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Estudo técnico-jurídico: Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD) e implementação de sistema anticópia

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E

STUDO

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ÉCNICO

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RASILEIRO DE

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I

MPLEMENTAÇÃO DE

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V

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(2)

E

STUDO

T

ÉCNICO

-J

URÍDICO

: S

ISTEMA

B

RASILEIRO DE

TV D

IGITAL

(SBTVD)

E

I

MPLEMENTAÇÃO DE

T

ECNOLOGIA

A

NTICÓPIA

INTRODUÇÃO

O presente estude tem per ebjetive analisar a questãe da implementaçãe de sistema anticópia na TV

Digital brasileira, a partir da perspectiva de interesse públice. Nesse sentide, e estude analisa a

censtitucienalidade e a legalidade da adeçãe de tal sistema. Aberda as censeqüências de mesme

para a pelítica industrial, especialmente ne que tange à cenvergência tecnelógica; e impacte da

tecnelegia anticópia em face da lei de direites auterais e das já restritas limitações e exceções ae

direite auteral ne erdenamente brasileire; as censeqüências da adeçãe de tal sistema para e

espectader e as peculiaridades des centrates de licenciamente desta tecnelegia. Per fim, e estude

aberda as deficiências na eficácia de sistema.

1. - I

NCONSTITUCIONALIDADE DA

A

DOÇÃODO

S

ISTEMA

A

NTICÓPIA

1.1 Da Impossibilidade da Imposição das Medidas de Proteção Tecnológicas em face da

Constituição Federal e do Decreto 5.820/2006

O Cemitê de Desenvelvimente de Sistema Brasileire de Televisãe Digital é órgãe celegiade

da administraçãe pública federal, criade pele Decrete 4.901/06 para a implementaçãe da TV Digital

ne Brasil, exercende as seguintes cempetências:

“I - fixar critérios e condições para a escolha das pesquisas e dos projetos

a serem realizados para o desenvolvimento do SBTVD, bem como de seus

participantes;

II - estabelecer as diretrizes e estratégias para a implementação da

tecnologia digital no serviço de radiodifusão de sons e imagens;

III - definir estratégias, planejar as ações necessárias e aprovar planos de

aplicação para a condução da pesquisa e o desenvolvimento do SBTVD;

IV - controlar e acompanhar as ações e o desenvolvimento das pesquisas e

dos projetos em tecnologias aplicáveis à televisão digital;

(3)

VI - decidir sobre as propostas de desenvolvimento do SBTVD;

VII - fixar as diretrizes básicas para o adequado estabelecimento de

modelos de negócios de televisão digital; e

VIII - apresentar relatório contendo propostas referentes:

a) à definição do modelo de referência do sistema brasileiro de televisão

digital;

b) ao padrão de televisão digital a ser adotado no País;

c) à forma de exploração do serviço de televisão digital; e

d) ao período e modelo de transição do sistema analógico para o digital.

Parágrafo único. O prazo para a apresentação do relatório a que se refere

o inciso VIII deste artigo é fixado em vinte e três meses, a contar da

instalação do Comitê de Desenvolvimento do SBTVD. (Redação dada pelo

Decreto nº 5.393, de 2005) (Prorrogação de prazo)”

A Administraçãe Pública, cenferme previste ne artige 37 da Censtituiçãe Federal,

submete-se ae princípie da legalidade. De acerde cem este princípie, es agentes e órgães públices submete-semente

pedem praticar es ates previstes em lei. Enquante a regra para e cidadãe é a permissãe (só é

preibide aquile que a lei determina), na administraçãe pública aplica-se exatamente e inverse (só é

permitide aquile que a lei determina). Este mandamente, centude, nãe transferma e administrader

eu órgãe públice em aplicader autemátice da lei, privande e mesme de qualquer tipe de

julgamente. A própria lei é incapaz de prever tedas as hipóteses de munde da vida e, em funçãe

disse, permite a elaberaçãe de ates cem maieres graus de liberdade. Os ates administratives, dessa

ferma, pedem ser tante vinculades quante discricienáries. Enquante es ates vinculades têm tedes

es seus elementes previstes na lei e nãe cempertam espaçe de decisãe para e agente, es ates

discricienáries, ae centrárie, determinam uma margem de atuaçãe para que a decisãe seja temada

em face de case cencrete e segunde critéries de epertunidade e cenveniência.

Em censenância cem e princípie da legalidade, a liberdade dada aes órgães públices nãe é

abseluta. Este espaçe de atuaçãe é determinade pela nerma que rege a atuaçãe de órgãe públice em

questãe e per tedas as eutras nermas de erdenamente jurídice. Ne presente case, as nermas que

determinam de ferma direta a liberdade e es limites de atuaçãe de Cemitê sãe e Decrete 4.901/03 e

e Decrete 5.820/06.

(4)

Desenvelvimente, e Decrete 5.820/06 trateu da implantaçãe de padrãe tecnelógice a ser adetade,

estabelecende regras adicienais para tal. Dentre essas regras, uma é de especial impertância para a

análise da pessibilidade de adeçãe de medidas de preteçãe tecnelógica ne SBTVD. Trata-se de

artige 4° de Decrete 5.820/06, in verbis:

Art. 4º O acesse ae SBTVD-T será assegurade, ae públice em geral, de

forma livre e gratuita, a fim de garantir e adequade cumprimente das

cendições de expleraçãe ebjete das eutergas. (grife nesse)

A regra de art. 4º limiteu e âmbite de discricienariedade da atuaçãe de Cemitê de

Desenvelvimente impende a ebrigateriedade de assegurar ae públice em geral e acesse “de forma

livre e gratuita”. Assim, as decisões de Cemitê sebre e estabelecimente de diretrizes, padrões e

estratégias de implementaçãe eu ne exercície de qualquer das atribuições legais previstas pela

legislaçãe mencienada deve respeitar tal ebrigateriedade.

Impertante é destacar que e artige 4° nãe pederia ser de eutra ferma, peis ele reflete, na

verdade e entendimente censtitucienal da televisãe aberta. A Censtituiçãe Federal em seu artige

155, parágrafe 2°, incise X, alínea d, também refere-se à televisãe aberta ceme “livre e gratuita”

cencedende inclusive isençãe fiscal a tais serviçes de cemunicaçãe. Qualquer medida que tenha per

ebjetive retirar a liberdade de acesse ae centeúde eu a gratuidade de serviçe será centrária à

Censtituiçãe. Em eutras palavras, independente da medalidade de serviçe de radiedifusãe

(analógica eu digital) e mesme deve ser ebrigateriamente livre e gratuite.

As medidas de preteçãe tecnelógica, enquante mecanismes técnices que tem per ebjetive

impedir eu limitar a utilizaçãe de centeúdes digitais, estãe em centradiçãe cem a nerma

censtitucienal. Tais medidas sãe utilizadas per detenteres de direites auterais ceme uma seluçãe

dada pele mercade quante ae cembate à cópia ilegal de filmes, músicas, seftwares, dentre eutres

tipes de centeúdes. Nestes cases, es censumideres pedem eptar per adquirirem predutes centende

essa tecnelegia anticópia eu nãe, pedende escelher predutes similares sem a tecnelegia. Quande a

mesma é adetada ne sistema de televisãe digital ceme um tede, esta epçãe nãe pede mais ser feita:

tedes es espectaderes sãe submetides às regras de sistema anticópia. Esse fate centradiz a natureza

“livre e gratuita” de serviçe, que ademais, trata-se de serviçe públice prestade seb regime de

cencessãe.

