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Comparação histopatológica dos efeitos protetores cerebrais de dexmedetomidina e tiopental sobre isquemia cerebral focal em ratos.

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Academic year: 2017

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REVISTA

BRASILEIRA

DE

ANESTESIOLOGIA

PublicaçãoOficialdaSociedadeBrasileiradeAnestesiologia

www.sba.com.br

ARTIGO

CIENTÍFICO

Comparac

¸ão

histopatológica

dos

efeitos

protetores

cerebrais

de

dexmedetomidina

e

tiopental

sobre

isquemia

cerebral

focal

em

ratos

Ebru

C

¸anakc

¸ı

a,∗

,

Sevilay

Akalp

Özmen

b

,

Mustafa

Ferhat

C

¸olak

c

e

Hüsnü

Kürs

¸ad

d

aOrduUniversity,TrainingandResearchHospital,ClinicofAnesthesiologyandReanimation,Ordu,Turquia bErzurumTrainingandResearchHospital,DepartmentofPathology,Erzurum,Turquia

cOrduStateHospital,ClinicofAnesthesiologyandReanimation,Ordu,Turkey

dAtatükUniversity,FacultyofMedicine,ResearchHospital,ClinicofAnesthesiologyandReanimation,Erzurum,Turquia

Recebidoem31dedezembrode2014;aceitoem10demarçode2015 DisponívelnaInternetem15desetembrode2016

PALAVRAS-CHAVE Isquemiaencefálica; Dexmedetomidina; Tiopental;

Neuroprotec¸ão

Resumo Este estudo foi desenhado para investigar se dexmedetomidina e tiopental têm efeitosprotetorescerebraisapósisquemiacerebralfocalemratos.Trintaratosdalinhagem

Sprague Dawleyforamrandomicamentealocadosemtrêsgrupos:controle(GrupoC,n=10), dexmedetomidina (Grupo D, n=10) e tiopental (Grupo T, n=10). Após a anestesia, foram intubadoseventiladosmecanicamente.Umcateterfoiinseridonaartériafemoraldireitapara monitorac¸ão contínua da pressão arterial média (PAM) e dos parâmetros fisiológicos e paracoletadeamostrasdesanguenafasebasal,5minutosapósaoclusãoe20minutosapósa reperfusão.Umcateterfoiinseridonaveiafemoralesquerdaparaadministrac¸ãointravenosa (IV)demedicamentos. A artériacarótida comum direitade cadarato foiisolada epinc¸ada durante 45 minutos.No fimdos 45 minutos,o pinc¸amento foi removido ea reperfusãodo cérebrofoiobtidapor90minutos.DexmedetomidinafoiadministradaporinfusãoIV noGrupo DetiopentalnoGrupoT.Deacordocomaspontuac¸õeshistopatológicas,isquemiacerebralfoi observadaemtodososratosdoGrupoC,masnãofoiencontradaemtrêsratosdoGrupoTeem quatroratosdoGrupoD.Ograu3deisquemiacerebralfoiencontradaemtrêsratosdogrupo CeemapenasumratodeambososgruposTeD.Paraosgraushistopatológicos,adiferenc¸a entre o Grupo T e o Grupo D não foi significativa(p>0,05). Porém, as diferenc¸as entre o GrupoCeoGrupoT(p<0,05)eentreoGrupoCeoGrupoD(p<0,01)foramestatisticamente significativas. Em conclusão, demonstramos que dexmedetomidina e tiopental têm efeitos histopatológicosprotetorescerebraissobreisquemiacerebralfocalexperimentalemratos. ©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eum artigo OpenAccess sobumalicenc¸aCCBY-NC-ND( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:canakciebru@gmail.com(E.C¸anakc¸ı).

http://dx.doi.org/10.1016/j.bjan.2015.12.006

(2)

KEYWORDS Brainischemia; Dexmedetomidine; Thiopental; Neuroprotection

Histopathologiccomparisonofdexmedetomidine’sandthiopental’scerebral protectiveeffectsonfocalcerebralischemiainrats

Abstract Thisstudy wasdesigned toinvestigatewhether dexmedetomidineandthiopental havecerebralprotective effectsafter focal cerebralischemiain rats. Thirtymale Sprague Dawleyrats were randomlyassigned tothreegroups: controlgroup (GroupC, n=10), dex-medetomidinegroup(GroupD,n=10),thiopentalgroup(GroupT,n=10).Afterallratswere anesthetized,theywereintubated,thenmechanicallyventilated.Acatheterwasinsertedinto therightfemoralarteryforcontinuousmeanarterialpressure,physiologicalparametersand bloodsamplingatbaseline,5minafterocclusionand20minafterreperfusion.Acatheterwas insertedintotheleftfemoralveinforintravenous(IV)medicationadministration.Right com-moncarotidarteryofeachratwasisolatedandclampedfor45min.Attheendoftheduration commoncarotid arterywere unclampedandthebrainreperfusionwas achievedfor 90min. DexmedetomidinewasadministeredforGroupDIVinfusion,andGroupTreceivedthiopental IV.AccordingtohistopathologicscorescerebralischemiawasdocumentedinallratsinGroupC, butnoischemiawasfoundinthreeratsinGroupTandinfourratsinGroupD.Grade3cerebral ischemiawasdocumentedinthreeratsinGroupC,andinonlyoneratinbothgroupsTand D.ForhistopathologicgradesthedifferencebetweenGroupTandGroupDwasnotsignificant (p>0.05).ButthedifferencesbetweenGroupCandGroupT(p<0.05)andGroupCandGroup D(p<0.01)werestaticallysignificant.Inconclusion,wedemonstratedthatdexmedetomidine andthiopentalhaveexperimentalhistopathologiccerebralprotectiveeffectsonexperimental focalcerebralischemiainrats.

