UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
“JULIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE MEDICINA
GUILHERME PESSONI DE ANDRADE
Taxa de Crescimento Axial Pós-Operatório de
Olhos com Catarata Congênita e do
Desenvolvimento Submetidos a Facectomia com
Implante de Lente Intra-Ocular
Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu, para
obtenção do título de Mestre em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica).
Orientador:
Prof. Dr. Antônio Carlos Lottelli Rodrigues
GUILHERME PESSONI DE ANDRADE
Taxa de Crescimento Axial Pós-Operatório de
Olhos com Catarata Congênita e do
Desenvolvimento Submetidos a Facectomia com
Implante de Lente Intra-Ocular
Dissertação apresentada à Faculdade de
Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu, para
obtenção do título de Mestre em Pesquisa e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica).
Orientador: Prof. Dr. Antônio Carlos Lottelli
Rodrigues
BOTUCATU
–
SP
AGRADECIMENTOS
À Deus, princípio de tudo, força inspiradora e edificadora nos momentos difíceis.
À minha noiva Tatiana, pelo apoio, paciência, tolerância e compaixão todos esses
anos.
Aos meus pais, pelo amor incondicional e por ser meu porto seguro nas tormentas
da vida.
Ao professor Antônio Carlos, que contribuiu por despertar em mim a paixão pela
oftalmologia e pelas cirurgias, além de enriquecer- me com seu conhecimento.
Aos docentes da Oftalmologia Unesp e do programa de Mestrado, por difundirem
seus conhecimentos àqueles que são sedentos do saber.
Aos colegas de residência médica, pelo companheirismo e ajuda mútua nas horas
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO... 5
REFERÊNCIAS... 8
ARTIGO RESUMO... 15
ABSTRACT... 17
INTRODUÇÃO... 19
OBJETIVOS...20
PACIENTES E MÉTODOS...21
RESULTADOS... 24
DISCUSSÃO... 26
CONCLUSÕES... 29
REFERÊNCIAS... 30
TABELAS... 32
INTRODUÇÃO
Estima-se que existam cerca de 1,4 milhões de crianças cegas no mundo,
sendo que 73% delas vivem em países de baixa renda29. Aproximadamente 500 mil
crianças se tornam cegas a cada ano, quase uma criança por minuto29. A deficiência
visual na infância tem impacto social, psicológico e educacional significativo,
afetando sua independência, auto-estima, qualidade de vida e interação com a
família e sociedade32, além do alto custo aos cofres públicos pela perda de
produtividade, reabilitação, educação e cuidados especiais. Aproximadamente um
terço dos custos com cegueira é destinado à cegueira infantil30,31.
A catarata é a principal causa de cegueira tratável na infância2. Sua
prevalência é muito variável, sendo de 1 a 4/10.000 em países desenvolvidos e 5 a
15/10.000 em países em vias de desenvolvimento4. Enquanto nos países
desenvolvidos as causas infecciosas assumem um papel secundário, nos países em
desenvolvimento permanecem como uma das principais causas de catarata em
crianças27,28. São estimadas cerca de 200 mil crianças cegas por catarata bilateral
em todo mundo4.
A catarata congênita por definição é aquela presente ao nascimento ou que
se desenvolve até o terceiro mês de vida, no entanto, os mesmos fatores causais
podem estar associados à gênese das opacidades na primeira infância1.
O tratamento da cegueira na infância tem sido identificado como prioridade
pela Organização Mundial de Saúde com a iniciativa global de eliminação da
cegueira prevenível até o ano de 202031.
A catarata congênita é a principal causa de leucocoria na infância33. Diante
vermelho através de exames de triagem como o “Teste do Reflexo Vermelho”
realizado na própria maternidade, já obrigatório por lei em muitos estados
brasileiros.
O manejo da catarata na infância é um grande desafio para o oftalmologista.
Dificuldades intra-operatórias, maior inflamação no pós-operatório imediato,
mudança no estado refracional do olho e tendência a ambliopia geram a
necessidade de acompanhamento a longo prazo11.
