UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
CARACTERTZAçAO
GEOCRONOLOGTCA
DA
REGIAO
AM
AZöNICA
DA
VENEZUELA
Fernando José
Barrios
Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani
D]SSERTAÇAO DE MESTRADO
Área de Concentração: Geologia Geral e de Aplicação
,¿
t/
UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-lGC
\\ll\ll\\\\\ll\\l\l\ïll\\\ll\lÏllÏ\lï\\l\l\ll\\\\ll\l\\ili\lll
30900004608
CARACTERTZAçÃO GEOCRONOLóGICA
DA
REGIÃO
AM AZONICA
DA
VENEZUELA
/'
Fernando José
Barrios
Orientador: Prof. Dr. Umberto Giuseppe Cordani
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO
COMISSAO nome
EXAMINADORA
ass.
UU
Presidente:
Examinadores:
Dr.
UmbertoG.
Cor<1aniDr-
Be-n ja¡nir+ -B-trcy-€e--&-NeDr.
.IorgeS.
Rettenc-ourSão Paulo 1983
1r,.
ñJ
) o
jfJ C7
/t"
G'''ì/\€.ì grgLiorrca
?,
\U
t*
s.?.-TND I CE
RE S UMO
CAPlTULO I
CAPfTULO I i
-
r NTR0DUç40-
METODOS EXPERIMENTAISPotãss i o-Argôni o
Rubidio-Estrôncio
Urânio-Chumbo
I
6
6 8
12
l9
26
26
oA-29
zação
I
.
Método2.
Mãtodo3.
M-etodoCAPITULO I I
I -
GTOLOGIA REGIONAL DO CRATON AMAZONICOI
.
Caracteri zação Geotectônica
do
Crãton Amazôni co?.
Províncías
geocrono'lõgicas do
tmbasamento
do Crãton
Ama zôn i co .l5
l5
CAPfTULO
IV.
DOMTNIOS PETROTTCTONICOS DO TERRITORDERAL AMAZONAS DA VENEZUELA E ÃREAS
VIZINHAS.
'l
.
Consi deraçõessobre
a
s i s temãt'ica propos taMendoza
et.al.
(1977).2.
Dominio
Petrotectônico
Ventuari
no
Territõri
mazonas
de
Venezuela:
Caracteri zaçã0.3.
DominioPetrotectõnico
Cas'iquiare:
Caracteri4.
5.
6.
7.
8.
IO CI
FE-RCUN
por
Sucinta.
34Dominio
Petrotectõn'ico
Si apa noTerri
t6ri
o
Amazo-nas
de
Venezue I a:
Ca racteri
zação Res umi da.
36Geo'l
ogia
da
Regìão Sudoestedo
Estado Bolivar
Ve-nezuel
a.
37Geologia Regional da
área noroeste
doTerritõrio
Federal de
Rora'ima,no
Brasì I.
38Geol
ogia
da
Parte
Setentrional
do
Estado de Amazonas
do
Brasil.
39l.
2,
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
e
U-pb emziriões
para
os
gnaissesdo
0rinoco-parú-Ventuari
(DomînioPetrotectôni
co
Ventuari).
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
para
as
rochaspìutônicas
do
0ri noco-Ventuarì-parú
(Domîn.io Ventuari
)3,
Sistemãticá
Rb,Sr em rochatotal
pôra
as
rochasgnãissicas e
vul cano-plutônicas
do
alto
0rì noco ( Doniin i
o
Ventuari),
4.
Sistenãtica
Rb-Sr emrocha
total
e
U-pb em zircões,para
os granitos
anorogênicosdo
DomÍnjo Ventua.ri.5,
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
para
as
rochasgranitìco-gnãissicas
dabacia
do
rio
Atabapo (Dominio
Petrotectônico
Cas.iquiare).6,
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
para
rochasgrani
tìco-gnã i ssi
cas
da bacia
do
Cas i qui are-Rio
Negro-('Dorní n i
o
Casiquiáre).
7.
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
para
às
rochàsgranÍtico-gnãissicas
dorio
Siapa
(Domíniopetro
-tectõni
co
Siapa).
8.
Sistemãtica
Rb-Sr em rochatotaì
para
as
rochasg ra n í t i c o - g n ã i s s i c a
s
doalto rio
Caura (EstadoBo-I i
var,
Venezuel a ).9,
Sistemãrica
Rb-Sr emrocha
total
para
rochas
dosetor
setentrì
onaI
do
Estado
do Amazonas, Bras il.
10.
Sistemãtica
Rb-Sr emrocha
total
para
as
rochas dosetor
noroeste do Terri
tõri
o
FederaI
de
Roraima Bras i I .i
l.
Sistemãtica
Rb-Sr em rochasetor
ori
entaI
da Amazônial2.,Sistenãtica
K-Ar.l2.l,
Sistemãtica
K-Ar
pa ratota'l
,
para
amostras doColombiana.
as
rochas regiona.is.43
49
5l
56
64
67
74
74
79
88
9t
l2,l,a.
Idadas maiores que 1700n,a.
g7.l2.1
.
b.
Idades compreendi dasentre
I400
e.|600
m.a.
99
l2.l.c,
Idades compreendi dasentre
I 200 e 'I 400m.a.
l0O
l2.l,d.
Idades menores queì200
m.a.
l0l
'I
2,2.
Idades K-Ar em rochas vul cânicas
anorogê-nicas
(extrusi
vas ãc idas;
d i ques bãsicose
maciços
al cal i nos ).
l0l
CAPITULO
VI
-
EVOLUçÃO GEOTECTONICAREGIONAL
I03'I
.
tvolução
crustal
da
região
localizada
aonordes-te
do Rio
0rinoco.
.l032.
Evoluçãocrusta'l
da
região
local izada ao
sudoes:te
do
Rio
Orinoco.
ì 053.
Eventos devulcano-plutonismo
anorogênico.
1064.
