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Valor nutritivo de fenos de moringa (moringa oleifera lam) com diferentes idades de corte

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Academic year: 2017

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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM PRODUÇÃO ANIMAL

Samara Suenya Nogueira Serafim de Melo

VALOR NUTRITIVO DE FENOS DE MORINGA (Moringa oleifera Lam) COM DIFERENTES IDADES DE CORTE

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Samara Suenya Nogueira Serafim de Melo

VALOR NUTRITIVO DE FENOS DE MORINGA (Moringa oleifera Lam) COM

DIFERENTES IDADES DE CORTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Produção Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

Orientador: Prof. Dr. Emerson Moreira de Aguiar Co-orientador: Prof. Dr. Marcone Geraldo Costa

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Samara Suenya Nogueira Serafim de Melo

VALOR NUTRITIVO DE FENOS DE MORINGA (Moringa oleifera Lam) COM

DIFERENTES IDADES DE CORTE

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-graduação em Produção Animal da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Produção Animal.

Dissertação defendida em 29 de Março de 2012.

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Emerson Moreira de Aguiar

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN (Orientador)

Dr. José Geraldo Medeiros da Silva

Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte – EMPARN (membro externo)

Prof. Dr. Adriano Henrique do Nascimento Rangel Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

(1º membro interno)

Prof. Dr. Alexandre Paula Braga

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BIOGRAFIA

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DEDICATÓRIA

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AGRADECIMENTOS

A Deus, força que ilumina a minha vida.

A minha família, pelo apoio e compreensão durante toda a execução do trabalho. Ao meu esposo e filhos, razões da minha vida.

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte que cedeu os animais e as instalações necessárias para a execução da confecção do feno e ensaio de digestibilidade. Ao meu orientador, Dr. Emerson Moreira de Aguiar, pela orientação e incentivo nos momentos difíceis.

A Drª Margareth Maria Teles Rego por toda dedicação na elaboração do feno e correções que foram de grande ajuda.

Ao técnico de campo “Seu Dedé” pela dedicação e presteza com as quais realizou as etapas de elaboração do feno.

A todos os funcionários da Unidade Experimental de Terras Secas que ajudaram no corte da moringa para elaboração do feno.

A “Seu Assis” pela ajuda dada no ensaio de digestibilidade.

A Mário Sérgio, gerente da Unidade Experimental Felipe Camarão, por ter cedido um funcionário para ajudar no ensaio de digestibilidade.

A Karen e Luís, bolsista do CNPq e técnico de laboratório, pela realização das análises bromatológicas.

Ao Professor Dr. Marcone César, pelas considerações na área de nutrição animal e ajuda nas análises estatísticas.

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O agente literário John Brockman(*) propôs um livro, sobre a genialidade inesgotável da criatividade humana, com a participação de um seletíssimo grupo de pensadores do planeta. As questões eram instigantes: “Qual é a mais importante invenção dos últimos dois mil anos? Por quê?” Eis o que um dos cientistas respondeu:

“A mais importante invenção dos últimos dois mil anos foi o feno. No mundo clássico de Grécia e Roma, e em todas as épocas anteriores, não havia feno. A civilização só podia existir em climas quentes, onde os cavalos podiam continuar a pastar durante todo o inverno. Sem capim no inverno, não se podia ter cavalos, e sem cavalos não se podia ter civilização urbana. Em algum ponto da chamada “Era das Trevas” algum gênio desconhecido inventou o feno, florestas foram transformadas em prados, o feno foi ceifado e armazenado, e a civilização passou para o norte além dos Alpes. Assim, o feno deu origem a Viena, Paris, Londres, Berlim, e depois Moscou e Nova York”.

Freeman Dayson Professor e Cientista de Física

Instituto de Estudo Avançado, em Princeton – EUA

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

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LISTA DE TABELAS

Página Tabela 1 Teores médios de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), matéria

mineral (MM) proteína bruta (PB), carboidratos totais (CT), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), extrato etéreo (EE), nutrientes digestíveis totais (NDT) lignina e energia digestível (ED) dos fenos de moringa com diferentes idades de corte...

... 44

Tabela 2 Médias, equações de regressão, coeficientes de variação (CV) e coeficientes de determinação (r2), para os consumos de matéria natural (CMN), matéria seca (CMS), matéria orgânica (CMO), matéria mineral (CMM), proteína bruta (CPB), extrato etéreo (CEE), fibra em detergente neutro (CFDN), fibra em detergente ácido (CFDA), carboidratos totais (CCHOT), carboidratos não fibrosos (CCNF) e nutrientes digestíveis totais (CNDT) dos fenos de moringa com diferentes idades de corte...

... 49

Tabela 3 Médias, equações de regressão, coeficientes de determinação (r2) e de variação (CV) para os coeficientes de digestibilidade aparente da matéria seca (CDMS), matéria orgânica (CDMO), proteína bruta (CDPB), extrato etéreo (CDEE), fibra em detergente neutro (CDFDN), carboidratos não fibrosos (CDCNF) e carboidratos totais (CDCHOT), em função dos fenos

de moringa com diferentes idades de

corte...

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SUMÁRIO

Página

LISTA DE ILUSTRAÇÕES... VIII

LISTA DE TABELAS... IX

INTRODUÇÃO... 11

CAPÍTULO I – REVISÃO DE LITERATURA... 12

1. Produção de pequenos ruminantes no Nordeste... 12

1.1 Importância... 12

1.2 Principais dificuldades e limitações... 13

1.3 Alternativa alimentar... 17

2. Moringa... 20

2.1 Introdução... 20

2.2 Características botânicas... 21

2.3 Difusão e principais características... 22

2.4 Utilização... 23

2.5 Moringa como forragem... 25

Referências Bibliográficas... 29

CAPÍTULO II – VALOR NUTRITIVO DE FENOS DE MORINGA (Moringa oleifera Lam) COM DIFERENTES IDADES DE CORTE Resumo... 38

Abstract... 38

Introdução... 39

Revisão Bibliográfica... 40

Metodologia... 43

Resultados e Discussão... 47

Conclusão... 54

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INTRODUÇÃO

O Nordeste brasileiro é caracterizado por longos períodos de estiagem, devido à má distribuição de seu regime pluviométrico, com episódios de secas, desequilibrando seu ecossistema vegetal. Esses fatores, aliados a uma elevada evapotranspiração, resultam numa baixa produção de biomassa e, consequentemente, na escassez de forragem em quantidade e qualidade, o que compromete a produtividade dos rebanhos locais. Assim torna-se necessário o estudo de forrageiras ainda pouco conhecidas e que apresente potencial forrageiro, como a moringa.

