• Nenhum resultado encontrado

Caracterização de dois protocolos de avaliação de preensão manual para prescrição de treinamento no remo.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Caracterização de dois protocolos de avaliação de preensão manual para prescrição de treinamento no remo."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Caracterizac

¸ão

de

dois

protocolos

de

avaliac

¸ão

de

preensão

manual

para

prescric

¸ão

de

treinamento

no

remo

Affonso

Celso

Kulevicz

da

Silva

a

,

Caren

Fernanda

Muraro

a

,

Yoshimasa

Sagawa

Junior

b

,

Noé

Gomes

Borges

Junior

a

,

Monique

da

Silva

Gevaerd

a

e

Susana

Cristina

Domenech

a,∗

aProgramadePós-Graduac¸ãoemCiênciasdoMovimentoHumano,CentrodeCiênciasdaSaúdeedoEsporte(Cefid),Universidade doEstadodeSantaCatarina(Udesc),Florianópolis,SC,Brasil

bHospitalUniversitáriodeBesanc¸on,UniversidadeFranche-Comté,Besanc¸on,Franc¸a

Recebidoem20desetembrode2012;aceitoem26deagostode2013 DisponívelnaInternetem5demarçode2015

PALAVRAS-CHAVE

Preensãomanual;

Protocolo; Treinamento; Remo

Resumo Objetivou-severificar ascaracterísticas de doisprotocolos deavaliac¸ãode forc¸a de preensão manual como subsídio para prescric¸ão de treinamento no remo. Participaram seisatletasprofissionaisdamodalidadederemo(25±5anos)e11nãoatletas,todoshomens. Doisprotocolosdeavaliac¸ão(contínuoeintervalar)foramefetuados.Osvaloresdos parâme-tros deforc¸ae decréscimopercentual daforc¸a calculadosforamempregados paraverificar diferenc¸as entre os membros (teste t pareado) e entre os grupos (teste t independente). Oprotocolocontínuomostrou-semaissensívelparadetectardiferenc¸asnosvaloresdeforc¸a e decréscimopercentual de forc¸aentrediferentes membroseentreos grupos,enquanto o protocolointervalarfoieficazparaidentificarosvaloresdeforc¸amáxima.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todosos direitosreservados.

KEYWORDS

Handgrip; Protocols; Training; Rowing

Characteristicsoftwoprotocolsforhandgripassessmentfortrainingprescription inrowing

Abstract Theaimofthisstudywasverifythecharacteristicsoftwoprotocolsfor handgrip assessmentasasubsidyforprescriptionoftraininginrowing.Thestudyincluded6male pro-fessionalathletesofthesportofrowingand11malenon-athletes.Twoassessmentprotocols (continuousandintermittent)wereconducted.Parametervaluesofstrengthandpercentage decreaseoftheforce(calculated)wereusedtoverifydifferences betweenhands(pairedt test)andbetweenthegroups(ttest).Thecontinuousprotocolwasmoresensitivetodetect

Autorparacorrespondência.

E-mail:scdomenech@gmail.com(S.C.Domenech).

http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2015.02.002

(2)

differencesinthevaluesofstrengthandpercentagedecreaseinstrengthbetweenmembers andamongprofessionalrowingathletesandnon-athletes.Theintermittentprotocolwasmore efficienttoidentifythevaluesofmaximumforceofindividuals.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrights reserved.

PALABRASCLAVE

Prensiónmanual;

Protocolo; Entrenamiento; Remo

Caracterizacióndedosprotocolosdeevaluacióndefuerzadeprensiónparala prescripcióndeentrenamientoderemo

Resumen Elobjetivode esteestudiofueverificarla caracterizacióndedosprotocolosde evaluaciónde fuerza deprensión como unsubsidio para la prescripcióndel entrenamiento deremo.Participaron6atletasprofesionalesderemoy11noatletas,todoshombrescon(25±

5a˜nos).Dosprotocolosdeevaluación(continuoeintervalar)fueronefectuados.Losvaloresde fuerzaydisminuciónporcentualdefuerzafueronutilizadosparaverificardiferenciasentrelos miembros(testtpareado)yentrelosgrupos(testtindependiente).Elprotocolocontinuose mostrómássensibleparadetectardiferenciasenlosvaloresdefuerzaydisminuciónporcentual defuerzaentremiembrosyentregrupos,mientrasqueelprotocolointervalarfueeficazpara identificarlosvaloresdefuerzamáxima.

©2015ColégioBrasileirodeCiênciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todoslos derechosreservados.

Introduc

¸ão

Oobjetivo principalem umacompetic¸ão deremoé

com-pletaradistânciadaprovanomenortempopossível.Para

queissoocorra,énecessárioqueadistribuic¸ãodosesforc¸os

geradospeloremadorsejaadequadamentetransmitidaaos

remos(BaudouineHawkins,2004).Atransmissãodeforc¸as

éefetuadapormeiodeummovimentofeitoemduasfases (propulsão e retorno), durante as quais as pás do remo devemserestabilizadase posicionadascom precisãopara oiníciodeumnovocicloderemada(BaudouineHawkins, 2002).Aforc¸a ea cadência aplicadasacada ciclo podem definirodesempenhonoatodamodalidade(Jakobsenetal., 2010).

Omovimentodepreensãomanualtemcaracterísticasde forc¸a e fadiga musculares diferentesem relac¸ão à forma comoéefetuadaacontrac¸ãomuscular,quenormalmenteé feitadeformacontínuaouintervalada(Marimetal.,2010,

Serranoetal.,2009).Apesardealgumasmodalidades espor-tivasusaremaforc¸adepreensãomanualcommaiorênfase doqueoutras(Borgesetal.,2009),nagrandemaiorianão sãoprescritos treinamentosdeforc¸ae resistência muscu-laresespecíficos paraosmúsculosenvolvidos na preensão manual. Esses são fortalecidos apenas durante a prática esportivaouindiretamente notreinamento deforc¸apara grandesmusculaturas(VoorbijeSteenbekkers,2001).

A maioria dos protocolos de avaliac¸ão da preensão manual em atletas limita-se à avaliac¸ão dos valores de forc¸amáxima(umarepetic¸ãomáximaou1RM,durante±5s) (Andreatoetal.,2011,Bertuzzietal.,2005,Oliveiraetal., 2006,Serranoetal.,2009).Entretanto,aanálisedeoutros parâmetrosdacurvadeforc¸adepreensãomanualvs.tempo pode fornecer informac¸ões acerca do processo de fadiga instauradona musculatura avaliadae depossíveisdéficits

na bilateralidade (Borges et al., 2009, Franchini et al., 2003).

Com base nasespecificidades da modalidadede remo, caracterizada pela feitura de movimentos cíclicos bilate-ralmente com forc¸a e cadência adequadas (Baudouin e Hawkins,2002),opresenteestudotevecomoobjetivo efe-tuar a caracterizac¸ão dos parâmetros da curva de forc¸a de preensão manual vs. tempo obtidas em dois tipos de protocolosdeavaliac¸ão(contínuoe intervalar)ematletas profissionais deremo, comvistasa identificaros parâme-tros e o tipo de protocolo que têm maior aplicabilidade paramonitoramentoeprescric¸ãodetreinamentosdeforc¸a específicos para atletas deremo profissionais. Ahipótese proposta pelo trabalho foi que o parâmetro decréscimo percentualdaforc¸a aserusadoem umprotocolode trei-namento específico para cada atleta é o mais indicado para determinardéficits dabilateralidade e a durac¸ãoda contrac¸ãomuscularmaiseficiente.

Material

e

métodos

(3)

limitou-se à caracterizac¸ão dos parâmetros da curva de forc¸adepreensão manualvs.tempoobtidosem doistipos deprotocolos deavaliac¸ão (contínuo e intervalar)em um grupo de atletase umde não atleta, com a comparac¸ão entremembrossuperioresegrupos.Foramlimitac¸õesdeste estudo: a impossibilidade de fazer as coletas em campo e nãoconsiderarosdiferentestipos deprovas da modali-dade. Oestudo foiaprovado previamente peloComitê de ÉticaePesquisaemSeresHumanosdaUdesc(Protocolode Aprovac¸ão41/05).