Reati vações tec tôn.i cas
com i ntrusões
de
diquesde
diabãsio e
maciçosalcalinos,
.l0g
AGRADEC IMENTOS
BIBLIOGRAFIA
112
FIcURA
I -
Mapade
localização
da ãrea
ern estudo.F I GURA
2
-
Ma pade
local I zação das anostras
datadasFIGURA
3
-
Unidades Geotectônicas maiores da Américado
Sul.
l6 FIGURA4
-
Provincias
Geocronol6gfcas-Estruturais da
região. Anrazôn i ca .
FIGURA
5
-
ProvÍncias Petrotectônicas
do
Territõrio
Amazo-nas,
Venezuel a,FIGURA
6
-
DomÍniosPetrotectônicos
doTerritõrio
Amazonas,'l/enezuela.
FIGURA
7
-
Isõcrona
Rb-Srde
referência
dos gnaissesdo
0ri
l
noco-Ventuari -parú
,
45
IFIGURA
8
-
Diagrama Concõrdia dos gnaisses deMacabana.
47FIGURA
9
-
Diagrama Conc6rdia dos gnaisses deMinicia.
47FIGURA ì0
-
Diagramaisocrônico
Rb/Sr dereferência
das
ro-chas
pìutônicas
do 0ri
n o c o - V e n t u a r.i - p a r ú .FIGURA
1l
-
Diagramaisocrônico
degnaisses
e
vulcano-plutô-nicas
do Alto
0ri
noco.FI6URA
l2
-
Dìagramaisocrônico
Rb/Sr
de referênci
a
para
oGran i
to
do Parguaza.FIcURA
l3
-
Diagrama Concórdiapara
o Granito
do
parguaza.
62FIGURA
l4
-
Diagramaisocrônico
Rb/Sr dereferêncìa
dosgraÍ
nitos
anorogên.icosdo
Domínio V e n t u a ri
, V e n e z u e 1a,
6322
27
al
52
FIGURA
l5 -
D i a grama Rb/Sr i socrônico
dereferênci
a
das
ro-chas
granítì
co-gnãi ss ícas
regionaìs
do
rio
Ata-bapo,
FIGURA
]6
-FIGURA
I7
-FIGURA
]8
-FIGURA 'I
9
-FGIURA 2O
-FIGURA
2'I
-FIGURA 22
-FIGURA
23
-FIGURA
24
-FTGURA 25
-I sõcrona Rb/
Sr
dos gran i tõì des tona'líti
cosrio
Atabapo.I s õ crona do Grani
to
do Ataba po.D i agrama i socrôni
co
de referênc ia
das
rochasgraniti
co-gnãi ssicas da
Bacia
Casiquiare-Rio
NeI ro '
I sõcrona
do
Granito
de
São Carl os,Isõcrona de referõnci
a
dasrochas
gÈanîtico-gnãissicas regionais
do
Domînio Sìapa,Venezuela.I sõcrona
de
re ferênc ia
dos gnaissesdo
Alta
Caura,
Es ta do Bolivar.
Isócrona
de referônci
a
das rochas vulcano-plutô
ni
cas
doaito
Caura, Estado Boljvar.
Diagrama
isocrõnico
das rochasgranit.ico-gnãis-si
cas
regionais
donorte
do
t stado
do Amazonas,Bras'i I .
Di agrama i socrôni
co
Rb/Srpara
os
bioti
ta
granitõ î des
a
ti
tanita
do
aìto
Rio
Negro.Dìagrama
jsocrõnico
Rb/Srde
referência
paraos granitõides
a
duas micas do
norte
do
Estado do Anazonas,Brasil.
66
68
69
72
73
76
78
80 do
82
83
Diagrama j socrôni co
des
a
duas micas
donas,Brasìi.
de
referênc ia
dos granitõi-norte
do
Estadodo
Amazo-85
FIGURA 26
FIGURA 28
-FIGURA 29
-FTGURA
30
-FIGURA
3I
-FIGURA 32
-do
a
intermediãrio
da
região
Alto
Rio
Negro. Diagramaisocrônico
Rb/Srde
referência
para
osgran i
tos
anorogênicos
de Surucucu.Mapa
de
localização
das
IdadesK/Ar
das
rochasregiona'is.
Mapa
de
loca l i zação das rochas vu l cân.icas
anoro gênîcasHistograma
de
freqtlência
de idades K/Ar
das
rochas
regionais.
9gProvínci
as
Geocrono-estruturais
da ãreaestudadr.
104 8790
95
TABELAS
TABELA
I -
Dadosanaliticos
Rb/Sr
dos gnai sses do0ri
noco--Ventuari -Parú.TABELA I
I -
Dados analíti
cos
U/Pb dos gnai ssesdo
0ri noco--Ventuari - Parú.
TABELA
III -
Dadosanaliticos
Rb/Sr das rochas ptutônicasdo
0ri
noco-Ventuari - pa rú.ïABELA I1/
-
Dados analíti
cos
Rb/Sr dos gnai ssese
rochas vul cano-pl utônicas do
alto
0rinoco,TABELA
V -
Dadosanaìiticos
Rb/Srreferentes
aosgranitos
a.norogêni cos
do
Domínio
Ventuari .TABELA
VI
-
Dadosanaliticos
U/pb emzircões
do
Granito
doParguaza,
TABELA VI
I-
DadosanalÍticos
Rb/Srreferentes as
rochas graníti
co-gnãissicas
do
rio
Atabapo.TABELA
VIII-
Dadosanaliticos
Rb/Sr das rochasgranítico
-gnãissicas
da
bacia
do Casiquiare-Rio
Negro.
71TABËLA
IX'Dados
analíticos
Rb/Sr das rochasgranítico
-gnãìssìcas
do Siapa.TABELA
X -
Dados ana'líticos
Rb/Srdas
rochasgranítlco
-gnãisslcas
do
Caura ( Estado Bol ivar).
TABELA
XI
-
Dados ana Iíti
cos
Rb/Srdas
rochasdo
norte
doEs
tado de
Amazonas, Brasìl.
TABELA XI
I
- Dados analîti
cos
Rb/Sr das rochasdo
setor
no44
48
50
54
58
59
65
75
77
si I .
TABELA
XIII -
Dadosanaìíticos
K/Ar
para
as
rochasregio
-nais.