A moringa (Moringa oleifera Lam.) é uma planta muito versátil. Apresenta vários usos como: alimentação humana (folhas, flores, frutos verdes e sementes torradas); forrageiro (folhas, frutos e sementes); medicinal (todas as partes da planta); condimento (principalmente raízes); culinário e na indústria de cosmético (óleo extraído das sementes); melífero (flores); combustível (madeira e óleo); produção de papel (celulose) e no tratamento de água para o consumo humano (cotilédones e tegumento das sementes).

De acordo com Farias et al. (2008) a moringa foi introduzida no Nordeste do Brasil, objetivando melhorar a qualidade da alimentação para os animais. Ainda segundo os autores o elevado teor de proteína bruta (PB) nas folhas aliado a níveis adequados de aminoácidos essenciais e o baixo nível de fatores antinutricionais, além de boa capacidade de rebrota e adaptabilidade a várias condições climáticas fazem dessa planta uma promissora opção a ser avaliada na região Nordeste para alimentação animal.

Técnicas de conservação de forragens, como a fenação, vêm sendo utilizadas com a finalidade de minimizar os efeitos da estacionalidade da produção de volumoso no período seco do ano, sendo um meio de explorar adequadamente a disponibilidade de diversas espécies da comunidade vegetal, como a moringa, utilizando o excedente de produção do período chuvoso.

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CAPÍTULO I – REVISÃO DE LITERATURA

1. Produção de Pequenos Ruminantes no Nordeste

1.1Importância

Segundo Araújo (2003) a exploração ovina e caprina representa a maior fonte produtora de proteína para os agricultores e os habitantes das pequenas cidades do Nordeste, em função da adaptação dessas espécies às condições ambientais das caatingas e habilidade de transformar material fibroso e de baixo valor nutritivo, em alimentos nobres de alto valor protéico para o homem, como são a carne e o leite. Segundo os dados da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, o Brasil tinha, em 2010, um rebanho de 9.312.784 e 17.380.581 de cabeças caprinas e ovinas, respectivamente, das quais, 90,82 e 56,71% encontrados no Nordeste (IBGE/SIDRA, 2011).

Os rebanhos caprinos e ovinos na região desempenham papel de suma importância econômica, sendo estas atividades exploradas por todas as camadas sociais. Em função do estreito relacionamento entre o homem e estas duas espécies, historicamente com intuito produtivo, grande parte do rebanho pertence às populações de baixa e média renda, exercendo, dessa forma, papel sócio-cultural, tendo em vista a manutenção do homem no campo (BEZERRA, 2008).

Guanziroli et al. (2001) ressaltaram que os produtores de caprinos e ovinos de base familiar estão localizados principalmente no Nordeste, onde 88% dos estabelecimentos agropecuários são de agricultores familiares, cujos rebanhos representam a principal forma de poupança disponível aos produtores e constituem fator de segurança indispensável à sobrevivência da população local.

Pereira et al., (2008) enfatizam a importância dos ovinos para a agricultura familiar, destacando a produção de adubo orgânico e seu uso no cultivo de hortaliças e culturas perenes. Outro fator é o aumento da disponibilidade de proteína de origem animal, incrementando a renda do produtor, diminuindo os custos com limpeza nas áreas de culturas, reduzindo a necessidade de abertura de novas áreas de florestas.

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2007). Simplício et al. (2003) acrescenta que, particularmente para essas zonas climáticas do Nordeste, a exploração doscaprinos e ovinos de corte apresenta uma série de vantagens comparativas em relação à exploração dos bovinos, como: em função do peso metabólico seis cabras ou seis ovelhas, com 45 kg de peso vivo cada uma, consomem aproximadamente, a mesma quantidade de matéria seca que uma vaca de 450 kg, isto é, uma unidade animal; caprinos e ovinos apresentam grande importância social para as populações rurais de menor poder aquisitivo, onde a exploração pode, mais facilmente ter caráter familiar; é possível fazer-se o consórcio, particularmente de ovinos com a produção agrícola nos perímetros irrigados, dentre outras vantagens.

A pecuária contribui para a estabilidade econômica dos agricultores familiares do semiárido pelo fato de apresentar em anos de seca, em relação aos anos normais, perdas bem inferiores (20%) que a agricultura (84%) (ARAÚJO FILHO e CARVALHO, 2001), logo se credenciando como principal fator de fixação do homem no semiárido.

Os aspectos sociais e mercadológicos para ovinocaprinocultura nordestina são inegavelmente favoráveis. Entretanto, o desempenho zootécnico desta atividade ainda é muito baixo, principalmente, pela forte dependência que os sistemas de produção têm da vegetação nativa da Caatinga, fonte alimentar básica, quando não única, dos rebanhos. A acentuada redução anual na oferta de forragem, durante as estações secas, é o principal fator determinante do nível de produtividade (ARAÚJO, 2003). Na realidade, na maioria das unidades, a caprinovinocultura se caracteriza muito mais numa economia de subsistência e/ou mercantil simples, voltada para o autoconsumo familiar e venda de eventuais excedentes em circuitos de comercialização em que o caprino-ovinocultor não possui o mínimo poder de barganha (GUIMARÃES FILHO et al., 2000).

