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II Relatório Supremo em Números: o Supremo e a Federação entre 2010 e 2012

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2014

em números

Apoio:

II Relatório Supremo em Números

O Supremo e a Federação entre 2010 e 2012

Joaquim Falcão

Pedro Abramovay

Fernando Leal

Ivar A. Hartmann

NOVAS IDEIAS EM DIREITO

RESULTADOS DE PESQUISA

(2)

II Relatório Supremo em Números

(3)

Todos os direitos desta edição reservados à FGV Direito Rio

Praia de Botafogo, 190 | 13º andar Rio de Janeiro | RJ | Brasil | CEP: 22250-900 Tel.: (55 21) 3799-5445 | Fax: (55 21) 3799-5335

(4)

II Relatório Supremo em Números

O Supremo e a Federação entre 2010 e 2012

(5)

ISBN – 978-85-63265-30-2

EDIÇÃO FGV DIREITO RIO

Obra Licenciada em Creative Commons

Atribuição – Uso Não Comercial – Não a Obras Derivadas

Impresso no Brasil / Printed on Brazil

Fechamento da 1ª edição em fevereiro de 2014

Os conceitos emitidos neste livro são de inteira responsabilidade dos autores.

Coordenação: Felipe Dutra Asensi, Thaís Teixeira Mesquita e Rodrigo Vianna

Capa: FGV Direito Rio

Diagramação: Cristiana Ribas

Revisão: Thaís Mesquita

Ficha catalográfi ca elaborada pela

Biblioteca Mario Henrique Simonsen/FGV

II Relatório Supremo em Números : o Supremo e a Federação entre 2010 e 2012 / Joaquim Falcão...[et al.] - Rio de Janeiro : Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas, 2014.

28 p. : il. – (Novas ideias em direito : resultados de pesquisa)

Inclui bibliografi a.

ISBN: 978-85-63265-30-2

1. Brasil. Supremo Tribunal Federal. 2. Poder judiciário – Brasil. I. Falcão, Joaquim, 1943- II.

Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas.

(6)

II Relatório Supremo em Números

O Supremo e a Federação entre 2010 e 2012

E q u i p e

Joaquim Falcão

Diretor FGV DIREITO RIO

Fernando Leal

Coordenador Adjunto do Centro de Justiça e Sociedade e Professor da FGV DIREITO RIO

Ivar A. Hartmann

Coordenador do Projeto Supremo em Números e Professor da FGV DIREITO RIO

Daniel Chada

Engenheiro de Software Senior

Israel da Silva Teixeira

(7)
(8)

Sumário

I - O Tribunal da Federação?

9

II - Quem pauta o Supremo?

11

III - O que pauta o Supremo?

15

IV - A Reforma Inacabada

21

Conclusão 25

(9)
(10)

I

O Tribunal da Federação?

O II Relatório Supremo em Números apresenta o perfil do Supremo entre 2000 e 2009 sob o ponto de vista das pautas de diferentes estados e dife-rentes assuntos. Trata-se de um recorte que visa compreender os efeitos da Reforma do Judiciário no STF e por esse motivo abrange um período que tem a Emenda Constitucional 45 no meio.

O presente paper tem o objetivo de servir como uma extensão do II Re-latório. Complementa os dados trazidos pelo II Relatório com informações sobre os anos de 2010, 2011 e 2012 no Tribunal. Por outro lado, cumpre tam-bém o papel de um pequeno relatório que se sustenta sozinho, na medida em que os desdobramentos no Supremo após 2009 permitem conhecer a pauta do Tribunal já passados quase 10 anos da Reforma do Judiciário. Al-gumas tendências que surgiram na década passada – como a pulverização de litigantes e a grande quantidade de processos de servidores públicos – mostraram-se persistentes após 2009. Já outras, como a grande quantidade de processos tributários e trabalhistas, a queda no total de processos e diversificação das portas de entrada não são mais identificáveis nos últimos três anos no Supremo.

(11)
(12)

II

Quem pauta o Supremo?

Nos três anos da nova década, a representatividade dos estados e do Dis-trito Federal mudou. São Paulo e Rio Grande do Sul continuam ocupando as primeiras posições. Mas este último ganhou mais espaço. Já o Rio de Janeiro perdeu duas posições e encontra-se ligeiramente atrás do Distrito Federal e de Minas Gerais.

