice CFI. Esse modelo não apresentou

piora de ajuste quando os betas das habilidades amplas sobre os testes foram

constrangidos (p=0,145), indicando invariância métrica parcial. No entanto, o

modelo obteve pior ajuste aos dados quando os betas do fator geral foram

constrangidos, em relação às habilidades amplas (p=0,012). Esse resultado mostra

que apenas parte dos betas do modelo configural são iguais entre as amostras

americana e canadense, sustentando uma invariância métrica parcial. Em função dos

valores de ajuste do GFI e CFI do modelo configural não se mostrarem satisfatórios,

os resultados do estudo devem ser considerados com cautela. É possível que as

amostras americana e canadense apresentem diferentes estruturas, apesar dos autores

afirmarem que o estudo traz conclusões para uma invariância configural e métrica do

CHC.

Keith, Fine, Taub e Reynolds (2006) realizaram um estudo utilizando os

testes da Escala Weschler de Inteligência para Crianças (WISC-IV). Os autores

(15)

15 invariantes ao longo das idades. O trabalho por eles elaborado analisou as matrizes

de covariância de 2.200 sujeitos – norte-americanos entre seis e 16 anos – da amostra representativa de normatização do WISC-IV, reunida em 11 grupos,

devidamente separados por idade. Em seguida, a análise foi realizada com AMOS

5.0 a partir do constrangimento das matrizes de covariância referentes às d iferentes

faixas etárias. Os autores utilizaram o Índice de Tucler-Lewis (TLI), Raíz Quadrada

Média de Erro de Aproximação (RMSEA), Raíz do Erro Médio Quadrático Residual

Padronizado (SRMR) e Índice de Akaike (AIC) para estimar o ajuste dos modelos.

O modelo WISC-IV foi constrangido para ser invariante entre as idades e apresentou

bom ajuste de acordo com os índices SRMR, RMSEA e TLI. Em seguida, diferentes

modelos foram testados, utilizando a média das matrizes de covariância. Apesar do

modelo de quatro fatores do WISC-IV apresentar bom ajuste de acordo com os

índices SRMR, RMSEA e TLI, o CHC mostrou ligeiramente um ajuste superior

nestes índices, e, além disso, o CHC apresentou uma diferença de 5,986 pontos no

AIC. Conforme os autores apontaram, a estrutura com cinco fatores de segunda

ordem do CHC (Gc, Gv, Gf, Gsm e Gsse mostrou uma alternativa ainda melhor para

compreender os construtos medidos pelo WISC-IV do que o modelo de quatro

fatores – que inclui Compreensão Verbal (VCI), Raciocínio Perceptual (PSI),

Memória de Trabalho (WMI) e Velocidade de Processamento (PRI) – do WISC-IV.

Um estudo empreendido por Chen, Chen, Chang e Keith (2009) procurou

identificar os construtos mensurados pela versão taiwanesa do WISC-IVe comparar

o modelo derivado dela com o CHC por meio da análise fatorial confirmatória com o

LISREL 8.8. Os autores utilizaram os índices TLI, RMSEA, SRMR e AIC para

comparar os modelos testados. A pesquisa em questão utilizou uma amostra

(16)

de quatro fatores (VCI, PRI, WMI e PSI) do WISC-IV relatada no seu manual

técnico, buscando verificar a invariância dos seus construtos ao longo das idades.

Conforme os índices TLI, RMSEA e SRMR, a estrutura inicial do WISC-IV se

ajustou bem aos dados, sugerindo que a estrutura de quatro fatores pode ser aplicável

para as crianças de todas as idades na amostra utilizada pelo estudo. Em seguida, o

WISC-IV foi modificado para melhor ajuste e comparado ao CHC – cujos fatores analisados foram Gc, Gv, Gf, Gsm, Gs. Ambos os modelos se ajustaram bem aos

dados, os valores de CFI, TLI e GFI foram iguais em ambos os modelos. No entanto,

a estrutura de cinco fatores do CHC teve um ajuste ligeiramente melhor aos dados

do que a estrutura de quatro fatores do WISC-IV, pois obteve uma diferença de 2,35

no AIC em relação ao modelo original do WISC-IV. Ambos os modelos foram

considerados satisfatórios para explicar a estrutura fatorial de crianças taiwanesas,

embora o CHC parece sugerir ligeiramente melhor adequação para explicar os dados

analisados no estudo.