A cirurgia precoce é imprescindível para uma boa recuperação visual no
tratamento da catarata congênita e do desenvolvimento. Diferentemente da catarata
do adulto, o tratamento não acaba na cirurgia. Não menos importante que a cirurgia
precoce, a correção óptica adequada, estimulação visual e o tratamento oclusivo,
quando indicado, são igualmente importantes7-12.
Crianças afácicas apresentarão altas ametropias esféricas positivas, fator
altamente ambliogênico se não corrigido adequadamente. As opções para correção
da afacia são os óculos e as lentes de contato para afácicos19.
Os óculos, apesar de facilmente ajustáveis à medida que as mudanças
refracionais ocorrem, tem como desvantagem a restrição do campo de visão, levam
à distorção das imagens pelo efeito prismático e não são adequados para correção
da afacia unilateral em função da disparidade de tamanho da imagem.
As lentes de contato gelatinosas de troca mensal para afacia são amplamente
usadas nos países desenvolvidos, possuem o benefício da correção óptica durante
toda a vigília. Contudo, no Brasil e em muitos outros países em desenvolvimento
essas lentes ainda não estão disponíveis no mercado. A participação ativa dos pais
contato, óculos ou oclusão (ou uma combinação deles), a adesão da criança ao
tratamento é muito difícil.
O implante de LIO após a extração da catarata em crianças já é amplamente
aceito, no entanto, ainda permanece controverso em crianças menores de dois anos
e principalmente em menores de um ano de idade34. Avanços recentes nos
equipamentos, nas técnicas minimamente invasivas, que diminuem a inflamação
pós-operatória, e lentes intra-oculares (LIOs) tem, no entanto, tornando o implante
precoce, antes do primeiro ano de vida, cada vez mais aceitável e com resultados
encorajadores.21 Isso fez aparecer um novo desafio: o cálculo do poder dióptrico da
LIO a ser implantada em um olho que sofrerá um grande crescimento.
O implante de uma LIO que leva a emetropia imediata pode levar a altos
graus de miopia na idade adulta20. A estratégia mais utilizada é deixar a criança com
residual hipermetrópico no momento da cirurgia, objetivando a ametropia ou baixa
miopia na idade adulta24. Tabelas elaboradas com base na evolução refracional de
olhos submetidos a cirurgia podem ser utilizadas para fazer a previsão da LIO a ser
implantada a fim de se tentar atingir este objetivo, considerando-se a idade e a
REFERÊNCIAS
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39-Brown NP, Koretz JF, Bron AJ. The development and maintenance of
40- Vasavada AR, Raj SM, Nihalani B. Rate of axial growth after congenital cataract
Informação à Banca examinadora
A presente dissertação de mestrado será apresentada sob a forma de artigo
científico utilizando como forma descritiva as normas estabelecidas pelo Journal of
Cataract & Refractive Surgery da American Society of Cataract and Refractive
ARTIGO
Taxa de Crescimento Axial Pós-Operatório de
Olhos com Catarata Congênita e do
Desenvolvimento Submetidos a Facectomia com
Implante de Lente Intra-Ocular
AUTORES: Guilherme P Andrade, MD1, Antônio C Rodrigues, MD2.
1 Aluno regular de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Pesquisa e Desenvolvimento
(Biotecnologia Médica) da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil.
2 Orientador e Docente do Programa de Pós Graduação em Pesquisa e Desenvolvimento
(Biotecnologia Médica) da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo, Brasil.
Não há conflito de interesses por parte de nenhum dos autores.
Correspondência do autor: Guilherme P Andrade, MD, Departamento de
Oftalmologia, Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP, Av. Prof. Montenegro,
s/n. Distrito de Rubião Junior. Botucatu, São Paulo, Brasil.
RESUMO
ANDRADE, GP. Taxa de Crescimento Axial Pós-Operatório de Olhos com Catarata
Congênita e do Desenvolvimento Submetidos a Facectomia com Implante de Lente
Intra-Ocular. Dissertação de Mestrado do Programa de Pós Graduação em Pesquisa
e Desenvolvimento (Biotecnologia Médica) da Universidade Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho”, campus de Botucatu, 2015.