©2015SociedadeBrasileiradeAnestesiologia.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

Estudos epidemiológicos prospectivos conduzidos em paí-sesocidentaisdesenvolvidosdemonstraramqueasdoenc¸as cerebrovasculares(DCV)sãoresponsáveispor10%detodas asmorteseforamclassificadasemterceirolugar,depoisde doenc¸ascardíacasecâncer,comocausademortalidade.1---3

Cerca de 75% das doenc¸as cerebrovascularesresultam de infartoscerebraisembólicosoutrombóticos.2,4

Omodeloexperimentaldeinfartoinduzidopelaoclusão daartériacerebral média(ACM), querepresentaoinfarto cerebralfocal queé otipo maiscomumde doenc¸a cardi-ovascularnapráticaclínica,foiamplamenteaceito.2,4,5Os

ratostêmummecanismocerebralmuitosemelhanteaodos humanosemtermosdeanatomiaefisiologiavascular cere-bral e, portanto, são amplamente usados em estudos de isquemiacerebral.3 A validadedesse modelo de isquemia

cerebraldependedeumcontrolerigorosodos parâmetros fisiológicos que podemcausarflutuac¸ões e alterac¸õesnos resultados,comoatemperaturacorporal,apressãoarterial, agasometriaeosníveisglicêmicos.4

Em uso clínico, ainda não existe um medicamento idealque tenha todasas características desejadase seja suficientemente eficaz em isquemia cerebral.6,7 Com o

objetivo de atender às necessidades clínicas, um grande número de agentes de diferentes grupos químicos, que seacreditaterem efeitos benéficosna isquemiacerebral, ainda está sendo testado em modelos animais e seus efeitos sobrea isquemiacerebral são metodologicamente examinados.2,4 As novas informac¸ões em nível molecular

sobreafisiopatologiadaisquemiacerebrallevaramaouso

de vários agentes terapêuticos potenciais, estimados ou alegadoscomoeficazesemtaismecanismospatofisiológicos emestudosexperimentais.8,9

Osefeitosdosbarbitúricos,bemcomodotiopental----um agentedessaclassemuitousadonapráticadaanestesia----, sobre o fluxo sanguíneo cerebral e o metabolismo cere-bralforampesquisadosedescobriu-seque,adependerda dose, essesagentes causamumadiminuic¸ão dofluxo san-guíneocerebraledataxametabólicacerebral.Observou-se que o metabolismo cerebral de oxigênio é reduzido em 55-60% em umadose debarbitúricoque causa isoeletrici-dadenoEEG;contudo,ometabolismocerebralprosseguiue ometabolismobasalcerebral,queénecessáriopara asse-gurar as func¸ões fisiológicas e a integridade celular dos neurônios,nãodiminuiuduranteumaumentoadicionalda dosedebarbitúricosnosangue.10,11

Existemopiniões diferentessobrea neuroprotec¸ão dos barbitúricos. Em isquemia cerebral focal pós-traumática, descobriu-se que reduzem a hiperemia e causam uma depressãoprofundadataxametabólicacerebral,melhoram aharmoniadefluxoemetabolismo,aumentamaperfusão na região de baixo fluxo e apresentamefeito protetor do cérebroaominimizaraáreainfartada.12,13Tiopentale

meto-exitalforamnovamenteavaliadoscomdiferentesdosesem modelosdeisquemiacerebralfocalemratose, histopatolo-gicamente,mostraramreduzirovolumedeinfartoemdoses quecausavamumtrac¸adodesurto-supressãonoEEG.14

(3)

adrenérgicos mostram uma ampla disseminac¸ão no leito vascular cerebral e a ativac¸ão desses receptores provoca uma resposta vasoconstritora específica. Embora muito comunsna vasculaturacerebral, seusefeitos sobreo con-troledofluxosanguíneocerebraledareatividadevascular cerebralaindasãoincertos.

Observou-se que a administrac¸ão dedexmedetomidina em isquemiacerebral focal reduz ovolume deinfarto no córtex em 40% e, além disso, causa mínima hiperglice-miaehipotensão.15Observou-setambémque,pormeioda

administrac¸ãode dexmedetomidina em isquemiacerebral incompleta, osníveisplasmáticosdecatecolaminas foram reduzidosequeamelhoriahistopatológicafoimelhordoque adoscontroles,adependerdadose.16Alémdisso,relatou-se

queovolumedeinfartoapósaoclusãotemporáriamostrou reduc¸ão de31% nocórtexede 20%nocorpo estriadoem ratos que receberamumadose elevada de dexmedetomi-dina(15mcg.kg−1).17Tambémrelatodequeenquantoas

catecolaminas circulantes diminuíram durante a isquemia cerebral,asconcentrac¸õesdenoradrenalinaedeglutamato nocérebronãoforamafetadaspeladexmedetomidina.18Os

subtiposdereceptores␣-2adrenérgicosquecausamefeitos neuroprotetoresforamidentificadoscomosendoos␣-2A.19

Objetivo

Oobjetivodesteestudofoianalisarhistopatologicamentese tiopentaledexmedetomidinaestãoounãoentreos anesté-sicosintravenososquetêmefeitosprotetorescerebraisem isquemiacerebralfocalemratos.

Material

e

métodos

Este estudo foi conduzido noCentro de Aplicac¸ão e Pes-quisa MédicaExperimental (Experimental Application and Research Center --- Atadem) da Universidade de Atatürk, comaaprovac¸ãodoComitêdeÉticaestabelecidopela Uni-versidade de Atatürk, Gabinete do Decano da Faculdade de Medicina.Os 30 ratos machos decinco mesesda rac¸a SpragueDawley,quepesavam250-300g,foramobtidosdo Atadem.

Paraquepudéssemosassegurarcondic¸õessegurase sau-dáveisparaosresultadosdapesquisa,atenc¸ãoespecialfoi dedicadaparaselecionaranimaisquenãoforamusadosem estudoanterior,nãoforamexpostosaqualquermedicac¸ão, bem como não tinham qualquer doenc¸a e permaneceram totalmentesaudáveisdurantenossasexperiências.

Todos os animais incluídos no estudo não receberam alimentosporaté12-16hantesdoestudo,demodoa mantê--loscomfome.Duranteessetempo,opesodecadaanimal foi determinadoe registrado. Em seguida, osratos foram alocados aleatoriamente em três grupos: controle (Grupo C, n=10);dexmedetomidina (Grupo D, n=10) e tiopental (GrupoT,n=10).

Todos os animais foram anestesiados com 5% de iso-flurano (Forane, Abbott, Istambul, Turquia) envasado em frasco de vidro, com o uso do aparelho de anestesia no laboratório do Atadem. A região do pescoc¸o dos animais naposic¸ãosupinafoiraspadaeolocaldacirurgiafoi este-rilizado. A cabec¸a foi ligeiramente estendida e a incisão cirúrgica foi feita na linha média da fáscia pré-traqueal.

Figura1 Umdosratosusadoseintubadosnoestudo.

