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Estudo comparativo da capacidade funcional e qualidade de vida entre idosos com osteoartrite de joelho obesos e não obesos.

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(1)

w w w . r e u m a t o l o g i a . c o m . b r

REVISTA

BRASILEIRA

DE

REUMATOLOGIA

Artigo

original

Estudo

comparativo

da

capacidade

funcional

e

qualidade

de

vida

entre

idosos

com

osteoartrite

de

joelho

obesos

e

não

obesos

Mansueto

Gomes-Neto

a,b,c,∗

,

Anderson

Delano

Araujo

a,c

,

Isabel

Dayanne

Almeida

Junqueira

c

,

Diego

Oliveira

c

,

Alécio

Brasileiro

c

e

Fabio

Luciano

Arcanjo

a,c

aDepartamentodeBiofunc¸ ¯ao,CursodeFisioterapia,UniversidadeFederaldaBahia(UFBA),Salvador,BA,Brasil

bProgramadePós-Graduac¸ãoemMedicinaeSaúde,UniversidadeFederaldaBahia(UFBA),Salvador,BA,Brasil

cCursodeFisioterapia,UniãoMetropolitanadeEducac¸ãoeCultura,Salvador,BA,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem19deagostode2014 Aceitoem31demaiode2015

On-lineem12deagostode2015

Palavras-chave:

Idosos Osteoartrite Obesidade Qualidadedevida

r

e

s

u

m

o

Introduc¸ão:Aassociac¸ãoentreosteoartrite(OA)eobesidadepodegerarreduc¸ãoda

capa-cidadefuncionalecomprometeraqualidadedevida(QV)deidosos.ObjetivoComparara capacidadefuncionaleaQVentreidososcomOAnojoelho,obesosenãoobesos.

Métodos:Aamostrafoiconstituídapor35idososcomOAdivididosemdoisgrupos,obesos

enãoobesos,deacordocomoíndicede massacorporal.Paraavaliac¸ãodacapacidade funcionalforamfeitostestesdedesempenho,comoTimedUpandGo(TUG),velocidadeda marchaetestedecaminhadadeseisminutos(TC6).Paraavaliac¸ãodaQVforamaplicados osquestionáriosWOMACeSF-36.Foifeitaestatísticadescritivaeinferencialcomousodo

softwareSPSSversão20.0.

Resultados:OsidososcomOAforamdivididosemdoisgrupos(obesos,n=16)e(não

obe-sos,n=19).Ascaracterísticassociodemográficasforamsimilaresentreosgrupos(p>0,05). Foiobservadareduc¸ãodedesempenhonoTUG,velocidadedamarcharápidaeTC6,com maiorintensidadededornositens:“executartarefasdomésticaspesadas”,“descer esca-das”,“curvar-seemdirec¸ãoaochão”e“levantar-sedacama”nogrupodosobesos(p<0,05). Alémdisso,ogrupodeobesosapresentoumaiordificuldadeaoexecutartarefasparaos itens:“descerescadas”,“levantardacadeira”,“ficardepé”e“sentar/levantardovaso sani-taria”(p<0,05).Nãofoiobservada diferenc¸aestatisticamentesignificativanosdomínios avaliadosdoSF-36entreosgrupos(p>0,05).

Conclusão:AOAassociadaàobesidadeimpactounegativamenteacapacidadefunctional.

Entretanto,osescoresdeQVforambaixossemdiferenc¸aparaobesosenãoobesos. ©2015ElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.

Autorparacorrespondência.

E-mail:mansueto.neto@ufba.br(M.Gomes-Neto).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbr.2015.05.004

(2)

Comparative

study

of

functional

capacity

and

quality

of

life

among

obese

and

non-obese

elderly

people

with

knee

osteoarthritis

Keywords:

Elderly Osteoarthritis Obesity Qualityoflife

a

b

s

t

r

a

c

t

Introduction: Theassociationbetweenosteoarthritis(OA)andobesitycanleadtoareduced

functionalcapacity,compromisingthequalityoflife(QoL)oftheelderly.

Objective: TocomparethefunctionalcapacityandQoLofobeseandnon-obeseolderadults

withkneeOA.

Methods: Thesampleconsistedof35subjectswithOAdividedintotwogroups,obeseand

non-obesesubjects,accordingtotheirbodymassindex.Toassessfunctionalcapacity, per-formancetestssuchasTimedUpandGo(TUG),gaitspeedtest,andthesix-minutewalk test(6MWT)werecarriedout.ToassessQoL,WOMACandSF-36questionnaireswere admi-nistered.WeperformeddescriptiveandinferentialstatisticsusingSPSSsoftwareversion 20.0.