G r á f i c o 1

P r o c e s s o s p o r U F , e m % d o T o t a l ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

25

20

15

10

5

0

SP RSDFMGRJSCPRBAMSPBPEESSEGOCERNAM MTPAMAALROPITOACRRAP 2 2 2 2 1

1 1 1 2 1 1 1 1

1 1 0 0 0 0 0 21

18

11 10 9

6 5

(13)

I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

1 2

G r á f i c o 2

V a r i a ç ã o d a R e p r e s e n t a t i v i d a d e n o S u p r e m o e n t r e 2 0 0 6 e 2 0 1 2 , e m %

300 250 200 150 100 50 0 -50 -100 SP RS RJ MG PR SC PE

DF BA CE

PB MAMTMS SE ES PA RO GO AMALRN

ACTO APPI RR

248

175 160

130

72 71 71 68

58 55 48 44

30 27 26 22 20 9 5

-12 -20

-30-34-36-48 -49 -63

O Acre mais que triplicou sua fatia. Estados como Tocantins e Paraíba também tiveram variação expressiva. A maioria dos estados aumentou sua participação. Isso é possivelmente em razão da diminuição de São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro, que na década passada somavam 40% de todos os processos e nos últimos três anos ocuparam apenas 35%. Boa parte dos estados que ganharam espaço tem 1% ou menos dos processos.

(14)

Q u e m p a u t a o S u p r e m o ?

Parte II

1 3

G r á f i c o 3

P r o c e s s o p o r R e g i ã o ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

Sudeste Sul Centro-Oeste Nordeste Norte 41,75% 28,93% 15,04% 11,10% 3,16%

Mas esses dados precisam ser contextualizados em função da realidade de cada estado. Optamos por fazer isso em função de dois dados dos IBGE: população1 e PIB2. Para a comparação com a população, o gráfico 4 mostra a

média de processos novos no Supremo por ano entre 2010 e 2012, oriundos de cada estado, para cada 1 milhão de habitantes.

G r á f i c o 4

P r o c e s s o s n o S u p r e m o p o r 1 m i l h ã o d e H a b i t a n t e s ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

3000 2500 2000 1500 1000 500 0 SP

RSSC RJ MG PR PE

DF MSSE PB ES ACRRRORNMTAMAPTOGO ALBA CEPIMAPA 2726

204 187 173 158 152 127 118 111 86 80 58 54 216 217 280 295 306 312 323 337 342 345 383 446 554 618 1119 Brasil

1 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/Brasil_ tab_1_4.pdf>. Acessado em: 30 jan 2012. Todos os dados sobre a população brasileira,

salvo quando especificado em contrário, referem-se ao Censo 2010.

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I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

1 4

O DF é disparado aquele com o maior número de processos por milhão de habitantes no período, com 2726. Mas a peculiaridade dessa unidade da federação, em razão de hospedar o governo federal e o próprio STF, de-saconselha comparações com os demais estados. O RS é, entre os demais, aquele com a maior quantidade de processos – 1119. É quase o dobro do segundo colocado, SC, que tem 618. SP está abaixo da média brasileira de 345. MS, SE e RJ estão acima da média brasileira juntamente com DF, RS e SC. O PA é aquele com a menor quantidade: apenas 54 processos por ano para cada 1 milhão de habitantes. Muito embora variações sejam esperadas, a disparidade entre o RS e o PA é descomunal.

Para comparar os estados em função do PIB, calculamos a quantidade de processos anualmente levados ao Supremo por cada R$ 100 milhões do PIB. O resultado está no gráfico 5.

G r á f i c o 5

P r o c e s s o n o S u p r e m o p o r R $ 1 0 0 m i l h õ e s d o P I B ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

5.0 4.5 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 SP

RSDFPBSEMSACSCRNMG RRAPRJROPRALESPETO PIAM MTBAGOCEMAPA 4.7

204

187 173 158 152 127

1.0 1.0 0.9 0.90.8

0.5 216 1.5 1.5 1.5 1.5 1.7 1.7 1.8 2.0 2.6 2.9 3.0 4.1 4.3 4.6 Brasil

(16)

III

O que pauta o Supremo?

No ano de 2012 a pauta do Supremo foi dividida principalmente entre pro-cessos de servidor público, Direito Civil, Processo Civil e do Trabalho, Direito Público e Direito Previdenciário.

G r á f i c o 6

M a i o r e s A s s u n t o s n o S u p r e m o e m 2 0 1 2 , e m %

Direito Penal

Direito Trabalho

Processo Penal

Fiscal

Consumidor

Previdanciário

Direito Público

Processo Civil e Trabalho

Direito Civil

Servidos Público

4,5

6,6

8,4

13,1

14,8

18,7

19,9

20,0

20,6

21,4

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0

(17)

I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

1 6

processos de cada assunto. Mostra-se mais adequado realizar a comparação em função da representatividade dos processos de determinado assunto em dois momentos diferentes. Por esse motivo compara-se a variação entre a fatia ocupada por cada assunto no Supremo em 2006 e em 20123.

