FGV/EBAP
CADERNOS EBAP
N2 50ABRIL DE 1990
A
ADHINISTRANDO A SOBREVIVENCIA
Indicadores de decl(nio e estrat~gias de revitalizaçio
organizacional em ambiente adverso
BIBL!OTECA
CADERNOS EBAP
Publicação da F~<;COLA BRASILEIRA DE ADMfN1STRA.Çr\O PÚBLICA da
FUNDAÇÃO GETlJLIO VARCI'\S para divuJ[aç:'io, em c::;r;1!cr preliminar, de
trabalhos acadêmicos e de consultoria sobre Administração Pública.
DISTRI13UIÇÁO GRATUITA
DIRETOR DA EBAP: Bianor Scelza Cav:l1ca~ti
CHEFE DO DEPF DS PESQUISA E P~T:JLC.<\CÓ~~S: Sí);:l<l neury Tcixeira
EDITOR RESPONS.Á VEL: Paulo Em:Jio h:a7:E M2rt!·;~;
CO~llTÊ EDITOIZI-\L: Corpo docent:: ó l:.~3Al'
o tcxtQ era dh'~lg~do é-de r<'SI':lnsatiliúade cX(;!Il~h: ':lQ(~) ::ufQr\ ... ), M-név r",nnitida a sua repro-dução total ou parcial, de~de que cilada a (ont('.
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CADERN'OS EBAP
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Botafogo - Rio de Jar.:::iro - PJ
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REVISTA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - RAP
A I·1ELHOn
TIEVISTA DE
!u")rnraSTPAçÃOPÚBLICA DO PAÍS
Desde 1967 o percurso
daRAP tem sido
marcado pelo enriq'lecimento
dali tera
tura sobre
Administraç~o,em geral, e
Administraç~o P~blica,
em especial, e
pela conso1idaçio do papel de
desta-que desempenhado pela
FGV epela EBAP
na
divulgaç~ode conhecimento3 no cam
po das Ciências Sociais.
INFORMAÇÕES E ASSINATURAS
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Escola Brasileir-a de Admiristroção PÚblica
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Adainisirdndo a Sobrevivência - 2
ADMINISTRANDO A
SOBREVIV~NCIA_._-Indicadores de decl ínio e estratc~(Ji ;,~; d(' 1"(~\Ij 1.,,1 i;.~;-,(.:71()
(I/'()"ni-zacional em ambiente adverso
Como ocorre para a maioria dos entAs sociais. é de se supor
que, a seu tempo, uma or9anizaç~o deixe de existir, ou quo,
eventualmente, sofra uma metamorfose tão radica) que pouco ou
nada reste de sua configuração original. Uma vez perdidas as
éondições de sustentação, seja pelas mudanças
econômico-so-ciais, seja pelo esgotamento dos motivos que levaram à sua
constituiÇão, as organizações tendem ao dec}(nio e ao
desapare-cimento. Sabemos que esse é um objeto constante de reflexão
pa-ra os membros de muitas organizações bem como situação
frequen-t~ na vIda profIss1onal de consultores em admInistração
estratégica. No entanto, a deterioração e a morte das organizações
-talvez por não ser este um objeto agradável, -talvez porque
nos-sos esquemas de raciocínio se recusem a discutí-Io, como se
re-cusam a pensar nosso próprio de~tino individual são t.emas
tradicionalmente evitados por pesquisadores e aut.ores. O
propó-sito deste trabalho é tentar suprir parcialmente esta lacuna,
trazendo à discussão alguns dos temas relacionados à
Ad.inlstrando a Sobrevivência - 3
Causas
A linha mais tradicional das teorias de administração afirmava,
e isto, é claro, continua a ser verdade, que uma organizaçõa
mal gerenciada estava fadada ao malogro e ao desaparecimento.
Como é sabido, até meados dos anos 70, grande parte do esforço
despendido no desenvolvimento das técnicas de administração
li-mitou-se 3 busca e indicação de práticas do bem gerenciar. Mas,
a medida em que se acumulavam os saberes sobre a gest~o de
or-ganizações complexas, tornou-se evidente que a eficiência
admi-nistrativa, por si só, a pouco conduzia; que ,para além do
co-tidiano intra-organizacional, fatores externos das mais
diver-sas ordeno determina~ a sorte das organizações e que o ideal da
administraç~o segundo a boa norma é relativo e dependente das
circunst§ncias. Assim é que as questões que hoje envolvem a
análise e superação do declínio organizacional compreendem,
além dos esquemas usuais de correção das disfunções
administra-tivas, considerações acerca da adequação estrutural à escassez
de recursos, das dificuldades operacionais que impossibilitam o
ajuste slstêmico a novas condições societárias e econÔmicas, da
utilidade relativa dos bens produzidos e serviços prestados e
assim por diante.<~'
A esses esquemas teóricos, comuns aos demais campos da análise
administrativa, que, com maior ou menor fortuna, atravessaram
as últimas décadas, agregou-se recentemente, na literatura
Argu-Adainislrando a Sobrevivência - 4
menta-se que se a má administração, a carência de recursos
inclusive os intelectuais e tecnológicos - ou qualquer outro
fator isolado s~o a chave para a sobrevivência, muitas
organi-zações bem estruturadas e atuando em ambiente favorável n~o
te-riam desaparecido. Segundo esta ótica, as situações de declínio
seriam inevitáveis na exata medida em que pressões ambientais,
incidentes sobre organizações do mesmo gênero, determinassem
que as mais aptas ou melhor adaptadas à realidade
econômico-po-lítico-cultural sobrevivessem. Essas organizações gerariam
imi-tadores (uma prole) eriquanto as inadaptadas, independentemente
da situaç~o interna individual, tenderiam a desaparecer. O
po-der coercitivo econômico e institucional, principalmente a
le-gislação restritiva a tipos n~o convencionais de organização e
o mimetismo administrativo, determinariam uma seleç~o natural,
isto é, a eliminaç~o do gênero mais fraco ou ambientalmenle
in-compatível de organizações. (~)
Em que pese sua relativa atualidade, o tema é pouco conhecido.
