UMA ARQUITETURA PARA OTIMIZAÇO DO ACESSO À
INTERNET EM REDES EM MALHA SEM FIO
Instituto de Ciênias Exatas
Programa de Pós-Graduação em Ciênia da Computação
UMA ARQUITETURA PARA OTIMIZAÇO DO ACESSO À
INTERNET EM REDES EM MALHA SEM FIO
Dissertação apresentada ao Curso de
Pós-GraduaçãoemCiêniadaComputaçãoda
Uni-versidadeFederalde MinasGeraisomo
requi-sitoparialparaaobtençãodograu deMestre
emCiênia da Computação.
GLEICYAPARECIDA CABRAL
FOLHA DE APROVAÇO
Uma Arquitetura para Otimização do Aesso à Internet em Redes em
Malha Sem Fio
GLEICYAPARECIDA CABRAL
Dissertação defendidae aprovadapelabana examinadora onstituída por:
Dr. Geraldo Robson Mateus Orientador
Departamento deCiênia da Computação
UniversidadeFederal de MinasGerais
Dr. Célio ViniiusNeves de Albuquerque
Departamento deCiênia da Computação
UniversidadeFederal Fluminense
Dr. Rodney Rezende Saldanha
Departamento de Engenharia Elétria
UniversidadeFederal de MinasGerais
Dr. Antnio Alfredo Ferreira Loureiro
Departamento deCiênia da Computação
Redesemmalha semo(wireless meshnetworks) sãoredesdinamiamenteauto-organizadas
e auto-onguráveis ujosnósautomatiamente estabeleememantêm aonetividade entre
eles. Asredesemmalhasemopossuemtrêstiposdenós: lientes, roteadoresegateways. Os
roteadoreseosgateways têmpouaounenhumamobilidade. Osroteadoresformamaespinha
dorsal (bakbone) das redes em malha sem o. A omuniação emuma rede em malha sem
o é multi-salto (multi-hop), e as funionalidades de gateway/bridge dos nós possibilitam a
integração dediferentes redes,tais omo, Internet, Wi-Fi,elular et.
Oplanejamento de redes emmalha semo envolve muitas variáveisomo topologia,
mo-bilidade, tráfego,ustoeapaidade. Neste trabalhoépropostoummodelomatemátiopara
o problema de planejamento de redes em malha sem o. A solução do modelo onsiste em
determinar osaminhosde roteamento entrelientese gateways queminimizam osustosde
instalação dos roteadores utilizados e os ustos dos enlaes que fazem parte das rotas. São
realizadosexperimentosparavalidaçãodomodeloutilizandoopaotedeotimizaçãoomerial
CPLEX. Os experimentos mostram queoproblemade planejamento de redes emmalhasem
o é um problema omputaionalmente difíil. Neste trabalho também é desenvolvido um
simulador pararedes emmalha sem osobre osarabouçosde simulaçãoJiST eSWANS. O
algoritmode roteamento propostoenontrarotasquetambémminimizam osustosde
insta-laçãodosroteadoresutilizadoseosustosdosenlaesquefazempartedasrotas. Assoluções
apresentadas pelo simulador são omparadas om as soluções enontradas pelo CPLEX. O
simulador é robusto e eiente. Ele enontra boas soluções para os enários de simulação,
além de onseguir simularredes detamanho razoável.
Palavras-have:
Redes emmalha semo
Otimização
Modelomatemátio
Solução ótima
Simulação
Wireless meshnetworksaredynamiallyself-organizedand self-ongured,withthenodesin
thenetworkautomatiallyestablishingandmaintainingmeshonnetivityamongthemselves.
Wirelessmeshnetworksonsistofthreetypesofnodes: lients,routersandgateways. Routers
have minimal or no mobility. Routers form the bakbone of mesh networks. Multi-hop
ommuniation is used in wireless mesh network and the gateway/bridge funtionalities in
nodesenabletheintegrationofwirelessmeshnetworkswithvariousexistingwirelessnetworks
suhasInternet,Wi-Fi, ellular,et.
Wirelessmeshnetworksplanninginvolvesseveral variables asnetwork topology,mobility,
tra, ost and apability. This paper presents a mathematial model for the planning of
wireless mesh networks. Themodel solutiondeterminestheroutes between lientsand
gate-ways thatminimize theinstallation osts of the routers and the ostsof links that are part
of theroutes. Experiments are onduted for model evaluation using optimization software
CPLEX. Experimentsshowthattheplanningofwirelessmeshnetworksisaomputationally
diult problem. Inthis work is also developed a simulator for wireless meshnetworksover
the simulation frameworks JiST and SWANS. The proposed routing algorithm nds routes
that also minimize the installation osts of the routers and the osts of links that are part
of the routes. The simulation solutions are ompared with the solutions found by CPLEX.
The simulator isrobust and eient. It nds goodsolutions and itis able to simulate large
networks.
Keywords:
Wireless mesh networks
Optimization
Mathematial model
Optimal solution
Simulation
Agradeço aos meus pais pela dediação e apoio em todos os momentos. Agradeço ao prof.
GeraldoRobsonMateuspelospreiososdireionamentos aolongodaexeuçãodestetrabalho
e pelaoportunidadededesenvolverumtrabalho de pesquisa emonjunto. Agradeçoa todos
os professores e funionários do departamento de Ciênia da Computação da Universidade
Federal de MinasGerais pelaaolhidae peloompromisso em mantera qualidade assoiada
aos ursos e trabalhos do departamento. Quero agradeer também aos membros da bana
por teremaeito o onvitee olaboradoomo enriqueimento dotrabalho.
Agradeço a todos os alunos do LaPO (Laboratório de Pesquisa Operaional) pelas
on-tribuiçõesdadas aeste trabalho, pelo ompanherismo epor estaremsempre dispostos a
aju-dar. Agradeço também a todas as pessoas que trabalham omigo no laboratório Synegia
por olaborarem ontinuamente om o meu resimento prossional e pessoal. Finalmente,
agradeço aos meusirmãos, àminha família e atodasaspessoasquedireta ouindiretamente
ontribuíram paraonretizaçãodeste trabalho.