G r á f i c o 7

V a r i a ç ã o n a C o n c e n t r a ç ã o d e P r o c e s s o s n o S u p r e m o e n t r e 2 0 0 6 e 2 0 1 2

350 300 250 200 150 100 50 0 -50 -100 -51% -41% -23% 7% 24% 33% 77% 128% 192% 298% Consumidor Direito

Penal ProcessoPenal ServidorPúblico DireitoCivil PúblicoDireito ProcessoCivil e Trabalho

Direito

TrabalhoPrevidenciário Fiscal

O gráfico 7 mostra que o assunto que cresceu mais em representativida-de no período foi Direito do Consumidor – uma quase quadruplicação que fez essa fatia de processos saltar de 4% para 15%. Outros assuntos também cresceram muito em representatividade: Direito Penal triplicou e Processo Penal mais que duplicou.

Isso parece ter sido permitido pela retração da fatia ocupada pelos processos de Direito do Trabalho, Previdenciário e Tributário.

3 Cabe repetir o esclarecimento feito no II Relatório: a cada processo é atribuído ao menos um assunto ao chegar no Supremo. A contagem feita é dessas atribuições de assunto. De regra, cada processo recebe uma atribuição, mas alguns processos recebem mais de uma. Isso faz com que o somatório de atribuições supere o somatório de processos. Daí porque

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O q u e p a u t a o S u p r e m o ?

Parte III

1 7

Essa evolução pode ser melhor avaliada quando é tornada clara ano a ano. Mostramos a trajetória desde o início do período do recorte do II Rela-tório (2000) e até o final do período dessa atualização (2012).

G r á f i c o 8

V a r i a ç ã o d o s G r a n d e s A s s u n t o s n o S u p r e m o - e m % d o T o t a l d e P r o c e s s o s

Direito Público

Processo Civil e Trabalho Servidor Público Direito Civil Fiscal 70 60 50 40 30 20 10 0

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Consumidor Previdenciário Processo Penal Direito Trabalho Direito Penal

É possível perceber que no ano de 2012 o Supremo continuou a serviço dos servidores públicos: esse foi o assunto com o maior número de processos. Com a continuidade do declínio dos processos de Direito do Trabalho, a discrepância entre as chances de um trabalhador com carteira assinada e um servidor público estatutário verem o Supremo julgar um processo que lhe afeta aumentaram. Entre 2010 e 2012, um servidor público tinha 26 vezes mais chances.

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I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

1 8

G r á f i c o 9

P r o c e s s o s p o r 1 0 . 0 0 0 h a b i t a n t e s n o S T F ( 2 0 1 0 - 2 0 1 2 )

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 Servidores Públicos Trabalhadores (carteira assinada)

G r á f i c o 1 0

C o n c e n t r a ç ã o d e P r o c e s s o s d e S e r v i d o r P ú b l i c o , e m % ( 2 0 1 2 )

60 50 40 30 20 10 0 SP RS RJ

MGPE SCPR

DF BA CE

PB GOAM RNRRROALMA PI TO SE MS PA ESAC MT AP 60 57 48 45 40 36

30 29 29 29 27

25 25 24 24 2322 21 21

19 17 17 17 15 13

9 7

(20)

O q u e p a u t a o S u p r e m o ?

Parte III

1 9

Fenômeno dos temas locais nacionalizados parece ter diminuído. Confor-me o gráfico 11, os processos de Direito Tributário de São Paulo representam no últimos três anos uma fração da fatia do Supremo que ocupavam antes. Em seu lugar prevaleceram processos de Direito Público (incluindo aqueles de servidor público) do Rio Grande do Sul, São Paulo e do Distrito Federal. Nenhum desses grandes temas regionais, todavia, dominou a pauta da ma-neira que os processos fiscais de SP na década passada.

G r á f i c o 1 1

G r a n d e s A s s u n t o s n o S u p r e m o ( e m % d o T o t a l d e P r o c e s s o s d o P e r í o d o )

MG Trabalho

SP Previdenciário

SP Fiscal

RS Direito Civil

RS Fiscal

RJ Direito Público

RS Processo Civil e Trabalho

MG Direito Público

SP Consumidor

RS Previdenciário

SP Processo Civil e Trabalho

DF Direito Público

SP Direito Público

RS Direito Público

0 2 4 6 8 10 12 14

(21)
(22)

IV

A Reforma Inacabada

A pulverização dos litigantes mostrou-se um fenômeno persistente, ainda que gradual. Muito embora o ano de 2009 tenha sido excepcional, é pos-sível notar no gráfico 12 uma tendência de queda na parcela de processos concentrados pelos maiores 10, 30 e 100 litigantes no Supremo.

G r á f i c o 1 2

R e p r e s e n t a t i v i d a d e d o s M a i o r e s L i t i g a n t e s n o T o t a l d e P r o c e s s o s d o S u p r e m o

2006 2007 2008

Demais Top 100 Top 30 Top 10

2009 2010 2011 2012 28% 72% 59% 42% 28% 73% 55% 36% 27% 80% 61% 41% 20% 41% 30% 20% 87% 66% 48% 13% 95% 81% 63% 94% 81% 64% 6% 5% 59% 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0%

(23)

I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

2 2

mais se encontra entre os dez maiores, dando lugar a um segundo litigante privado (na década passada havia apenas um entre os dez primeiros).