~ possível, e até provável, que estejamos ainda longe de ~ma
síntese convincente acerca das razões explicativas da
debillla-ç~o das organizações. Mas, independentemente da propriedade e
correç~o das teorias sobre suas raízes últimas, o que hoje so
tem como aceito é que situações de declínio são, se n~o
inevi-táveis, pelo menQ~ normais. As divergências residem muito mais
nas técriicas para demarcaç~o do' ponto 'em- que essas situações
- são reversíveis e para definição do momento em que deixa de ser
Administrando a Sobrevivência - 5
em declínio.
Quaisquer que sejam os fatores determinantes da decadência
or-ganizacional, a identificação precoce do enfraquecimento é
con-dição básica para interrupção, quando e se possível, do
proces-so do declínio: identificação que depende de sinais exteriorQs
de que uma situação desta natureza é eminente ou está em curso,
tais como:
diminuiç~o de tamanho, dada p8!a participação no
mer-cado, pela quantidade e qualidade da mão-de-obra e
por outros indicadores clássicos;<~)
nebulosidade interna e externa quanto à situação e
aos propósitos da organização;
informalização, ou melhor, a "desfcrmalização",
oca-sionada pelo tratamento privado de assuntos
cionais;
institu-"conservadorismo din5mlco", expresso pela aceleração
generalizada de atividados, aumento de contratações e
outros expedientes com o fito de mascarar
dificulda-des;
desmobilização em função da perda do horizonte
tempo-ral e do estabelecimento de diretrizes institucionais
fantasiosas, geralmente expressas sob a forma de
Adainlslrando a Sobrevivência - 6
divorciados da realidade.(~)
A mudança na relaç~o entre a intensidade administrativa
<psoal de nível superior / total de pes<psoal) e a complexidade
es-trutural e técnica da organizaç~o é um dos indícios mais
ime-diatos de declínio. Diferente de setor para setor, a, mesmo, de
organizaç~o para organizaç~o, esta relação tende a .se manter
constante ou pouco·variável. Alterações significativas na
in-tensidade administrativa sem a cor~espondGnte introdução de
no-vas tecnologias e/ou mudanças estruturais (diferenciaç~o de
tã-r.efas, dispers~o espacial, etc.) são indicativos de
estiolamen-to do sistema administrativo.(~)
Sinais de perda de legitimidade, mais do que propriamente um
indicador, são Já fator de decadência. Das várias situações que
tornam discutível a legitimidade de uma organização a de
conse-quênciasdebililantes m~is evidentes é o desaparecimento da
ne-cessidade do produto ou serviço prestado ou a perda da
impor-t§ncia atribuida pela sociedade a estes produtos ou serviços,
ainda que a situaç~o seja conjuntural e a percepç~o negativa
dos públicos da organizaç~o n~o se Justifique.
No que tange à identificação interna de que um processo de
per-da per-da legitimiper-dade está em curso, diferem essencialmente as
percepções. Como norma, a imagem expressa em organizações
pú-blicas em dificuldades, ·.inclusive empresas de economia mista, é
em-Adlinislrando a Sobrevivência - 7
presas privadas a ~endência é a~ribuir a culpa à própria
inefi-ciência, à incapacidade de a organizaç~o sobreviver às
condi-ções adversas do mercado. Tem-se de um lado a imagem do um
ho-micídio organizacional, de ou~ro a de um suicídio, imagens que.
in~ernalizadas, são de difícil reversão e geralmen~e configuram
a quebra da sus~en~aç~o moral da organizaç~o. ( 6 )
Fa~orer. do Risco
Já foi demons~rado que, ainda quando o con~role das mudanças
ambien~ais não esteja ao alcance dos adminis~radores, a
percep-ção em ~empo hábil de que uma si~uação de decadência é iminente
pode ajudar a evitá-la. Para que est.a percepção seja completa,
além dos fatores externos e conjunturais acima discutidos
deve-mos considerar, ainda, as condicionantes estru~uraic, mais
per-manentes, inerentes à cada organizaç~o.
o
fa~or de risco mencionado com maior frequência é o tempo devida da organização. A idade, quando. chega a configurar - e
is-to é a norma, não a exceção - o burocratismo, a criação de
feu-dos e a toler~ncia com a incompetência, favorece a deterioraç~o
das relaçBes de trabalho e o descompasso entre a situação
in-terna e o nível de desenvolvimen~o ambiental.
