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Redes sociais como ferramenta para a gestão do conhecimento nas organizações: uma análise do projeto Fiat Mio - um carro para chamar de seu

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DO

CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE DO PROJETO FIAT MIO – UM CARRO PARA CHAMAR DE SEU

BELO HORIZONTE - MG

2014

SANNY CATHERINY GREGÓRIO BORGES

(2)

 

SANNY CATHERINY GREGÓRIO BORGES

REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DO

CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE DO PROJETO FIAT MIO – UM CARRO PARA CHAMAR DE SEU

Monografia apresentada ao programa de Especialização do Núcleo de Informação Tecnológica e Gerencial – NITEG, no curso Gestão Estratégica da Informação da Escola de Ciência da Informação, da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito para a obtenção do certificado de Especialista em Gestão Estratégica da Informação.

Orientador(a): Marta Araújo Tavares Ferreira.

BELO HORIZONTE - MG

(3)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

B732r

Borges, Sanny Catheriny Gregório.

Redes sociais como ferramenta para a gestão do conhecimento nas organizações [manuscrito] : uma análise do projeto Fiat Mio – um carro para chamar de seu / Sanny Catheriny Gregório Borges. – 2014.

41 f. : enc.

Orientadora: Marta Araújo Tavares Ferreira.

Monografia (especialização) – Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação.

Referências: f. 40-41

1. Gestão do conhecimento. 2. Redes de relações sociais. I. Título. II. Ferreira, Marta Araújo Tavares. III. Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Ciência da Informação.

CDU: 659.2

(4)

 

 

 

Universidade

 

Federal

 

de

 

Minas

 

Gerais

 

Escola

 

de

 

Ciência

 

da

 

Informação

 

Programa

 

de

 

Pós

Graduação

 

em

 

Ciência

 

da

 

Informação

 

 

Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização Gestão Estratégica da Informação  intitulado  REDES SOCIAIS COMO FERRAMENTA PARA A GESTÃO DO CONHECIMENTO NAS ORGANIZAÇÕES:  uma análise do Projeto Fiat Mio – um carro para chamar de seu, de autoria de Sanny Catheriny  Gregório Borges, aprovada pela banca examinadora constituída pelos seguintes professores: 

 

__________________________________________________________________________ Prof. Dr. ***

***instituição***

__________________________________________________________________________ Prof. Dr. ***

***instituição***

__________________________________________________________________________ Prof. Dr. ***

***instituição***

__________________________________________________________________________ Prof. Dr. ***

***instituição***

__________________________________________________________________________ Prof. *** Nome do Coordenador(a) ***

Coordenador(a) do Núcleo de Informação Tecnológica e Gerencial – NITEG ECI/UFMG

(5)

 

Aos meus pais. Sem vocês nada disso

teria acontecido. Agradeço pela paciência,

incentivo, apoio e também pela confiança

(6)

AGRADECIMENTOS 

 

Uma batalha termina. Tão longa e difícil quanto alegre e acolhedora. Uma

etapa da minha vida foi concluída e olhando esse momento, vejo que tudo que

passei me preparam e me fortalecem para as futuras batalhas que me aguardam.

A Deus por me oferecer a oportunidade de concluir mais esta etapa de

minha vida com muita sabedoria.

À minha orientadora, Profª. Marta Araújo Tavares Ferreira, por me auxiliar

e partilhar comigo todo o conhecimento para superar essa longa caminhada.

Aos meus professores, por moldarem com ética e profissionalismo.

Aos funcionários da UFMG, por toda disposição que me ofereceram

quando foi preciso.

Agradeço aos meus pais, Leonice e Ildefonso, por sempre me apoiarem e

estarem ao meu lado.

Aos meus avós e minha família pela sabedoria passada e pela torcida

para meu sucesso.

À minha amiga e companheira, Isabella Santos, pelo carinho e a amizade

eterna.

Aos meus colegas de trabalho do Grupo Unis e às amizades feitas em

Belo Horizonte, das quais jamais esquecerei.

(7)

RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo discutir as redes sociais como ferramenta da gestão do conhecimento, a partir da análise do Projeto Fiat Mio, onde se configurou a um marco da gestão do conhecimento organizacional, ratificando o posicionamento historicamente inovador e com vistas ao futuro. Mostra-se como a Fiat vem expondo esforços sendo diferencial quanto à inovação, é pioneira no lançamento de produtos e serviços voltados a um nível de maior interação com os consumidores. Faz-se uma definição e análise sobre redes sociais e gestão do conhecimento. Aborda com a criação, disseminação e uso do conhecimento a partir de ferramentas de tecnologia da informação se mostram cada vez mais eficazes perante uma organização. Relata o uso das redes sociais na gestão do conhecimento quando confirmada sua eficiência, reduz atritos de transferência do conhecimento apontados como barreiras na gestão.

(8)

ABSTRACT

This research aims to discuss the social networks as a tool of knowledge management, from the analysis of the Project Fiat Mio, where he set up a framework of knowledge management, confirming the historically innovative and with a view to the future positioning. It is shown as the Fiat comes exposing efforts being spread on innovation, is a pioneer in launching products and services geared to a higher level of interaction with consumers. It is a definition and analysis of social networks and knowledge management. Discusses the creation, dissemination and use of knowledge from the information technology tools are becoming increasingly effective against an organization. Reports the use of social networks on knowledge management when confirmed its efficiency, reduces friction transfer of knowledge

mentioned as barriers in management.

 

Keywords: Social Networks. Knowledge Management. Fiat Mio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

(9)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 9

1.1 Problema ... 9

1.2 Objetivos... 10

1.2.1 Objetivo geral... 10

1.2.2 Objetivos específicos ... 11

1.3 Estrutura da monografia ... 11

2 REDES SOCIAIS... 12

3 GESTÃO DO CONHECIMENTO... 18

4 METODOLOGIA... 24

4.1 Objeto de estudo ... 24

4.2 Tipo de pesquisa ... 28

4.2.1 Quanto aos fins... 28

4.2.2 Quanto aos meios... 28

4.2.2.1 Metodo de estudo de caso ... 28

4.2.2.2 Pesquisa Bibliográfica e documental... 29

5 CASO FIAT MIO... 30

5.1 Relato do caso... 30

5.2 Análise do caso ... 34

6 CONCLUSÃO... 39

(10)

1 INTRODUÇÃO

1.1 Problema

As Redes Sociais, se convenientemente ligadas a uma política de Gestão

do Conhecimento, podem ser a única estratégia para determinadas instituições; são

ferramentas capazes de alavancar os negócios na medida em que tornam as

organizações mais inteligentes, mais ágeis e mais adaptáveis.

