ESTI LOS GERE NCIAIS DOS EN FERMEIROS NA
AREA DE RECUPERAÇÁO DA SA Ú D E
*aci dos Sntos * *
RES U MO
- Quest.iona-se a i nfluência do ensino de l i de rança sobre a a uto percepção do enfe rmei ro relativa ao seu est i l o gerenci a l . Ana l i sa-se a evo lução de 20 enfe rmei ros, de hospita l u n iversitá rio, no R i o de J a nei ro, em 1 987 , q u a nto ao seu esti lo, tendo-se cómo referência a Teoria G R I O e con siderando o t ra ba l ho destes nos aspectos: ação, constatação de erros, a bo r dagem de problemas e emoções. Uti l izou-se o método ex perimenta l e a téc n i ca de g ru po ú n ico compa rado a ntes e depois. Constatou-se q u e antes o est i l o idea l foi predomi nantemente percebido pe l o g ru po amostra I , enquan to posteriormente houve i n defi n i ção de est i l os. Concl u i u -se haver i nfl uência do P rog rama de E nsino, devendo os enfermei ros fo rta l ecerem sua ca paci dade de c rfti ca e a uto-crftica , fato r i nerente ao con hecimento da rea l i dade pessoa l , an,bienta l e ao próprio desenvo lvimento do traba l ho.ABSTRACT
� Leadersh i p teach i ng influence a bout the sel f-perception of the n u rse related to h i s ma'Í
agersh i p style has been discussed . The evo l ution of 20 n u rses from a U n iversita ry Hospita l , i n R i o de J a nei ro, i n 1 987 , as t o thei r styl es, havin g as reference t h e g rid theo ry and considering the i r perfo rma nces under these aspects: action, erros discovery, emotions and probl ems broach i ng has been ana lysed. The experimenta l method and the u n ique g roup tech nique compa red befo re and after has been used. I t h a s been verified that before, t h e idea l style was predomi nantly perceived by the samp l e g roup whereas there was an i ndefi nition of styles later. It has been concluded that there i s a n i nfl uence of the teach ing prog ramme, having the nu rses to i nvigorate the criticism and self-cristicism ca pacities;
i n he rent facto r to perso n a l , envi romental and own work d evelopm
ent reafíty know l edge.1
I NTRODUÇAO
Função Gerencial e suas Conseqüências
McGREOR" anna que a atitude geren cial cria o clma psicol6gico da elação ene geenes e subonados. O autor relata que a capacidade dos suordinados em atingir os ob jeivos orgaizacionais é inluencida pela ati tude de seus superioes. Esta inluência, por sua vez, cesce à medida em que aumenta a capaci dade do subodinado em pecerber o clma da relção. Pra McGGOR" este clma é mais imponte pra o sucesso da empesa do que o estilo pessoal do chefe ou seu tipo de lidença. Não impota se o geente é democrata ou auto crata, simpático e comuicativo, distante e in roverido, indulgente ou inlexível. Os subor dinados são mais sensíveis às suas atitudes ob seváveis na geência da empresa
s
quais lhes* * Profesor Adjunto da Fcul4ade de Enfenagem da VEJ
propocionam a opodde de julgr as suas possibilidades de alcnçar seus p6prios objeti vos.
A aitude geencial, segundo McGRE GOR 3, deve demon"srr aos subordinados a in luência que o supeior tem, tmbém, sobe a al
ta aminisração da empesa, em relação às de cises sobre o aumento de salios, condiçes de rabalho, assim cono a compeência do che fe, qunto às unçes sob a sua supevisão. Esa
. competência não se raduz no domíio absoluto
dos detalhes das átividades assistenciais, poém é necessiô que o geente seja capz pra ad quirir a coinça de seus subordinados.
Ama, ainda, o autor que a verdadeia coiança dos subodinados no seu chefe s6 se estabelece quando eles percebem aravés da ati tude deste que têm chances de exigir segurança
Profssor Titular a Ecola Suerior de Enfenagem e Obseícia de V sos-J
e granis qundo se senem ameaçados por atos abirios, favoiismos e disnação.
Assevera McGREGOR 3 que o clima geen cil não é deteindo nem ela política e pelos pcedimentos e/ou estilo pessoal do superior. O clima s6 se estabelece ela manifesação do conceio básico de aminisação que em o ge ene e de suas pessuposiçes sobe as pessoas em gerl.
Vista nese conexto, a geência do enfer meiro é unção das mais complexas, conside rndo-se o fato de que ele deve fazer uncionr as essoas que cuidam de ouras pessoas em si tuações delicdas de vida e de mote.
Sendo ssim, não s6 exisem muitos pr blems como, tmém, o conlito é ineene a ais situçes.