Mas esse é um fator que deve ser rela~ivizado. A
vezes pouco tem a ver com a cronologia Jurídica,
idade muitas
Adainlslrando a Sobrevivência - 8
transcorrido desde o infcio das operações de uma organização.
Isto porque tanto existem organizações regidas por
procedimen-tos de atualização constante como aquelas que envelhecem
rapi-damente. Por outro lado, a longevidade permite a aprendizagem,
a legitimação e o estabelecimento de laços com centros de
po-der, enquanto a inexperiência, o crescimento acelerado, a não
consolidação dos laços externos e internos, têm sido apontados
como indicadores seguros da mortalidade infantil
ções em vários setores.
de
organiza-Quanto ao dimensionamento, tem-se hoje como aceito a existência
de um tamanho ótimo para as organizações, necessário para que
não submerja às pressões ambientais e suficiente para que os
conflitos internos possam ser razoavelmente administrados. Como
para a idade, o risco de declínio se ~itua aqui nos dois
extre-mos: o de um gigantismo paralizante e o de um nanismo que torna
a organização impotente. Também esta moeda tem dois lados, pois
se o poder das grandes organizações não deve ser desprezado,
igualmente não são raros os exemplos de pequenas empresas e
agências governamentais que sobrevivem às gigantes do setor
graças à agilidade só possível para organizações de pequena
di-mensão.
Duas observações adicionais quanto a esse fator. É corrente o
argumento de que organizações realmente grandes (setorial ou
geograficamente) poderiam controlar seu ambiente de forma a
Ad.inlslrando a Sobrevivência - 9
uma organização nessas condições tenha chegado, realmente, ao
declínio. Quanto ao dimensionamento ideal, a principal
dificul-dade reside na diferença, poucas vezes notada no momento da
instituição de uma empresa ou orgão público, entre a dimensão
ótima "técnica" ou econômica e a administrativa. Organizações
corretamente dimensionadas do ponto de vista do mercado, dos
públicos e da capacidade produtiva, mas absurdas sob a ótica
gerencial, têm fei~o a fortuna de muitos consultores em
admi-nistração e, diga-se, sem resultados práticos animadores.
Outro fator de risco é dado pela estrutura organizacional, que
deve estar de acordo com as demandas contextuais de tamanho,
mercados e tecnologia. A esse respeito, é essencial
sobre:(7)
a atenção
o nível de centralização que, se muito alto, implica
em rigidez estrutural e perda da agilidade, vital em
ambientes de rápida mutação e, quando baixo, ocasiona
a desconoctividade informacional e de decisões e,
a » inércia estrutural", vale dizer, a utilização de
mecanísmos administrativos que, eficazes no passado.
deixaram de sê-lo para a situação presente. Não sem
razão, dizia o General De Gaulle que todas as guerras
são perdidas com as táticas que ganharam as guerras
anteriores. Em outra escala, mas de acordo com o
mes-mo processo, assistimes-mos à utilização de expedientes e
configurações absolutamente anacrônicas simplesmente
Adlinislrando a Sobrevivência - 10
Paradoxalmen~e, organizações com grande inércia e rigidez
es-~ru~ural (os mesmos indicadores de disfunção apon~ados por
Mer-~on em 57 c o » , e, ~alvez, jus~amen~e por is~o, ~êm sobrevivido
à ou~ras mais dinãmicas. Aparen~emen~e, no processo de ins~i~u
cionalizaç~o, vieram a se ~ornar conhecidas e confiáveis, o
que, pelo mesmo fenômeno de inércia, mas da imagem, lhes dá
le-gi~imid~d0 e possibilidades de sobrevivência em condições ~m
bien~ais adversas. ( 7 )
Pesquisas realizadas nos Es~ados Unidos indicam que muit8s
ve-zes se culpa a si~uação ambiental por deficiências gerenciais
de alta administração (~0). A falta de agressividade, a má
in-terpretação dos indicadores situacionais, derivadas ~anto do
condicionamen~o como do perfil (chefias oriundas de indicação
política, dirigentes de empresas familiares e~c .. ) são fa~ores
preponderantes de declínio. Indicadores seguros de risco
geren-cial são, ainda, a não definição clara do domínio
organizacio-nal (área de atuação e propósi~os); a discenção cons~ante entre
dirigentes e a desinformação dos gerentes de segundo nível
Os indicadores de declínio e os fa~ores de risco n~o só se
dis-~inguem uns dos ou~ros, como se acham en~re si numa de~erminada
relaç~o de ocorrência. É, com efei~o, da essência do declínio
organizacional o gradualismo e a passagem por e~apas mais ou
menos cons~antes. tom este problema ocupar~m-se vários autores
norto-americanos e europeus, nos quais nos baseamos para
esta-belecer a sequõncia a seguir.<~~)
Em uma fase inicial da deterioraç~o, evidencia-se a miopia
or-ganizacional. Aparecem falhas na de~ecção e an~ecipação das
pressões ex~ernas e in~ernas. Os sisl~mas de ~onitoração, ainda
que informais, deixam de funcionar, o processo decisório
tor-na-se in~empes~ivo e errá~ico. Há perdas de opor~unidade e
des-perdício de recursos escassos.