A Gestão do Conhecimento para algumas instituições é ponto forte,

fazendo esta instituição o diferencial no mercado, tornando-se mais competitiva em

um mundo no qual a cada dia surgem novas tecnologias, um mundo globalizado e

principalmente interconectado. GONÇALVES; KOLB (2010, p. 03)1.

A Gestão do Conhecimento vem recebendo uma valiosa atenção das

organizações nos últimos tempos, respondendo a exigência social por processos

que deem conta da valorização dos ativos humanos envolvidos com negócios.

Desta forma, LASTRES e FERRAZ(1999, p. 07)2 salientam que

especialmente:

(a) a constituição de redes de todos os tipos é considerada a mais importante inovação organizacional associada à difusão do novo paradigma tecno-econômico das tecnologias da informação e da Economia da Informação e do Conhecimento;

(b) a competitividade das organizações passa a estar relacionada à abrangência das redes em que estão inseridas, assim como à intensidade do uso que fazem das mesmas.

__________________________________________

1

GONÇALVES, Jaqueline Oliveira Salles; KOLB, Juliana Jenny. Gestão do Conhecimento,

Tecnologia e Inovação. 2010. Disponível em: <

http://julianakolb.com/2010/10/12/gestao-do-conhecimento/>. Acesso em 30 ago. 2013.

2

LASTRES, Helena Maria Martins; FERRAZ, João Carlos. Economia da Informação, do

Conhecimento e do Aprendizado. IN: Lastres, Helena Maria Martins; ALBAGLI, Sarita. Informação

(11)

Assim sendo, Nokata e Takeuchi (1997)3 formularam um modelo para

criação do conhecimento buscando sustentabilidade nas praticas das empresas

japonesas que, de modo geral, prezam por fluxos mais abertos de produção e

valorizam fatores intangíveis no desenvolvimento da expertise organizacional, como

experiências e insights.

Os espaços virtuais estão repercutindo sob a forma de como as empresas

desenvolvem seus saberes. Isso porque, além da tecnologia, trazem consigo nova

relação social arraigadas às expectativas de sujeitos que cada vez mais desejam ser

partícipes ativos na relação que se estabelece no sistema organização- públicos

(SIMÕES, 1995, 2001).

Buscar as ligações entre a gestão do conhecimento organizacional e a

emergência das redes sociais, bem como observar de que forma elas afetam os

negócios, denota grande destaque aos relacionamentos como diferencial das

empresas, uma vez que, permitem a estas instituições posicionar-se

estrategicamente diante do mercado.

O conhecimento sempre teve papel fundamental no desenvolvimento e,

sobretudo, na sobrevivência da humanidade; a Gestão do Conhecimento surgiu de

iniciativas para armazenar e transformar em capital as ideias nascidas nas empresas

e é um tema de grande importância na área da Ciência da Informação.

Neste sentindo, surge a seguinte pergunta: Quais as ligações entre a

gestão do conhecimento organizacional e a emergência das redes sociais, uma vez

que apresenta um grande diferencial para as instituições?

1.2 Objetivos  

1.2.1 Objetivo geral

Discutir as Redes Sociais como ferramenta da Gestão do Conhecimento,

a partir da análise do Projeto Fiat Mio.

__________________________________ 3

(12)

1.2.2 Objetivos específicos

- Definir redes sociais;

- Definir gestão do conhecimento;

- Analisar o uso das redes sociais para a Gestão do Conhecimento,

analisando o projeto Fiat Mio.

1.3 Estrutura da monografia

Para responder ao problema, o presente trabalho foi estruturado em

capítulos:

No capítulo 2, denominado Redes Sociais e no capítulo 3 Gestão do

Conhecimento, temos o objetivo de rever a literatura; no capítulo 4, denominado Metodologia, apresenta as informações referentes aos procedimentos

metodológicos da pesquisa; o capítulo 5 aborda o Caso Fiat Mio, apresentando todo

o contexto que cerca a respeito do desenvolvimento do projeto; relata a experiência

do estudo de caso – Fiat Mio – acerca da Gestão do Conhecimento e Redes Sociais

(13)

2 REDES SOCIAIS

Vivemos em uma sociedade formada por relações que são desenvolvidas

durante toda a vida, sendo primeiro em âmbito familiar, seguida do escolar, da

comunidade em que estamos inseridos e no trabalho; as relações que as pessoas

desenvolvem e mantêm é que fortalecem toda a zona social, ou seja, a própria

natureza humana nos liga a outras pessoas e estrutura a sociedade em rede.

Existem várias abordagens à analise de redes sociais, assim como

numerosas técnicas específicas; entende-se por redes sociais toda estrutura social

composta por pessoas ou organizações, conectadas por um ou vários tipos de

relações, que compartilham valores e objetivos comuns. As relações que configuram

as redes sociais são horizontais e não hierárquicas, possibilitando entre os

participantes uma integração de igual nível.

Nas redes sociais, cada indivíduo tem sua função e identidade cultural. Sua relação com outros indivíduos vai formando um todo coeso que representa a rede. De acordo com a temática da organização da rede, é possível a formação de configurações diferenciadas e mutantes. (TOMAÉL; ALCARÁ; CHIARA; 2005)4

Segundo Marteleto (2001, p.72), as redes sociais representam “[...] um

conjunto de participantes autônomos, unindo ideias e recursos em torno de valores e

interesses compartilhados”.

Uma rede social pode ser entendida como pessoas, organizações ou

entidades sociais conectadas através de ligações que são construídas motivadas

por relacionamentos sociais, relações de trabalho e compartilhamento de

informações, reconstruindo a estrutura social. (TOMÁEL, MARTELETO e CHIARA,

2005)5

________________________________________

4

TOMAÉL, Inês Maria; ALCARÁ, Adriana Rosecler; CHIARA, Ivone Guerreiro Di. Das redes sociais à inovação. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 2, p. 93 – 104, maio/ago. 2005. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/ci/v34n2/28559.pdf> . Acesso em: 01 ago. 2013.

5

(14)

Por rede social pode-se entender uma interligação por dois elementos: os

atores sociais, cada pessoa que participa da rede, e as conexões, interações e laços

sociais.

As redes podem ser classificadas de acordo com as suas propriedades

estruturais, ou de acordo com a natureza dos contatos individuais. As estruturas de

redes podem ser classificadas como densas ou escassas, estáveis ou não,

centralizadas ou descentralizadas, ligadas ou desligadas. Ligações entre atores

podem ser classificadas em relação a atributos individuais como intensidade ou

simetria.

Embora as redes sociais tenham uma definição supramencionada em

comum e classificadas em termos de conteúdo transacional, configuração e a

natureza de contatos individuais, há muitas maneiras diferentes de proceder à

investigação de redes sociais. Os antropólogos muitas vezes estudam as interações

de um informante principal com outros no ambiente social e analisam estes contatos

para conseguir uma visão da estrutura social de uma comunidade.