Sugestões,dúvidaseomentáriossobreestetrabalhosãobem-vindosepodemserenviados
1 Introdução 1
1.1 Arquiteturadasredes emmalha semo . . . 2
1.2 Caraterístiasdasredes emmalha semo. . . 4
1.3 Cenários deapliação. . . 5
1.4 Objetivo do trabalho . . . 6
1.5 Organização dotexto. . . 8
2 Trabalhos Relaionados 9 2.1 Coneitosepadrões . . . 9
2.2 Topologia . . . 9
2.3 Propagação desinal . . . 10
2.4 Múltiplosanais e múltiplas interfaes . . . 10
2.5 Atribuição de anais . . . 11
2.6 CamadaMAC. . . 11
2.7 Roteamento . . . 12
2.8 Qualidadede serviço . . . 13
2.9 Modelos . . . 13
2.10 Simulação . . . 13
2.11 Apliações . . . 14
3 Denição do Problema 16 3.1 Planejamento de redesem malhasem o . . . 16
3.2 Formulação matemátia . . . 17
4 Desenvolvimento 23 4.1 Simulador pararedes emmalha semo . . . 23
4.1.1 JiST . . . 24
4.1.2 Swans . . . 25
4.2 Osomponentes do simulador pararedes emmalha sem o . . . 27
4.2.1 Entrada de dados. . . 27
4.2.2 Cenário . . . 28
4.2.3 Nósda rede . . . 29
4.2.6 Apliação dogateway . . . 31
4.2.7 Modelo TCP/IP . . . 31
4.2.8 Roteamento . . . 31
4.2.9 Mobilidade . . . 32
4.2.10 Energia . . . 32
4.2.11 Probabilidade . . . 33
4.2.12 Estatístias . . . 33
4.2.13 Logger . . . 33
4.2.14 Geradorde arquivospara oCPLEX . . . 34
4.2.15 Dados desaída . . . 34
5 Resultados Computaionais 35 5.1 Soluçãoótima . . . 35
5.1.1 Geradorde instânias . . . 36
5.1.2 Cenários dostestesom oCPLEX . . . 37
5.1.3 Resultados doCPLEX . . . 37
5.2 Simulação . . . 43
5.3 Disussãodosresultados . . . 52
6 Conlusão e Trabalhos Futuros 54 6.1 Trabalhosfuturos . . . 55
1.1 Rede emmalha sem oom arquiteturainfra-estruturada. . . 3
1.2 Rede emmalha sem oom arquiteturaliente. . . 3
1.3 Rede emmalha sem oom arquiteturahíbrida. . . 4
1.4 Exemplo derede devizinhança. . . 6
1.5 Exemplo derede metropolitana.. . . 7
4.1 Arquitetura doarabouço de simulação JiST. . . 25
4.2 Arquitetura doSWANS. . . 26
4.3 Arquitetura dosimulador deredes emmalha sem o. . . 28
5.1 Primeiro enário de simulação. Em (a), é apresentado o resultado da simulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 45
5.2 Segundo enário de simulação. Em (a), é apresentado o resultado da simulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 47
5.3 Tereiro enário de simulação. Em (a), é apresentado o resultado da simulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 47
5.4 Quartoenáriodesimulação. Em(a),éapresentadooresultadodasimulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 48
5.5 Quintoenáriodesimulação. Em (a),éapresentadooresultadodasimulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 48
5.6 Sexto enário de simulação. Em (a), éapresentadoo resultado dasimulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 49
5.7 Sétimoenáriodesimulação. Em(a), éapresentadooresultadodasimulação. Em (b), asolução ótimaenontrada peloCPLEX. . . 50
5.1 Cenários denidos paraostestesom oCPLEX. . . 37
5.2 Variaçõesde araterístias onsideradas paraasinstânias. . . 38
5.3 Gap etempo deexeuçãoparaasinstânias dotipop. . . 39
5.4 Gap etempo deexeuçãoparaasinstânias dotipom. . . 39
5.5 Gap etempo deexeuçãoparaasinstânias dotipog. . . 40
5.6 Resultados paraasinstâniasdo tipo p . . . 41
5.7 Resultados paraasinstâniasdo tipo m . . . 41
5.8 Resultados paraasinstâniasdo tipo g . . . 42
5.9 Informaçõessobre osroteadoresparaosexperimentosde simulação. . . 44
5.10 Demanda doslientes paraoprimeiro experimento de simulação. . . 45
5.11 Demanda doslientes paraosegundo experimento de simulação. . . 46
5.12 Demanda doslientes paraotereiro experimento desimulação. . . 47
5.13 Demanda doslientes paraooitavo experimento de simulação. . . 50
5.14 Desriçãodosenários dostestesde apaidade do simulador. . . 51
Introdução
Osuessoomerialdasredes Wi-Fi[Wi-FiAlliane (1997 )℄eosavanços emmuitas
tenolo-giassem otêm emparteestimuladoodesenvolvimentodasredesemmalhasemo(wireless
mesh networks). Esta tenologia ainda está se desenvolvendo e visa omplementar a
infra-estruturaabeada omumbakbone semo paraprover aessoàInternet paranósmóveisou
usuários emáreas resideniais ede esritórios.
As redes em malha sem o possuem três tipos de nós: lientes, roteadores e gateways.
Ao ontráriodasredes Wi-Fi, om ada ponto de aessoonetado om a redeabeada, nas
redesemmalhasem osomenteumsubonjunto depontosdeaessoestãoonetadosàrede
abeada. Todosospontosdeaessoonetadosàredeabeadasãohamadosdegateways. Os
pontos de aesso quenão possuem onexõesom a redeabeada diretamente sãohamados
roteadores. Os roteadoresseonetamaos gateways por meiodo paradigmada omuniação
multi-salto (multi-hop). Em uma rede em malha sem o, os roteadores repassam o tráfego
uns paraosoutros a mdeestabeleere manter aonetividade narede.
Paraaumentara exibilidadedasredes emmalha semo,osroteadores são, geralmente,
equipados ommúltiplas interfaesde redesem o quepossuemumaou maistenologiasde
aesso. Asfunionalidadesdegateway/bridge nosnóspossibilitamaintegração dasredes em
malha sem oom redesexistentes omoInternet,Wi-Fi, elularet.
Asredesemmalhasemosãoumatenologiapromissoraparaapróximageraçãoderedes
sem o. Muitos enários de apliação estão estimulando seu rápido desenvolvimento. Uma
rede emmalha sem o objetiva proveronexõesbanda largapara umaomunidade om um
número elevado de usuáriosrequisitando aessoàInternet. Assim,apaidade é umoneito
have para as redes em malha sem o. Nestas redes, a apaidade é impatada por vários
fatores, taisomo, atopologia, opadrãodetráfego,a densidade denósdarede, onúmerode
anais e ovalor depotênia de transmissão utilizado.
Apesar das apliações das redes em malha sem o pareerem atraentes, um trabalho
onsiderável nas amadas do modelo de omuniação em rede é ainda requerido antes da
implantação em larga esaladestas redes. Proveraesso banda larga parauma omunidade
requer mínima largura de banda e requisitos de qualidade de serviço (QoS). Entretanto, os
estesrequisitos. Assim,paragarantirosuessodasredesemmalhasemo,épreisoinvestir
em pesquisase remodelar osprotoolos de omuniação para aumentar a apaidade destas
redes.
Váriosonsórios deindústriasestãoagoraativamenteenvolvidosna pesquisasobreredes
em malha sem o, e vários grupos de padronização do IEEE vêm trabalhando na denição
de novos padrões para estas redes. O oneito de redes em malha sem o om multi-saltos
é apliável de redespessoais (Personal Area Networks - PAN), emqueasdistânias entre os
nósdaredeédenomáximo10metros,aredesmetropolitanas(MetropolitanArea Networks
-MAN),emqueadistâniaentreosnósdaredepodehegara5quilmetros. Muitasempresas
omo Notel Networks e Strix Systemsestão ofereendo soluções de redes em malha sem o
paraautomaçãopredial,aessoàInternetdepequenaelargaesalaet. Desdesuaonepção,
as redes emmalha sem o têm atraído a atenção de vários grupos de pesquisadores. Alguns
exemplossãooprojetoRoofnet doMIT(MassahusettsInstitute ofTehnology)[Biketetal.
(2005 )℄, o projeto de rede em malha sem o da Mirosoft [Mirosoft (2005 )℄ e o projeto
brasileiro ReMesh [UFF(2006 )℄.
Aspróximas seçõesdisutem aspetosomoaarquitetura, asaraterístiase osenários
de apliação dasredesem malhasem o.
1.1 Arquitetura das redes em malha sem o
As redes em malha sem o possuemtrês diferentes tipos de nós: lientes, roteadores e
gate-ways. Umroteador éequipadoommúltiplas interfaesderedequepodemterdiferentes
te-nologias de aessosemo. Comparadoom umroteador semo onvenional, osroteadores
das redes em malha sem o podem atingir a mesma obertura utilizando uma potênia de
transmissão menoratravésdaomuniaçãomulti-salto. Apesardestadiferença,osroteadores
onvenionais e osroteadores de redes em malha sem o são onstruídos om um hardware
bemsimilar.
Nas redes em malha sem o, somente os gateways estão onetados à rede abeada,
provendo aessoà Internet. Os roteadores onetam-se aos gateways através do paradigma
da omuniação multi-salto. Osroteadores repassam o tráfego uns paraos outros para
esta-beleeremanteraonetividade. Notequeosroteadoresegateways têmumprojetosimilar,
om aexeçãodequeosgateways onetamdiretamenteomaredeabeada eosroteadores
não.
Os lientes das redes em malha sem o demandam aesso à Internet e também podem
trabalhar omo roteadores. Entretanto, asfunionalidades de gateway/bridge não estão
pre-sentes nestes nós. Além disso, os lientes normalmente possuem somente uma interfae de
rede. Como onseqüênia,ohardware e osoftware dosnóslientespodemserbemmais
sim-ples doquedosroteadores. Háumagrandevariedadededispositivoslientes emomparação
om osroteadores. Oslientes podemserlaptops, desktops,PDAs, elulares et.
Figura 1.1 mostraa arquitetura infra-estruturada de umarede emmalha sem o. As linhas
sólidas e pontilhadasindiam, respetivamente, enlaesom esem o.
Figura 1.1: Rede emmalha sem oom arquiteturainfra-estruturada.