Results: ElderlypatientswithOAweredividedintotwogroups(obese,n=16;non-obese,

n=19).Socio-demographiccharacteristicsweresimilarbetweengroups(p>0.05).Theobese groupshowedaworstperformanceinTUG,briskwalkingspeedand6MWT.Amoresevere painwasfoundinthefollowingitems:“performingheavyhouseworkchores”,“goingdown stairs”,“bendingtofloor”and“gettingupfrombed”intheobesegroup(p<0.05).In addi-tion,theobesegrouphadmoredifficultytoperformtasksforthefollowingitems:“going downstairs”,“risingfromachair”,“standing”and“gettingon/offtoilet”(p<0.05).There wasnostatisticallysignificantdifferenceintheassesseddomainsofSF-36betweengroups (p>0.05).

Conclusion: OAassociatedwithobesitycausedanegativeimpactonfunctionalcapacity;

however,qualityoflifescoreswerelow,andnodifferenceinobeseandnon-obesesubjects wasfound.

©2015ElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Duranteoprocessodeenvelhecimento,ocorremperdas funci-onaisqueseacentuamdevidoàfaltadeatividadedosistema neuromusculareàreduc¸ãodaforc¸amuscularedo condicio-namentofísico.Alémdareduc¸ãodafuncionalidade,oidoso perdedemaneiramaisacentuadaacapacidadedereterágua edeproduzirproteoglicanos,oquecausaalterac¸ões degene-rativasarticulares,comoaosteoartrite(OA).1-3

UmdosfatoresderiscoparaaOAéaobesidade.Alémdeser umfatorderiscoparaaOA,aassociac¸ãoentreOAeobesidade podeaumentaraintensidadedadoredaslimitac¸ões funci-onais,devidoaumamaiordescargadepesonaarticulac¸ão acometida,comestreitamentodoespac¸ointra-articular,que podeaumentaradorarticular,rigidezeatrofiamuscular.4,5

Numarecentemetanálisequeavaliouoriscoparaoinicioda OA,Blagojevicetal.6reportamquepessoasobesastêmtrês

vezesmaisriscodedesenvolverOAemrelac¸ãoaindivíduos semsobrepeso.

Opesoexcessivoaumentatantoapressãoquantoaforc¸a sobreaarticulac¸ão,ativamecanismosdedegradac¸ãoda car-tilagemarticular,esclerosedoossosubcondraleformac¸ãode osteófitoselevaaoagravamentodaAO.7-9Essesfatorespodem

influenciarnegativamentenaqualidadedevida(QV)deidosos obesosacometidospeladoenc¸a.10

A OA por si só ou em conjunto com a obesidade está associada a um maior risco de morbimortalidade e pode reduzir aQVdo idoso.Um atributoessencial nasaúde do

idoso éasuacapacidadefuncional,umcomponentechave paraavaliac¸ãoglobaldasaúde.11Alémdeserfatorderisco

paraaAO,aobesidadepodeagravarsintomaseaumentaro declíniofuncional deidosos com OA.Compreenderfatores queinterferemnacapacidadefuncionaleQVdeidososcom AOpodecontribuirnaformulac¸ãodeestratégiasdeprevenc¸ão etratamento. Diantedisso, este estudotevecomo objetivo compararacapacidadefuncionaleaQVdeidososcomOAde joelho,obesosenãoobesos.

Materiais

e

métodos

Foifeitoumestudodotipoquantitativo,analíticodecaráter transversal, com amostra não probabilística. Foram incluí-dos35idosos,29(82,85%)dosexofeminino,commédiade 66,57±7,38anos,entre60a86,comOAdejoelho diagnosti-cadapormédicoespecialistahaviamenosdecincoanos,que deambulassemdeformaindependente.

(3)

avaliac¸ãoepacientesquetinhamfeitotratamento fisiotera-pêuticonosúltimosseismeses.

Antesdeiniciaracoletadedados,osidososforam infor-madossobreapesquisa,receberamesclarecimentossobreos propósitosdoestudoeassinaramotermodeconsentimento livreeesclarecido.OestudofoiavaliadoporComitêdeÉtica emPesquisadeumainstituic¸ãodeensinosuperioreaprovado comparecern◦3.017.