As redes surgiram como facilitadoras para o compartilhamento do

conhecimento e como colaboradoras diretas para a consolidação dos processos de

compartilhamento da informação e do conhecimento.

As redes possuem expressiva capacidade de potencializar o

conhecimento existente em suas diferentes formas e consequentemente, esta

capacidade é o fator determinante para uma organização estar em uma posição à

frente em relação às suas concorrentes, tornando-se mais competitiva.

De uma forma mais coloquial, as redes sociais são um meio utilizado

pelas pessoas que se conectam através da internet e se reúnem por afinidades e

com objetivos em comum, sem barreiras geográficas e fazendo conexões com

dezenas, centenas e milhares de pessoas conhecidas ou não.

Normalmente funcionam com um perfil de usuário e uma coleção de

informações sobre esse usuário que o agrupa nas redes. Essa coleção pode trazer

informações como formação profissional, hobbies, interesse, competências,

habilidades entre outros. O usuário ainda conta com determinado grau de

privacidade através de controles de permissão de acesso e publicação de seu perfil.

Nas organizações já é comum a criação de grupos que se comunicam, se

(15)

uma forma de geração do conhecimento que, se alimentada e bem diferenciada, é

capaz de construir e desenvolver conhecimento; as chamadas comunidades de

prática trocam experiências, vivências, ideias e valores vivenciados por seus

membros visto que aponta para o surgimento de uma nova organização, onde a

colaboração e a troca de informações são muito mais informais do que formais.

A comunidade de prática é um grupo de pessoas que se reúne para

discutir sobre um determinado assunto, sendo sua grande vantagem o fato de

encontrarem na prática e na troca de experiência uma solução para o aprendizado e

para resolução de problemas, em um tempo menor do que aconteceria

normalmente. (Wenger e Snyder, 2001)6. Fazem isto utilizando a criatividade e

interatividade dos seus membros através do livre compartilhamento de seus

conhecimentos. (Wenger e Snyder, 2001). Surgem de maneira informal sem

qualquer vínculo com a estrutura da organização, e por esse motivo não podem ser

gerenciadas.

...são grupos de pessoas ligadas informalmente pelo conhecimento especializado e compartilhado pela paixão por um empreendimento conjunto - engenheiros empenhados na perfuração em águas profundas... Algumas comunidades de prática reúnem-se com regularidade – para almoçar as quintas-feiras, por exemplo. Outras estão conectadas sobre tudo por redes de e-mail. (Wenger e Snyder, 2001, p.10)

As comunidades de prática são grupos auto-organizados de pessoas que

costumam ser iniciados por funcionários para discutirem e compartilharem práticas,

interesses ou objetivos de trabalho. “Se sua comunicação revelar-se útil ao longo do

tempo, eles podem formalizar o arranjo, atribuindo a si um nome de grupo e

estabelecendo um sistema de intercâmbio” (Davenport e Prusak,1998, p.45).7

__________________________________________________

6

WENGER, Etienne C; SNYDER, Willian M. Comunidades de Prática. In: Harvard Business Review.

Aprendizagem Organizacional. Rio de Janeiro: Campus, 2001. P. 9-26.

7

(16)

Graças à internet, várias redes sociais foram criadas, permitindo a

formação de tribos e comunidades que possuem gostos e opiniões semelhantes.

Isso mostra que qualquer pessoa pode se relacionar facilmente com outras

pessoas onde quer que estejam. O grande diferencial da rede social virtual é a

possibilidade do compartilhamento de interesses sociais, culturais e informações

com pessoas de qualquer parte do mundo, desde que elas queiram ter acesso a

essas informações. O número de redes sociais existentes na internet vem

crescendo a cada ano.

Contudo, para Rossini e Palmisano (2006)8, embora a tecnologia seja

uma grande aliada na disseminação da gestão do conhecimento no mundo

organizacional, é extremamente relevante reconhecer que ela não gera

conhecimento, servindo tão somente como conector e meio de armazenamento de

informação que propiciam a troca de conhecimento. Essa interação social deve ser

monitorada, controlada, estimulada e gerenciada pelas organizações de forma a

garantir o melhor uso da tecnologia.

Algumas redes sociais são desenvolvidas especificamente ao redor de

interesses especiais. Esses sites existem para compartilhar experiências,

conhecimentos e formar grupos sobre tópicos específicos, onde se encontra a

relação entre a Gestão do Conhecimento e essa ferramenta.

As redes sociais são vistas como importantes no processo de GC, uma

vez que, no mundo digitalizado que vivemos, encontramos um espaço para interagir

com as pessoas e não mais com máquinas. As relações interpessoais invadem o

mundo digital e descartam a impessoalidade de algumas formas de aprendizado

organizacional, hoje ultrapassados como os treinamentos multimídia.

__________________________________ 8

Rossini, A. M.; PALMISSANO, A. Administração de sistemas de informação e a gestão do

(17)

Aliás, a humanização das relações, a velocidade e disponibilidade da

tecnologia, representam uma grande chance de lograr êxito no compartilhamento do

conhecimento. Para Davenport e Prusak (1998) as conversas precisam ser

estimuladas, na economia do conhecimento, elas representam trabalho. Para eles,

as organizações precisam propiciar e viabilizar o contato entre seus colaboradores

incentivando a troca de ideias e a leitura no âmbito do trabalho.

Cross, Parker e Borgatti (2000) apud Tomael (2005)9, para que os

relacionamentos sejam efetivos e possibilitem o uso e a criação do conhecimento,

encontraram dimensões que contribuem para esse intento:

- Conhecimento que as pessoas possuem – um indivíduo deve ter alguma percepção da relevância do conhecimento e da habilidade de outra pessoa em relação aos problemas correntes;

- Obtenção de permissão para o acesso ao conhecimento que outra pessoa tenha – esse acesso é um produto da trama social de uma organização e é influenciado pelo poder inerente à posição de autoridades formais ou da estrutura informal. O acesso é também influenciado pelo ambiente físico e/ou técnico, que pode representar obstáculos para diminuir a probabilidade das pessoas serem consultadas;

- Criando conhecimento por meio do engajamento cognitivo – naturalmente, o acesso por si só não assegura o compartilhamento e a criação do conhecimento. É auxiliando as pessoas a refletir sobre seus problemas que se pode ajudá-las. É pela análise conjunta de um problema, por ângulos diferentes, que pode ocorrer a construção do conhecimento;

- Aprendendo com relacionamentos de confiança – relacionamentos têm propriedades que influem no grau de aprendizado ou criatividade que as interações propiciam. Fornecer informação é dar poder a alguém; ter confiança de que esse poder não será empregado contra o fornecedor é uma prerrogativa importante. Relacionamentos caracterizados como de confiança abrem espaços para a exploração e para a criatividade na interação e melhoram a criação do conhecimento.