[Fonte: Akyildiz etal.(2005)℄
A arquitetura infra-estruturada possui roteadores formando umainfra-estrutura para os
lientes. Obakbone dasredes infra-estruturadas pode seronstruído utilizando vários tipos
de tenologias sem o. Entretanto, o padrão mais utilizado é o IEEE 802.11. Por meio
dos gateways, os roteadores podem ser onetados à Internet. Esta arquitetura permite a
integração das redes emmalha sem o omoutras redes sem o existentes, atravésdas
fun-ionalidadesdegateway/bridge dosnós. Clientesonvenionais ominterfaeethernetpodem
ser onetadosaosroteadores pormeio de enlaesethernet.
A arquitetura infra-estruturada é o tipo mais omumente utilizado. Por exemplo, redes
de vizinhança (neighborhood networks) podem ser onstruídas utilizando esta arquitetura.
Nestas redes, os roteadores são oloados nos telhados das asas em uma vizinhança e eles
servemomopontos deaessoparaosusuários nasasas eruas.
Figura1.2: Rede emmalha semo omarquitetura liente.
dispositivoslientes. Nestaarquitetura,osnóslientespossuemfunionalidadesderoteamento
e onguraçãoquepossibilitamadisponibilizaçãodeapliaçõesparaoslientesdarede. Nas
redes em malha sem o om arquitetura liente, um paote é repassado pelos nós até que
alane o nó de destino. A arquitetura liente normalmente utiliza somente uma tenologia
de rádio nosdispositivoslientes.
AFigura 1.3mostraa arquiteturahíbrida. Estaarquitetura éa ombinação das
arquite-turasinfra-estruturada eliente. Oslientespodemaessararedepormeiodosroteadoresou
atravésdeoutroslientes. Enquanto ainfra-estrutura darede(bakbone)provêonetividade
om outras redes, tais omo, Internet, Wi-Fi, elular et; a apaidade de roteamento dos
lientes possibilita aumentar aonetividade ea obertura dentrodarede emmalhasem o.
Figura1.3: Rede emmalha sem o omarquiteturahíbrida.
[Fonte: Akyildiz etal.(2005)℄
1.2 Caraterístias das redes em malha sem o
Asprinipais araterístias dasredesem malhasem o sãoapresentadas a seguir.
Auto-organização e auto-onguração: o bakbone das redes em malha sem o provê
larga obertura,onetividade e robustezparaarede. A arquiteturada redeé exível,
possibilitandoquea implantação eonguração sejam fáeis. Nas redesemmalha sem
o,nãoexiste umnódo qualdependatodaarede. Osnósenviammensagensbroadast
unsparaosoutrosearedeéauto-organizada. Sehouverproblemasomumnóqualquer,
osoutros nósdesobrem umaminhode roteamento alternativo. Dessaforma,asredes
em malhasem o sãotolerantesa falhas.
fazendoumreúsodasfreqüêniasdetransmissãomaiseiente. Outroobjetivoéprover
onetividade entre lientes que não possuemenlaes om visadadireta. Paraatender
a estesobjetivos, aomuniação nasredesem malhasem o émulti-salto.
Interoperabilidade om redes sem o existentes: asfunionalidadesdegateway/bridge
dosgateways e roteadores dasredesemmalha sem opermitemaintegração devárias
redesexistentesomoWi-Fi,Internet,redeselulareset. Usuáriosdeumadestasredes
podem utilizar serviços providos pelas outras redes através da infra-estrutura sem o
dasredes emmalha.
Nós lientes atuando omoroteadores: nasredesemmalhasemo,osnóslientes
tam-bémpodemtrabalhar omo roteadores,repassando tráfego de outros nóslientes para
os roteadores sem o. A apaidade de roteamento dos nós lientes aumenta a
one-tividade e a obertura da rede, uma vez que os nós lientes que estão fora do alane
dosroteadores podemutilizar outrosnóslientes para teremaessoà Internet.
Número de usuários e volume de tráfego: asredes em malha sem o têmpor objetivo
prover onexões banda larga à Internet para omunidades om tamanhos razoáveis.
Assim, a rede tem que ser apaz de aomodar um grande número de usuários. Em
uma rede em malha sem o, o volume de tráfego é alto, prinipalmente por ausa da
transmissão de dados multimídia. Por isso, os algoritmos de roteamento preisam ser
esaláveis, favoreendoo balaneamento dearga.
Conentração de tráfego ao longo de ertos aminhos: nas redes em malha sem o,
o tráfego está onentrado ao longo dos aminhos que seguem diretamente para os
gateways.
Mobilidade e onsumo de energia dependentes do tipo de nó: osroteadorestêmpoua
ou nenhuma mobilidade e não possuem restrições de energia. Já os lientes possuem
restriçõesde energia e ummodelode mobilidade assoiado.
Múltiplos rádios: a apaidade dasredes emmalha sem o pode ser inrementadaom a
utilização de múltiplos rádios pelos roteadores sem o. Assim, é possível transmitir e
reeberinformaçãosimultaneamente atravésde umaatribuição deanais queminimize
a interferênia na rede.
Protoolo de roteamento adaptativo: emrazãodasdiferençasdemobilidade eonsumo
de energiaentreosnóslienteseroteadores,é neessáriodenir umprotoolo de
rotea-mentoadaptativoquesuportelienteseroteadoressendoutilizadospararepassartráfego
na rede.
1.3 Cenários de apliação
A Figura 1.4mostra um exemplo de rede de vizinhança (neighborhood network). Nestas
redes, nãohá umponto de aessoàInternet paraada usuário. A redepossuialgunspontos
de onexão om a Internet quesão ompartilhados pelos usuários. Com isso, osreursos são
utilizados ommaiseiênia eosustossão menoresparaada usuário.
Figura1.4: Exemplo derede devizinhança.
[Fonte: Akyildiz etal.(2005)℄
AFigura1.5 mostraumexemplodo oneitoderede emmalhasem oapliadoàsredes
metropolitanas. A apaidade de auto-organização de uma rede em malha sem o reduz a
omplexidadedeimplantaçãoemanutençãodarede. Eobakbone daredeprovêumasolução
viável para os usuários de aesso à Internet em qualquer lugar, a qualquer hora. Além da
implantação de redes paraaesso àInternet, épossívelonstruir idades digitais, ofereendo
infra-estrutura deomuniação semo,em ambientemetropolitano, a todososidadãos.
1.4 Objetivo do trabalho
Asredesemmalhasemoonsistememumaáreadepesquisareenteomváriostópiosque
ainda preisam ser explorados. Asredes em malha sem o introduzem um novo paradigma
de aesso à Internet. A informação disponível em qualquer lugar, a qualquer momento.
Neste novo enário, o prinipal objetivo éaumentara apaidade e a onabilidade da rede,
reduzindo o usto para o usuário nal. Assim, para alançar este objetivo, o planejamento
uidadoso da redeé umatarefa muitoimportante.
Oplanejamento de umaredeonsiste emdeterminar a quantidade dereursos neessária
paraatenderàdemandaporomuniaçãodoslientes. Eainda,omodeveserfeitaaaloação
Figura1.5: Exemplode redemetropolitana.
[Fonte: Akyildiz etal.(2005)℄
topologia, mobilidade, tráfego,ustoe apaidade.
Nestetrabalhoéexaminado oproblemadeplanejamento deredesemmalhasemo. Este
problema visaatender a demanda doslientespor aessoà Internet. A solução do problema
onsiste naesolhadeumsubonjuntoderoteadores semoparaompor oroteamento entre
os lientes e os gateways. A proposta do trabalho não é estudar om profundidade algum
aspetodeste problema, mas sim, apresentaruma visãogeral e orrelaionar vários aspetos
envolvidos omo problema.
Oproblemaabordadonestetrabalhopossuiaestruturatípiadeumproblemade
otimiza-ção: umou maisobjetivosquedevemserminimizados, sujeitos aum onjunto derestrições.
Assim, na primeira parte do trabalho, é proposto um modelo matemátio para o problema
de planejamento de redes emmalha sem o. No modelo, umsubonjunto de roteadores sem
o om mínimo usto de instalação deve seresolhido paraatender à demanda dos lientes.
