No capitulo lI, dedicado a revisão de lit eratu ra, bus co u- se focalizar os principais aspectos concernentes ã l egislação reguladora do Imposto de Renda para as Pessoas Juridicas, bem como os principias que devem nortear a audi taria em eral e, es ecificamente a auditoria fiscal.
AGDITORIA FISCAL IA AREft DO IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURfDICA - PROPOSTA DE UH MODELO DE PROGRAMA ALTER KAT~ VO PARA EMPRESAS COM ERC IAIS/INDU~
TRIAIS COA BASE NO LUCRO REAL A Alf QUOTA nORMAL DE 351
Mari.a de Fátima Cegarino da Silva
PROGRAMA ALTERNATIVO PARA EMPRESAS COMER CIAI S/INDUSTRIAIS TRI BUTADAS COH BASE NO LU CRO REAL A ALfQUOTA NO RM AL DE 35%
MARIA DE FATIMA CEZARINO DA SILVA
DISSERTAÇKO SUBMETIDA AO CORPO DOCENTE DO IN STITUTO SUP! RIOR DE ESTUDOS CONT~BEIS-ISEC DA FUND AÇ~O GETUL IO VAR GAS COMO PARTE DOS REQU ISITOS NECESS~RIOS PARA OBTENÇ~O
DO GRAU DE MESTRE EM CIENCIAS CONTABE I S (M . Se .).
APROVADA POR:
PR6F. JOSIR SIMEONE GOME PRE SIDEN TE (ORIENTADOR)
cJK~
lhZUSTERPROF. IBERE GILSON
RIO DE JANEIRO JUNHO DE
I I
- BRASIL
lI!
seu exemplo de coragem ~ traba
lho e dedicação .
Meus pai s ~ Antonio e Lizenic(J ~
mola me8t~a de todos os êxi
de Renda Pessoa Juridica ~ Proposta de um Modelo de Programa Alternativo para 8mpresas Comerciais/Industria i s Tribut ~ das com Base no Lucro Real a Al iquota
Norma 1 de 35%.
(.R io de Jane iro) , 1988
xvii,302 p. 29 ,7 em (FGVjISEC, ~1.SC. , Ci ê ncias Contãbeis, 1988) .
Dt ~sertação - Fundação Getúlio Var gas ISEC - Mestrado em Ciências Contá b.ei s
1 . Auditoria 2. Auditori a Fisca l .
3. Impo s to de Renda .. ... I. FGVjlSEC I I. TTTUlO
Aos colegas de trabalho, em especial ao amigo
Almir Francisco Dupre. que viabilizaram a minha part i cip~
çao no curso de mestrado do I SEC-FGV e a execuçao dessa pe~
quisa, auxi l iando na conci li ação das atividades nais com as acadêmicas.
profissi~
Aos profes sores que compoem o Corpo Doce nte do ISEC-FGV, pe l o i ncentivo e aprendizagem que proporc i onaram.
Aos funcionãrios do ISEC - FGV, pela atenção dispen sada.
Ao s mem6ros da~ firmas de auditoria. bem como aos co l egas audttore~ fiscais em atuaçio na esfera governamen
-tal feder al entrevistado~) pela forma cordial. mot ivadora e
ded i.cada como nos trataram e pe l os valiosos esclarecimentos forne cidos durante as entrevistas.
Aos co l egas auditores fiscais que empreenderam o teste do programa, pe l a concordância em participar da exp~ ri ~ncia e pe lo empenho demonstrado na realizacio da mesma.
Aos colegas da turma de mestrado, pelo carinho sem pre demonstrado.
Aos professores Drs . Natan Szuster e Ib e r~ Gilson, pe l a valiosa participaçio na franca examinadora.
Ao professor Dr. Josir Sineone Gomes, uma agrade-cimento especia l, pela indispensãve l orientação na condução da pesquisa, bem como pelo incentivo e co labora ção
cionados durante todo o curso de mestrado .
10 de programa alternativo capaz de orientar a realizaçãode uma auditor i a fiscal na ãrea do imposto de renda pessoa j~
ridica. para empresas comerciais e/o u industriais,
tributa-da s com base no lu cro real, ã aliquota de 35%.
Atraves de uma pesquisa de campo de natureza ex pl oratõria, levantamos dados junto a a udi tores fiscais, atu antes na ã r ea publica e privada.
A partir dos dados levantados, dos elementos ob
tidos na lit eratura sobre a matéria e da nossa experiência profissional, procedemos ã sistematização dos conhecimentos e propusemos o modelo de programa.
Posteriormente, sunmetemos o projeto a teste, na
r ea l ização de auditorias fi scais, conc l uindo que a presença desse primeiro e prin cipa l papel de trabalho de aud i toria era, embora com restrições~ ú ti l e necessãria ã e xecuçao eficiente das tarefas dos auditores mili tantes na area . sen do capaz de traçar parâmetros de conduta, pa dr on iz ar os pro cedimentos da eq ui pe e colaborar na tr ansm i ssão dos co nh ec i mentos adq uirid os.
l he objective Df this research was to elaborate a pattern of a l ternate program capable of orient ing the r ea li zation of a fiscal audit in the fie ld of legal entity i ncorne tax, for indu str i a l a nd/or commercia l :: 'e nterprises, ta xed according to the real prof i t , at the aliquot of 35 %.
Thr ough a field research of exp l oratory ., nature, we col 1ected data trom fiscal auditors who performed both in
th e publi c and private areas.
Based on the data col l ected, on the e l ements obtained in the lit erature of the subject in question and on our profess i o nal experience , we proceeded towards the systematization of the know l edge ach i eved and we
th e program pattern.
proposed
Later on, we submitted t he project to a test in th e r ea l ization of fisca l audits, concl uding that the presence of thi s first and main role of this aud i t work was, although with some restr i ctions, useful and necessary to an effi cie nt execution of the ta sk of the auditors who mi litated in th e area, being them capab l e to de li neate a con du ct pa r ameter, to standardize the procedures of the staf f and to cooperate with the tran smiss i on of the acq uir ed knowledge.
- I NTRODUÇÁO
CAPITULO I
I.l
- A IM PORTÂNCIA DO ESTUDO1.2
- OBJ ETI VO DO ESTU DOI.3
~ ~- DEL IMI TAÇAO DO AMB ITO DO ESTUDO
1.4
- ORGAN I ZAÇÃO DO ESTUDO-
-CAPITULO II - REVISAO DA LITERATURA E
FUNDAMENTOS TE6RICOS
11.1
-
O IMPOSTO DE RENDA PESSOA JURÍDICA11.1.1
11 .1.2
Il.l ~ . 3
11.1.3.1
11.1.3. 2
11.1.4
11.1. 5
11.1.6
II.2.
11.2 .1
I I .2.2
11. 2.2. 1
11. 2 .2.2
I I .2.3
- INTRODUÇÃO
- DISPOSiÇÕE S GERAIS
-- RESULTADO DO PERIODO - RECEITAS
- CUSTOS DOS BENS E SERViÇOS VENDIDOS, DE SPESAS , ENCARGOS E PERDAS
- ASPECTOS PATRIMONIAIS - LUCRO REAL
- ASPECTOS DECORRENTES DE I RREGU LARl DADES COME TI DAS PARA EVITAR O PAGA MENTO DO IMPOSTO
- A AUDITORIA E A AUD ITORIA FISCAL - I NTRODUÇÁO
- A AUDITOR IA
-- HI STÓR I CO, CONCEITO, TODO S E TI
pos
OBJ ETI VOS , Mf.
