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Adubação do milho: V - Considerações sôbre o uso de excesso de sementes em trabalhos experimentais.

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ADUBAÇÃO DO MILHO

V — CONSIDERAÇÕES SÔBRE O USO DE EXCESSO DE SEMENTES EM TRABALHOS EXPERIMENTAIS (*)

E. S. F R E I R E , engenheiro agrônomo, Fundo de Pesquisas e GLAUCO P. VIÉGAS, engenheiro agrônomo, Seção de Cereais, Instituto Agronômico

RESUMO

Nos ensaios em que os adubos são aplicados nos sulcos de plantio, a redução no "stand" inicial ou de emergência, embora nem sempre seja um índice seguro, é, contudo, o mais prático de que se dispõe para verificar os danos freqüentemente causados pelo excesso de concentração de sais. Observações feitas em vários ensaios de adubação do milho realizados na Estação Experimental Central, Campinas, mostraram que, usando-se sementes em excesso e fazendo-se desbaste com o objetivo de uniformizar os "stands" dos canteiros experimentais, corrige-se parcial ou totalmente aquela redução. Tal correção dificulta, ou mesmo impede, a exata interpretação dos resultados obtidos, quando certos adubos, por terem sido aplicados de modo inadequado, deprimem a produção ou não a aumentam nas proporções esperadas. Isso tem concorrido para que se subestimem os freqüentes prejuízos provocados pelo emprêgo de adubos nos sulcos de plantio, retardando o reconhecimento da inconveniência dêste método de aplicação.

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a) Mutilações, lesões ou deformações nas raizes, mesmo das plan-tas que ainda não emergiram à superfície d o solo.

b) Redução n o " s t a n d " , causada pela morte de plantas n o período da preemergência ou recemnascidas.

c) Retardamento na emergência.

E m b o r a inequívocos, os sinais citados em a são de verificação muito

trabalhosa. Aliás,

eles

sempre se expressam sob a forma de retardamento

na emergência e também, freqüentemente, sob a de redução n o "stand", as quais são de mais fácil constatação.

D o s dois últimos sinais, o retardamento na emergência é o mais seguro, porquê mais geral. É u m reflexo das mutilações ou lesões nas raízes ; mani-festa-se sempre que há redução n o "stand" e, além disso, p o d e patentear-se mesmo quando esta não ocorre. E m outras palavras : quando o excesso de concentração de sais prejudica as raízes (sinal a), p o d e ou não haver redução d o número de plantas nascidas (sinal b), mas sua emergência sofre sempre apreciável atraso (sinal c).

A constatação d o sinal c exige, contudo, freqüentes e meticulosas obser-vações dos ensaios na sua fase inicial, o que nem sempre é possível. Assim, na maioria dos casos só se dispõe d o sinal b, redução n o "stand". Este é u m b o m índice de danos causados pela inadequada aplicação dos adubos ; toda-via, não se deve concluir que a recíproca seja verdadeira, pois culturas preju-dicadas por sério atraso na emergência p o d e m dar, quanto ao número total de plantas, a ilusão de que p o u c o ou nada sofreram no período germinação--emergência.

Seja c o m o fôr, o "stand" é, em muitos casos, ótimo elemento para a interpretação dos resultados de experiências. M a s o que realmente serve para

este

fim é o "stand" inicial ou de emergência, pois o "stand" final de-pende muito mais de outros fatores que não o m é t o d o de aplicação dos adubos. Além disso, nas culturas desbastadas em regra se usa elevado número de sementes, de sorte que, mesmo havendo muitas falhas, por vezes é possível deixarem-se os canteiros que .foram prejudicados, c o m "stands" tão bons quanto os dos não afetados. Assim, em observações posteriores não mais se pode localizar onde houve danos. Destarte, o "stand" final p o d e levar o experimentador a conclusões errôneas ou, pelo menos, dificulta a interpre-tação de experiências em que certos adubos causaram depressão na produção ou não a aumentaram nas proporções esperadas.

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FREIRE & VIEGAS :

ADUBAÇÃO DO MILHO. V. 205

Trata-se, portanto, de mero paliativo. M u i t o mais lógico e mais prático seria usar-se o verdadeiro remédio para o caso, isto é, aplicar os adubos de m o d o adequado. Para chegar-se a tanto, porém, é preciso que se reconheça a inconveniência d o m é t o d o arraigado entre nós, reconhecimento que está sendo dificultado e retardado, e m parte, pelo uso de excesso de sementes nos ensaios de adubação. Esta providência destrói parcial ou totalmente o sinal — redução n o "stand" — de que e m regra se dispõe para constatar os prejuizos causados pela aplicação dos adubos nos sulcos de plantio.