Reynolds et al. (2007) investigaram se a Bateria de Avaliação Kaufman para

Crianças (KABC-II) mede os mesmos construtos ao longo das idades e se eles são

consistentes com a estrutura do CHC. Os pesquisadores recorreram a 3.025 sujeitos

entre três e 18 anos da amostrarepresentativa dos Estados Unidos e analisaram os

dadoscom AMOS 5.0. Os autores testaram as matrizes de covariância ao longo das

idades para verificar a invariância dos construtos do KABC-II por meio da análise

da invariância das matrizes. Os índices CFI, RMSEA e SRMR indicaram bom ajuste

dos dados ao modelo, sugerindo que o KABC-II mede os mesmos construtos ao

longo das idades. Em seguida, os autores procuraram verificar se a estrutura do

KABC-II era consistente com os fatores Gc, Gv, Gf, Glr e Gsm do CHC entre as

(17)

17 ajuste, de acordo com os índices CFI, RMSEA e SRMR.Os resultados do estudo

sugerem que os fatores verificados do CHC são consistentes com o KABC-II. No

entanto, esse modelo não foi comparado com modelos oriundos de uma teoria rival.

Niileksela, Reynolds e Kaufman (2013) procuraram avaliar por meio de 15

testes da Escala de Inteligência Weschler para Adultos (WAIS-IV) se a estrutura do

CHC seria identificada em pessoas de 70 a 90 anos. O estudo utilizou uma amostra

representativa da população dos Estados Unidos: 2.200 indivíduos entre 16 e 90

anos, separados em 13 grupos etários. Os autores utilizaram os índices CFI,

RMSEA, SRMR, AIC e aBIC para comparar o ajuste da estrutura de quatro fatores

do WAIS-IV(VCI, PRI, WMI e PSI)com a estrutura do CHC de cinco fatores (Gc,

Gv, Gf, Gsm, Gs). Os resultados desse estudo apontaram que os modelos CHC e

WAIS-IV foram adequados para explicar a estrutura fatorial de idosos, apesar do

modelo CHC se mostrar superior ao modelo original do WAIS-IV devido a

diferença de 20,01 pontos no AIC e 20,83 pontos no aBIC.

Os dados empíricos dos estudos supracitados corroboram a ideia de que o

CHC é um modelo bem desenvolvido e sustentado pelas evidências, mas as

pesquisas que o sustentam estão focadas na análise de diferenças entre os indivíduos.

Esse tipo de enfoque, conhecido como abordagem interindividual, é utilizado para

obter informações a respeito da variação de atributos em grupos de indivíduos

(Molenaar& Campbell, 2009). Apesar de tal abordagem possibilitar a descrição das

características de um grupo ou população, pode não ser adequada para compreender

o indivíduo, como demonstram Gomes, Araujo, Ferreira e Golino (2014). O estudo

de tais autores procurou verificar se o CHC seria capaz de descrever a arquitetura

cognitiva de um único indivíduo, cujo desempenho cognitivo foi analisado em nove

(18)

Alta-Ordem (BaFaCAlO). Todos os testes foram aplicados 90 vezes em um indivíduo de

23 anos, do sexo masculino, graduado em Ciências Biológicas. Os dados foram

submetidos à análise fatorial dinâmica com séries temporais por meio do software

DyFaA 2.03. Os resultados não identificaram os três fatores amplos investigados,

denotando a inviabilidade da transposição direta das inferências da abordagem

interindividual para a intraindividual sem uma análise estatística prévia.

De acordo com Molenaar (2007), a transposição direta das evidências

fornecidas pelas diferenças individuais para a compreensão da estrutura

intraindividualpode gerar resultados incorretos, a menos que as duas condições

exigidas pelos teoremas ergódicos – homogeneidade e estacionariedade – sejam atendidas. Tratam-se de modelos matemáticos provenientes da Teoria Ergódica,

desenvolvida principalmente por Poincaré, Von Neumann e Birkhoff (Ugalde,

2007). Tais teoremas prescrevem que, para se transpordiretamente as inferências da

abordagem interindividual para a intraindividual – e vice-versa –, a população deve corresponder a ambas as condições (Molenaar& Campbell, 2009). A homogeneidade

diz respeito à uniformidade das variáveis, cuja estrutura deve ser idêntica entre os

indivíduos da população(Molenaar, 2007). Uma população cujos indivíduos

possuíssem os mesmos 16 fatores amplos do CHC e as mesmas cargas fatoriais, por

exemplo, seria homogênea. A estacionariedade, por sua vez, refere-se à constância

das variáveis e suas relações recíprocas no transcorrer do tempo, de maneira que não

se alterem (Molenaar, 2007). Neste caso, se os 16 fatores amplos do CHC e suas

associações mútuas permanecessem constantes a despeito do tempo transcorrido, a

mesma população seria estacionária.