_________________________________ 9

(18)

ERICKSON; KELLOGG (2001)10, iniciaram um trabalho com foco no

desenvolvimento de um ambiente multiusuário que favoreça a comunicação e a

colaboração em grupos, onde conhecimento organizacional poderia ser criado. Eles

afirmaram que o uso de redes sociais pode se tornar um mecanismo eficiente para

compartilhar e disseminar o conhecimento individual, o que o credencia como uma

abordagem interessante para iniciativas de GC. De acordo com Staab (1999)11,

estes ambientes podem reter informações relevantes sobre seus usuários, bem

como produzidas por estes, promovendo os primeiros passos para o gerenciamento

e disseminação do conhecimento.

As redes sociais já fazem parte da vida de toda a sociedade que as

utilizam para contatos pessoais e profissionais. De acordo com Aguiar e Silva

(2010)12, o Facebook, o Orkut, o MySpace, entre outros sites, são ferramentas e

suportes das interações que constituem a rede social, esses recursos não são

propriamente redes sociais. Os sites de redes sociais conectam as pessoas, mas

são as pessoas que constroem a rede social. As ferramentas descritas, no entanto,

influenciam o modo como as pessoas interagem nas redes sociais.

Diferentes níveis podem ser observados na atuação das redes sociais, o

que se mostra comum a esses níveis é o compartilhamento, interesses e esforços

em busca de determinado objetivo, que na proposta desse estudo, se faz a

disseminação do conhecimento.

__________________________________ 10

ERICKSON, T.; KELLOGG, W. A. Knowledge communities: online environments for supporting knowledge management and its social context. IMB research social computing Group. Disponível em: ,http://www.researchibm.com/SocialComputing/Papers/KnowCommunities.htm>. Acesso em 22 ago. 2013.

11

STAAB, S. et al. Social networks applied. IEEE inteligente systems, v. 20, p.80–93. 2005.

12

(19)

3 GESTÃO DO CONHECIMENTO

A Gestão do Conhecimento é um processo que envolve gerar, coletar,

assimilar e aproveitar o conhecimento, de modo a criar uma empresa mais

inteligente e competitiva. “(…) é uma estratégia que transforma bens intelectuais da

organização – informações registradas e o talento dos seus membros – em maior

produtividade, novos valores e aumento de competitividade.” (MURRAY, 1996,

p.4).13

O conhecimento sempre teve papel fundamental no desenvolvimento e,

sobretudo, na sobrevivência da humanidade. Entretanto, apenas “saber muito” a

respeito de algo não traz, por si só, maior poder de competição para uma

organização. É quando aliado à “sua gestão” que “o saber” faz toda a diferença.

Conhecimento é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de um objeto

por meio de acúmulo de experiências e práticas. O conhecimento coletivo inclui

valores, explicações, modos de comportamento, muitas vezes chamados de

tradições, que orientam o comportamento de indivíduos das gerações seguintes.

Segundo GONÇALVES; KOLB (2010), o conhecimento pode ser classificado como:

- conhecimento tácito: talento, habilidade, modelos mentais, experiências natas e/ou adquiridas e aprimoradas ao longo do tempo;

- conhecimento formal ou codificado: é onde o saber tácito individual (ou parte dele) se torna explícito, ou seja, os processos pelos quais o saber tácito é expresso em conceitos, de forma organizada e acessível, facilitando o seu entendimento;

- conhecimento interno: processos pelos quais as pessoas adquirem conhecimentos tácitos exercendo diferentes atividades em ambientes coletivos;

- conhecimento externo: processos pelos quais as pessoas adquirem conhecimentos tácitos e/ou codificados com origem externa ao ambiente.

_________________________________ 13

(20)

A essência da abordagem teórica da geração do conhecimento repousa

nas conversões do conhecimento em seus dois formatos, tácito e explícito. Essa

construção se faz através da espiral do conhecimento que consiste no ciclo da vida

do conhecimento e se dá a partir da conversão do conhecimento tácito em tácito

(socialização), tácito em explícito (externalização), explícito em explícito

(combinação) e por fim explícito em tácito (internalização).

Por esse modelo de gestão contemplado por organizações que se

preocupam com a memória organizacional e com o aprendizado, o conhecimento

assume papel de extrema relevância. Hoje, o bem mais precioso e, ao mesmo

tempo vulnerável, é intangível: o conhecimento.

Partindo deste pressuposto, a Gestão do Conhecimento tem como

principal objetivo gerenciar o conhecimento das pessoas dentro de uma empresa,

suas experiências, informações relevantes adquiridas com o tempo etc.,

consequentemente, facilitando o acesso e a utilização destas por qualquer pessoa

interessada; bem como os impactos que esta informação pode gerar.

Para Cianconi (2002, p.3)14 a gestão do conhecimento é:

‘‘ações coordenadas baseadas em políticas e metodologias apoiadas (preferencialmente) em tecnologia, que pode variar conforme a cultura da organização, visando facilitar a criação do conhecimento e seu aproveitamento na inteligência organizacional onde isso implica na mobilização de pessoas para que compartilhem conhecimentos e experiências e se disponham ao aprendizado continuado, a socialização e a interatividade.’’

__________________________________ 14

(21)

Gaertner Group (apud SVEIBY, 1998, p.86)15, define que “a administração

do conhecimento colhe e partilha bens intelectuais visando obter resultados ótimos

em termos da produtividade e capacidade de inovação das empresas”.

As principais funções da Gestão do Conhecimento nas organizações

consistem em identificar de forma adequada os conhecimentos relevantes para o

bom funcionamento do negócio e evitar que conhecimentos estranhos, não

desejados, sejam introduzidos no desempenho das funções do negócio.

A Gestão do Conhecimento nas organizações deve atender os seguintes

requisitos, mantendo o foco no conhecimento e não apenas no dado ou na

informação (PEREIRA, 2002)16:

1. criar um repositório de conhecimento constituído de: conhecimento

externo, utilizando, por exemplo, os conceitos e ferramentas de Inteligência

Competitiva, conhecimento interno estruturado, e conhecimento interno informal

(conhecimento tácito);

2. melhorar o acesso ao conhecimento através de: criação de um

mapeamento ou sistema de consulta rápida para localização de técnicos, chaves em

uma organização e estabelecimento de rede de contato com especialistas;

3. desenvolver um ambiente e uma cultura organizacional que estimulem

a criação, a transferência e o uso do conhecimento;

4. gerenciar o conhecimento como um recurso mensurável por meio de

elaboração de métricas e auditorias internas, buscando o conhecimento – capital

intelectual, disperso pela organização.