OBJETIVO: Estabelecer, para olhos com catarata congênita e do desenvolvimento, modelos matemáticos para o cálculo da taxa de crescimento axial diário (TCA) e
cálculo do comprimento axial (Axl) em qualquer idade futura, a partir da idade e do
Axl medido, no momento da cirurgia. MÉTODOS: Estudo retrospectivo de crianças
submetidas à facectomia com implante de LIO entre janeiro de 2011 a janeiro de
2014. Foram incluídas crianças com catarata não complicada sem patologias
oculares e idade inferior a dez anos. Dados biométricos foram obtidos com biômetro
de imersão. Procedeu-se a análise estatística dos dados e estabeleceu-se fórmulas
matemáticas para cálculo da TCA e Axl. RESULTADOS: Foram operados 54 olhos
de 33 crianças sendo 19 masculinos (57,58%) e 14 femininos (42,42%). Dos 33
casos analisados, 12 eram cataratas unilaterais (36,37%) e 21 eram cataratas
bilaterais (63,63%). Nos casos de catarata bilateral utilizou-se apenas os dados do
olho direito de cada criança. A amostra foi dividida em 3 grupos (cataratas unilaterais
e bilaterais, cataratas unilaterais, cataratas bilaterais) e para cada grupo foi
estabelecido uma fórmula matemática para cálculo da TCA e Axl. CONCLUSÕES: O
presente estudo propõe uma nova maneira de abordagem no cálculo da LIO, não
baseada em resultados refracionais pós-operatório mas em uma taxa de
crescimento diária em qualquer idade e principalmente a permitem “prever” Axl
futuro a partir de um Axl inicial medido. Não é possível concluir pelo presente estudo
que o método proposto é superior a outros métodos de estimação do crescimento
ocular. Estudos comparativos entre eles serão necessários para avaliar esta
precisão.
ABSTRACT
ANDRADE, GP. Axial growth rate postoperative eyes with congenital and
development cataract submitted to phacectomy with intraocular lens implantation.
Dissertation (master´s degree) of Graduate Program in Research and Development
(Medical Biotechnology) in the Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita
Filho", Botucatu campus, 2015.
PURPOSE: Establish, for the eyes with congenital and development cataract, mathematical models to calculate the daily axial growth rate (AGR) and calculation of
the axial length (Axl) in any future age, from the age and Axl measured at the time of
surgery. METHODS: Retrospective study of children undergoing cataract extraction
with IOL implantation between January 2011 and January 2014. We included
children with uncomplicated cataract without eye diseases and the age of ten years.
Biometric data were obtained with plunge biometer. We carried out the statistical
analysis of data and established mathematical formulas to calculate the AGR and
Axl. RESTULTS: Were operated on 54 eyes of 33 children, 19 male (57.58%) and 14
female (42.42%). Of the 33 cases analyzed, 12 were unilateral cataracts (36,37%)
and 21 were bilateral cataracts (63.63%). In cases of bilateral cataracts was used
only the right eye of the data of every child. The sample was divided into 3 groups
(unilateral and bilateral cataracts, unilateral cataracts, bilateral cataracts) and for
each group was established a mathematical formula to calculate the AGR and Axl.
CONCLUSIONS: This study proposes a new way to approach the calculation of IOL, not based on postoperative refractive results but on a daily growth rate (AGR). The
to allow "predict" Axl future from a measured initial Axl. Can not complete with this
study that the proposed method is superior to other methods of estimation of eye
growth. Comparative studies between them will be needed to assess this accurately.
INTRODUÇÃO
Apesar de ainda controverso, avanços recentes nos equipamentos, nas
técnicas minimamente invasivas, que diminuem a inflamação pós-operatória, e
lentes intra-oculares (LIOs) tem tornado o implante precoce da LIO cada vez mais
aceitável e com resultados encorajadores1. Alguns autores já recomendam o
implante de LIO como tratamento padrão para crianças com catarata congênita em
países em desenvolvimento pois a LIO é um meio óptico que promove correção em
tempo integral e se aproxima muito do cristalino humano, diminuindo assim a chance
de ambliopia2.
Isso faz aparecer um novo desafio: o cálculo do poder dióptrico da LIO a ser
implantada em um olho que sofrerá um grande crescimento, e com fórmulas que
foram desenhadas para olhos adultos.
