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Efeito de reembasamento, ciclagem mecânica e armazenagem em água sobre a resistência flexural de uma resina acrílica para base de prótese

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(1)

José Maurício dos Santos Nunes Reis

Efeito de reembasamento, ciclagem mecânica e

armazenagem em água sobre a resistência flexural de

uma resina acrílica para base de prótese

(2)

Efeito de reembasamento, ciclagem mecânica e

armazenagem em água sobre a resistência flexural de

uma resina acrílica para base de prótese

Dissertação apresentada à Faculdade de Odontologia de Araraquara, da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, para a obtenção do título de Mestre em Reabilitação Oral (Área de concentração: Prótese).

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Vergani

(3)

Reis, José Maurício dos Santos Nunes

Efeito de reembasamento, ciclagem mecânica e armazenagem em água sobre a resistência flexural de uma resina acrílica para base de prótese / José Maurício dos Santos Nunes Reis. – Araraquara : [s.n.], 2005.

191 f.; 30 cm.

Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Eduardo Vergani

1. Resinas acrílicas 2. Reembasadores de dentaduras 3. Fadiga 4. Imersão 5. Resistência à flexão I. Título

(4)

Data da defesa: 25/02/2005

Banca Examinadora

Prof. Dr. Carlos Eduardo Vergani - Orientador, Professor Adjunto

do Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da

Faculdade de Odontologia de Araraquara - UNESP.

Prof. Dr. Marco Antônio Compagnoni - Professor Titular do

Departamento de Materiais Odontológicos e Prótese da Faculdade

de Odontologia de Araraquara - UNESP.

Prof. Dr. Marcelo Ferraz Mesquita - Professor Associado do

(5)

DADOS CURRICULARES

José Maurício dos Santos Nunes Reis

Nascimento: 07/06/1980 - Marília - SP

Filiação: Luiz Fernando Reis

Ana Laura dos Santos Nunes Reis

1999 - 2002: Curso de Graduação - Faculdade de Odontologia

de Araraquara - UNESP

2002 - 2003: Curso de aperfeiçoamento em Reabilitação Oral

pela Fundação Araraquarense de Ensino e

Pesquisa em Odontologia - FAEPO

2003 - 2005: Curso de Pós-Graduação em Odontologia, nível

(6)

A

Deus

,

Por estar sempre presente ao meu

lado.

“Deus

, obrigado por ter criado

algo tão maravilhoso quanto o

mundo e tão belo quanto o ser

humano. Obrigado, pai, por eu ser

uma pessoa capaz de viver e

transformar o que vivo. Obrigado

por ter me dado um caminho para a

felicidade.”

(7)

Ana Laura dos Santos Nunes Reis

,

ao meu irmão

Fernando Reis Neto

e

à

minha amada

Érica Gouveia

Jorge

,

Dedico este trabalho.

Agradeço a todos os meus

familiares

os ensinamentos

mais importantes de minha vida, o

apoio incondicional

e acima de tudo a harmonia e o

amor permutados.

Meu maior sonho é um dia

conseguir construir uma família

tão bela quanto aquela que me

criou. Amo muito todos vocês.

(8)

Ao

Prof. Dr. Carlos Eduardo

Vergani

,

por minha formação acadêmica,

pela orientação e amizade,

pelos ensinamentos,

exemplos de ética e

profissionalismo

e oportunidades concedidas.

Sinceros Agradecimentos!

(9)

Jorge

,

pelo amor intenso, amizade,

carinho, compreensão, confiança e

pela imensa paciência nos

momentos difíceis.

Sua presença foi extremamente

importante para

a condução e a finalização deste

trabalho.

Minha eterna gratidão ao grande

amor da minha vida!

Sonho que se sonha só;

É só um sonho que se sonha só;

Mas sonho que se sonha junto;

É realidade.

(10)

e

Marilene Santos de Camargo

pelo valioso exemplo de vida,

pelo grande incentivo e pelos

momentos

maravilhosos que sempre

compartilhamos.

À família de minha mulher, em

especial ao meu sogro

Eurico

, minha sogra

Sônia

e aos

meus cunhados

Andréa e Danilo

.

Obrigado pelo amor concedido e

momentos maravilhosos

partilhados.

(11)

Giampaolo e Ana Cláudia Pavarina

,

pelos ensinamentos,

oportunidades, convivência e

respeito.

Muito Obrigado!

À Mestra

Rosângela Seiko Seó

,

pela amizade,

conselhos, dedicação e

pelo grande incentivo aos meus

anseios.

(12)

Oral

, pela imensa contribuição em

minha formação profissional,

amizade, compreensão, incentivo e

carinho.

Ao meu amigo

Prof. Dr. Luís

Geraldo Vaz

, pelo apoio

incondicional durante a fase

experimental deste trabalho.

Aos meus amigos de

Pós-graduação

,

Luciano, João, Mariana, Juliana,

Matheus, Marcelo, Alessandro,

Andréia, Anelise, Roberta, Ewerton,

Daniela, Michael, Karina, Ana

Carolina, Ana Paula, Nara, Vanessa,

Karin, Poliana, Janaína, Sicknan,

Eduardo, André, Túlio, Fabiana,

Sabrina, Raphael, Weber, Max e

(13)

proporcionaram. Meus “irmãos” nota

10!

Aos meus inesquecíveis amigos

Prof. Dr. Mário Tanomaru Filho e

Profa. Dra. Juliane M. G.

Tanomaru

. Muito obrigado pela

sincera amizade, pelos

ensinamentos e momentos

maravilhosos que a vida nos tem

proporcionado.

Ao

grande

amigo

José Carlos

,

pela amizade e por contribuir com

a confecção de alguns

dispositivos utilizados no

presente trabalho. Muito

(14)

Luciano, Rodrigo,

Murilo,

Natália

e Luís Gustavo

. Muito obrigado

pelos momentos felizes que

passamos juntos.

A todos os amigos da Faculdade

de Odontologia de Araraquara, em

especial às alunas de iniciação

científica

Fabiana, Aline, Joice,

Érica e Priscila

.

Aos

funcionários do

Departamento de Materiais

Odontológicos e Prótese

, pela

solidariedade, amizade e

(15)

Araraquara

, pela orientação e

disponibilidade.

Às

funcionárias da seção de

Pós-Graduação da Faculdade de

Odontologia de Araraquara

. Muito

obrigado pela amizade,

receptividade e pelos serviços

prestados.

À

Fundação de Amparo à

Pesquisa do Estado de São Paulo

(

FAPESP

)

pelo auxílio financeiro

concedido para a realização deste

(16)

realização da análise estatística

deste trabalho.

À

Faculdade de Odontologia de

Araraquara da Universidade

Estadual Paulista "Júlio de

Mesquita Filho"

, por minha

formação profissional e moral e

pela oportunidade de poder

realizar o curso de Pós-Graduação

em nível de Mestrado.

A

todos aqueles

que de alguma

forma colaboraram com minha

formação e com a realização deste

(17)

Sumário

1.

Introdução --- 15

2.

Revisão da Literatura -- 21

3.

Proposição --- 95

4.

Material e Método --- 97

5.

Resultado --- 123

6.

Discussão --- 137

7.

Conclusão --- 159

8.

Referências ---162

9.

Apêndice ---176

Resumo --- 186

(18)

I

(19)

Em função da reabsorção natural, progressiva e cumulativa do

rebordo residual51,66, o desajuste entre as bases de próteses e os tecidos

de suporte tem sido freqüentemente observado em pacientes portadores

de próteses removíveis65. Com a intenção de prevenir a concentração de

forças sobre determinadas áreas do rebordo residual e almejando o

sucesso clínico em longo prazo, reavaliações periódicas se tornam

necessárias após a fase de colocação dessas próteses11. Nos casos em

que ocorram desajustes das bases das próteses, os profissionais devem

realizar a sua readaptação aos tecidos de suporte, por meio de métodos

de reembasamento.