Também são esolhidos os enlaes om os menores ustos de omuniação para ompor o
roteamentoentreoslienteseosgateways. Além disso,oslientes podemserutilizadosomo
roteadores nomodeloproposto. Asrestriçõesdomodeloestãorelaionadasomaapaidade
dos enlaes entre os nós e a energia dos lientes. Experimentos para validação do modelo
são realizados. Para abordar o problema de uma forma mais próxima do mundo real, é
de-senvolvido um simulador para redes em malha sem o na segunda parte do trabalho. Na
simulação, osmesmos ritériosda otimização(esolha dosroteadores omos menoresustos
de instalação e dos enlaes om os menores ustos de omuniação) são utilizados para o
planejamento, a implantação e a operação da rede em malha sem o. Porém, o problema
é abordado onsiderando os protoolos de omuniação em rede do modelo OSI (Open
são realizados experimentospara testaro desempenho do simulador onstruído. Assoluções
apresentadaspelosimuladorsãoomparadas àssoluçõesenontradasomaresoluçãodo
mo-delo matemátio. O objetivo é avaliaros resultados obtidos om a ferramenta de simulação
onstruída oma inorporaçãodosritérios daotimização.
1.5 Organização do texto
O restante deste trabalho está organizado da maneira desrita a seguir. O Capítulo 2 lista
os prinipais trabalhos da literatura e apresenta um panorama sobre o estado da arte. O
Capítulo 3 dene o problema de planejamento de redes em malha sem o e apresenta um
modelo matemátio para este problema. O simulador para redes em malha sem o
desen-volvidoneste trabalho é desritono Capítulo 4. No Capítulo 5,sãomostrados osresultados
dos experimentos realizados. Finalmente, no Capítulo 6 são apresentadas asonlusões e os
Trabalhos Relaionados
Esteapítuloapresenta umpanoramasobreredesemmalhasem o. Parafailitaro
entendi-mento,ostrabalhos foramagrupados porassunto e sãoapresentadosa seguir.
2.1 Coneitos e padrões
Em Akyildiz etal. (2005 ) e Nandirajuetal. (2007 ), há uma ampla disussão sobre as
a-raterístias, arquiteturas e enários de apliação dasredes em malha sem o. Também são
disutidososprinipais desaosrelaionadosom asamadas domodelo OSI(OpenSystems
Interonnetion) paraasredesem malha semo.
Em Lee etal. (2006 ), são apresentados os padrões propostos para os diferentes tipos de
redes em malha sem o. O padrão para as redes MAN (Metropolitan Area Networks) é o
IEEE 802.16. A família de padrões 802.11 é a mais utilizada para redes LAN (Loal Area
Networks). E para redes PAN (Personal Area Networks), estão sendo adotados os padrões
IEEE 802.15.5, Bluetooth eZigBee.
2.2 Topologia
A questãoda topologia dasredesem malha semo éabordadaemSo e Liang(2006 ). Neste
trabalho,osnósvizinhosooperamerepassampaotesunsaosoutros parapermitira
utiliza-çãodeummesmoaessoàInternetedistribuirosustosdeinstalaçãoentreavizinhança. Por
ausadotamanhodaáreadeobertura,váriasestaçõesrepetidorassãoinstaladaspara
repas-saro tráfegodosusuáriosnaisparaaestação rádio-baseevie-versa. Diferentes tenologias
de omuniação sem o sãoutilizadas na transmissão de informação entre osusuários nais
e asestaçõesrepetidoras, bemomo entre asestações repetidoras e a estação rádio-base. O
foo do trabalho é minimizar o número de estações repetidoras instaladas e o algoritmo de
deomposição de Benders foi utilizado para enontrar soluções ótimas para asinstânias do
problema. Comparandooproblemaqueaaboudeserdesritoomoproblematratadonesta
dissertação, observa-seque,emambosostrabalhos, osnósvizinhos ooperamparaquetodos
também onsidera que os lientes podem possuir diferentes tenologias de omuniação sem
o. Entretanto, asestaçõesrepetidoras(roteadoressemo) sempreutilizamumamesma
te-nologia deomuniação semonorepassedepaotes deinformaçãoentreeles. Alémdisso,o
foo dotrabalho é minimizar osustosdeinstalação dasestaçõesrepetidorase osustosdos
enlaesutilizadosparaatendimentodademanda. Aquinestadissertação,tambémsão
enon-tradas soluções ótimas para asinstânias, mas para isso é utilizado o paote de otimização
omerial CPLEX.
Em Tangetal. (2005 ), é estudado o ontrole de topologia onsiderando a interferênia e
o roteamento omQoS(Quality of Servie) emredesemmalha semo ommúltiplos anais
e tráfego dinâmio. Diferentes atribuições de anais podem levar a diferentes topologias de
rede. No trabalho, é apresentada uma heurístia para o problema de ontrole de
topolo-gia onsiderando a interferênia. A heurístia proura uma atribuição de anal para a rede
que leva a uma topologia om mínima interferênia. O trabalho também dene o problema
de roteamento onsiderando largura de banda. Este problema onsiste em enontrar rotas
para requisiçõesde onexões om requisitos de largura de banda. Uma heurístiapara este
problema também é apresentada. O algoritmo de roteamento proposto aqui nesta
disser-tação também enontra rotas onsiderando a largura de banda dasrequisições dos lientes.
A interferênia na redenão éonsiderada no problemaabordadoaqui nestetrabalho.
Em Peters etal. (2007 ), é apresentada uma lassiação de vários tipos de topologia e a
inuêniadestastopologiasemtermosdelatêniaeperdadepaoteemenáriosomhando.
Váriosesquemasdehando sãoestudados,eospontospositivosenegativossãoidentiados.
Oproblema abordadoaqui nestadissertaçãonão onsidera ohando.
2.3 Propagação de sinal
A simulação atua emumimportante papel na avaliação de protoolos de redes sem o.
En-quantoosprotoolossãosimuladosomrazoávelrealismo,apropagaçãodosinalem
transmis-sõessemoeamobilidadedosnósnãosão. Atualmente,apropagaçãodesinalemsimulações
é feita onsiderando os modelos free-spae e 2-ray [Rappaport, T. (1996 )℄. Tais modelos são
válidos somente para espaços abertos que não possuem olinas e edifíios muito altos. Em
Sridhara e Bohaek(2007 ),sãodisutidasténiasparapropagaçãodesinalemáreasurbanas
para ambientesde simulação.
No trabalho apresentado aqui nesta dissertação, é utilizado o modelo de propagação de
sinal2-ray,umavezqueoarabouçodesimulaçãoderedesemoutilizado(SWANS)
disponi-biliza apenas osmodelos depropagação free-spae e 2-ray.
2.4 Múltiplos anais e múltiplas interfaes
Múltiplos anais estão disponíveisparausono padrãoIEEE802.11. Múltiplos anais podem
aumentar a apaidade das redes sem o om múltiplos anais usando múltiplas interfaes.
Neste trabalho, onsidera-se que múltiplas interfaes estão disponíveis, mas o número de
interfaes disponíveis é menorque o número de anais disponíveis. Também éproposta uma
lassiação de heurístias de roteamento que possuemuma boa estratégiade atribuição de
interfae. No trabalho ainda é proposta uma nova heurístia de atribuição de interfae que
não requer modiações no padrão IEEE 802.11. Heurístias de roteamento que podemser
utilizadas oma estratégiade atribuiçãode interfaes proposta tambémsãoidentiadas.
A formulação matemátia apresentada aqui nesta dissertação onsidera que os lientes
podempossuirdiferentes interfaesde omuniação eapresentarem demanda paraada uma
delas. Entretanto,oproblematratado aquinão aborda aquestãodaatribuição deinterfaes.
2.5 Atribuição de anais
Em Marinae Das(2005 ),oproblemadeatribuição deanaisemredesemmalhasemo om
múltiplos rádios éabordado. Neste trabalho,a formulação parao problema deatribuição de
anaiséomparadaaoproblemadeontroledetopologia,mostrandoqueoproblemaabordado
é NP-ompleto. Osautores propõemumaheurístiagulosa paraoproblemade atribuiçãode
anais. Osresultados mostram quea interferênia na redeé reduzida onsideravelmente.
O problema de atribuição de anais em redes em malha sem o é, geralmente,
formu-lado omo um problema de programação inteira determinístio. Em Papadaki e Friderikos
(2008 ), é apresentada uma formulação para o problema baseada em programação dinâmia
omomponentesestoástios. A deomposição temporaléutilizada parareduzirotamanho
do problemainteiro. Além disso, ummétodo deprogramação dinâmiaaproximado
(approx-imate dynami programming - ADP) é usado para ataar o problema da dimensionalidade.