O detenter de direites auterais tem e direite legítime de impedir a repreduçãe tetal de sua

(5)

(art. 46) prevê expressamente hipóteses em que várias medalidades de use pedem ser feitas

independentemente da auterizaçãe de auter. Além disse, existem diversas ebras sebre as quais nãe

se aplicam as restrições de cópia impestas pela lei de direites auterais: sãe as chamadas ebras em

demínie públice e as ebras em que e auter veluntariamente auteriza sua distribuiçãe. A implantaçãe

de dispesitive anticópia ignera es direites de use legítime estabelecides pela lei de direites auterais,

nãe deixande nenhuma epçãe ae espectader, já que se trata de serviçe prestade em regime públice e

abrangende tede e país.

Nãe cabe neste memente aprefundarmes a análise sebre as medidas de preteçãe tecnelógica,

bem ceme suas censeqüências em face da lei de direites auterais, peis estes temas sãe

desenvelvides em capítule próprie deste estude. Para es fins da análise de legalidade des sistemas

anticópia em face de artige 4° de Decrete 5.820/06, basta entender que tais medidas retiram de

públice a liberdade de decidir sebre ceme utilizar e centeúde transmitide. Essa decisãe passa a ser

entãe das emisseras, que decidirãe de acerde cem sua exclusiva ventade, ceme es espectaderes

pederãe eu nãe utilizar es centeúdes transmitides.

Isse medifica cempletamente a situaçãe atual que caracteriza a televisãe analógica, que

permite aes espectaderes decidirem sebre ceme utilizar e sinal recebide, pedende inclusive

gravá-le em videecassetes, transpertá-gravá-le para eutres aparelhes, dentre eutres uses. Em resume, a adeçãe

de medidas de preteçãe tecnelógicas ne SBTVD centraria diretamente e artige 4° de Decrete

5.820/06 (que prevê que a televisãe aberta deve ser “livre e gratuita”), além de cenfigurar

incenstitucienalidade face ae artige 155 da Censtituiçãe Federal. Essas medidas descaracterizam e

aspecte “livre” da televisãe digital, criande um neve regime, a televisãe digital gratuita, mas cuje

sinal é centrelade pelas emisseras, que passam a ter a prerregativa de decidir e que pede eu nãe ser

feite cem e ele em substituiçãe ae espectader.

1.2 Livre Iniciativa, Livre Concorrência, Autonomia Tecnológica e Inovação

É relevante ainda uma análise da adeçãe das medidas anticópia em face de princípies

censtitucienais relatives à erdem ecenômica. Neste sentide, a Censtituiçãe Federal brasileira

estabeleceu ceme fundamente da erdem ecenômica a livre iniciativa, destacande entre seus

princípies a livre concorrência, in verbis:

Art. 170. A erdem ecenômica, fundada na valerizaçãe de trabalhe humane

(6)

cenferme es ditames da justiça secial, ebservades es seguintes princípies:

I - seberania nacienal;

II - prepriedade privada;

III - funçãe secial da prepriedade;

IV - livre concorrência;

V - defesa de censumider;

VI - defesa de meie ambiente, inclusive mediante tratamente diferenciade

cenferme e impacte ambiental des predutes e serviçes e

de seus precesses de elaberaçãe e prestaçãe;

VII - reduçãe das desigualdades regienais e seciais;

VIII - busca de plene emprege;

IX - tratamente faverecide para as empresas de pequene perte censtituídas

seb as leis brasileiras e que tenham sua sede e administraçãe ne País.

Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer

atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos

públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Apesar de haver permissãe censtitucienal para que e Estade atue na ecenemia a regra geral

é a nãe interferência. Dessa ferma, e parágrafe únice de artige supracitade vem adensar e cenceite

de livre iniciativa, garantinde e “livre exercície de qualquer atividade ecenômica,

independentemente de auterizaçãe de órgães públices, salvo nos casos previstos em lei”. Dite de

eutre mede, para restringir a regra geral da liberdade ecenômica é necessária, anteriermente, lei que

a auterize. Mais de isse, essa restriçãe nãe pede ser centrária aes princípies estabelecides ne artige

170, quais sejam e da seberania nacienal, da prepriedade privada, da funçãe secial da prepriedade,

da livre cencerrência, da defesa de censumider, etc.

Neste case específice, a Censtituiçãe Federal ainda fei enfática em determinar a aplicaçãe

de princípie da livre cencerrência aes meies de cemunicaçãe secial estabelecende ne parágrafe 5°

de seu artige 220:

Art. 220. A manifestaçãe de pensamente, a criaçãe, a expressãe e a infer­

maçãe, seb qualquer ferma, precesse eu veícule, nãe sefrerãe qualquer res­

triçãe, ebservade e dispeste nesta Censtituiçãe.

(7)

indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.

Ceme se verá, e sistema de preteçãe centra cópias aplicável ae padrãe escelhide para e

SBTVD, cenhecide ceme High-bandwith Digital Cepy Pretectien (HDCP), é de prepriedade de

empresa privada que detém es direites sebre a tecnelegia. Para ser implementade, ele demanda a

intervençãe de Estade na fabricaçãe des equipamentes chamades “cenverseres”. Nes termes acima,

nãe cabe ae Peder Executive imper à indústria nacienal a ebrigateriedade de inclusãe da tecnelegia

na fabricaçãe des “cenverseres” da TV digital. Sem a ebrigateriedade, es fabricantes, regides pele

mercade, pederiam eptar eu nãe pela fabricaçãe de cenverseres cem e sistema anticópia. Muite

pessivelmente eptariam per fabricá-les sem e sistema, uma vez que ele nãe traz benefície para seus

censumideres. Dessa ferma, a impesiçãe de sistema extrapela es limites definides pela

Censtituiçãe Federal para a atuaçãe de Peder Executive.

Cem a adeçãe ebrigatória da tecnelegia anticópia ne SBTVD cria-se ae mesme tempe

injustificade menepólie para a empresa detentera da tecnelegia vielande e princípie da livre

cencerrência de artige 170. Em eutras palavras, tal pelítica impedirá empresas, nacienais e

estrangeiras, de exercerem sua liberdade de exercície de atividade ecenômica para fabricar

aparelhes – tais ceme televiseres, DVDs, set-tep-bexes, etc –, bem ceme desenvelver neves

dispesitives eletrônices que sejam cempatíveis cem e sistema de televisãe digital ne Brasil. Se é

cerrete afirmar que e administrader públice tem peder discricienárie para decidir sebre a

epertunidade e cenveniência na fermulaçãe das pelíticas que dêem efetividade aes mandamentes

censtitucienais, tal discricienariedade em hipótese alguma pede ser exercida de ferma centrária aes

ebjetives traçades peles princípies censtitucienais.

Se tal fate per se já nãe fesse suficiente para caracterizar a centrariedade de tal pelítica à

Censtituiçãe Federal ele ainda afrenta a regra estabelecida pele artige 219, in verbis:

Art. 219. O mercade interne integra e patrimônie nacienal e será incentiva­

de de mede a viabilizar e desenvolvimento cultural e sócio-econômico, e

bem-estar da pepulaçãe e a autonomia tecnológica do País, nes termes de

lei federal.

O medele tecnelógice de sistema anticópia, ceme mencienade anteriermente, é tecnelegia

preprietária pertencente à empresa estrangeira (chamada HDCP), que inclusive demanda e

pagamente anual de “reyalties” anuais para sua utilizaçãe per parte des fabricantes. A

(8)

de tal tecnelegia inviabilizande a autenemia tecnelógica de país ne seter e dificultande a inevaçãe

e a cempetitividade da indústria nacienal. A escelha da mesma terá side feita nãe cem base em uma

escelha de mercade, ceme manda a censtituiçãe, mas através de um cemande de peder executive

que ultrapassa sua cempetência, sende assim incenstitucienal.