1.2 Principais Dificuldades e Limitações

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O semiárido brasileiro caracteriza-se por apresentar clima quente e seco, com duas estações, a seca e a úmida, com pluviosidade situada nas isoetas de, aproximadamente, 300 a 800 mm. A maior parte das chuvas se concentra em três a quatro meses dentro da estação úmida (Janeiro a Abril), acarretando um balanço hídrico negativo na maioria dos meses do ano e elevado índice de aridez (ARAÚJO FILHO, 2002). A precipitação anual varia de 150 a 1300 mm, com média de 700 mm, temperatura média em torno de 28ºC, com mínima de 8ºC e máxima ao redor de 40ºC, e umidade relativa do ar em torno de 60%. Em regra, no semi-árido do Nordeste brasileiro, as precipitações anuais estão entre 400-800 mm, variando, também, as épocas de início e de fim da estação chuvosa. Prevalecem, entretanto, as chuvas de verão/outono. Outra característica marcante do regime de chuvas na área é a grande variação que se manifesta tanto na distribuição das precipitações ao longo da estação chuvosa, como nos totais anuais de precipitação entre diferentes anos em uma mesma localidade ao longo da história (BEZERRA, 2008).

A região semiárida, apesar de possuir solos com média a alta fertilidade natural, tem como principal fator limitante do crescimento das forrageiras, o déficit hídrico acentuado. Sob tais condições ocorre estacionalidade na produção de forragem (OLIVEIRA et al., 2007). Geralmente, o que fica disponível para alimentação de caprinos e ovinos é a pastagem nativa (caatinga), a cultivada, os volumosos suplementares (palma, feno e silagem), além de alimentos concentrados, geralmente comprados de outras regiões produtoras. Desta forma, para os sistemas se tornarem viáveis, torna-se necessário o estabelecimento de estratégias de alimentação dos rebanhos, nas quais deve ser considerada a necessidade de produção de volumoso suplementar, visando a preservação de parte do excedente de forragem produzida no período favorável, além da utilização racional de concentrados protéicos e energéticos (PEREIRA et al., 2007).

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Segundo Souto (2006) a Caatinga se constitui na expressão sintética dos elementos físicos e climáticos, numa vegetação singular cujos elementos florísticos expressam uma morfologia, anatomia e mecanismos fisiológicos para resistir ao ambiente xérico, ou seja, o xerofilismo expressa uma condição de sobrevivência ligada a um ambiente seco, cuja água disponível às plantas resulta da estação chuvosa, uma vez que os solos são incapazes de armazená-la.

De acordo com Leal et al. (2005), a Caatinga apresenta a mais alta radiação solar em comparação com outras formações brasileiras. Os índices pluviométricos são baixos e mal distribuídos, chovendo em média de 350 a 700 mm / ano.

O termo Caatinga é uma denominação típica do Nordeste semiárido brasileiro e tem origem indígena (caa-tinga: mata branca ou ainda caa-inig: mata seca). Único bioma genuinamente brasileiro (SILVA et al., 2007). É chamado por esse nome porque a estação de chuva é bem distinta e a ocorrência de secas sazonais e periódicas estabelece regimes intermitentes e deixa a vegetação sem folhas aparecendo somente às cascas brancas das árvores. As folhagens das plantas voltam a brotar e ficar verdes nos curtos períodos de chuvas (KISHIMOTO, 2006). As espécies apresentam adaptações morfológicas e/ou fisiológicas que possibilitam a sobrevivência em condições de seca. Entre as mais importantes estão: redução da área foliar, senescência, caducifólia, mecanismos de fechamento dos estômatos e controle osmótico (SILVA et al, 2004).

A abrangência do bioma Caatinga é de centenas de milhares de quilômetros quadrados. Apresentando grande heterogeneidade espacial e temporal. A sua vegetação caracteriza-se, em sua maior parte, pela predominância de um estrato arbustivo-arbóreo composto por plantas de baixo potencial forrageiro, com baixa capacidade de suporte, resultando em baixa produtividade animal (PEREIRA et al, 2007). Apesar disso, constitui-se no suporte forrageiro básico da maioria das propriedades que constitui-se dedicam à pecuária nessa região (MOREIRA et al, 2007).

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dos maiores problemas enfrentados pelos criadores, tanto pelas constantes estiagens quanto pelo desconhecimento de tecnologias que explorem adequadamente as diversas espécies da comunidade vegetal.

A Caatinga possui uma diversidade de espécies nativas com potencial forrageiro, sendo boa parte caducifólias e anuais, podendo ser consumidas pelos animais, porém, vem sendo utilizadas de forma empírica pelos criadores, sem o devido conhecimento do seu potencial produtivo, uso irracional do solo e com pouca ou nenhuma preocupação ambiental (SILVA et al., 2004).

Em período de estiagem ocorre um decréscimo da produção e qualidade da massa verde. De modo que nesta fase, os criadores buscam alternativas para suprir a carência alimentar dos seus rebanhos (SILVA et al., 2004). Em contrapartida, durante o período chuvoso, grande quantidade de forragem nativa é desperdiçada, por consumo insuficiente por parte dos animais bem como pelo pouco conhecimento quanto aos métodos de conservação de forragem pelos produtores (ANDRADE et al., 2010).

As variações na disponibilidade de forragem ao longo do ano têm efeitos marcantes no desempenho de rebanhos criados na Caatinga. Além da diminuição da quantidade de matéria seca das pastagens ocorre também uma forte diminuição na qualidade dos alimentos disponíveis (PEREIRA et al., 2007). Essa escassez de forragem é um dos fatores limitantes da produtividade dos rebanhos, aliada a exploração indiscriminada dos recursos forrageiros nativos e/ou introduzidos. Contudo o potencial para elevar a produção é amplo, principalmente através da caracterização, seleção e uso racional de forrageiras nativas e/ou exóticas que possam ser recomendadas para o enriquecimento das pastagens nativas e para a formação de pastagens cultivadas com propósitos específicos, permitindo aumentar a eficiência, a sustentabilidade e ainda fortalecer o processo produtivo dentro do agronegócio (SOUSA e ARAÚJO FILHO, 2001).