Para mensurac¸ão da forc¸a de preensão manual, foi usado um dinamômetro desenvolvido no Laboratório de Instrumentac¸ão(Labin)daUniversidadedoEstadodeSanta Catarina(Udesc). Esseinstrumento temexcelente coefici-entedelinearidade(r2=0,9999)epermiteajustecontínuo da empunhadura (0,04-0,12m). Para aquisic¸ão do sinal, foramusadosumamplificador(Endevco,modelo136,EUA) e umaplaca de aquisic¸ão dedados PC-Card-DAS16/16-AO (Computer Boards, EUA) ligados a um computador. Para aquisic¸ãoe armazenamentodos dadosusou-seo software SAD32®,aumafrequênciadeaquisic¸ãode100Hz.Foram obtidososseguintesparâmetrosapartirdascurvasdeforc¸a depreensãomanualvs.tempo:forc¸amáxima(Fmax,aqual éindicadanoinstante0sdacurva),osvaloresdeforc¸a sub-sequentes à forc¸a máxima e o decréscimo percentual da forc¸a (calculado em relac¸ão à forc¸a máxima) nos seguin-tesinstantesdamedic¸ão:3s;6s;9s;12s;15s;30s;60s;90s; 120s;150s;180s;210s;240s.Deacordocomo usode uni-dadedavariáveldeforc¸adealgunsestudos(Bertuzzietal., 2005,Haidaretal.,2004,NicolayeWalker,2005)sobre pre-ensão manual, foipadronizado o usode quilogramaforc¸a (kgf).

Para o posicionamento dos sujeitos, adotou-se o suge-ridopelaSociedadeAmericanadeTerapiadaMão(ASHT):os sujeitospermaneceramsentadoscomacolunaeretae man-tiveramoângulodeflexãodojoelhoem90graus.Oombro foiposicionadoemaduc¸ãoerotac¸ãoneutra,ocotovelofoi flexionado a 90graus, com antebrac¸o em meia pronac¸ão e punho neutro, com possibilidade de movimentá-lo até 30graus deextensão.O brac¸omanteve-se suspensonoar comomembroposicionadonodinamômetroeoinstrumento foisustentadopeloavaliador.Aempunhadurausadafoide 0,055m(Ruiz-Ruizetal.,2002).

Doistiposdeprotocolosdeavaliac¸ão(contínuoe inter-valar) foramefetuados com os mesmossujeitos, com um intervalo de 24horas. Em ambos os protocolos, depois de posicionados, os sujeitos foram instruídos a manter o máximodepreensãomanual,omaisrapidamentepossível, comflexãototaldo2◦ ao5dedossobrearegiãopalmare inibic¸ão daac¸ão dopolegar(powergrip).Osdadosforam coletados,inicialmente,nomembrodominanteedepoisno nãodominante.Foifeitaumaúnicacoletaemcadamembro porprotocolo.Oprotocolocontínuoconsistiunafeiturada preensãomanualmáximadurante120segundos ininterrup-tamente.Noprotocolointervalar, foifeitaumacontrac¸ão máximaacadasegundo(1Hz)durante240segundos.Oritmo decontrac¸ãofoi dadopor meiodeummetrônomodigital (Robic-SportsSC-700)ajustadona frequênciade1Hz,que manteve o ritmo de contrac¸ão até o fim do protocolo. A durac¸ãodos procedimentosfoideterminadacomointuito deseobterumaltoíndicedefadigamuscular.Issofezcom queoatletanofimdotesteproduzisseapenasumaforc¸ade

manutenc¸ãodapreensãomanualqueexpressasseomáximo desempenho.

Aanáliseestatísticaconsistiudocálculodemedidas des-critivase verificac¸ão da normalidade dos dados por meio doprotocolode Shapiro-Wilk. Para verificarasdiferenc¸as entreascondic¸õesdedominânciaem cadaumdos grupos deindivíduos,empregou-seotestetpareado.Para compa-rarasdiferenc¸as entreosgrupos deatletase nãoatletas empregou-seotestetindependente.Paratodasasanálises empregou-seosoftwareSPSSforWindows17.0eadotou-se umníveldesignificânciade5%.

