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O trabalho noturno do enfermeiro: busca de significados sobre o repouso antes, durante e após o plantão.

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Academic year: 2017

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o

TRABALHO NOTURNO DO ENFERMEIRO:

busca de significados sobre o repouso antes, durante e após o plantão •

elina Pontes **

RESUMO

- Neste estudo que resultou de uma pesquisa qualitativa com abordagem fenomenológica, a autora analisa os significados do trabalho

noturno e do repouso para onze Enfermeiros de cinco Instituições de Saú­

de. Conclui que o significado do trabalho noturno é de grande importância, que ele é considerado muito cansativo, desgastante e estressante. Que o repouso é de importância e necessário sendo que, para a maioria, ele ocorre somente após o plantão, na noite de folga. Que o autocuidado já está com­ prometido pelo fato de trabalharem à noite e agravado pela necessidade de possuírem outro emprego durante o dia. Finalmente, sugere que Enfermei­ ros e Empregadores atentem para esta problemática.

ABSTRACT

- In this study, which is the result of a qualitative research with a phenomenological approach the author analyses the real meaning of night-work and the resting regarding eleven nurses from five different Health Center. She concludes that the importance of night-work is of a such responsability nce it is considered a lot tiring, absorving and stressing activity. The author also mentions that the rest is very much necessary, once'that for most of the professionals it happens only after' duty in the night off, and that' the self-care o(everyone is already endangered by the fact 6f them, working at night and are, exacerbated by the necessity of having another job during the day. Finally the author suggests that both nurses and Employers should focus on this problematic questiono

11NTRODUÇÁO

As condições de abalho e de vida do es­ soal de Enfeagem deveriam ser uma peocu­ pação constante dele póprio e dos empegado­ es dos Seviços de Saúde, no entanto a nossa ealiade não nos mosta isso.

São citadas eqüentemente a 61! Con­ feencia da Organização Intenacional do Tra­ balho ealizada em junho176 e a 63! realizada em juho de 1977 em Genebra. Desta última saram a Convenção OIT n2 149 e a Recomen­ dção OIT n2 157 (Oguisso Schmidt, 1984). Considerando que a recomendação da OIT pode ser ou não ealizada elos países e quando é a tíulo de convenção o cumprmento é obrigató­ rio. No ennto, iens imontes para a saúde do tabalhador saam aenas como

recoen-daçes. .

Ene elas enconrm-se pausas de duração rzoável dnte as horas de abalho nomais, pra compensr o rabalho elizado em con­ diçes prticulrmente enosas ou

desagradá-veis; redução da jonada diia de trabalho ou aumento do perído de repouso sem diinuição de remuneração, além de outras.

Esta poissão que contibui pra presevar a vida e a saúde do homem ainda não conseguiu uma conscientização dos iscos a que se expõe e nem uma resolução dos poblemas com a sua própia proteção.

O trabalho do Enfemero em hospitais se caracteriza ela natueza da função (o lidar com a dor, o sofrimento e a morte); sistema de tuno contnuo ou de tabalho em tunos ininteuptos de reveento; existe prestação de seviços durnte vinte e quatro horas diias e nos sete dias da semana; exise um peído de transição ene cada dois tunos para a passagem do plantão; com pequenas vaiações o início do plantão notuno sempe é às 19h e o téino s 7h; enre ouas. Estas caacterísticas são as que nos inteessm de imediato por centmos o es­ tudo no trabalho nouno.

* Tema livre apresenado no 43� Congreso Basileiro de Enfenagem - Curiiba-PRo ** Enfeneira do Trabalho.

(2)

A ergonomia pocura adaptr o tabalho às exigências isiol6gicas do ser humano.

O abalho notno e o trabalho em tunos são discutidos no contexto dos riscos ergonômi­ cos e estes estão elacionados com a organi­ zação do abalho.

Assim têm sido estudadas as alteações e/ou eurbaçes na saúde do tabalhador nono, aavés da conobiologia, a ciência dos ritmos. Foi obsevada a imossibilidade de uma in­ versão completa dos ritos ccadinos do in­ divíduo, quando se rblha à noite. Com a de­ sincronização destes rimos ocoem ertur­ bações sérias do sono e da viglia.

Uma tefa realizda facimente às dees­ seis hoas, poderá ser exreente penosa s quatro horas da manhã, quando isiologicen­ te o indivíduo está peparado paa estar dor­ mindo (FERREIRA' '.

Tda noite a luta conta o sono começa, mesmo que a pessoa tenha 20 nos de rabalho notuno.

Além dos pejuízos à saúde ocoem as di­ iculdades no elcionento familiar e social; no lazer, na prticipação em Asscições de Classe, etc., devido ao esenconro de horrios.