Subsequentemente,atraqueiafoiintubada(fig.1)edeu-se início à ventilac¸ão mecânica dos pulmões. Juntamente com a ventilac¸ão, isoflurano a 2% e mistura de 30% de oxigênio e 70% de óxido nitroso foram administrados aos animais. A ventilac¸ão foi aplicada de modo a manter o númerode60respirac¸õesporminutoeovolumecorrentea 12mL.kg−1.Aventilac¸ãofoicontinuadaatéobter35mmHg de dióxido de carbono expirado. Dois cateteres foram instalados:umnaartériafemoraldireitaparamonitorac¸ão contínua da pressão arterial média (PAM) e coleta de amostrasdesangueeoutronaveiafemoralesquerdapara administrac¸ão intravenosa (IV) de medicamentos. Imedia-tamenteapós a punc¸ão arterial (valoresbasais), todosos parâmetrosfisiológicos(PAM, temperaturacorporal)foram registrados em três momentos, incluindo o quintominuto deoclusão arterial e aos 20 minutos de reperfusão,e as amostrasde sangue obtidasdas veias femorais esquerdas foramusadasparadeterminarosvaloresdepH,pO2,pCO2, glicemiae hematócritosna gasometriaarterial eenviadas ao laboratório do Departamento de Bioquímica.5,20 Suas

veiasfemoraisesquerdasforam,noentanto,cateterizadas parainfusãodemedicamentosanestésicoseheparinizac¸ão. Para monitorar a PAM, um dispositivo de sonda de radi-otelemetria foi conectado às caudas dos ratos. Os ratos foramestudadossobreumamantaparamantê-losemnível normotérmico.15 Subsequentemente, asartérias carótidas

(4)

Figura2 Umdosratosnosquaisadissecc¸ãodaartéria caró-tidadireitafoifeita.

Figura3 Ratosubmetidoàoclusãodaartériacarótida direita.

nãorecebeumedicamentoanestésico porvia intravenosa. Nofimdareperfusão,0,1mg.kg−1debrometodevecurônio (Norcuron,Roche,Turquia)foiadministradoaosratospara obterobloqueioneuromuscularidealeseuscérebrosforam devidamente removidos mediante craniotomia temporal.

Figura4 Ratointubadonoqualaoclusãodaartériacarótida direitafoifeitaeoaparelhodeanestesiausado.

Oscérebrosforamcolocadosemsoluc¸ãodeformalinaa10% paraserenviadosaoDepartamentodePatologia,ondeforam adequadamenteavaliadosporanálisehistopatológica.

Imediatamente após a induc¸ão da isquemia, todos os animaisforam sacrificadospordecapitac¸ão sob anestesia. Para a análise histopatológica, todos os cérebros foram inteiramente removidos e tratados na seguinte ordem: os cérebros foram colocados em formalina tamponada com fosfato a 10% durante 48h; a região do hipocampo corno de Amon 1 (CA1) foi detectada (no plano coronal, posterior ao bregma 3300␮m); as amostras teciduais coletadasforamdesidratadas cometanole embebidasem blocos de parafina, depois de tratadas com xilol; então, cortes coronais de 4mm de espessura foram coletados, coradoscomhematoxilina-eosinaecortescoronaisde5mm foramcolhidos; aanálise foifeita pormeiodeampliac¸ão de400×,porumespecialistacomexperiênciaempatologia que desconheciaa designac¸ão dos grupos. Com base his-topatológica naperdadesubstância deNissl,noaumento de eosinofilia citoplasmática e na presenc¸a de núcleo homogêneo picnótico, os neurônios isquêmicos foram avaliados como: Grau 0=sem neurônios isquêmicos; Grau 1=presenc¸ade neurônios isquêmicosinferior a10%; Grau 2=presenc¸a de neurônios isquêmicos entre 10-50% e Grau3=presenc¸adeneurônios isquêmicossuperior a50%, de acordo com a frequência de neurônios isquêmicos em CA1.

Oscérebros dos ratos de todos os grupos foram codi-ficados com números e colocados em frascos com 4% de formaldeído para assegurar a fixac¸ão. Em seguida, os tecidos foram lavados com água corrente e passados por respectivas graduac¸ões de álcool a 70%, 80%,96% e 100% para desidratac¸ão. Na etapa seguinte, os tecidos foram passadosporsériesde xilenopara transparência.Por fim, ostecidosforammantidosemparafinaemfornoaquecidoa 60◦Ceembebidosemblocosdeparafina.Fatiasde5␮mde

espessuraforamcortadasdosblocosdeparafinaemantidas em estufa a 60◦C durante 45min. Em seguida, foram

passadasem xileno por duas vezes e gradac¸ões de álcool porquatrovezes(100%,96%,80%,70%,respectivamente), lavadas em água corrente e embebidas em álcool ácido depoisde coradascom hematoxilina por30 segundos.Em seguida, as fatias foram coradas com eosina por 1min, lavadasnovamenteetratadascomxilenodepoisdepassar pelas gradac¸ões de álcool. Na última etapa, Entellan (Merck)foicolocadasobreasfatiaseessasforamcolocados sob lamelas.Em seguida,a contagemporestereologia foi iniciada.

Combasenosdadosobtidosapartirdeprojec¸ões bidi-mensionais de objetos tridimensionais, a estereologia é uma disciplina que nos permite obter informac¸ões sobre aspropriedadesreaiseosvaloresnuméricosdeestruturas biológicas (tamanho, número, área de superfície, volume etc.).20 Vários métodos são usados em estereologia,

den-treelesodefracionamento,queusamosemnossoestudo. Pormeiodessemétodo,podemosaprendermuitosdetalhes sobre a estrutura na mão (área de superfície, densidade etc.).Nesteestudo,calculamosadensidadenuméricados neurôniosparatodososgrupos.20

(5)

Figura5 Neurônioscontadosvistosnoquadrodecontagem imparcialcomumaampliac¸ãode40noStereo-Investigator (ver-são6.0,MicroBright Field,Colchester,VT). Estrelas indicam neurôniosintactosecírculosindicamneurôniosnecróticos.