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sendo necessário lançar mão de recursos que promovam a sua conservação, a exemplo da fenação, técnica mais comumente utilizada no Nordeste.

Segundo França (2006) o atendimento das exigências nutricionais de pequenos ruminantes continua sendo um dos grandes desafios para exploração racional destas espécies na região semi-árida do Nordeste do Brasil.

A busca de recursos forrageiros cultivados, que incrementem a capacidade de suporte dos sistemas pecuários do semiárido, capazes de suportar as longas estiagens com alta produtividade, é um desafio. Pesquisas têm sido realizadas no sentido de aumentar essa capacidade (PEREIRA et al., 2007). Além das técnicas de manipulação da Caatinga (raleamento, enriquecimento e rebaixamento), a utilização das espécies nativas, cultivadas ou não, na forma in natura, de feno ou silagem, para a alimentação dos caprinos e ovinos é uma alternativa (GUIM e SANTOS, 2008). A produção e armazenamento desses recursos no período chuvoso aumentam a capacidade de suporte dos sistemas.

O cultivo e o uso planejado e diversificado de opções forrageiras, nativas e/ou introduzidas, anuais e/ou perenes para produção de feno e ou silagem, somadas a outras opções como resíduos agroindustriais e outros ingredientes de potencial regional, podem aumentar a chance de sucesso dos sistemas de produção pecuária e em particular da caprinovinocultura do semi-árido nordestino (ARAÚJO et al., 2003). Neste sentido, o uso de técnicas de produção e conservação de forragens, associadas ao manejo sustentável da Caatinga é imprescindível para a melhoria do potencial produtivo do rebanho caprino e ovino, agregando valor comercial ao produto final (carne, leite e pele), e minimizando os danos causados pela seca que acometem tanto os homens quanto aos animais, e causam queda de produção e produtividade, além de grandes prejuízos sociais e econômicos (SILVA et al., 2004).

1.3Alternativa Alimentar

A estacionalidade na produção de forragens determina a alternância de períodos de abundância e escassez de forragem, e gera a necessidade de se conservar parte da produção, de forma a atender às necessidades de alimento volumoso do rebanho na época seca (ANDERSON e DINIZ, 2006).

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importância para suprir as deficiências quantitativas e qualitativas de alimentos, observada nos períodos de seca.

Segundo Silva e Medeiros (2003), a adoção de cultivos de espécies forrageiras, o uso eficaz de conservação de forragem, silagem ou feno, e a manipulação da Caatinga, são práticas que deverão ser aplicadas nos sistemas de produção dos produtores na região semiárida do Nordeste, para se ter eficiência. Entretanto, pelas facilidades nos processos de produção e armazenamento, bem como pela sua qualidade nutricional, a administração de feno é uma das alternativas mais viáveis para os sistemas de produção nordestinos (EMBRAPA, 2005). De acordo com Pereira et al. (2006) a conservação de forragens é uma componente chave em muitos sistemas de produção animal nas regiões onde em alguma época do ano o crescimento do pasto é muito lento ou quase nulo. Nestas condições, o seu valor como prática de manejo é incontestável.

A fenação é um processo de conservação de plantas forrageiras que consiste na redução de umidade, para que o produto possa ser armazenado por longo período, sem risco de fermentação ou mesmo de combustão espontânea (RIBEIRO et al, 2006). O feno é obtido mediante a exposição ao sol e ao ar da planta cortada, que sofre dessecação lenta e parcial, de modo que a sua taxa de umidade, originalmente de 60 a 85%, seja reduzida para teores entre 10 e 20%, com perda mínima de nutrientes, maciez, cor e sabor (EMBRAPA, 2005).

A prática da fenação é uma das alternativas para assegurar alimento volumoso na estação seca, sendo esta a forma mais antiga e de grande importância na conservação de forragem. O feno pode ser produzido com equipamentos simples, manualmente ou com mecanização, e, em pequena ou grande escala (SUTTIE, 2000). Assim, a execução da fenação não apresenta dificuldades que impeçam o pequeno criador de realizá-la com o emprego de recursos manuais, ao passo que o grande criador pode fazer em larga escala com o auxílio da mecanização (Embrapa, 2005). Dessa forma, a fenação ocupa importante papel no manejo das pastagens, permitindo o aproveitamento dos excedentes de forragem ocorridos em períodos de crescimento acelerado de forrageiras (CÂNDIDO et al, 2008).

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forma de feno têm sido muito utilizadas e são de grande importância, particularmente em regiões onde a disponibilidade de água é reduzida ou a distribuição irregular das chuvas constitui fator limitante. Por isso, os problemas decorrentes da estacionalidade da produção no Brasil poderiam ser minimizados pelo armazenamento do alimento na forma de feno.

De acordo com Lima e Maciel (2006), existe grande número de espécies forrageiras nativas no Nordeste, aptas à fenação, mas que, ainda, requerem estudos de avaliação de seus potenciais produtivos de fitomassa e da mão-de-obra requerida para preparação desses fenos.

Segundo Araújo Filho e Carvalho (1998), a deficiência no conhecimento da riqueza florística forrageira da Caatinga dificulta a seleção de espécies com potencial para melhoramento de pastagens nativas e contribui para prevalência de um manejo da vegetação puramente extrativista, carecendo de práticas e tecnologias, como a conservação de forragens, adequadas ao aporte de uma base de sustentabilidade nos ecossistemas da Caatinga.

Algumas espécies da vegetação da Caatinga como as plantas nativas e/ou introduzidas possuem características que as tornam particularmente úteis à produção de ruminantes, tanto pelo valor nutritivo como pela capacidade de adaptação, produção e regeneração que apresentam (FILHO, 2008). Apesar da elevada participação dessas plantas na alimentação dos animais criados no semiárido, pouco se sabe acerca do valor e manejo dessas forrageiras arbóreas e arbustivas (GONZAGA NETO et al., 2001). Isso tem levado a não utilização racional de muitas espécies de valor forrageiro (VIEIRA et al., 2005).