Para avaliac¸ão do índice de massa corporal (IMC), uma balanc¸aeumafitamétricaforamusadas.Apósasmedidas, ocálculodoIMCfoifeitoconformeocritérioestabelecidopela Organizac¸ãoMundialdeSaúde(OMS),produtodadivisãodo pesocorporalpelaalturaaoquadrado(kg/m2).12Seguindoos

critériosdaOMS,foramconsideradosobesosindivíduoscom IMCacimade30kg/m2.

Deacordocomosvaloresmedidos deIMC,ospacientes foramdivididosemdoisgrupos, obesosenãoobesos.Para avaliac¸ãoda capacidadefuncionalforamusados trêstestes de desempenho. Para aplicac¸ão dos testes foram seguidas instruc¸õespadronizadas,jádescritasnaliteratura.13-16Os

tes-tesforamoTimedUpandGo(TUG),13velocidadedamarcha14

ecaminhadadeseisminutos(TC6′).15,16

Para avaliac¸ão da QV, foram usados dois questionários, oWestermOntarioandMcMasterUniversities(Womac)eo genéricoSF-36–MedicalOutcomesStudy36-ItemShort-Form HealthSurvey,ambosnaversãobrasileirajáadaptadose vali-dadosnoBrasil.10,17,18

OSF-36contém36 questõesquesãoagrupadasemoito domínios,cujoescorevariadezeroa100,noqualzero corres-pondeaopiorestadogeraldesaúdee100aomelhor,ouseja, quantomaisaltaforapontuac¸ãototal,melhorapercepc¸ãoda qualidadedevida.17,18

OWomacéumquestionáriodequalidadedevida tridimen-sional(dor,rigidezarticulareatividadefísica),específicopara aavaliac¸ãodepacientescomOA.Registraapercepc¸ãodedor, rigidezarticularefuncionalidade,combasenas48horasque antecedemsuaaplicac¸ão.Apontuac¸ão,emescalatipoLikert, variade0a4.Quantomaiselevadooescore,pioresador,a rigidezarticulareafuncionalidade.19

Paraanálisedosdadosdemográficoseclínicos,estatística descritivafoiusada.Osdadosdevariáveiscontínuasforam analisadoscom medidas de tendência centrale dispersão, expressoscomomédias,medianasedesviopadrão.Osdados devariáveisdicotômicasecategóricasforamanalisadoscom medidasdefrequênciaeexpressoscomoporcentagens.

Testedenormalidade(Shapiro-Wilk)foifeitoparatodasas variáveis.Paraosdadosnormalmentedistribuídos,otestetde Studentparaamostrasindependentesfoiusadoecomparou asdiferenc¸asdasmédiasdasvariáveisentreosgrupos.Para asvariáveisqueapresentaramdistribuic¸ãonãoparamétrica,o testedeMann-Whitneyfoiusadoparacompararasdiferenc¸as dasmedianasentreosgrupos.Oníveldesignificância estabe-lecidofoide5%.Aanáliseestatísticafoifeitacomousodo

softwareSPSS(StatisticalPackagefortheSocialSciences)for

Windows(versão20.0).

Resultados

Foramavaliados35 idosos commédiade66,57±7,38anos, entre60e86.DeacordocomoIMCosidososforamdivididos

Tabela1–Dadossociodemográficoseclínicas

daamostraporgrupoobesoenãoobeso

Variável Obesos

Média±DP

Nãoobesos Média±DP

Valordep

Idade(anos) 66,12±7,24 66,94±7,67 0,748

IMC 33,29±3,15 23,16±3,18 0,001

TempodeOA 2,87±0,71 2,94±0,70 0,766

Sexo

Masculino 3(18,8%) 3(15,8%)

Feminino 13(81,2%) 16(84,2%) 0,516

IMC,índicedemassacorporal;AO,Osteoartrite;DP,desviopadrão.

Tabela2–CapacidadefuncionalentrepacientescomOA

obesosenãoobesos

Variável Obesos

Média±DP

Nãoobesos Média±DP

Valordep

TC6(metros) 298,69±50,10 354,97±67,97 0,010 TUG(segundos) 8,86±1,83 7,04±0,83 0,002 Marchausual(m/s) 1,10±0,09 1,14±0,12 0,318 Marcharápida(m/s) 1,34±0,12 1,56±0,17 0,001

TC6′,testedecaminhadadeseisminutos;TUG,testeTimedUpand Go;Velocidadedamarcha(usualerápida);DP,desviopadrão.

emdoisgrupos,obesos(n=16)enãoobesos(n=19).Nãohouve diferenc¸aestatisticamentesignificativaparaascaracterísticas sociodemográficasetempodeOAentreosgrupos(p>0,05).Os dadossociodemográficosestãoapresentadosnatabela1.