_________________________________

15

SVEIBY, K. E. A nova riqueza das organizações: gerenciando e avaliando patrimônios do conhecimento. Rio de Janeiro: Campus, 1998.

16

(22)

O compartilhamento de informações é uma das condições capacitadas

para o processo de criação de conhecimento organizacional. Nesse sentido, a

criação do conhecimento implica na adoção de práticas gerenciais compatíveis, sob

o prisma da teoria da criação e gestão de conhecimento.

Cada prática adotada apresenta características diferentes dentro de um

modelo voltado a aperfeiçoar o conhecimento no contexto organizacional. Além

disso, desempenham diferentes funções, entre elas: identificação, captura, seleção e

validação, organização e armazenagem, compartilhamento, aplicação e criação do

conhecimento (PEREIRA, 2002, p.7).

As organizações que investem na gestão do conhecimento estão

profundamente preocupadas com o ativo mais volátil e intangível que possuem: o

conhecimento e qual o papel desse conhecimento em sua existência. A gestão do

conhecimento deixa de ser um diferencial competitivo para se tornar essencial à

sobrevivência das organizações.

Promover o desenvolvimento da memória organizacional a partir dos

conhecimentos criados ao longo de sua existência, agregados a todo talento

humano que compõe seu quadro, é uma tarefa delegada à gestão do conhecimento,

e aos processos que envolvem esse modelo. É preciso reconhecer que uma

organização que aprende, sabe muito mais que outra que não se preocupa com

essa fase do processo de construção do conhecimento.

Segundo DAVENPORT e PRUSAK (1998, p. 6) ‘‘o conhecimento pode ser

comparado a um sistema vivo, que cresce e se modifica á medida que interage com

o meio ambiente’’.

Saber gerir conhecimento significa investir de maneira equilibrada em

processos de criação e armazenamento de conhecimento assim como na sua

partilha e distribuição. Desse modo, outro grande desafio percebido está no

processo de compartilhamento de conhecimento no trabalho.

Podemos afirmar que as organizações brasileiras procuram, nos últimos

anos, recuperar o tempo perdido em relação à postura de gestão e governança das

mais conceituadas empresas do mundo. Com a globalização e a redução do ciclo de

vida dos produtos, bem como o ‘‘desaparecimento’’ de fronteiras, acompanhar a

velocidade das mudanças organizacionais no cenário mundial passa a ser condição

(23)

A preocupação com a informação e com a forma de tratar o conhecimento

se torna cada vez mais vital para as organizações. A exemplo dos modelos de

gestão de qualidade, o conhecimento deixa de ser diferencial para ser condição de

existência das empresas.

Gestão do Conhecimento, Capital Intelectual, Inteligência Competitiva e

vários outros novos tempos tem surgido para tentar caracterizar uma nova área de

interesse na administração das organizações. Esta abordagem, útil para aplicações

ao trabalho e às organizações, identifica o conhecimento como algo inseparável ao

trabalho e às organizações, identifica o conhecimento como algo inseparável das

pessoas. Nas organizações o conhecimento se encontra não apenas nos

documentos, base de dados e sistemas de informação, mas também nos processos

de negocio, nas práticas dos grupos e na experiência acumulada pelas pessoas.

A Gestão do Conhecimento é um conjunto de processos que governam a

criação, uso e disseminação do conhecimento na organização, de forma a atingir

seus objetivos de negócio. É a forma mais nova de olhar a organização, em busca

de pontos dos processos de negócio em que o conhecimento possa ser usado como

vantagem competitiva.

As pessoas derivam conhecimento das informações de diversas formas:

por comparação, pela experimentação, por conexão com outros conhecimentos e

através das outras pessoas, por exemplo. As atividades de criação do conhecimento

têm lugar com e entre os seres humanos. O conhecimento é transmitido por pessoas

e para pessoas, através de meios estruturados como vídeos, livros, documentos,

páginas web, e etc. Além disso, as pessoas obtêm conhecimento daqueles que já o

têm, através de aprendizado interpessoal e compartilhamento de experiências e

ideias.

A gestão do conhecimento lida principalmente com aqueles aspectos

críticos para a adaptação e sobrevivência da empresa, diante de um ambiente de

mudança crescente e descontínua. Para as empresas mais inovadoras, a

performance organizacional baseia-se nas habilidades e experiências individuais em

relação ao trabalho realizado.

Partindo desse pressuposto, é possível desenvolver uma linha de

raciocínio que garanta a disseminação do conhecimento e da informação a partir das

(24)

para se disseminar o conhecimento nas organizações basta contratar pessoas

perspicazes e deixar que elas conversem entre si. Mas alertam para o fato de que

realizar esse último fato é um processo difícil, pois a transferência de conhecimento

só é bem sucedida quando as trocas de conhecimento são espontâneas e,

preferencialmente, não estruturadas.

O sucesso no processo de compartilhamento do conhecimento depende,

entre outros fatores, da forma como é conduzido e das ferramentas utilizadas. Como

na maioria dos processos de gestão o resultado assume característica de quem o

conduz, consequentemente, a gestão do conhecimento precisa ser dinâmica e

articulada para garantir o sucesso do processo.

Não se pode exigir troca de conhecimento utilizando uma metodologia

inadequada à cultura organizacional e de seus colaboradores. Nem mesmo é

razoável que se utilize métodos ultrapassados e ferramentas obsoletas. Dessa forma

nos deparamos com aquilo que vem se tornando habitual no mundo virtual: as redes

(25)

4 METODOLOGIA

4.1 Objeto de estudo

O presente estudo visa analisar um projeto específico de uma das

maiores fabricantes de automóveis espalhados em mais de 60 países pelo mundo, a

Fabbrica Italiana Automobili Torino – FIAT

Fundada por Giovanni Agnelli, em 11 de julho de 1899, era centralizada

na fabricação de automóveis e de veículos industriais e agrícolas. No começo da

década do século XX, já fabricava locomotivas e, com o início da Primeira Guerra

Mundial, passou a fabricar ambulâncias, metralhadoras e até mesmo motores para

submarinos.

Maior mercado para o Grupo Fiat depois da Itália, o Brasil ocupa hoje um

lugar de destaque na estratégia global da empresa e é um dos principais grupos

industriais do país, com atuação diversificada nos segmentos metal- mecânico e de

serviços.

As principais atividades do grupo no Brasil concentram-se na produção e

venda de automóveis e caminhões; desenvolvimento e produção de motores e

transmissões; produção de peças em ferro e alumínio para a indústria

automobilística nacional e internacional; fabricação de máquinas agrícolas e de

construção; produção e comercialização de componentes automotivos; fornecimento

de equipamentos de automação industrial; consultoria e formação pessoal;

consultoria e administração empresarial.