Na região semiárida nordestina, existe a necessidade de ser mostrado cientificamente o potencial de muitas espécies para que sejam exploradas de forma racional, proporcionando sua fixação de maneira ordenada, bem como, a fixação do homem no sertão nordestino (SILVA et al., 2000). Vale salientar que a consolidação da avaliação de forrageiras nativas ou introduzidas deve ser feita através do uso combinado dessas em dietas para os animais para que possam verdadeiramente ser usadas pelos criadores do semiárido (ARAÚJO et al., 2003).

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valor nutritivo, além de avaliações dos impactos econômico, ecológico entre outros. Andrade et al. (2006) diz que explorar as potencialidades do semiárido de forma sustentável e economicamente viável exige a compreensão de que a natureza tem que ser respeitada e ela é quem deve determinar a forma e a época em que as atividades agrícolas podem ser executadas.

Segundo Damasceno (2007) além de sua importância biológica, a Caatinga apresenta um potencial econômico pouco valorizado, quanto a sua utilização como forrageira. Kill (2011) afirma que existem espécies nativas que se apresentam como boa opção alimentar para os animais, a exemplo da catingueira, do mororó, da jurema preta, da faveleira, do juazeiro, do marmeleiro, do umbuzeiro, dentre outras. Lima e Maciel (2006) ainda citam leguminosas arbustivo-arbóreas, como a sabiá (Mimosa caesalpinifolia Benth.), jucá (Caesalpinia ferrea), rapadura de cavalo (Desmodium sp.), mororó (Bauhinia cheilantha (Bong) Steud.), e tantas outras, que possibilitam a produção de fenos de boa qualidade. Ainda afirmam ser necessário difundir a utilização da fenação de espécies forrageiras adaptadas à região, com alto potencial de produção de matéria seca, mesmo que estas não apresentem as características tradicionalmente mencionadas das espécies recomendadas para a fenação (muitas folhas, talos finos) ou requeiram processos alternativos de dessecação.

2. Moringa

2.1 Introdução

Dentro das opções de espécies adaptadas à Caatinga, aptas à fenação, podemos citar uma importante forrageira que carece de trabalhos com relação ao seu valor nutritivo e correta utilização na alimentação animal, a moringa (Moringa oleifera Lam).

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Bezerra et al. (2004), no decorrer de um ano ela produz flores, frutos e atinge quatro metros de altura.

A pequena família Moringaceae, da ordem papaverales, conta com apenas um gênero (Moringa) com espécies arbóreas e arbustivas (OKUDA et al., 2001). Das 14 espécies conhecidas, 9 são originárias da África, 2 de Madagascar, 1 da Arábia e 2 da Índia. São plantas arbóreas de crescimento rápido, caducifólias, com casca de cor clara, atingindo até dez metros de altura (NETO, 2005).

2.2 Características Botânicas

Dentro das suas principais características botânicas a moringa se caracteriza por ser uma árvore de grande porte, com folhas bipinadas, com sete folíolos pequenos em cada pina (SILVA e KERR 1999). Apresenta um tronco único, de pequeno porte, sendo bem menor no Brasil do que na Índia. Possui caule delgado (até 10 cm), muitas vezes único, e copa aberta, em forma de sombrinha (LORENZI e MATOS, 2002). O seu crescimento é bastante rápido (1,5 cm por dia), podendo a planta atingir cerca de doze metros de altura. Apresenta em sua casca látex. Em sua medula central, há uma grande quantidade de mucilagem, rica em arabinose, galactose e ácido glucurônico. Suas folhas são verdes pálidas, decíduas alternadas, pecioladas e compostas, podendo, ou não apresentar estipula, mucilagem epidérmica, estômatos ou pelos. Os folíolos laterais possuem formas elípticas enquanto que os terminais são ligeiramente maiores que os laterais. Possuem em seus mesófilos, cristais de cálcio (CYSNE, 2006).

As flores são diclamídeas, ou seja, o perianto dividiu-se em cálice e corola. São ainda monoclinas, perfumadas, de cores creme ou branca, estando agrupadas em inflorescências terminais do tipo cimosa, as chamadas panículas. O androceu apresenta estaminóides e estames. O gineceu é sincárpico, tricarpelar, gamocarpelar, uniloculado, pluriovulado, com ovário súpero, e apresenta placentação parietal. O fruto possui uma cor verde a marrom esverdeado, formato triangular e se quebra longitudinalmente em três partes quando seco, sendo deiscente. É uma cápsula, têm aproximadamente trinta a cento e vinte centímetros de comprimento e 1,8 centímetros de espessura. Os frutos contêm de 10 a 20 sementes armazenadas em uma polpa branca (CYSNE, 2006).

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assemelha-se na aparência e no sabor ao rabanete. A casca da raiz é espessa, mole e reticulada, de cor pardo-clara, externamente, e branca, internamente, lenho mole, poroso e amarelo. Tem odor pungente e sabor semelhante ao do rabanete (CÁCERES et al., 1992).

2.3 Difusão e Principais Características

A difusão da moringa oleifera está ligada aos impérios colonialistas do século XIX. Os funcionários ingleses levaram a semente da Índia para a África do leste, principalmente no Sudão. Inicialmente, o uso desta árvore era principalmente ornamental. A descoberta das propriedades do óleo contido nas sementes deu um valor comercial a esta planta e, consequentemente uma difusão mais ativa por parte dos ingleses, mas também dos franceses e holandeses. No final do século XIX, foi introduzida na América Central (Guatemala) a partir do Haiti (CÁRCERES et al., 1992). No Brasil, a introdução da árvore foi tímida e limitou-se a objetivos de ornamentação nos parques públicos (NETO, 2005).