Como resul~ado da falta de visão gerencial, principalmente
quando os dirigentes confundem a longevidade com a imortal
ida-de, tem inicío a paralisia ou inação organizacional, que se
ca-racteriza por um duplo processo: o de postergar as decisões, na
esperança de que os indicadores desfavoráveis desapareçam por
si sós, e o do autoritarísmo, originário da "paranóia do
fra-casso" entre os responsáveis pela alta administração. Cessam as
iniciativas de inovação enquanto ganham relevo a aversão ao
Administrando a Sobreviv5ncla - 12
processo decisório é passado para as posições mais altas
(cen-tralismo), o controle ~ cnfatiz~do, ~s atividndcs meio perdem a
característica de apoio e passam a ter participaç80 nas
deci-~ões estratégicas. Internamente, cria-se o clima favorável à
gesticulação, ao chaleirismo, ao expediente. Externamente,
ten-ta-ue a maquiagem via marketing, relatórios "criativos" etc ..
Evidenciadn a situação de crise, tem início a série de
provi-dQncias desconexas, geralmente com a imple~entação apressada de
diretrizes e a eliminaç~o do planejamento de médio prazo.
Se-gue-se a perda de consenso interno sobre o qu~ fazer para
supe-rar a crise, a instalação do jesuitismo, a competiç~o interna
por recursos. Prevalecem o conservadorísmo e ~ proteção de
feu-dos. As lideranças e os quadros melh~~ qu~lifi~ados são
elim!-nados ou abandonam a instituição. Os clientes, usuários,
forne-cedores e demais grupos de interesse restringem suas relações
com a organização.
Até esse momento é possível a reversão do processo, mediante
intervenções que discutiremos a seguir mas cuja intensidade e
profundidado se tornam mais drásticas quanto mais tardiamente
são acionados os meçanísmos de revitalizaç~o. A experiéncia tem
demonstrado que, a menos que se supere a crise característica
de declínio acima descrita, a organização
Já
não se sustentará.O seu desDparecimento poderá ser imediato ou lento. Em geral,
pequenas empr€)sas, que assumem grandes riscos, ou agências
impulsi-Adlinlslrando a Sobrevivência - 13
vamente, têm desaparecimento súbito. Burocracias em estagnação,
empresas acéfalas ou sem flexibilidade, tendem a um certo
gra-dualismo e a permanecer por longos períodos no ultimo patamar.
A má administração do processo de liquidação, por sua vez,
le-vará ao desaparecimento catastrófico ou à permanência sem
sen-tido, tão comum entre as agências governamentais que encontram
em si mesmas a SUa própria razão de ser. Sobre esse ponto, é
curioso se notar que mesmo nos EUA - e a despeito de todos os
avanços tecnológicos e das mudanças sociais - das organizações
pUblicas existentes em 1923, 85~ seguiam oper,ndo cinquenta
anos mais tarde.(~3)
Reações
A reação mais encontrável em face da evidência de declínlo é a
da adesão aos mitos organizacionais que justificam a manutenção
do status q~ administrativo. Em organizações novas, a própria
Juventude e udinamlsmo» de dirigentes e funcionários, os
perío-dos de "transiç~o", o momento, sempre futuro, quando a
insti-tuição se firmará etc., são termos repetidos até que todos
ter-minem por acreditar, e se iludir. Já em organizações mais
tra-dicionais e, especialmente, em organismos públicos, a própria
longevidade da instituição, o "já enfrentamos situações mais
difíceis", a experiência ou esperteza dos velhos dirigentes, a
essencialidade dos produtos ou dos serviços prestados,
ldllnlslrando a Sobrevivencia - 14
Também a tentativa de acompanhar ou parecer com a imagem ideal,
os mitos racionalizados desenvolvidos no ambiente, são reacões
comuns em situação de declínio. A maquiagem administrativa e a
"contabilidade criativa", juntamente com investimentos pesados
em marketing institucional, fazem parte do teatro que. algumas
vezes e por algum tempo. mantém de pé a organização.(~~)
É comum que grupos que perderam o poder ou não vejam
alternati-va profissional futura fora da instituição se organizem para
resistir ao seu desaparecimento. As práticas de resistência
mais frequentes situam-se no nível da formação de esprit de
~p~, e da desestabilização de projetos de recuperacão via
boatos e propostas irrealizáveis. No que tange a grandes
orga-nizações. que dependem de decisões políticas mais do que de
ações estratégicas para dar continuidade às suas atividades,
são usua'is taticas de resistência cifradas:(~6)
· em respostas simbólicas. compreendendo a mudança e
troca de títulos, cargos, pessoal bem como a criação
de comissões de trabalho. grupos de estudo, forças
tarefa etc., sem que o essencial das questões que
ameaçam a sobrevivência da instituição seja tocado;
· em pequenas concessões, sem que efetivamente se
alte-re a estrutura e propósitos da organização;
· na transferência de domínio, em geral sendo absorvida
e/ou colocando-se sob o abrigo de outras
Ad.lnisirando a Sobrevivência - 15
na geração elou simples proposição de novos produtos
ou serviços que passem a justificar sua existenci~.