LAUREL 5 nos diz que qundo o consumo de força de balho comproete· a saúde do balhador vinculado à exação da mis valia, tendo em vista as exausivas jonas e os salá­ rios não condinzentes, o abalho passa a ser patol6gico. Coo o rabalhador não ercee, a cuto pazo, este passa a ser um fenômeno peocupante pa os esquisadoes que efetiva­ mente têm deonsrado, aavés de seus estu­ dos, os riscos; contudo ainda são poucos os in­ eessados meso ente os que estão exostos a esta poblemática.

. Toda vez que a organização de ua ativi­ dade implicar rabalho nono, deve-se esr ciente de que este abalho é pejudicial ao tra­ balhador (FERREIRA').

Vem daí a nossa peocupação com o repou­ so porque este é um fator impornte paa mi­ nr os danos à saúde. Sendo o epouso du­ nte o plantão muito impornte e necessáio.

Buscar o signiicdo do epouso antes, du­ rante e ap6s o plntão notuno é antes de tudo um caminhr juntos em busca de soluções pa esta situação vivida no dia-a-dia do Enfermeio.

Porque para tabalhar, nos lembra SILVA 8, o hoem pecisa gozar de saúde e na ausência dela não há tabalho e, sem ele, o homem ede a condição de atender às suas necessiddes bá­ sicas e às de sua flia.

Sendo que as questões que noteram o nosso estudo form:

- Qual é a compeensão dos Enfermeios so­ be o epouso ntes, durante e aós o plntão?

- Como envolver pesquisador e sujeitos - en­ feeiros num processo dil6gico de

transfor-mação ds condiçes do tabalho nono? Tendo como onto principal de investi­ gção as implicaçes decoentes do tablho nono em nos, petende-se buscr com os Efeeos de Hospitais de gande poe da região meopolitana de Cuitiba o que een­ te contece na sua vivência. Mais eseciica­ mente o pesente esudo tem coo objetivos:

- Buscr de cada Enfemeo o signiicado do abalho nono e do epouso anes, duane e aós o plantão;

- Reconhecer nos depoimenos dos Enfer­ meos o que relmente ocoe na sua vivência do abalho notuno em relação ao epouso;

- Compeender com o Enfeeio o gau de impoância relativa ao seu epouso no seu au­ tocuidado;

- Buscr com os envolvidos uma compe­ ensão sobre o fenômeno do trabalho nouno para que Enfemeios, Instituições, Sindicatos e Associações se emenhem na conquista de me­ lhoria das condições de abalho;

- Ide.tiicr as condiçes e a duação do repouso pé, durane e após o plntão;

- Constatar no locl de rabalho a existên­ cia ou não de uma otina organizada que popi­ cie o epouso duante o no.

2 REViSÃO DA LITERATURA

Cofoe GRANDJEAN3 a Ergonomia em

a unção de pevenir a dença, ou esmo me­ r qe ela se instale, pcndo adapr o ra­ bho às exigências isiol6gicas do er huano. Analisndo, em meio aos étdos isiol6gicos e psicol6icos, as eçes no abho e os efeitos do mbiente no tabahdor.

ento da ergonomia o abalho em unos e o abalho nono são vistos na orgização do tbalho e é esta que determina o plnejaento e a execução desses nos.

Em conseqüência, os tabalhadoes sube­ idos ao tabalho nono estão sujeitos aos ris­ cos ergonômicos especicos dessa jonda.

O tabalho em tunos pa RUTENFRANZ e CoF, são cada uma das unções de organi­ zção da jonda diia de abalho, em que são es aividades em difeentes hoios ou em horios constanes oém incomuns (or exemplo, período nono penente).

O no esulta sempe do fato de que a mesma atividade deva ser executda em difeen­ es eríodos do dia e da noie, or vários e­ pegados, em igual joada.

Entende-se p: jonada de tabalho o peí­ do que vai do início ao término do rablho sem descnso; o no, ao conráio, é o período em que o empegado tem que esr pesente na em­ pesa; o tno inclui tanto a jonada como as pausas, os descansos.

O peíodo nono de tblho é o compe­ endido ene às 22h de um dia e às 5h do dia

(3)

eune (igo 73 a CLT, p' árafo 22).

Embora o Enfemeiro que rabalhe à noite inicie as suas atividades antes das 2Zh e termine após às 5h, geralene das 1 9h s 7h, sua re­ muneração do período tmal no trabalho nono se fará sem o adicional coresondente.

, A hoa notna tem duação de 52min e

3b

eg (artigo 73, parágrafo 12, da CLT). Isto equivle dizer que, trabalhando 1 2 horas à noi­ e, cee-e o pagamento por 1 3 horas.