TABELA XIV
-
Idades K,/Ar das rochasvulcânicas
anorogêni-cas.
TABELA
XV
-
Quadro Comparativode
amostrascom
idadesRb/Sr
e
K,/Ar.89
9?
93
-l-CAPTTULO
I NTRODUÇAO
Nos
últimos
qujnze
anosos
conhec.imentosgeolõgi-cos
da
neg'ião amazônica
evol u j ram muito,
ao ponto
tal
quena
a-tualidade
iá
existemcartas
geo'l óq'i cas aomilionésjmo
da
maiorparte
das porçõesbrasileira
e
colombiana, êrguanto quena
Vene-zuela
foram compl etados I evantamentos geol õgicos
em escala
I :500. 000.
No
Brasjl
as
pesquisasqeolõgicas
foram
coordena-das
pelo
DepartamentoNacjonal da
ProduçãoMineral
do14inistério
das l'1i nas
e
Energia,
atr"avésda
execuçãodo
projeto
RADAMBRASIL,enquanto que
na
Col ômbia foram efetuadaspelo
PR0RADAM E INGE0MINAS. Na Venezuel
a
essas pesqu'isas
foram real'i zadas pela
Comissãopara
o
Desenvclvimento dosul
(c0DtsuR)e
pe'la D.iv.isãode
Explo-rações Geológicas do
Ministério
das M'inase
Energia
(MtM).
Essaúlt'ima
entìdade,
levando em consideraçãoa
importâncja da
qeo.cronoìog'ia
na
interpretação
geológica de ãreas
precambrianas,reali
zou' entre
1976e
1978, programas de reconhecjmento geocronolõgjco
de
quasetodo
o
Territõrio
Federal
Amazonasda
Venezuela.Taisi nvesti gações foram efetuadas em cooperação com
o
Centrode
pes-quisas
Geocronoìõgìcas (CPGeo)da
Universidadede
São paulo (USp),Brasil,e
como Instituto
Tecnolõgìco de Massachusctts(fllI)
dosEstados Unidos da Am6r.ica (USA).
0
objetivo
fundamentaldeste
estudoconcentra-
se nacaracterização
geocrono'lõgìcado
Terrjtório
Federal
Amazonasda
Venezuelae
dasãreas
circunvizjnhas (Brasì'l
e
Colômb.ia). Conta-se
para
isto
com maisde trezentas
datações geocronológicas ,obtidas
por diferentes
mãtodos, em rochas dessa regìão. I'lestetrabalho
serã
fejta
umajnterpretação e/ou
re.interpretação
dasanãl
ises
isotõpìcas existentes
em função doseventos
geolõgicosre-91aO AmaZOnlca.
A
i ntegnaÇão dos dados geocronoìógicosservirá
para
defìnir
as
principaìs
províncias petrotectônicas e/ou
geo-crono-estrutura i
s e,
posteri
ormenteserã
el aborado o model ogeoì6gico que melhor
se
ajuste
ao contexto gìoba'l do Crãton
Amazônico.
A
razãoprincipal
pela
qua'lfoi
escolhida
a
ãrea
acimareferida
reside
nofato
de
existirem
dadosde
campoque'i
ndicama possível
presença nessaregião
do
I imite
entre
duas
provín-c
jas
geotectôn'i cas maiores.A
região
motìvodeste estudo,
do
pontode
v'i stageolõg'ico!
constituì
parte integrante
da
Plataforma
Brasilei-ra
(Aìmeida,ì967),
s'i tuando-sena
porçãosetentrional
do
crãton Amazônico (Almeidaet
â1,
1976).
Aãrea
em discussãoposiciona--se
entre os paralelos
0lQ
de lati'Lude
sul
e
069de lati
tudenorte,e entre
osmerjdianos
639e 7lg
de'l ongjtude
oeste.
Na venezuel
a
ocupatudo
o
Territõri o
Federal
do Amazonase
parte
doEstado Bol i
var;
no Bras iI
compreendepartes
doTerrj
tõrj
o
Fede-ral
de Rorajmae
do
Estado do Amazonas enquanto que na Colômbja abrange quasetoda
a
região
amazônica(figura
I ).0s
rios
pr"i nc'i pais
que drenama
ãrea
em
estudo sãoo
0rinoco, Ventuarì, Casiquiare,
Sìapa,
Negro, Caunae
Parg guano
terri
tõri o
venezuelano;
o setor
bras i I e'iro
õ
banhadope-ìos
rios
Uaupõs,Içana,
Negro,Catrimani,
Mucajaí,
Uraricoera
,Parima,
Traíra,
T'iquìée
Içá
enquanto quea
ãrea
colombianaé
afetada
pe'los
cursos
dosnios
Vaupés,Guainia,Guaviare,
Vichada,Inirida,
Apaporís,
Cuduyarie
Piraparanã.A porção oci denta
I
da ãrea
ê
caracteri
zada
pel oseu
relevo
quasetotalmente
arrasado,
âpârecendoas
vezes
al-guns remanescentes i sol adosde
rochas metassedimentarese
graniticas;o
setor orjental,peìocontrãrì0,
é
mu'ito
acidentado,ocorren do al gumas el evações super jores
a
2000metros.
A ma'iorparte
daregião
em estudoã
¿ensamente selvãti
ca e
aì agadìça,
fatores
es ses que combi nadosà
forte
a ìteração
meteõri ca, provocam mascaramento das
relações
de campo;por
tal
razão,
quandoelas
existem,o-7go bb sho à2"
I
SURINAME
I GUIANA FRATICESA
I
l
c o Lo i¡¡aía4
Y
oo
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? lr" t---,
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/ qa"
_.=__-5.4o--..----.--_ 420
I
\
\\
'!'
,---t<¡ ,
//\
b\ PERU
BRASIL
BOLIVIA
.-I URU GUA
NTINA
ramentos,
Forar¡
uti
I i zadasna
ìnterpretação
geolõgica
da
reg1ão 277 determinações geocronolõgicas efetuadas
pelo rnétodo
Rb/Sr,76
pelo
métodoK/Ar
e
l6
pelo
métodou/Pb.