-
,
- FASES, ETAPAS, TECN I CAS , PAPE IS DE TRABALHO E NORMAS
- A AUDITORIA FI SCA L
"I .2
- DEFINIÇÃO DAS HIPÓTESES DA PESQUISA120
,,1.3
- DESENVO LVIMENTO DA PESQUISA12J
"1.3.1
- CRITERIOS DE SElEÇÁO DOS ENTREVISTADOS ,121
111. 3.2
- O MÉTODO DE COLETA DE DADOS122
"1.3. 3
- TRABALHO DE CAMPO124
111. 3.4
- ANÁL I SE DOS DADOS125
"I.3
.5
- LI M I TAÇÕES DA PE SQ UI SA126
-CAPITULO IV - RESU LTADOS OBmos
128
I V.l
- I NTRODUÇÁO129
IV.2
- DESCR I ÇAO DOS DADOS COlETADOS NASENTREVI STAS
129
IV .2.1
- ENTREVISTAA
130
IV. 2.2
- ENTREVISTAB
134
IV. 2.3
- ENTREVI STAC
137
IV.2.4
- ENTREVISTAD
140
IV. 2.5
- ENTREVISTAE
143
IV. 2.6
- ENTREVI STAF
147
IV . 2.7
- ENTREVISTAG
148
IV. 2.8
- ENTREVI STAH
150
IV .2.9
- ENTREVISTA1
152
IV. 2.10
- ENTRE VISTAJ
154
IV. 3
- MODELO DE PROGRAMA ALTERNATIVO156
IV .3.1
- CONSIDERAÇOES PRELIMINARES156
IV .3 .2
- MODE LO PROPOSTO156
.
.
CAPITULO V - ANALISE DOS RESULTADOS
V.l
-
CONS I DERAÇÕES PRELIMINARESV.2
-
DESENVOLVIMENTO DO TESTEV.3
-
RESULTADOS OBT IDOS COM O TESTE DOV.3.1
V.3.2
V.3. 3
CAPÍTULO VI
vr
.1
VL2
VU
VU.l
VU .2
Vr,4.
MODELO ALTERNATI VO DO PROGRAMA - TE STE REALIZADO NA EMPRESA
1
PELO AUDITOR
A
- TE STE REALIZADO NA EMPRESA
2
PELO AUDITORB
- TESTE REALIZADO NA EMPRESA
3
PELO AUDITORC
- SUMÁRIO, CONCLUSÕES, RECOMENDAÇÕES
E SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
,
- SUMARIO - CONCLUSÓES.
- RECOMENDACOES-- PARA O ORGAO FISCALIZADOR GOVERNA MENTAL
- PARA AS FI RMAS PRIVADAS DE AUDITQ RIA NÃO PARTIDÁRIAS DA ADOÇÃO DOS PROGRAMAS
- SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS
~
.
REFERENCI AS B
lBLlOGRAFI CAS
ANEXO I
ANEXO 11.
ANEXO 111
o
imposto de renda, por se constituir num trib~to direto e progressivo, representa papel de destaque na p~ litica fiscal das nações desenvolvidas, que o adotam em lar 9a escala objetivando realizar ju s tiça socia l.
Em nosso país, ate bem pouco tempo os impostos indiretos - como o IPI - que ao incidir sobre o valor dos pr~
dutos oneram de forma igual pes soas de diferentes níveis de renda, se constituíam na principal maneira de arrecadação fe
deral.
Felizmente, essa situ ação inverteu-se e , hoje, o imposto de renda vem sendo a principal fonte de recursos.
Mas ainda estamos longe de atingir a justiça fiscal e socia l.
almejada
Por um lado, a legislação desse tributo necessi
ta de reformas a fim de efetivamente onerar de forma progre~
siva os contrib uin tes.
Por outro, a complexidade com que o texto legal se apre se nta, ensejando inumeras in ter pretaç ões , consubstan ciadas nos atos normativos expedidos pelo Ministerio da Faze~
da (Portarias, Instru ções Normativas, Pareceres, etc ... ) na doutrina e na jurisprudên cia , difi c ulta não só o cumprimento das norma ~ pelos contribuintes como a própria atuação dos au ditares em geral e, especialmente, dos que militam na ãrea
fiscal.
Como bem ilustram autores sobejamente conheci-dos, dentre os quais José Luiz Bulhões Pedreira,Hiromi Higuchi. Fernindez Jinzenzi, Nilton Latorraca e outros, a aplicação
correta e precisa do texto legal envolve uma série de consi derações e , no caso especlfico do imposto de renda pessoa j~
ridica, inumeros questionamentos de ordem contãbil.
A auditoria, entendida como um conjunto de pr~
cedimentos destinados ao exame e revisão sistemãticos dos re gistros contãbeis relacionados com o patrimônio da empresa visando verificar a exatidão, prevenir , ou identificar, frau des e sugerir providências que possam restabelecer ou man ter a verdade patrimonial, tem um amplo campo de ação . Pode ser exercida no âmbito das próprias empresas (auditoria in -terna) ou ser executada para atender inumeras finalidades e~
ternas, dentre as quais a de fiscalização pelas autoridades governamentais quanto ao cumprimento das obrigações tributã rias por parte dos contribuintes, que se denomina a ud itoria
fiscal.
A auditoria fiscal I entretanto, nao
ao in teresse das autoridades governamentais . Ela c i onar, e vem cada vez mais funcionando, como uma preventiva por parte das próprias empresas qua nto
se limita pode
fun-avaliação as obrig2. ções tributãrias a que estão sUjeitas, no intuito de identi
ficar mo de
e quantificar prováveis contingências fiscais, bem co traçar um planejamento tributãri.o eficiente . capaz de
evitar ônus desnecessários.
Deve, para se mostrar eficaz, ser executada em conformidade com os conceitos técnicos aplicáveis
ã
audito-ria em geral.
Para atingir seus objetivos o auditor indepen-dente necessita planejar adequadamente o seu traba lh o, ava li ar o sistema de controle interno, proceder ã revisão anall tica das contas patrimoniais e de resu lt ado e colher , por te~
es-pelhada s na s demon s trações. através de procedim e ntos como cont agem f;sica, confirmação com terceiros, conferência de cãlcul os e in speção de docum e nto s .
No desenvolvimento de suas funções, os audito-res neces sitam de papeis de trabalho que, em ultima anãlise, representam o regi st ro de todas as evidências obtidas ao 10n 90 da execução do serviço e ajudam, inclusive, a realização das auditorias futuras.
o
primeiro e principal papel de trabalho do au ditare,
indiscutivelmente, o prog rama de auditoria. A pa~tir de le, fica estabelecida por escrito a politica a ser ado
tada pela organização responsãvel pela auditoria. Ass i m, os
procedi mentos de todos os seus profissionais são padroniza-dos e omissões ou excessos são evitapadroniza-dos. Por conseguinte, a qualidade dos serviços
e
aprimorada.No âmbito da auditoria fiscal, acreditamos, a partir da nossa própria exp eriên c ia profis sio nal t que exis te
uma ineficiência provocada pela não adoção de programas cla-ramente definido s e elaborados de acordo com os
que norteiam a auditoria.
principios
Nos estudos por nós desenvolvidos nesse senti do, tanto do ponto de vista acadêmico quanto do profissional, temos deparado com uma escas sez de liter at ura especifica e com fragm entos esparsos do que poderia vir a ser chamado de um programa de auditoria fiscal na ãrea do imposto de rend a pessoa juridica.
Em verdade, face a carência de literatura, acre ditamo s que os a uditores fiscais cost umam recorrer aos cole gas mais antig os e a própria experiência acumulada, apos er ros e acertos, para elaborar o seu próprio progr ama bãsi co de atuação.
'possibilita, inclusive, a constatação de interpr et ações di
-vergentes, al iad a ã não e l aboração de roti nas em que os par~
metros de julgamento sejam fi xa dos prejudica • . em no ssa opl
nião, a uniformid ade de pro cedime nto s entre os auditores fi ! cais e, por s ua vez . dificul ta ã transmissão dos co nh ecimen tos ac umulad os e o trei na mento da mão -d e -obra Que vai se
in-co rporando às instituições.