Os resultados numérios revelam que o algoritmo é melhor do que as melhores heurístias
onheidas para o problemaparadiferentestopologias deredes.
Roteadores om múltiplos rádio podem aumentar signiativamente o desempenho das
redes em malha sem o. Entretanto, uma atribuição de anais estátia pode degradar o
desempenho da redepor ausada interferênia. Em Ramahandranetal. (2006 ),é proposto
um algoritmo de atribuição de anais que onsidera a interferênia denominado BFS-CA
(Breadth First Searh Channel Assignment). O BFS-CA aumenta o desempenho da rede
minimizando a interferênia entre roteadores.
Assimomo ainterferênia eo hando,oproblema deatribuição deanais não étratado
aqui nesta dissertação.
2.6 Camada MAC
EmAharyaet al.(2004 ),éapresentadooprojetodetalhadoeaanálisededesempenhodo
pro-toolo MACA-P (Multiple Aess Collision Avoidane with Parallelism), umRTS/CTS
Funtion / Media Aess Control). O protoolo IEEE 802.11 DCF MAC não permite
qualquer transmissão paralela na vizinhança de um nó transmissor ou reeptor (para uma
transmissão em andamento). O protoolo MACA-P é um onjunto de aprimoramentos do
protoolo 802.11 que permite transmissõesem paralelo quando dois nós vizinhos são ambos
transmissores ou reeptores, sendo que, ada par (transmissor e reeptor) não são vizinhos.
O desempenho do MACA-P é avaliado através de simulação. A arga da rede (throughput)
utilizando o MACA-Pé omparada à argautilizando o protoolo 802.11RTS/CTS MAC.
Na simulação apresentada aqui nesta dissertação, os nós possuem apenas um rádio e a
amada MAC da rede onsiste em uma implementação do padrão 802.11b. Neste padrão,
a ada momento, ou o nó está enviando dados ou reebendo. Além disso, não oorrem
transmissõesparalelasnavizinhançadeumnótransmissoroureeptor(paraumatransmissão
em andamento).
2.7 Roteamento
EmDravesetal.(2004 ),ofooestánoroteamentoemredesemmalhasemo. Nestetrabalho,
são onsideradas redes sem o om nós estaionários, omo exemplo as redes sem o de
omunidade (Community Wireless Networks). O objetivo é esolher um aminho om alto
throughput entreumaorigemeumdestino. Amétria utilizadaatribuipesosparaosenlaes
baseado no tempo de transmissão esperado (Expeted Transmission Time - ETT) de um
paote sobre oenlae. OETT éuma função dataxa de perda elargura de banda do enlae.
Éestudadoodesempenho damétriaatravésdeumaredesemoom23nós,sendoqueada
nó está equipadooma tenologia802.11.
Notrabalho Bejerano etal.(2007 ), onsidera-sequeosnóslientes nãotêmmobilidade e
seonetamdiretamenteaosroteadores. Nesteaso,oalgoritmoderoteamentodeveomputar
o aminho entre ada roteador sem o e umgateway e aloara largura de banda neessária
paraatenderàdemandaassoiadaaoroteador. Oalgoritmo deroteamento propostoproura
maximizar autilizaçãodaredeatravésdobalaneamento dotráfegonarede. Nestetrabalho,
osresultados da simulação ambempróximos dassoluçõesótimas.
Na simulação apresentada aqui nesta dissertação, diferentemente dos trabalhos itados
aima,háummodelode mobilidadeassoiadoaosnóslientes. Noroteamento dasdemandas
entre lientes e gateways, o aminho de roteamento é ompletamente determinado antes do
iníio da transmissão dosdados. Oalgoritmo de roteamento propostoenontra as rotas que
levamà utilizaçãodos roteadores om osmenores ustos de instalação e dosenlaes om os
menores ustos de omuniação e om maior apaidade (largura de banda) não utilizada.
Uma rota somente é esolhida se a largura de banda que não está sendo utilizada para os
2.8 Qualidade de serviço
Em Hilario (2006 ), é proposto um arabouço de suporte à qualidade de serviço (QoS) em
redes emmalha sem o. Oarabouço éformado por umonjunto de meanismos quejuntos
permitemqueamídiatransmitidaapresentea qualidadedesejadapelousuário. Oarabouço
possui meanismos de espeiação de requisitos de qualidade de serviço por parte da
apli-ação, um meanismo de reserva de reursos que fornee garantias de largura de banda e
priorização de uxos multimídia e um meanismo de monitoramento e adaptação do uxo
que permite que a transmissão dos dados se adapte às ondições da rede e apresente o
de-sempenho desejado pelo usuário. Neste trabalho, são feitas simulações no ambiente ns-2 e
os resultados são omparados om os resultados do arabouço de QoS para redes ad ho
INSIGNIA.
No trabalho apresentado aqui nesta dissertação, não há nenhum suporte à qualidade de
serviço em redesemmalha sem o.
2.9 Modelos
Muitos dos trabalhos enontrados na literatura onentram-se em resolver problemas
rela-ionados a algum aspeto das redes em malha sem o. Há pouos trabalhos dediados na
deniçãodeummodeloquearaterize,simultaneamente,váriosaspetosdasredesemmalha
sem o.
A determinação da loalização dos gateways é um fator rítio para o desempenho das
redes em malha sem o. Em Qiuetal. (2004 ), é apresentado um modelo matemátio para
o problema de loalização dos gateways. Os algoritmos de solução propostos onsideram o
layout da rede, as demandas dos usuários, araterístias dos enlaes sem o, propagação e
interferênia. Os algoritmos também são projetados paraprover tolerânia a falhas e tratar
variaçõesdaargadetrabalho narede. Osalgoritmospropostossãoavaliadosanalitiamente
e através desimulação.
No trabalho apresentadoaqui nesta dissertação, a loalização dosgateways édenida de
forma aleatória.
2.10 Simulação
O simulador ns-2 tem suporte limitado para simular redes em malha sem o que utilizam
o padrão 802.11. No trabalho Mhatre (2007 ), são aresentadas novas funionalidades às
amadas físia e MAC do ns-2. As novas funionalidades são: omputação da interferênia
umulativa em SINR (Signal to Interferene and Noise Ratio), um módulo de fading e um
arabouço para aestimativa daqualidade de umenlae.
A simulação apresentada aqui nesta dissertação é desenvolvida utilizando os arabouços
um meanismoparaestimativa da qualidadede umenlae.
2.11 Apliações
Em Biketetal.(2005 ),éavaliada ahabilidadedeumaarquiteturapararedesemmalhasem
o prover aesso à Internet de alto desempenho enquanto demanda pouo planejamento de
implantação egereniamento deoperação. Estetrabalho apresentao projetoeaavaliaçãode
desempenho de umaredeemmalha sem oreal denominada Roofnet. Osroteadores da rede
sãooloadosnostelhadosdeedifíiosemumaáreadequatro kilmetrosquadradospróximo
ao ampus do MIT em Cambridge, Massahusetts. O projeto onta om 37 roteadores que
demandam pouo esforço de instalação e manutenção por parte dos pesquisadores. Uma
avaliação do desempenho mostra que a rede Roofnet trabalha bem. Othroughput médio da
rede éigual a 627Kbps.
OMeshNet [Universityof California, Santa Barbara(2005 )℄trata-se de umaredesemo
instalada no ampus da universidade om 25 nós equipados om rádios 802.11a/b/g. Os
nós são distribuídos em ino andares dentro do prédio da engenharia. A rede está sendo
utilizada para o desenvolvimento de protoolos e sistemas para operações robustas de redes
semomulti-salto. Espeiamente,aredeestásendoutilizadaparaonduzirpesquisassobre
protoolosde roteamento esaláveis,gereniamento eientederedese soluçõesde QoS para
redes sem omulti-salto.
A Mirosoft Researh tem um projeto de pesquisa em redes em malha sem o
denomi-nadoSelf-Organizing Neighborhood Wireless MeshNetworks. Ofoodesteprojetoépesquisar
tenologiasqueviabilizem essetipo deredea médioe longoprazo. AMirosoftdisponibiliza
no seusite [Mirosoft (2005 )℄sua implementação de redeemmalha sem o omdistribuição
gratuitaparaserutilizadoprinipalmenteporinstituiçõesaadêmias. Estasoluçãofoi
imple-mentadaatravésde uma amadahamada Mesh Connetivity Layer ou simplesmenteMCL.