0s
dadosanaliti-cos
relativos
a
estas
datações aparecemdistribuídos
em
vãrias
tabel
as,
enquanto
quea
ì ocali
zação geogrãfica
das amos tras
ana-lisadas
podeser
vista na fjgura 2
Verifjca-se
queas
amo:tras
datadas foram col etadasao
I ongo dosri
os
que drenama
ãreae
nos s eustri
butãrios,
nasplincìpais
estradas
que existem
naregìão
e
coma
ajuda de
helicõpteros
emãreas de
acessodifTcil.
0
autor
deste
traba Iho
integrou
a
equ ì pede
geõ1ogos do
Ministérìo
das l.1i nase
Energia da Venezueìaque
realizou
as
pesquisasgeolõgìcas
doTerritõrio
Amazonas; comotal
tevea
possibil
idadede
partìcìpar,
direta
ou
i ndiretamente,
nama.io-rja
dos estudosgeolõgjcos
efetuados nessaregião.
A1ém
disso,
partjcipou
das comissões quefizeram os
estudosde
reconhecimen-to
geocronológico,
e
trabal
houna
preparaçãoe
anãl ise
da maio
L€C E ¡O^
a gotofôrr rtto mroóo nb/s?
O Oorotõ.¡ 9do ñ.toóo x/At
+ Ocrocð.¡ D.ro nroao Rb/9 . x/At
I Ooloçð.r 9.b ñ.rodo Rb/,9 . t ¡F,ù
.... L¡ùtat¡ntarñG¡oao¡r
-.-'-' Linitlmroæô
.(ai-O cooirot¡
g Oóoó.r
oare
-_
Fo.þ lN'ô[]
.g COLôMBIA .¿ ìì* I
\-/-Jrå
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, ro-O.aa.j '
f
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Ep- ) \ _
i'.;:; e
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Jûð. ô
" rtz
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OObOA VEN EZUEL A
Itl7lr--r c¡?ot l¿o¡
t¡I O¿o¡
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1.,
..02þ\-1-o?n
: \a:l Llaat
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tr !û! +rt II I I lr--s-^ f t '\-)
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Fiq. 2-MApA 0E LocaLtzAçÅo oAS AÍ,¡OSTRAS DATADAS
oto
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atal
'\ t!" Á-,
,"?l'
jvr \ /
t^''"
)
IClr.t
BRASIL
.tl
rtr O 0t:6
I ,J-l
As
lho
foram obtidasU/Pb em amostras
CAPfTULO I I
}lETODOS EXPERI¡.IENTAIS
anãì j
ses
isotõpicas
apresentadas neste
trabapeìos métodos geocronoìõgicos
Rb/Sr,
K/Ar ;
de rocha
total
e
em mi nera is
separados,0s
resultados K/Ar,
assim comogrande.parte
dasanãlises
Rb/Sr foram efetuados noslaboratõrios
do CpGeoda
USp(Baseì
e
Teixeira,
ì975; Baseì,1977;
Teixeira,
ì978;
Tassinariet.al. ,
1978;Barrios e Rivas,
1979a
e
b;
Cordaniet.al,
,1g79
;
Tassinari,
l98l).
As determinações U/p,be
grande númerode anãli
ses
Rb/Sr foramfeitas
noslaboratõrios
doMII
(0ìszewski
Jr.et.
al.,
I977;
Ga ud ette et.aì.,
1927; Gaudetteet.al.,
.l978;Gaudettee
0lszewski
Jr.
'
r9Bl)
enquanto que umaquantidade
reratìvamen-te
pequenade
dataçõesRb/sr
e
K/Ar
foramobtidas
no
zt,f0de
Ams-terdam,
Holanda (prìernet.al. ,
1979).
Nosítens
quese
seguem serão
abordados aì guns aspectos interpretati
vos
rerati vos
a os. métodos
K/Ar,
Rb/Sre U/pb,
dando-se ênfase aosaspectos
operdcìo_nais
do
I aboratõrio
de Sãopaulo,
em rel ação aos m6todosK/Ar
eRb/sr'
ondea maioria
das determinaçõesfoi
realizada
pessoalmente
pelo autor
deste
estudo.Método Potãss io-Argôn.io
0
m6todo de datações
K/Ar
fundamenta - se
no esque_ma
de
deca i mento
do
i sõtoporadioativo
K40ao
ì sõtopo rad.i ogên i-co
4r40.
Parâ
datar
sistemas naturais
(minerais
e
rochas)
perom6todo ci
tado
é
preciso
que:
a)
o materiar
datado contenha potãssio
em q uanti
dad es nensurãve.is
com precisão;
b)
o
argônio
radio_gênico
retido
no
sistemaseja
factiver
demedição
quantitativa
precisa;
c)
a
quantidade de argôn.ioprimário
no sistema
seja
mi_-7-sem
modificações,
isto
é, não experimente ganhose/ou
perdas de Are
K em época posteri
or
ao
eventoa
ser
datado,As condições
a,b
e
c
na mai oria
dos casos não apresentam problemas
jã
que existemminerais
potãssicos
(micas,feìds-patos,
anfi bõt i os)
queretôn
nos seusretícul
os
muito pouco
ouquase nada de
argônio
primãrio,
armazenando,pelo
contrário,quan-tidades
deargônio
radiogênico
medíveis comprecisão;
al6m
digsona atual
idade
existem técn i cas de medição
(diluição
isotõpica,por
exempìo) que permitem
detectar quantitativanente
grande número deelemenùos quÍmicos
ao
nível
de
partes
por
bilhão
(ppb),As pri nci oai
s
dificuldades
referem-seà
condiçãode
sistema fechadodo
sistema químicoK/Ar: o
argônio
é
umgãs
i-nerte
que podedìfundir-se
atravês
dos sõtidos;
esseprocesso
6facilitado
pela
temperaturaa
quaì
é
submetidoo
sistemano
an-biente
geoìõgico no
qual
resjde; a
experiência
geocronolõgica tempermitido
a
inferência
de
umintervalo
de
temperaturas
relativa
mente pequeno,característico
para cadamineraì, através
do
quaì passa-seda
perda cornpleta
doargônio radiogênico
paraa
retençãotota I
; foi
denomi nada temperatura debìoqueio,
sendo queel¡
mudade
um mi neraI
para
outro,
al cançando valores
nraisaltos
naquel esmais
retenti
vos;
a
temperatura defecho
dosanfiból
ios
e
de
al-guns
plagiocìãsios,
por
exemplo,é maior
quea
temperaturado
fe-cho das mi ca s.