Salvo nos casos de reveamento seanal ou quinzenal, o rbalho notuno terá emuneração supeior à do diuno e para esse efeito, sua e­ muneração terá um acéscimo de 20% (vinte or cento), pelo menos, sobe a hoa dina (artigo 73 da CLT).

O hoem, de acordo com a sua natueza, é ativo durante o dia, sus unçes ísicas são oientadas especialene para o trabalho duran­ te o dia e está elaéionado com os itos biol6-gicos.

A conobiologia ou a ciência dos ritmos biol6gicos esuda a organização temporal dos fenômenos biol6gico-isiol6gicos e/oú psicol6-gicos.

O organismo apesenta estados uncionais que vriam ao longo do tempo resondendo a esmulos ambientais confore o moento do dia, da semana em que estes estmulos ocoram. Estas vaiações do organismo respeitam deter­ inados itmos. Quando o eríodo do ritmo está em tono de 24 hoas, ele é chamado de circa­ dino (do latim, cica = em tono de e dien

=

dia).

Tdas as funções biol6gicas e/ou psicol6gi­ ' cas como: a feqüência cadíaca, o humor, a

força musculr apesentam uma ritmicidade cir­ cadiana com picos máximos e mnimos. Diver­ sos ritmos das funções mantêm elaçes preci­ sas ente si e também com as variações tempo­ rais ambientais. Existe, assim, uma sinconi­ zação. E esmo sem a interfeência do ambien­ te (exeriências em lboat6rio), estes ritmos se mantêm, embora dessincronizados enre si.

A interfeência ambiental é extena e de­ einada por sinconizadoes ais como o fenômeno clao-escuro e os de natureza social.

Ao contrário dos animais, o homem não consegue a inversão dia-noite somene elo fenôeno clao-escuro, na ealidade nunca se obtém uma inversão completa dos rimos.

Exeiências demosrm que a velocidade de "ajustamento" dos ritmos de uas unçes coo do huor, da pessão aterial, da força muscular é maior que da temeraura, do débito expiat6rio que exigem vários dias para "ajusta­ em", Reimberg e Col apud FERREIRA 1 .

RUTENFRANZ e CoF veicram em tes­ es exerimentais que uma adaptação pacil dos ritmos biol6gicos s6 acontece pra a hora de dorir, mas não pra a jonada de trabalho.

82 R. Bras. Enfem., Brasiia, 45 (1): 80- 87, janJmr. 1 992

Essa adaptação pecisa de elo menos de dez a catoze dis. Entetanto, seia tolente erdi­ da a adaptação ao tuno nono, com a re­ versão do horário de domr de dia pra o o nl à noite, em um único dia de folga Como os trablhadoes não vivem em gru­ os exerimentis fechados e, otanto, sofrem a intefeência dos indicadores sociais de sus famlias e das folgas, dessa forma é mis popí­ cio organizr tnos com escalas em sistema de odízio, espaçndo os nos notunos.

Pa entender melhor esta poblemática, faz-se necessário abodar o sono e o ciclo ­

n�viglia.

O ritmo circadino da altenância sono­ viglia é visto como uma das unções básicas do sistema circadiano. Nos tunos, este sistema é clraente peturbado.

Sabe-se que o sono apresenta 5 fases disin­ as, segundo a atividade eléica cerebral: os es­ tados 1 , 2, 3 e 4 chmados como sono e onds lentas e o estado 5 que é o sono padoxal.

O sono de ondas lenas é o repousante e o sono paradoxal é um sono profundo, onde ocor­ em os sonhos. Ele é o esponsável elo rela­ xamento psíquico.

Após 0 a l n do início do sono surge o sono paradoxal com duração de 5 a 20 min, onde ocore o REM (Rapid eye movements) , há a atividade encefálica semelhane à da vigí­ lia, o poquê é ainda desconhecido; ocoem nese período, os sonhos e a duação destes epis6dios aumena proorcionalmene com a du­ ração do sono toal.

Estes sonos se intecalam e enquanto um aumenta o outro diminui.

Quando a essoa é obigaa a tabalhr e

noite e domir de dia, ou seja, quando há ua mudança de sinconizadoes, mdiica-se a es­ utura intena do sono.

O sono diuno é mis cuto, com duração de 3-4 horas. Há uma modiicação das diferen­ tes fases com relação à duração, em geral às custas do sono pradoxal.

A dminuição da duração do sono paradoxal e até a sua ausência core qundo a pessoa está extemente cansada GUYTON4.

À

medida que avança o eíodo de trabalho nono, essas pertubações são menos intensas, há uma tendência a "nomalização" do sono . a tal ponto que o primeiro epis6dio do sono no" no ap6s um período de sono diuno não tem todas as caracteísiticas de uma vedadeira noite de ecupeação (Foet e Lantin apud FERREI­ RA1).