A MCL é um driver que implementa um adaptador virtual de rede. A rede em malha sem
o queestiverdisponívelparaonexão iráapareer para ousuário omoumenlae adiional
de rede, porém virtual. A MCL éimplementada entreasamadas deenlae e de rede. Para
asamadas maisaltas,ela é vistaomo maisumenlae Ethernet, emboraseja virtual. Para
as amadas mais baixas, a MCL aparee apenas omo um outro protoolo que está sendo
exeutado aima do nível físio. O protoolo de roteamento utilizado foi desenvolvido pela
Mirosoft e éhamado deLink Quality Soure Routing Protool ou LQSR. Eleé umaversão
modiada do protoolo Dynami Soure Routing. O DSR foi estendido para que pudesse
suportar várias métriasde qualidadede enlae emúltiplos rádios.
O trabalho de Kashyap etal. (2007 ) apresenta um estudo sobre o problema de suporte
a hamadas VoIP (Voie-over-Internet) em umarede em malha sem o. Neste trabalho são
propostas soluçõesparao ontrole de admissãode hamadas (CAC)e aseleção de rotapara
as hamadas de VoIP. A abordagem apresentada avalia se as restrições de apaidade (ou
desempenho.
OReMesh[UFF(2006 )℄foiaprimeiraexperiêniauniversitáriabrasileirabemsuedidana
onstruçãoderedesemmalhasemo. Nesteprojetofoidesenvolvidoumprotótipoderoteador
sem o om o objetivo de demonstrar na forma de prova de oneito a viabilidade de uma
rede de aesso universitário faixa larga sem o. Além dos omponentes de hardware, foram
desenvolvidas soluçõesemsoftware paragerêniada redeemmalha sem o,autentiação de
usuáriose suporteàqualidadede serviço. Duasredesemmalhasem oindependentesforam
implantadas: umaredeinternaàsinstalaçõesdoprédiodaengenhariadaUniversidadeFederal
Fluminense (UFF) e outra externa na vizinhança de São Domingos, próximo ao ampus da
Praia Vermelha da UFF. A rede de aesso universitária da UFF está em operação desde o
Denição do Problema
Asredesemmalhasemopossuemváriasaraterístias,eháumvastoonjuntodeaspetos
relaionados omo planejamento, a implantação ea operaçãodestasredes. Neste apítuloo
problema de planejamento de redes emmalha semo serádelineado utilizando a linguagem
matemátia. Assim, espera-seobter umadenição aurada para oproblema abordadoneste
trabalho. Com a formulação matemátia do problema, é possível resolvê-lo utilizando o
fer-ramental matemátio disponível na literatura, e assim, omeçar uma investigação sobre o
problema. Alémdisso, omodelomatemátioseráutilizado paraapoiarodesenvolvimento do
simulador para redes em malha sem o. A seção 3.1 desreve o problema de planejamento
de redes emmalha sem o, ea seção 3.2apresenta o modelo matemátioproposto paraeste
problema.
3.1 Planejamento de redes em malha sem o
As redesem malha semo surgemomo umatenologia promissora paraa próximageração
das redes sem o e estão inspirando vários enários de apliação, tais omo, as redes de
vizinhança e asredes metropolitanas. Há aindamuitos tópiosde pesquisa em abertosobre
esteassunto. Nestetrabalho,éabordadooproblemadeplanejamento deredesemmalhasem
o.
Oplanejamento éumatarefarealizadaantesda implantaçãodaredee onsisteem
deter-minar aquantidadedereursos neessáriaparaatender àdemandaestimadaparaoslientes.
Oplanejamento deumaredenãoé umatarefa simples,umavezqueenvolvemuitas variáveis
omo: topologiadarede,mobilidade,modelodetráfego,ustoeapaidade. Afaltade
plane-jamentopodeoasionaranãoaloaçãodosreursosneessáriosparaoompletoatendimento
da demanda dos lientes, ou, do ontrário, a aloação de mais reursos que o neessário,
aarretando emdesperdíio dereursos e elevaçãode ustos.
O problema de planejamento de redes em malha sem o visa atender à demanda dos
lientesporaessoàInternet,onsiderandoaminimizaçãodeustos. Nestetrabalho,
onsidera-se quedeve serfeito o planejamento de umarede emmalha sem o ujos nóssãoequipados
multi-salto e os nós lientes podem atuar omo roteadores. Há um valor assoiado à
a-paidade máxima de ada enlae de omuniação da rede. Tambémhá restrições de energia
assoiadas aosnóslientes.
Asolução doproblemadeplanejamento deredesemmalha semoonsistenaesolhade
um subonjunto de roteadores sem o om mínimo usto de instalação parafazer o
atendi-mento da demanda dos lientes por aesso à Internet. Além disso, a solução também deve
apresentar os aminhos de roteamento entre os lientes e gateways. Os aminhos de
rotea-mento sãoesolhidosonsiderando aminimização dosustosde omuniação entre osnós.
Apróximaseçãoapresenta aformulaçãodoproblemaabordadonestetrabalho emtermos
dasvariáveis,parâmetros, ritériosde otimizaçãoe restrições.
3.2 Formulação matemátia
Dada uma área D onde deve ser disponibilizadoo serviço (área de obertura), um onjunto
de nóslientes I,um onjunto de roteadores sem o J e um onjunto de gateways L om a
função dedisponibilizaraessoàInternet,sendotodosnóssemmobilidade,omoordenadas
de loalização (x,y) dentro da área D e om um determinado número de interfaes de rede
K e anais de omuniação disponíveis por interfae; o problema de planejamento de redes
em malha sem o onsiste em seleionar um subonjunto de roteadores sem o de mínimo
usto que maximize a obertura e a onetividade dentro da área D, isto é, o subonjunto
de roteadores seleionados deve atender a demanda dos lientes para ada interfae de rede
disponível. Oproblemadeplanejamentoderedesemmalhasemodeveráinformaroroteador
sem o
j
∈
J
que atende a demanda do lientei
∈
I
pela interfae de redek
∈
K
. Alémdisso,deveráexistirumaminho deomuniaçãoentreoroteador
j
epelomenos umgatewayl
∈
L
.Oproblemadeplanejamento deredesemmalhasemodevegerarasoluçãominimizando
asomadosustosdosenlaesdaredeutilizados,respeitandosempreoslimitesdeapaidade
de ada enlae. Além disso, deve respeitar asrestrições deenergia dos nóslientes. E ainda,
se existirem lientes
i
∈
I
que não estejam no alane de omuniação de nenhum roteadorsem o
j
∈
J
,a demandadesteslientesé atendida utilizando-se omoroteador algumoutroliente
o
∈
I
queestejanoraiodeomuniaçãodei
enoalanedeomuniaçãodepelomenosumroteador sem o
j
∈
J
. Olienteo
deve possuirenergia suientepara oatendimento dasua própria demanda e da demanda do liente
i
assoiadoa ele. Na modelagem sendo feitaaqui, onsidera-seque ademanda doslientesjá éonheida.
Antesde ontinuar a desriçãodo modelo, serão apresentadas algumasnotações.
A
Cli
−
Cli
: onjunto deenlaes queonetamnóslientes.
A
Cli
−
Rot
: onjunto de enlaesqueonetamnós lientes e nósroteadoressem o.
A
Rot
−
Rot
: onjunto de enlaesqueonetam nósroteadoressem o.