Resultados

Protocolocontínuo

Naanálise de comparac¸ão da forc¸a entre membro domi-nante e não dominante ambos os grupos (atletas e não atletas)apresentaram valoresdeforc¸amáximamaisaltos no membro dominante (48,9kgf nos atletas e 46,7 kgf nos não atletas) (fig. 1A e 1B) do que no membro não dominante (48,6kgf nos atletas e 41kgf nos não atle-tas)(fig. 1A e 1B).Porém, essa diferenc¸a nos valores de Fmaxentremembrodominante enãodominantesóobteve significânciaestatística (p<0,05), no grupo de não atle-tas.Tambémforamobservadasdiferenc¸asestatisticamente significativas (no grupo de não atletas) entre o membro dominanteenãodominantenosvaloresdeforc¸aque suce-deramà forc¸a máxima (em todososinstantes analisados) (fig.1B).

Nascomparac¸õesentreosgruposdeatletasenãoatletas, osvaloresmédios deforc¸anomembrodominante(fig.2A) apresentaram diferenc¸as estatisticamente significativas a partirdoinstante12satéo fimdadurac¸ão dasmedic¸ões. Nomembronãodominante (fig. 2B)verificou-sediferenc¸a estatisticamentesignificativaemtodososinstantes avalia-dos.

O decréscimo percentual da forc¸a, por sua vez, no protocolocontínuoapresentouvalorescomdiferenc¸a signi-ficativa(p<0,05)entremembrodominanteenãodominante somente nos não atletas, nos instantes até 15s (fig. 3B), nosquaisadiferenc¸amédianessesinstantesfoide±5,4% entre as mãos. Já nos atletas essa diferenc¸a foi de 3,8%.

Entreatletasenãoatletas,odecréscimopercentualde forc¸a(fig.4),emambososmembros,apresentoudiferenc¸as significativas(p<0,05)nosinstantesaté30s.Namão domi-nante,amédiadasdiferenc¸asdodecréscimoentreosgrupos foi de ±7,4%. Na mão não dominante essa média foi de

±9%.

Protocolointervalar

(4)

0 0 10 20 30 40 50 60

20 40 60

Tempo (s)

A

B

Fo

a (kgf)

0 10 20 30 40 50 60

Fo

a (kgf)

Membro dominante Membro não-dominante

Membro dominante

*

Membro não-dominante

80 100 120 0 20 40 60

Tempo (s)

80 100 120

Figura1 Comparac¸ãodaforc¸adepreensão manual entremãodominanteenão dominantedeatletas(A)enão atletas(B). *Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentremembrodominanteenãodominanteparap<0,05.

0 0 10 20 30 40 50 60 70

0 10 20 30 40 50 60 70

20 40 60

Tempo (s)

A

B

Fo

a (kgf)

Fo

a (kgf)

Atletas Não-atletas

Atletas Não-atletas

*

*

80 100 120 0 20 40 60

Tempo (s)

80 100 120

Figura2 Comparac¸ãodaforc¸adepreensãomanualentreatletasenãoatletasnamãodominante(A)emãonãodominante(B). *Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentreatletasenãoatletasparap<0,05.

analisados (fig. 5A 5B). Nos não atletas, foram observa-dasdiferenc¸asestatisticamentesignificativasnosvaloresde forc¸a entreo membro dominante e o nãodominante nos instantesaté30s(fig.5B).

Naanálisedaforc¸adepreensãoentreogrupodeatletas enãoatletasfoiencontradaumadiferenc¸aestatisticamente significativa(p<0,05)somentenomembrodominantea par-tirdoinstante90s(fig.6A).Amédiadosvaloresdadiferenc¸a dequilogramasforc¸aentreosgruposapartirde90sfoide

±5kgf.

Osatletasnãoapresentaramdiferenc¸asignificativaentre mãosnodecréscimopercentualdaforc¸a(fig.7A).Nosnão atletasverificou-sediferenc¸aestatisticamentesignificativa (p<0,05)nosinstantesapartirde60s(fig.7B).

Naanálise dodecréscimopercentual daforc¸a entreos grupos,foiobservadaumadiferenc¸asignificativa(p<0,05) nomembrodominantea partir doinstante210s(fig. 8A), comumadiferenc¸amédiaentreosgruposnosdoisúltimos instantes(210e240s)de±8,9%.Omembronãodominante nãoapresentoudiferenc¸asignificativa(fig.8B).

Discussão

Emboraexistammuitosestudosdepreensãomanual publi-cados, alguns resumem dados obtidos com instrumentos e procedimentos diferentesdos recomendados pela ASHT (Bertuzzi et al., 2005), o que proporciona, dessa forma, limitac¸õesedificuldadesparacomascomparac¸õesdiretas noreferenteestudo.