O procedimento de reembasamento pode ser realizado por

meio de duas técnicas distintas: mediata e imediata. O reembasamento

mediato requer nova inclusão e prensagem da prótese22,23, o que pode

resultar em alterações na dimensão vertical ou distorções irreversíveis na

estrutura metálica de próteses parciais removíveis. Dessa forma, resinas

acrílicas quimicamente ativadas têm sido desenvolvidas para a realização

do reembasamento imediato9, proporcionando vantagens em relação ao

método convencional como menor complexidade para realização, rapidez

na execução, custo mais acessível e a não necessidade de os pacientes

permanecerem sem as próteses. Além dessas vantagens, as resinas para

(20)

àquelas das resinas para base de prótese, uma vez que, após o

reembasamento, passarão a ser parte integrante da base de prótese,

mantendo contato direto com os tecidos de suporte65.

Inicialmente, as resinas quimicamente ativadas para

reembasamento eram formuladas à base de metil/ polimetil metacrilato e

apresentavam propriedades inferiores em comparação às resinas

termoativadas. Entre essas, podemos citar a baixa estabilidade de cor,

alta temperatura de polimerização, alta concentração de porosidades e a

baixa resistência mecânica15,33,74. Desse modo, materiais com

formulações diferentes têm sido desenvolvidos7,9,49 e, de acordo com

estudos encontrados na literatura, algumas de suas propriedades se

aproximam das propriedades físico-químicas, mecânicas e biológicas

observadas para as resinas termoativadas para base de prótese9,23,57.

Além disso, estudos têm demonstrado que alguns desses reembasadores

quimicamente ativados apresentam comportamento clínico satisfatório

após 12 meses de avaliação33,44.

Por outro lado, tem sido observado que o conteúdo de

monômero residual nas resinas quimicamente ativadas é maior que nas

termoativadas45,60,68,73,74. A presença desse monômero, além de causar

reações nos tecidos em contato com a base da prótese29,45,67, pode

comprometer as propriedades mecânicas do material. Fujii30, ao realizar

testes de fadiga em resinas acrílicas, observou relação negativa entre o

(21)

Stafford et al.60 observaram que duas resinas para reembasamento

imediato apresentaram maiores valores de escoamento em relação às

termoativadas o que, segundo os autores, reflete sua maior concentração

de monômero residual. Com base nessas informações, as propriedades

desses materiais devem ser continuamente avaliadas, proporcionando

uma indicação clínica mais precisa.

Dentre os ensaios mecânicos considerados importantes na

avaliação desses materiais, o de resistência à flexão se destaca por

representar a mensuração coletiva das tensões de tração, compressão e

cisalhamento2. Woelfel et al.75 e Vallittu et al.71 citaram, ainda, que a

aplicação de força transversa simula a carga que uma prótese superior

recebe durante a mastigação. Outro aspecto importante é que, durante a

realização dos testes de flexão, pode-se avaliar a resistência desses

materiais na força máxima de ruptura e no limite de proporcionalidade. De

forma geral, os estudos têm avaliado a resistência máxima desses

materiais durante a flexão. Por outro lado, a deformação plástica que

ocorre além do limite de proporcionalidade altera, permanentemente, as

dimensões dos materiais, tornando-os inaceitáveis para a utilização

clínica65. Enquanto alguns estudos encontrados na literatura demonstram

que a resistência flexural de resinas para base e resinas para

reembasamento imediato pode ser semelhante57,72, vários estudos exibem

valores inferiores de resistência à flexão para resinas quimicamente

(22)

Apesar das propriedades mecânicas do material reembasador

contribuírem para a resistência final obtida, esse aspecto, isoladamente,

não assegura o sucesso do reembasamento. Em função das forças de

flexão geradas na mastigação, a interface de união resina de base/

reembasador, é submetida a uma complexa distribuição de tensões e,

segundo Chai et al.19, quando há união deficiente entre esses materiais,

falhas adesivas podem ocorrer, mesmo mediante a um estresse

relativamente baixo. Com base nesses aspectos, tem sido sugerida a

utilização de corpos-de-prova mistos (resina de base/ reembasador) para

a avaliação da resistência à flexão64,65. Archadian5, recentemente,

verificou que corpos-de-prova reembasados exibiram resistência à flexão

inferior àquela observada para as resinas de base de prótese, porém,

superior àquela obtida somente com materiais reembasadores. A melhora

na resistência de união entre esses materiais, além de aumentar a

resistência final da prótese, previne o crescimento de microrganismos em

sua interface de união e evita o seu manchamento6.

Durante sua utilização, as bases de próteses são

constantemente submetidas a forças cíclicas e, portanto, a resistência à

fadiga deveria ser avaliada. Segundo Johnston et al.37, as fraturas de

próteses ocorrem tanto pela aplicação de forças de impacto como por

fadiga flexural. Scherrer et al.56, considerando os testes dinâmicos mais

pertinentes em relação aos estáticos, afirmam que os dados obtidos por

(23)

não contribuir com informações relevantes sobre a utilização clínica

desses materiais. De acordo com os resultados obtidos por Kelly40, as

resinas ativadas termicamente exibem maior resistência à fadiga flexural

do que as resinas ativadas quimicamente, ocorrendo grande variação nos

resultados desses materiais. Além das resinas acrílicas, levando em

consideração o dinamismo funcional intrabucal, outros materiais

odontológicos têm sido avaliados por meio de ensaios dinâmicos. Os

resultados desses estudos permitem observar que diferentes materiais

têm exibido redução significativa em suas propriedades mecânicas, após

ensaios cíclicos de fadiga3,28,76.

Outro aspecto a ser considerado é que estudos têm

demonstrado que a armazenagem em água pode influenciar

negativamente as propriedades mecânicas das resinas acrílicas.

Takahashi et al.64 observaram que a imersão em água por 24 horas ou 30

dias reduziu a resistência à flexão de uma resina para base de prótese

reembasada. Resultados semelhantes têm sido observados em estudos

que avaliaram as propriedades mecânicas de resinas para base de

prótese reparadas com resinas fotoativadas24 ou quimicamente

ativadas11,24.

Com base nas informações descritas anteriormente, julgou-se

oportuno avaliar o efeito do reembasamento, da ciclagem mecânica e da

armazenagem em água sobre a resistência máxima à flexão e no limite de

(24)

R

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e

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a

L

(25)

Yurkstas e Curby77, em 1953, realizaram um estudo para avaliar

a quantidade de forças que incidem nos dentes durante a mastigação de

vários tipos de alimentos. Foi observado que os alimentos duros

necessitaram de uma força de 12 Kg (± 120 N) para serem mastigados e

que a maioria dos alimentos exigiu uma força oclusal entre 0,3 Kg a 1,8

Kg (± 3 N a ± 18 N). Foram produzidas forças semelhantes durante a

mastigação com a utilização de próteses totais e ou próteses parciais

removíveis. Os autores concluíram, ainda, que os alimentos macios eram

mastigados na região dos primeiros molares e os duros na região dos

primeiros pré-molares, e que os segundos pré-molares trituravam ambos

os tipos de alimento. Os alimentos cozidos reduziram a força máxima em

50% a 70% e também reduziram a força total necessária para alcançar a

deglutição em 83% a 96%.