N ã o fizemos experiências especialmente planejadas para estudar o assunto. Contudo, em vários ensaios de adubação d o milho efetuamos obser-vações que b e m p o d e m contribuir para esclarecê-lo. M e s m o porque não pretendemos discutir a fundo os p r ó s e os c o n t r a s d o uso de excesso de se-mentes, mas tão somente mostrar c o m o êle p o d e confundir o experimentador que não acompanhe meticulosamente suas experiências n o período inicial.

2 - I N F O R M A Ç Õ E S G E R A I S

O presente trabalho se baseia em ensaios de adubação d o milho realizados na Estação Experimental Central, Campinas, e m terra roxa misturada, e j á publicados (9, 10, 11) sem os detalhes agora estudados.

Cada canteiro constou de cinco fileiras de 10 m de comprimento e espa-çadas de 1 m , sendo aproveitadas somente as três fileiras centrais. Nas fileiras, as covas foram espaçadas de 20 c m , e cada uma destas recebeu três

sementes. A área útil de cada canteiro foi, portanto, dé 30 m2

, teve 150 covas e recebeu 450 sementes.

O desbaste foi efetuado cerca de u m mês após o plantio, deixando-se apenas uma planta por cova. Para este estudo só foram utilizados os ensaios em que se puderam contar, antes d o desbaste, as plantas existentes em cada cova, de forma a se poder comparar o "stand" realmente deixado após ó desbaste c o m o que existia antes dessa operação ; ou ainda, para ter-se uma situação intermediária, c o m u m "stand" hipotético, imaginando-se que n o desbaste se deixassem, onde possível, duas plantas por cova. Fazendo-se ou não desbaste, as covas total ou parcialmente falhadas ficaram c o m número de plantas inferior ao estabelecido. Assim, para facilitar as comparações, tomamos c o m o "stand" efetivo o número total de plantas existentes em cada

canteiro.

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3 - D E T A L H E S S O B R E OS E N S A I O S E R E S U L T A D O S O B T I D O S

3 . 1 - E N S A I O S SOBRE A APLICAÇÃO DE N EM COBERTURA

Os tratamentos estudados comparativamente se acham n o quadro 1.

QUADRO 1. — Tratamentos comparados nos ensaios sobre a aplicação de N em cobertura

kg/ha de nutrientes aplicados

Designação dos tratamentos em cobertura

nos sulcos de plantio

no desbaste na floração

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N. P e K foram empregados respectivamente nas formas de salitre d o Chile, superfosfato e cloreto de potássio. Para o presente estudo, inte-ressam-nos particularmente as doses aplicadas nos sulcos de plantio, pois as usadas em cobertura não mais influiram nos "stands" determinados por ocasião d o desbaste. Por isso mesmo, colocamos entre parêntesis u m dos tratamentos — (NiPK) — que, n o caso, em nada difere d o outro NiPK.

N o s ensaios realizados segundo

este

plano, a contagem, antes d o

des-baste, d o número de plantas por cova, só foi feita nos anos de 1 9 4 9 / 5 0 e

1 9 5 1 / 5 2 .

E m 1 9 5 1 / 5 2 , os dias que se seguiram ao plantio foram chuvosos. A ger-minação se processou uniformemente e o "stand", nos diversos tratamentos, oscilou apenas entre 8 2 , 2 e 8 4 , 6 % d o "stand" perfeito, antes d o desbaste, e entre 9 7 , 3 e 9 8 , 2 % após o desbaste para uma planta por cova. Nessas con-dições, o uso de três sementes por c o v a não teve oportunidade de melhorar muito o "stand" e, sobretudo, não beneficiou mais o de uns que o de outros tratamentos.

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O U T . , 1955

FREIRE & VIEGAS :

A D U B A Ç Ã O DO M I L H O . V. 207

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208 B R A G A N T I A VOL. 1 4 , N.° 20

A melhoria d e "stand" não foi, porém, uniforme para todos os trata-mentos ; os canteiros mais prejudicados na emergência foram, relativamente, muito mais beneficiados pelo desbaste. Isso se v ê claramente quando os "stands" foram calculados tomando-se por base o d o tratamento S/ad. (colunas 3, 5, 7 e 9). A figura 1 (parte A ) também mostra a mesma cousa.

Antes d o desbaste, a queda de S/ad. para N3P K era de 42% ; desbastando-se

para duas plantas por cova, ela seria somente de 34% ; feito o desbaste para uma planta p o r cova, ficou reduzida a 23%. Assim, os "stands" dos trata-mentos S/ad. e PK, que apresentavam, antes d o desbaste, uma diferença de

10%, ficaram praticamente iguais depois d o desbaste ; a diferença entre S/ad. e N i P K , que era d e 21%, passou a apenas 7%, e assim por diante.