Revitallzação
Em t~oria, há pelo menos duas atitudes frente ao declínio. A
primeira aceita a ínevitabilidade e está muito próxima da
teo-ria da corrupção dos sistemas, do esgotamento das
possibillda-des de um modelo ou modus operandi, que é a visão de alguns
am-bientalistas mas já era a tese de Gibbon em 177b<~7). A segunda
entende o declínio como evitável, desde que a organização
en-contre novos horizont.es e novos objetivos a alcançar. É sob
es-ta ótica, que em absoluto não se tem demonstrado irre~ljst.~,
que vamos abordar os quatro esquemas principais de superação do
declínio.
Práticas defensivas como obstáculo à deterioração
organizacio-nal têm apresentado resultados pouco animadores. Os argumentos,
quando a argumentação é possível, dificilmente encontram
sus-tentação, seja porque se baseiam em situações passadas, que,
justamente, levaram ao estágio atual da organização, seja
por-que - e isto é inevitável - trabalham sobre intensões, não
so-bre realizações. Explicações, justificativas, apelos podem
re-tardar o processo de declínio mas, a não ser em casos de
orga-n(smos lastreados unicamente em forças políticas, a tendência é
mi-Adainistrando a Sobrevivência - 16
tificaç~o interna a, externamente, nas práticas de maquiagem já
mencionadas.(~a)
A introdução de grupos de crise, de consultorias especializadas
e a busca de novas tecnologias, principalmente no que se refere
à inovação organizacional, tem se revelado solução apropriada
para um número significativo de casos de declínio. No entanto,
a renovação das organizações não é um processo simples. As
principais dificuldades encontradas situam-se na já conhecida,
mas nem por isto menos relevante, área de resistência à mudança
e no montante de investimentos (gastos com inovação
organiza-cional representam investimentos,. não despesas) necessários.
Outro risco de malogro sempre presente em processos desta
natu-reza d o da ccmp!acência com esquemas administrativos
tradici0-nais. Já foi comprovado empiricamente que~~e6rganizações
super-ficiais em momentos de crise causam rupturas e aumentam a
pro-pensão ao desaparecimento da organização.(~9)
Outro conjunto de estratégias ou ajustes têm sido utilizados
com sucesso; são as ações de redirecionamento para mercados
di-versos e públicos diferentes. ações voltadas para o ambiente e
centrados na resposta adaptativa, compreendendo
principalmente:(~~)
. a realização de fusões joint ventures e tudo que
con-tribua para diminuir as incertezas, incluindo a
divi-são de domínio elou mercados com outras empresas e
Adliolstrando a Sobr~viv&ncla - 17
a mobilizaç30 de clientes, organizações dependentos,
órgãos legislativos e populaçõ~s, ainda que mediante
corte de programas de grande sensibilidade ou
produ-tos de penetração ampla;
. a ampliação da base de domínio e receita <de urbano
para metropolitano, de produto para linha de produtos
etc.> e atração de novos investimentos.
A diminuiçâo ou contraç~o da organizaç~o tem sido uma das
prá-tiças mais utilizadas para sustar o processo de declínio.
De
execução muito complexa em orgãos governamentais e empresas de
perfil tradicional, já que requer níveis altos de informaç~o,
de flexibilidade orçamentária e administrativa, além de
autori-dade para estaholecer incentivos e executar os cortes
apropria-dos, a contração organizacional apresenta não poucas
dificulda-des:(~~)
de ordem operacional, seja pela impossibilidade de
cortar partes da organização sem comprometer o todo,
seja pelo chamado paradoxo da eficiência.
mente, esse parodoxo se expressa da seguinte forma:
dado um corte longitudinal, sofrem mais os segmentos
eficientes da organização já que, por definição de
eficientes, não dispõem de excedentes
serem cortadas;
<gorduras) a
de produtividade, ou melhor, de diminuição da
produ-tividade durante e após a execução dos cortes. Isto
A~tinÍl;tr<:j:do a Sobrcvjv~;,ci{; - 18
afeted a tanto no dcnom i n ador corno no nUlJ)ü!' ado!' . de
outro, porque o aumento ou rCGtobelecimGnto da
produ-tividade requer recurROR 0m termos de c3PQcit~ç~o,
equipamentos etc., recursos esses que s~o,
te, o que se quer ver cortado. A semelhança da
efi-ciência, a produtividade também é afetada por cortes
longitudinais, uma vez q\lO os segmentos de maior
pro'-dutividade, por terem alcançado a máxima capacidade
de rendj~Qnto, 830 Mais otingid08 enquanto os
sCG~en-tos ocjo~os tõm 8S~OCO par melhor~r seu desemppnho;
de motivaç~o/parlicipaç3o. Os quadros melhor
qualifi-cados tendem a abandonar a organi2aç~0 ou a serem
de-milidos }Jor represenlar(ôlm custos pI'oporcionaiü
olcva-dos. Enquanto em andamento, o processo de cortes
pre-dispõs a formac~o de grupop de renist&ncia, o que
obriga a ação rápida e de alto risco, sob pena de
desvirtuamento do sentido estratégico da diminuiç30
de recursos. Mas .esta n~o é o ~nica consequência
psi-cológica negativa de cor tos em recursos humanos. Os
piores efeitos sâo sentidos após o término do
proces-so, em termos do clima organizacional que se instala
(insegurança, cinismo institucional etc.) e do
desmo-ronamento da imagem interna da organizaç~o. (a~,
A contraç~o gradual, sem cortes longitudinais, embora com a
sufi-purman0nçja das dificuldades acima, exi8t~ a possibi I id2de de
paralisia oslr~td0ica em face da diminulçâo da floxibil idad~
operaCIonal e do centralismo d~s deciGõcs necossários à
condu-ç~o do procoGGo, e, principalmonte, a probabi lidada da
inslnla-ç~o de um clir18 or~Qnizacjonal quo, persistindo ror
C ã o. (;,: :.) )
Duas obscrvaçBo~~ finais sobro a rovers~o dos processos de
de-cl ínio:
Cortés de pesso~J são a mais 6bvia iniciativa para a diminuic~o
de cuslos. No entanto, a documentação disponível indica que. se
é verdQde que todos os projetos de revilalizac50 fizeram
v!ti-mas, lambóm é verdade que não há casos de bons resultados
obtj-dos a partir de domis~õe8 em massa. Ao contrário, os relnlos
demonstram que a mobilizac~o e o compromisso de funcionários e
empregados é condiç~o inequívoca para o êxito dessas i n i c j ~l"t. i
-Program~~ Je revi tal izac~o bem sucedidos têm B8 caracterizado
pela ulilização integrau<:l, i . 0 . , não isol<:tda, das qualro
,
..