De acordo com Smith e Bains59, em 1956, o monômero

presente após a polimerização de resinas acrílicas para base de próteses

pode comprometer as propriedades mecânicas das próteses, além de

causar irritação da mucosa do paciente. Dessa forma, esses autores

analisaram quantitativamente, por meio de métodos químicos e físicos, a

presença de monômero residual em resinas para bases de prótese. Os

(26)

rapidamente liberado durante a imersão da resina em água, uma parte

desse monômero permanece retida no interior do material. Segundo os

autores, o monômero liberado em água estaria presente na superfície do

material, supondo-se que nas porções mais internas uma polimerização

mais efetiva seria obtida em função da temperatura exotérmica de

polimerização. Assim, moléculas de monômero residual seriam retidas

internamente pelas cadeias poliméricas formadas durante o processo de

polimerização e dificilmente poderiam ser eliminadas. Foram observadas

maiores concentrações de monômero residual nas amostras

polimerizadas em temperaturas mais baixas e, segundo os autores,

apesar da possibilidade de parte desse monômero poder ser eliminada,

as propriedades mecânicas podem ser comprometidas em função do

monômero retido.

A absorção de água pelas resinas acrílicas segue, de acordo

com Braden14 em 1964, princípios matemáticos de difusão. Desse modo,

são necessários dois parâmetros físicos para se definir o processo de

absorção de água: coeficiente de difusão e equilíbrio de concentração. O

coeficiente de difusão relaciona-se ao tempo necessário para saturar uma

amostra, sendo, portanto, uma propriedade física de grande importância.

A temperatura apresenta um efeito significante no coeficiente de difusão,

pois o tempo necessário para saturar uma amostra irá depender

(27)

altera o equilíbrio de concentração. Levando em consideração que o

processo de absorção de água segue princípios matemáticos de difusão,

o tempo necessário para saturar uma amostra pode ser previsto. Esse

tempo parece ser muito superior que o utilizado na prática. De acordo

com o autor, a imersão de um provisório em água durante 48 horas seria

insuficiente para saturá-lo, principalmente se a água estivesse fria. Além

disso, a relação entre o período de tempo necessário para saturação e a

espessura das amostras também deve ser considerada.

Segundo Kelly40, a propriedade mecânica mais importante a ser

avaliada em um polímero para base de prótese, em relação à sua

longevidade, é sua resistência à fadiga flexural. Assim, em 1967, esse

autor comparou a resistência à fadiga flexural de 11 resinas acrílicas

termoativadas para base de prótese com a de 11 resinas acrílicas

quimicamente ativadas. Foram confeccionados 3 corpos-de-prova (80 x

10 x 2,5 mm3) por material, armazenados em água destilada por 3 dias e

submetidos aos ensaios mecânicos dinâmicos de flexão em três pontos

(340 ciclos/ minuto; span= 50 mm). O número de ciclos suportados por

cada material foi anotado para cada corpo-de-prova. As resinas ativadas

termicamente exibiram maior resistência à fadiga flexural do que as

resinas ativadas quimicamente, ocorrendo uma grande variação nos

resultados desses dois tipos de resinas acrílicas. Além disso, alguns

(28)

novamente submetidos ao ensaio dinâmico de flexão. Essas amostras

exibiram resistência à fadiga flexural inferior àquela produzida pelos

corpos-de-prova intactos avaliados.

Esse mesmo autor39, em 1969, afirmou que as fraturas

observadas em próteses removíveis durante a utilização intrabucal

normalmente estão associadas à fadiga flexural. Desse modo, uma resina

acrílica termicamente ativada foi submetida a testes dinâmicos de flexão,

com freqüência de 344 ciclos por minuto, para avaliar sua resistência à

fadiga flexural. Além disso, foi verificada a influência de diferentes

tamanhos de partículas sobre essa propriedade mecânica. Para isso, o pó

dessa resina foi separado em partículas de tamanho variado, previamente

à confecção dos corpos-de-prova. Todos os ensaios mecânicos foram

realizados em banho de água, tendo sido o número de ciclos necessário

para a fratura por fadiga flexural anotado para cada corpo-de-prova. Além

disso, foi verificado o efeito de concentrações de estresse que ocorrem

em regiões com mudanças de contorno, como por exemplo, os alívios em

regiões de freios labiais. Os polímeros com menores tamanhos de

partículas exibiram maior resistência à fadiga. Segundo o autor, regiões

que propiciam concentrações de estresses deveriam ser evitadas durante

a confecção de próteses, por diminuírem a resistência das próteses à

(29)

ser removidos durante a indicação da extração dos dentes remanescentes

anteriores.

O efeito de diferentes métodos de polimerização sobre o peso

molecular, conteúdo de monômero residual e resistência à flexão de

resinas para base de prótese foi avaliado por Beech12, em 1975. Segundo

o autor, amostras de resina com alta proporção de polímeros com peso

molecular acima de 105 comportam-se como polímeros de cadeia longa,

resultando em propriedades físicas e mecânicas mais favoráveis. Foram

confeccionados corpos-de-prova (50 x 70 x 4 mm3) por meio de ativação

térmica e química. Dois métodos distintos de ativação térmica foram

avaliados: a) polimerização por 14 horas a 70ºC e b) polimerização por 2

horas a 100ºC, seguida de 2 horas a 100ºC. A polimerização química foi

obtida por uma semana à temperatura ambiente. Para a determinação da

distribuição de peso molecular, o método de cromatografia de permeação

a gel foi utilizado. As amostras termoativadas exibiram os maiores valores

de peso molecular. De acordo com o autor, esse fato se deve à presença

de amina terciária na resina quimicamente ativada, que proporciona maior

número de radicais livres e, conseqüentemente, de cadeias poliméricas

curtas. Porém, a proporção de polímero com peso molecular acima de 105

foi semelhante entre as amostras. Com o objetivo de avaliar o efeito do

aquecimento sobre o peso molecular de amostras de resina previamente

(30)

após uma semana, submetidos ao aquecimento a 100ºC por 2 horas. Foi

verificado um aumento de 5% de polímero com peso molecular abaixo de

105, tendo sido considerado insuficiente para comprometer as

propriedades da resina. Assim, o autor concluiu que a menor resistência

flexural exibida pela resina ativada quimicamente estaria relacionada ao

efeito plastificante do monômero residual.

De acordo com Douglas e Bates27, em 1978, o alto conteúdo de

monômero residual exerce um efeito negativo sobre as propriedades

mecânicas das resinas acrílicas. Esses autores avaliaram o conteúdo de

monômero residual de resinas quimicamente ativadas (Pour-n-Cure,

Pronto II XL, Swe Flow, Palacast, Duraflow, Trupour, Castdon e Major

F.R.) e de uma resina termicamente ativada (Kallodent 60), à base de

polimetil metacrilato, por meio da utilização de cromatografia a gás e

espectrofotometria por infravermelho. Os resultados demonstraram que as

resinas quimicamente ativadas apresentam maior conteúdo de monômero

residual em relação à resina termoativada. Porém, foi observada uma

redução de 21% no conteúdo de monômero residual após 24 horas de

armazenagem em água, independentemente do tipo de resina acrílica. De

acordo com esses autores, a armazenagem em água permite a difusão de

monômero residual e a absorção de moléculas de água para o interior da

massa polimérica das resinas. Os autores sugerem, ainda, que, quanto

(31)

absorção de água e, desse modo, a variação no conteúdo de monômero

residual de cada resina estaria diretamente relacionada à proporção

pó-líquido e a cinética de polimerização dos diferentes ciclos de

polimerização.