(5)

0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

20 40 60

Tempo (s)

A

B

Decréscimo da f

or

ç

a (%)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Decréscimo da f

or

ç

a (%)

Membro dominante Membro não-dominante

Membro dominante

*

Membro não-dominante

80 100 120 0 20 40 60

Tempo (s)

80 100 120

Figura3 Decréscimopercentualdaforc¸adepreensãomanualentremãodominanteenãodominanteematletas(A)enãoatletas (B).*Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentremembrodominanteenãodominanteparap<0,05.

0 0 10 20 30 40 50 60 60 60 60 100

20 40 60

Tempo (s)

A

Decréscimo da f

o

a (%)

0 10 20 30 40 50 60 60 60 60 100

B

Decréscimo da f

o

a (%)

Atletas Não-atletas

Atletas Não-atletas

*

*

80 100 120 0 20 40 60

Tempo (s)

80 100 120

Figura4 Decréscimopercentualdaforc¸adepreensãomanualentreatletasenãoatletasdamãodominante(A)enãodominante (B).*Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentreatletasenãoatletasparap<0,05.

0 0 10 20 30 40 50 60 70

50 100 150

Tempo (s)

A

Fo

a (kgf)

0 10 20 30 40 50 60 70

B

Fo

a (kgf)

Membro dominante

Membro não-dominante Membro dominante

*

Membro não-dominante

200 250 0 50 100 150

Tempo (s)

200 250

(6)

0 0 10 20 30 40 50 60 70

60 100

Tempo (s)

A

Fo

a (kgf)

0 10 20 30 40 50 60 70

B

Fo

a (kgf)

Atletas Não-atletas

Atletas Não-atletas

*

150 200 250 0 60 100

Tempo (s)

150 200 250

Figura6 Comparac¸ãodaforc¸adepreensãomanualentreatletasenãoatletasnamãodominante(A)emãonãodominante(B). *Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentreatletasenãoatletasparap<0,05.

0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

50 100

Tempo (s)

A

Decréscimo da f

or

ç

a (%)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

B

Decréscimo da f

or

ç

a (%)

Membro dominante

Membro não-dominante Membro dominante

*

Membro não-dominante

150 200 250 0 50 100

Tempo (s)

150 200 250

Figura7 Decréscimopercentualdaforc¸adepreensãomanualentremãodominanteenãodominanteematletas(A)enãoatletas (B).*Diferenc¸aestatisticamentesignificativaentremembrodominanteenãodominanteparap<0,05.

0 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

50 100

Tempo (s)

A

Decréscimo da f

o

a (%)

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

B

Decréscimo da f

o

a (%)

Atletas

Não-atletas AtletasNão-atletas

*

150 200 250 0 50 100

Tempo (s)

150 200 250

(7)

mesmo queo primeiro protocolotenhao dobrodotempo de durac¸ão. Segundo Oda (2011), esse comportamento pode ser devido ao fato de que em um protocolo inter-valaro pequenotempo deintervalo entreumacontrac¸ão e outra (± 0,5s) promove uma recuperac¸ão do sistema metabólico quepromove agerac¸ão deenergia(ATP, PCr). No teste contínuo, o aumento dos íons H+ no equilíbrio da reac¸ão da creatina quinase impede a ressíntese do ATP no sistemafosfagênio. Esses autores ainda ressaltam que trabalhos isométricos com aproximadamente 30% da Fmax e trabalhos intervalares (nos quais ocorrem momen-tos de ausência de contrac¸ão muscular) são suficientes para impedir o surgimento rápido de um quadro isquê-miconotecido.Assim,aindaseriapossívelestabelecerum equilíbrio,mesmoquenãoprolongado,noníveldopH intra-celular,noqualnareduc¸ãodessevalorpoderiaprovocara diminuic¸ãonavelocidadedeconduc¸ãodopotencialdeac¸ão elétricodosistemanervosocentralàunidademotora mus-cular, quadroesserelacionado à fadiga central(Kleshnev, 1999).