Nesteestudo,usamosométododefracionamento,umdos métodosestereológicos,bemcomo oquadrodecontagem imparcial e o StereoInvestigator versão 6.0 (Micro Bright Field,Colchester,VT)com umprograma especial.O refe-ridoaparelhoconsisteemumacâmerademicroscópio,um sistema motorizado que desloca a platina do microscópio e um computador que contém umprograma para contro-lar seu uso. No estudo, asfatias obtidas de cada animal foramcolocadasna platinadomicroscópioe oscontornos daárea(córtex)sobreaqualfizemosasmensurac¸õesforam desenhadoscomaajudadeumprogramapormeiodeuma ampliac¸ãode2,5×.Apósdeterminarasáreasaserem medi-das, o comando de amostragem aleatória sistemática foi dado aoaparelhoaumaampliac¸ãode40. Deacordo com essecomando,osintervalosdemensurac¸ãoforam determi-nadosem150-150␮mnoplanox-ye75␮m×75␮mnaárea doquadrodecontagemimparcial.Emseguida,oquadrode contagemimparcialfoicolocadosobreasecc¸ão(osoftware nocomputadorpermiteisso)eosneurôniosintactose danifi-cadosnocórtexforamcontadoscomdiferentesmarcadores eem conformidadecomasregrasestereológicas.A densi-dadenuméricadosneurôniosdecadaanimal foicalculada (fig.5).

Análiseestatística

Para a análise estatística dos dados entre os grupos, o programa SPSS(versão 10.0)compatível comWindows foi usado. Os graus de isquemia cerebral entre os grupos e ospesosdosanimaisforamavaliadosestatisticamentecom o teste do qui-quadrado em tabela de contingência4×2 e o testet deamostras independentes, respectivamente. Anova(análisedevariânciadedoisfatores)foiusadapara avaliac¸ãoestatísticadosparâmetrosfisiológicos.Ao compa-rarosgrupos unscom osoutros,o valordepfoi obtidoe interpretadocomométodoLSD---LeastSquareDifference (Diferenc¸adosMínimosQuadrados).Umvalordep<0,05foi consideradosignificativo.

Osdados obtidos por vistasestereológicas foram envi-ados para o SSPS versão15.0. Os dados dogrupo intacto e os do grupo necrótico foram comparados. O teste U de Mann-Whitney foi usado para análise estatística. Na comparac¸ão entre os dados do grupo intacto e do grupo necrótico,verificou-sesignificânciaestatísticaentreostrês grupos.

Resultados

Osdadosfísicosdosanimaissãoapresentadosnatabela1. Não houve diferenc¸a estatística entre os pesos de todos osanimais (p>0,05). Quandoa tabela foi examinada em detalhe, não houve diferenc¸a estatística entre a pressão arterial média, frequência cardíaca, temperatura corpo-ral, hematócrito,glicemia,PO2, PCO2 e pH na fasebasal antes da isquemia, na oclusão e na reperfusão após a isquemia entre os três grupos (p>0,05). Por exemplo, osvalores iniciaisencontrados depressão arterial média, em mmHg, foram 104,9±6,7 no grupo controle (Grupo C), 105,1±4,1 no grupo dexmedetomidina (Grupo D) e 105,8±5,5nogrupo tiopental(Grupo T). Quando compa-rados estatisticamente, não foram observadas diferenc¸as nessesvalores.Osvaloresencontradosdeoclusãodapressão arterialmédiaforam136,9±3,9noGrupoC,37,1±4,1no GrupoDe37,3±3,9noGrupoT.Nareperfusão,entretanto, essesvaloresforam,respectivamente,96,9±4,4;95,5±5,2 e 96,1±4,7. Quando comparados estatisticamente, não foramobservadasdiferenc¸asnessesvalores.

Atabela1tambémfornececomparac¸ãoestatísticados valoresfisiológicos dosanimaisentreosvaloresbasais,de oclusãoedereperfusãoemcadagrupo.

Verificamosqueenquantoovalorbasaldapressão arte-rialmédiafoide104,9±6,7mmHgnoGrupoC,essevalor diminuiupara36,9±3,9naoclusãoeaumentounovamente para 96,9±4,4 durante a reperfusão. Quando os valores dessegrupoforamcomparados,umadiferenc¸a estatistica-mentesignificativafoiencontradaentreovalordaPAMbasal eodeoclusão,bemcomoentreovalordeoclusãoeode reperfusão(p<0,001).Umadiferenc¸asignificativatambém foiencontrada entreovalorbasale ovalordereperfusão (p<0,05).Noentanto,diferenc¸asestatísticassemelhantes foram encontradas entre os valores basais, de oclusão e reperfusãodaPAMnosgruposDeT.

Enquanto o valor basal da frequência cardíaca (bpm) foi329,3±20,4noGrupoC,essesvaloresdiminuírampara 304,9±23,6naoclusãoepara311,2±27,3na reperfusão. Umadiferenc¸aestatisticamentesignificativafoiobservada entre os valores da frequência cardíaca na fase basal, de oclusão e de reperfusão (p<0,05). Nos grupos D e T, diferenc¸as estatísticassemelhantestambémforam encon-tradasentreosvaloresbasais, deoclusãoe dereperfusão dafrequênciacardíaca.

(6)

Tabela1 Peso,valoresdepressãoarterialmédia5minantesdaisquemiaeduranteaoclusãoereperfusão,frequênciacardíaca, temperaturacorporal,pH,PO2,PCO2,glicemiaehematócritosdetodososanimaisesuacomparac¸ãoestatística

Variáveis GrupoC(n=10) (Controle)

GrupoD(n=10) (Dexmedetomidina)

GrupoT(n=10) (Tiopental)

Valorp

Peso(g) 308,3±9,9 312,9±13,8 311,3±11,3 >0,05

Pressãoarterialmédia(mmHg)

Basal 104,9±6,7c,g 105,1±4,1c,g 105,8±5,5c,g >0,05

Oclusão 36,9±3,9f 37,6±4,1f 37,3±3,9f >0,05

Reperfusão 96,9±4,4 95,5±5,2 96,1±4,7 >0,05

Frequênciacardíaca(bpm)

Basal 329,3±20,4a 324,5

±19,2a 332,2

±21,1a >0,05

Oclusão 304,6±23,6 304,6±24,9 304,6±28,2 >0,05 Reperfusão 311,2±27,3 311,2±22,8 311,2±26,6 >0,05

Temperaturacorporal(C)