Entend emos que a a udit oria fiscal, como toda au ditaria, pr ec i sa de adotar pro ce di me nto s c ientif icas e nossa
intenção
e
a partir da união do s co nh ecime ntos teór i cos acum~l ados no curso
ã
vivê ncia prática, elaborar um programa ca -paz de nortear uma auditoria na ãrea do imposto de renda pe~soa j uridica para empresas comerciais e indus tr iais SUjeitas
ã tributação com base no lu cro rea l e ã al i quota norma l de 35%.
As sim , cremos que o nosso estudo é importante e pode rã contribuir para o aprim orame nto da audit or ia f isca l
e, em ültima aná l ise , da ciência contábil . pois
s ubsid i as para uma vasta gama de prof i ssiona i s.
fornecerá
Por out ro lad o, co ns id era nd o que o imposto de renda,por se r progressivo e di reto , representa um meio impo~
t ante para a consecução de uma politica fis ca l justa - ou s~
ja, voltada para uma trib ut ação que grave os contrib u intes em função dos seus niveis de renda e zele para que todos cum -pram as s uas obrigações tributãrias - entendemos que uma au ditoria f i sca l eficiente é i mporta nte para o des e nvolvimento econômico e social de nosso pai s .
balh a .
Assim , vemos um a r e l evâ nc i a Pro curando fornecer um mode l o de
soc i al no nosso tra programa capaz de padronizar procedimentos , melhorar o desempenho da fis caliz~
ç ao e dos auditores independentes em geral pensam os que est~
1.2 - OBJETIVO 00 ESTUDO
A auditoria fiscal, como toda auditoria . preci
5a de adota r proce di me ntos c ientifica s para ser eficiente e
nossa int enção
e,
a pa rtir da união dos co nhecimentos acaaêmicos adquiridos a atuação ~rãtica , e la borar um mode
10 de programa a lternati vo capaz de nortear uma auditoria na ãrea do imposto de renda pessoa juridica para empresas come! ciais e/o u i ndu striais tributadas com base no lucro real a
aliquota normal de 35 %.
o
modelo de pr ograma a lt er nati vo que pretende-mos pr opor objetiva cobrir la c unas por nós detectadas em
nos sa ex periênc ia profi ss i onal I bem como a s levantadas junto
a outr os auditores governamentais e a firmas de audi tori a, consti t uindo-se, de ssa forma, num co rpo s i stem ãti co capaz de supr i r as necess idades do s audit ores fi scais.
1.3 - DELIMITAÇ/{O DO AIIBITO . 00 EliTUDO
A legislaç ã o do imposto
e
vast is s i ma e abrange inumeros ramos de atividade. Possui alguns artigos que se apli cam a todos os ramos e outros que são especi fi cos a de -termin ados deles como por exemplo. os que tratam deopera-çoes imobi l iãrias (artigos 285 a 288).
Pre vê tributações especiai s ,ou seja , a aliqu otas inferi ores a normal de 35%,para certos t i pos de empresas . como a de 6% apl icãvel as que se ded i cam ã exp lor ação de tran sporte rod oviãr i o col etivo de pa ssageiros (art. 411) . Di spõ e, ainda. que a base de cã l cul o do tri buto pode ser o lucro real, arbi tra
-do , ou o presumi-do (art. 153) .
Por s ua vez. a própria contabilidade apresenta pe cu li ar i da des em fun ção do r amo de atividade, razao porque se costuma falar em contab il idade comercia l.
i ndu strial ou contab il idade bancãria.
Considerando esses aspectos , entendemos que p! ra o êxito do nosso projeto era preciso delimitar o campo da
pesqui sa .
Assim, nos fi xamos nas empresas trib utadas com base no lu cro real
ã
aliquota norm a l de 35 ~ e que executem at ividades comerc iais ou industriai s .Nossa esco lha decorreu do fato de que o pr og r! ma e l aborado para essas empre sas teria uma maior
eia, jã que tr ata ria da sit uação fis ca l norma l, e
abrangên-cog it ar ia
de ramo s de at i vidades bastante s ge ner i cas e desempen hados em
la rga escala na nossa c id ade .
Entre nós, a l egislação tributãria, na medida em qu e objetiva permitir o alcance das diretrizes polTtic o-econô mi cas do governo num dado momento e pode ser institul da por intermédio da figura do Decreto - lei - presente na Constituição vigente e larg ame nte utilizada por in iciativa do Poder Executiv o - vem sofrendo co nstantes mutações .
Des sa forma. verifi camos que tornar-se -i a in-viável a constituição de um pr ogram a capaz de atender plen~
mente
ã
auditoria fiscal em di versos a nos.A l egislação fiséa l para o ano de 19S7 , · ba se para a deela
ração de rendimentos a ser apresentada para o exercício de 1988, pod~
ria ser alterada até dezemb ro do mês em curso . Segundo amplo noticiã rio da imprensa e manifestações dos principais executivos da ãrea
econi
mica governamental , ã epoca em que estãvamos desenvo l vendo nosso traba lho, as modificações inquestionave l mente existiri am , o que , por si so , inval idari a qua l quer pretensão nossa de fomu l ar uma pesq uisa que abrang esse o ano base de 1987.
Resolvemos abandonar o ano de 1986 por consid~
rã -l o at ípic o. Esse foi o an o do "Plano Cruzado" e da. pr~
rmina-das empresas, consoan te as disposições, já revogarmina-das , da lei 7450/85. Assim, entendemos que o esforço para siste matl zar um programa de a uditoria na área fiscal envolvendo a le-gislaç ão pertinente ao referido ano não teria grande utili-dade.
Decidimos, então, limitar a pesquisa as normas em vigor para os anos de 1984 e 1985. Esses eram os peri~
dos ime diatame nte anteriores aos acima referidos, e , porta~
to, mais distantes de serem alcançados pelo instituto da
de-cadência (*), que extingue o credito tributário , impedindo
sua constituição media nte lan çame nto. Alem disso, para os dois periodos a legislação manteve-se, de certa forma, homo
genea, como ficará evidenciado no capitulo da revisão de li
teratura .
1.4 - ORGANIZAÇAO DO ESTUDO
Este estudo encontra-se organizado em seis capí tulos e um Vbn~me dedicado aos anexos.
No capítulo I, procurou-se introduzir o assunto evidenci ando -se a importância do estudo e o seu objetivo, d~
li mit ando-se o âmbito do trabalho e, por ultimo, mostrando -se a maneira como foi organizado.
(*) Decadência - instituto juroidicoJ p1'evis to no inciso VJ do art . 156
e no ar t . 173 do Código Tl"ibutár io Nacional (Lei 5172/
66) que se constitui em forma de extinção do cr édito
t1'ibutário . No tocante ao Imposto de Renda das Pes
-soas Jurídicas J oper á- seJ via de regPaJ a part i r de
cinco anosJ contados da notif icação do lançamento
pri-mitivoJ consoante o disposto no art . 711J do RI R/80J
1 1.1 - O I "POSTO DE REN DA PES SOA JURrDIC ~
11. 1 .1 - Intpoduç~o
A comp l exidade da l egis l ação que trata do i mpo~
to de renda pessoa j urídica dif i c ul ta, de forma inq ue s t i on!
ve l, a s ua ap l icação e e nvo l ve prob l emas não só de ord em j~
r idica como tambem de ordem contãbi l, interferindo , i ncl usi ve no c umprimento dos pr i nc i pias gerais que regem essa ciê n
c i a.