Hoje o cultivo da Moringa oleifera se estende pela Ásia, África e Américas Central e do Sul. Embora exótica, pode ser encontrada em diversas regiões do semi-árido brasileiro, devido tolerar o estresse hídrico e ser halofílica (MIRANDA e CARVALHO, 1998). A planta é conhecida por vários nomes comuns, de acordo com os diferentes usos. Para alguns, é conhecida como baqueta, em razão das formas dos seus frutos que representam um alimento básico na Índia e na África. Em algumas partes do oeste da África, é conhecida como “a melhor amiga da mãe” como uma indicação de que a população local conhece muito bem todo o seu valor. A planta produz uma diversidade de produtos valiosos, dos quais as comunidades locais fazem uso por centenas, talvez milhares de anos (RANGEL, 2009).

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2.4 Utilização

Trata-se de uma planta adaptada às condições semiáridas e de uso diversificado com especial destaque na ornamentação de parques e jardins, na alimentação animal, na complementação alimentar humana e na medicina (VIEIRA et. al., 2008). Ela cresce em regiões desde as subtropicais secas e úmidas, até tropicais secas e florestas úmidas. É tolerante à seca, florescendo e produzindo frutos (DUKE, 1987). A moringa cresce rapidamente da semente ou enxertos atingindo até quatro metros de altura, mesmo em solos pobres, não necessita de muito cuidado e sobrevive a longos períodos de seca (VASCONCELOS et. al, 2009). Durante o plantio de moringa oleifera não são utilizados insumos agrícolas industriais, reduzindo assim o custo de produção. Segundo Ahid Nunes et al. (2010) ela é adaptada em climas tropicais como o do Brasil (principalmente no Nordeste, pois se adapta extremamente bem em climas áridos e solos pobres em nutrientes).

Considerada como uma das árvores mais úteis para o ser humano, praticamente todas as suas partes podem ser utilizadas para diversos fins. Nos trópicos, as suas folhas são usadas como forragem para animais, chegando a ter 27% de proteína na matéria seca. A semente produz óleo de excelente qualidade para a indústria química, sendo caracterizada por um elevado teor de proteínas e lipídeos. A pasta resultante da extração do óleo das sementes pode ser usada como um condicionador do solo, fertilizante ou ainda na alimentação animal. O pó da semente pode ser utilizado para o tratamento de água. Os frutos podem ser cozidos e consumidos como alimento humano. As raízes são medicinais e utilizadas no tratamento de muitas doenças (OLIVEIRA et. al, 2009). Segundo Pereira et al. (2010) as raízes são consideradas estimulantes e diuréticas e os médicos destas regiões prescrevem a raiz nas febres intermitentes, epilepsia, histeria, paralisia, reumatismo, hipertrofia do fígado e do baço. A madeira advinda dela é resinosa, de baixa qualidade, por isso é defendida para usos medicinais e industriais (AHID NUNES et al., 2010). E, segundo Gerdes (1997), ela ainda pode ser utilizada como cerca viva e quebra ventos, também o néctar de suas flores produz mel de excelente qualidade.

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Segundo Ahid Nunes et al. (2010), na Indonésia, consome-se o arroz com sopa ou molho de folhas de moringa. Em Timor, as flores de moringa são fritas em óleo de coco, para serem consumidas com milho ou arroz. Nas Filipinas, folhas novas são transformadas em purê para alimentar crianças e, na Etiópia, as folhas temperadas e cozidas são utilizadas em mistura com batatas e tomates. O autor ainda diz que no Brasil, sabe-se há pouquíssimo tempo que a moringa é comestível. A espécie está sendo vista como alternativa alimentar estratégica. Em algumas escolas de regiões carentes estão usando folhas de moringa na merenda escolar. Segundo Okuda et al. (2001) ela possui todos os aminoácidos essenciais. Gopalan et al. (1994) afirmam que vinte gramas de folhas frescas podem suprir a necessidade de uma criança com vitaminas A e C.

No Instituto de Permacultura da Bahia, em Salvador, tem-se usado a farinha das folhas secas para alimentar crianças em substituição à farinha de mandioca. A multimistura, farinha utilizada contra a desnutrição infantil em todo o país, elaborada à base de sementes, cascas, farelos, entre outros itens, há alguns anos leva também, em Uberlândia, folhas de moringa (GONÇALVES, 2006). Fuglie (2001) cita mais alguns usos da moringa, como: nutriente foliar (suco das folhas espesso), goma (a partir do tronco das árvores), suco clarificador de mel e açúcar de cana (semente em pó), biogás (de folhas), mel (néctar e flor), planta ornamental, biopesticida, celulose (madeira) e tanino para curtir couros (casca e goma).

Dentro dos produtos da moringa, destaca-se o óleo da semente, que apresenta um rendimento de 30 a 40% em peso, e atualmente tem sido utilizado para lubrificação de máquinas e na indústria cosmética, em perfumes e shampoos (TSAKNIS et al., 1999). De acordo com Santana et al. (2010) o elevado percentual de ácido oléico (78%) indica que o óleo de semente de moringa é adequado para a obtenção de um biodiesel com um baixo teor de insaturações, o que tem reflexo direto e muito positivo em sua estabilização à oxidação, facilitando assim o transporte e armazenamento. Pereira et al. (2010) encontrou um teor de ácido oléico maior que 78%, indicando que o óleo de moringa é um excelente antioxidante além de ser comparado ao azeite de oliva. Ele ainda cita que esse ácido é essencial para o nosso metabolismo, desempenhando um papel fundamental na síntese de hormônios.

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água, é a muito conhecido (GALLÃO et. al, 2006). A proteína das sementes de moringa é o composto de maior importância no processo de clarificação da água. Essa proteína catiônica dimérica de alto peso molecular desestabiliza as partículas contidas na água e, através de um processo de neutralização e adsorção, flocula os colóides seguindo-se a sedimentação (NDABIGENGESERE et al., 1995). No processo de purificação, a carga bacteriana pode ser reduzida em até 97% em pouco tempo (SILVA e KERR, 1999).