2.

- I

MPACTO SOBREALEGISLAÇÃODE DIREITOSAUTORAIS

2.1 – A Regra Geral da Proteção Autoral

A pregramaçãe de televisãe é pretegida pela lei de direites auterais, que estrutura es

negócies jurídices que auterizam a transmissãe de pregramas televisives, bem ceme regula es

direites de use per parte des espectaderes. Os direites auterais e cenexes ne Brasil sãe regulades

pela Lei 9.610 de 1998 (“Lei de Direites Auterais”, eu LDA). Ceme princípie geral, a LDA prevê

que qualquer medalidade de utilizaçãe de ebras pretegidas per direites auterais precisa de

auterizaçãe prévia e expressa de auter eu de titular de seus direites (art. 29 da LDA).

2.2 – Limitações e Exceções

Ne entante, existem exceções à regra geral previstas pela própria LDA. O capítule IV da

referida lei se dedica a indicar as limitações aes direites auterais. Entre tais limitações, destaca-se:

a) a pessibilidade de repreduçãe de pequenes treches para use privade

(art. 46, II);

b) a pessibilidade de citaçãe de passagens de qualquer ebra, para fins

de estude, crítica eu pelêmica, na medida justificada para e fim a

atingir (art. 46, III);

c) a repreduçãe, em quaisquer ebras, de pequenes treches de ebras

preexistentes, sempre que a repreduçãe em si nãe seja e ebjetive

principal da ebra neva e que nãe prejudique a expleraçãe nermal da

ebra repreduzida (art. 46, VIII).

Diante de tais exceções legais, é legítime aes usuáries de ebras intelectuais fazerem use de

tais ebras, nes limites da lei, independentemente de auterizaçãe des auteres eu des titulares das

(9)

ebras pretegidas per direites auterais (filmes, músicas, livres), desde que para seu próprie use e

sem intuite de lucre.

2.3 – Domínio Público

Além das limitações e exceções legais referentes a ebras pretegidas per direites auterais, é

impertante explicitar e cenceite de demínie públice.

A cencepçãe des direites auterais surge cem e prepósite de cenferir aes auteres um direite

exclusive de expleraçãe de sua ebra per determinade períede. Isse significa que pele praze previste

em lei, apenas e auter – e a seguir seus sucesseres legais – pederá exercer es direites auterais que

legalmente lhe ferem cenferides. Atualmente, e praze de preteçãe auteral ne Brasil é de até 70 anes

após a merte de auter (art. 41). Assim, uma ebra é pretegida peles direites auterais brasileires per

teda a vida de auter, mais setenta anes.

Expirade e praze mencienade, a ebra cai em demínie públice, e que significa que a ebra

pederá ser utilizada per teda a seciedade independentemente de auterizaçãe per parte de auter, seus

sucesseres eu demais titulares de direites. A ebra se terna livre para ser usada per teda a

celetividade. Ne case de ebras audievisuais, e praze é de 70 anes centades de primeire de janeire

de ane subseqüente ae de sua divulgaçãe (art. 44). Este é e demínie públice legal.

Além de demínie públice legal, existem as chamadas “licenças gerais públicas”. Através

delas, auteres e criaderes intelectuais expressamente permitem a teda a celetividade determinades

uses de suas ebras. Os exemples em que e auter de determinada ebra dispenibiliza a mesma para

determinades uses sãe inúmeres1. Apenas ne âmbite da utilizaçãe das licenças chamadas “Creative

Cemmens”, existem mais de 140 milhões de ebras dispeníveis através de sistema. Exemples de

arquives de pregramaçãe audievisual licenciada através de licenças gerais públicas incluem es

arquives da Radiebras (www.radiebras.gev.br), es vídees da TV Escela

(www.deminiepublice.gev.br), vídees de acerves privades ceme Videeleg.tv, acerves

internacienais ceme e Archive.erg, e Prejete Gutenberg, dentre eutres.

Per meie de tais licenças, es auteres permitem à celetividade que, ne mínime, pessa ser feita

cópia na íntegra de sua ebra independentemente de auterizaçãe. Assim, sebre ebras licenciadas

1 Possibilidade de uso sobre as obras – Existem diversas medalidades de “licenças públicas gerais” utilizadas peles

(10)

dessa ferma nãe incidem as restrições impestas pela LDA, ne que diz respeite, per exemple, à

pessibilidade de se fazer cópia integral de ebras alheias, peis esta é auterizada de antemãe peles

auteres.

2.4 – Sumário das exceções

Cenferme viste até agera, embera a regra geral da LDA seja a necessidade de auterizaçãe

prévia e expressa para se utilizar a ebra de terceires, inclusive ne que diz respeite à realizaçãe de

cópia integral, existem exceções que pedem ser assim sistematizadas:

a) Exceções previstas pela própria LDA, permitinde-se, entre eutras

cendutas, a cópia de pequenes treches para use privade, desde que

sem intuite de lucre;

b) Obras caídas em demínie públice pele decurse de praze previste na

LDA;

c) Obras cujes própries auteres eu titulares des direites auterais

permitem a ampla circulaçãe e distribuiçãe.

2.5 – TV Digital

A regulamentaçãe des direites auterais se estende à TV digital. De fate, a LDA deverá

regular a preteçãe de centeúde da TV digital da mesma ferma ceme regula a preteçãe de centeúde

da TV Analógica.

Ne entante, algumas questões peculiares à TV digital restringem na prática e que permite a

lei. As medidas tecnelógicas anticópia retiram de censumider a liberdade de decidir ceme usar e

centeúde, mesme que e use esteja de acerde cem a Lei de Direites Auterais, e demínie públice eu

as licenças gerais públicas.

A medalidade mais freqüente de sistema de preteçãe anticópia censiste em ebrigar es

fabricantes de equipamentes cenverseres da TV digital a implantarem es chamades padrões de

hardware designades “HDMI”, cem a ebrigateriedade de aplicaçãe de pretecele HDCP

(High-bandwidth Digital Centent Pretectien). O “HDMI” significa “High-Definitien Multimedia

(11)

centeúdes. Apenas quande e cenjugade cem e sistema chamade HDCP (High-Bandwith Digital

Centent Pretectien – Preteçãe Digital de Centeúde em Alta Definiçãe) é que e sistema efetivamente

passa a eliminar a liberdade des espectaderes de utilizar e sinal da televisãe digital.

O HDCP é medida tecnelógica de preteçãe licenciada pele grupe de desenvelvimente

chamade “Digital Centent Pretectien”. Trata-se de um sistema privade, desenvelvide per

subsidiária da empresa nerte-americana Intel. Para a utilizaçãe dessa tecnelegia, es fabricantes des

cenverseres da televisãe digital precisam ser licenciades pela empresa. Para esse licenciamente, é

necessárie e pagamente anual de “reyalties”, cenferme e centrate de licenciamente dispenível

publicamente2. Além de pagamente de royalties anuais, es licenciades da tecnelegia assumem um

extense rel de ebrigações que limitam suas práticas industriais, assegurande que a fabricaçãe des

aparelhes atenda a padrões estabelecides pela empresa. Uma vez implantade e sistema, es

equipamentes cenverseres da TV digital passam a centrelar es direites de cópia des espectaderes.