Foi encontrada diferenc¸a estatisticamente significativa entreosgrupos(p<0,05)nostestesqueavaliarama capaci-dadefuncional.Asmédiasobtidaspelogrupodosidososnão obesos foram melhorespara o TUG,velocidadeda marcha rápidaeTC6′.notestedevelocidadedamarchahabitual, nãohouvediferenc¸aestatisticamentesignificativaentre gru-pos.Osvaloresmédiosestãodescritosnatabela2.

No domínio severidade da dor doquestionário Womac, foi identificada maior intensidade de dor durante os itens “andar”,“subirescadas”,“carregarpeso”e“dornoturna”.O grupo de obesos apresentoumaior intensidade de dornos itens“subirescada”e“dornoturna”(p<0,05).

Nodomíniodificuldadedeexecuc¸ãodasatividades,maior dificuldade foi percebida pelos idosos nos itens “executar tarefasdomésticaspesadas”,“descerescadas”,“curvar-seem direc¸ãodochão”e“levantar-sedacama”.Comparadocomo grupodenãoobesos,osidososobesosapresentarammaior dificuldade(p<0,05)nositens“descerescadas”,“levantarda cadeira”,“ficardepé”e“sentar/levantardovasosanitaria”.Os percentuaisdeintensidadededoreadificuldadepara execu-taratividadesestãodescritosnastabelas3e4.

Nãofoiobservadadiferenc¸aestatisticamentesignificativa emnenhumdosdomíniosdoSF-36entreosgrupos(p>0,05), porémpercebe-seumapontuac¸ãoreduzidanaQV.Osescores estãoapresentadosnatabela5.

Discussão

(4)

Tabela3–PercentualdoWomacrelacionado àseveridadedador

Variável Obesos Nãoobesos

Andar 75% 73,68%

Subirescadas 93,75% 78,94%a

Dornoturna 81,25% 36,84%a

Doraorepouso 50% 36,84%

Aocarregarpeso 93,75% 84,21%

Rigidezmatinal 87,50% 78,94%

Rigidezprotocinética 68,75% 57,89%

a p<0,05.

Tabela4–PercentualdoWomacrelacionadoà

dificuldadedeexecuc¸ãodasatividades

Variável Obesos Nãoobesos

Descerescadas 87,50% 63,15%a

Levantardacadeira 62,50% 36,84%a

Ficardepé 62,50% 36,84%a

Curvar-seemdirec¸ãodochão 87,50% 94,73%

Andaremlugarplano 43,75% 26,31%

Entraresairdocarro 75% 73,68%

Fazercompras 50% 42,10%

Colocarasmeias 68,75% 52,63%

Levantar-sedacama 78,75% 33,15%a

Tirarasmeias 68,75% 42,10%

Deitar-senacama 37,50% 26,31%

Entraresairdobanho 12,50% 0%

Sentar 37,50% 31,57%

Sentar/levantardovasosanitário 62,50% 37,89%a

Executartarefasdomésticasleves 37,50% 31,57% Executartarefasdomésticaspesadas 100% 100%

a p<0,05.

Tabela5–Médiaedesviopadrãodosdomínios

avaliadospeloSF-36

Domínio Obesos Nãoobesos

Capacidadefuncional 52,18±24,76 64,21±16,60

Aspectosfísicos 32,37±31,45 32,89±40,86

Dor 36,87±17,01 44,21±19,23

Estadogeraldesaúde 52,81±13,90 57,89±17,89

Vitalidade 55,31±8,26 56,57±11,31

Aspectossociais 45,31±15,05 47,36±9,84 Aspectosemocionais 31,24±37,45 49,12±43,55

Saúdemental 51,75±9,84 57,47±10,43

cotidianasqueexigemesforc¸o.Essasalterac¸õespodemestar

associadasamaiorquantidadedemassacorporale

conse-quentesobrecarganaarticulac¸ão.Asobrecargaarticularlimita

osmovimentoseaumentaoestresse articularepodegerar

maiorníveldeincapacidadenosidososobesos.2Assim,esses

idosos apresentam maiorrisco para o desenvolvimentode doredificuldadesfuncionaiscomparadoscomindivíduosnão obesos.