O implante de uma LIO que leva a emetropia imediata pode levar a altos
graus de miopia na idade adulta3. A estratégia mais utilizada é deixar a criança com
residual hipermetrópico no momento da cirurgia, objetivando a ametropia ou baixa
miopia na idade adulta4. Tabelas elaboradas com base na evolução refracional de
olhos submetidos a cirurgia podem ser utilizadas para fazer a previsão da LIO a ser
implantada a fim de se tentar atingir este objetivo, considerando-se a idade e a
biometria, no momento da cirurgia.
Em relação a fórmula a ser utilizada, a Hoffer Q é indicada para olhos curtos
entre 18,0 e 22,0 mm, no entanto, pode ser impreciso extrapolar conclusões de
olhos adultos pequenos para a população pediátrica5.
Adimite-se que o olho normal cresça cerca de 5 mm nos primeiros 3 anos de
crescimento axial entre 3 e 14 anos de vida seja de 0,1 mm por ano no plano sagital.
Estudos mais recentes confirmaram que o olho continua crescendo até os 18 anos
de idade a uma taxa de 0,05 mm por ano7.
Está claramente estabelecido que olhos de crianças submetidas a cirurgia de
catarata continuam a aumentar seu comprimento axial. Fatores como idade no
momento da cirurgia, comprometimento do eixo visual, presença ou ausência de
LIO, lateralidade e fatores genéticos influem nesse crescimento6.
Há apenas um estudo realizado na Índia que descreve a taxa de crescimento
axial (RAG) em olhos com catarata congênita submetidos a facectomia sem implante
de LIO. O estudo expressa esse valor em relação de porcentagem ao primeiro
exame realizado e a média da RAG de cada grupo de olhos teve significativa relação
com a idade na cirurgia e a lateralidade da catarata (uni ou bilateral), essa
significativa relação não foi observada em olhos com eixo visual comprometido8.
O estabelecimento de um índice de crescimento axial em olhos com catarata
congênita e do desenvolvimento com implante de LIO, pode ser uma nova
alternativa às tabelas baseadas na evolução refracional, na tentativa de melhorar o
planejamento da LIO a ser implantada e a previsibilidade da refração alvo em
diferentes idades.
OBJETIVOS
O objetivo do presente estudo é estabelecer, para olhos com catarata
congênita e do desenvolvimento, modelos matemáticos para o cálculo da taxa de
crescimento axial diário (TCA) e cálculo do comprimento axial (Axl) em qualquer
PACIENTES E MÉTODOS
O presente estudo retrospectivo, recebeu aprovação do Comitê de Ética e
Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu sob número 874623/2014. Todas a
crianças foram triadas e encaminhadas ao setor de Catarata Infantil do Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu, São Paulo.
Foram analisados 33 olhos de 33 crianças com catarata congênita ou do
desenvolvimento operados entre um mês e meio e oito anos de idade e que
realizaram pelo menos um exame pós-operatório. Nas crianças com catarata
bilateral apenas o olho direito foi incluído na análise. Os exames pós-operatórios
foram realizados sob narcose a cada três meses no primeiro ano de vida e a cada 6
meses após o primeiro ano de vida. O comprimento axial foi medido com biômetro
de imersão no momento da cirurgia e nos exames pós-operatórios.
Critérios de inclusão: crianças com catarata congênita ou do desenvolvimento
com indicação cirúrgica, desde o nascimento até 12 anos de idade.
Critérios de exclusão: diâmetro horizontal da córnea menor que 10 mm, PVF
(Persistência de Vítreo Fetal) ou outras alterações oculares.
As crianças foram operadas no período de janeiro de 2011 a janeiro de 2014.
Todas as cirurgias e medidas subseqüentes foram realizados pelo mesmo cirurgião
seguindo a mesma técnica cirúrgica: Retopexia superior com fio de seda 6-0. Duas
incisões tunelizadas com 1,50 mm de largura e 1,5 mm de extensão com lâmina 15
graus às 10h e às 2h, perilimbar em córnea clara. Injeção de azul de trypan na
câmara anterior. Preenchimento da câmara anterior com viscoelástico
no centro da cápsula anterior utilizando microfórceps através da incisão das 10h.