Santos et al. (2007), em trabalhos com efluentes da indústria têxtil comprovou que o extrato das sementes descascadas da Moringa oleifera mostrou-se capaz de competir com o sulfato de alumínio em termos de remoção de turbidez e cor. A utilização de sementes de moringa em leite bovino não pasteurizado, como purificador natural de alimentos, não mostrou resultados significativos na eliminação de microorganismos do grupo coliformes totais, coliformes fecais e microorganismos aeróbios mesófilos totais. Mas, houve redução de 55,17% de Staphylococcus aureus na amostra em que foi adicionada pasta de cotilédones de moringa. Com relação a bolores e leveduras foram eliminados da amostra 98,18% (NETO et al., 2008).

Segundo Jahn et al. (1986), toxicologicamente não existem motivos para descartar o uso de sementes de moringa para a purificação de alimentos. Araújo e Coelho (2009) mostram que sementes trituradas de moringa constituem uma alternativa em potencial para remoção de metais, podendo ser utilizada no tratamento de resíduos metálicos.

No Brasil há um esforço no sentido de difundir a moringa como hortaliça rica em vitamina A (KERR et al., 1998); pois as suas folhas, com cerca de 23.000 UI de vitamina A, sobressaem-se entre olerícolas consagradas como brócolis, cenoura, couve, espinafre e alface que possuem, respectivamente, 5.000; 3.700; 2.200; 1.900; 1.000 UI de vitamina A (SILVA e KERR, 1999). Nas zonas rurais do nordeste brasileiro a utilização das sementes de moringa no tratamento da água para o consumo humano tem sido prática freqüente (GERDES, 1997), dada a escassez de água potável para a população rural nessa região. Mas, faltam pesquisas no âmbito do uso da moringa na alimentação animal.

2.5 Moringa como Forragem

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meses, ser de fácil cultivo e, por possuir hastes flexíveis, facilitando o corte, além de ser resistente a pragas. Na região de Corumbá, a moringa tem sido utilizada misturada com cana-de-açúcar para preparação de forragem para o gado. Contudo, atualmente não existem estudos publicados no Brasil da aplicação dessa planta na suplementação alimentar animal (BRUNELLI, 2010).

As características nutricionais e socioeconômicas fazem da moringa uma excelente opção para ser usada como forragem fresca para o gado. Além disso, apresenta uma alta produtividade de matéria fresca por unidade de área, em comparação com outras culturas forrageiras (FOIDL et al., 2001). De acordo com o mesmo autor, a utilização da moringa como forragem ocorre em intervalos de 35 a 45 dias quando suas rebrotas atingem 1,2 a 1,5m. O material cortado (folhas, frutos e galhos), após ser triturado, é fornecido fresco aos animais após um período de adaptação, no qual a forragem deve ser misturada a outros alimentos aos quais os animais já estejam adaptados. O seu consumo pode atingir 27 kg/animal/dia de matéria verde de moringa e manter estável a produção de vacas em lactação, se comparada a produção de animais suplementados com concentrados tradicionais. Esta prática pode reduzir o custo em até 10% do concentrado convencional.

Em trabalhos realizados por Reyes et al. (2003, 2004) as condições ideais para a produção de biomassa fresca foram a uma densidade de 500.000 mudas por hectare e em freqüências de corte a cada 45 dias em época de chuvas e a cada 60 dias durante a estação seca.

Richter et al. (2003) observaram que as folhas de Moringa oleifera podem ser usadas para alimentar tilápias do Nilo, substituindo 10% da dieta protéica sem alterar significativamente o crescimento desses peixes. Sánchez et al. (2006) trabalharam com folhas de moringa na alimentação de vacas, onde ocorreu aumento de produção sem alterações na composição do leite.

Rocha e Mendieta (1998) trabalharam com capim jaraguá (Hyparrenia rufa), palha de sorgo e suplementação com diferentes níveis de folhas de moringa na alimentação de vacas leiteiras. A suplementação com moringa foi a um nível de 0,3% do peso vivo, o que resultou numa produção de leite de 5,73kg/vaca/dia, sendo 13% maior que a produção do grupo controle com 5,07kg/vaca/dia, que recebeu apenas capim Hyparrenia rufa e palha de sorgo na alimentação.

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de leite aumentou significativamente em 1,4, 0,9 e 0,8kg/vaca/dia, respectivamente. Ainda ressaltaram que não houve efeito na composição química do leite.

Reyes et al. (2003) testaram duas diferentes rações na alimentação de gado crioulo, sendo a primeira uma dieta basal composta por capim Brachiaria brizantha, e a segunda composta pela dieta basal mais 3 kg de moringa, respectivamente. Observou-se que a produção de leite das vacas alimentadas com a dieta contendo moringa aumentou em mais de 2 kg/vaca/dia, comparando-se com as vacas que se alimentaram somente de feno de Brachiaria brizantha. Em relação à composição química do leite não foram encontradas diferenças significativas.

Com relação a fatores antinutricionais, cujo consumo pode afetar a produtividade e a saúde dos animais, as folhas de Moringa oleifera apresentam quantidades insignificantes de taninos (1,4%) e saponinas (5%); também não foram detectados glicosídeos cianogênicos nem inibidores de tripsina, amilase ou lectina (MAKKAR e BECKER, 1996).

Para Bakke et al. (2010) o alto teor de proteína bruta e a presença de aminoácidos solúveis encontrados nas folhas de moringa aumentam a eficiência da síntese de proteína microbiana, caracterizando esta espécie como forragem de alta qualidade para vacas leiteiras.

Segundo Silva et al. (2008), as folhas de Moringa oleifera podem ser consideradas boa fonte de proteína e fibra, quando comparadas com outras fontes alimentares, podendo apresentar-se como uma alternativa de suplemento em preparações alimentícias.

Foidl et al. (2003) ressaltam que, apesar de uma possível necessidade de um período de adaptação, a forragem com folhas de moringa pode ser utilizada tanto como um complemento protéico, quanto como substituto alimentar completo.