Nopresenteestudo,idososobesoscomOAapresentaram umnívelmaiordedorededificuldadesemalgumas ativida-desfuncionais,taiscomo:subiredescerescadas,levantarda cama,curvar-seemdirec¸ãoaochão.NoestudodeHeoetal.20

ficouevidenteaassociac¸ãodoaumentodoIMC,comaumento da dorarticular.Está coerentetambém coma pesquisade

Vasconcelosetal.21quecitaqueasdificuldadesfuncionaisdo

obesoestãorelacionadasàsatividadesdelocomoc¸ãoque exi-gemmovimentac¸ãoedescargadepesosobreasarticulac¸ões. Comrelac¸ãoàcapacidadefuncional,osindivíduosnão obe-sos obtiveram melhores resultados namobilidade, marcha rápidaecondicionamento.Maiorvelocidadeemenortempo exigidosnessestestespodemprovocarumaforc¸aexcessivana articulac¸ãodojoelho,sobrecarregaraarticulac¸ãoecontribuir paraumbaixodesempenhodosindivíduosobesos,umavez queusamcomoestratégiaumamenorvelocidadedamarcha parareduziradoreoimpactoarticular.22

Rosemannetal.23avaliaramoimpactodaOAem978

paci-entes,acapacidadefuncionalfoireduzidanospacientescom oaumentodopeso,porémnãohouvediferenc¸anosdomínios avaliadosdaQVentreosindivíduoscomesemsobrepeso,o quecorroboraosresultadosdopresenteestudo.Nossos resul-tadostambémindicamreduc¸ãoparaosescoresdetodosos domíniosavaliadoserevelamumareduc¸ãonaQVdeambosos grupos,porémsemdiferenc¸aentreobesosenãoobesos.Num estudoquecomparouaQVde264pacientes,Salaffietal.24

identificaramescoresreduzidosemtodososdomíniosdo SF-36 nogrupocom OA,resultado semelhanteaodopresente estudo.

NoestudodeSutbeyazetal.,25foramcomparados28

paci-entescomartrosedejoelhoe28saudáveis.OgrupocomOA dejoelhoapresentoureduc¸ãosignificativadaQVemtodosos domíniosdoSF-36.Nopresenteestudo,foiidentificadoque mesmoosindivíduosnãoobesoscomOAtambém apresen-taramescoresreduzidosnoSF-36edificuldadesnaexecuc¸ão deatividadesavaliadasnoquestionárioWomac.Essareduc¸ão na QV pode ser consequência do próprio envelhecimento e das alterac¸õesarticularesemuscularesda OA,mais fre-quentementeassociadasàdorlocal,quepode,porsuavez, comprometeracapacidadedeexecuc¸ãodetarefasdinâmicas eimpactarnegativamenteaQVdessapopulac¸ão.26

OcontroledosfatoresassociadoscomaOA,quetrazem consequênciasfuncionaisnegativas equecomprometema QVdessapopulac¸ãodeveserinvestigado.Aobesidadeéum dosprincipais fatoresderisco eestáassociada aodeclínio funcional, sedentarismo, aumento de complicac¸ões secun-dárias e risco cardiovascular. Coggon et al.27 afirmam que

iniciativasde prevenc¸ão,quesãodesenvolvidasem progra-mas de saúde pública para os fatores de risco e controle da obesidade, podem contribuir para reduc¸ão do impacto negativodasdoenc¸asosteoarticulares,sobretudoaOAde joe-lho.

Éimportanteressaltarqueopresenteestudoanalisoua obesidadepelovalordoIMC,umamedidadoexcessodepeso paraumadeterminadaaltura.AmedidadoIMCrepresenta apenasumaalterac¸ãonoequilíbrioenergéticodoindivíduo, porémnãopermiteanalisaroutrosfatores,comoalterac¸ões metabólicas,inflamatóriasecomposic¸ãocorporaldemassa magraemassagorda.21,22Épossívelqueesseselementosque

nãoforamavaliadostenhamumamaiorrepercussãona capa-cidadefuncionaldosidososobesos.

(5)

farmacológicos. Outra limitac¸ão está associada à não fei-turadeavaliac¸ãodoníveldecompreensãodosidososcom um instrumentoadequado ou por um psicólogo. Assim, é possível que pacientes com baixa compreensãoe resposta inadequadaaitensdosquestionáriostenhamparticipadodo estudo.Sugerem-senovosestudosparaumamelhor compre-ensãodosfatoresqueinterferemnacapacidadefuncionale naQVdosidososobesosenãoobesos.

Conclusão

A OA associada à obesidade impactou negativamente a capacidade funcional dos idosos, que apresentaram maior intensidadededoredificuldadedeexecutartarefas cotidi-anas.Os idosos deambos osgrupos apresentaramescores reduzidosdeQVsemdiferenc¸aparaobesosenãoobesos.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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e

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c

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s

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