A
Rot
−
Gat
Asvariáveisdoproblemadeplanejamentoderedesemmalhasemosãodesritasaseguir.
x
k
ij
(
1
seonó liente i é atendido peloroteador semo j utilizando ainterfae k0
asoontráriox
′
k
ij
n
demanda do nólientei paraa interfae k queéatendida peloroteador sem o j
y
j
(
1
seo roteador semo j atendea demandade pelomenos umlientei0
asoontrárioy
′
k
j
(
1
seoroteador j atende ademanda depelomenos umlientei pelainterfae k0
asoontrárioz
jpq
1
seo enlaepq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
faz parte darota entre onó roteador j e
umgateway qualquer darede
0
aso ontrárioz
jpq
′
n
demanda atendida pelo roteador j quepassapeloenlaepq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
w
k
io
(
1
sea demanda doliente i pelainterfae k éatendida atravésdo lienteo0
aso ontráriow
′
k
io
n
demanda doliente i pelainterfae k queé atendida atravésdo lienteo
t
k
i
1
seo liente i está noalane de omuniação de pelo menos umroteadorj
∈
J
utilizando ainterfae k
0
aso ontrárioAseguir sãodenidos osparâmetros domodelo.
a
k
ij
1
seo nóliente i estáno alane deomuniação doroteador semo j utilizandoainterfae k
0
aso ontrárioa
′
io
k
1
seo nólientei está no alane deomuniação dolienteo utilizando ainterfae k
b
k
j
(
1
seo roteador sem oj possuia interfae de omuniação k0
aso ontráriod
k
i
n
demandado nólientei paraa interfae kc
j
n
ustode instalação do roteador sem oj
v
pq
n
ustodo enlaeentre osnós p e q,tal que,
pq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
u
pq
(
apaidade máxima do enlaeentre osnósp e q,tal que,
pq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
h
k
ij
n
ustodo enlae entre onó liente i e onó roteador j para ainterfae kg
io
k
n
usto do enlaeentreosnóslientes i e o para a interfae kn
k
j
(
númeromáximo de nóslientes quepodemseratendidos pelo roteador j utilizandoa
interfae k
ε
t
k
ij
(
quantidade de energia gasta natransmissão de 1unidade de demandautilizando a
interfae k do nólientei atéo nój (nó lienteou nóroteador)
ε
r
k
(
quantidade deenergia gasta na reepção de 1unidade dedemanda utilizando a
interfae k
ξ
i
n
quantidade totalde energia do nóliente i
Sobreosparâmetros
c
j
,v
pq
,h
k
ij
eg
k
io
,háobservaçõesaseremfeitas. Oparâmetroc
j
poderepresentaro usto monetário de instalação dosroteadores ou umoutro valor quediferenie
os roteadores, omo exemplo, uma medida da failidade de instalação e manutenção dos
dispositivos. Os parâmetros
v
pq
,h
k
ij
eg
k
io
podem representar tanto o usto monetário daomuniação entredois nósda redequanto adistânia entre doisnós, ou ainda, algum valor
relaionado om aqualidade doenlae entredois nós.
Osparâmetros
a
k
ij
ea
′
k
io
indiam seumdado nóestánoalane deomuniação deoutro.Estesvalorespodemserdenidosatravésdeumafunçãoqueonsiderediferentesomponentes
omo, porexemplo,adistânia,ainterferênia,a propagaçãodosinal, apotênia máximade
transmissão et.
Aformulaçãomatemátiaqueserá apresentadaa seguirainda possuioutrostrês
parâme-tros:
α
,β
eγ
. Estes parâmetros são utilizados no ajuste de unidades de medida na funçãoobjetivo. Elestambémpodemserutilizadosnaponderaçãodosdiferentesustospresentesna
função objetivo.
no-E
q
(
A
)
: onjunto de enlaes que hegam ao nó roteador ou gateway
q
∈
(
J
∪
L
)
e per-tenem ao onjuntoA
.S
q
(
A
)
: onjunto deenlaes quedeixam o nó roteador ou gateway
q
∈
(
J
∪
L
)
e pertenem ao onjuntoA
.U: valorbemgrande omparado aosdemaisvaloresdo problema.
Aformulação matemátiaparao problemaé apresentada aseguir.
min f
=
X
j
∈
J
c
j
y
j
+
α
X
j
∈
J
X
pq
∈
(
A
Rot−Rot
∪
A
Rot−Gat
)
v
pq
z
jpq
(3.1)+
β
X
ij
∈
A
Cli−Rot
X
k
∈
K
h
k
ij
x
k
ij
+
γ
X
io
∈
A
Cli−Cli
X
k
∈
K
g
k
io
w
k
io
Sujeitoa:
X
j
∈
J
a
k
ij
x
′
ij
k
=
d
k
i
t
k
i
+
X
oi
∈
A
Cli−Cli
w
′
oi
k
,
∀
i
∈
I,
∀
k
∈
K
(3.2)x
k
ij
≤
y
′
j
k
,
∀
i
∈
I,
∀
j
∈
J,
∀
k
∈
K
(3.3)X
i
∈
I
a
ij
k
x
k
ij
≤
n
k
j
y
j
′
k
,
∀
j
∈
J,
∀
k
∈
K
(3.4)X
pq
∈
E
q
(
A
Rot−Rot
)
z
jpq
′
−
X
qr
∈
S
q
(
A
Rot−Rot
∪
A
Rot−Gat
)
, r
6=
j
z
jqr
′
= 0
,
(3.5)∀
j
∈
J,
∀
q
∈
(
J
−
j
)
X
qr
∈
S
q
(
A
Rot−Rot
∪
A
Rot−Gat
)
z
′
jqr
=
X
i
∈
I
X
k
∈
K
x
′
ij
k
(3.6)q
=
j,
∀
j
∈
J
z
jpq
′
≤
u
pq
y
p
,
∀
j
∈
(
J
−
q
)
,
∀
pq
∈
A
Rot
−
Rot
(3.7)z
jpq
′
≤
u
pq
y
q
,
∀
j
∈
(
J
−
q
)
,
∀
pq
∈
A
Rot
−
Rot
(3.8)X
j
∈
J
(
z
jpq
′
+
z
jqp
′
)
≤
u
pq
,
∀
pq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
(3.9)z
jpq
′
≥
z
jpq
,
∀
j
∈
J,
∀
pq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
(3.10)y
′
j
k
=
b
k
j
y
j
,
∀
j
∈
J,
∀
k
∈
K
(3.12)x
′
ij
k
≤
U a
k
ij
x
k
ij
,
∀
i
∈
I,
∀
j
∈
J,
∀
k
∈
K
(3.13)X
io
∈
A
Cli−Cli
w
′
io
k
= (1
−
t
k
i
)
d
k
i
,
∀
i
∈
I,
∀
k
∈
K
(3.14)w
io
′
k
≥
w
k
io
,
∀
io
∈
A
Cli
−
Cli
,
∀
o
∈
(
I
−
i
)
,
∀
k
∈
K
(3.15)w
io
′
k
≤
U a
′
io
k
w
io
k
,
∀
i
∈
I,
∀
io
∈
A
Cli
−
Cli
,
∀
k
∈
K
(3.16)t
k
i
≤
X
j
∈
J
a
k
ij
,
∀
i
∈
I,
∀
k
∈
K
(3.17)U t
k
i
≥
X
j
∈
J
a
k
ij
,
∀
i
∈
I,
∀
k
∈
K
(3.18)X
k
∈
K
X
io
∈
A
Cli
−
Cli
ε
t
k
io
w
′
k
io
+
X
k
∈
K
X
oi
∈
A
Cli
−
Cli
ε
r
k
w
′
k
oi
(3.19)+
X
k
∈
K
X
j
∈
J
ε
t
k
ij
x
′
k
ij
≤
ξ
i
,
∀
i
∈
I
x
k
ij
, y
j
, z
jpq
, w
io
k
, t
k
i
∈ {
0
,
1
}
, x
′
k
ij
, y
′
k
j
, z
′
jpq
, w
′
k
io
≥
0
,
∀
i
∈
I,
∀
j
∈
J,
∀
k
∈
K,
∀
io
∈
A
Cli
−
Cli
,
∀
pq
∈
(
A
Rot
−
Rot
∪
A
Rot
−
Gat
)
Oproblema de planejamento de redes emmalha sem o onsiste em minimizar a função
objetivof (equação3.1) ompostapelasoma dosustosdeinstalação dosroteadores semo
esolhidosedosustosdosenlaesentrelientes, entreroteadoreseentrelienteseroteadores
utilizados para atender asdemandas doslientes.
A equação 3.2 garante quea demanda do liente i e asdemandas dos lientes
o
∈
I
quenãoestãonoalanedeomuniaçãodenenhumroteadorequerepassamsuasdemandaspara
o liente i sãoatendidaspelos roteadores.
Umlientei somentepodetersuademandapelainterfaederedek atendidapeloroteador
j,seoroteadorj possuiainterfae deredek efoiesolhidoparaserinstalado(restrição3.3 ).