Em 2006, quando a FIAT completou 30 anos no Brasil, em vez de

relembrar a histórias das últimas três décadas, a Fiat optou por comemorar a

presença no país convidando as pessoas a pensarem o futuro com a campanha

‘‘Fiat 30 anos, convidando você a pensar no futuro’’, que motivou crianças e jovens a

(26)

Figura 1 – Hotsite da Fiat 30 anos

Fonte: http://www.fiatmio.cc/pt/sobre-o-projeto/

Depois deste projeto de grande valia, foi lançado o Fiat Concept Car I

(FCC I), um cupê de inspiração Adventure.

A partir daí, os estudos continuaram, porém com outro foco: criar um

veiculo sobre conceito Enviroment & Fun, ou seja, um carro ecologicamente correto,

que proporciona prazer ao dirigir. O resultado deste esforço foi o Fiat Concept Car II

(FCC II), apresentado em 2008.

Após esses projetos vitoriosos, continuando pesquisas e desenvolvendo

novas tecnologias, atenta às tendências e ao comportamento dos consumidores, em

agosto de 2009 a Fiat lançou o Projeto FIATMIO.CC – Um carro para chamar de

seu.

Este projeto utiliza licenças Creative Commons (CC), que são projetos

(27)

reservados”, como acontece em filmes e músicas, por exemplo, o Creative

Commons trabalha com o conceito de “alguns direitos reservados”. O autor não é

mais o único dono da ideia.

O projeto Fiat Mio utilizou essas licenças para agregar e propagar as

ideias enviadas pelos usuários.

O ‘‘Projeto FIATMIO.CC’’ - visando o compromisso do primeiro carro

multidão do mundo; um carro conceito futurista baseado nas ideias de milhares de

pessoas espalhadas ao redor do mundo.

Um projeto participativo, onde ideias dos usuários, lançadas através da

internet, foram reunidas, testadas e viabilizadas juntamente com as propostas de

engenheiros com os quais a Fiat assumiu o compromisso de materializar as ideias

(28)

Figura 2 – Site do Projeto FiatMio.CC

(29)

4.2 Tipo de pesquisa

4.2.1 Quanto aos fins

Uma vez que se busca analisar e relatar como a Fiat, utilizando a gestão

do conhecimento e as redes sociais, construiu uma noção de satisfação junto ao seu

público consumidor, através do Projeto Fiat Mio, esta pesquisa tem caráter de

investigação exploratória.

Segundo Gil (2010, p. 72)17, a pesquisa exploratória permite uma maior

familiaridade entre o pesquisador e o tema pesquisado, visto que este ainda é pouco

conhecido, pouco explorado. Nesse sentido, caso o problema proposto não

apresente aspectos que permitam a visualização dos procedimentos a serem

adotados, será necessário que o pesquisador inicie um processo de sondagem, com

vistas a aprimorar ideias, descobrir intuições e, posteriormente, construir hipóteses.

Por ser uma pesquisa bastante específica, podemos afirmar que ela

assume a forma de um estudo de caso, realizado utilizando-se como técnicas a

pesquisa bibliográfica e documental e entrevistas com pessoas que tiveram

experiências práticas com o problema pesquisado.

4.2.2 Quanto aos meios

4.2.2.1 Método de estudo de caso

O estudo de caso, por ser uma abordagem qualitativa, de certa forma

possibilita uma investigação mais profunda e detalhada de um determinado

problema.

Segundo YIN (2005, p. 26)18, a investigação de estudo de caso, ‘‘ enfrenta

uma situação tecnicamente única em que haverá muito mais variáveis de interesse

do

_________________________________ 17

GIL, Antônio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa São Paulo: Atlas, 2010.

18

(30)

que pontos de dados, e, como resultado, baseia-se em várias fontes de evidências,

[...] beneficia-se do desenvolvimento prévio de proposições teóricas para conduzir a

coleta e a análise de dados’’.

Ainda segundo o autor, o estudo de caso como estratégia de pesquisa

compreende um método que abrange tudo – desde o planejamento e a técnica de

coleta de dados até a análise dos mesmos.

Este trabalho visará o método de estudo de caso único. O caso Fiat Mio

foi escolhido por apresentar, dentre outros casos, o mais expressivo número de

participações de consumidores e grande disponibilidade de informações. Essas

características configuram o fenômeno como peculiar, o que justifica a escolha do

estudo de caso único (YIN, 2005).

4.2.2.2 Pesquisa bibliográfica e documental

Para Manzo (1971, p. 23)19, a bibliografia pertinente ‘‘oferece meios para

definir, resolver, não somente problemas já conhecidos, como também explorar

novas áreas onde os problemas não se cristalizaram suficientemente’’ e tem por

objetivo permitir ao cientista ‘‘o reforço paralelo na análise de suas pesquisas ou

manipulação de suas informações”.

Foram realizadas pesquisas em livros, revistas, diversos sites e artigos

sobre o caso Fiat Mio, em especial o http://www.fiatmio.cc, conhecido também como

plataforma de co-criação.

Segundo MARCONI; LAKATOS (2010, p. 169) 20, a característica da

pesquisa documental é que a fonte de coleta de dados está restrita a documentos,

escritos ou não, constituindo o que se denomina de fontes primárias. Estas podem

ser feitas no momento em que o fato ou fenômeno ocorre, ou depois.

_________________________________ 19

MANZO, Abelardo J. Manual para la preparación de monografias: uma guia para presentar informes y tesis. Buenos Aires: Humanitas, 1971.

20

(31)

5 CASO FIAT MIO

5.1 Relato do caso

Criando em agosto de 2009, o Fiat Mio é uma proposta da montadora

italiana de desenvolver um protótipo de um carro de conceito futurístico por meio da

colaboração dos internautas através de um site, a plataforma fiatmio.cc.

A partir de um primeiro questionamento sobre como seria o carro do

futuro e o que um veículo ideal deveria ter, iniciou-se o processo de colaboração do

público com a empresa, em que os usuários postavam livremente todas as suas

expectativas a respeito do projeto.

Figura 3 – Cronograma do Projeto

Fonte: http://www.implantandomarketing.com/case-fiat-mio/

Mapeamento de cenários – refletiu sobre o futuro: explorando temáticas

contemporâneas que inspiravam a definição de um questionamento fundamental

que orientaram a busca por ideias para o carro do futuro.

Pergunta-chave: “No futuro que queremos ter, o que um carro deve ter

(32)

Aquecimento – exploração de concept ideas: Nesta etapa, a partir da

pergunta-chave, promoveu-se a livre troca de referências abertas entre a equipe Fiat

e o público em geral.