Essas peubações do sono diuno são amém agavadas pelas condiçes de mbiente, com ruídos e iluminação.

Po.. eses motivos, o trabahador notuno terá uma privação crônica do sono, além da

(4)

Esta privação do sono tem fores eer­ cussões na vigOia subseqüente. Dormir pouco ou dormir mal se traduz or diiculdades em ealizar tarefas, principalmente aquelas que exi­ gem uma atenção intensa e requerem um esfor­ ço muito grande para seem executadas, o que provoca um desgaste muito mior FERREIRA 1 .

Sabemos da nossa exeriência que a len­ tidão de racicnio que ocoe por volta de 3-4 horas da madrugada, provocada ela fadiga dos neuônios, faz com que um esforço maior seja dispendido.

Esta constante tentativa de adaptação sem

sucesso pelo organismo leva a m imornte

desgaste e tabém, ao mesmo tempo, leva a ensões ente a capacidade produiva e as exigências de rendiento, gealene equiva­

lentes de dia e à noie.

Assim, o rabalho nouno causa sempe es­ forços ísicos e psíquicos elevados, podendo aé ser considerado um fator de risco no apeci­ mento de denças.

Denominam-se fatoes de risco as qualida­ des congênitas, comportamentos adquiridos ou condições de vida e de trabalho pévias que li­ mitam a capacidade de adaptação de uma es­ soa, do ponto de vista de saúde. A exisência destes fatoes não provoca dença mas há maior possibilidade de surgir uma enfermidade quan­ do há um fator de risco (RUTENFRANZ Co!').

Estudos na rea da cronooxicologia êm osrado que t6xicos medicaentosos agem di­ feentemente sobre o organismo segundo o eríodo do dia no qual estão em contato.

Isso leva ao raciocínio que haja uma dife­ ença pra com os trabalhadores do período no­ tuno.

Poderia se pensr também na exisência de uma doença especificmente povcada pelo rabalho notuno.

Ap6s estados de vigOia foçados por pro­ longados períodos de tempo, a pessoa pode tor­ nar-se mal-educada e, inclusive, psic6tica GUYTON4.

Em relação aos rabalhadoes do dia, os istas se queixam mais de perturbações gas­ toinestinais, de fadiga, de problemas de sono e de nervosismo. Esas perturbações encontram justiicativa na iegulaidade de horários, na qualidade da alimenação (por exemplo: uma alientação fria servida a 1 hoa da manhã no pr6prio local de trabalho foa do convívio so­ cial e fmiliar) e na rimicidade circadiana do aparelho digestivo que esá tentndo se adaptar, ene outras.

Durante a noite, normalmente, a seceção de suco gástrico necessário para a digestão pra­ ticaente não ocorre.

A fadiga e o nervosismo são conseqüentes da quantidade e da qualidade do sono.

Os problemas do sono são povcados pelas alteações no itmo circadino do ciclo son­ vigOia.

O trablho nono deixa seqüelas nas es­ soas. São mrcas de desgaste ísico e ental.

Deixa as essoas mais suscepíveis a agentes

nocivos, com cansaço crônico, cas de sori­

mento mentl e de envelhecimento precoce.

O desgaste dirio do rblhador notuno seá menor esecialmente se foem peservadas as pausas dnte o rabalho.

FISCHER et alii 2 , realizm um estudo em

a empesa de ranspore, onde era dda per­ missão aos otoristas de caminhão para dormi­ em cutos eríodos à noie, caso sentissem ne­ cessidade. Eles então, estacionavam o veículo no acostento e, por 15 a 45n, doiam. Retonavam ao trabalho mais dispostos e elata­ vam enos fadiga ao im da jonda nona.

A inrodução de períodos de sono no no da noite pode precer ut6pica no moento. No Japão, estas normas já existem há muito tempo em nuerosas empesas, de odo mais ou e­ nos oicial.

Na Enfermagem não form enconados e­ latos sobe o assunto.

Sbemos, no entano, que a jonada nouna é superada elhor com uma pequena pausa. Uma hora de sono duante a jonada é mais im­ onte que várias horas de luta conra o sono RUTENFRANZ e Co17.

3METODOlOGIA

3.1

Material e Método

O estudo realizou-se junto à população de Enfereiros do tuno notuno de cinco Insti­ tuições Hospitalres de Saúde, sendo uma espe­ cilizada e as demais gerais.

As Instiuições selecionadas foram aquelas que tinham um número maior de nfemeiros trabalhando à noite.

Em quatro dessas Instituições ecebemos uma autorização infomal por pte dos Dieto­ res dos Serviços de Enfemagem, ossibilitando assim o início iediato do estudo. Na oura a

autorização foi fomal. .