Entretanto, dificilmente ambas as condições são encontradas em uma

(19)

19 interindividual são dinâmicos, complexos e variam entre os indivíduos, como é o

caso da arquitetura cognitiva, cuja compreensão no indivíduo requer uma abordagem

intraindividual (Molenaar, Sinclair, Rovine, Ram&Corneal, 2009). O estudo

realizado por Gomeset al. (2014) não identificou os fatores Gf, Gc e Gs do CHC no

indivíduo avaliado. Ao contrário, os autores identificaram que o modelo de

Spearman (1904) foi o que melhor se apresentou para explicar a estrutura

intraindividual encontrada.

O objetivo desta dissertação visa igualmente, verificar se o CHC é válido

para estruturas cognitivas individuais,tendo como participante do estudo um sujeito

do sexo feminino de 28 anos, com graduação e atuação profissional em

Administração, a fim de averiguar se os resultados são congruentes com os do

estudo de Gomeset al. (2014). Para isso, um único sujeito foi submetido a nove

testes da Bateria de Fatores Cognitivos de Alta-Ordem (BaFaCAlO) com o propósito

de investigar se o CHC é apropriado para explicar a variação nos escores do

indivíduo. Uma análise fatorial dinâmica buscou identificaras variáveis latentes do

(20)

Tabela 1

Estudos de revisão que apresentam a validade do modelo CHC

Estudo Modelo χ2 gl CFI TLI RMSEA GFI SRMR AIC AGFI NFI BIC aBIC p

Lockeet al.(2011)

Invariância configural 1719,060 768 0,910 0,90 0,045 0,84 — — — — — — —

Invariância métrica dos fatores amplos de segunda ordem do CHC

1731,210 776 0,910 0,90 0,045 0,84 — — — — — — 0,145

Invariância dos coeficientes de segunda e terceira ordem

1786,680 810 0,910 0,90 0,044 0,84 — — — — — — 0,012

Keith et al. (2006)

Invariância das Matrizes de

Covariânciao WISC-IV — — —

0,967 0,050 — 0,058 — — — — — —

Modelo WISC 159,713 86 — 0,974 0,041 — 0,038 227,713 — — — — —

Modelo CHC 151,727 85 — 0,976 0,040 — 0,037 221,727 — — — — 0,005

Chenget al. (2009)

Invariância das Matrizes de Covariância da versão taiwanesa do WISC-IV

— — — 0,99 0,046 — 0,077 — — — — — —

Modelo WISC-IV 165,710 73 0,990 0,99 0,044 0,97 0,030 229,710 0,95 0,98 — — —

Modelo CHC 161,360 72 0,990 0,99 0,043 0,97 0,031 227,360 0,95 0,98 — — —

Reynolds et

al. (2007) Invariância das Matrizes de Coavariância do KABC-II 1.293,977 1918 1,000 — 0,000 — 0,064 — — — — — —

Modelo CHC 331,431 97 0,969 — 0,049 — 0,040 409,431 — — — — —

Niilekselaet al.(2013)

Modelo WAIS-IV 198,770 71 0,958 — 0,067 — 0,043 294,770 — — 486,36 334,05 —

(21)

21

Material e Métodos

Desenho da Pesquisa

Este estudo utilizou um desenho correlacional com séries temporais e single case

design (único caso). Um único sujeito respondeu aos itens de nove testes de inteligência em 90 ocasiões, e suas respostas foram registradas em uma planilha eletrônica de Excel,

corrigidas e submetidas a análise.

Participante

Uma mulher de 28 anos, com formação e atuação profissional na área de

administração, aceitou participar do estudo e assinou o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido. A participante não possuía qualquer conhecimento sobre os modelos

psicométricos de inteligência, nem teve qualquer contato prévio com os testes aplicados,

recebendo apenas as instruções de como realizá-los e registrar suas respostas. Além

disso, ela foi instruída a utilizar o timer de celular para realizar os testes e solicitar ajuda

dos pesquisadores em caso de dúvida sobre os procedimentos de realização dos testes.

Instrumentos

Foram utilizados nove testes da Bateria de Fatores Cognitivos de Alta-Ordem

(BaFaCAlO). Estudos apontam que o BaFaCAlO mensura o fator geral e seis

habilidades cognitivas amplas do modelo CHC. Todos os testes dessa bateria

apresentam validade estrutural, validade discriminante, validade convergente, validade

preditiva, validade incremental e alfa de Cronbach superior a 0,70 (Gomes & Borges,

2009a, 2009b; Gomes, 2009; Gomes, 2010; Gomes, 2011). Os três primeiros testes

expostos a seguir, medem a inteligência fluida (Gf), os próximos três testes medem a

(22)

Teste de Indução (I). Inclui 12 itens e seu tempo-limite de execução é de 18

minutos. Cada item apresenta cinco grupos de quatro letras, quatro dos quais seguem o

mesmo padrão. O respondente deve identificar e assinalar a única alternativa que destoa

do padrão.