e
Admini~trando a Sobrevivªncia
Notas
- Singh, .J & HCU=2, R. & Tucker, D. - Organizational chànge ano organizaticnal mortallt::l
-fLdJ"ini<;t[ativp SCi"íli:..Liiilliili .- 31/4 - 1986
- os partidirios das teorias ambientalistas, (por ex. Thompson, James - Organlzations In actioo - New
York - MacGraw-Hil1 - 19671, sustentam que, dada uma mudança significativa no ambiente. !\otadamente
mudança que implique escassez de recursos para a organizaç50. esta perde sua possibilidade de
sobrevivªncia. Nâo só per nio dispor de recursos como por perder a capacidade de se ajustar ao
ambiente, condi~ão de 50breviv&ncia.
- HcKinle~, William - CempleKit~ an~ administrative intensit~: the case of declini~g organizations
-- Sobre a noçio de que toda organizaç~o inicia seu declínio a partir do momento em que atinge o ponto
m~ximo de utilidade para a sociedade. vp r - Weitzel, Wil1ian
&
.JQnson. Ellen - Decline inorganizations; a literature integration and extenslün - Alli:1inist rativp Scie'lce (iuade!'! - 34il - 1989
- Durhan~ John W.
&
Smith, Howard R. - Toward a general theor~ of crgini~ational deterioration-Admin!sl r·3t jqn 3 Soçiet'l - 14i3 - 1982
2 - Kauf~an, Herbert - lhe natural histor~ of human organizations - Administr~tion
&
Societ~ - 08 - 1975- Di Maggio, Paul ~ Powell, Walter W. - The iran cage revisited: i~5titutional isomorphism and
collective rationalit~ in orsanizational fields - American S0ciological Review - 48 - 1983
3 - Willian
&
Jonson - 1989 - op. cito4 - Durham
&
Smith - 1982 - op. cito5 - McKinle~ - 1987 - OP. cito
6 - Whetten, David A. - Sources. responses and eHects Df organizational decline - in - Kimberl::l et alli
. - lhe QfoanizatiQnal life CjcJ2 - Josse~-Bass Limited - CaJifornia - 1981
7 - Singh, House'& Tucker - 1986 - op. cito
8 - Herton, Roberl K. - Social theC'fj and social struct\!.[g - Glencüe, 111. - The Free Press - 1957
9 - Hannan, Hichael T. & Freeman, Jo~n - Shudural inertia and organizational change - Americ?n
Soci,ological Review - 04 - 1984
10 . Whetten. David - 1981 - op. cito
11 - Burns, Mark
&
Nauet. Alfred - Administrative freedom for interorganizational action; a life-c~cleinterpretation - fid~inistratiQÍJ
&
SQCi~t~ - 16/3 - 198412 - Cameron. Kin; Whetten, Da'Jid; Kim, H~u:1g U. - Organizational d~sfunctions of decline - Acade~L2i
t"\;Jn:19t;'i!!íint .1illLrnaj - 30/1 - 1987
- Wil1ian
&
Jonsson - 1989 - op. cito•
•
•
S~rie
Cadernos EBAP
~ ,
01 - FORMAÇAO DO ADMINISTRADOR PUBLICO: ALTERNATIVAS EM DEBATE -
1980.
Bianor Scelza Cavalcanti
02 - EM
BUSCA
DE
NOVOS CAMINHOS PARA A TEORIA DE ORGANIZAÇÃO - 1980.
Anna Maria
C~mposA
03 -
TREINAMENTO
E DESENVOLVIMENTO
GERENCIAL:
INFERENCIA
SOBRE
A
EXPERI~NCIA
DAS EMPRESAS ESTATAIS NO BRASIL - 1980.