Das instituições contaadas somente uma negou-se a oferecer o campo de pesquisa.

Foram enrevistados 21 Enfemeiros que

rabalhavm à noite por mais de 3 eses e que

mosraram inteesse em colaboar com o estudo.

Foi na Fenoenologia que embasamos o nosso estudo. Na fenomenologia não há a peo­ cupação em efetur uma amosta epresentativa de um ossível universo ao qual, eventualmen­ e, se possam aplicr os achados ou descobertas da invesigação MARQUES". A ealidade não é somene aquela ercebida, mas é também a pen­ sada e a sentida.

(5)

Pensaos em buscar o que ealente acon­

e na vivência desse Enfeeio, nesta si­ tuação, em uma experiência que é única, poém una.

Paa Hussed citado por ZILLES9 a feno­ menologia peocupa-se em saber qual o signi­ cado daquilo que temos na consciência quando julgamos, atmaos, sonhamos, vivemos.

A atitude fenomenol6gica, diz Hussed, é "voltar às coisas nelas mesmas" , ou seja, os­ trar a exeriência que a pessoa tem vivido.

Edmund Hussed ( 1 859-1938) é o undador da Fenomenologia. Husserl prcuou descrever acuradaente o mundo como aparece, em todos os seus aspectos na consciência, buscando insa­ ciavelente rigor absoluto. Para ele não impor­ a a relação do fenômeno com o mundo exte­ rior. O fenômeno ica toalmente encerado no campo ianene da consciência. Interessa-se pelo fenômeno puro, al como se mosra na consciência. Fenômeno com sentido mais subje­ tivo. Fenômeno é tudo aquilo de que pdemos ter consciência, de qualquer modo que seja

ILLES9.

Hussed entende por fenoenologia a análi­ se descitiva das vivências da consciência depu­ rada de seus elementos empricos para descobrir e apender as essências direamente na intuição, pois . segundo ele, a consciência é intencionali­ dade. Por intencionalidade entende que "a consciência está sempe volada para algo, que ela não é, poranto, uma atividade constuída de atos co:'o os de signiicar, perceer, imaginar, desejar, pensar, querer, agir, etc." ILLES9.

Toda consciência está dirigida pra algo, é intencional. Este fenômeno de intencional idade Hussed chama vivência.

A Fenomenologia é uma ciência vigoosa que começa com a descrição do vivido. Propõe-se descever os atos inencionais da consciência e dos "objetos" por eles visados. Reconhece que estes atos são de um eu que pensa o mundo ILLES 9 •

A Fenomenologia constitui-se co:o uma atitude ou postura ilos6ica radical e como um movento de idéias com método pr6prio, o étodo Fenomenol6gico, visando a dar con­ sistência cientíica à ilosoia.

3.2.

Procedimentos

O acesso às Instituições deu-se através de um oício que solicitava a ealização do estudo e apesentava o aluno.

Esse ofício n6s enegamos pessoamente a Enfemeiros - Dietoes dos Serviços de Enfer­ magem.

A autorização nos foi concedida no momen­ to deste conato com exceção de uma Insti­ tuição.

O Instumento utilizado foi um roteio de entevista contendo temas abetos elacionados

84 R. Bs. Enfem., Bsnia, 45 (1): 80-87, jnJmr. 1992

com o plnão notuno e o repouso.

Este insumento foi sendo adequado con­ fome as enevistas foram acontecendo.

A técnica utilizada para a coleta de dados foi a Enevisa não estuturada e fcalizada.

Não houve identiicação de Instituições, de unidade hospilar ou do Enevisado. Cada Entevisado ecebeu um pseudônimo para ga­

nr o anonimato.

Procuramos iniciar a entrevista com um diá­ logo esclaecedor da esquisa e que despeasse o inteesse e a coniança do entevisado.

Na medida do possível desenvolveos a enevista em locais com uma menor intefeên­ cia de teceiros. Inclusive objetivando conse­ guir maior naturalidade, espontaneidade e vera­ cidade no diálogo corrido.

Após obtemos o consentimento gravamos a entrevista como o primeiro passo da colea de dados. Como utilizamos o métdo fenomenol6-gico, este apresenta as seguinte etapas: a coleta de dados, a análise do mateil , a intepetação dos resultados, a síntese dos achados e a re-teo­ rização.

Cada enrevista foi transcia cuidadosa­ mente pra obtermos uma eal descição do fenômeno. Foi um trabalho exaustivo, poém gratiicante.

A análise foi realizada sobre essas rans­ crições. Começou com uma leiura do conjunto dos depomentos pl ra ter uma idéia geral sobre o assunto, tal COXO ele foi tratado elos es­ pondentes.