Com esse tõpico, procuramos sintetizar 0$ pr i ~ cip i os gerais que norteiam esse imposto ,
sas comerciais e ind ustr i ais tributadas
real, ã alíquota norma l de 35 %.
no âmbito das empr!
com base no 1 uero
De inic i o , foca l izamos as forma l idades e as nor
mas de escrituração co ntãbi l, envolvidas na determi nação da base tr i butãve l de um modo gera l.
Em seguida, passamos a ana l isar as pr in cipais questões de ordem fiscal e contãbi l concernentes ao resulta do do periodo .
Posteriormente , nOSd etivemos na anãlise dos mais relevantes aspectos patrimoniais alcançados pe l a legislaç ão fiscal com a inevitãvel i ntera ção com a contabilidade.
Após, tecemos alguns comentãrios sobre a apur~
çao do Lucr o Real.
11.1.2 - Disposições Ge l'ais
o
fat o gerador do imposto de renda incidente s~bre os lucr os da pessoa jurídica
e
a aquis i ção da disponibi lidade econômica ou juridica da renda.A base sobre a qual
é
aplicada a aliquota para ca lcul ar-se o imposto é o lucro produzido no país, espelhado na contabilidade " para o período-base, depois de devidamente ajustado pelas adições e excl usões previstas na lei, ou se-ja, o lu cro real.
Para fins da legislação do imposto de renda, e importante esclarecer alguns conceitos.
A expressa0 exercício financeiro corresponde ao ano - ca l endârio subseqUente ao da ap ura ção do s res ultad os e no qual deve ser apresentada a declaração de rendimentos en quanto a pessoa jurídica estiver em atividade .
Jã
a expressão período-base, ou e xercício so -cia 1 , representa o espaço de tempo ao termino do qual as pe~soas jurídic as devem apurar seus resultados. Ressa l vados os casos de inicio, encerramento de atividades, ou de altera-ção do exercício socia l. es se espa ço de tempo deverá compr~
ender o lap so de doze meses consecutivos. Convem. ainda, ressaltar que para as pessoas juridicas que se exti ngu irem . o exercíci o finan ce iro corre spo nderã ao própri o período-base.
Torna-se oport un o tambem nesse tópico salientar que a legisla ção fiscal prevê o cumprimento de uma série de formalidades por parte das pe~oas juridicas. Dentre essas formalidad es destacam-se: a inscrição no Cadastro Geral de
Contribuintes (CGC); a manutenção de escrituração; a elabor~
ção de demonstrações financeiras; a determina ção da base de cã l culo do imposto e a apresent ação da declaração de rendi mentos.
As pessoas jur id icas estão obrigadas ã
inscr;çao no Cadastro Gera l de Co ntri buintes (CGC) , de conformida -de com o artigo 516 do Regulame nto do Imposto -de Renda (De -creto 85450/80) e as normas contidas, basicamente nas Ins-tru ções Normativas SRF 96/80, 82/8 1, 42/82, 69/82, 27/84 e 105/84 .
o
contribuinte sujeitoã
tributação com base no lu cro real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais, conforme dispõe o art. 157 do citado regulament o. Entende -se por escrituração a manutenção dos assentamento s relativos às mutações do patrimôn i O. Tais as-se ntamentos ou registros devem obas-servar os principias contã beis geralmente aceitos e se rem processados em livros comer ciais e fi sca is reve st idos das exigências legais,mente no que concerne ã necessãria autenticação por
princi pal
parte
da autoridade compete nte, cumprindo esclarecer que os
vros de Ap ura ção do Lucro Rea l (LALUR) e Razão Au xiliar ORTN (RAZORT) estão dispensados de regi stro.
Li-em
A escrituração deve ser completa , abrangendo to da s as mutações patrimoniais, expressa em idioma e moeda na cionais , clara , seqUencial , por ordem crono l ógica de dia, mes e ano , bem como sem int ervalos ou rasuras.
Permite-se, também, a presença de escr i t.uração descentralizada em função dos vários estabe l ecimentos da em presa , devendo o seu resultado ser incorporado no da matriz, responsável pe la apresentação da declaração de re ndiment os.
Considera a legislação obrigatõria a escritur~
çao dos seguintes livros fi scais: Inventário , Compras , Apu -ração do lucro Real . Em determinadas situações, é também obrigatória a escrituração do Li vro Razão Auxiliar em ORTN.
No que tange ã adoção de formulários co nt inu as ou fichas soltas, o contribuinte deve providenciar a autenti cação do conjunto ou transcrever as demonstrações finance; ras em l ivro próprio, devidamente autenticado.
A escrituração deve estar a cargo de pro f issi~
nal l ega l mente habilitado e mantida em ordem, juntamente com a documentação comp ro batõria dos registros contãbe is, en-quanto não prescritas eventuais ações pert in entes , nos ter-mos do art. 165 do Regulamento (RIR/BO).
aos precei tos co ntabilid ade o art . l 6B do
Como jã abordado, a escrituração deve obedecer da legislação comercia l e aos principias da geralmente aceitos. Nesse se ntid o , es t abe l ece RIR/BO, que os ajustes em função da lei tribu tária , quer por serem de natureza meramente fiscal, quer por não constarem da escrituração, quer por serem diferentes dos l ançamentos contábeis, devem ser efetuados no LAL UR.
Da mesma forma, consagra o art. 171 do citado diploma legal a prática do chamado "r egime de
na escrituração contábil .
competincia"
Por oportuno , cabe citar as pa l avras de J osé
"1 65 - Regúne da Escrituração
. .. A Zegis Zação tributária não contém normas
prescrevendo o regime de escrituração a eer observado
por todos os controibuintes nem dispÕe sobre o momento do
reconhecimento do lucro, mas o Dec .-Lei 1598/?7 remete
o assunto às Leis comerciais:
a) no artigo 79, dispÕe que o contribuinte de
ve nnntel' esc1'ituração 'com obsel'1Jância
das
leis comerciais e fiscais ';
que as demons
e~abo:t'Qda8
da lei 00
-bJ no § 49 do artigo 79 p1'6SereVe trações financeiras devem ser
'com observância das disposições
merciaZ ' ;
c) no § 19 do artigo 69 dispÕe que o lucro
zi-quido do exercício deve ser determinado 'com
obse1"Vância dos preceitos da lei comercial '.
Em todos esses dispositivos o Dec . - Lei n9 1598/
77 evitou delibePadamente estender a todos 08 contribuin
tes do imposto as normas de esc~tunação e de reCOnhgCL
mento dO lucro da Lei nP 6 . 404/76 ~ referi ndo -se ~ gener?
c~ente~ à· lei comercial e não à lei de sociedade
por
açoe s.Além disso , em outro dispositivo (CU'tigo 16),
ao regutar a dedutibilidade dos tributos para efeito de
detel'l1linar o lucro r eal ~ admite, expre88amente ~ os regi
mes de competência e de caixa : as condições de dedutib7
lidade dos tributos variam conforme o regime de escl~tü
roça0 adotado .
Pelae raz oes constantes da observação anterior ~
as pessoas juridicas, com exceção das campanhais, podem
optar entre os regimes de competência e caixa, desde que observem as regras da contabilidade comercial consagra-das pelos usos e constumes do aomércio . Essa liberdade
não existe J todavia, na apu.ração de lucro bruto na ven
da de mercadorias ou bens ntlteriais de produção da
pes-soa juridica , quando o regime de cQmp€'tência é imperati
vo técnico . A sociedade (não por ações) e a empresa
in
dividua l que vendem mercadorias ou produtos podem,
en-tretanto, adotar regime hibrido - que reconhece o lucro
bruto dessas vendas segundo o regime de competência e
os rendimentos e outras receitas e despesas segundo o
regime de cai:J:a .1/
obrigatõ-r i as as seguintes demonstobrigatõ-rações: balanço patobrigatõ-rimon i al, res ul
o
balanço · patrimonial mostra a sit uação do pa-trimônio num determinado momento. As outras, evidenciam mu tações havidas no patrimônio durante determinado pe r íodo .As demonstrações financeiras devem ser elabora -das ao fim de cada per í odo-base de ap uração e em co nformida-de com as di s posições da l ei comercial, ou seja , da l ei nQ 6404/76, sendo s ua transcr i ção no Livro Diãrio ou nas fichas
que o substit uem obrigatór i a .