3.2 - ENSAIOS COM DIFERENTES DOSES E COMBINAÇÕES D E N, P E K (1.* SÉRIE)

N o s ensaios que passamos agora a relatar, as doses básicas (tratamento 111) de N , P2O5 e K2O foram, respectivamente, 25, 25 e 45 kg/ha. Assim, o tratamento 041 significa u m a mistura sem azôto, mas c o m 100 kg/ha de P2O6 e 45 kg/ha d e K20 . Os adubos usados foram salitre d o Chile, super-fosfato e cloreto de potássio, que foram aplicados, c o m o d e costume, nos sulcos de plantio e n o m o m e n t o da semeação.

E m quatro d o s cinco anos e m que executamos

estes

ensaios, pudemos

contar, antes d o desbaste, as plantas existentes em cada

cova.

E m três

deles

a germinação n ã o foi apreciavelmente modificada pelos diversos trata-mentos ; d o mesmo m o d o , a relação — "stand" antes do desbaste : "stand" após o desbaste — t a m b é m p o u c o variou. E m 1947/48, porém, tendo corrido

seco

o período imediato ao plantio, houve numerosas falhas nos canteiros que

receberam salitre ou cloreto de potássio.

Os resultados obtidos em 1947/48 se acham n o quadro 3. O "stand" d o tratamento 041, que era, antes d o desbaste, de 63,5%, baixou sucessi-vamente até 42,4%, n o tratamento 143 (coluna 2). Considerando-se como feito o desbaste para duas plantas p o r c o v a (coluna 4), o "stand" relativo teria melhorado apreciavelmente em todos os tratamentos ; feito para u m a planta por c o v a (coluna 6), a melhoria ainda foi mais acentuada. Tomando-se por base o tratamento que sempre apresentou melhor "stand" (colunas 3, 5 e 7 d o quadro 3 e parte B da figura 1), vê-se, contudo, que essa melhoria não foi uniforme : a diferença entre o tratamento 041 e o 143, que era de 33% antes d o desbaste, diminuiu para 28% quando se considerou o desbaste para duas plantas p o r c o v a e ficou reduzida a 22% após o desbaste para uma planta por cova.

E m resumo,

neste,

c o m o n o ensaio anterior, o uso de três sementes por

c o v a beneficiou o "stand", contado após o desbaste, dos canteiros sem azôto ou sem potássio. Esse benefício foi, contudo, muito maior para os trata-mentos que receberam elevadas doses desses nutrientes, e que, p o r isso mesmo, haviam sofrido maiores danos.

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FREIRE & VIEGAS :

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3.3 - E N S A I O S C O M D I F E R E N T E S D O S E S E C O M B I N A Ç Õ E S D E N, P E K (2.* S É R I E )

As doses básicas (111) de N, P2O5 e K20 foram de 25 kg/ha,

respecti-vamente nas formas de salitre d o Chile, superfosfato e cloreto de potássio.

As combinações comparadas foram (sempre na ordem N-P-K) : 000, 101,

111, 121, 131, 141, 011, 211, 110, 112 e 113.

Este plano foi executado durante três anos. E m 1950/51 não foi deter-minado o "stand" antes d o desbaste e em 1951/52 choveu regularmente após o plantio. E m 1949/50, porém, a insuficiência de chuvas, nos dias imediatos ao plantio, parece ter tornado excessiva a concentração de sais nos sulcos adubados.

Os resultados obtidos em 1949/50 se acham no quadro 4. Verifica-se, mais uma vez, que o desbaste para duas, e sobretudo para uma planta por cova, melhorou muito o "stand" relativo, e que essa melhoria não foi unifor-me, acentuando-se à medida que foi baixando o "stand" contado antes d o desbaste, conforme se vê também na figura 1 (parte C ) . O "stand" final baixou bastante, ao que parece devido a fatores independentes d o m o d o de aplicação dos adubos ; contudo, os tratamentos que mais sofreram no início continuaram relativamente mais beneficiados.

4 - D I S C U S S Ã O

Para ter uma idéia das dificuldades criadas pelo uso de sementes em excesso e conseqüente desbaste, suponhamos que n o ensaio citado em 3.1 (o de 1949/50) não se houvesse determinado o "stand" antes d o desbaste e que tivéssemos de interpretar seus resultados c o m o auxílio exclusivo d o "stand" após o desbaste ou — o que, no caso em apreço, v e m a dar no mesmo — d o "stand" final.