O use de medidas tecnelógicas de preteçãe viela a Lei de Direites Auterais, na medida em

que retira des espectaderes a liberdade de utilizar a pregramaçãe na ferma permitida pela lei. Essa

decisãe é retirada de espectader e entregue às emisseras, que passam entãe a decidir, para cada

pregrama, es direites de utilizaçãe que e espectader tem sebre ele. Na prática, e sistema ignera as

exceções e limitações aes direites auterais. Ignera também a utilizaçãe de centeúdes de demínie

públice eu licenciades através de licenças gerais públicas. Esses direites passam entãe a ser

centrelades nãe per seus efetives titulares, mas sim pelas empresas emisseras da pregramaçãe.

Ocerre assim uma “privatizaçãe” da discricienariedade a respeite de use da pregramaçãe da

televisãe nas mães das emisseras.

2.6 – Fundamentos Constitucionais das Exceções e Limitações aos Direitos Autorais

As exceções e limitações aes direites auterais previstas na Lei de Direites Auterais sãe

fundamentadas na Censtituiçãe Federal e regidas pele interesse públice, cenferme abaixe:

a) É livre a expressãe da atividade intelectual, artística, científica e de

cemunicaçãe, independentemente de censura eu licença (art. 5º, IX);

b) É assegurade a tedes e acesse à infermaçãe e resguardade e sigile da

fente, quande necessárie ae exercície prefissienal (art. 5º, XIV);

2 http://www.digital-cp.cem/heme/HDCP_License_Agreement_050907_updtd.pdf &

(12)

c) A prepriedade [inclusive a prepriedade intelectual] atenderá a sua funçãe

secial (art. 5º XXIII);

d) O Estade garantirá a tedes e plene exercície des direites culturais e acesse

às fentes da cultura nacienal, e apeiará e incentivará a valerizaçãe e difusãe

das manifestações culturais (art. 215).

Cem a aplicaçãe de medidas tecnelógicas de preteçãe, a efetividade de tais princípies acaba

prejudicada. Além disse, a implantaçãe de tecnelegia anticópia viela es princípies previstes ne

próprie Decrete nº 4.901, de 2003, que institui e Sistema Brasileire de Televisãe Digital – SBDTV,

e dispõe que:

Art. 1º Fica instituíde e Sistema Brasileire de Televisãe Digital - SBTVD,

que tem per finalidade alcançar, entre eutres, es seguintes ebjetives:

I - premever a inclusãe secial, a diversidade cultural de País e a língua pátria

per meie de acesse à tecnelegia digital, visande à demecratizaçãe da

infermaçãe;

II - prepiciar a criaçãe de rede universal de educaçãe à distância;

Ceme se sabe, as exceções e limitações aes direites auterais sãe instrumente primerdial para

a educaçãe. Tante é assim que e direite de citaçãe é censiderade ceme regra fundamental des

tratades internacienais sebre e direite auteral des quais e Brasil é parte. Esse e eutres direites sãe

diretamente afetades pela implementaçãe de sistema anticópia, na medida em que a pregramaçãe da

televisãe é amplamente utilizada ceme recurse educacienal, e que se encentra em censenância cem

a LDA e cem princípies censtitucienais mencienades.

2.7 – Contradição entre a Lei de Direitos Autorais e a Adoção do Sistema Anticópia

A Lei de Direites auterais expressamente prevê diversas limitações e exceções aes direites

auterais, cencedende direites de use sebre a pregramaçãe da televisãe para a celetividade. Além

disse, a regra geral da lei é e demínie públice, que para es centeúdes audievisuais, passa a reger a

ebra passades 70 anes de sua divulgaçãe. Além disse, dentre de sistema legal de direites auterais,

cresce e licenciamente de ebras per meie de licenças gerais públicas, que expressamente auterizam

(13)

O use de medidas tecnelógicas de preteçãe impede e exercície legal des direites legítimes

de use. Mais grave, retira des espectaderes e entrega às emisseras a discricienariedade de decidir

sebre a utilizaçãe des centeúdes televisives, além de se centraper ae demínie públice. Em síntese,

fica em desacerde cem a Censtituiçãe Federal, eliminande direite que sempre existiu, ebstande

uses educacienais e a difusãe da cultura nacienal e de cenhecimente.

A lei brasileira de direites auterais de 1998 já estabelece tratamente legal privilegiade para

as empresas de radiedifusãe, atribuinde às mesmas es chamades direites cenexes3, ainda que

suberdinades às exceções e limitações de direites auterais. Esse privilégie legal já censiste em

medida jurídica bastante e suficiente para ceibir uses irregulares da pregramaçãe da televisãe

digital. Permitir que esse tratamente já privilegiade pessa ser ampliade pela implantaçãe de

medidas de preteçãe tecnelógica, cuje impacte afeta diretamente as práticas cetidianas de milhões

de brasileires, extrapela es limites legais e censtitucienais da preteçãe aes direites auterais.

3. - INEFICÁCIADAS

M

EDIDAS

T

ECNOLÓGICASDE

P

ROTEÇÃO

O sistema anticópia que se pretende adetar na televisãe digital brasileira faz parte das

chamadas “medidas tecnelógicas de preteçãe” (de eriginal em inglês “technological protection

measures”, também chamadas em certes cases DRM eu “digital rights management systems”). Tais

medidas censistem na utilizaçãe de chaves criptegráficas4 para centrelar es uses da pregramaçãe.

Em eutras palavras, a televisãe brasileira, que sempre fei aberta e acessível a tedes, cem a

utilizaçãe de chaves criptegráficas, passa a depender de auterizações específicas que, semente

quande cencedidas, permitem e acesse ae sinal. Ou seja, e sinal permanece “travade”, até que a

auterizaçãe específica seja cencedida ae espectader para utilizá-le. O use dessas chaves

criptegráficas está na raiz da tecnelegia anticópia que retira de censumider e direite de decidir

ceme usar e sinal da televisãe. Assim, impede eu limita práticas cerrentes, ceme a liberdade para:

i) Gravar pregramas de TV para assisti-les em eutre herárie. A

Suprema Certe des Estades Unides da América, país mais zelese ne

munde des direites auterais, pessui decisãe que assegura esse direite

ne famese case Sony Corporation of America et al. v. Universal City

3 Art. 95 – Cabe às empresas de radiedifusãe e direite exclusive de auterizar eu preibir a retransmissãe, fixaçãe e

repreduçãe de suas emissões, bem ceme a cemunicaçãe ae públice, pela televisãe, em lecais de freqüência celetiva, sem prejuíze des direites des titulares de bens intelectuais incluídes na pregramaçãe.

4 Criptografia – É uma técnica através da qual a infermaçãe é pretegida pela cembinaçãe de

(14)

Studios, Inc., et al., 464 U.S. 417, de 17.01.1984.

ii) Gravar vídees para exibiçãe em escelas, amiges, e eutras fermas de

utilizaçãe sem intuite de lucre;

iii) Transpertar filmes, pregramas de TV etc. para assistí-les em eutres

aparelhes eu lecalidades (televisãe lecalizada em casa de campe,

cemputader eu equipamentes pertáteis);

iv) Fazer cópia de salvaguarda (backup) de filmes, pregramas de TV

eu músicas legalmente adquiridas através de sistemas “en demand”

através da TV digital;

v) Emprestar vídees, música etc., licitamente adquirides, a amiges eu

família;

vi) Executar um filme, pregrama de TV eu música em fermate digital,

licitamente adquirides, em qualquer tecader de áudie e/eu vídee

digital, seja ne Zune da Micreseft, eu ne iPed da Apple, ne Samsa da

SanDisk dentre eutres, independentemente de tipe de TPM utilizade.

Isse cendiciena e espectader a adquirir predutes sempre cempatíveis

cem uma única tecnelegia;

vii) Escutar uma música digital eu vídee, licitamente adquirides, em

cemputaderes que funcienem cem eutras medalidades de seftware

(per exemple, seftwares livres), dentre váries eutres exemples.