Basal 37,89±0,17a 37,91±0,14a 37,82±0,11a >0,05

Oclusão 36,92±0,14d 36,09±0,12d 36,71±0,15d >0,05

Reperfusão 37,54±0,10 37,62±0,11 37,72±0,09 >0,05

pH

Basal 7,37±0,03 7,37±0,04 7,38±0,04 >0,05 Oclusão 7,21±0,07 7,23±0,05 7,20±0,06 >0,05 Reperfusão 7,34±0,04 7,35±0,06 7,36±0,07 >0,05

PO2(mmHg)

Basal 92,1±3,3c,g 94,4±3,9c,g 91,9±4,9c,g >0,05

Oclusão 54,2±3,8e 52,9±4,6e 53,7±3,6e >0,05

Reperfusão 77,2±4,2 76,8±5,1 77,4±4,4 >0,05

PCO2(mmHg)

Basal 35,7±1,6b,g 36,1

±0,9b,g 35,6

±1,3b,g >0,05

Oclusão 40,2±1,2d 40,7±1,1d 40,6±0,9d >0,05

Reperfusão 37,5±1,7 37,4±1,6 37,1±1,2 >0,05

Glicemia(mg.dL1)

Basal 135,4±2,7b,g 137,4±3,1b,g 138,4±2,4b,g >0,05

Oclusão 142,9±1,6d 143,8±2,8d 144,1±2,2d >0,05

Reperfusão 139,7±1,9 139,4±2,4 140,7±1,5 >0,05

HCT(%)

Basal 37,4±2,1 37,6±1,9 37,8±2,1 >0,05 Oclusão 37,5±2,4 37,5±2,3 37,5±1,8 >0,05 Reperfusão 38,6±1,9 38,8±2,2 38,5±2,4 >0,05

Diferenc¸assignificativasentreosvaloresdafasebasaleduranteaoclusão.ap<0,05,bp<0,01ecp<0,001. Diferenc¸assignificativasentreosvaloresduranteaoclusãoereperfusão.dp<0,05eep<0,01,fp<0,001. Diferenc¸assignificativasentreosvaloresnoinícioeduranteareperfusão.gp<0,05,hp<0,01,ip<0,001.

significativafoiobservadaentreovalorbasaleode reperfu-são.Noentanto,diferenc¸asestatísticassemelhantesforam observadasentreosvaloresdatemperaturacorporalnafase basal,deoclusãoedereperfusãonosgruposDeT.

Verificamos que,enquanto o valor basalda pO2 foide

92,1±3,3mmHg no Grupo C, esse valor diminuiu para 54,2±3,8naoclusãoe atingiu77,2±4,2durantea reper-fusão.Quando osvalores desse grupo foramcomparados, umadiferenc¸aestatisticamentesignificativafoiencontrada entre o valor basal da pO2 e o valor de oclusão, bem

comoentreovalordeoclusãoeodereperfusão(p<0,001). Umadiferenc¸asignificativatambémfoiobservadaentreo valorbasaleovalordereperfusão(p<0,001).Novamente, diferenc¸asestatísticassemelhantesforamobservadasentre

osvaloresdapO2nafasebasal,deoclusãoedereperfusão

nosgruposDeT.

Verificamosqueenquanto o valor basaldapCO2 foide

35,7±1,6mmHg noGrupoC, essevalor atingiu 40,2±1,2 na fase de oclusãoe diminuiu novamentepara 37,5±1,7 duranteareperfusão.Quandoosvaloresdessegrupoforam comparados, uma diferenc¸a estatisticamente significativa foi encontrada entre os valores da pCO2 na fase basal e

na oclusão, bem como entre os valores na oclusão e na reperfusão (p<0,01).Uma diferenc¸a significativatambém foi observadaentre o valorbasal e o valor dereperfusão (p<0,05).Novamente,diferenc¸as estatísticassemelhantes foramobservadasentreosvaloresdapCO2nafasebasal,de

(7)

Grau 3

Graus histopatológicos

Grau 2

Grau 1

Grau 0

2

1 345678910

Grupo controle Grupo dexmedetomidina Grupo tiopental

2

1 345678910 12345678910

Figura6 Resultados dosgraushistopatológicosnohipocampocornodeAmon1(CA1)Área:Grau0(amarelo)=semneurônios isquêmicos, Grau 1(verde)=presenc¸a de neurônios isquêmicos inferior a10%, Grau 2(azul)=presenc¸a de neurônios isquêmi-cos entre10-50%eGrau 3(vermelho)=presenc¸ade neurôniosisquêmicos superior a50%(*p<0,01entreos gruposCe Deos gruposCeT).

Observamos que enquanto o valor basal da glicemia foi de 135,4±2,7mg.dL−1 noGrupo C, essevalor atingiu

142,9±1,6nafasedeoclusãoe diminuiupara139,7±1,9 duranteareperfusão.Quandoosvaloresdessegrupoforam comparados, uma diferenc¸a estatisticamente significativa foiencontradaentreosvaloresdaglicemianafasebasalena oclusão,bemcomoentreosvaloresdeoclusãoede reper-fusão(p<0,01).Houveumadiferenc¸asignificativaentreo valor basal e o valor de reperfusão (p<0,05). Diferenc¸as estatísticassemelhantesforamobservadasentreosvalores daglicemiana fasebasal,deoclusãoe dereperfusãonos gruposDeT.

No Grupo C, enquanto o valor percentual de hemató-crito (HCT)na fasebasal foi de 37,4±2,1,esse valor foi de37,5±2,4nafasedeoclusãoede38,6±1,9nafasede reperfusão.Nãohouvediferenc¸aestatisticamente significa-tiva entreos valores de HCTna fase basal, deoclusão e dereperfusão(p>0,05).Diferenc¸asestatísticas semelhan-tesforamobservadasentreosvaloresdeHCTnafasebasal, deoclusãoedereperfusãonosgruposDeT(tabela1).

Graushistopatológicos

Osgraushistopatológicos dostrêsgrupos estão apresenta-dos na figura 6. De acordo com o escore histopatológico, houve isquemia em todos os animais do Grupo C. Não houveisquemiacerebral em quatroanimaisdoGrupo De em três animais do Grupo T, enquanto isquemiacerebral deGrau1 foi observadaem doisanimais doGrupo C,em quatroanimaisdoGrupoDeemcincoanimaisdoGrupoT. IsquemiacerebraldeGrau2foiobservadaemtrêsanimais doGrupoCeemapenasumanimaldoGrupoDedoGrupoT. IsquemiacerebraldeGrau3foiobservadatambémemtrês animaisdoGrupoCeemapenasumanimaldoGrupoDedo GrupoT.