Com referência ã determinação da base de cãl -c ul o do imposto, -convem ressa l tar que a lei fiscal. em seu
art. 173, prevê que ela compete ao contribuinte, que compl~
tada a ocorrência do fato gerador, isto
e,
ao findar - se o período - base de incidência , deve elaborar a demonstração do Lucro Rea l. transcrevendo-a no l AlUR , para evidenciar o l ucro l íquido do exercício, os aj ustes procedido s e o l ucror ea 1.
Compete . ai nda . ao contrib ui nte a apresentação da dec l aração de rendime ntos para o exercício fina nce iro. Ta l apresentação, obedecia para os a nos de 1984 e 1985 . no que concern e às pess oas j urídicas trib utadas com base no l uc r o rea l. os seguintes prazos. determinados em fun ção do mes de encerramento do período - base:
Mês do Encerra me nto do Período-Base
Janeiro a setembro
Outubro
Novembro Dezembro
Mes
de Entre2a daDec laraçao
Feverei ro
flarço Abri l
Através da declaração de rendimentos, o contri buinte promove o seu auto-lançamento, ficando obrigado ao p~
gamento das cotas do imposto.
11.1.3 - Resultado do Per iodo
II~1.3.1 - Re ceitas
A l eg isla ção bras ile ira trata das rece ita s op~
racionais e das não operacionais, in c lu indo entre estas os ganhos de capital.
São operacionais , nos termos do art. 11 do De-creto-Lei l59 B, reproduzido no art . 175 do RIR/BO (Decreto 85 . 450/80), as rece it as decorrente s das operações normais da empresa, ou seja, as resultantes das atividades , pr in cipais
ou acessórias. que constituem objeto da pessoa jurid i ca. Da
atividade principal, são as receitas da s vendas de bens e
serviços. Das atividades acessórias , são as vi nientes de operações complementares. quase
re ce itas pro -sempre resulta.!! te s do emprego de r ec ursos oc i osos da empresa, tais como as r eceitas financeiras decorrentes de aplicações no mercado de capitais e a receita de aluguel de predio cuja destinaç ão econômica não seja a exp l oração da atividade bãsica.
Principal fonte de re c ursos da empresa , a recei ta decorrente da venda de bens e serviços deve ser estudada sob seus diversos aspectos, tendo em vista o que a respeito dispõe a Lei n9 6.404/76 e o Regulamento do Imposto de Ren -da. Ao tratar da demonstração do resultado do exercicio, a Lei nQ 6.404/76, em seu artigo 187, determina que a receita seja informada, inicialmente, pe l o seu valor bruto
das deduç ões das ve nd as e dos impostos. As reduções ceita bruta c i tadas são especificadas pe l a l egis la ção
seguida da re
'i nco ndicionalmente concedidos e impostos incidentes sobre vendas. Feitas as reduções,d ete rmina-se, finalm e nte , a re-ceita liquida.
Segundo a l egis l ação (RIR/80, art. 179), a re
-ceita bruta das vendas e serviços compreende o produto da
venda de bens nas operações de contas própria . o preço dos serviços prestados e o resu l tado auferido nas operações de
conta alheia .
Dentre as obr i gações tributárias das empresas, incluem- se os impo stos sobre produtos industrializados (IPI) e sobre minerais do pais (IUM) . Tratando do assunto, a Se-cretaria da Receita Federal, atraves da Instr ução Normativa do Secretãrio de Receita Federal nQ 051/78, estipula a nao inclusão dos referidos imposto s no valor da receita bruta, tendo em vista que , no caso, a empresa
e
mera dep ositária da importância cobrada ao comprador . De fato, embora fazendo parte do faturamento, a empresa acresce ao preço dos produ -tos o valor desses impos-tos , cobra - os do comprador, abate as quantia s pagas por ela nas compras anteriores e repassa o sa l do ao Tesouro Nacional. Funciona , por assim dizer, como i ntermediirio entre o contribuinte "de fato" (econ6mico) e a Fazenda Nacional, sem a uferir, dessa intermedi ação , qua~quer resultado, razão porque não deve computar, como recei-ta brurecei-ta, o monrecei-tante dos referidos impostos . Tod av ia , é co -mum emcontrar-se empresas que incluem como receita própria o
total do IPI faturado e, em seguida, dedu zem a mesma impo~
tância para determinação da receita l iquida. Tal procedime~
to, ainda que nã o resulte em prejuizo para a Fazenda Nacio -nal, desatende às normas da l eg islação contãbil. Esses im-postos devem ser contro l ados atraves de contas corre ntes.
Como o próprio nome indica, vendas canceladas correspondem ã anulação de valores computados anteriormente como receita bruta de vendas e serv i ços. Correspondem, po~
tanto , ao valor das mercadorias recebidas em dev ol ução , por dif erenças na qualidade, na quantidade ou no preço, por atra
Os descontos incondiciona l me nte co nced i dos sao
parce l as redutoras do preço de venda dos bens e serviços que i ndependem de evento posterior ã emissão da respectiva nota f i sca l ou fat ura . Devem , por conseg uinte , co nstar desses do c ume ntos .
Tais descontos diferem do abatime nto concedido para que o comprador não devolva mercadoria c uja qualidade ou quant i dade não co nf i ra com as especificações do vendedor,
qu e decorre de evento pos t erior ã em i ssão da nota f i s cal de ve nda e expedição da me r ca dor i a ou prod uto.
Por outro l ado , os desco ntos concedidos para p~
gamento antecipado . embora constem da dup l icata , não são ti
-dos como incondicionais . Trata-se de descontos do tipo lO X para pagamento a vista, 5 % para pagamento a 30 di as ou O ~
para pagamento no vencimento . Como se observa , o referido desconto, para ser implementado , depende de evento f uturo,ou se j a , de uma decisão do comprador. Esse , c l aro , sõ
o c usto dos recursos necessãrios
a nteci
ã li qu~
parã o pagamento se dação do debito for t o a ser a uferido.
i nfer i or ou , no mã xi mo, i gual ao descon
-Seg undo dispõ e a In str ução Normativa SRF nQ 51/ 78 , reputam - se i nc i dentes sobre as vendas os i mpostos , taxas e co ntrib u ições que guardam proporciona l idade com o preço da venda ou dos serviços, mesmo que o respe ct ivo monta nte inte gre a base de cã l culo.
Trata - se , então , do Imposto sobre Ci rcu l ação de Mercadorias (ICM) , do Imposto sobre Serviço (ISS) , do Impa! to de Exportação , dos Impostos Onicos sobre Energia Elétri -ca e sobre Combustiveis e Lubrifi -ca nte s Liquidos e Gasosos. das taxas que guardam proporcionalidade com o preço de ven-da, das contribuiç ões para o PIS e para o FINSOCIAL calcula das , r espectivamente, sobre o faturamento e as ve ndas br utas .
' o valor a ser registrado como incidente sobre as vendas é o total desse imposto calcu l ado sobre as vendas da empresa no pe r lodo . e nio a diferença entre o reM incidente nas sardas e entradas ocorr i das no exercício social.
Tanto os impostos como as taxas e as co ntribui çoes devem ser escriturados em contas especif i cas de resu l -tado durante o período-base , deve ndo os respectivos va l ores
f igurarem como parce l as redutoras da receita br uta , pa ra
de-term i nar a receita l iquida, na Demonstração do Res ultado do
Exercício , de que trata o art i go 187 da Lei nQ 6.404/76.