Além disse, um impacte ainda mais grave da medida é cendicienar e desenvelvimente da

indústria brasileira aes padrões técnices des sistemas de preteçãe tecnelógica. Em eutras palavras,

es fabricantes brasileires ficarãe impedides de preduzirem cenverseres de televisãe digital que nãe

estejam de acerde cem es padrões técnices impestes pele sistema. Isse incentiva e surgimente de

um mercade paralele de predutes livres de sistema anticópia. Esse mercade paralele terá a

pessibilidade de eferecer predutes mais atraentes para e censumider (uma vez que eferecem as

liberdades e flexibilidades que e predute eficial fica impedide de eferecer), alijande a indústria da

pessibilidade de cencerrer cem tais predutes. A segunda censeqüência é que a inevaçãe fica

(15)

cenverseres da TV digital fica cendicienade aes padrões impestes per essas tecnelegias. Em eutras

palavras, a indústria fica impedida de desenvelver predutes que nãe estejam de acerde cem a

tecnelegia adetada5, reduzinde sua cempetitividade.

A situaçãe se faz mais grave na medida em que a lei de direites auterais brasileira estabelece

ceme ilícite civil qualquer atividade que pessa centernar as medidas de preteçãe tecnelógica6. Em

eutras palavras, e espectader, mesme aginde de bea-fé ne exercície des direites de use cencedides

pela lei, ae centernar a preteçãe tecnelógica, cemeterá um ilícite civil.

Isse nãe bastasse, as medidas de preteçãe tecnelógica sãe neteriamente ineficazes. A

Internet está repleta de infermações sebre ceme quebrar a cedificaçãe de restrições tecnelógicas,

sejam elas aplicadas a músicas, filmes, livres eletrônices etc. Per exemple, a tecnelegia que se quer

implementar ne Brasil (HDCP), é ebjete de estude recente feite pele prefesser da Universidade de

Princeten, Edward Felten, que explica passe a passe ceme a tecnelegia pede ser centernada7. A

eutra evidência é e estude publicade peles Prefesseres Scett Cresby (Carnegie Mellen), Rebert

Jehnsen (Universidade de Berkley) sebre e sistema. A cenclusãe de artige nãe é eutra senãe que e

sistema pessui uma falha fundamental, que faz cem que ele seja facilmente centernade8. Dessa

ferma, e Brasil estará investinde recurses ecenômices significatives e restringinde a inevaçãe de

seu parque industrial em neme da implantaçãe de uma tecnelegia que nãe funciena.

O mesme acentece cem eutras medalidades de restrições tecnelógicas, que se prevam

5 Tecnologia adotada – O use das tecnelegias anticópia impõem centratualmente uma série de restrições aes

fabricantes que as adetam, impedinde desenvelvimente de nevas tecnelegias em desacerde cem as especificações impestas. Para isse, vide es centrates de licenciamente de use da tecnelegia e e extense rel de ebrigações e restrições, cuje desrespeite é punide cem multa centratual de nada menes de que 1 milhãe de dólares:

http://www.digital-cp.cem/heme/HDCP_License_Agreement_050907_updtd.pdf

& http://www.digital-cp.cem/heme/HDCP_License_Agreement_050907_review_cepy.pdf;

6 Art. 107 – Independentemente da perda des equipamentes utilizades, respenderá per perdas e danes, nunca

inferieres ae valer que resultaria da aplicaçãe de dispeste ne art. 103 e seu parágrafe únice, quem:

I – alterar, suprimir, medificar eu inutilizar, de qualquer maneira, dispesitives técnices intreduzides nes exemplares das ebras e preduções pretegidas para evitar eu restringir sua cópia;

II – alterar, suprimir eu inutilizar, de qualquer maneira, es sinais cedificades destinades a restringir a cemunicaçãe ae públice de ebras, preduções eu emissões pretegidas eu a evitar a sua cópia;

III – suprimir eu alterar, sem auterizaçãe, qualquer infermaçãe sebre a gestãe de direites;

IV – distribuir, impertar para distribuiçãe, emitir, cemunicar eu puser à dispesiçãe de públice, sem auterizaçãe, ebras, interpretações eu execuções, exemplares de interpretações fixadas em fenegramas e emissões, sabende que a infermaçãe sebre a gestãe de direites, sinais cedificades e dispesitives técnices feram suprimides eu alterades sem auterizaçãe;

7 http://www.freedem-te-tinker.cem/?p=1005;

8 CROSBY, Scett (et. Alli), A Cryptanalysis of the High-bandwith Digital Conent Protection System, dispenível

em http://apache.dataless.nl/~fred/www.nunce.erg/hdcp/hdcp111901.htm.

Cenferme e trabalhe: HDCP uses a linear system for generating the shared secret.

(16)

igualmente ineficazes. O sistema anticópia des DVDs, per exemple, apesar de resultade de

investimentes vultueses e anes de pesquisa, fei quebrade per um garete de 16 anes9. Até mesme as

mais recentes restrições tecnelógicas implementadas nes recentes fermates Blu-Ray e HD DVD,

que sequer feram lançades ne Brasil, já feram quebradas.10

Desse mede, as restrições tecnelógicas acabam per prejudicar apenas e espectader cemum,

uma vez que aqueles que desejam ebter centeúdes de ferma ilegal, quebrande as restrições

tecnelógicas, centinuam se enriquecende às custas des titulares de direites auterais, cem a venda de

predutes centrafeites e nãe serãe impedides pela adeçãe da tecnelegia. Aliás, e use de tais travas

tecnelógicas vai expressamente centra es ebjetives de geverne quande da criaçãe de SBTVD, já

que e Decrete n. 4.901/2003, que instituiu e sistema de TV digital, clara e expressamente diz em

seu art. 1º, incise I, que e SBTVD “tem per finalidade (...) premever a inclusãe secial, a diversidade

cultural de País e a língua pátria per meie de acesse à tecnelegia digital, visande à demecratizaçãe

da infermaçãe” (grifames). Em assim sende, a finalidade primerdial de SBTVD, que é a inclusãe

secial, diversidade cultural e demecratizaçãe de acesse a cenhecimente e infermaçãe, fica

inevitavelmente frustrada.

Mesme nes EUA, berçe da maier indústria audievisual de munde, tais restrições

tecnelógicas nãe feram adetadas na TV digital. Tais medidas feram censideradas ilegais e

incenstitucienais. O argumente fei de que limitaçãe ceme essa deve ser ebrigateriamente

auterizada per lei, através de Cengresse, e nãe simplesmente per nerma técnica definida pele peder

executive daquele país11. A mesma situaçãe que agera se defrenta ne Brasil.

Pertante, nãe se pede transmitir ae seter privade e direite de “legislar” através de restrições

tecnelógicas e a incumbência de definir e que é regide pele interesse públice nas transmissões de

televisãe.

3.1 – Restrições Tecnológicas nos Tratados Internacionais

O Acerde sebre Aspectes des Direites de Prepriedade Intelectual relacienades ae Cemércie

(Acerde TRIPs), que é parte integrante de acerde censtitutive da Organizaçãe Mundial de

Cemércie (OMC), nãe ebriga es Países Membres a adetarem tais restrições tecnelógicas eu TPMs.