Aspiração do conteúdo usando peças de irrigação e aspiração separadas, cada uma
por uma das incisões (10 e 2 h). Aspiração rigorosa das células epiteliais do
cristalino (CEC) aderidas à borda da capsulorrexe. Preenchimento do saco capsular
com viscoelástico Duovisc®. Ampliação da largura da incisão das 10h para 2,4 mm
com lâmina própria para incisão em córnea clara e injeção da LIO hidrofóbica de
peça única (SN60WF Alcon AcrySof IQ®) no saco capsular. Fechamento parcial da
incisão das 10h com fio absorvível (Vicryl®) 10-0. Abertura conjuntival entre 2,5 mm
(crianças menores de dois anos) e 3 mm (crianças maiores de dois anos) do limbo
às 2h com 3 mm de extensão paralela ao limbo seguida de esclerotomia de 1 mm de
extensão realizada com esclerótomo. Abertura circular da cápsula posterior com
vitreófago posterior via pars plana e irrigação anterior através da incisão das 2h,
seguida de vitrectomia anterior. Sutura de todas as incisões com fio absorvível
(Vicryl®) 10-0.
Todos os pacientes receberam tratamento pós-operatório padronizado pelo
serviço. A reabilitação visual incluiu prescrição de óculos e oclusão, quando
necessário.
Todos os comprimentos axiais foram obtidos por biometria ultrassônica de
imersão utilizando mesmo equipamento (Alcon OcuScan RxP®). Os valores foram
fornecidos em milímetros (mm), e a velocidade do ultrassom usada foi de 1532 m/s
para câmara anterior e câmara vítrea e 1641 m/s para o cristalino.
A diferença no comprimento axial entre duas medidas subseqüentes foi
dividida pelo intervalo de tempo em dias entre estas duas medidas. Desta forma foi
encontrada uma TCA média diária em mm para o período. A fim de se elaborar um
idade média da criança em dias, daquele período. Foram usadas as seguintes fórmulas:
TCA média diária (mm) = (Axlfinal- Axlinicial)/ (Idadefinal- Idadeinicial);
Idade média no período (dias)= (Idadefinal- Idadeinicial/2) + Idadeinicial
TCA na idade média do período (mm)= Axlfinal- Axlinicial)/ (Idadefinal- Idadeinicial)
Assim, por exemplo, se uma medida X mm foi realizada aos 180 dias de vida
e a segunda medida Y mm aos 270 dias de vida temos que:
TCA média diária (mm) =(Y-X) / (270-180) = (Y-X) / 90;
Idade média da criança neste período (dias)= 180 + (270-180) / 2 = 225 dias;
TCA na idade de 225 dias (mm)= (Y-X) / 90 mm.
Cada intervalo entre duas medidas forneceu um ponto no gráfico de
dispersão da TCA (mm) X Idade (dias) possibilitando a estimação do modelo
biológico para a taxa de crescimento axial por meio do modelo que relaciona a taxa
de variação com o inverso da idade, utilizando o procedimento estatístico dos
mínimos quadrados9 e o estabelecimento do modelo de resposta para a estimativa
do comprimento axial (Axl) para qualquer futura idade a partir da avaliação inicial por
meio do procedimento de integração da equação diferencial do modelo ajustado10,
para todos os olhos (GT) (cataratas bilaterais e unilaterais) e também
RESULTADOS
Foram operados 54 olhos de 33 crianças sendo 19 masculinos (57,58%) e 14
femininos (42,42%). Dos 33 casos analisados, 12 eram cataratas unilaterais
(36,37%) e 21 eram cataratas bilaterais (63,63%). Nos casos de catarata bilateral
utilizou-se apenas os dados do olho direito de cada criança (21 olhos).
No grupo GT a idade média no momento da cirurgia foi de 1154,18 ± 1009,58
dias (47- 3184 dias), no GU a idade média no momento da cirurgia foi de 939,58 ±
945,35 dias (47- 2591 dias) e no GB a idade média no momento da cirurgia foi de
1276,81 ± 1046,83 (61- 3184 dias). 13 crianças foram operadas antes de um ano de
idade (39,39%), no GU 6 crianças foram operadas antes de um ano de vida (50%) e
no GB, 7 (33,33%) foram operadas no primeiro ano de vida.
O seguimento pós-operatório médio foi de 602,75 ± 354,26 dias (98- 1.296
dias).