Como definida no artigo 178 do RIR/80,. recei
ta l iquida de vendas e serviços serã, pois . a receita bruta diminuída das vendas cance l adas, dos descontos incondicio-na i s e dos impostos e taxas incidentes sobre as vendas.
Por outro lado, deve ser adicionado
ã
receita bruta , para cãlcu l o da receita l iquida, o credito-prêmio de IPI e ICM, decorrente de exportação incentivada.A l egislação reconhece, ainda, como operacio na i s outros resultados , po de ndose inc l uir ent r e eles as re -ceitas f i nanceiras, as var i ações monetãrias ativas, os ren dimentos de participações societãrias, inclusive aj ustes po -sitivos em função da equ i valência patrimonial. as recupera-ções ou devolurecupera-ções de custos, dedurecupera-ções ou provisões , as sub venções correntes para custeio ou operação e as importâncias
levantadas do FGTS.
As receitas financeiras sao rendimentos que a pessoa juridica recebe pela cessão , a terceiros. do uso de capitais financeiros ou são ganhos obtidos para compensar qualquer moda l idade de detenção dos mesmos capitais.
76 (Lei das Sociedades por Ações) que, no se u artigo 187,
item 111 , determina como componentes do lucro operacional
lias despesas financeiras, deduzid as das
r
bom esclarecer , por oportuno, que o RIR /BO (art . 254) não considera como receitas financeiras as varia ções monetárias decorrentes dos direitos de crédito do contribuinte, assim como os ganhos cambiais e mo netários reali -zad os no pagamento de obrigações. A distinção entre recei-tas financeiras e var i ações monetárias ê importante vi sto que apenas as variações monetárias são levadas em conta na composição do lucro inflacionário dentro da correçao mone-tária do balanço. Todavia, cumpre ressaltar,que o art. 362 do RIR /BO determinou que a correção monetária prefi xa da tam bem fosse considerada na for mação do lu cro infla cio nãrio,a p~sar de ser uma receita financeira (art. 253 RIR /8 0).
o
regulamento do Imposto de Renda (RIR/80) conceitu a como juros (arts. 25 e 26, Rendimentos da Cédula B, Pess oa Física), qualquer modalidade de compensação pelo uso
ou detenção de cap ital a l heio.
São, ainda çao monetãria prefixada res.
acrescentados os descontos, a co rre
e o prêmio de resgate de
debêntu-o
RIR/80 prescreve que os juros, O desconto, acorreção monetãria prefixada, o lucro na operação de reporte
e o prêmio de resgate de titulo ou debêntures ganhos pelo contribuinte devem ser computados no lucro operacional . Es-sa norma guarda perfeita concordância com um dos principias basilares do regi me de competência , in serido no § lQ do art.
187 da Lei n9 6.404/76 , quando estabelece que na determina
çao do resultado do exercicio serão comp utados "as receitas e os rendimentos ganhos no periodo, independentemente de sua
o
referido principio consagra a escolha de ganho, ao inv es de recebimento em dinheiro, como momento em que o lucro dev e ser reconhecido nas contas de resultado.Segundo adverte Bulhões Pedreira(Z). no regime de
comp etência t emos que:u as peeeitas financeira8 considel'am - se
ganhas no momento em que se completa a ocorrência de todosos fat o s necessários para qu e a pessoa juridica adquira v irtual mente :
a) o dir ei t o d e r ecebê - las ; e
bJ o pode r de dispor do seu valor em moeda .
o direito a juros que se vencem periodicamente no
v encimento de cada pre8tação ~ e a disponibilidade vi rtual do seu val o r~ pressupoem possibilidade de r ecebimen to imedia to ou de realização do seu valor em dinheiro mediante trocas
no mercado .
o
dir eito ao r ecebimento de desconto ~ correça o monetária prefi x ada~ luc r o na operação de reporte e prêmio de
r esgate de titulos ou debêntures somente nasce no vencimento do i. titulo; mas a dispo n ibilidade virtual do r endime nt o pode
configurar - se antes do vencimento no caBO de titulos com al
to grau de liquide2 ~ que aumentam de valor no me rcado à medi
da em que se aproxima o vencim e n to .
Nas instituições financeir as ~ os juros edescontos
sao receitas de serviços que constituem o objeto da pessoa
juridica . Por is so ~ salvo quando há dúvidas fundadas sobre
o r ecebimento do crédito ~ consideram - se ganhos à medida em
que decorre o tempo .
Nas demais pessoas jUl'i.dicas ~ nao há o mesmo fu!!.
damento para qu e se c o nfigur e a disponibilidade virtual dos
jUl'OS e descontos em fu nção exclusivamente do tempo decorri
a) se o direito à receita acha-se inc orpo rado em
titul o de alta liquidez no mercado ~ cujo va
lar (correspondente ao período já deco rri do) ,
p ode , a qualquer mome nt o , ser reali zado med~
ant e v enda do titulo, o cont ri buinte deve (p~
zoa efeito de determinar o lucro r eal ) r econh~
aer a r e ceita correspondente ao período de
co rri do até a data do balanço , conforme esta
belecido no item I do artigo 183 da Lei nP
6.404 /76 ;
bJ nos demais casos, a receita some nte 8e consi
-d era ganha quan-do a pessoa jurí-dica a-dquire o
dir eito de exigir o pagamento da pr estação de
juro s ou do título (no seu vencimento) e as
cir cunstâncias de f ato configu r am a disponibi lidade no prazo."
A parte final do art. 253 sob est udo permite o rateio, pelos periodos a que competirem, dos ganhos finan ceiros que forem obtidos em op e raçoes ou titulos com venci -mento posterior ao do encerra me nto do ex e rcicio soc ial. Is so quer dizer que a lei consent e em que se distribu a em dois ou mais exercicios sociais, de acordo com o decur s o do tempo. essas importâncias de sco nt adas nos titulos objeto da operaçao.
Se a l ei tributãria diz que tais ganhos poderão s.er as.sim di s tribuidos no tem po
e
porque consente ou reconh! ce a validade do prin c ipio da competê nci a de e xe rcicio, en tr etanto , ne nhuma providênc i a to ma co ntr a o co ntri buint e que não r espeitar esse principio. Em outras pa l avras, tanto hz. perante a l ei , que o co ntribuin te respeite ou não o princi-pio da competência do exerc i cio . Aliãs, essa ind iferença. que se exprime no consentimento da lei, estã manife s ta PO! que o desresp e ito sã prej udi ca o co ntr ibuinte , uma vez q ue considerando antecipadame nte toda a receita. irã ele pagar o i mposto tambem com a ntecip ação .'val or de um crédito ou de uma obrigação , exp ressos em moeda
na ciona' , decorrentes de atualizaç ão de seu valor em fun ção
da ta xa de câmbio ou de índi ce ou coeficie nte ap l icãve is em datas diferent es.
dade s
1 e i de
Es ses aju stes sao determinad os na
anônimas (arts. lB3-I e l B4 -11 e 111) e na l ei
sa cie
fis-da
ca l . Decorrem da ne c es sida de de atua l izar-se a e xpressa0 mo e da nacional no seu relacionamento com moedas estrangeiras
(cl ãus ula s de par i dade camb ial), bem como em virtude de atua lizaç ão do poder aquisitivo da moeda na cio na l pe l a apli cação de índ ices ou coefic i entes exigíveis por for ç a de disposição contratual ou l egal (correção monetãria propriamente dita ) .
A lei fiscal obriga o contribuinte a at ual izar o val or dos se us direitos de credito, cujas contrapartidas ir ão compor o lu cro operaciona l do e xercicio. O i nci so I, do
arti go 254 do RIR/BO, trata das receitas provenie nt es das
vari ações mo netãrias , as quais gera l mente têm origem em cre
dit o de que a pe sso a jurídica e titular .. Os acrescimos de
-correntes desses ajustes, amparados por disposição l ega l ou contratua l, são co nside r ados pela lei como rendime nto trib u
tã ve 1 .