Teste de Raciocínio Lógico (RL). Envolve 30 itens e seu tempo-limite de

execução é de 15 minutos. Cada item é composto por duas premissas lógicas que não

correspondem à realidade e originam uma conclusão. O respondente deve julgar se a

conclusão é logicamente adequada ou inadequada em relação às premissas.

Teste de Raciocínio Geral (RG). É composto por 15 itens e seu tempo-limite de

execução é de 22 minutos. Cada item apresenta um problema lógico-matemático

formado por um enunciado e um espaço para resolução. O respondente deve interpretar

o enunciado, resolver o problema e assinalar uma das cinco alternativas de múltipla

escolha.

Teste de Compreensão Verbal 1 (V1). Constitui-se de 24 itens e seu

tempo-limite de execução é de cinco minutos. Cada item consiste em uma palavra de referência

seguida de cinco palavras alternativas. O respondente deve identificar a opção que

contém a palavra alternativa com o significado mais próximo ao da palavra de

referência.

Teste de Compreensão Verbal 2 (V2). Engloba 18 itens e seu tempo-limite de

execução é de quatro minutos. Cada item consiste em uma palavra de referência seguida

de cinco palavras alternativas. O respondente deve identificar a opção que contém a

palavra alternativa com o significado mais próximo ao da palavra de referência.

Teste de Compreensão Verbal 3 (V3). Contém 18 itens e seu tempo-limite de

(23)

23 de quatro palavras alternativas. O respondente deve identificar a opção que contém a

palavra alternativa com o significado mais próximo ao da palavra de referência.

Teste de Velocidade Perceptiva 1 (P1). Formado por10 colunas com 41 palavras

cada e tempo-limite de execução de dois minutos. Devidamente distribuídas nas

colunas, 50 palavras contêm a letra ―a‖ e devem ser encontradas e assinaladas pelo

respondente.

Teste de Velocidade Perceptiva 2 (P2). Envolve 48 itens e seu tempo-limite de

execução é de um minuto e meio. Cada item apresenta dois grupos de sequências

numéricas separadas entre si por um espaço. O respondente deve julgar se os pares de

sequências apresentam ou não os mesmos dígitos, assinalando ―I‖ para sequências idênticas e ―D‖ para sequências diferentes.

Teste de Velocidade Perceptiva3(P3). Contém 48 itens e seu tempo-limite de

execução é de um minuto e meio. Cada item consiste em uma figura de referência com

cinco figuras alternativas a seu lado. O respondente deve assinalar a única figura

alternativa idêntica à figura de referência.

Coleta de Dados

Os dados foram coletados durante aproximadamente cinco meses por meio de 90

aplicações de nove testes da BaFaCAlO em um mesmo sujeito. Cada aplicação

correspondeu a uma medida para cada teste. A participante teve contato com os testes

somente no momento de aplicação e foi instruída a registrar suas respostas em uma

planilha eletrônica de Excel. Após a última aplicação e a posterior correção, as respostas

certas foram contabilizadas e registradas na mesma planilha. Cada teste teve 90 medidas

tabuladas em sequência, de modo que cada linha representasse o escore de uma ocasião

(24)

Análise de Dados

O software DyFA 2.03 (DynamicFactorAnalysis), de Browne e Zhang (2005),

foi utilizado para analisar os dados provenientes das 90 medidas. O DyFA realiza a

análise fatorial dinâmica com séries temporais por meio da seguinte equação: = �+

⋀ �+ �.Nela estão representados o vetor das variáveis manifestas no tempo t (��), o

vetor médio (), a matriz fatorial das variáveis manifestas e das variáveis latentes que

não variam ao longo do tempo t (), o vetor dos fatores comuns no tempo t ( ) e o

vetor dos erros de medida no tempo t ( ).

O DyFA realiza diferentes procedimentos de rotação das soluções fatoriais. Este

estudo utilizou a rotação quartimax de Crawford-Ferguson, rotação oblíqua que permite

a correlação dos fatores identificados. O método de análise fatorial dinâmica empregado

foi o VARMA (1,0), com intervalo (lag) de uma medida para as autoregressões. Houve

90 ocasiões de medida em um único indivíduo, sendo que as variáveis manifestas foram

os testes I, RL, RG, V1, V2, V3, P1, P2 e P3 da BaFaCAlO, descritos anteriormente.

Os quatro procedimentos para retenção de fatores (Análise de Kaiser-Guttman,

Análise Paralela, Coordenadas Ideais e Fator de Aceleração) foram realizados por meio

do software estatístico R 3.1.2 (R Development Core Team, 2014), utilizando as

funções contidas no pacote nFactors (Raiche, 2010). As análises descritivas, assim

como as séries temporais dos escores dos testes ao longo das 90 ocasiões, foram obtidas

(25)

25 Resultados e Discussão

Análise Descritiva

As estatísticas descritivas das 90 medidas são apresentadas pela Tabela 2, na

qual se pode observar a média do desempenho da participante nos nove testes. O

desempenho médio em V2 foi de aproximadamente 30% – o mais baixo entre os testes.