O objetivo do estudo de Jagger36, em 1978, foi avaliar o efeito

de quatro diferentes ciclos de polimerização sobre o nível de monômero

residual, resistência à tração, dureza, viscosidade e absorção de água de

uma resina acrílica termicamente ativada. Os resultados evidenciaram

que o aumento rápido da temperatura no ciclo em que a resina era

polimerizada por uma hora a 100oC, com conseqüente alta decomposição

inicial do peróxido de benzoíla, promoveu um polímero com grande

número de cadeias, porém com baixo peso molecular. Apesar disso, os

valores de peso molecular observados nos quatro ciclos foram

considerados satisfatórios. Dessa forma, as variações observadas em

relação às propriedades de dureza e resistência à tração foram

relacionadas com a presença de monômero residual que, segundo os

autores, causa efeito plastificante na resina, na medida que reduz as

forças intermoleculares, permitindo maior deformação do polímero sob

ação de forças. Foi observado, ainda, que a conversão de monômero em

polímero é altamente favorecida pelo aumento da temperatura final de

polimerização de 70oC para 100oC. Assim, o autor sugere que as resinas

(32)

seguir submetidas a 100oC por uma hora. A baixa temperatura inicial

previne a incidência de porosidade, além de proporcionar um alto peso

molecular. O período final de uma hora a 100oC permite a redução rápida

de monômero residual.

Ruyter e Svendsen54, em 1980, compararam o comportamento

mecânico de resinas acrílicas termoativadas e quimicamente ativadas, por

meio de ensaios de resistência à flexão, avaliando, ainda, os efeitos de

diferentes condições de temperatura e umidade durante os ensaios. Os

corpos-de-prova foram testados a seco ou sob imersão em banho de

água, variando a temperatura da água. A influência de agentes de ligação

sobre as propriedades de resistência à flexão dos materiais foi, também,

avaliada. Os resultados desse estudo demonstraram que, para as resinas

termoativadas, não houve diferença significativa entre a resistência à

flexão exibida pelos materiais que apresentavam o agente de ligação

cruzada etileno glicol dimetacrilato (EGDMA) e aqueles compostos por 1,4

butanediol dimetacrilato (1,4 BDMA). Segundo os autores, a presença de

agentes de ligação cruzada promove, após a polimerização, a presença

de grupos pendentes de metacrilato que apresentam efeito plastificante

sobre os materiais. Tendo em vista que o aumento da temperatura de

polimerização proporciona maior grau de conversão do monômero em

polímero, as resinas termoativadas provavelmente exibiram menores

(33)

resistência flexural dos materiais. Entretanto, as resinas quimicamente

ativadas que apresentavam 1,4 BDMA produziram valores de resistência

à flexão superiores aos observados para os materiais contendo EGDMA.

Segundo os autores, no agente de ligação cruzada 1,4 BDMA, os grupos

metacrilato apresentam-se mais distantes entre si em comparação com o

EGDMA, tornando-os mais reativos. Assim, nas resinas acrílicas

compostas por 1,4 BDMA, um menor nível de grupos pendentes de

metacrilato deve ter ocorrido, resultando em menor efeito plastificante

durante os testes de resistência à flexão. Foi observado, ainda, que as

resinas produziram propriedades flexurais inferiores quando os testes de

resistência à flexão foram realizados com os corpos-de-prova imersos em

água, particularmente em temperaturas mais elevadas.

Em 1980, Stafford et. al.60, avaliaram propriedades físicas e

mecânicas de cinco resinas acrílicas de alto impacto, comparando-as com

uma resina termoativada convencional, uma resina ativada quimicamente

e uma resina fluida. Foram observadas mínimas variações entre as

propriedades mecânicas desses materiais. Apesar de todas as resinas

apresentarem módulos de elasticidade semelhantes, a deflexão das

resinas ativadas quimicamente foi menor do que àquela produzida pelas

termoativadas, ocorrendo fratura antes que uma força de 50 N pudesse

ser aplicada. A presença do agente de ligação cruzada etilenoglicol

(34)

resistência à propagação de trincas durante os testes, além de maior

rigidez dos materiais. Segundo os autores, a inclusão de agentes de

ligação cruzada nas resinas quimicamente ativadas seria benéfica pelo

fato desses materiais terem apresentado os maiores níveis de monômero

residual, que promove efeito plastificante nos materiais. Além disso,

quanto maiores as temperaturas de polimerização, menores foram os

níveis de monômero residual observados, indicando que os ciclos de

polimerização deveriam incluir o aquecimento da resina a 100ºC.

Johnston et al.37, em 1981, avaliaram a resistência à fadiga, por

meio de ensaios dinâmicos de resistência à flexão, de 10 resinas acrílicas

freqüentemente utilizadas para a confecção de próteses. Foram

confeccionados 10 corpos-de-prova (80 x 10 x 2,5 mm3) para cada

material utilizado: Pro-Fit (resina quimicamente ativada à base de polimetil

metacrilato); Hirco, Duraflow, Lucitone, Impact 76 (resinas acrílicas

termicamente ativadas à base de polimetil metacrilato); Lucitone 199

(resina acrílica de alto impacto) e Astron 77, Astron 77 Press-Pack,

Luxene Gel e Luxene Gel Press-Pack (resinas vinílicas). Todos os

corpos-de-prova foram, então, armazenados em água por um mês previamente

aos testes. Além disso, antes dos testes, os corpos-de-prova foram

submetidos à flexão, onde o grau de deflexão foi mensurado por meio de

micrômetro. Após esse estádio, os corpos-de-prova foram, então,

(35)

deflexão mensurada durante o primeiro estádio dos testes. Cada

corpo-de-prova foi submetido ao ensaio dinâmico em banho de água com

temperatura controlada (37 ± 1ºC). Uma carga de 3.650 g foi aplicada

com freqüência de 342 flexões por minuto, tendo sido os corpos-de-prova

flexionados até a fratura. Para cada ensaio mecânico o número de flexões

até a fratura foi registrado. Foram observados, em ordem crescente de

resistência à fadiga flexural, os seguintes resultados: Pro-Fit < resinas

termicamente ativadas à base de polimetil metacrilato < resinas vinílicas <

Lucitone 199. Esses autores sugerem a utilização de testes, como os de

fadiga, que simulem as condições clínicas a que esses materiais são

submetidos.

Também em 1981, Gibbs et al.31 avaliaram as forças oclusais

de pacientes dentados durante a mastigação e a deglutição, por meio da

utilização de um sistema de transmissão de som acoplado a um sensor de

deformação. Foram selecionados 20 pacientes (13 homens e 7 mulheres)

com oclusão satisfatória e média de idade entre 17 e 55 anos. Os critérios

avaliados para considerar uma oclusão satisfatória foram a presença de

28 a 32 dentes alinhados no arco dentário, a ausência de abrasão ou

mobilidade dentária acentuada, classe I de Angle, tecidos gengivais

normais, a ausência de dor muscular e ou sintomas de disfunção

temporomandibular e a presença de guia anterior nos movimentos

(36)

foi, em média, de 26,7 Kg (±267 N), correspondendo a 36,2% da força

máxima de mordida obtida. As forças produzidas durante a deglutição

foram, em média, de 30,2 Kg (±267 N). Além disso, foi observado que os

movimentos excursivos com guia anterior não produziram forças laterais

excessivas aos dentes. Os autores concluíram que o método de

mensuração de forças mastigatórias foi satisfatório, não havendo a

necessidade da utilização de dispositivos intrabucais.

A resistência à fadiga de várias resinas utilizadas em

Odontologia foi avaliada por Asmussen e Jörgensen10, em 1982. Foram

selecionadas para esse estudo as resinas Quick 20, Ivoplast F (resinas

quimicamente ativadas para base de prótese); 3/60 Plus (resina

termoativada para base de prótese), Isosit C & B (resina composta para

próteses fixas) e Isopast e Compocap (resinas compostas para

restauração). Após a sua confecção, todos os corpos-de-prova (32 x 4 x 2

± 0,1 mm3) foram submetidos ao ensaio mecânico de fadiga flexural com

a realização de 3 deflexões por segundo. O número de ciclos necessário

para a fratura foi registrado para cada corpo-de-prova. Após 105 ciclos, o

material Quick 20 demonstrou resistência inferior ao material 3/60 Plus.