Em conc ì usão pode-se
dizer
que,
do
pontode
vista
fÍsico,as
i dadesK/Ar
representama
6poca naqual
começoua
retenção
quantitativa
doargônio radiogênico; por
tanto,
as
mesmasde-vem
ser
consideradas como idades minimasou de
resfriamento,
Essefator,
l ongede
limi
tar
ao método,permite
pelo
contrãrio
queeTe
sejô uti
l i zado nurna grande vari edadede
s i tuações geol õgicas;uma amos tra gem adequada,
por
exemplo,
pode perniti r
o
esboço
dahistõria
termal
de rochas metamõrficase
pìutônicas
de res.friamento
Iento.
Deoutra
p arte,
a
homogenei daderegional
das i d adesob-tidas
embiotitas
extraídas
de amostras deãreas
cratônicas
e
oroe/ ou geocronol õgi cas.
As determinações geocronol6qicas
K/Ar
efetuadas noCPGeo
e
no
ZlJ0 aparecem nastabelas respectivas
deste
texto.
Detalhes
dastõcnicas
empregadas em Sãopaulo
acham-sedescritas
emAmaral
et.aì.
(1966)e
Kawashitaet.al(1974);
as
técnicas
uti
ì iza-das no Zt^10
de
Holanda sãodescritas por
priemet.al.(l978).
Em São
Paulo,
no
CpGeo,as
anãlises
espetnométricas,
forarnfeitas
emaparelho
Nuclide,tipo
Reynolds,defonte
gasosa,
cuJascaracterísticas
sãodescritas por
Kawashitaet,
al.
(op,cit. ).
0s
resultados obtidos
foramtratados
analiticamente
numcomputador Burroughs 6500
do
Centro de Computação Eliet.rôni ca(CCE)da
USP,utilizando-se o
programa DARc0Nestabelecido
por
K.awashi ta(19.72). Neste
laboratõrio,
as
determinações K,/Arestão
sujeitas
aum
erro
e.xpertnentaì de aproximadamente 3%,valor
este
gue
podecheEar
atã
a
ì01
quandoa
concentração depotãssio 6 muito
peque-na,
ou
a
contaminação comargônio atmosf6rico
6
elevada.As
constantes
utilizadas
noscãlcuios
a'na j;í,ticoSforam
as
recomendadaspor Steiger e
,låeger
(1978),
achando-sere-lacionadas
a.ba i xo :lB
=
0"496x
t0-9
u,',o,- lÀtot
= 0.58.l
x
l0-10
anos-l%atm.
de
K4oer
Ktot '-
o. l ì 67Ar4o/Ar36
=
29s.sK39
=
93.258%2.
M6todo Rubídio-Estrôncìo-9-radi oati
vo do
ì sõtoÞo Rb87ao
i sõtopo rad.i ogên ico
sr87. constitui
--se
num dos mêtodos geocronométr.icos denaior
sucessojã
que podeser
uti
I i zado comrel ati
vo
êxito
na datação de rochas ígneas, sedi mentarese
metamõrficas. Alémdisso, a
ubìquÍdadedo
rubÍdio
per_mi
te
que possa
ser
apr ì cado em grande vari edade de materi ais
(mi-nerais e
amostrasde rocha
total
).As i dades Rb/Sr obti das em
minerais
micãceos
sãomínimas, ou de
resfrtamento, e
para todos os
efeìtos
podem
sercons i deradas
equivalentes
ãs
i da des K/Ar.Tal
qu estão
deve- se
fun-damenta I mente ao
fato
do
estrôncio
poder es ca pa r- s e,com rerativa
facilidade"
dosretícu
los
mi nerais
das micas,
que não 'rhe
sãofa-vorãvei s .
As
idades obtì das em amostras puì veri zadasde
ro_cha tota I
,
que geraìmente são ma iores
queas
obti das em mi nera i s, quase sempre representana
época de formaçãoda rocha datada.Isto
é
devidÒ aofato
deo
es trôn cio
radiogênico
sair
de
uns
rhi nera i se
entrar
emoutros,
r e d i s t r i b u i n d o - se
ao
nível
de rocha
totål
.
Assim,
a
escoihado
tamanho adequado daanostra
a ser
datada6
pre-missa fundamental
para
garantir
a
condição de fechamentodo
s.istema químìco
Rb/Sr.
Algunsautores (Moorbath,lgTS;
Cordani,
l9g0t
cons i d eram que amostras de mão
,
cujo
tamanhoseja
dez vezes maiorao ¡naior
mineral
visível,
sãosuficientes
para
garantir
tal
pne-mi s s a .
0s
dados anãlíti
cos
obtidos
emrocha
total
,de
vã_rias
amostrascogenõticas,
possibiritan
a
determinaçãoda
épocareal
de
formaçãoda
unidaderitoìõ9ica
através
do
usode
dìagra-mas
isocrônicos.
Tar rnétodofoi
iniciarmente
proposto por
compston
e
Jeffery
(1959)
e
posteriormente modificado
por
Nicoìaysen(.l961).