Briefing: As melhores referências auxiliaram na composição do briefing,

um documento multidisciplinar que inspirou o desenvolvimento do carro.

Design coletivo – construindo a especificação do carro do futuro: Nesta

etapa, fomentou-se a participação criativa do público na proposição de soluções

para o concept car de acordo com o briefing divulgado.

Fiat concept design construindo o FCCIII: O novo Fiat Concept Car III

foi desenvolvido pela equipe da Fiat a partir do briefing proposto e com o auxílio das

propostas oferecidas do público.

Especificação Creative Commons: As melhores propostas geraram a

especificação para o carro do futuro em um formato aberto, gratuito, e livre para a

utilização por quaisquer indivíduos ou instituições.

Não somente a empresa, mas todos os participantes se empolgaram com

o projeto e deram ideias muito bem trabalhadas. A grande atração do projeto talvez

seja a liberdade de expressar o que você gostaria em um carro e ser, de fato,

ouvido diretamente por uma das grandes montadoras.

Figura 4 – Site do projeto

(33)

O Fiat Mio foi um projeto divisão da Fiat no Brasil que optou pela

construção de um carro conceito com design futurístico, sem finalidade de

comercialização, a partir da participação dos usuários. Essa participação se deu

através de sugestões sobre o design, acessórios, motorização ou qualquer outro

aspecto sobre o veículo, no site do projeto.

Diferente das estratégias de segredo industrial comuns à produção de

automóveis, a montadora italiana inovou ao deixar transparente o processo de

desenvolvimento de um dos seus carros e sugere uma abertura não apenas de

diálogo com os internautas, mas também inaugurou uma nova maneira de licenciar o

produto, utilizando o Creative Commons(CC).

No site da Fiat não há nenhum “selo” que explique qual a combinação de

licenças foi utilizada para proteger o projeto. O fato de não existir estas informações

claras no site Fiat Mio deixa a dúvida de que tipo de relação as pessoas e os

concorrentes poderão ter com o carro-conceito criados em conjunto, por mais que o

posicionamento inicial do CC seja de abertura no relacionamento entre autor e obra.

Reforçamos ainda que apesar da possibilidade de convivência entre as

licenças CC e o modelo industrial de negócios propiciado pelo capitalismo, não fica

claro como o primeiro pode ser utilizado em produtos que efetivamente sejam

comercializados – o que não é o caso do Fiat Mio.

Ainda no site, foram criadas categorias de conteúdo que permitissem uma

discussão mais aprofundada sobre ergonomia, segurança, materiais, design,

infotainment, propulsão e ideias em geral. Paralelamente, a Fiat estimulava que os

visitantes respondessem aos temas das discussões propostos pela organização e

pelos próprios participantes, a exemplo do questionamento sobre quantos

passageiros deveriam caber no carro-conceito, que tipo de integração deveria haver

com celulares e gadgets, entre outros.

A proposta inicial do Fiat Mio se restringia ao Brasil, mas diante da

repercussão, a montadora resolveu expandir para 120 países e disponibilizou o site

em três idiomas.

O site funciona como uma espécie de integração entre rede social e blog,

além de se fazer presente em outras plataformas como o Twitter, o Facebook e

YouTube. Durante o processo, diversos vídeos foram produzidos e divulgados, além

(34)

projeto permitiu que o público tivesse acesso às decisões tomadas pela equipe da

empresa a partir das suas sugestões.

De forma geral, o Fiat Mio ressalta a colaboração dos consumidores como

o aspecto mais importante do projeto e creditam à empresa o desafio de materializar

o resultado desta participação do público.

Como se tratava de um carro conceito, o Fiat Mio não tinha restrições de

escopo quanto ao custo final do veículo. Não estava sendo produzido um carro que

precisaria competir com outros concorrentes ou atender ao poder aquisitivo de

determinada classe socioeconômica.

Assim, tornou-se mais fácil o estabelecimento de um processo

colaborativo livre, praticamente sem limitações, onde a maiorias das ideias são

potencialmente aceitáveis.

A Fiat criou, então, um cenário de facilidades para a interação

consumidor-empresa, onde usuários puderam livremente expor suas opiniões sobre

atributos ideais de um carro conceito que, apesar de ser produzido para uma

exposição, não seria comercializado. Desta forma, a marca pôde unir a liberdade de

uma criação praticamente irrestrita à noção de realização através da exposição no

evento do Salão do Automóvel em outubro de 2010.

Sendo assim, foi criado o modelo, o Fiat Concept Car III, que possui um

design clean, funcional, quase minimalista, com destaque para uma grande área

envidraçada.

O dinamismo da linha de cintura colabora para alongar seu perfil e o

conjunto acentua a impressão de robustez e força. As rodas são cobertas por

grandes calotas, favorecendo a aerodinâmica. Lanterna e faróis foram posicionados

de maneira a simplificar suas formas sem comprometer a beleza das linhas. Seu

interior, destinado a dois passageiros, é inspirado em um lounge. Interfaces e

gadgets estão ergonomicamente dispostos e acessíveis. O volante ganhou novo

formato e funções, passando a ser uma central de comandos. Dimensões: Altura:

(35)

Figura 5 – Apresentação do Carro Conceito

Fonte: http://www.fiatmio.cc/

5.2 Análise do caso

Vivemos em um mundo globalizado, interconectado e em rápida

transformação, onde os valores das empresas passam a ser intangíveis e o tempo

para a tomada de decisões se torna cada vez menor, o capital intelectual passa a

representar uma moeda valiosa e uma vantagem competitiva para o sucesso. É

nesse contexto que o conhecimento, ou melhor, a Gestão do Conhecimento, se bem

administrada, é um valioso recurso estratégico para o meio empresarial e cotidiano

profissional das pessoas.

(36)

A Gestão do Conhecimento surgiu de iniciativas para armazenar e

transformar em capital as ideias nascidas nas empresas. Assim, práticas como

reuniões estruturadas de trabalho, cursos e palestras, programas de coaching e

gestão eletrônica de documentos surgiram baseados nesses ideais.

Hoje os tempos são outros e ferramentas colaborativas bastante

avançadas combinadas com uma mudança de cultura e uma motivação maior em

partilhar não só dados pessoais, mas também conhecimento, oriunda pela

banalização do uso das redes sociais, acabaram por convergir nova vida à Gestão

de Conhecimento e o termo retornou com força total à rotina empresarial.

Um ponto de confluência entre o processo dinâmico das redes sociais e

da gestão do conhecimento é a necessidade de agentes estratégicos que funcionam

como dinamizadores do fluxo de informações e interconexões que estimulam o

debate, propõem, desafiam os demais membros do grupo chamando-os a

participação e geram ou aliviam tensões na articulação da diferença.