Entre os resultados dos materiais Ivoplast e 3/60 Plus não houve

diferenças significantes. Dessa forma, observou-se que nem sempre as

resinas para base de próteses exibem maior resistência à fadiga em

(37)

resistência do material Compocap em relação aos materiais Isosit e

Isopast (microparticulados). Entretanto, após 105 e 106 ciclos, o material

Isosit exibiu a maior resistência à fadiga flexural. A baixos níveis de

estresse, foi verificada uma tendência das resinas microparticuladas em

exibir maior resistência à fadiga que os outros tipos de resinas.

Lamb et al.42, em 1982, avaliaram a quantidade de monômero

residual, liberada em água, de uma resina quimicamente ativada, variando

o tempo (5- 30 minutos) e a temperatura (22- 55ºC) de polimerização. Os

autores observaram que os níveis de monômero residual liberados pelas

amostras polimerizadas a 55ºC por 15 minutos foram menores do que os

das amostras polimerizadas a 22ºC por 30 minutos. Sendo assim, esses

materiais deveriam, de acordo com esses pesquisadores, ser

polimerizados a uma temperatura mínima de 55ºC, independente do

tempo de polimerização. Os autores também relataram que a quantidade

de monômero residual liberada depende diretamente da temperatura de

polimerização. Ao armazenar as amostras em água a 37ºC, durante 7

dias, ou por 14 dias a 22ºC, foi verificada uma maior liberação de

monômero. As amostras menos espessas (24 µm) apresentaram difusão

mais rápida do monômero quando comparadas às amostras de espessura

semelhante àquela das próteses (1 ou 3 mm). Além disso, foi observada a

presença de radicais livres por um período acima de 50 dias após a

(38)

reduzida por meio de dois fenômenos: difusão em água e indução de

polimerização complementar devido à presença de radicais livres.

Em 1982, Moradians et al.48 compararam a dureza, resistência

à tração e a resistência de união, por meio de testes de flexão, de duas

resinas acrílicas quimicamente ativadas (SOS e Palapress) e avaliaram o

efeito da armazenagem em água por períodos de 24 horas, uma semana,

1 mês e 2 meses sobre essas propriedades. Foi analisada, ainda, a

resistência transversa de corpos-de-prova confeccionados com uma

resina acrílica termicamente ativada, fraturados e reparados com as

resinas quimicamente ativadas, após os mesmos períodos de

armazenagem. Para avaliar a resistência de união, os corpos-de-prova

foram fraturados ao meio e as superfícies de união foram desgastadas.

Quatro métodos de tratamento das superfícies desgastadas foram

testados: união das superfícies fraturadas sem tratamento, aplicação do

monômero da resina utilizada para o reparo por 2 minutos, preparo de

entalhes e polimento com pedra-pomes. Para cada condição, o conjunto

foi posicionado em uma matriz de modo a permanecer uma distância de

3 mm entre as superfícies de união, tendo sido esse espaço preenchido

com as resinas quimicamente ativadas avaliadas. Ambos os materiais

apresentaram redução na resistência à tração após 2 meses de imersão

em água. A resina SOS exibiu menor diminuição na resistência à tração

(39)

níveis de monômero residual e velocidades de absorção de água dos dois

materiais. Após 1 mês de armazenagem em água, foi observado um

aumento na dureza da resina SOS, que continuou até o período de

2 meses, comportamento inverso ao da resina Palapress. Segundo os

autores, o comportamento da resina SOS pode ser explicado pela

liberação não somente de monômero, mas também de plastificantes e

constituintes solúveis que contribuíram para o maior valor de dureza

observado. Para os corpos-de-prova reparados, os melhores resultados

foram apresentados pelas superfícies polidas com pedra-pomes,

indicando que superfícies de união lisas são necessárias para adequado

molhamento e escoamento do material de reparo. A habilidade da resina

em fluir e molhar as interfaces do corpo-de-prova que está sendo

reparado apresenta grande influência na eficiência final do reparo. Dessa

forma, o preparo na forma de entalhe, embora ofereça maior área de

superfície de união, pode permitir que o ar fique retido em irregularidades

o que poderia comprometer a união final.

Ruyter e Øysaed53, em 1982, realizaram um estudo com o

objetivo de determinar os monômeros residuais presentes em resinas

termicamente ativadas, quimicamente ativadas e fluidas. Após a

confecção dos corpos-de-prova (50 x 1 mm2), a mensuração da

quantidade de monômero foi realizada por meio da utilização de

(40)

os menores níveis de monômero residual. Segundo os autores, um tempo

de polimerização das resinas ativadas termicamente, entre 30 a 45

minutos, possibilita a penetração do monômero de metil metacrilato e do

agente de ligação cruzada etilenoglicol dimetacrilato no polímero,

favorecendo a formação de uma rede de ligação cruzada. Entretanto, se

apenas um dos dois grupos metacrilato do agente de ligação cruzada

reagir, haverá presença de grupos metacrilato livres, que poderão atuar

como plastificantes.

A influência da armazenagem a seco, por curto período de

tempo, sobre a resistência à flexão e deflexão de corpos-de-prova,

intactos ou reparados, de duas resinas acrílicas termoativadas para base

de prótese (Vertex e SR 3/60) foi analisada por Berge13, em 1983. Além

disso, o efeito da aplicação de monômero nas superfícies de união foi

avaliado. Os materiais utilizados para o reparo foram: Vertex self-curing e

SR 3/60 Quick 20. Foram confeccionados corpos-de-prova intactos das

resinas para base de prótese (70 x 15 x 5 mm3) e submetidos aos ensaios

de resistência à flexão. Esses ensaios mecânicos foram realizados após

as amostras terem sido armazenadas em água a 37ºC por um mês e, em

seguida, mantidas a seco por 21 ± 1ºC por 24 horas. Após a realização

dos testes, as superfícies fraturadas foram regularizadas com lixas de

granulação 200 e 300, obtendo-se um espaço 2 ± 0,2 mm para a

(41)

novamente testados. Não foram observadas diferenças significantes na

resistência à flexão das resinas de base Vertex e SR 3/60. Por outro lado,

os corpos-de-prova intactos da resina SR 3/60 exibiram maior deflexão

que os da resina Vertex. Os corpos-de-prova reparados produziram

valores de resistência à flexão entre 42,9% e 61,2% daquela observada

para os corpos-de-prova intactos, testados imediatamente após

armazenagem em água. Os reparos realizados com a resina

quimicamente ativada de menor viscosidade inicial (Vertex self-curing)

produziram os maiores valores de resistência à flexão. Os procedimentos

de armazenagem a seco a 21 ± 1ºC por 24 horas e de aplicação de

monômero nas superfícies fraturadas das resinas de base, previamente

ao reparo, não alteraram a resistência flexural dos corpos-de-prova

reparados. Por outro lado, quando as amostras intactas das resinas de

base foram desidratadas pelo período de 24 horas, foi verificada uma

diminuição em seus valores de resistência à flexão. A ausência de efeito

da aplicação de monômero nas superfícies de união poderia ser atribuída

à volatilidade do monômero puro. De acordo com o autor, provavelmente,

o líquido evapora antes mesmo de ter algum efeito sobre a superfície das

resinas termoativadas.