G r á f i c o 1 3

T o p L i t i g a n t e s n o B r a s i l ( 2 0 1 2 )

12000

10000

8000

6000

4000

2000

0

INSS União Brasil Telecom

Estado

de SP Estadode RJ STJ DefensoriaPública da União

Ministério Público Federal

Estado de MG SantanderBanco

Apesar disso, os grandes litigantes do setor público, como o governo federal, os governos estaduais e municipais, tiveram queda significativa na quantidade de processos. A média nacional foi de 44% de queda no número de processos entre 2006 e 2012. O gráfico 14 mostra que a CEF liderou a queda, com 78%, seguida da União, com 71%. O INSS caiu 64% e os governos estaduais tiveram diminuição de 45% no número de processos que levaram ao Supremo nesse período de 6 anos após a EC45.

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A R e f o r m a i n a c a b a d a

Parte IV

2 3

G r á f i c o 1 4

V a r i a ç ã o n a Q u a n t i d a d e d e P r o c e s s o s n o S u p r e m o e n t r e 2 0 0 6 e 2 0 1 2

0 -10 -20 -30 -40 -50 -60 -70 -80 -90 INSS União Caixa Econômica

Federal Estados Bancos EmpresasTelefoniaMunicípiosMinistérioPúblico -3% -13% -14% -31% -45% -64% -71% -78%

A diversificação das portas de entrada é uma das grandes mudanças na comparação da década passada com o período mais recente. Apesar de a quantidade de Recursos Extraordinários (RE) e Agravos de Instrumento (AI) ter caído drasticamente, continuando em queda inclusive em 2012, isso não deu lugar ao crescimento de uma série de diferentes tipos processuais. A concentração de tipos processuais voltou ao Supremo, porém de maneira ainda pior, conforme nota-se no gráfico 15. Se antes da Reforma a tendência era de apenas 2 tipos processuais dominarem a pauta, os dados dos últimos anos apontam para uma concentração de apenas 1 tipo processual: o Recurso Extraordinário com Agravo (ARE).

(25)

I I I R e l a t ó r i o S u p r e m o e m N ú m e r o s

2 4

G r á f i c o 1 5

V a r i a ç ã o p o r C l a s s e P r o c e s s u a l , e m N ú m e r o d e P r o c e s s o s N o v o s ( 2 0 0 6 - 2 0 1 2 )

70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000 0

ARE RE AI HC Rcl MI

2006 2012

Enquanto que em 2006 os AIs e REs somados representaram 95% de todos os novos casos no Supremo, em 2012 o ARE significou 68% do todo. Essa mudança ocorre a partir de 2010, como mostra o gráfico 16.

G r á f i c o 1 6

V a r i a ç ã o d e T i p o s P r o c e s s u a i s , e m N ú m e r o s d e P r o c e s s o s ( 2 0 0 6 - 2 0 1 2 )

AR RE HC AI Rcl MI RHC MS ADI AC Inq RMS ACO Pet SS 70000 60000 50000 40000 30000 20000 10000

(26)

V

Conclusão

O Supremo de 2009 não é o mesmo de 2012. Novos fenômenos aparecem como resultado de fatores internos e externos ao Tribunal na década passa-da. Um deles é a explosão dos processos de Direito do Consumidor. Outro é a substituição dos REs e AIs pelos AREs como principal via de acesso ao Supremo.

Esses fenônemos parecem guardar relações diretas, ainda que para se confirmar essa hipótese seja necessário buscar dados empíricos sobre a re-alidade processual e social fora do STF. Os bancos e empresas de telefonia, por exemplo, tiveram queda abaixo da média na quantidade de processos entre 2006 e 2012. Esse acréscimo de representatividade pode estar rela-cionado ao grande aumento da fatia de processos de Direito do Consumidor.

Ao mostrar detalhes de como os diferentes assuntos e estados moldaram a pauta do Supremo na década passada, o II Relatório mostrou a importância de pensar o Tribunal da Federação a partir da realidade de uma carga de trabalho heterogênea, ao invés de um grupo uniforme de processos que se pressupõe possam representar o país inteiro. Ao atestar grandes mudanças nesse perfil heterogêneo mesmo ao longo de apenas três anos, essa atua-lização do II Relatório torna ainda mais clara a importância da continuação e renovação de pesquisas empíricas sobre o Judiciário brasileiro.

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Referências

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo 2010. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/cen-so2010/tabelas_pdf/Brasil_tab_1_4.pdf>.

(29)

Este livro foi produzido pela FGV Direito Rio, composto com a família

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Referências

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