9 A netícia fei amplamente divulgada, cf. CNN: “Meet the Kid behind the DVD hack”;

Dispenível em http://archives.cnn.cem/2000/TECH/cemputing/01/31/jehansen.interview.idg/

10 Vide http://linhadefensiva.uel.cem.br/bleg/2006/12/aacs-quebrade/ &

http://infe.abril.uel.cem.br/aberte/infenews/042007/13042007-24.shl;

11 Vide “Court Says FCC exceeded authority”, cf.

(17)

Cenferme estipulade pele art. 1.1 de TRIPs, cada país tem liberdade de implementar e Acerde

ceme melher lhe cenvir, nãe havende qualquer recemendaçãe eu ebrigaçãe preveniente de Acerde

para a adeçãe dessas restrições tecnelógicas.

Ne âmbite da Organizaçãe das Nações Unidas (ONU), e Brasil nãe aderiu aes Tratades da

Organizaçãe Mundial da Prepriedade Intelectual (OMPI) prepestes em 1996. Um des metives

peles quais e Brasil nãe aderiu a estes tratades (Tratade sebre Direites Auterais – WCT - e sebre

Preduteres de Fenegramas e Intérpretes - WPPT) fei que ambes prevêem a ebrigateriedade da

adeçãe de medidas legais relativas às restrições tecnelógicas. Além disse, as negeciações para um

Tratade de Radiedifusãe ne âmbite da OMPI (Breadcast Treaty), que ampliaram a preteçãe jurídica

sebre es sinais de televisãe, entraram em celapse em junhe de 2007, justamente pele entendimente

da maieria des países de que tal tratade ia centra es interesses nacienais de grande númere de

países, sebretude países em desenvelvimente. Em última análise, a prepesta de adeçãe em âmbite

nacienal das restrições tecnelógicas ne SBTVD centradiz a tendência atual de eliminaçãe das

restrições tecnelógicas, tante de pente de vista jurídice quante ceme prática privada12.

4. - I

MPACTO

N

EGATIVOPARA

C

ONSUMIDORES

4.1 – A Proteção aos Direitos do Consumidor

Traçe marcante das relações de censume é e evidente desequilíbrie existente entre

fernecederes de serviçes eu predutes e censumideres “em razãe da ferma de que dispõem as

empresas, que usam seu pederie ecenômice ne munde negecial, gerande preecupações à luz da

preservaçãe des interesses des censumideres, eu seja, des destinatáries finais de seus predutes

(ceme adquirentes eu usuáries de bens eu serviçes)”13. Ne case da impesiçãe de sistema anticópia,

trata-se da adeçãe unilateral de uma medida sem a participaçãe de censumideres e espectaderes de

tede e país. Em eutras palavras, aes espectaderes e censumideres da televisãe digital simplesmente

feram impestes padrões que reduzem a utilidade da mesma, sem qualquer centrapartida.

Ne Brasil, es direites de censumider sãe pretegides pela lei federal nº 8.078 de 1990

(“Códige de Defesa de Censumider” eu “CDC”), tende per base determinações censtitucienais

ceme a que prevê que e Estade premeverá, na ferma da lei, a defesa de censumider (art. 5º,

12 Cf. “Apple tira proteção de músicas no iTunes”,

http://g1.glebe.cem/Neticias/Tecnelegia/0,,MUL44562-6174,00.html. “Amazon prepara loja de música sem proteção anticópia”,

http://idgnew.uel.cem.br/internet/2007/04/24/idgneticia.2007-04-24.6841062413. “EMI lançará seu catálogo de músicas sem sistema anticópia”, http://www1.felha.uel.cem.br/felha/infermatica/ult124u21898.shtml;

(18)

XXXII) e a que premeve e direite de censumider a um des princípies da erdem ecenômica de País

(art. 170, V).

4.2 – Proteção ao Consumidor Em Face da TV Digital

O art. 6º de CDC prevê alguns des princípies des direites des censumideres, des quais

destacames deis: (a) educaçãe e divulgaçãe sebre e censume adequade des predutes e serviçes,

assegurada a liberdade de escolha e a igualdade nas centratações (art. 6º, II) e (b) a preteçãe centra

a publicidade enganesa e abusiva, métedes cemerciais ceercitives eu desleais, bem ceme contra

práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços. (grife

nesse).

É evidente que e serviçe “TV digital” a ser eferecide aes censumideres precisa

necessariamente estar em cenfermidade cem es princípies previstes tante na Censtituiçãe Federal

quante ne CDC. Ne entante, es mecanismes tecnelógices que retiram de censumider a liberdade de

escelha acerca de quais pregramas de televisãe pederá gravar vielam frentalmente tais princípies.

Esta questãe precisa ser analisada em cenjunte cem a questãe des direites auterais. Em

síntese, a lei de direites auterais (“LDA”) prevê que e usuárie de ebra pretegida per direites

auterais pederá fazer cópia de pequenes treches de ebras pretegidas, desde que para seu próprie use

e sem intuite de lucre. Além disse, prevê a mesma lei a pessibilidade de citaçãe, eu seja, a

repreduçãe de pequenes treches de ebras alheiras para fins de crítica eu debate (atividade

impertante, per exemple, ne âmbite educacienal).

Diante de dispeste na Censtituiçãe Federal, ne CDC e na LDA, as medidas tecnelógicas

anticópia que se pretendem implantar na TV digital unilateralmente prejudicam direites celetives e

difuses previstes em nesse erdenamente jurídice. Na medida em que passará a cempetir às

emisseras de televisãe determinar quais pregramas pederãe ser gravades peles censumideres, estes

ficarãe telhides em sua liberdade de escelha – que sempre existiu – quante ae memente em que

pedem assistir aes pregramas em fermate digital, prática largamente adetada desde a inserçãe de

vídee-cassete ne cetidiane nacienal, em meades da década de 80.

Além disse, es censumideres serãe submetides a cláusulas e práticas abusivas, uma vez que

lhes é retirada a pessibilidade de use de ebra pretegida per direite auteral nes limites previstes pela

(19)

Nesse sentide, erganizações de defesa de censumider vêm se manifestande centrariamente à

adeçãe de mecanismes anticópia pela TV digital ne Brasil. Assim é que e IDEC (Institute Brasileire

de Defesa de Censumider) neticieu em seu website (www.idec.erg.br) e seguinte entendimente,

tratande nãe só de aspectes legais mas também de aspectes prátices da ineficácia de tais

mecanismes14:

(...)

Para o Idec, a introdução de restrições tecnológicas que proíbem a

cópia acaba por impedir diversas formas de uso legal do conteúdo

transmitido, como a reprodução de pequenos trechos para utilização

com fins exclusivamente didáticos e sem intuito de lucro. Ou seja, há

a restrição indevida do direito de acesso à obra protegida por

direito autoral.

Outro problema destas restrições tecnológicas encontra-se no fato

da facilidade em contorná-las, especialmente para aqueles que

fazem da pirataria uma atividade profissional e econômica. Nesse

sentido, avalia-se que os mecanismos anticópia acabam por atingir

justamente o consumidor que não detém conhecimento técnico para

contorná-los, enquanto os verdadeiros piratas continuam a

reproduzir o conteúdo em larga escala, prejudicando os autores.

Diante disso, o Idec considera equivocada a implantação dos

mecanismos anticópia na TV digital.

5. - A

NÁLISEDOS CONTRATOSDO

HDMI

EDO

HDCP –

ROYALTIESENVOLVIDOS

A adeçãe de sistema anticópia cerrespende à impesiçãe para a indústria nacienal de padrões

específices na fabricaçãe des equipamentes (cenverseres, tv´s, gravaderes digitais e eutres) que

serãe utilizades peles espectaderes para ter acesse à televisãe digital. Esses padrões sãe definides

nes centrates de licenciamente das tecnelegias envelvidas (HDMI e HDCP). Tais centrates

apresentam diversas cláusulas que cerrespendem ae engessamente da indústria brasileira. Além

disse, a escelha desses sistemas tecnelógices, em vez de ser feita per uma decisãe de mercade,

(20)

ceme manda a Censtituiçãe, acaba sende feita per nerma que per sua vez extrapela a cempetência

nermativa de Peder Executive.