O efeito do conteúdo de monômero residual sobre as

propriedades viscoelásticas de resinas acrílicas foi analisado por Inoue et

(42)

Repairsin (quimicamente ativada); Cast resin, Palapress, Pour-n-cure e

Pronto II (fluidas) foram utilizadas neste estudo. Além das propriedades

viscoelásticas, a temperatura de transição vítrea dos materiais também foi

analisada. Foi avaliado, ainda, o efeito de um tratamento térmico (100oC

por uma hora) sobre as propriedades mencionadas. Cada corpo-de-prova

foi pesado e armazenado em um dessecador por 3, 7 ou 14 dias a 23 ±

0,5ºC. Os resultados demonstraram que a quantidade de monômero

residual das resinas fluídas foi 3,6 a 4,7 vezes maior que a da resina

termoativada. A porcentagem do monômero residual das resinas fluídas

diminuiu com o tempo após a polimerização. Para os corpos-de-prova

armazenados por 3 horas, as porcentagens de monômero residual das

resinas fluídas foram de 2,06% para a resina Pour-n-cure, 1,79% para a

resina Pronto II, 1,86% para a resina Palapress e 1,57% para a resina

Cast Resin. Para a resina termoativada (Acron), a porcentagem de

monômero residual foi de 0,43% e para a resina quimicamente ativada

(Repairsin) foi de 1,86%, após 3 horas de armazenagem. As propriedades

viscoelásticas das resinas avaliadas foram favorecidas após a

polimerização complementar por uma hora a 100oC. Os resultados do

tratamento térmico proposto demonstraram que os materiais testados

apresentaram elevação na temperatura de transição vítrea. A

porcentagem de monômero residual foi diminuída pelo aquecimento dos

materiais a 100oC por uma hora (Cast resin- 1,01%, Palapress- 0,36%,

(43)

De Boer et al.25, em 1984, avaliaram o efeito da orientação de

fibras de carbono sobre a resistência à flexão e sobre a resistência à

fadiga flexural de duas resinas acrílicas para base de prótese (Lucitone e

Hi-I). Foram utilizadas fibras de carbono, embebidas com agente de união

previamente à colocação na resina. Os corpos-de-prova foram obtidos

conforme descrito pela especificação nº 12 da ADA (American Dental

Association) e as fibras de carbono foram inseridas nas resinas após a

prensagem de prova. Após a adição das fibras, as resinas acrílicas foram

polimerizadas por 9 horas a 74ºC e resfriadas à temperatura ambiente,

previamente a demuflagem. Para os testes de fadiga flexural, 10

corpos-de-prova de cada material foram confeccionados da seguinte maneira: (1)

Intactos; (2) com fibras paralelas ao longo eixo, perpendicular à aplicação

de carga; (3) fibras perpendiculares ao longo eixo e (4) em ambas as

direções. Todos os corpos-de-prova foram mantidos a 37 ± 1ºC e 50 ±

10% de umidade relativa. Para a realização dos ensaios mecânicos de

ciclagem, foi utilizada máquina de ensaios e dispositivos para ensaios de

flexão em três pontos. Uma carga transversal de 0,4 Kg foi aplicada no

centro de cada corpo-de-prova e, então, aumentada para 5,4 Kg,

retornando para o valor inicial com frequência de 330 ciclos/ minuto. O

número de ciclos necessário para a fratura foi registrado como indicador

de resistência à fadiga flexural. A deflexão de cada corpo-de-prova foi

mensurada em função da carga até a ocorrência de fratura. Em geral, a

(44)

Os corpos-de-prova da resina Hi-I, confeccionados com fibras em ambas

as direções, apresentaram maior resistência à fadiga que os intactos ou

que aqueles com outras orientações de fibras. Entretanto, a resina

Lucitone, com orientação paralela das fibras, foi de 7 a 8 vezes mais

resistente à fadiga flexural que seus corpos-de-prova confeccionados com

as demais orientações das fibras. Os valores de resistência à flexão das

duas resinas, independentemente da condição experimental, foram

similares. Além disso, a resistência à flexão no limite de proporcionalidade

de ambas as resinas foi semelhante, tendo apresentado valores entre 50

e 66% da resistência máxima à ruptura. Diferenças na deflexão no limite

de proporcionalidade e no momento da fratura sugerem que

corpos-de-prova sem fibras, ou com fibras paralelas da resina Hi-I suportaram maior

deformação permanente previamente à fratura. Os autores concluíram

que as fibras de carbono inseridas perpendicularmente à direção de

aplicação de cargas produziram a combinação mais favorável para

aumentar a resistência à flexão estática e dinâmica dos materiais

avaliados.

O efeito do condicionamento químico de superfície sobre a

resistência de resinas acrílicas reparadas foi avaliado por Shen et al.58,

em 1984. Para esse estudo, foram confeccionados corpos-de-prova

retangulares (60 x 10 x 2,5 mm3) a partir de duas resinas acrílicas

(45)

corpos-de-prova foram armazenados em água destilada à temperatura

ambiente, por 48 horas, previamente aos ensaios mecânicos. Após a

realização dos ensaios mecânicos de resistência à flexão em três pontos

(span= 50 mm; 5 mm/ minuto), todas as amostras fraturadas foram

retornadas a seus moldes e reparadas, padronizando-se um espaço de

2 mm de material reparador. Para isso, foram utilizados dois diferentes

tratamentos nas superfícies de união: 1) limpeza com água destilada em

ultra-som e 2) condicionamento com clorofórmio por 5 segundos.

Previamente aos tratamentos, as superfícies de reparo foram

regularizadas por meio da utilização de instrumento rotatório (fresa). Além

disso, dois métodos de reparo foram avaliados: 1) reparos com a própria

resina para base de prótese e 2) reparo com resina acrílica ativada

quimicamente. As superfícies de reparo foram avaliadas por meio da

utilização de microscopia eletrônica de varredura, indicando que a

regularização por meio de instrumento rotatório proporcionou uma

superfície saturada por debris, saliências e irregularidades. A simples

limpeza com água não removeu esses debris e irregularidades

superficiais, o que estaria relacionado à alta freqüência de fratura na

interface de reparo desses materiais. O tratamento com clorofórmio

aumentou a resistência dos corpos-de-prova reparados. Por outro lado,

esse aumento só foi observado após os reparos terem sido realizados

com a própria resina termoativada. De acordo com esses autores, esse

(46)

reparo, durante a inserção e prensagem das resinas termoativadas, em

comparação à penetração de monômero das resinas quimicamente

ativadas, que ocorre em um intervalo de tempo inferior devido à rápida

reação de polimerização desses materiais.

No estudo realizado por Murphy et al.49, em 1986, quatro

resinas quimicamente ativadas, indicadas para reembasamento imediato

(Peripheral Seal, Total, Rebaron e Kooliner) foram comparadas com duas

resinas para a confecção de bases de prótese (De Trey SOS-

quimicamente ativada e Trevalon- termoativada). Foram avaliadas as

composições químicas, peso molecular do pó, distribuição do tamanho

das partículas de pó, temperatura de transição vítrea, energia de impacto,

alteração dimensional, dureza e resistência à flexão. Segundo os

resultados, com relação à composição, as resinas Peripheral Seal, Total e

Kooliner apresentam pó composto de polietil metacrilato e líquido

composto de butil metacrilato. Nos demais materiais, o pó é composto de

polimetil metacrilato e o líquido de metil metacrilato. Além disso, o líquido

das resinas para base de prótese apresenta agente de ligação cruzada

etilenoglicol dimetacrilato (EGDMA). Os resultados demonstraram que

todos os polímeros apresentaram peso molecular acima de 105,

considerado satisfatório pelos autores. Os materiais compostos de polietil

metacrilato/ butil metacrilato produziram menores valores de resistência

(47)

com os demais materiais, compostos de polimetil metacrilato/ metil

metacrilato. Além disso, apesar desses materiais terem demonstrado

baixa contração de polimerização inicial (0,1% a 0,3%), após

armazenagem em água por 28 dias, a contração observada foi acima de

2%. Assim, esses autores sugerem a indicação desses materiais como

materiais temporários, como nos casos de reembasamento de próteses

imediatas ou correções nos limites de extensão das bases de prótese.