A pessoa juridica tambem pod e auferi r re ce i tas tribut ãveis , oriundas de tais ajustes. quando . na qua lid ade de devedora , li quida obrigações sujeitas a essas variaç ões monet ãrias.
Poderiam os i lu strar esta ultim a hipótese no c~ so em que, havendo anteriormente ajustado o saldo do débito ã ta xa cambia l vigente , em momento posterior, ao l iq uid ar a obriga ção , a pessoa juridica é beneficiada com uma baixa na ta xa de câmbio da moeda estrangeira em que se firmou o re s -pectivo contrato.
tidas sao levada s às contas dos devedores , na hipótese de a empresa ser credora, ou sao debitada s ao sa l do credor da con ta finance i ra, quando oco r re a red ução da taxa cambia l .
o RIR/ aO classifica a correção monetãria pref~
xada como receita financeira (art. 253), enquanto que a cor -reçao monetãria pós-fi xada é considerada var i ação monetãria.
A correta classificação. na escrita comer c ia l da pessoa jurldica. das "receitas e despesas financeiras" e das " variaç5es monetãrias" é mu i to i mportante sob a perspef tiva da legislação do Imposto de Renda , pois essa distin ção , como jã abordado, tem reflexos diretos na apura ção do lucro inflacionãrio, onde as despesas de correção monetãria pre-fixada que e xce derem às re ceitas da mesma origem (parcelas das despesas e receitas financeiras), bem como as varia çõe s monetãrias passivas que excederemãs ativas serão tratadas co -mo ajustes do sa l do credor da Correção Monetãria do Balanço .
Os redimentos recebidos pelos contribuintes em decorrência de participação societãria em outras pessoas ju -rídicas são de duas especies:
a) açoes ou quota s bo nificadas r ecebidas sem custo;
b) dividendos ou lu cros recebidos em dinheiro.
Pelo co man do do artigo 257 do RIR/BO, as açoes ou quotas bonificadas recebidas sem custo pe l o contribuinte não importarão modificação no valor pelo qua l a participação societãria estiver registrada no ativo da investidora nem se rao computadas na determinação do lu cro real de sta .
-çao, o re ceb im ento de ações ou quotas nao influi no resulta do do e xercício, r a zão pela qual não cabe nenhum ajuste no lAlUR.
Os dividendos ou lu cros recebidos em dinheiro têm vár io s tratamentos tributários di stintos , sendo básico s os seguintes:
a) quando o investimento na o e avaliado pelo v~
l ar de patri mô ni o liquido, os di videndos e
l uc ro s recebid os de outras pess oas jurídi cas
integra rão o lucr o operacional. Estes rendi
mentos, quando sujeitos
ã
tributação empo-der de firmas ou sociedades que os distribuI
ram, são excluídos do lu cro liquid o da inv e~
tidor a (exclus ão na Parte A do l AlUR) para
efei to de determinar o lu cro real. Não
obs-tant e , observa-se que ainda que o lucro aufe
rido pela soc i edade onde ê feito o
investi-mento não s e ja tributado em se u poder, em
virtude de is enção , a excl usã o or a comenta
da e per mitida , co ns oante o Ato Declar a
tõr i o CST/SRF nQ 5/74;
b) quando o inve st ime nt o e ava liado pelo valor
de patri môn i o liquido da co ligada ou contro
lada, os di vid e ndos ou lu cro s rec ebi do s sao
considerados redução do va l o r do investi men
to, não influindo no res ul tado do exe rcicio;
c ) ainda no caso de inve s tim e nto em co ligada ou controlada avaliado pe l o va lor de pa tri môn i o li quido , se os lucros ou dividendos forem re
cebidos apãs a a l ienação do investimento, e~
tes serão co nsiderados ganho de cap it a l, e
portanto in clui dos na determi nação do lucro
re a l, ressalvado o caso de o co ntri buinte jã
os ter comp u tado na apuração do re su l tado
c) quando recebidos em decorrência de
partici-pação societãria ava li ada pelo custo de aqui sição, adquirida ate seis meses antes da da -ta da respectiva percepção, devem ser regi~
trados como diminuição do valor do custo e não influenciarão as contas de resultado (D~
ereto -L ei 2072/83 , art. 2Q e 11, 11).
o
RIR/80 , em seus artigos 258 e 264 , disciplinao tratamento dos inv est iment os em sociedades coliga das ou controladas que devam ser ava l iados pelo valor do patrimônio l íquido. E irrel evante , para o objetivo que aqui se prete~
de, perquirir se o investimento está sendo avaliado pelo valor do patrimônio 11 quido em de c orrência de exigência da
LSA (Lei nQ 6 .4 04/76, arts. 243 e seguintes), ou por imposi-çao da CVM ou do BACEN.
Em cada balanço, na data deste, depois de regis trada a correção monetária do exerc íci o sobre o investimen-to, deverá ser procedido o ajuste deste ao valor do patrimi ni o liquido da investida.
Para efeitos fis cais , as co ntrapartidas do a j u~ t e ao va lo r do patrimônio líqui do de investi me ntos avaliados p~
lo metodo de eq uivalênCia patrimonia l não se rão computados na determi nação do lucro real. Referidos valores se rão tratados nal determinaç ão do lucr o real, se posit iv os ,como exclu sões e , se ne '
gativos. como adições . -Com esses l ançamentos no LALUR, anulam .,se
o s e fe i tos dos 1 ançamentos efetuados na contab i 1 idade, fi cando estes sem qualquer reflexo na apuração do re sultado sUjeito ã tributação.
( normal na vida das empresas o s urgiment o de recuperações ou devoluç õe s de custos , deduçôes e prov i sões.
Seria muito longa a relação das hipóteses em que cabe a ap l icação do corna nd o do inciso l~ do art igo 265
do RIR/ 80, se ê que isto ê poss ivel. A titulo de exemplifl
a) c redit os fi sca i s or iund os de exportação in
-centivada;
b) ressarcimento de desfalques , apropriação in debita e furto;
c) de vo lu ção por empregado de despesas com es t ã gi 05 e cursos;
d) rece it a ob tida com a ve nd a, por empresas ed~
tora s , de fas cic ul os obsoletos a serem util;
zados como matéria-prima para reapr ove ita me~
to industrial;
e) reversao de quaisq uer va l ores credita dos em prov i sões no balan ço anterior e nao utiliz a
do s no c urso do periodo-base.
Existem duas es pecies de subvenções, a saber: a) s ub ve nçã o para investimento;
b) s ubven ção para cus teio ou ope r ação.
o
coma ndo do in ciso I,d o art. 265 do RIR/80 , e dir igido apenas para as s ubvenções co rrente s para custeio ouoperaçao recebidas pelas pessoas juridicas cujo lu cro esteja
sujeito ã tributação pe l o imposto de r enda . E no caso irre l evante se qu em subvenc i o ni ~ pe ssoa jurfdica de dir eito
blico ou privado ou pessoa ffsica.
p~
Embora as doações nao estejam expressamente in cluidas no artigo , deve-se da r a e las tratamento trib utãrio
;d~ntico ao das s ubvenções para c usteio.
·raciona1 como receita tributâve1 (RIR/80, art. 265, I I I ) .
inciso
Este dispositivo constitui contrapartida da
nor-ma do art . 226 do RIR/80 que de termi na que as importâ ncias de
positadas constituem de spesa operacional .
Re l ativamente às receitas não operacionais , com
a entrada em vigor do Decreto -L ei nQ 1.598/77, estabe
1eceu-se uma definiçã o mais restrita.