Basela-se numa solução maternãticada
equaçãoque
permìte dèterminar a quantidadedeestrôncio
radiogênìco
acumurado em sistemasnaturais
que contêmrubídio,
a
saber::::åri:";;1r.86)rn
,1"
,sr--)io9
u
mede-se direramenre no mareria.ta
ser
datado;
¡2rOorição
isotõpica
inicial
doestrôncio
nos 1s
tena;
'Rb",/Sr""
6
medidoou calculado
a
partir dos
teores
de
rrubÍdioe
es trôn cio
donateri
at;
Àê
a
constante de desinte
_
gração do Rb87
è
u
t
u representa
u
,Ouou domaterial,
A equação
anterior,
na forma queestá
escrita,
ê
do
tipoY =b+a x,
ondey
=
(sr87/s"t6)r,
b =
(sr87/sr86)i
a=
=1slt
: l)
e
x
=
p68775.e0. Quan¿o or'r0.,ores
medidosem
amos_
tras
de
rochatotal
sãoplotados
num sistéma decoordenadas
re_ Ùanguì
ares,
ob tem- se
uma Iinha
reta,
denomi nada ,,isócrona,,( Com_
pston
e
Pidgeon, 1962 ).
0 coeflclente
angular
dessareta
é
pro-porc ì ona
ì à
idade dosistema,
enquanto queo
intercepto
com
o
ei
xo
das ordenadas produza
reì açãoinicial
doestrôncio.
Ca be
assinalar
quea
dita
soruçãoõ vãrida
somente quandoas
amostrasde
rocha pertencem segúramenteã
nesma unidaderitol6gica e
fo-ran
formadasdurante o
nesmo processopetrogenético;
s6 neste
ca
so
deVemter
i dadee
razão
inicial
doestrôncio
i dênticas,
0
valor
darazão
inicial
doestrôncio
do
sistemadatado
6
um parâmetropetrogenõtico muito
importante,que
funcio
na como
indìcador
dotipo
demateriar
doquaì
foi derivado tai
sistema;
por" exemplo,
pode-se i nferi
ra
parti
r
detal
reì ação seuma rocha magmãtica
foi
originada
a
pantir
de processosde
dife-rencìação de
material
do manto, ou entãose
formoua
part.ir
de
rochas com longa
vivência:crustal.
0s
dados ana Iiti
cos
das determi naçõesRb/Sr
quese
a p res en tam neste
estudo
aparecem nasvãrias
tabelas
ques erão
di scuti das no
texto;
uma descri
ção das t6cnicas
empregadas
no
CPGeo,
na
preparaçãoe
anãlises
peìo
métodosupracitado
aparecem
em Kawashita
et.al.
(op.cit.
).
Em resumo,as
amostras datadas fo ramtrituradas
e pulverìzadas, a frações
inferiones
aos200 meshl
ern moi nhos de mandíbul
a
e
de boras de
tungstônio,
respectivamen-te;
o materìal
foi
analisado
por fìuorescôncja
de
raios
X segun_do metodorogia des en vo r vi
da no
cpGeo, cujos
detar hes tambémapa-recem em Kawashjta
et.aì.
(op.cit.).
Dessa forma,sãoobtidas
-il-concentrações a prox i madas
de
rubídio
e
es trônc io,
as
qua.is
sãouti
I i zadaspara
sel eção dasanostras
com vistas
ã
construção
dei
sõcronas.
Paraestas,a
fim
deobter as
concentrações
preci sasde
Rbe
sr,
foramfeitas
anãrises
quant itati
vas
por
raios
Xsem-pre
queas
concentraçõesde
rubídio e
estrôncio
situaran-se
en-tre
50e
500 ppml paravalores
fora
desseintervalo
foi
utiliza_
da
a
técnica
dediluição
ì sotõpica.
Aspectosreracionados
com astécnicas
empregadas no MITe
no
zl.l0 aparecemdescritos
em Gaudette et.a1.
('l977),}lszewski
Jr. et.al.
(1977)e
priem
er.aì.
(1978) r e s p e c t i v a me n t e .
No CPGeo,
as
amostras
a
serem ana l i sadas espectrometricamente, são atacadas q u ì mi camen
te
segundoa
metodo log ia
seguinte
(Kawashitaet,aì,
op.cit.
):
0.3
gramas de amostra são pe_ sados em cãpsulas deteflon
ou
pìatina
previamentedescontamina-das;
posteriormente
sãodissolvidos
numamistura
de HFe
l-lCl0O eevaporados
atõ a
secura;
o
¡esíduo
obti doé
di luído
numa sol uçãode HCI
2.66
Ne
tra ns fer ido
para
uma cor una detroca iônica
ondesão
eliminados
aqueles elementosque
inibema
ernissãodo
rubidio
e
es trônc io.
Asfrações
recuperadas são evaporadasaté a
s!cura,
e os
residuos
secos representamextratos
puros de rubÍd io
e
..es_trôncio
queestão
prontos para serem analisados
no espetrômetro'de massas.As anãl ises
espectrométri g¿sforan
efetuadasem
apirel
hoVARIAN MAT TH5, de
fonte
sõl.iOa,
aoqual
foi
acoplado recentemente
um computador HP98z5B;as
caracterÍsticas
do equipamento apa-recem descritas
ern Torquato (1974).No CPGeo
as
i da des são cal cul adasno
computador a cop 1a do ao especyrômetro,ou no
compu tador
gurroughs 6 500do
CCEda
usP'
As i d a d e s'
c o n v e n c J o n a is
forar¡
determinadasutirizando-se
0s
programas DRBSRe
DRSRN desenhadospor
Kawashita(op,cit.
)
emodi
fi
ca dospor
I. Sonoki.
As i sõcronas foram obti dassegundo
asequações
de
regressão de york
(.l966),
as
quais
foram adaptadas edesenvolvidas no prograna DISODy
(Kawashita,
op.cit.
)
quepermi-te
encontrar
a
nelhor
reta
e
o
îndice
de
correlação entre
os
di_0s
dados analÍti
cos
Rb/Sr apresentadosneste
tra_balho
foramcalculados
comas
constantes recomendadas por steigere
J åeger(op,cit.