Paulo Roberto Motta
04 - ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS - 1980
Luciano Zajdsznajder
~ I _
05 -
A INTERVENÇAO ESTATAL NO SETOR
SAUDE:
UMA
CONTRIBUIÇAO
PARA
A
, I
PESQUISA "GASTO PUBLICO EM SAUDE" - 1980.
Equipe PROASA
06 - EDUCAÇ~O
EM
ADMINISTRAÇ~OPÓBLICA: RETROSPECTIVA E PERSPECTIVA DA
EXPERI~NCIA
NORTE-AMERICANA E REFLEXÕES SOBRE O CASO BRASILEIRO
1980.
Armando Moreira Cunha
,
07 - PROJETO
RIO:
ANALISE
DE
PARTICIPATIVO - 1981.
H~ctor
Atilio Possiese
A
UMA
EXPERInJCIA
DE
PLANEJAMENTO
08 - A PROPOSTA
DE
PARTICIPAÇ~ONA TEORIA GERENCIAL: A
PARTICIPAÇ~OINDIRETA - 1981.
Paulo Roberto Motta
_ A
09 - PARTICIPAÇAO NA GERENCIA: UMA PERSPECTIVA COMPARADA - 1981.
Paulo Roberto Motta
,
,.,
10 - O
RITUAL
DA
DESBUROCRATIZAÇAO:
SEUS
CONTEXTOS
DRAMATICO
E
REPRESENTAÇÕES - 1981.
Maria Eliana Labra
A I ,
11 - ASSISTENCIA MEDICO-HOSPITALAR DO SISTEMA PREVIDENCIARIO BRASILEIRO
I
ATRAVES DE SERVIÇOS CONTRATADOS - 1981.
Valthia de Souza
•
•
•
13 - UMA PROPOSTA DE
AVALIAÇ~ODO POLO NOROESTE - 1982.
Antônio de Pádua Fraga
14 - REPARTINDO TAREFAS E RESPONSABILIDADES
NAS
ORGANIZAÇÕES:
ALGUNS
DILEMAS ENFRENTADOS PELA
GER~NCIA- 1982.
Anna Maria Campos
15 -
AS DISFUNCÕES DO PROGRAMA NACIONAL DO
-
ÁLCOOL
.'\
,
EM
A
DECOE:F:ErW I A
EXCESSIVA ENFASE NA CANA-DE-AÇUCAR - 1982.
Fátima Ba~ma de Oliveira
-
.,
-16 - SISTEMA DE INFORMAÇAO DE SAUDE: A VISAO DE UM SANITARISTA - 1982.
Franz Rulli Costa
17 - O "JEITINHO"
BRASILEIRO
COMO UH RECURSO DE PODER - 1982.
c16vis Abreu Vieira
Frederico Lustosa da Costa Lázaro Oliveira Barbosa
,
,18 - FINSOCIAL: ANALISE DE UMA POLITICA GOVERNAMENTAL - 1983.
Paulo Em;lio Hatos Martins
-
,
,
19 - AVAL lAÇA0 DE EMPRESAS PUBLICAS NOS PAISES
EM
DESENVOLVIMENTO:
A
PERSPECTIVA SOCIAL - 1983.
Paulo Roberto Motta
20 - REFLEXÕES SOBRE O PROCESSO DE
TECNIFICAÇ~ODA MEDICINA NO BRASIL
-1983.
Paulo Ricardo da Silva Ma{a
A ,
21·- A
CO-GEST~ONO
INSTITUTO
NACIONAL
DO
CANCER:
UMA
ANALISE
ADMINISTRATIVA - 1983.
Paulo Roberto Motta
I
22 - SINDICALISMO NO GOVERNO DE GETULIO VARGAS - 1983.
Lucival Jos~ Siqueira Costa
• 23 - PLANEJAMENTO, PESQUISA E APRENDIZAGEM - 1983.
Luciano Zajdsznajder
24 - A
INFORMAÇ~ODO SETOR PÓBLICO COMO FORMA
DE
OBTENÇÃO
DE
GANHOS
SUBSTANCIAIS DE PRODUTIVIDADE - 1983.
Jos~ Osmir Fiorelli
,
25 - ANALISE
,
DA
ESTRUTURA
FORMAL
DAS
ORGANIZAÇÕES:
CONSIDERAÇÕES
PRATICAS - 1983.
,
•
26 - ALGUNS
IMPACTOS
SOCIAIS
E
I
A
ECONOMICOS
DA
AUTOMAÇÃO
NO
SETOR
BANCARIO - 1983.
Samuel Lev~
27 - O PROGRAMA
DE
ESTUDOS
PROSPECTIVOS
SOBRE
O IMPACTO SOCIAL DA
TECNOLOGIA. UMA PROPOSTA INSTITUCIONAL - 1983.
Samuel LeY~
28 - PESQUISA:
RELEV~NCIA
SOCIAL, COOPERAÇÃO E ABERTURA
~
APRENDIZAGEM
- 1983.
Anna Maria Campos
_ A I
29 - INVESTIGAÇOES DE CIENCIAS SOCIAIS EM SAUDE NO BRASIL - 1984.