Em 1987, a proposta do estudo de Bunch et al.16 foi avaliar a

temperatura de polimerização, a estabilidade de cor e a resistência de

união de cinco resinas quimicamente ativadas (Perm, Flexacryl- Hard,

Self-curing Rebase Acrylic, COE- Rect e Kooliner) indicadas para

reembasamento do tipo imediato. Os resultados da temperatura de

polimerização dos materiais reembasadores indicaram uma variação de

até 10ºC entre os materiais, sendo que as temperaturas máximas de

polimerização das resinas à base de polietil metacrilato foram de

aproximadamente 42ºC. Contudo, quando a variação da temperatura dos

materiais foi avaliada no meio intrabucal, foi observada uma redução na

temperatura máxima de polimerização, bem como no tempo necessário

para atingi-la. Quando unida às resinas para base de prótese (Astron 77

Presspack, Characterized Lucitone, Lucitone 199 e Howmedica Pro-fit), a

resina Kooliner apresentou a menor resistência de união entre todos os

(48)

Kooliner apresentou 100% de falhas adesivas quando unida a três resinas

para base de prótese.

O efeito do conteúdo de monômero residual sobre a alteração

de cor e as propriedades mecânicas de uma resina termoativada indicada

para a confecção de bases de próteses foi pesquisado por Arab et al.4,

em 1989. Os corpos-de-prova foram confeccionados com uma resina para

base de prótese (65 x 15 x 1,7 mm3) e submetidos a dois diferentes ciclos

de polimerização: 16 horas a 70ºC seguida de 3 horas a 100ºC e um

segundo processo utilizando um ciclo modificado de 8 horas a 70ºC.

Quatro grupos experimentais foram avaliados: imersão em agente de

limpeza em água a 50ºC, imersão somente em água a 50ºC, imersão em

agente de limpeza em água a 100ºC e imersão somente em água a

100ºC. Após cada imersão, essas amostras foram armazenadas em água

à temperatura ambiente por 24 horas, tendo sido esses procedimentos

repetidos por um período de 100 dias. A medida do nível de monômero

residual foi realizada por meio da cromatografia gás-líquido. Foram

observados um aumento da opacidade, perda de integridade superficial,

redução da resistência flexural e o aumento da dureza superficial nos

corpos-de-prova submetidos ao procedimento de limpeza com água em

ebulição, independentemente da utilização de agente de limpeza. O efeito

do alto nível de monômero residual na redução nas propriedades de

(49)

autores, estas alterações provavelmente estariam relacionadas ao efeito

plastificante do monômero residual, reduzindo as forças intermoleculares

e favorecendo a deformação do material durante os ensaios mecânicos.

Segundo Chitchumnong et. al.20, em 1989, os polímeros

utilizados na confecção de bases de prótese falham clinicamente devido à

fadiga flexural e, portanto, testes de resistência flexural seriam os mais

adequados para avaliar o comportamento de diferentes polímeros. Assim,

esses autores compararam as propriedades mecânicas de resinas para

bases de prótese, por meio de ensaios de resistência à flexão em três e

quatro pontos. Após a imersão dos corpos-de-prova (65 x 10 x 2,5 mm3)

em água a 37ºC por 30 dias, os ensaios foram realizados em máquina

universal para testes mecânicos (5 mm/ minuto). Não foi observada

diferença significativa entre os valores de módulo de elasticidade

produzido pelos diferentes métodos utilizados. Porém, os testes de

resistência à flexão em três pontos revelaram maiores valores de módulo

de elasticidade quando comparados àqueles obtidos a partir dos testes

em quatro pontos, indicando que a propriedade de resistência à flexão é

mais sensível às variações em relação ao módulo de elasticidade.

Segundo os autores, uma redução na proporção entre a distância do span

e a espessura dos corpos-de-prova seria indicada, pois a expressão da

(50)

aumento na espessura dos corpos-de-prova seria recomendável,

diminuindo a porcentagem de erro nessas mensurações.

Ainda em 1989, Fujii30 avaliou a resistência à fadiga, por meio

de ensaios mecânicos dinâmicos de tração e flexão, de resinas acrílicas

indicadas para confecção de bases de prótese. Para os ensaios

mecânicos de resistência à fadiga flexural, corpos-de-prova foram

confeccionados e submetidos a tensões cíclicas, com deflexão de 8 mm e

freqüência de 30 Hz, até que fosse verificada a sua ruptura. Os testes de

resistência à fadiga por forças cíclicas de tração também foram realizados

com freqüência de 30 Hz e a resistência do material era avaliada em

função do número de ciclos realizados. Os resultados demonstraram

semelhanças entre as superfícies fraturadas dos corpos-de-prova

submetidos a ambos os testes. As superfícies fraturadas exibiram estrias

e trincas dispersas na região de fratura. Foi verificado que houve uma

correlação negativa entre a presença de monômero residual e a

resistência à fadiga. Além disso, foi observado que a aplicação de forças

cíclicas durante os testes de fadiga induziu uma redução nos valores de

rigidez e resistência à tração dos materiais avaliados o que, de acordo

com esse autor, deve estar relacionado à indução de propagação de

(51)

O estudo de Michael et al.46, em 1990, avaliou as forças

oclusais durante a mastigação em pacientes portadores de próteses totais

confeccionadas com dois diferentes tipos de dentes posteriores. Foram

selecionados 5 pacientes com morfologia favorável de rebordo residual,

fibromucosa rígida e relação intermaxilar classe I. Próteses totais com

dentes posteriores intercambiáveis foram confeccionadas para cada

paciente. Para a confecção dessas próteses foram utilizados dentes

posteriores com inclinação cuspídea de 0º ou 33º. As forças durante a

mastigação foram mensuradas por meio da utilização de 4 sensores de

deformação posicionados na interface base de prótese/ fibromucosa.

Previamente à realização das mensurações iniciais, os pacientes

utilizaram suas próteses por um período de 2 semanas. Em seguida, os

dentes posteriores eram substituídos por outros de diferente inclinação

cuspídea e os pacientes utilizavam suas próteses por um novo período de

2 semanas, previamente às demais mensurações das forças oclusais. O

valor de média de força oclusal durante o fechamento foi de 2,1 Kg (± 21

N) e o valor de média das forças em oclusão foi de 4,4 Kg (± 44 N). Não

foi observada diferença significante entre as forças oclusais produzidas

durante a utilização dos dois tipos de dentes posteriores.

Em 1992, Caycik e Jagger18 avaliaram o efeito dos agentes de

ligação cruzada etileno glicol dimetacrilato, polietileno glicol dimetacrilato

(52)

resistência ao impacto, à flexão e à tração de uma resina acrílica à base

de polimetil metacrilato. Os agentes de ligações cruzadas foram

adicionados à resina em concentrações que variaram entre 0 a 60%, por

volume de monômero. Além disso, a deflexão do material a 15 N, 35 N e

50 N foi mensurada. Foi observado um aumento na resistência ao impacto

das amostras contendo 10% de etileno glicol dimetacrilato. Porém, pouca

alteração foi observada nas demais propriedades. Os agentes de ligação

cruzada com cadeias mais longas como o tetraetilenoglicol dimetacrilato e

o polietilenoglicol dimetacrilato produziram aumento significativo sobre a

resistência ao impacto. Por outro lado, esses agentes de ligação cruzada

produziram uma diminuição nas propriedades de resistência à flexão e à

tração.