O número de exames subseqüentes à cirurgia variou de um a sete exames
(Tabela 1).
Considerando:
TCAxlx= Taxa de crescimento axial no dia x
Idx= Idade em dias no dia x
Axl1= Comprimento axial na idade a ser estimada
Axl0= Comprimento axial na idade inicial (medido)
Idx1= Idade em dias em Axl1
Idx0= Idade em dias em Axl0
A TCA diária (mm) para o grupo GT é dado pelo gráfico 1 e pela equação:
x TCAxlx = 0,000927+(0,822/Idx);
x R2= 0,434, p< 0,001
A estimativa do comprimento axial (Axl) do GT para qualquer idade futura a
partir da avaliação inicial é dada pela equação:
Axl1= 0,000927(Idx1 –Idx0)+0,822ln(Idx1/Idx0)+Axl0
A TCA diária (mm) para o grupo GB é dado pelo gráfico 2 e pela equação:
x TCAxlx = 0,000675+(0,957/Idx);
x R2= 0,429, p< 0,001
A estimativa do comprimento axial (Axl) do GB para qualquer idade futura a
partir da avaliação inicial é dada pela equação:
x Axl1= 0,000675(Idx1 –Idx0)+0,957ln(Idx1/Idx0)+Axl0
A TCA diária (mm) para o grupo GU é dado pelo gráfico 3 e pela equação:
x TCAxlx = 0,000896+(0,757/Idx)
x R2= 0,596, p< 0,001
A estimativa do comprimento axial (Axl) do GU para qualquer idade futura a
partir da avaliação inicial é dada pela equação:
DISCUSSÃO
Publicação recente do IOL Power Club Executive Committee se refere ao
cálculo do poder dióptrico da LIO em crianças como a última fronteira1. Diante dessa
afirmativa fica clara as dificuldades que ainda envolvem o tema que se tornou atual
pela possibilidade do implante em qualquer idade, possibilitado pelo
desenvolvimento técnico e tecnológico das cirurgias intra-oculares.
Apesar desses avanços ainda há muita controvérsia e recomendações
contrárias, envolvendo o implante de LIO em crianças menores de um ano13 em
países desenvolvidos, por considerarem o tratamento com lentes de contato mais
seguro e isento de surpresas refrativas causadas pelas referidas dificuldades no
cálculo do poder dióptrico da LIO. O implante primário em cataratas bilaterais é
ainda menos recomendado nestes países que, nestes casos, o consideram mais
recomendado, após os 2 anos de idade. Os poucos estudos com implante em
cataratas bilaterais antes de um ano de vida, foram realizados em países em
desenvolvimento onde as possibilidades do uso de lentes de contato ou até mesmo
de óculos para afacia, são escassas14,15,16.
Na amostra deste estudo, 39,39% das crianças foram operadas antes de um
ano de vida, sendo 50% das unilaterais e 33,33% das bilaterais, permitindo a
evolução do Axl em olhos com LIO desde o primeiro ano de vida. Não encontramos
na literatura o seguimento com medidas periódicas do Axl em amostra semelhante,
provavelmente porque estas amostras são comuns em países em desenvolvimento
onde existem poucas condições para realização de exames sob narcose freqüentes.
superior ao de contato, que hipoestima o Axl, dependendo da aplanação corneana
causada pelo contato do probe12.
Apesar de alguma dificuldade em se realizar o cálculo exato da LIO para
emetropia, já que as fórmulas utilizadas não foram desenvolvidas para olhos de
crianças, este erro é pequeno17 e o menor dos problemas, raramente se fará um
implante com este objetivo. Olhos normais sofrem pequenas mudanças refracionais
miópicas com o crescimento, enquanto olhos afácicos ou pseudofácicos sofrem
grandes mudanças. Isso ocorre porque em olhos normais o poder dióptrico do
cristalino cai de +34,4 D para +18,8 D com o crescimento ocular, o que não ocorre
com poder dióptrico da LIO18. Sendo assim é necessário que no momento da
cirurgia seja previsto um residual hipermetrópico, para compensar este crescimento.
Esta é a maior dificuldade, prever o quanto o olho vai crescer para “programar” o
residual hipermetrópico.