Os valores de forc¸a de preensão máxima encontrados neste estudo são próximos dos encontrados para atletas deoutrasmodalidades. Emestudo recente,Oliveiraetal. (2006)analisaramesseparâmetroparaatletasprofissionais dejiu-jitsu e verificaramvaloresde 50,27kgfnomembro dominantee47,94kgfnomembronãodominanteenogrupo controledomesmoestudoosvaloresforamde47,02kgfno membrodominantee43,74kgfnomembronãodominante. Osdadosapresentadoscorroboramoestudonosentidode os atletasterem maiores valores de forc¸a em relac¸ão ao grupocontrole. Além disso,verificou-seque osvaloresde Fmaxdaforc¸adepreensãodosremadoresestãomuito próxi-mosdosatletasdejiu-jitsu(50,27kgfe47,94kgfnojiu-jitsu e52,09kgfe48,39kgfnoremo,nasmãosdominantesenão dominante, respectivamente,em ambas asmodalidades), modalidade essa que requer resistência e forc¸a muscular no movimento de preensão manual (Borges et al., 2009,

Franchini etal., 2003). Na comparac¸ão entreo grupo de atletas e o de não atletas, os resultados demonstraram que(nomembrodominante)oprotocolocontínuopermitiu detectardiferenc¸asentreosgruposdeindivíduosnos valo-resdeforc¸aapartirde12s.Jácomoempregodoprotocolo intervalar,essasdiferenc¸assóforamdetectadasapartirde 90sdecoleta.Essefatopodeestarrelacionado ao usode contrac¸õesintervalarespelosindivíduosnãoatletas,queos deixa maisaptos fisicamente para esse tipo de exigência muscular(NicolayeWalker,2005).

O decréscimo percentual daforc¸aem ambos os mem-bros e grupos apresentou, por sua vez, uma tendência à estabilizac¸ãoapartirdoinstante30s(±25kgfnosatletase

±21kgfnosnãoatletas)e60s(±29kgfnosatletase±25kgf nos nãoatletas) nosteste contínuo eintervalar, respecti-vamente, o que corresponde a aproximadamente 43% de decréscimopercentualdaforc¸aemrelac¸ãoàforc¸amáxima em ambos os protocolos. Esse valor parece ser um pata-marmínimodeforc¸amantidapelomúsculoapósoprocesso defadigainstaurado. Essesdadosrelacionadosaos instan-tesdeestabilizac¸ãodaforc¸apodemauxiliarnoprocessode elaborac¸ãodeprotocolosdetreinamentonofortalecimento dapreensão manual em atletasderemo, comcontrac¸ões máximasporperíodospróximosa30s(contínuo)e60s (inter-valado).EmrecenteestudodeOdaeKida(2001),também

foiverificadaumatendênciaàestabilizac¸ãodaforc¸ade pre-ensãomanualapartirdos30sdeaquisic¸ãonumtesteque consistiu na preensão máxima contínua durante 60s. Esse comportamentosugerequeapósesseperíododeve possivel-menteocorrerumprocessonafadigamuscular localizada, porémoautoravaliouapenassujeitosnãoatletas.

Nomembrodominante,aoconsiderarmosodecréscimo percentualdeforc¸a,asdiferenc¸asentreosgruposde indi-víduospuderamserdetectadasnosinstantesiniciaisaté30s como empregodoprotocolocontínuo e somentea partir de210scomoprotocolointervalar.Emrelac¸ãoaoprotocolo intervalar,ofatodeasdiferenc¸asentreosgruposde indiví-duosnosresultados(nomembrodominante)dedecréscimo percentualdeforc¸ateremsidoidentificadassomentea par-tirde210ssugerequeamanutenc¸ãodaforc¸aaolongodo temponosatletasderemonãoésuperioràdosnãoatletas namaioriados instantesanalisados,oque indicaa neces-sidade de uma atenc¸ão maior ao trabalho de resistência muscularlocalizada.Jánomembronãodominante,somente oprotocolocontínuodetectoudiferenc¸asentreosgruposde indivíduosnoparâmetroforc¸aedecréscimopercentualde forc¸a.