),
rel aci onadas abaixo:rnb
=
1.42
x
10-lI
anos-l1R0857n087;*
=
2.6039
+
o.oo47(nn85/R¡87)s
=
o.orB6r
+
o.oooo3qsRb87
=
0.03.l98+
0.00004 mot/gr.No CPGeo,
os erros
experi mentais
são daordem
de3%
para
as
relações
Rb877Sr86e
de 0,3% paraas
razões
isotõpi-s¡s
5¡8775.86.Em
vãrios
casos foram usadasisõcrònas de
referênci
a; tais
d i a gramas não são mais que r i nhasde
referênc ia
comi-dades
e
razõesiniciais
pr6-fixadas
que permitemvisuarizar
o
pos i ci onamento dos pontos anal
íti
cos
Rb/sr
de amostras de
Dochas que aparecem di stri
buídas n uma amplaãrea
geogrãfica;nesses
ca-sos
gera lmente d es co nh ece-se se
as
amostras tratadas
no
d.iagra-ma são cogenõtÍ
cas.
0
vaìor
da ra zãoiniciaì
do estrôncio,em,combinação com
os
parâmetrosestatísticos
que ava'r iama
quaridadeda
reta
(l'lsl,lD), podemindicar
se
a
isõcrona de
referência
repre-senta
(ou
não)
a
õpoca de a tuação de algum processo petrogenõti_co
regional,
formadorde
rochas, e
geo ì og i camente
signif
icativo.
3.
Mõtodo Urânio-Chumbo0s
i sõtoposnaturais
dourãnio
dão1ugar,
por
e_mi ssão de
partícul as
alfa
e
beta,
a
duas s6ries
de desi ntegraçãoradi oati
vas
quese iniciam
comos
i sótopos y238.
U235e
termi-nan com
os isõtopos
radi ogên icos
estãveis
pb206e
pb207,respec-ti
vamente'
Esses esquemas de d eca i mento
tem- se
mostrado comore-1õglos
geoì õ9i cosmuito
efi
cientes,
tra ns forma ndo- se
nabase
de-t3-As idades cal cu
ladas
pelos
métodos independentesu238/pb206
e
u235¡p6207 teoricamente deveriamser
iguais;
em90% dos casos
prãti
cos
entretanto
aconteceo contrãrio,
podendoser
demonstrado emnuitas
ocasiões queta.l
questãoocorre
pelofato
dosmateriais
analisados
não serem sistemas químicos fechados.
Para que unnaterial
natural
forneça
idades U/pb geo.logica mentesignificativas
õ
preciso que,
além deconter
urânio,
re_tenha q u a n t i t a t i v a m e n t
e os
radi onucìídeos
e
s eus produtos,e
queas sõries
de desintegração nantenhan-se emequiríbrio
radioati-vo.
Existemvários
materiais,
que cumprem razoaveìmente com es_ses
requisitos;
o
maisut.ilizado
por6m,éo
zircão,
porque tem a vantagem comrelação
aosoutros
deser
um ¡ni nera.lacessório
comun na
maioria
dasrochas, e
ser
al tamente res i stente
a
ação deprocessos
intempõricos
e
metamõrficos. Amostrasde rocha
total,
pelo
contrãri
o,
são poucouti
I i zadas, pelo
fato
dourânio
ser um elementomuito
mõvel en ambientes oxidantes.0s
dadosanaìíticos
U/pb geralmente são tratados nun diagrama chamado ',Concõrd.ia"(hletherill,
l9S6a)oquaì
repre senta
o
Iugar
geométrico dos pontos ana IÍti
cos para
os
quais
as
jdades Pb206/Uz3B¿
p6207 ¡¡235 sãoì9uais.
Muitos
estudos
e-fetuados
pe'lo
métodou/pb
er¡ninerais
uraníferos diversos
(
ver^por
exempìo Yorke
Farquhar,
l97Z;
Faure, lglT;
Jä9er
e
Hunziker,
I979)
têmnostrado
que, salvo raras
exceções,os
pontos a_nalíticos
situan-se
fora
da
curva,
formando quase sempre arran_ios
ìineares
queinterceptam
a
curva
Concõrdia emdois
pontos
:
o
superior,
querepresenta
a
épocade
cristallzação
do materialdatado,
e
o
inferi
or
que i ndica muitas
vezesa
6poca emque
o-correu
significativa
perdade
chumborad.iogênico.
Exi stem
vã_ri
os
moderos
que tentam expìicar
o significado da
i nterceptáção
i.nferior;
os
mais conhecidos sãoo
de perdasepisõdicas
dechumbo propos
to
por
Wetheri tI
( l9S6 b )e
o
dedifusão
contínua
deTilton
(.l960).
Maioresdetalhes destes
e
outros
mode_los
pouco conhecidos aparecem em Faure(op.cit.)
e
Jåger
e
Hun_ ziker (op.cit.
).zada como
indicador
do
tipo
de
processo formadorda rocha
emes-tudo.
Em rochas metamõrficas,por
exemplo, aparecenzircões
arredondados
e
subedrais
que sugerem uma origemdetrítica para
osmesmos
;
noutìaoScasos,
tanto
em metassedirnentOs como emmeta-ig-neas ocorrem zi
rcões
zoneadose
com sobrecrescimentosque
indì-camrecristaì
i zaçõessucessívas. A
i nterpreta çãodas
i dades U/Pbmuda em função da
morfologia
doszircões,
bem comoda
situaçãogeoìõ9ìca,
e
dotipo
derocha;
quando são datadas rochas ígneas,por
exemplo,
os
pontos analíti
cos defi nem cordas cujo
i nterceptosuperi
or
cona
Concórdia
fornece
a
épocáde
crìstal
ì zação primã-ria
e/ou
derecli stalização
metamõrfica domineral
datado.Cumpre
assinalar
quea
idade
doszircões
extraí
-dos de urna rocha qualquer não
coincide
necessarianente coma
êpoca
de formação da mesma;isto
é
devido
aofato
doszircões
seremmateriais
altamenterefratãrios
que podem sobrevi.verinclusive
aprocessos de
fusão
de materi aìs
p r é - e x i s t e n t e s , .0s resultados
U/Pb que sãodiscutidos
neste
trabaìho
aparecemna
tabela 2
e6 ;
a
preparaçãoe anãlise
das
amos-tras foi feita
noifIT
(USA).0s detalhes
referentes a
pr:eparação ,anãlise
e
ìnstrumental
utilizado
encontram-se em0lszewski Jr,
et,al.
(op.cit.
),
Gaudetteet.al,
(op.cit.