Não é recomendável utilizar curvas de crescimento de olhos normais pois
olhos afácicos ou pseudofacicos tem padrão de crescimento diferente8. Existem
várias publicações com sugestões de cálculo para este residual hipermetrópico.
Alguns autores recomendam que após o cálculo da LIO para emetropia retire-se
20% do poder dióptrico da LIO em menores de 8 meses de idade 15% entre 8
meses e dois anos e 10% entre dois e três anos de idade19. Outros apresentam
tabelas mais detalhadas sugerindo residuais hipermetrópicos de +12,00D a +0,50 D
em idades de 3 meses a 14 anos de vida19. Estas previsões são baseadas em
resultados refracionais pós operatórios, utilizando amostras heterogêneas que
reunem não só crianças com implante primário de LIO mas também crianças
homogênea e composta por crianças com as características mais adequadas ao
objetivo destes estudos, a presença da LIO.
O presente estudo também propõe uma nova maneira de abordagem, não
baseada em resultados refracionais pós operatório mas em uma taxa de
crescimento diário. As equações geradas permitem estabelecer a taxa de
crescimento diária em qualquer idade e principalmente a permitem “prever” Axl
futuro a partir de um Axl inicial medido. O desenvolvimento de equações
semelhantes para a taxa de aplanamento ceratométrico, permitirá o cálculo da LIO
para emetropia em uma idade desejada, utilizando o Axl e a ceratometria estimadas
a partir do Axl e ceratometria medidos.
Há apenas um artigo na literatura utilizando “taxa de crescimento axial”, no
entanto com o propósito diferente do presente estudo, o de comparar o crescimento
em porcentagem de 2 grupos, menores de 1 ano e maiores de um ano, relacionando
à idade no momento da cirurgia, lateralidade da catarata (unilaterais vs bilaterais) e
comprometimento do eixo visual, concluindo que a taxa de crescimento é maior em
crianças menores de um ano, com aumento até o segundo ano após a cirurgia;
pseudofacia unilateral revelou acelerado crescimento se comparado com olhos
pseudofácicos bilaterais, a opacidades do eixo visual não teve influência na taxa de
crescimento8, como era de se esperar. Olhos com privação visual e ambliopia,
sofrem maior aumento do comprimento axial, é isso que explica a maior taxa de
crescimento quando comparado olhos de unilaterais, que tem maior probabilidade
de desenvolver ambliopia, com bilaterais20.
Se considerarmos uma mesma idade inicial e final e um mesmo Axl inicial, o
crescimento do Axl nos três grupos é bastante semelhante, no entanto um pouco
meses de vida o Axl estimado aos 6 anos de vida será de 22,57 mm para GT; 22,30
mm para GU e 22,47 mm para GB. Essa observação é oposta ao que foi observado
no estudo acima. Podemos supor que o desenvolvimento de ambliopia, que
aumenta o Axl é menor na presente amostra e que estes olhos, que tem Axl menor
ao nascimento, quando comparados a olhos normais ou olhos de crianças com
catarata bilateral, apresentaram menores TCA.
Não é possível concluir pelo presente estudo que o método proposto é
superior a outros métodos de estimação do crescimento ocular. Estudos
comparativos entre eles serão necessários para avaliar esta precisão.
CONCLUSÃO
O presente estudo estabeleceu modelos matemáticos para o cálculo da TCA
diária e do Axl em qualquer idade futura, a partir da idade e do Axl medido, no
momento da cirurgia, para que sejam utilizados em olhos com catarata congênita e
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TABELAS
Tabela 1: Número de medidas realizadas e número de crianças submetidas a estas
medidas.
Exames 1 2 3 4 5 7
Nº de
crianças
GRÁFICOS
Gráfico 1: Estimação da taxa de crescimento axial em mm pela idade em dias no
GT.
Gráfico 2: Estimação da taxa de crescimento axial em mm pela idade em dias no
GB. , , , , , , , , , T a x a d e c re sc im e n to a x ia l idade (dias)
Uni e bilaterais
Gráfico 3: Estimação da taxa de crescimento axial em mm pela idade em dias no
GU.
, , , , , , , ,
T
a
x
a
d
e
c
re
sc
im
e
n
to
a
x
ia
l