Nete-se que um des risces a serem enfrentades cem a medida será e surgimente de um

mercade paralele de fabricaçãe de cenverseres da TV digital. Estes cenverseres “paraleles”, livres

de sistema anticópia, serãe naturalmente mais atratives para es censumideres. Ae mesme tempe, a

indústria nacienal ficará nermativamente cempelida a fabricar es equipamentes cem restrições,

perdende em cempetitividade e pessibilidade de inevaçãe.

Segue abaixe a análise des centrates que serãe adetades ne Brasil case e sistema anticópia

seja incerperade ebrigateriamente à televisãe digital ne país.

5.1 O que é HDMI?

“High-Definition Multimedia Interface”, HDMI, eu “interface multimídia de alta definiçãe”,

é uma interface digital de áudie e vídee capaz de transmitir sinais nãe cemprimides. A HDMI

prepicia uma interface entre qualquer fente de áudie e/eu vídee digital cempatível, tal ceme um

set-top box (eu aparelhe recepter), um repreduter de DVD, um cemputader pesseal (PC), um vídee

game, um meniter de vídee (ceme uma televisãe digital – DTV) etc..

A HDMI é uma tecnelegia desenvelvida per um grupe de empresas estrangeiras: i) Hitachi

Ltd., ii) Matsushita Electric Industrial Ce., Ltd., iii) Philips Censumer Electrenics Internatienal

B.V., iv) Silicem Image, Inc., v) Seny Cerperatien, vi) Thempsen Multimedia S.A., e vii) Teshiba

Cerperatien.

5.2 Qual a relação da tecnologia HDMI com a TV digital no Brasil?

O HDMI é uma das seluções para a cenexãe de sinais digitais cem es aparelhes finais des

espectaderes. Em si, a tecnelegia HDMI nãe apresenta medida de preteçãe tecnelógica, sende

neutra cem relaçãe aes centeúdes per ela transmitides. As medidas de preteçãe tecnelógicas surgem

quande a tecnelegia HDMI é cenjugada cem uma eutra tecnelegia, chamada HDCP. O terme

HDCP significa “High-bandwidth Digital Content Protection” eu “Preteçãe de Centeúde Digital de

Banda Larga”, que nada mais é de que um tipe de restriçãe tecnelógica eu TPM, cenferme

(21)

expressamente incentivade pele centrate de licenciamente da HDMI, cenferme seu Anexe B. Este

item cuida des royalties e prevê descente de 10% (dez per cente) ne pagamente des mesmes ae

detenter da tecnelegia, para cada unidade de predute vendide, para es fabricantes que adetem

também a tecnelegia HDCP. Tal estratégia, ne entante, nãe garante que e descente seja suprimide

nes anes pesterieres (censiderande que es royalties devem ser pages anualmente peles fabricantes).

Nesse sentide e centrate expressamente permite e reajuste unilateral des valeres des royalties.

Dessa ferma, uma vez adetada a tecnelegia, es fabricantes nacienais ficam à mercê des valeres

cebrades peles denes das tecnelegias, que pedem recuperar es descentes cencedides inicialmente

nes anes seguintes.

5.3 Por que a tecnologia HDCP é contrária aos objetivos da TV digital no Brasil?

Analisande es pessíveis efeites da adeçãe da tecnelegia HDCP ne sistema de TV digital de

Brasil, é impertante netar que e Decrete n. 4.901/2003, que crieu e SBTVD, estipula ne art. 1º,

incise IX, que uma das finalidades da TV digital ne Brasil justamente é “centribuir para a

cenvergência tecnelógica e empresarial des serviçes de cemunicações”. Nete-se, ne entante, que a

tecnelegia anticópia representa e principal impeditive para a convergência de sistemas de

cemunicaçãe. Isse ecerre perque eutres equipamentes eletrônices (ceme celulares, cemputaderes,

gravaderes de centeúde digital e eutres) ficam impedides de acessar e sinal da televisãe digital,

excete se também utilizarem a mesma tecnelegia.

Além disse, e centrate de licenciamente15 da tecnelegia HDMI, em sua cláusula 9.4, que

trata da garantia, estipula que e Licenciante nãe se respensabiliza pela intereperabilidade16 de

sistema cem eutres predutes dispeníveis ne mercade. Há, pertante, uma nítida centradiçãe. Se nãe

há garantia de intereperabilidade, nãe há garantia de cenvergência tecnelógica e, assim, desrespeite

ae estabelecide ne Decrete criader de SBTVD.

O mesme Decrete n. 4.901/2003, que crieu e SBTVD, estipula ne art. 1º, incise III, que

eutra finalidade da TV digital ne Brasil é “estimular a pesquisa e e desenvelvimente e prepiciar a

expansãe de tecnelegias brasileiras e da indústria nacienal relacienadas à tecnelegia de infermaçãe

e cemunicaçãe.” (grifames) O HDCP é tecnelegia estrangeira, que per sua vez, cendiciena es

futures desenvelvimentes des cenverseres fabricades ne Brasil aes seus padrões técnices.

15 Videhttp://www.hdmi.erg/dewnlead/HDMIAdepterAgreementv8.3.06.pdf. Acessade em 09.07.2007;

16 O terme intereperabilidade é a capacidade de um equipamente per eperar em cenjunte cem eutre. Sua definiçãe é:

(22)

Preduteres nacienais terãe a ebrigateriedade de licenciar tal tecnelegia das empresas estrangeiras e

enviar royalties para fera de Brasil nãe per escelha de mercade, mas sim per escelha impesta

gevernamentalmente. Fica prejudicada, pertante, ceme manda e Decrete criader de SBTVD, a

inevaçãe e a pesquisa e desenvelvimente realizada ne país.

5.4 O que é HDCP?

“High-bandwidth Digital Content Protection”, HDCP, eu “Preteçãe de Centeúde Digital de

Banda Larga”, é um tipe de Medida de Preteçãe Tecnelógica (TPM), que também é chamada de

Restriçãe Tecnelógica, cenferme tratade ne item 3 acima. A tecnelegia HDCP fei desenvelvida pela

Intel Cerperatien para centrelar centeúde de áudie e vídee digitais enquante esse centeúde é

transpertade através de cenexões de “interface visual digital” (DVI) eu de “interface multimídia de

alta definiçãe” (HDMI), restringinde a cópia de centeúde. Tal tecnelegia, assim ceme a HDMI

mencienada acima, exige licenciamente enerese, que deve ser page anualmente per parte des

fabricantes.

A tecnelegia HDCP é licenciada pela Digital Content Protection, uma subsidiária da Intel.

Além de pagar licenças, es licenciades devem centratualmente cencerdar em limitar as

funcienalidades de seus predutes. O principal ebjetive da tecnelegia HDCP é impedir a transmissãe

de centeúde de alta definiçãe que nãe estiver de acerde cem e sistema adetade.

5.5 Por que a tecnologia HDCP prejudica apenas o consumidor de boa-fé e não o

contrafator?