)
e
Gaudettee
0lszews-t5-.CAPfTULO I I I
GTOLOGIA REGIONAL DO CRÁTON AMAZONICO
0
termo "Crãton Amazônico"foi utilizado
por
Aì-meida
et.al,
(op.cit.
)
para designar
a
maior
unidade geotectõnica
Sin-Brasiliana
que formaparte
da
Pl ataformaBrasileira
(Al-mei
da,
1967).
Cons i deramos autores
citados
quetaì
un i dadees-tã
cons tituída
por
um megabì oco antigo,
contornadopoì
f aixasdobradas, cu.jo embasarnento consol
idou-se
em tempos prebrasi Iia-nos.
0
crãton
teria
como I Írnites,segundoos autores
citados,
afaixa
de
dobramentos Paraguai-Araguaiaao
sul
e
sudeste,
a
fai-xa
Andina aooeste
e
noroeste
e o
0ceanoAtlântico
ao
norte
enordeste
(fì
gura
3).Caracterização Geotectõnica
do
Crãton Amazônico0 substrato do 0rãton
Amazônicoaflora em
duasgrandes ãreas que foram separadas de forma natura
l
pela
baòiado
rio
Amazonas:o
Escudo das Guianas(l'lartin,
I968)
no
norte
eo
Craton do Guaporéno
sul
(Almeida,
ì964),
A poroÇãosetentrio-nal
temsido
indistintamente
chamada, al énr do nomejã
citado,de
Crãton Guianes
(Issìer et,al.,
1974)e
Províncìa
Estrutural
RioBranco (Almeida
et.al.,
1981).
0
setor rneridional por
seu -'l ado,além
do
nomesupra-referido,tem
sido
denominadoPlataforma
doGuaporé (Amaral
,
1.974)
e Província
Estrutural Tapajõs
(Aimeidaet.al.,
op.cit.
).
0
embasamentoestã
integrado por
complexosde
ro chas metamõrficas
e/ou
polimetam6rficas
de mãdioa
alto
grau,que foram
afetadas
por
deformaçãopoììcíclica e/ou
poìifãsica,
granitização,
migmatização,e
metassomatismo.Estes
. cónjuntoses
tão
constituídos por
gnai sses diversos,
granuì itos
mu itas
t,
o Itr
-4
BACIA
'DO
.t. d
I
È@,,',/
ffir¡'o
o" Jonei roI- PLATAFORMA SULAMERICANA
Áreos Crotônicos
l. Crcilon Amozônico
2. Crólon de Sõo Froncisco
3. Rio deLo Plolo
4. Sõo Luiz
Foixos Móveis do Cicto Brositiono e
Mo-ciços lnleriores
(8') Oon Feliciono
Coberluros Precombrionos e Fonerozóicos
-r Lt
tt
=-i=i
Y0 e,l
)'l
q\/u\
\\. .
(,\...
t Í. .e\
II - Plotoformo Potogônico
III - Codeio
combr ionos
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Andino e Princioois
remobilizodos Mociços Prd
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Mociços remobitiçodos ecobcrtu-i ::ù cobcrtu-i
ros foneroz<í¡cosIV- Bocios Sub Andinos
EylFI
Llonos ( L ), aen¡ (B ), Choco (C ) , . . ._4,. C:, pompos (p )Fig,
3-
UNIDADES GEOTECTÔNICAS MAIORESDA
AMÉRICA DO SUL-17
histõr'ias
geol6gicas
complexas' quese
extendem emalgumas
re-giões
desdeo
Arqueano inferi
or.
Estudos
geocronolõgicos
(Corda-ni et.al.,
'l979;
Montgomery,ì979)
têm mostrado queas
rochas consideradas como embasamento apresentam idades que variam entre 3400m.a.
naborda nordeste,
e
ì 100m.a.
nosetor
oci dental
docrãton.
Repousando discordantemente
e/ou
ãs
vezesinterca
'I adas
no
"embasamento"cristal
ino
aparecem seqtlênciasde
rochassupracrustais,
debaixo
graumetamõrfico'
queforam
fortementetectoni zadas. As ma i
ores
expos ì ções destas
associaçõe!
a pa recemna
borda
nordeste
docrãton,
sendo queocorrências
isoladas
e-xistem
en quasetoda a região
amazõnica,recebendo
denomìnaçõesd i
versas
segundoa
ãrea
geogrãfi cade
e xpos ição
(Superg ruposBa-rama-Mazaruni
e Pastora;
GruposVila
Nova, GrãoParã,
Marowiine, Paramaca, Cauarane,Tunui,
Comemoraçã0, SãoIgnãcìo;
FormaçõesLa Esmera I
da,
Cinaruco,
Gua i nía'
La Pedrerae
Pi raparanã)'
Generi
camente
pod e-se
dizer
queas
ditas
associ açõessão
ì ntegradaspor
metal avasbãsicas
a
ãcìdas,
i ntercal ações de metassedimentospei
íti cos/ferríferos,
compl exos ultramãficos e
coniuntos
graníti
co-qnãìssicos
associados, Certos
autores,
baseadosno
tipo
detectôni
ca,
metanorfi smoe
associ ações ì i toì õgi cas,
cons i dèramque a l guns des
tes
conjuntos
são doti
po
"greenstone belt"
(Gi bbse
0lszewski
Jr.,
1982;
Dougan, 19761 Morenoe
Mendoza, 1975b
;Gonza I
ez
de Juanaet.al,,
l9B0).Discordantes acima
do
embasamentocristal
inb
oudas seqtlências
supracrustais,
ocorrem associaçõ.esvulcano-
sedi-mentares poucoou
nadatectoni
zadase
metamorfizadas;
essas manifestações
têm uma ampladistribuição
no."áton,
sendo queas
maiores
exposições aparecem en suaregião
central. Alguns
destesconjuntos
foram estudadospor
BaseÍ
(1977), considerando-os
co-mo associações "molassõides" que foram formadas
ao
fìnal dos
e-ventos
tectonomagmãticos
maiores
reconheci dosna
reg ião
ama zõn i-ca.