Sonia Maria Fleur~ T~ixeira
30 - A
PARTICIPAÇ~ODO CIDADÃO NAS DECISÕES DA
ADMINISTRAÇÃO PÓBLICA
-1984.
Luis Carvalheira de Mendonça
- I I
31 - ATENÇAO
PRIMARIA
A SAUDE
RETROCESSO
OU
NOVOS RUMOS PARA A
MODERNIZAÇ~O
DO SERVIÇO? - 1984.
•
Cleisi Heisler Neves. 32 - FAMERJ VERSUS BNH: UM
ESTUDO
DE
CASO
SOBRE
MOVIMENTOS SOCIAIS
URBANOS - 1985.
Araci Machado Silvia Porto
S~lvia Constant Vergara
-33 - A RELAÇAO ESTADO E TRABALHADORES URBANOS NO BRASIL - 1985.
Carlos E. Rodrigues L6pez
Carmem L~cia L. Veloso de Castro
Maria Elide Bortoletto
34 - NOTAS
SOBRE
A
RELEV~NCIADA
ELABORAÇÃO
DE
UM
NOVO
TEXTO
CONSTITUCIONAL PARA A EFETIVIDADE DA DEMOCRACIA NO BRASIL - 1986.
Jos~ Martins da Silva35 ADMINISTRAÇÃO DA POLíTICA INDUSTRIAL NO BRASIL (RELATÓRIO FINAL)
-1987.
Bianor Scelza Cavalcanti Jorge Vianna Monteiro
Jos~ Cezar Castanhar
36 -
MODERNIZAÇ~OADMINISTRATIVA:
PROPOSTAS ALTERNATIVAS PARA O ESTADO
LATINO AMERICANO - 1987.
~ I
37 - RAZAO E INTUIÇAO: RECUPERANDO O ILOGICO
NA
TEORIA
<oiDA
DECISAO
GERENCIAL - Junho - 1988.
Paulo Roberto Motta
38 -
PARTICIPAÇ~ODIRETA DO EMPREGADO
NO PROCESSO DECISÓRIO E NíVEL DE
PRODUTIVIDADE NAS ORGANIZAÇÕES - JUL, 1988.
Ethel
Val~riade Oliveira Raiser
39 - IMPACTOS
DA
RACIOI~ALIZAÇ~OADMINISTRATIVA
NA
CONCESSÃO
DE
I I
BENEFICIOS PREVIDENCIARIOS - OUT, 1988.
Maria Eliana Labra
Lenaura de Vasconcellos C. Lobato
40 - EM BUSCA DE UM
MODELO INTEGRADO DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DE RECURSOS HUMANOS -- NOV, 1988.
Jos~
Eduardo Coelho Hesseder
-
,
41 - AS ORGANIZAÇOES E O FUTURO: OS ELEMENTOS
UTOPICOS
DEZ,1988.
Gabriel Antonio Atalla
42 - IMPLICAÇÕES DO CONCEITO DE
AUTOGEST~ODA PERESTROIKA DE
GORBACHEV
- ABRIL, 1989.
Eneida Santos Correia Lima
'"
43 -
DOMINAÇ~OBURGUESA NO
BRASIL:
VARIAÇOES SOBRE O TEMA DE ESTADO E
SOCIEDADE - MAIO, 1989.
Rezilda Rodrigues Oliveira
Ricardina Maria MenEzes dos Santos
A ,
44 - GERENCIA DE IDEIAS NOVAS - COMO
DESPERTAR A CRIATIVIDADE E VENCER
A
IMPOT~NCIADO DESEJO INOVACIONAL - JUNHO, 1989.
Paulo Roberto Motta
~
,
45 - RECURSOS
HUMANOS
NA
ADMINISTRAÇAO
PUBLICA
MUNICIPAL:
MODELO
GERENCIAL NA ÁREA DO BEM ESTAR EM SÃO PAULO - OUTUBRO, 1989.
Maria Cecrlia Pimentel Bortoletto
46 - A
ADMINISTRAÇ~ODE RECURSOS HUMANOS PARA A DtCADA DE 90 -NOVEMBRO,
1989.
Gilnei
Mour~oTeixeira
Jos~
Eduardo Coelho Hesseder
A ,
47 - ESTUDO
ECONOHICOFINANCEIROADMINISTRATIVO DO SETOR SIDERURGICO
-SETEMBRO, 1989.
•
•
•
I I I
48 - ANALISE DE POLITICA URBANA - O CASO DO HUNICIPIO DO RIO DE JANEIRO
- DEZEMBRO, 1989.
Carlos A. dE Souza Ribeiro Heliana Marinho da Silva
Merc~ Escalante LudE~a
Silvano JosÉ da Silva
~
,
~4·9 - GESTi;O F'UBLICA It'~TEGS:t.[~A: IHF'LIC(~ÇC!::S
TEORIAS,
MODERNIZAÇ~OADMINISTRATIVA
E
I
PUBLICA - MARÇO - 1990.
Bianor S~elza Cav~lcanti .
PARA
A
FORHULAÇ~ODE
ENSINO DA
ADMINISTRAÇ~O000055287
•
•
N.Cham. PIEBAP CE 50
Autor: Thiry-Cherques, Hermano R.
Título: Administrando a sobrevivencia : indicadores de
11II111111111111111111111111111111111111