A seguir, analisamos um a um, dividindo as sentenças em "unidades de sentido" , enue­ ando-as. Esa etapa é a redução fenomenol6gi­ ca.

É

onde assumimos uma atitude psicol6gica aprendia pé-reletida, pé-relexiva para ca­ ar a experiência do fenômeno.

Ap6s a captação da verdadeira mensagem do sujeito, transponho sua descrição em lingua­ gem psicol6gica.

É

a fase de ansfomação das unidades de signiicado em linguagem psicol6-gica. Essa transposição é sempe intepeativa e epresentativa do fenômeno expliciado pelo sujeito. Usamos categorias psicol6gicas geais.

Em seguida, buscamos as estuturas de sig­ nificado do conjunto das espostas analisadas que se constituem nos achados da esquisa. Partindo sempre da vlorização a verdade, elabora-se uma descrição hamoniosa e consis­ tene.

Finalizamos com o que tradicionalmente se denomina "discussão de resultados" e que no pesente método denomina-se de Re-teorização, que é a volta à teoria anterior de acordo com a pesquisa desenvolvida incialente na literaura disponível sobe o assunto. Com conseqüente

apoundamento de' compeensão sobe o tena,

descoerta de -novos ângulos de análise ou no

(6)

ao fenômeno em esudo, que já é avnçr o co­ heciento.

4

S I GN IFICADOS PERCEBI DOS

E RE-TEO R I ZAÇÃO

Foram analisadas 11 enrevistas que sineti­ zam os esultados desta pesquisa.

Dos relatos de vivêncis individuais foam colcados em elevo os modos particules de compeensão do fenômeno e apresentmos de

um modo mis geral o que cada pessoa manifes­

tou, poém, respeitando a sua exeriência. Desta forma não se genelizam esultados e sim chega-se a uma sltese dos signiicados pecebidos.

O signiicado do rabalho notuno 'foi per­ cebido como de imporância para o paciente e para a Instituição. Pra o Enfermeiro pecebe­ mos a necessidade conômica e algumas ex­ pessões como: " A �ente adquie muita lidern­ ça à noite";

noite a gente ,consegue er ua visão global do Hospital"; "A noite não existe uma competição muito acirada, signiica icr longe das fofocas e ter menos desgaste"; " A gente consegue ter autonomia no rabalho", que mosm o lado positivo do rbalho De,tuma .

Signiica mbém a possibilidade de ter ou­ ra atividade paralela coro um curso universitá­ rio ou ouros cursos que s6 existem durante o dia.

Esses Enfereiros, na sua grande maioria, trabalham à noite por necessidade da Instiuição e econômica, apenas ês enevistados disseram que gostm de rabalhr à noite.

Por outro lado, signiica rabalhar num horário atípico, que não é valorizado e que é cnsativo, estressante e exige uma m� ior atenção e esta foi uma rande peocupação ex­ pessada, "se a gente não estiver atenta pode fazer besteira", ou "atenção maior pelo fato do rcicínio estar mais lento, da pessoa estar mais

lerda • • •atenção pa ter a pecepção das coisas

que tem de dia", "às 4h da manhã você erde a

noção das coisas, fica difícil para escrever" •

Percebemos no lado psicol6gico q:'e: "Tra­

balhar à noite dá uma certa melancolia, uma

isteza • • •

um pouco deprimente, psicologi­

caentf: muito desgastnte".

No trabalho nono existe uma sobrecrga de unçes, o Enfermeiro faz muitas atividades que não são da sua alçaa. Isto é decorente da falta e/ou insuiciência dos serviços de apoio.

À

noite, o Enfemeio sente-se muito isola­ do, com acesso a poucas nfomações.

"Sem dúvida, o trabalho nono encurta a vida do indivíduo.

É

pouco econhecido. le é um anônimo. Passa despecebido", esta ­ mação sinteiza a ealidade vivenciada no raba­ lho nouno do Enfermeio.

Devido à natureza de o hoem ser paa -a

atividade diuna e de o organismo ter ritmos biol6gicos para cada unção, sempe que ele ti­

ver que trabahar à noite a sua saúde estará pre­

judicada.

O organismo não consegue inverter os seus itmos biol6gicos totalmente. O sono diuno é inferior ao nono. Ocoe em intervalos curtos com sobessaltos e com diminuição do sono pa­ radoxal que é resonsável pelo relaxmento psíquico, pevenindo a fadiga mental. Agravado pelas condiçes ambientis como ruídos e ilu­ minação.

Dor ou simplesmene descansar por 30

minutos, 1 hora ou aé 2 horas ntes de ir pra o

rabalho signiica peparar-se para o plntão. Seve de supote psicol6gico pra o momento em que a essoa estiver exemamente exausta ela ensr "mas eu descansei, eu vou suorr esta jonada".