Já o desempenho médio nos testes V1, V3, RL e P2 foi próximo de 50%.

Diferentemente, o desempenho médio da participante no teste RG foi perto de 70%. Os

melhores desempenhos ocorreram em I, cuja média se aproximou de 90%, e em P1 e

P3, cujas médias excederam 90%.

A Tabela 2também informao escore máximo atingido em cada teste. O

desempenho máximo mais baixo ocorreu nos testes V2 e V3, ambos com

aproximadamente 55%. Já em V1, RL, P2 e RG, o desempenho máximo oscilou entre

cerca de 60% e 70% nos três primeiros e 80% no último. Os maioresdesempenhos

máximos ocorreram em I e P3, excedendo 90%, ao passo que em P1 houve o efeito-teto

(100% de acerto).

O desvio-padrão dos escores da participante nos testes é também apresentado na

Tabela 2. Os testes que menos dispersaram em relação à média foram V3, RL e I, pois o

desvio-padrão não excedeu 0,7. Os escores de V1 e V2 dispersaram ligeiramente, uma

vez que o desvio-padrão de ambos foi de aproximadamente 1,2. Os escores do teste RG,

por sua vez, apresentaram desvio-padrão próximo de 3,0. A maior dispersão dos escores

ocorreu nos três testes marcadores de rapidez cognitiva (P1, P2 e P3). O desvio-padrão

de P2 e P3 ficou em torno de 4,4, ao passo que os escores de P1 apresentaram a maior

(26)

Tabela 2

Estatísticas descritivas do desempenho nos nove testes nas 90 medidas

testes média (%) desvio-

padrão

máximo (%)

V1 49,3% 1,23 66,6%

V2 30,4% 1,16 55,5%

V3 55,4% 0,23 55,5%

RG 69,7% 2,98 80,0%

RL 56,6% 0,38 60,0%

I 89,7% 0,69 91,7%

P1 92,6% 8,42 100,0%

P2 51,1% 4,35 68,7%

P3 95,1% 4,57 97,9%

Análise Gráfica das Séries Temporais

A Figura 2 mostra as séries temporais com as 90 medidas de cada teste,

possibilitando vislumbrar pela percepção visual três padrões distintos de desempenho

em função do tempo. O desempenho da participante nos testes V3, RL e I parece ser

semelhante: sem crescimento, com todos os três atingindo a assíntota após as primeiras

medidas. O desempenho nos testes V1, V2 e P2 sugere um segundo padrão, semelhante

a V3, RL e I, mas com uma variação constante do desempenho ao longo das medidas.

Apesar das semelhanças entre V1, V2 e P2, há diferenças relevantes: o desempenho em

V2 se estabilizou após aproximadamente 40 medidas e apenas P2 denotou crescimento,

embora sutil. Um terceiro padrão possível inclui o desempenho nos testes RG, P1 e P3.

Os três mostram uma curva do tipo logística que representa umforte crescimento nas

(27)

27 P1apresentou uma diferença notória em relação a RG e P3, visto que apresentou quedas

bruscas e sutis em algumas ocasiões.

Figura2. Séries temporais do desempenho da participante no decorrer das 90 medidas

Análise das Matrizes de Correlação

As matrizes de correlação do desempenho da participante nos testes no lag0

podem ser observadas na Tabela 3. O lag0 significa que as correlações foram calculadas

sem que se considerasse a dependência temporal entre as variáveis observadas. A fim de

comparar as médias e os desvios-padrão das correlações dos testes marcadores de um

mesmo fator e estes em relação aos testes marcadores dos outros fatores, as médias das

correlações foram separadas em dois grupos: intragrupo e intergrupo. O sinal das

correlações foi ignorado, para fins de cálculo. De acordo com o critério de Dancey e

Reidy (2008), as correlações identificadas entre os testes mostraram-se fracas (inferiores

a 0,399), moderadas (de 0,400 a 0,699) e fortes (a partir de 0,700). Os testes marcadores

(28)

0,10 e desvio-padrão de 0,08, enquanto as correlações desses três testes com os

marcadores dos outros fatores foram maiores, exibindo média de 0,33 e desvio-padrão

de 0,16. Entre os testes marcadores do fator Gf (RG, RL e I), as correlações intragrupo

foram fracas, com média de 0,30 e desvio-padrão de 0,32; já suas correlações intergrupo

apresentaram média de 0,41 e desvio-padrão de 0,20. Os testes marcadores do fator Gs

(P1, P2 e P3) demonstraram, no âmbito intragrupal, a média mais alta (0,65) e

padrão de 0,07, ao passo que, intergrupalmente, sua média ficou em 0,40 e seu

desvio-padrão, em 0,20.