Nãoobservamosdiferenc¸aestatisticamentesignificativa entreosgrupos D eTem relac¸ãoaosgraus histopatológi-cos(p>0,05).Noentanto,umadiferenc¸aestatisticamente significativafoiobservada entreosgrupos Ce D(p<0,05) e entre os grupos C e T (p<0,01) em relac¸ão aos graus histopatológicos.

Asimagensmicroscópicasdosgrausobtidospormeiodo examehistopatológicosãoapresentadasnafigura6(Grau0, Grau1,Grau2eGrau3).

Resultadosestereológicos

A figura 7 mostra a densidade numérica dos neurônios necróticosnogrupocontroleenosgrupostratadoscom dex-medetomidinaetiopental.Nesteestudo,observamosquea

Densidade numérica Densidade numérica

0,00039 0,00040 0,00041 0,00042 0,00043 0,00044 0,00045 0,00046 0,00047 0,00048

Controle (Grupo C)

Tiopental (Grupo T) Dexmedetomidina

(Grupo D)

(8)

Densidade numérica

0,00000 0,00010 0,00020 0,00030 0,00040 0,00050 0,00060

Densidade numérica Controle

(Grupo C)

Tiopental (Grupo T) Dexmedetomidina

(Grupo D)

Figura8 Densidadenuméricadosneurôniosintactosdogrupo controleedosgrupostratadoscomdexmedetomidinae tiopen-tal.

médiadadensidadenuméricadosneurôniosnecróticosfoi muitoaltanogrupocontrole(0,00047n.␮m−3)emenornos grupostratadoscomdexmedetomidina(0,00044n.␮m−3)e tiopental(0,00044n.␮m−3).

A figura 8 mostra a densidade numérica dos neurônios intactosnogrupocontroleenosgrupostratadoscom dex-medetomidinaetiopental.Onúmerodeneurôniosintactos foi 0,00055n.␮m−3 no grupo tratado com dexmedetomi-dina, 0,00053n.␮m−3 no grupo tratado com tiopental e 0,00038n.␮m−3)nogrupocontrole.

Discussão

Para criar um modelo experimental de isquemia cerebral maisrealista,váriastécnicas22,25 foramelaboradasapartir

deváriosgruposdeanimais.21---25Emnossoestudo,

preferi-mosusarratos porrazõesóbvias:seu sistemacirculatório cerebralé muitosemelhanteaodos humanose esses ani-maisestãoprontamentedisponíveisesãofinanceiramente acessíveis.

Neste estudo, a região cervical dos ratos em posic¸ão supinafoiraspadae olocalcirúrgicofoiesterilizado.Suas cabec¸asforamligeiramenteestendidaseaincisãocirúrgica foifeitanalinhamédiapré-traqueal.Aoatingiratraqueia,a artériacarótidadireitanaregiãoposterolateraldatraqueia, o nervo vago e o plexo simpático cervical foram manti-dos,exploradosefixadoscomsuturaparaserempinc¸ados posteriormente. Cinco minutos após a administrac¸ão de 30unidadesdeheparinaparaanticoagulac¸ão,3-5mLde san-gueforamrecolhidosdaartériafemoraldemodocontrolado atravésdeinjetorparaproduzirhipotensãohemorrágica.A artériacarótidafoi ocluídacompinc¸a vascularpor 45min quandoaPAMatingiu35mmHg.Duranteesseperíodo,aPAM foimantidaem35-40mmHg.Aspinc¸asforamremovidasno fimdoperíodoeareperfusãocerebralfoiobtidapor90min. Naprática clínica, aimportância daisquemialevou os pesquisadores a criar e desenvolver modelos experimen-taisdeisquemiacerebral.Váriosmodelosexperimentaisde isquemiatotalouregional,completaouincompleta, perma-nenteoutemporáriaforamproduzidos.

Os modelos experimentais podem causar uma isque-mia permanente ou transitória. Entre os métodos usados nomodelo,aembolizac¸ãoendovascularouligadura extra-vascular pode ser usada e a oclusão da artéria cerebral média (ACM) pode ser induzida por meio de coagulac¸ão bipolar.24---29 Com a técnica de embolizac¸ão endovascular,

umaisquemiafocalpermanente podeser obtida sem cra-niectomia;contudo,éimpossível determinaralocalizac¸ão da embolia e, em geral, áreas de infarto multifocais são desenvolvidasemdiferenteslarguraselocalizac¸ões.27Com

as técnicas de ligac¸ão extravascular, obter umaisquemia focale permanenteérelativamentedifícilemuitas vezes requerprocedimentosinvasivos.28,29

AoclusãodaACMemratoslevaàformac¸ãodeisquemia cerebralfocalseguidadeinfartodaregião.AoclusãodaACM vemsendoamplamenteusadadesde1975.27Essemodelofoi

usadomuitasvezesem estudosdeisquemiacerebralfocal ejáestácomprovado.24---29

Para eliminar a confusão que pode ocorrer durante a interpretac¸ão dos resultados obtidos a partir de uma isquemia cerebral incompleta, osanimais dos três grupos receberamosmesmosagentesanestésicosatéofimda oclu-sãounilateraldaartériacarótidacomum(fimdaisquemia). Todososanimaisemnossoestudoforamsubmetidosà anes-tesiacomisofluranoatéofimdaoclusãounilateraldaartéria carótida comum devido a relatos em estudosque indica-vamqueisofluranonãotemefeitoprotetorapósaisquemia cerebralincompleta.

Entreostrêsgruposdesteestudo,nãohouvediferenc¸a estatísticaentreapressãoarterialmédia,afrequência car-díaca,atemperaturacorporal,o hematócrito,aglicemia, o pO2, o pCO2 e o pH nas fases basal antesdaisquemia, de oclusão e de reperfusão depois da isquemia. O fato de a média dos valores fisiológicos dos animais ter sido semelhantena fasebasal,deoclusãoedereperfusão pós--isquemiaéumindicadordahomogeneidadedosgrupos.Em umasérie de estudos,osvalores basais dos grupos foram semelhantes.14,15,20Porexemplo,emestudoquecomparou

lesão isquêmicacerebral focal precoceem ratos com tio-pentalemetoexitaleoscontrolescompentobarbital,Cole et al.14 descobriram que os valores basais de pH, PaO2,

PaCO2,PAM,níveisdehematócritoeglicemiaforam seme-lhantesemtodososquatrogruposavaliados.