Perceemos que, durante o plantão nouno poucos Enfermeiros epousam e o sigicado, esmo para quem não repousa, é e ser ne­ cessio ela longa duração da jonada e ainda

à noite.

A pausa tem o signiicado valioso mesmo que seja de uns 15min. Cochilr ou dormir em cadeiras desconfotáveis deno do local de ra­ balho, na clidade, sob o uído de apelhos e equipamentos, no chão em colchonetes improvi­ sados ou mesmo num sofá sem a ma con­ dição é o que constatmos. Esta ealidade tão bem descita pelos Enfemeios é injusta e in­ digna do ser humano.

Chegou a hora, à noite, o organismo quer descansr, os indicadores de tempo e os indica­ does sciais com que está na hora de dormir.

Sabe-se que, ap6s 6 horas de viglia inicia­ se um processo de fadiga dos neuônios, o nível de feedback positivo obviaene diminuirá tan­ to nos circuitos corticais como nos circuitos ­ iféricos. Além disso, cada vez que um dos mi­ lhões de neurônios pralelos no cicuito do feebck sai foa de atividade, a ausência desta conibuição para o feeback eduz a inensida­ de de excitabilidade dos emais neuônios. Chega um onto que a atividade do feedback não pode mais manter a excitabilidade suicien­ te no sistema aivador eticular pra os circuitos continuaem reverberndo. Entetnto, é possí­ vel que o eio ambiental local dos neurônios mbém se alee com a seceção de substncias nsmissoras causando inibição ap6s períodos de aividade ou excitação ap6s períodos de ina­ tividade GUYTON4. Como o Enfereiro está abalhndo, ele se mantém em viglia de fora foçada e é ese ritmo foçado que povoca o desgaste diário cônico do abalhador. O itmo cicadiano da alenncia sono-viglia tenta adaptr-se a essa siuação.

Ter o dieito a uma pausa pa reousar

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ne o planão em coniçes inas, em uma cma e fora do lcl de abaho, onde oua essoa icou subsitund> é ua eivindicação

une ene os enevistados.

É

mém ser

valoizado. Vlozado elo seu esforço, a sua dedicação e a sua disponibilidade paa este hoio ão enoso.

Relaram-me: "o elhor epouso que a gene faz é à noite", "o hoio nobre de sono é de 01 às 6h da anhã", potanto o eouso mais imortante é aquele. que aconece à noite, durane o planão ou na noie de folga.

A pausa durante o no za o desgas­ te crônico diáio povcado ela privação do sono à noie.

Pode paecer a utopia o Enfemeiro dor ou simplesente eousar durnte um plntão notuno de 1 2 horas, seja por 1 ou 2 ho­ as, de fora organizda e formal, mas essa páica existe infomalmene, por que não ofi­ cializá-la?

O signiicado do eouso pós-plantão é: "um dieito", "signica ecuer as energias",

o tempo suiciene paa epor as minhas

energias, or enqunto",

"É de um signicdo

muito impoane.

É um epouso impescindível.

É

um epouso obigat6rio", "E necessário. Aesar de acordr péssio".

Esse epouso ocoe logo a6s a saída do planão nono, ou seja, de manhã, ocoe à trde ou soente na noie de folga.

Existe uma comação com a teoia quan­ do eles elatam acordem éssimos, devagr, com o raciocio lento, "quebrada, cansada. A gente não consegue desligr totalmente e delia no sono com tudo o que passou", poque o so­ no diuno mosra um númeo acentuadente enor de fases 5 ou de sono paradoxal que ga­ rante o elaxmento psíquico, pevenindo a fa­ diga mental GUTON4. Um dos ertrevistados

foi enfático: 1 1

Acordo desgastado. E um cansa­

ço c rônico. O desgaste é acumulado e a longo prazo. O sono você não ee. Ninguém acos­ tuma a ficar sem dor" •

Houve quem disse: " Acodo descansada, oém com o disfoco de horrio", "Horível, com rio e aé a apência esá afetada", "Pe­ ce que se toma pior. Acordo com fio, sem ae­ tite, é terível" e " Acordo em ecupeada, mas se sou codada, levo um suso. • . levanto

achando que estou no abalho". Eses enevis­ tados doim de dia.

As aleações na saúde do rablhador no­ no são suis e eles não conseguem eceer mesmo trabalhando há muitos anos.

É

feqüente o elato de esem com uma sensibilidde maior, de se iiem mais facil­ ente, de ter alteações de humor e ser tomdo por uma certa depessão, do rcicínio estar mais lento e a me6ria estar afetada e das le­ rações no apetite.