Observando apenas a matriz de correlação, é possível inferir que os três fatores

não foram identificados no indivíduo. Entre os testes marcadores de Gc, as três

correlações foram muito baixas; os testes marcadores de Gf apresentaram duas

correlações fracas e uma forte – entre I e RG. Já os testes marcadores de Gs, apresentaram duas correlações moderadas e uma forte, mas dois deles (P2 e P3)

apresentaram correlações mais fortes com outros testes não marcadores de Gs.

Tabela 2

Matriz de correlação entre os testes no lag0

V1 V2 V3 RG RL I P1 P2 P3

V1 1*

V2 0,184 1*

V3 –0,018 0,099 1*

RG –0,322 –0,551 0,375 1*

RL 0,401 0,012 0,372 0,152 1*

I –0,242 –0,551 0,230 0,742 0,01 1*

P1 –0,069 –0,375 0,341 0,659 0,246 0,388 1*

P2 –0,212 –0,503 0,304 0,773 0,132 0,478 0,551 1*

P3 –0,071 –0,519 0,462 0,777 0,481 0,359 0,706 0,684 1*

(29)

29

A Tabela 4 expõe as correlações entre os testes no lag 1. O lag 1 indica que o cálculo das correlações levou em consideração a dependência temporal entre as

variáveis observáveis. Os valores destacados em negrito na diagonal representam as

autocorrelações. As autocorrelações dos testes V1, V3 e RL foram fracas e as de V2, P1

e P2, moderadas. Já RG, I e P3 mostraram maior dependência temporal, pois suas

autocorrelações foram de 0,930, 0,856 e 0,789, respectivamente.

Para facilitar a interpretação e a visualização das correlações, as autocorrelações

destacadas em negrito são tomadas como uma linha diagonal divisória,os valores de

uma determinada variável na vertical representam as correlações desse teste no tempo t

- 1 (lag 1) com os outros testes no tempo t. Por sua vez, os valores de uma determinada

variável na horizontal representam as correlações desse teste agora no tempo t com os

outros testes no tempo t - 1 (lag 1).

Os testes marcadores de Gc apresentaram uma correlação média de 0,24 no lag1

intragrupo, com desvio-padrão de 0,11, e intergrupo de 0,30, com desvio-padrão de

0,15. Já no caso dos testes marcadores de Gf, a correlação intragrupo foi de 0,17, com

desvio-padrão de 0,13; a correlação intergrupo foi de 0,34 e o desvio-padrão, de 0,24.

Os testes marcadores de Gs, por fim, demonstraram maior dependência temporal, visto

que a correlação intragrupo foi de 0,56, com desvio-padrão de 0,06; a correlação

intergrupo foi de 0,35 e desvio-padrão de 0,21. Entre todos os testes, o desempenho de

RG foi o que mais sofreu dependência temporal de aproximadamente 85% do seu

(30)

Tabela 4

Matriz de correlação entre os testes no lag 1

V1 V2 V3 RG RL I P1 P2 P3

V1 0,384 0,270 –0,054 -0,371 0,282 –0,302 –0,107 –0,405 –0,152

V2 0,222 0,640 –0,396 -0,547 –0,241 –0,356 –0,321 –0,514 –0,669

V3 0,143 –0,333 –0,218 0,255 –0,003 0,385 0,304 0,176 0,182

RG –0,290 -0,541 0,364 0,930 0,144 0,700 0,631 0,733 0,732

RL 0,170 0,241 0,255 –0,024 0,232 –0,118 0,136 0,010 0,099

I –0,229 –0,594 0,299 0,768 0,118 0,856 0,457 0,582 0,504

P1 –0,006 –0,282 0,278 0,554 0,320 0,335 0,442 0,476 0,607

P2 –0,154 –0,490 0,276 0,706 0,120 0,418 0,516 0,627 0,639

P3 –0,033 –0,371 0,418 0,611 0,328 0,279 0,593 0,553 0,789

Análise Fatorial

A Figura 3 apresenta o número de fatores retidos de acordo com quatro critérios

de retenção de fatorial. Três deles – Kaiser-Guttman, Análise Paralela e Coordenadas Ótimas – apontam a solução de dois fatores como a mais adequada para os dados, enquanto a solução com um único fator geral é proposta pelo critério Fator de

Aceleração. A solução de dois fatores foi tomada como a melhor nesse estudo, pois três

dos quatro critérios utilizados apontaram melhor adequação à estrutura com dois

fatores; além disso, as cargas fatoriais dos testes apresentaram melhor conformação

(31)

31

Figura 3. Critérios de Kaiser-Guttman, Análise Paralela, Coordenadas Ótimas e Fator de Aceleração.