As empresas consideram a discussão sobre aderir ou não às redes e

mídias sociais como algo superado. Atualmente o debate dá-se em torno de como

tirar mais vantagem competitiva delas, pois elas podem auxiliar as instituições por

meio da Gestão do Conhecimento, a trazer ideias inovadoras à tona e efetivá-las

com muito mais rapidez.

Cada vez mais as empresas tendem a inovar e, consequentemente,

querem que seus consumidores façam parte do seu processo criativo, como forma

de deixar o produto ou serviço com a ‘‘cara’’ do consumidor e também tornar

colaborativo o processo de produção, diminuindo esforços e gastos por meio de

outras empresas.

Muitas empresas estão passando a entender que as interações

verificadas nas redes sociais devem ser inseridas na agenda das atividades de

Gestão do Conhecimento. A gestão do conhecimento tem por objetivo apoiar o

processo decisório em todos os níveis da organização, identificando os fluxos

informais de comunicação, mapeando as formas pelas quais o conhecimento é

compartilhado (socializado) e verificando se houve criação de novo conhecimento.

A partir disso é possível realizar um diagnóstico da atual situação,

estabelecer políticas, procedimentos e tecnologias. Podendo também coletar,

(37)

Neste sentindo, foi analisado o Projeto Fiat Mio, que teve como principal

característica, a participação dos usuários a criarem o carro do futuro.

Este projeto é bem diferente dos outros já apresentados, especialmente

por duas razões: a cocriação com os clientes e a utilização de uma plataforma

aberta de inovação, construída através de estratégias de relações publicas, sendo

um diferencial no mercado e no relacionamento com seu público.

No caso da plataforma Fiat Mio, constituiu-se de fatores de extrema

relevância, visto que rompia com as práticas de todo o segmento de atuação. Além

do site do próprio projeto, havia divulgações em toda a rede.

O conteúdo gerado a partir das impressões dos integrantes e das

pessoas que estavam de algum modo envolvidas com o caso, permitia inferir que o

reconhecimento social em diversos sites de redes sociais (Facebook, Twitter, Blogs),

ocorresse de forma muito positiva.

Os usuários interconectados na rede podiam, sobretudo através de

comentários, ressaltarem seu ponto de vista, opiniões e até mesmo elogios ao

projeto.

Nesse ponto, é relevante buscar o apoio conceitual de Matos (2009)21,

pois seu viés teórico do capital social auxilia na compreensão das interações

estabelecidas a partir de um post ou comentários.

Além da participação e engajamento dos integrantes, assim como

ocorrem em canais institucionais, os espaços analisados na rede permitiram o foco

na interação espontânea, sem a tutela e pouca moderação da Fiat.

A empresa, diante de todo o desenvolvimento, se mostrou em pleno

comprometimento com a geração de conhecimentos. A postagem de ideias e

comentários, teve pouca moderação da Fiat, sendo possível observar, inclusive,

alguns comentários não condizentes com o projeto. No entanto, a empresa

compreendeu a necessidade de fazer surgir o conhecimento a partir do atrito e no

embate entre ideias.

_____________________________________ 21

(38)

Além das condições capacitadoras, são possíveis outras interferências

acerca da criação do conhecimento, como apresentadas por (PEREIRA, 2002): criar

um repositório de conhecimento, que no caso, foi a criação da plataforma fiatmio.cc;

melhorar o acesso ao conhecimento, divulgando todo o projeto nas principais redes

sociais; desenvolver um ambiente e uma cultura organizacional que estimulem a

criação, a transferência e o uso do conhecimento e por ultimo, gerenciar o

conhecimento.

Com enfoque, a marca gestora deste projeto conseguiu formar uma

identidade colaborativa, fomentando e moderando os novos conhecimentos, que se

deu em grande parte pelo relacionamento com os públicos envolvidos.

A ruptura da Fiat, ao abrir seu processo de gestão do conhecimento aos

consumidores, representou uma reposta aos anseios de participação desde público.

Mais do que isto, colocou a empresa à frente das concorrentes, valorizando e se

destacando quanto à inovação.

Pode-se dizer que foi realizada uma leitura coerente de todo o conteúdo

publicado na rede, trazendo um processo produtivo até então desconsiderado.

A dimensão comunicacional focada nos relacionamentos mostrou-se útil e

determinante ao atendimento das condições capacitadoras na gestão do

conhecimento. Mais que isso, distinguiu a marca em seu ramo de atuação,

posicionando-a frente à concorrência pela vincularidade e pelo engajamento dos

consumidores em prol da marca.

A Fiat buscou responder a uma oportunidade que identificou no ambiente,

formando uma comunidade para o compartilhamento de um sentido: criar um

carro-conceito para o futuro através da colaboração online. Obteve novos saberes a partir

desse ambiente. As novas modulações ao conhecimento foram possíveis na Fiat e a

experiência pode, perfeitamente, ser reaplicada uma vez que se mostrou o

entendimento de como se dão as relações sociais entre públicos e marca no

ambiente virtual.

Os consumidores que fazem parte do processo proposto pela montadora

Fiat podem ser vistos também como objetos de consumo ou mercadorias. Ao

participar, colaborar e se envolver, o consumidor estava gerando informações sobre

seus anseios, necessidades e hábitos de consumo. A empresa, por sua vez,

(39)

sugestões dos internautas, quando na verdade estava captando dados valiosos

sobre os clientes de forma gratuita.

Portanto, ao colaborar, o cliente está se oferecendo enquanto mercadoria

(40)

6 CONCLUSÃO  

As redes sociais apresentam-se como o mais comum e importante

ambiente de aquisição de conhecimento no meio empresarial; elas fortalecem o

relacionamento organizacional e abrem espaço para cooperação entre empresas e

com seus clientes. Elas se mostram fortes aliadas na busca por vencer desafios,

romper barreiras geográficas e encurtar distâncias quando utilizadas para acelerar o

processo de gestão do conhecimento. Elas conseguem, com evidência, interligar a

velocidade dos instrumentos disponibilizados pela tecnologia, com a riqueza dos

relacionamentos humanos que são capazes de amenizar problemas quaisquer que

sejam.

Esta monografia, apesar de suas limitações, possibilitou algumas

reflexões com vistas à teoria estudada a completar todo o (meu) conhecimento já

adquirido, visando novos caminhos a serem explorados.

Trouxe a constatação que a tecnologia vem alterando radicalmente a

(41)

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Imagem

Figura 1 – Hotsite da Fiat 30 anos
Figura 2 – Site do Projeto FiatMio.CC
Figura 3 – Cronograma do Projeto
Figura 4 – Site do projeto
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