Nesse

ensaio, o aumento devido à adubação c o m P K foi somente de

385 kg/ha ( 2 0 % ) , o que é pouco para as doses empregadas. C o m o os "stands" finais dos canteiros S/ad. e c o m P K eram iguais, seríamos levados a concluir que a causa da pequena resposta residia apenas n o fato de estar o solo

rela-tivamente b e m suprido de P e K . O aumento devido a N2 foi de 420 kg/ha

( 1 8 % ) , ao passo que o provocado por (Ni) foi de 525 kg/ha ( 2 3 % ) . C o m o

era muito pequena ( 6 % ) , e não significativa, a diferença entre os "stands"

finais dos tratamentos N2P K e

(NiPK),

por certo atribuiríamos a

inferiori-dade de N2 exclusivamente ao maior arrastamento d o salitre empregado em

duas porções, pois que n o tratamento

(NiPK)

êle foi aplicado em três porções.

Entretanto, dispondo dos dados relativos aos "stands" antes d o desbaste, verificaríamos que as reduções de P K em relação a S/ad., e de

( N2P K ) em relação a NXP K , além de apreciáveis, eram estatisticamente

significativas, e concluiríamos que, embora os outros fatores acima indicados também tivessem concorrido para diminuir as diferenças de produção, o emprego dos adubos nos sulcos de plantio havia sido u m dos principais responsáveis pela pequena reação d o milho à adubação c o m P K e pela

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OUT., 1 9 5 5

FREIRE & VIEGAS :

ADUBAÇÃO DO MILHO. V. 213

Os exemplos atraz mostram claramente c o m o , nos ensaios em que se usa excesso de sementes, os dados referentes ao "stand" contado após o desbaste freqüentemente deixam de revelar a intensidade dos danos que a cultura sofreu no início d o seu desenvolvimento. Pior d o que isso, por vezes eles dão, ao experimentador, a ilusão de que ela nada sofreu, levando-o a atribuir a outros fatores efeitos menos favoráveis ou mesmo depressivos de certos tratamentos.

E note-se que nos ensaios aqui estudados não foi grande o excesso de sementes, o que possibilitou aos tratamentos mais prejudiciais deixarem, depois d o desbaste, sinais de sua nocividade. E m vista dos resultados obtidos, é lícito supor-se que, usando-se maior excesso de sementes, mesmo esses tratamentos não teriam deixado sinal algum.

5 - C O N C L U S Õ E S

a) N o s ensaios em que os adubos são aplicados nos sulcos de plantio, freqüentemente o excesso de concentração de sais prejudica a germinação das sementes e o desenvolvimento inicial das plantas, tornando a produção dos canteiros afetados inferior à dos que receberam igual adubação, mas aplicada de m o d o adequado.

b) A redução, nos canteiros afetados, d o "stand" inicial ou de emer-gência, embora nem sempre corresponda à intensidade dos danos causados, é, contudo, o índice de mais fácil obtenção e, por isso mesmo, o de que geral-mente se pode dispor para a verificação d o citado prejuízo.

c) Usando-se excesso de sementes e fazendo-se desbaste c o m o intuito de uniformizar o número de plantas por canteiro, corrige-se, parcial ou total-mente, a redução sofrida pelo "stand" inicial. Esta correção torna o "stand" determinado após o desbaste inadequado para a interpretação dos resultados de ensaios, sobretudo quando certos adubos causam depressão na produção

ou não a aumentam nas proporções esperadas.

d) O uso de sementes èm excesso e a falta de determinação d o "stand"

de emergência —

este

para ser usado c o m o informação indispensável à

interpretação dos resultados de ensaios — têm concorrido para que se subes-timem os freqüentes prejuízos causados pelo emprego de certos adubos nos sulcos de plantio, dificultando e retardando o reconhecimento da

inconve-niência

deste

m é t o d o de aplicação.

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F E R T I L I Z E R E X P E R I M E N T S W I T H CORN. V — C O M M E N T S ON T H E USE OF L A R G E A M O U N T S OF S E E D IN F I E L D T R I A L S

SUMMARY

When certain fertilizers are mixed with the soil in contact with the seed, sprouting may be delayed or prevented, young roots may be injured, and a satisfactory stand is difficult to obtain. Although not always reliable, the reduction of the initial stand is the most practical indication of fertilizer injury.

Experiments carried out with corn at the Central Experimental Station, Campinas, showed that the common practice of sowing experimental plots rather thickly compensated partially or entirely for the reduction in stand due to fertilizer injury. Since enough plants are thus obtained in the plots, it becomes difficult to recognize that such type of injury occurred. This fact may lead the experimenter to misinterpret the results of fertilizer experiments in which the improper application of fertilizer did not increase the yield or even depressed it, whereas if properly applied a favorable response could have been obtained.

LITERATURA CITADA

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11. , & FREIRE, E. S. Adubarão do milho. IV —

Referências

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