Por outro lado, Drummond et al.11 não conseguiram

detectar quaisquer diferenc¸as nos parâmetrosfisiológicos basaisnosquatrogruposdeseuestudo,noqualcompararam aspropriedadesprotetorascerebraisdeetomidato, isoflu-ranoe tiopental.Osresultados acimaparecemcorroborar osresultadosdopresenteestudo.

Nesteestudo,observamosque osvaloresdaPAM, tem-peratura corporal, ritmo cardíaco, pH e PO2 estavam significativamente diminuídos na oclusão e voltaram a se elevarnareperfusãonostrêsgrupos,emcomparac¸ãocomos valoresbasais.Noentanto,osvaloresglicêmicosedaPCO2 estavam elevados na oclusão e diminuíram novamentena reperfusãonostrêsgrupos,emcomparac¸ãocomosvalores basais.

Kuhmonen et al.30 avaliaram o efeito de

(9)

isquemiaemambososgrupossubmetidosàoclusão tempo-ráriaepermanente;contudo,opHeatemperaturacorporal permaneceramiguais,masaglicemiaaumentou.

Engelhard et al.31 relataram que, nos dois grupos de

estudoe umdecontrole, osvaloresdaPAM edaglicemia diminuíram na isquemia em comparac¸ão com os valores basais, mas aumentaram novamente na reperfusão. O nível depCO2 aumentouem relac¸ãoao valor basale, em seguida,diminuiuparaovalorbasalduranteareperfusão. Engelhardetal.,32emoutroestudo,avaliaramosefeitosde

dexmedetomidina(␣-2agonista)sobreasconcentrac¸õesde neurotransmissores cerebraisdurante a isquemiacerebral em ratos. Os autores demonstraram que o valor da PAM diminuiunaisquemiaemcomparac¸ãocomovalorbasale, emseguida,voltouaelevar-senareperfusão.

Jolkkonenetal.15 avaliaramemestudosinvitroos

efei-tosdedexmedetomidina,NBQXeCGS-19755apósaoclusão e reperfusão da artéria cerebral média de acordo com o volumedeinfarto.Elesadministraramporvia intravenosa deNaCla0,9%aogrupodecontrole.Osautores descobri-ramqueosvaloresbasaisdaPAM,PO2,PaCO2,pHeglicemia eramsemelhantesemtodososquatrogruposequeaPO2e PaCO2tambémdiminuíram duranteaoclusãoereperfusão em todosos grupos, enquanto seelevaramnogrupo dex-medetomidina.Osresultadosdesteestudoeosdosestudos mencionadosacimaestãoparcialmenteemconformidade.

A causa da isquemia cerebral é o aumento da concentrac¸ãode catecolaminasna circulac¸ão enoespac¸o extracelular.Asintervenc¸õesquereduzemotônussimpático melhoramoresultadoneurológico.33,34 Portanto,um

trata-mentoadministradocomagentesquereduzemaliberac¸ão denoradrenalinanocérebro(i.é,␣2-agonistas)pode forne-cerprotec¸ãocontraosefeitosnocivosdaisquemiacerebral. Váriosestudosdemostraramquedexmedetomidinaaumenta a sobrevida neuronal em isquemia transiente focal ou globalem ratos.16,30,35Omecanismodoefeito

neuroprote-tor dos ␣2-agonistas ainda não foi esclarecido. Engelhard etal.demonstraramquedexmedetomidina nãosuprimeo aumentoextracelulardecatecolaminasnocérebrodurante a isquemia e argumentaram que o efeito neuroprotetor de dexmedetomidina é resultante damodulac¸ão do equi-líbrioentreproteínaspró-apoptóticaseantiapoptótica.31,32

Muitosestudosmostraramqueosagonistasdosreceptores ␣2-adrenergicosdiminuemalibertac¸ãode neurotransmisso-resexcitatórios(i.e.,glutamato).36,37Comosabemos,níveis

elevadosdeglutamatodespolarizamamembrananeuronal epermitemqueocálcioentrena célula.Issodesencadeia umasériedeacontecimentosqueprovocamdanoscelulares. Portanto, os agentesque reduzem a libertac¸ão de gluta-matosãoconsideradosneuroprotetores.Observou-sequea administrac¸ãode dexmedetomidina em isquemiacerebral focalreduzo volumedoinfartoem40%nocórtexecausa mínima hiperglicemia e hipotensão.15 Em isquemia

cere-bral parcial, observou-seque, por meioda administrac¸ão dedexmedetomidina,houveumdecréscimo donível plas-mático de catecolaminas e melhoria histopatológica mais acentuada em comparac¸ão com os controles,a depender da dose.16 Uma diminuic¸ão de 31% no córtex e de 20%

nocorpo estriado foi relatada novolume doinfarto após oclusão transiente (15␮gkg−1) em ratos que receberam umadose elevadade dexmedetomidina.17 Relatou-se que

durante a isquemiacerebral as catecolaminas circulantes diminuíram, enquanto asconcentrac¸ões de noradrenalina e glutamato no cérebro permaneceram inalteradas com o uso de dexmedetomidina.18 Além disso, relatou-se que

dexmedetomidinatemumefeitoneuroprotetornoperíodo neonatal e que previne lesões excitotóxicas no córtex e massabranca.19 Similarmente,muitosestudosque

indi-cam que os barbitúricos reduzem a propagac¸ão da lesão cerebralresultantedeisquemiacerebralfocaltransitória. Enquantoalgunspesquisadoresrelataramquetiopentaltem umefeitoprotetor,14,20outrosrelataramquetiopentalnão

temefeitosprotetores.21,38

Este estudo foi desenhado para examinar se tiopen-tal e dexmedetomidina, que estão entre os anestésicos intravenosos, têm efeitos protetores cerebrais em isque-miacerebralfocalemratosequaldosmedicamentostemo efeitomaisprotetor.