A análise fatorial exploratória dinâmica foi realizada por meio do softwareDyFA

2.03, utilizando o modelo ARMA (1,0) e rotação do tipo oblíqua. Três análises fatoriais

exploratórias foram feitas, com a solução de um, dois e três fatores. A condição de

estacionariedade – que requer que os valores sejam inferiores a 1 – foi atingida por cada uma dessas três soluções fatoriais. O DyFA indicou os valores de 0,86 para um fator,

0,85 para dois fatores e 0,83 para três. O software também informou a medida da raiz quadrada média residual: 0,088 para um fator, 0,076 para dois e 0,071 para três,

indicando que, quanto mais fatores forem estimados, menor será o erro residual.

As cargas fatoriais dos testes nas soluções de um, dois e três fatores são exibidas

pela Tabela 4. Na solução de um fator, os testes apresentaram cargas fracas, moderadas

e fortes. Os testes V3 e RL foram os únicos que apresentaram baixa carga fatorial,

(32)

identificadas nos testes I, P2, P3 e RG – este último, contudo, apresentou um caso Heywood, situação em que a carga excede 1.

A solução de dois fatores apresentou, com exceção de V3, todos os testes com

cargas moderadas ou fortes, em pelo menos um fator. No caso do primeiro fator, os

testes V1 e P2 exibiram cargas moderadas e RG e I, por seu turno, cargas fortes. Quanto

ao segundo fator, houve cargas moderadas em V2, RL e P1 e carga forte em P3.

Bem como na solução de um e dois fatores, o teste V3 também apresentou fraca

carga fatorial na solução de três fatores. As cargas de V1, I e P2 foram moderadas no

primeiro fator, ao passo que a carga fatorial de RG foi alta. O segundo fator exibiu três

testes (RL, P1 e P3) com carga moderada. O teste V2 foi o único que apresentou carga

forte; nos demais testes, as cargas mostraram-se fracas.

Tabela 4

Cargas fatoriais para as soluções de um, dois e três fatores

teste fator 1 teste fator 1 fator 2 teste fator 1 fator 2 fator 3

carga carga carga

V1 –0,406 V1 –0,617 0,334 V1 –0,517 0,313 –0,066

V2 –0,640 V2 –0,188 –0,569 V2 –0,002 –0,020 0,822

V3 0,347 V3 0,064 0,353 V3 0,219 0,351 0,022

RG 1,092 RG 0,864 0,203 RG 0,975 0,131 0,030

RL 0,078 RL –0,295 0,490 RL 0,003 0,674 0,222

I 0,815 I 0,790 –0,031 I 0,690 –0,334 –0,247

P1 0,667 P1 0,219 0,557 P1 0,383 0,410 –0,135

P2 0,855 P2 0,533 0,349 P2 0,633 0,253 –0,084

P3 0,767 P3 0,049 0,935 P3 0,234 0,695 –0,357

Como mencionado anteriormente, a solução de dois fatores se mostrou a mais

adequada para explicar a estrutura fatorial da participante, uma vez que foi apontada por

três dos quatro critérios de retenção fatorial. As demais soluções apresentaram

(33)

33 RL foi muito baixa (0,078), ao passo que, na solução de três fatores, apenas V2

carregou de forma relevante no terceiro fator.

Na solução de dois fatores, o primeiro fator é composto pelos testes RG, I, V1 e

P2. Ele indica que a capacidade de interpretar e resolver problemas lógico-matemáticos

está associada à utilização do raciocínio indutivo para descobrir um padrão em um

conjunto de elementos, à rapidez em reconhecer sequências numéricas idênticas e, de

forma inversamente proporcional, à capacidade de reconhecer o significado das

palavras. O segundo fator é composto pelos testes P3, V2, P1, RL e V3. Ele indica que a

rapidez em reconhecer figuras idênticas está ligada à rapidez em identificar caracteres e

à utilização de raciocínio lógico para deduzir uma conclusão a partir de duas premissas.

Tal fator, entretanto, relacionou-se positivamente com V3 e negativamente com V2,

testes que envolvem a capacidade de reconhecer o significado das palavras.

As estatísticas descritivas e a análise gráfica de séries temporais, representadas

respectivamente pela Tabela 2 e pela Figura 2, não parecem exibir um padrão que

suportaria a presença dos fatores Gc, Gf e Gs. O mesmo pode ser inferido sobre as

correlações entre os testes no lag1, cujas correlações intragrupos foram baixas, exceto

entre os que marcam Gs – fator que, no entanto, parece não ser mensurado por P1, P2 e

P3 devido às suas correlações fortes e moderadas com testes marcadores de Gc e Gf.