86 R. Bs. Enfem., Bsia, 45 (1): 80- 87, jaJmar. 1992

O abalhador nono essene-se da pri­ vação da convivência familir, do entosamento e da participação scil.

O autcuidado já está pejudicado elo fato de o rabalho ser à noite. Com todas as con­ eqüências que já abordamos e agravado ela necessidade de um segundo emprego durnte o dia. Deno do possível, eles elatam que cui­ dam do que é pioriiamene básico para mn­ ee-se em atividade. Seria decansar sempe que ossível e dar atenção a limenação . .

O lazer é secunio, porém de imorância econhecida.

No rml da entevisa tdos emiram su­ gestões: einvindicndo um reouso durante o planão aé aqueles que não epousm em

i6-tese algua.

5

CONCLUSÃO

Concluindo, essoalmente pensamos que a situação das condições de trablho e de vida do pessoal de Enfermagem, mais eseciicamente do enfemeiro que trabalha à noite, é crítica, no ennto ambém é conforisa e conivente.

A nosso ver há uma cumplicidade nesta si­ tuação, mas que se rompe no momento em que flhas graves acontecem e têm eercussão.

O trabalho notuno é cansativo, desgasante e pejudicial à saúde do ablhador.

São descohecidas as leis e a sua viabilida­ de de aplicação.

Pensamos que deveria existir um maior nú­ mero de essol, uma escala orgnizada, um l­ cal adequado para o repouso durnte o planão e que este fosse oicializado. Plelmente fos­ sem espaçados os plantões notunos indeen­ dente do sistema de escalas.

Pecebemos que icou um pouco constran­ gedor para o Entrevisado descrever em dea­ lhes as suas condições de repouso duane o plntão. Um poissional de nível sueior que conquistou um certo status denro da sciedade descever uma situação no trabalho cujas con­ dições não condizem com este status chega a ser de ceta foma, huilhante.

Poém, lembramos que qualquer transfo:­ mação inicia-se no momento em que são vistos por n6s os problemas, no moento em que não mais escondemos, não oitmos nossa el si­ tuação e nossas condições de ablho. Ptindo

daí pa a busca do mimo que preconiza"a le­

gislação tablhista.

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REFERÊNCIAS BIB L I OGRÁFICAS

1 FERREIRA, L.L. Trabalho em tos: temas para dis­ cusão. Rev. Brs. Sade Ocupacol, São Paulo, v.

1 5, 0.58, p.27-32, abr/mio/jun. 1 987.

2 FISCHER, F.M. et alii. Otimização do ransporte de madei­ rs pela utiliação dos princfpios ergonômicos de raba­ lho. Faculdade de Ciêncis Faracêutics da USP, Fa­ culdade de Sa1de P1blia da USPllnsituto de Ciências Biomédics da USP. 1988, São Paulo, 78p.

3 GRANDJEAN, Etienne. O papel da ergonomia na medicina do rabalho. Rev. Brs. Sade Ocupacol. São Paulo, v.8, n.32, p.3 1 -36, oulnov/dez. 1 980.

4 GUY TON, A.C. Sono e vigllia. In: Tratado de isiologia médica. 5 ed. Rio de Janeiro, Interamericana, 1 976: Bi­ bliogaia: capo 54, p.65 1 -654.

5 LAUREL, Asa C. Psso de trabalho e sa1de. Sa1de em Debate, Rio de Janeiro, o. 1 1, p.8-29, 1 98 1 .

6 MARQUES, M.Y. Aálie fenomenológica e fenoeno­ graia: o estudo s rela�s ene a esoa e o mundo ao seu redor. In: SEMNÁRIO SOBRE PES QUISA FENOMENOLÓGICA NAS CI�NCIAS HUMANAS E SOCIAIS, 1 988, Poro Alege. As • • • Rio de Ja­

neio: ANPESS e CBCISS, v. l, n. l, 1990, p.67-94.

7 RU TENFRANZ, Joeph, KNAU TH, Peter, FISCHER, Frida Marina. Trbalho em tnos e notno. São Pau­ lo, Hucitec, 1986.

8 SILVA, Vanda Elisa Felli da. Estudo obre acidentes de rabalho corridos com rabalhadores de enfemagm de um hospital de ensio. Diseração (Mesrado em Enfemagem) Escola de Enfemagem, Universidade de S. Paulo, 1988.

9 ZILLES, U. Edmund Huser! e o movimento fenomenoló­ gico. In: SEMINÁRIO SOBRE PESQUISA FENO­ MENOLÓGICA NAS CI�NCIAS HUMANAS E SO­ CIAIS, 1988, Porto Alere. as • • • Rio de Janeo:

ANPES S e CBCISS, v. l, n. l, 1990, p. 05-21.

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