De acordo com Trier (1995), a Moringa oleifera pode ser uma alternativa para os pecuaristas da região semiárida, devido à sua alegada adaptação a estas condições e ao seu potencial de produção de forragem. Almeida et al. (1999) consideram esta espécie de grande importância para o semiárido brasileiro, dada à sua capacidade de sobrevivência e produção em zonas de baixa umidade do solo, tolerância a elevadas temperaturas do ar, alta evaporação e grandes variações na precipitação.

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CAPÍTULO II – VALOR NUTRITIVO DE FENOS DE MORINGA (Moringa

oleifera Lam) COM DIFERENTES IDADES DE CORTE

RESUMO - O presente trabalho foi conduzido com o objetivo de avaliar o consumo e as digestibilidades aparentes de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), carboidratos totais (CHOT), carboidratos não fibrosos (CNF) e fibra em detergente neutro (FDN) em ovinos alimentados com feno de moringa (Moringa oleifera Lam) obtido com quatro idades de corte (28, 35, 42 e 49 dias). Foram utilizadas 20 fêmeas da raça Morada Nova, com 20 kg de peso vivo médio, distribuídas em um delineamento inteiramente casualizado e mantidas em gaiolas de metabolismo. Observou-se efeito linear decrescente da idade de rebrota sobre o consumo de MS, estimando-Observou-se consumo máximo de 0,67 kg/dia para o feno elaborado aos 28 dias de corte. Também foi observada resposta linear decrescente, estimando-se consumos máximos de 172 g/dia; 0,36 kg/dia; 18 g/dia, aos 35; 42 e 49 dias de idade, para PB, MO e EE, respectivamente. Para FDN, encontrou-se efeito quadrático com o avanço da maturidade da planta. As digestibilidades aparentes de MS, PB, MO e CHOT diminuíram linearmente com o avanço da idade de corte do feno de Moringa oleífera. Concluiu-se que o feno de Moringa oleífera apresentou melhor valor nutritivo aos 28 dias de corte.

Palavras-chave: conservação de forragem, fenação, Moringa oleífera, Morada Nova.

ABSTRACT - This study was conducted to evaluate the consumption and digestibility of dry matter (DM), organic matter (OM), crude protein (CP), ether extract (EE), total carbohydrates (TC), non-fiber carbohydrates (NFC) and neutral detergent fiber (NDF) in sheep fed hay moringa (Moringa oleifera Lam) obtained with four cutting ages (28, 35, 42 and 49 days). We used 20 females Morada Nova breed, with 20kg of live weight, distributed in a completely randomized design and maintained in metabolism cages. There was a negative linear effect of age of cutting on DM intake, with an estimated maximum consumption of 0.67 kg / day for the hay produced at 28 days of cutting. It was also observed linear behavior, with an estimated maximum consumption 172g/dia, 0.36 kg / day; 18g/dia, at 35, 42 and 49 days old, for CP, OM and EE, respectively. For NDF, quadratic effect was found with advancing maturity of the plant. The apparent digestibility of DM, CP, OM and TC linearly decreased with advancing age of cutting hay Moringa oleifera. It was concluded that the hay Moringa oleifera showed better nutritional value after 28 days of cutting.

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INTRODUÇÃO

A região semiárida anualmente passa por longos períodos de secas, provocando estacionalidade na produção de forragens e forçando os produtores a aumentarem os custos de produção, em razão da grande demanda por alimentos concentrados. No entanto, nos últimos anos, é maior o número de pesquisas com enfoque nos alimentos forrageiros alternativos, adaptados à região, para atender às exigências de mantença e produção dos animais, a custo viável nos períodos críticos de prolongadas estiagens (BISPO et al, 2007). Mas, para manter altos índices de produção e resolver os problemas causados pela deficiência alimentar, também é fundamental a adoção de técnicas capazes de garantir o aproveitamento de toda a forragem produzida no período chuvoso, utilizando-a posteriormente para suplementação no período seco. A fenação é apontada como uma das alternativas para solucionar este problema (OLIVEIRA, 2006).

A qualidade do feno está associada a fatores relacionados com as plantas a serem fenadas, às condições climáticas durante a secagem a campo e ao sistema de armazenamento empregado (REIS e RUGGIERI, 2007). Segundo Ataíde Junior et al. (2000) a idade fisiológica em que as plantas são colhidas e as condições ambientais às quais estão submetidas afetam o seu crescimento e valor nutritivo, com conseqüências na digestibilidade e no consumo de nutrientes.

Conhecer a quantidade e qualidade da dieta consumida pelos animais é importante uma vez que, a resposta produtiva se dá em função do tipo de alimento, do consumo, digestibilidade e metabolismo dos nutrientes (MARCHI et al, 2010). Dessa forma, objetivou-se avaliar o valor nutritivo de fenos de Moringa oleifera, em ovinos, obtidos com diferentes idades de corte.

Imagem

Foto 1: Campo experimental
Tabela  1.  Teores  médios  de  matéria  seca  (MS),  matéria  orgânica  (MO),  matéria  mineral  (MM)  proteína  bruta (PB),  carboidratos totais (CT),  fibra  em  detergente  neutro (FDN), fibra  em  detergente  ácido  (FDA),  extrato  etéreo  (EE),  nut
Tabela  2.  Médias,  equações  de  regressão,  coeficientes  de  variação  (CV)  e  coeficientes  de  determinação (R 2 ), para os consumos de matéria natural (CMN), matéria seca (CMS),  matéria orgânica (CMO), matéria mineral (CMM), proteína bruta (CPB),
Tabela  3.    Médias,  equações  de  regressão,  coeficientes de  determinação  (r 2)   e de  variação  (CV)  para  os  coeficientes  de  digestibilidade  aparente  da  matéria  seca  (CDMS),  matéria  orgânica (CDMO), proteína bruta (CDPB), extrato etéreo

Referências

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