Além disso, o número de lientes atendidos por um roteador j deve ser menor ou igual ao
númeromáximodelientesquepodemseratendidospeloroteador j,onsiderandoainterfae
k (restrição 3.4).
Asequações 3.5 e 3.6 garantem que a demanda que hega a umnó roteador q é igual à
diferente de zero passando pelo enlae pq, se os roteadores sem o p e q foram instalados.
A soma das demandas que passam pelo enlae pq tem que ser menor que a apaidade do
enlae (restrição 3.9). As restrições 3.10 e 3.11 indiam que somente pode haver demanda
atribuída ao roteador j passando peloenlae pq,se oenlae pq foiesolhido parafazerparte
do roteamento entre oroteador j e umgateway.
Aequação3.12dene ovalordavariável
y
′
k
j
. Arestrição3.13garantequesomentehaverádemanda do liente i pela interfae k atendida peloroteador semo j, seo lientei está no
alane de omuniação doroteador j e i foiatribuídoa j.
A demanda total de um liente i repassada para outros lientes é igual à sua demanda
original(equação3.14 ). Asretrições3.15e3.16asseguramquesomentepassarádemandapelo
enlae io, se o liente i está no alane de omuniação do liente o e o liente i repassará
parte ou todaa suademandaparao liente o.
Asrestrições3.17 e 3.18garantem umvalor binárioparaa variável
t
k
i
. A inequação3.19estárelaionada omarestriçãodeenergia dosdispositivoslientes. Asomadaenergiagasta
na transmissão da demanda do liente i para outros lientes, da energia gasta na reepção
da demanda de outros lientes e da energia gasta na transmissão da demanda do liente
i para roteadores sem o deve ser menor ou igual à energia total do dispositivo liente i.
É interessante notar que um liente i ou envia sua demanda para outros lientes ou para
roteadores sem o. Entretanto, foi modelada apenas uma inequação para a restrição de
energia.
Asvariáveis
x
′
k
ij
, y
′
k
j
, z
′
jpq
, w
′
k
io
foram denidas omo variáveis não negativas porque asre-striçõesdo modeloasseguram queestasvariáveis somentepodem assumirvaloresinteiros. A
redução do número de variáveis inteirasfailita aresolução do problema.
Agora que o problema abordado neste trabalho já foi melhor denido, é o momento de
propor métodosde solução paraeste problema. O modelomatemátio propostopode ser
re-solvidoutilizandoalgumpaotedeotimização. Nestetrabalho,omodeloéresolvidoutilizando
oCPLEX[Ilog,In.(2008 )℄. OCapítulo5desreveemdetalhesaresoluçãodoproblemaom
o uso do CPLEX. Analisando a formulação matemátia apresentada nesta seção, veria-se
que importantes aspetos das redes em malha sem o não são tratados nesta abordagem.
Aspetos omo mobilidade dos nós lientes, modelos e protoolos de omuniação et.
tam-bémdevemseronsiderados em umaabordagem queseaproxima domundo real. Assim,no
próximo apítulo, são desritos osomponentes e o funionamento do simulador para redes
Desenvolvimento
Esteapítulodesreveofunionamentodosimuladorpararedesemmalhasemodesenvolvido
neste trabalho.
Uma simulação onsiste em imitar, durante determinado período de tempo, a operação
de umsistemaou deumproesso domundoreal. A simulaçãoédesenvolvidaa partir deum
modeloparaosistemasendoestudado. Omodelo,normalmente,tomaaformadeumonjunto
deonsideraçõesrelaionadasaoperaçãodosistema. Asimulaçãopodeserusadatantoomo
umaferramentadeanáliseparapreveroefeitodemudançasemsistemasjáexistentes, quanto
omo uma ferramenta para prever o desempenho de novos sistemas antes mesmo que estes
sejam onstruídos e implantados.
A seção 4.1 apresenta a proposta do simulador, e a seção 4.2 detalha osprinipais
om-ponentesdo simuladorpara redesem malhasem o desenvolvido nestetrabalho.
4.1 Simulador para redes em malha sem o
OCapítulo3desreveoproblemadeplanejamentoderedesemmalhasemoeapresenta um
modelomatemátioparaesteproblema. Atéaqui,oproblemaemestudofoitratadodeforma
estátia. Todososparâmetrossãoonheidosantesdeiniiaraprouraporumasoluçãopara
oproblema. Paraabordaroproblemadeumaformamaisdinâmiaepróximadomundoreal,
é desenvolvido umsimulador pararedes emmalha semo.
Paraoprojetodosimulador,onsidera-sequeháumonjuntodenósroteadoresegateways
que podemser utilizadosparao atendimento da demandadoslientes. O objetivo ésimular
uma rede em malha sem o om nós lientes requisitando aesso à Internet. O simulador
tem queser apaz de esolher um subonjunto de nós roteadores e gateways paraompor o
roteamentodasdemandasentrelientesegateways. Aesolhadosroteadoresegatewayséfeita
om basenosmesmos ritérios de otimização(esolha dosroteadores omosmenores ustos
de instalação e dos enlaes om os menores ustos de omuniação) do modelo matemátio
apresentado no Capítulo 3. Porém, na simulação, o problema é abordado onsiderando os
protoolos de omuniação em rede do modelo OSI (Open Systems Interonnetion), um
lientes (requisições)estão distribuídasao longo dotempo.
O simulador foi onstruído na linguagem Java [Sunmirosystems (2008 )℄ utilizando os
arabouços JiST (Java in Simulation Time) e SWANS (Salable Wireless Ad ho Network
Simulator) [RimonBarr etal.(2005 )℄.
JiST é um simulador de eventos disretos que roda sobre uma máquina virtual Java
padrão. Ele é um protótipo de uma nova abordagem de propósito geral para onstrução
de simuladores de eventos disretos, hamada simulação baseada em máquina virtual. A
plataforma de simulação resultante é muito eiente. O JiST é exível e transparente. A
transparênia é um benefíio have: não é neessário esrever o ódigo em uma linguagem
espeía de simulação. O JiST modia o ódigo esrito em Java, no nível de byteode,
aresentando semântia de tempo de simulação. Assim, simulações JiST são esritas em
Java, ompiladas usando um ompilador padrão Java e rodam sobre uma máquina virtual
padrão Java.
OSWANS é umsimulador de redesem o esalávelonstruído sobre aplataforma JiST.
Ele foi riado para validar a onstrução de simuladores que utilizam a abordagem baseada
em máquina virtual e ser uma alternativa em relação às ferramentas de simulação de rede
existentes. OSWANSé organizadoomoomponentesindependentes desoftwarequepodem
ser ombinados para formar umaredesem o ompleta. O SWANS temasmesmas
arate-rístias dossimuladores de rede ns2 [DARPA etal. (1995 )℄ e GloMoSim [UCLA (1999 )℄. O
SWANS é eiente eapresenta baixo onsumo de memória.
Assubseçõesa seguirapresentamumadesriçãomaisdetalhada dosarabouçosde
simu-lação JiST e SWANS.
4.1.1 JiST
O JiST (Java in Simulation Time) é um arabouço de simulação baseado em Java que
exe-uta simulações de eventos disretos de forma eiente e transparente. O JiST onsiste em
uma nova abordagem para onstrução de simuladores em que a semântia da simulação é
introduzidana exeuçãopelamáquinavirtual.
A prinipal distinção entre o JiST e outros sistemas de simulação é que om o JiST não
é preiso esrever o ódigo da simulação em uma linguagem espeía. O JiST introduz a
semântia deexeuçãopor tempo desimulação emprogramasesritosemJavapadrão eeles
são exeutados sobre uma máquina virtual padrão. O JiST onverte uma máquina virtual
padrão emumsistemade simulaçãode forma transparente.
A arquitetura do JiST, mostrada na Figura 4.1, onsiste de quatro omponentes: um
ompilador, ummodiadorde byteode, umkernel desimulação eumamáquinavirtual. Os
programas de simulação são esritos em Java padrão e ompilados utilizando o ompilador
padrãodalinguagemJava. Aslassesompiladassãomodiadaspelomodiadordebyteode
para inorporar a semântia de tempo de simulação e serem exeutadas sobre o kernel de
simulação. O programa de simulação, o modiador de byteode e o kernel são esritos em