A Tabela 5 apresenta as autocorrelações e correlações entre os fatores das

soluções de dois e três fatores no lag0 e (implicado pelo modelo, uma vez que o DyFA não fornece as correlações e autocorrelações empíricas) e lag1 (obtido empiricamente).

A solução de dois fatores no lag0mostra quea variação de um fator éexplicada em quase

20% pela variância do outro fator. A variação do segundo fator no lag1 (tempo t - 1) explica quase 30% da variação do primeiro fator um momento depois (tempo t); já o

(34)

posterior (tempo t). Ambos apresentam considerável dependência temporal, pois cerca

de 95% da variação do fator 1 é explicada pela sua variação em um momento anterior e

cerca de 50% da variação do fator 2 é explicada pela sua variação um momento antes.

A solução de três fatores no lag0 denotou as seguintes variações em comum: mais de 10% entre o primeiro e o segundo fator; mais de 20% entre o segundo e o

terceiro fator; o primeiro e o terceiro fatores, por seu turno, não apresentaram correlação

alguma. O primeiro fator apresentou baixa autocorrelação negativa, enquanto o segundo

e o terceiro fator fortes autocorrelações. As correlações entre os fatores na solução de

dois e de três podem ser indicadores de um fator geral de inteligência.

Tabela 5

Correlação entre os fatores nas soluções de dois e três fatores

dois fatores três fatores

lag 0

fator 1 fator 2 fator 1 fator 2 fator 3

fator 1 1,00 0,43 fator 1 1,00 0,36 0,00

fator 2 0,43 1,00 fator 2 0,36 1,00 0,47

fator 3 0,00 0,47 1,00

lag 1

fator 1 fator 2 fator 1 fator 2 fator 3

fator 1 0,98 0,54 fator 1 –0,31 0,14 0,10

fator 2 0,30 0,72 fator 2 0,43 0,78 0,33

(35)

35 Conclusão

Este trabalho objetivou investigar a validade do modelo CHC em um único

indivíduo,e para isso tomou como referência os teoremas ergódicos e a abordagem

intraindividual. Bem como no estudo de Gomeset al. (2014), os fatores Gf, Gc e Gs não

foram reconhecidos e o modelo CHC não se mostrou válido para explicar a variância

dos desempenhos da participante nos testes de inteligência. Houve três notáveis

diferenças nos resultados encontrados por Gomes et al. e o presente estudo. Em

Gomeset al. (2014), tomando apenas uma análise gráfica do desempenho do indivíduo,

pode-se inferir que atingiu um maior desenvolvimento em todos os testes ao final das 90

ocasiões, ao passo que no presente trabalho o desempenho da participante em V1, V2,

V3, RL e I não demonstra ter se desenvolvido ao final das 90 ocasiões, conforme pode

ser observado na Figura 2. Essa é uma característica distintiva entre o participante do

estudo de Gomes et al. (2014) e o presente estudo. Enquando o primeiro parece obter

benefícios de desenvolvimento ao refazer os testes, a participante do segundo estudo

obtém benefícios parciais em alguns testes. As correlações entre os testes também foram

diferentes, assim como as autocorrelações, havendo a presença de correlações negativas

no presente estudo; por fim, enquanto a pesquisa de Gomeset al. (2014) identificou

apenas uma variável latente, sugerindo que o melhor modelo para explicar o

desempenho do participante seria a Teoria Bifatorial da Inteligência, de Spearman

(1904), a participante deste estudo apresentou uma estrutura alicerçada em dois fatores

– o primeiro, composto pelos testes V1, RG, I e P2, e o segundo, pelos testes V2,V3

RL, P1 e P3 - que até o presente momento não possui nenhum suporte teórico pelos

modelos psicométricos sobre inteligência.

Um questionamento ao qual este trabalho procurou responder é se a transposição

(36)

empírica. Os resultados obtidos reforçam que a transposição direta dos dados

populacionais para o nível do indivíduo não é recomendável. A estrutura fatorial

identificada a partir dos dados parece não se adequar aos modelos psicométricos já

existentes.

O estudo levado a cabo enfatiza, portanto, a importância da abordagem

intraindividual para se compreender o indivíduo. Doravante, novas pesquisas, com

amostras mais diversificadas, serão fundamentais para ratificar as evidências e,

complementarmente, trazer à luz eventuais padrões que caracterizam a arquitetura

cognitiva de cada indivíduo, bem como verificar se tais distinções exercem alguma

influência sobre, por exemplo, o comportamento pessoal e o desempenho acadêmico e

(37)

37 Referências

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Imagem

Figura 1. Ilustração esquematizando os três estratos do CHC
Figura  3.  Critérios  de  Kaiser-Guttman,  Análise  Paralela,  Coordenadas Ótimas e Fator de Aceleração

Referências

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