Osresultadosdecomparac¸ãoentremembrodominante e nãodominante indicaramque ambos os protocolos não detectaram diferenc¸as nos valores de forc¸a e no decrés-cimopercentual de forc¸a entre osmembros nogrupo de atletas. Segundo Kleshnev (1999), o remo é um esporte bilateralqueusaosdoismembrosnasuapráticaeuma pos-sível interferênciana transmissãoda energiagerada pelo remadorparaosremospodeinfluenciarnadirec¸ãoe propul-sãodobarco.Logo,aausênciadediferenc¸assignificativas entremembrodominanteenãodominantenosparâmetros analisadosnos remadores doestudo indica um padrãode forc¸asemelhanteemambososmembroseumaeficiênciada contrac¸ãomuscularbilateralapósminutosseguidosde exi-gênciamáxima.Torna-seimportantesalientarqueestudos feitoscomoutrasmodalidadesesportivas (Bertuzzi etal., 2005,Franchinietal.,2003),taiscomoescaladoresdeelite ejiu-jitsu,relatamhaverencontradodiferenc¸as significati-vasentremembrosdominanteenãodominante.Issoindica que,apesar deessas modalidadesserem bilaterais,como oremo,têmpeculiaridadesemétodosdetreinamentoque diferementresi,oquelevaa característicasdepreensão manualdiferentes.

(8)

entremembrosdominanteenãodominante,emindivíduos nãoatletas. Essasdiferenc¸as entremembrosdominante e não dominante foram observadas devido às ac¸ões diárias como membrodominante. Alémdisso, esses autores res-saltamqueessasac¸ões,quandofeitasporlongosperíodos, têmumacaracterísticadecontrac¸ãointervalarmaiordoque isométrica.Dessaforma,amanipulac¸ãodiáriadomembro dominante faz com que asfibras muscularesresponsáveis pelacontrac¸ãonomovimentodepreensãoadquiram melho-riasemsuaspropriedadescontráteis.

Conclusões

Foiverificadoqueosvaloresdeforc¸amáximadosremadores estãodeacordocomosencontradosnaliteraturapara atle-tasdediversasmodalidades. Issodemonstraqueoesporte eotreinamentoemremopromovemoaumentodaforc¸ade preensão manual.Dentre osprotocolos de avaliac¸ão apli-cados,verificou-sequeoprotocolocontínuoempregadono presenteestudofoimaissensíveldoqueoprotocolo interva-lardemedic¸ãodeforc¸adepreensãomanualparadetectar diferenc¸as nosvaloresdeforc¸aentreosgrupos avaliados. Essesdadossugeremqueacontrac¸ãocontínua(isométrica) é mais solicitada e treinada pelos atletas de remo. Essa podeser uma sugestão de treinamento específico para a musculaturade preensão manual.Em relac¸ão ao parâme-tro decréscimo percentual da forc¸a, observou-se de uma formageral umatendênciaàestabilizac¸ãodosvaloresem aproximadamente30snoprotocolocontínuoe60sno inter-valarparaambososgrupos,oquerepresentaumlimiarna manutenc¸ãodos valoresdeforc¸a.O fatoquesurpreendeu foiocomportamentosemelhanteentreatletasenão atle-tas,pois nãohouve diferenc¸a significativano decréscimo deforc¸a após esseperíodonos testes contínuo e interva-lar.Comessainformac¸ão,acrescenta-seaosprotocolosde treinamentoumasugestãodemanutenc¸ãodaforc¸ade pre-ensãomanualcontínuaouintervalarmáximasporperíodos próximosaosdaestabilizac¸ãoencontrada,comoobjetivode distanciaresselimiardeforc¸aentreatletasenãoatletas.

Salienta-senesteestudoaimportânciadaavaliac¸ãodos parâmetros das curvas de forc¸a de preensão manual vs. tempocomoferramentasparaavaliac¸ãododesempenhode atletas de remo. É pertinente sugerir o desenvolvimento denovaspesquisascomfocoematletassobreoreferente assunto,pois essepoderia ser umdos caminhos paraque treinadoreseatletaspromovamtreinosdiferenciadosouaté mesmoinovadoreseamenizem,assim,aconstantebuscana melhoriadaqualidadedoaltorendimentoeseusresultados.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Referências

AndreatoLV,MoraesSMF,GomesLM,EstevesJVDC,AndreatoTV, FranchiniE.Estimated aerobicpower,muscularstrength,and flexibilityinelitebrazilianjiu-jitsuathletes.Science&Sports 2011;26(6):329---37.