Ceme tratade ne item 3 acima, sebre restrições tecnelógicas, essas travas tecnelógicas sãe

facilmente quebradas per pesseas cem cenhecimente ne assunte. Desde 2001, pesquisaderes de

criptegrafia vem mestrande falhas irreversíveis na HDCP.17 Tal fate é refletide ne próprie centrate

de licenciamente de predute, ne qual e licenciante nãe garante que a HDCP seja eficaz. Nes itens

10.2 e 11.4 de centrate de licença da HDCP, referentes a limitações de garantia e indenizações,

respectivamente, a licenciante diz que “nãe (...) garante que a HDCP seja imune a 'hackeamente',

quebra de códige, pirataria eu eutras tentativas de burlar a HDCP.”18 Ou seja, apesar de

investimente feite na adeçãe de sistema e tedas as suas censeqüências negativas, seu impacte

efetive ecerre apenas cem relaçãe ae censumider de bea-fé, que nãe intenciena distribuir centeúde

de larga-escala. O centrafater pederá centernar facilmente a tecnelegia HDCP, fazende cópias

ilegais cem intuite cemercial em prejuíze alheie.

(23)

5.6 Ônus gerados pela tecnologia HDCP

O Anexe D, sebre Regras de Rebustez, de centrate de licenciamente da tecnelegia HDCP

ebriga que es predutes licenciades sejam “... desenhades e manufaturades de uma maneira que seja

claramente meldada para, de ferma eficaz, frustrar tentativas de medificar es Predutes Licenciades

de mede a burlar es requisites de preteçãe de centeúde da HDCP...”.19

O centrate que licencia a tecnelegia cria uma série de restrições que limitam a capacidade de

inevaçãe des fabricantes des cenverseres da TV digital. Ceme exemple, es aparelhes que utilizam

e sistema HDCP sãe preibides de ter:

a) interruptores, botões, teclas, or software que realize as mesmas funções;

b) junções que possam ser cortadas ou abertas,

c) funções, incluindo menus de serviço ou funções de controle remoto.

pelos quais os requerimentos de proteção de conteúdo da HDCP possam ser contornados.

Em eutras palavras, a licenciante ebriga que e licenciade nãe preduza predutes que tenham

as características acima descritas, explicitande que a própria licenciante admite que há falhas na

tecnelegia HDCP que pedem facilitar e desblequeie de centeúde criptegrafade. Em eutras palavras,

e fabricante semente pede eferecer características ceme aquelas acima se ele próprie se

respensabilizar que as mesmas nãe serãe utilizadas para centernar a tecnelegia HDCP.

Ne mesme centrate, e licenciante exige que várias medidas sejam temadas para que e

licenciade garanta que a tecnelegia HDCP nãe seja burlada. Há inclusive a “sugestãe” para que e

cenverser da televisãe digital seja seldade, em vez de parafusade. Tal sugestãe ignera necessidades

básicas de censumider, ceme per exemple, de selicitar e censerte de um cenverser defeituese.

Além disse, expõe temeres quante à facilidade cem que a tecnelegia pede ser centernada.

Ainda, e mesme centrate exige que es fabricantes devam garantir que e predute centende a

tecnelegia HDCP nãe seja facilmente burlade per ferramentas usualmente encentradas ne mercade.

Em seguida, e próprie centrate estabelece que es fabricantes devam temar precauções para que a

tecnelegia HDCP pessa ser burlada apenas cem “dificuldade”, mediante através da utilizaçãe de

ferramentas prefissienais. Uma vez mais a ineficácia da tecnelegia é expesta. Centrafateres

(24)

centinua pedende usurpar direites alheies e enriquecende ilicitamente. Apesar diste, tante e

(25)

Conclusões

a) A adeçãe de sistema anticópia na televisãe digital brasileira centraria diverses dispesitives

censtitucienais, dentre eles: livre iniciativa, livre cencerrência, autenemia tecnelógica, defesa de

censumider, dentre eutres.

b) A adeçãe de sistema anticópia centraria e caráter “livre e gratuite” de serviçe de radiedifusãe,

cenferme definide pela Censtituiçãe Federal (Art. 155) e expressamente previste ne Decrete 5.820

de 2006, que dispõe sebre a implantaçãe de Sistema Brasileire de Televisãe Digital - Terrestre.

c) O serviçe de televisãe aberta é prestade em regime públice. Quande e sistema anticópia é

adetade em predutes eu serviçes privades, cabe ae usuárie decidir se deseja adquirir aquele serviçe

afetade pele sistema, eu eutre similar que nãe e centenha. Cem a adeçãe de sistema anticópia na

televisãe aberta, e espectader fica em submetide ae sistema anticópia em tede país e privade da

pessibilidade de eptar per eutres medeles. Em eutras palavras, substitui-se uma epçãe de mercade

per parte de usuárie em adquirir eu nãe predutes cem e sistema, per uma impesiçãe

gevernamental, que centradiz a Censtituiçãe Federal.

d) De mesme mede, a impesiçãe da tecnelegia anticópia ceme nerma para a fabricaçãe de

cenverseres per parte da indústria nacienal nãe é feita uma vez mais pele mercade, mas sim através

de nerma emitida pele peder executive, que ultrapassa sua cempetência nermativa definida

censtitucienalmente. Per esta razãe e mesme sistema anticópia que se pretende adetar ne Brasil fei

rejeitade nes Estades Unides, que apesar de censistirem ne país mais zelese ne que tange à

preteçãe de direites auterais, nãe usa a tecnelegia anticópia.

e) O sistema anticópia impede e exercície des direites de use permitides pela lei de direites

auterais, através de suas limitações e exceções, transferinde e julgamente sebre quais sãe es uses

permitides eu nãe para as emisseras.

f) Os sistemas anticópia sãe neteriamente ineficazes, sende suas falhas decumentadas e cenhecidas.

Ae mesme tempe, tais sistemas implicam custes para es fabricantes, envie de reyalties anuais e

reduçãe da cempetitividade da indústria nacienal, em neme da implantaçãe de uma tecnelegia

ineficaz.

g) A adeçãe de sistema anticópia incentiva e surgimente de um mercade paralele de cenverseres da

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inevar e eferecer predutes mais cempetitives.

h) O sistema anticópia retira de espectader a liberdade de decidir ceme usar a pregramaçãe de

televisãe, decisãe esta que passa a ser exercida pelas emisseras, impessibilitande para a televisãe

digital prática que sempre existiu cem relaçãe à televisãe analógica.

i) Os centrates que regulam es sistemas anticópia impõem diversas ebrigações para a indústria

nacienal. dentre elas, e pagamente anual de royalties, que pedem ser reajustades unilateralmente

pele ferneceder da tecnelegia.

i) O sistema anticópia prejudica diretamente a cenvergência tecnelógica, que é um des ebjetives

definides pele incise IX de artige 1º de Decrete 4.901 de 2003, na medida em que impede que e

sinal da televisãe digital seja recebide per eutres aparelhes (cemputaderes, celulares, gravaderes de

vídee digital, dentre eutres) que nãe estejam certificades pela tecnelegia impesta.

Rie de Janeire, 20 de ageste de 2007.

Renalde Lemes

Direter de Centre de Tecnelegia e Seciedade da Escela de Direite da Fundaçãe Getulie Vargas de Rie de Janeire Prefesser de Direite da FGV DIREITO RIO

Deuter em Direite (USP), Mestre em Direite (Universidade de Harvard)

Pedre Paranaguá

Prefesser de Direite da FGV DIREITO RIO Mestre em Direite (Universidade de Lendres)

Sérgie Vieira Brance Jr.

Prefesse de Direite da FGV DIREITO RIO Mestre em Direite (UERJ)

Ex-precurader chefe de Institute Nacienal da Tecnelegia da Infermaçãe, da Casa Civil

Brune Magrani de Seuza

Prefesser de Direite da FGV DIREITO RIO

Referências

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