Também em 1992, Harrison e Huggett32 avaliaram 23 resinas e

11 métodos de processamento por meio de cromatografia gás-líquida de

alta eficiência. Os resultados demonstraram alta variação (0,56% a

18,46%) entre os níveis de monômero residual produzidos pelos

diferentes métodos de polimerização. Esses resultados foram,

basicamente, influenciados pelos ciclos mais curtos de polimerização e

por aqueles realizados a baixa temperatura (60ºC), proporcionando os

maiores níveis de monômero residual. Porém, quando as muflas eram

imersas em água aquecida a 70ºC por um período de 7 horas, seguida de

(53)

reduzida, produzindo níveis de monômero residual entre 0,54% e 1,08%.

Segundo os autores, a diferença no conteúdo de monômero residual é

provavelmente uma conseqüência das variações na quantidade de

peróxido de benzoíla no pó e do ativador químico no líquido das resinas

acrílicas avaliadas.

A resistência de união entre 5 materiais reembasadores e dois

materiais para base de prótese (Lucitone 199 e Triad VLC) foi comparada

por Arena et al.6, em 1993. Foram confeccionados corpos-de-prova

(64 x 28 x 14 mm3) com as resinas Lucitone 199 e Triad VLC, unidos na

região central (secção de 10 mm) com as resinas para reembasamento

quimicamente ativadas Kooliner e Flexacryl, as de polimerização dual

Extoral e Light Liner, e a fotoativada Triad VLC. Os corpos-de-prova das

resinas para base de prótese foram submetidos ao polimento com lixa 320

e armazenados em água por 50 horas. Em seguida, uma secção de

10 mm foi removida da região central e preenchida com material

reembasador. Os grupos controles foram constituídos por

corpos-de-prova intactos das resinas para base de prótese. Os resultados obtidos

indicaram que, para a resina de base Lucitone 199, o reembasador Light

Liner proporcionou o maior valor de resistência de união. Segundo os

autores, a resina Light Liner é composta por polietil metacrilato, o qual

aparentemente apresenta alta afinidade com a resina à base de polimetil

(54)

com a resina para reembasamento Triad VLC. Esses resultados foram

relacionados ao fato de os dois materiais apresentarem composições

químicas idênticas. Os demais materiais reembasadores produziram

valores de união menores que a metade da resistência das resinas de

base testadas intactas. Todos os materiais falharam adesivamente, com

exceção da resina Extoral que, segundo os autores, apresentou

porosidades que poderiam ter colaborado para o tipo de falha coesiva

observada. Houve diferença significante de resistência de união entre as

várias composições e tipos de reembasadores e resinas de base.

Sadamori et al.55, em 1994, analisaram, por meio de

cromatografia a gás, a influência da espessura e de métodos de

polimerização, sobre o conteúdo de monômero residual de

corpos-de-prova de três resinas acrílicas para base de prótese. Os corpos-de-corpos-de-prova

(50 x 50 mm) foram confeccionados em 3 espessuras: 0,5 mm, 1,5 mm e

4,5 mm. A resina Bio Resin foi polimerizada por meio de banho em água

(90 minutos a 70oC e 30 minutos a 100oC); a resina Acron MC foi

polimerizada por meio de microondas (3 minutos a 500 W) e a resina

fluida U3 foi manipulada e injetada em molde após 20 minutos. Após 5

minutos, a mufla foi posicionada em um forno fotopolimerizador, tendo

sido a resina U3 submetida à polimerização sob pressão de 3,6 kgf/cm2

por 15 minutos a 50oC. Após a polimerização, as amostras foram cortadas

(55)

Foram observadas diferenças significativas entre os diferentes métodos

de polimerização e espessuras das amostras. Os resultados sugerem que

a estabilidade dimensional das resinas acrílicas pode ser influenciada

pelo método de processamento, espessura das bases e, ainda, pela

forma e tamanho das próteses. O conteúdo de monômero residual na

resina termicamente ativada foi diferente para cada espessura. As

amostras mais delgadas produziram maior conteúdo de monômero

residual que as amostras com maior espessura. A resina fluida

apresentou maior conteúdo de monômero residual que as amostras das

resinas Bio Resin e Acron MC. Contudo, as diferenças das amostras de

resina para microondas com espessura de 0,5 mm e 1,5 mm não foram

estatisticamente significativas, demonstrando que a influência da

espessura sobre o conteúdo de monômero residual das amostras dessa

resina para microondas é menor que na resina termicamente ativada,

quando a espessura é menor que 1,5 mm.

Em 1994, Vallittu et al.71, avaliaram a resistência à flexão de

corpos-de-prova de uma resina acrílica termicamente ativada (Pro Base)

reparada com uma resina acrílica quimicamente ativada (Pro Base Cold).

Foram confeccionados 12 corpos-de-prova para cada condição

experimental: A- corpos-de-prova intactos (sem reembasamento);

B- corpos-de-prova reparados sem tratamento superficial prévio;

(56)

segundos, previamente ao reparo; D- aplicação de monômero metil

metacrilato por 30 segundos previamente ao reparo; E- aplicação de

monômero metil metacrilato por 60 segundos previamente ao reparo e

F-aplicação de monômero metil metacrilato por 180 segundos previamente

ao reparo. Após a sua confecção, os corpos-de-prova foram armazenados

em água destilada à temperatura ambiente por um período de 4 dias. Os

ensaios de resistência à flexão em três pontos (span= 35 mm, 20 mm/

minuto) foram realizados em máquina de ensaios mecânicos Schleuniger

2E. A carga foi aplicada na área de reparo (2,3 mm de espessura x

4,2 mm de largura) na mesma direção onde se concentram as forças em

próteses totais maxilares reparadas (centro do palato). Além disso, as

alterações morfológicas superficiais exibidas após os tratamentos

propostos foram avaliadas por meio de microscopia eletrônica de

varredura. Os autores observaram menores resultados de resistência à

flexão nos corpos-de-prova reparados. Além disso, foi observado um

aumento na resistência dos corpos-de-prova após o aumento nos tempos

de aplicação de monômero previamente ao reparo. A análise em

microscopia eletrônica de varredura revelou, após 60 ou 180 segundos de

aplicação do monômero, a superfície dos corpos-de-prova a serem

reparados tiveram sua superfície levemente texturizada em decorrência

da dissolução superficial promovida pelo metil metacrilato. Dessa forma,

(57)

superfície a ser reparada é um procedimento importante para o aumento

na resistência de união resinas acrílicas reparadas.

As propriedades de resistência à flexão, sorção de água e

solubilidade das resinas para reembasamento Rebaron, Tokuso Rebase,

Mild, Metabase, Kooliner, New Truliner e da resina para base de prótese

Acron foram avaliadas por Arima et al.9, em 1995. Dos seis materiais para

reembasamento avaliados, quatro apresentavam agentes de ligação

cruzada. Corpos-de-prova para ensaios mecânicos de flexão foram

confeccionados (64 x 10 x 2,5 mm) e armazenados em água destilada a

37oC por 50 horas. Para avaliar as propriedades de absorção de água e

solubilidade (µg/ mm3), os corpos-de-prova (50 x 0,5 mm) foram

armazenados em dessecador a 37oC até atingirem massa constante.

Decorrido esse período, os corpos-de-prova foram armazenados em água

destilada a 37oC por 7 dias e pesados até que atingissem massa

constante. Os resultados demonstraram que a resistência à flexão dos

materiais reembasadores foi significativamente menor que a observada

para a resina termoativada. As resinas contendo agente de ligação

cruzada como a Metabase, Tokuso Rebase e Mild demonstraram

resistência à flexão significativamente maior que a resina acrílica sem

agente de ligação cruzada, com exceção da resina Rebaron. Para o teste

de sorção de água e solubilidade, com exceção da resina Kooliner, as

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