Deacordocomoescorehistopatológico,houveisquemia em todososanimaisdo grupocontrole. Nãohouve isque-miacerebralemquatroanimaisdogrupodexmedetomidina eem três animaisdogrupo tiopental. Enquanto isquemia cerebraldeGrau1estevepresenteemdoisanimaisdogrupo controleeem quatroanimaisdogrupodexmedetomidina, observamosquecincoanimaisdogrupotiopental apresen-taramisquemiacerebral deGrau 1.Isquemia cerebral de Grau 2 foi observada em três animais do grupo controle e apenas em um nos grupos dexmedetomidina e tiopen-tal.Aindaassim,Grau3isquemiacerebral foiencontrado emtrêsanimaisdogrupocontroleeemapenasumanimal tantodogrupodexmedetomidinaquantodogrupotiopental. Nãohouvediferenc¸aestatisticamentesignificativaentreos gruposdexmedetomidinaetiopentalemrelac¸ãoaosgraus histopatológicos. No entanto, houve uma diferenc¸a entre ogrupo controle e essesdois grupos (dexmedetomidina e tiopental).

Cole et al.14 usaram 80 ratos machos, 6-20 semanas,

375-425g,em seu estudo,noqual compararamtiopental, metoexital e pentobarbital nos controles em lesão isquê-micacerebral focal precoce. Durante esseestudo, o EEG foicontinuamenteregistradopor meiodeagulhasde pla-tinacolocadasemconfigurac¸ãobitemporal.Umregimede medicac¸ãoemduasfasesfoiadministradoaosratos.A pri-meirafasedoestudo (trac¸adodesurto-supressãonoEEG) foifeitaem 40ratos. Cadagrupocontinha10 ratos. NaCl a0,9%foi administradapor viaintravenosaaoscontroles. Comoresultadodessafase,ovolumedelesãocerebralfoi semelhantenosgruposcontrole(133±17mm3),metoexital (126±19mm3) e pentobarbital (130

±17mm3). Contudo, umvolumeinferiordelesãocerebralfoiobservadonogrupo tiopental (88±14mm3). Em outras palavras, observou-se quetiopentalapresentouumefeitomaisprotetorque redu-ziuo volumedalesãocerebral.Em contraste,nasegunda fasedoestudo,feitocombarbitúricosaumadosede40%, houve reduc¸ão significativa do volume de infarto apenas nogrupo tratadocommetoexital, entreosgrupos criados demodo semelhante.Comoresultado dessa segundafase doestudo, ovolumedelesãocerebralfoisemelhantenos grupos controle (124±22mm3), tiopental (118

(10)

Drummond etal.21 compararam aspropriedades

prote-torascerebraisdeetomidato,isofluranoe tiopental.Após a inserc¸ão de cateter vascular, os autores dividiram em quatrogrupos os ratos machos, entre 350-400g, com 16-20 semanas e espontaneamente hipertensos. Oito ratos receberamtiopentalIV (25mg.mL−1),oitoreceberam eto-midato(125mg.mL−1)eoitoreceberamisoflurano.Ogrupo decontrolerecebeuhalotanoa0,92%. Ovolumedelesão cerebralfoi de99±13mm3 nogrupohalotano(controle), 56±10mm3nogrupotiopental,139

±14mm3nogrupo iso-flurano e 145±11mm3 nogrupo etomidato.O volumede lesãocerebralfoisignificativamentemenornogrupo tiopen-talemcomparac¸ãocomtodososgrupos.Emoutraspalavras, observou-sequetiopentalapresentouoefeitomaisprotetor quereduziuovolumedelesãocerebral.

Elsaesser et al.39 administraram halotano a 30 ratos

Sprague-Dawley, induziram uma oclusão da artéria cere-bralmédia.Elestambémadministraramporviaintravenosa dosesbaixaealtadetiopentalaosoutrosdoisgrupose ava-liaramovolumedeinfartoapós trêshoras dereperfusão. Quando comparadas com os controles, os autores desco-briramqueadosebaixadetiopentalreduziuovolumede infartoem28%eadosealtadetiopentalreduziuovolume deinfartoem29%.Osautoresindicaramquetiopentaltem efeitoprotetorcerebralequenãohánecessidadededoses extremamenteelevadasparafornecertalprotec¸ão.

Xue et al.40 induziram isquemia cerebral por meio do

modelo deprivac¸ão de oxigênio-glicemia(POG)em fatias docórtexcerebralderatosSprague-Dawley,entre90-120g. Elescompararam osefeitos decetamina,midazolam, tio-pentalepropofolnessaisquemiacerebral.Aavaliac¸ãodas fatiasfoifeitacomométododeElisa.Ospesquisadores des-cobriramqueessesquatroanestésicosintravenosos diferen-testêmefeitosdiferentes:dosesbaixasealtasdecetamina inibemalesãoinduzidaporPOG;dosesaltasdemidazolam (10␮mol.L−1)etiopental(400␮mol.L−1)sustentam parcial-menteessainibic¸ãoe,novamente,dosesaltasdepropofol (100␮mol.L−1)tambémpromovemessainibic¸ão.Como con-clusão,os autores relataram que cetamina, midazolam e tiopental em doses altas têm efeitos neuroprotetores em lesãoinduzidaporPOGemfatiascorticaisderatos.

Lianhua et al.41 expuseram machos Sprague-Dawley a

24h de reperfusão e 3h de oclusão da artéria cerebral média. Em seguida, comparam o volume de infarto nos cérebrosdos ratos ao administrar midazolam, tiopental e propofol.Osresultadosneurológicosforamavaliadoscomo usodeumsistemadeclassificac¸ãode0-5.Elesobservaram queograudeisquemiafoirelativamentebaixonosratosque receberammidazolamepropofol.Portanto,elesrelataram quemidazolamepropofoltêmefeitos protetorescontraa lesãodereperfusão,masquetiopentalnãoapresentaesse efeitoprotetor.

Em conclusão, avaliamos histopatologicamente se tiopental e dexmedetomidina estão entre os agentes anestésicosintravenososqueapresentamefeitosprotetores cerebraisemisquemiacerebralfocalemratos.Observamos quetiopentaledexmedetomidinasãomaisneuroprotetores em comparac¸ão comos controles.Mostramos histopatolo-gicamenteem modelo experimental de isquemiacerebral focal em ratos que dexmedetomidina e tiopental têm efeitosprotetorescerebrais.Noentanto,aprecisãoclínica dessesefeitosaindanãoestáesclarecida.Estudosadicionais

são necessários para definir o uso dedexmedetomidina e tiopental em populac¸ões de pacientes apropriadamente selecionadoseprocedimentosespecíficos.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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