Segundo o art i go 31 do r eferido dip l oma l ega l,
reproduzido no artigo 317 do RIR/BO , são não-operac i onais as receitas correspondentes às aliena ções . in c lu s ive por desa -propria ção, na baixa por perecimento, e x tinção. desgaste, DÊ solescÊncia ou exaustão, ou na l iquidação de bens ou direi-tos do ativo permanente.
Derivando, como regra, de operações com bens do ativo permanente, produzem receita não-operacional I dentre outra s:
• a venda de qualquer bem ou direito do
per ma nent e ;
a ti vo
• a in denização recebida na desapropriação de
bens do ativo permanente~
• a reversao da provisão para perdas provãveis
na realização de investimen tos ;
• o valor realizado da reserva de reavaliação.
o
art. 343 do RI R/BO di spõe que nao ser ao com putada s na det ermi naç ão do lu c ro rea l as impor tânc i as . credi tadas a reservas de capital t que o co ntribuinte com a formade companhia receber dos subscritores de val ores mobi l iãrios de sua emissão a titulo de:
1. ãgio na emissão de açoes por preç o s uperior ao valor nominal, ou a
são de ações sem valor
par t e do preço de emi~ nominal destinad os
ã
forma ção de reservas de ca pital;2. valor da al iena ção de pa rte s ben e ficiãrias (art . 46, Lei SAS) e bõnus de subscrição (art. 75 , Lei SAS) ;
3 . prêmio na emissão de debêntures Lei SAS) ;
(art. 52,
4. lu cro na venda de açoes em tesouraria (art. 30 , Lei SAS).
Empr esas hã que, devido ã s ua localização em r! gi ões menos de se nvolvida s ou ao set or eco nômico a que se de-dica m, nece ssi t am receber s ub ve nções ou do ações dos poderes publi cas para a s ua instalação, ma nu tenção e de se nvo lvi men -to. Dada a pressuposta relevância desses emp reendi mentos , a legi slação trib utãr ia determina que não serao computad&s na de terminação do lu cro real as subvenções pa ra inve st i me n to, inclusive mediante isenção ou redução de impostos conce -did as como estimu l o a implantação ou expansão de empreendi -mentos, econômicos , e as doações, feitas pelo Poder Publico, des de que:
a) registradas como reserva de cap ital, que s o mente poderã ser utilizada para absorver pr~ j uizos ou ser inc orpora da ao capita l , obser vado o disposto no artigo 413 e se us patayr~
b) feitas em cumprimento de obrigação de gara~
tir a exatidão do balanço do contrib uin te e utilizada s para absorver superveniências pa~
sivas ou insuficiências ativas.
Na ocorrência da pessoa juridica ser a benefi-ciãria do capital das apó lices de seguro ou peculio recebi-do por morte recebi-do sócio segurarecebi-do, o valor assim recebirecebi-do
sera computado na determinação do lucro real, isto ê,
sera tributado pe lo imposto de renda.
Especial atenção deve ser dispensada ã
sao "sócio-segurado" . Parecer Normativo CST
o
seu alcance16/76: (3)
esta int erpretado
nao nao
expreE. pelo
" por sócio, deve entendilr - sll a pessoa que faz parte, que participa o u é membro de uma
sociedade (D e Plá~ido e Silva) , seja por quo
-tas ou ações a sua participação no capital da
soc iedade"
Portanto, o beneficio em te la nao alcança o re cebimento do capita l das apõlices de seg uro ou pecú lio qua~
do o segurado não seja sócio, tais como, diretores, tes, fun cio nãrio s, etc.
ge
ren-11.1.3.2.- Custos dos Bens e JServiç08 Vendidos , Des pesas, Encargos e Perdas
A lei 6.404/76
(§
19 do art. 187) estipula que, na determinação do resultado do exercício, sejam computados os custos. despesas. encargos e perdas. pagos ou incorridos, correspondentes às receitas e rendimentos reconhecidos no mesmo periodo. A legislação tributãria (arts . 182, 183 e 184 do RIR /BO) só admite como dedutí ve i s os custos corresponde~tes às mercadorias e aos produtos e serviços vendidos no p~
,
-na o tenha sido reconhecida -na s contas de resultado do exer cic io . devem ser escrit urados em conta do ati vo circ ula nte . como estoques de mercadorias para revenda,de matéria -p rima. mat erial secundãrio e emba l agens. de pr odutos em processa-mento ou acabados, ou como serviços em andaprocessa-mento . Esses cus
tos e e ncargos serão comp ut ados no resultado do exerc íci o 50
cial em que as mercadorias e os produto s forem vendidos e a
r eceita correspondente aos serviços for re conhe ci da.
o custo das mercadorias para revenda, da s mate
ria s -p rimas, material sec undãrio e das embalagens compree~
de , alem do preço, os valores cor r espondentes ao tran sporte
e seguro ate o estabelec i me nto da empresa e os trib utos de vida s na aqu i siçao ou impo rt açao .
A escrituração do valor do frete e do seguro r~
lativ o a esses bens em conta de despesa , ao invé s do computo nos respectivos custos , i mplicarã em redução indevida do re -sultado do exercicio e, por co nseq Oê nc i a, do lu c r o s ujeit o ao i mposto de renda (lucro Real), quando parte ou a total ida de dos r efe r idos bens não for em vendido s no mesmo exercicio social de s ua aq ui sição. A parc e l a de sses gastos qu e corre~
pond er aos ben s não vendidos deve esta r contida no c usto des t es e, por co-nse guinte, figur ar no ati vo c irculant e , nas co.!!. ta s onde são escrit ur ados os estoques , se nd o some nt e compu -da no re s ultado na medid a em qu e os bens citados forem vendi dos .
Com relação aos tributos devidos na aq ui sição ou importa ção, hã que se f a zer a l gumas observações .
No ordenamento juridico brasileiro. existem im postos não - cumu l at iv os . em que as importãncias devidas nas aq ui sições são recuperadas nas operações seg uintes,
Imp os to s obr e a Circ ula ção de Mercadorias (ICM), o
como o Imposto Onico sobre Minerai s do País (IUI~ ) e o Imp osto sob re Produto s
o IeM
ê nao cumulativo, ou seja, incide sobre o valor agregado e, segundo o Cõdigo Tributário Nacional.co~põe o preço legal das mercadorias ou produtos, constituindo o
destaque de se u valor, nos docume nto s de vendas. mera infar
mação para controle fiscal e para aproveitamento pelo contri
buinte comprador.
Assim, sendo o montante devido nas aq ui sições
re c uperãvel. referido va lor passa a ser credito do contri
-buin te comprador para com a Fazenda Estadua l. e deve ser CO~
tabilizad o em conta do ativo para efe it o de compensação com debitos do mesmo imposto. decorrente s das ve nd as
pela pessoa juridica . Não poderão portanto, ser
efet uadas computado
como custo das mercadorias para revenda ou das matê ri as - pr~
mas , nem como despesa operaCional. O teM incidente sobre vendas i registrada. como jã abordado. em co nta de resultado. redutora de receita bruta. para determinação da receita
lí-quida .
As empresas fabricantes de produtos isentos de
l eM, cuja matéria-prima sofre a incidência desse imposto.sem direi t o, por di spos i ção de l ei estadua l . a recuperá-lo, com pu tarão o mesmo no custo do s r eferidos produtos .
o
IPI tambim i não cum ulativ o, indidindo sobre o valor agregado . f acrescido ao preço do produto. cobrado do comprador, e repassada ã Receita Federal. O comprador. se for contribuinte do imposto. recuperará. nas operações se guintes. o montante pago nas aquisições; caso não seja con-tribuinte. não o recuperarã o Dai. para o primeiro, a importância paga a tltulo de IPI nas compras é ativo (crédito) e