BaudouinA,HawkinsD.Abiomechanicalreviewoffactorsaffecting rowingperformance.BrJSportsMed2002;36(6):396---402. Baudouin A, Hawkins D. Investigation of biomechanical factors

affectingrowingperformance.JBiomech2004;37(7):969---97. BertuzziR,FranchiniE,KissM.Análisedaforc¸a edaresistência

de preensão manual e suas relac¸ões com variáveis antro-pométricas em escaladores esportivos. Rev Bras Ciênc Mov 2005;13(1):87---93.

Borges NG Jr, Domenech SC, Silva ACK, Dias JA, Sagawa Y Jr. Estudocomparativoda forc¸a depreensão isométrica máxima emdiferentesmodalidadesesportivas.RevBrasCineantropom DesempenhoHum2009;11(3):494---500.

FranchiniE,TanikoMY,PereiraJNC.Frequênciacardíacaeforc¸ade preensãomanualdurantealutadejiu-jitsu.EducFisDeporte [Internet]2003;9(65), Disponívelem:http://www.efdeportes. com/efd65/jiujitsu.htm.

HaidarSG,KumarD,BassiRS,DeshmukhSC.Averageversus maxi-mumgripstrengh:which ismoreconsistent?JHandSurgEur 2004;29(1):82---4.

Jakobsen LH, Ingeborg KR, Kondrup J. Validation of handgrip strength and endurance as a measure of physical function and qualityoflifeinhealthysubjectsand patients.Nutrition 2010;26(5):542---50.

KleshnevV.Propulsiveefficiencyofrowing.In:Proceedingsofthe XVIIInternationalSymposiumonBiomechanicsinSports;1999. p.224---8.

MarimRV,PedrosaMAC,Moreira-PrifmerLD,MatsudoSM, Lazaretti-CastroM.Associationbetweenleanmassandhandgripstrength withbonemineraldensityinphysicallyactivepostmenopausal women.JClinDensitom2010;13(1):96---101.

NicolayCW,WalkerAL.Gripstrengthandendurance:influencesof anthropometricvariation,handdominance,andgender.IntJInd Ergon2005;35(7):605---18.

OdaS,KidaN.Neuromuscularfatigueduringmaximalconcurrent handgripandelbowflexionorextension.JElectromyogrKinesiol 2001;11(4):281---9.

OliveiraM,MoreiraD,DeGodoyJRP, CambraiaAN.Avaliac¸ãoda forc¸adepreensãopalmarematletasdejiu-jitsudenível com-petitivo.RBrasCieMov2006;14(3):63---70.

Ruiz-RuizJ,MesaJL,GutiérrezA,CastilloMJ.Handsizeinfluences optimalgripspaninwomenbutnotinmen.JHandSurgEur 2002;27(5):897---901.

SerranoMS,CollazosR,RomeroM,SanturinoM,ArmesillacC,Del CerrodJLP, EspinosaeMGM. Dinamometríaenni˜nosyjóvenes de entre 6 y 18 a˜nos: valores de referencia, asociacióncon-tama˜noycomposicióncorporal.AnalesdePediatría2009;70(4): 340---8.

Referências

Documentos relacionados

Porém, as narrativas dos diários reflexivos selecionados para essa análise não somente trouxeram a voz do aluno de modo reflexivo para que o professor também possa pensar com

Senhor Lourival de Jesus por conta de seu falecimento, solicitando uma Moção de Pesar inclusive, solicitou também a restauração das estradas da zona rural, em especial

 Local da prova objetiva seletiva para o mestrado e prova subjetiva seletiva para o doutorado em Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, Departamento de

• No haga funcionar este equipo si está dañado, presenta cambios en su patrón de trabajo, tiene daños en cables y conductores de electricidad (cable roto, agrietado, pelado, etc.)

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

Como hipótese, assumiremos que o desenvolvimento de um modelo matemático diferente do tradicional poderia, por permitir a criação de personagens com comportamentos adaptáveis a

Os supercondutores magnéticos, volantes de inércia e os condensadores são apropriados para aplicações que necessitam de grande potência de saída em pouca

Este trabalho busca reconhecer as fragilidades e potencialidades do uso de produtos de sensoriamento remoto derivados do Satélite de Recursos Terrestres Sino-Brasileiro