A esolução dos poblemas identiicdos exige do enfemero a habilidade esecial no ramento e envolvento com as pessoas. De pendendo de suas emçes na bodagem das pessos envolvidas nos poblemas e de suas reçes pra solucioná-los, erá aminisado o conlito no gupo de balho. Poqunto o con lito exisirá sempe, seja de odem individual ou coleivo e seá saluar e pduivo confome fOF sdo.
o P roblema
No ensino da Disciplna Aminisação Aplicda à Efeagem, cujo coneddo pro gmáico fca emas de Cheia e Lidernça, SANOse elaa o questionmento dos estudan es concenenes a fomação do enfemeiro que conngencimene o eciona pra unções le Lideça e inclusive sobe as caceísticas indiiduais de luns dicentes e aé de pois siois que não lhes pemiem exeer l função.
Diem os estudnes que tais pessoas e e fugim no deeenho de prmenos emi nenemene écnicos pra não enenr as si t�es de Cheia e Liderança as quais e lhes im como esessnes, incômodas e/ou' embaçoss em deasia.
Refoçndo l fo, SANTOS8 em esudos sobe sueisão de efeagem elata a dii culdae apesentda elos enfeeros em e solver os problemas assistenciais. Ene estas encona-se a abordagem dos membros da equi e, inclusive seu póprio colega. Tl situação ' lhes pce ão' conlitnte que muitas vezes' eles pefeem ealir a atividade -pra não en enr o roissional envolvido no eo.
Esta elidade sugee a inseguança do en feeo no execício de sua cheia. Como se pee� o poÍlSsional que eage deste mdo? Sua autíica evela que nese caso ele exer ceu eedo eslõ de lidença?
Por ouo ldo, coda-se, em ele
suicien-te conhecimentos, habilidades e exeiências sobe este assunto?
Pa estudr is índagaçóes ou-se o problma:
- Qual é a inluência que o conhecimento sobe Lidença exece na adoção de esilos ge renciais ene enfemeos?
Objetiva-se neste abalho, ponto, Identiicr o estilo geencial predominane ente adotado elos enfemeiros em auto avaliação antes e após o ensino da Liderança, considendo os sctos do rabalho super visor.
- Analisr a evolução geencial dos enfemeos segndo sua ecepção anerior e poserior ao estudo da Lidernça elaiva aos estilos GD.
Concenene ao poblema citado a hip6ee subsntiva p;vê que não há efeito de m -ma de Ensino de Lidença sobe a er ceção dos enfemeios qunto aos esilos ge enciais por eles adotados.
Pindo dessa suposição, fomula-se as hipóeses estaísicas que se seguem:
- Nula (HO) -Não há difeença ene os esilos geenciais dodos elos enfemeios me dine auto-avalição, antes e após o eeudo da Lideança.
- Alenativa H 1) -Há difeença signiicaiva ene os esilos geenciais adotdos elos en femeos, mdiné auto-avaliação, anes e a
ó
s o estudo da Liderança.2
REFERENCIA L TEÓRICO
Algs eorias compentais focm o colito hmno exisene nas orgzaçes à exemplo da Teoria eencial GRD. Seus at res, BLAKE, MOUTONl
m
uma ma z que apeenta vrias combmãçes de esilos geenciais segundo o inteesse do geene ela pdução ou elas essoas. A-eoia estabelece, potanto, a coelação ene 'as teoias clássi cas de Taylor, Fayol, Gülik, Weber e as com poentais propostas por Follet, Mayo, Si mon, Benrd, McGegor, Liket e ouos.Pra BLAKE, MOUTONl os resultados orgazacionais, por eles denomindos " cultu ra", estão condicionados aos diversos estilos de lidença dotados elos geenes. Ene as 8 1 combinçes existenes no GRD os autoes decevem as ccerísticas mcnes dos cin co estilos geenciais puos, considerdos mais sigicativos como se segue:
Esilo 1 . 1 -Aceita decises tomadas por ou
ros concordando com op�ies e idéias alheias evitando, dese modo, tomr pido. Na ocrência de colitos, tenta mnter-se euo
ou não se envolver. Sendo sempe neuro, rra mente se irita. Seu senso de humor é tão sem
sentido e desfcado que é, pelos ouos, consi derado irelevante. Ele se esforça aenas o sui ciente paa manter-se na organização.
Estilo 1 .9 -Prefee aceitr opiniões, aitudes e idéias lheias porque considera ser mais impor ante mnter as boas elaçes humanas. Tena evitr o conito poém se ele ocoe pcra acamr os nimos a m de mnter o essoal unido. Dinte das confusões geradas pelas tenses, eage de maneira afável e mistosa. Utiliza seu senso de humor paa manter elações aistosas e/ou pra desvir a atenção dos ou ros pra os pontos sérios existentes nas tenses. Geralmente ofeece apoio e ajuda sem nada exigir.
Estilo 5 .5 -Busca decisões viáveis, ainda que imerfitas. Quando srgem idéias, opinies ou atitudes difeentes das suas, propõe posições in temedirias. Diante do conlito, procura ser imprcial mas e, visando soluções justas. Sob tensão ica indeciso quanto à posição a ser adotada pra evitr maior pessão. Seu senso de humor condiciona sua aceitação pessoal e a dos seus pontos de vista. Pocura sustentr um rimo de abalho bom e constante.
Estilo 9. 1 -Considera fundamenal tomr de cisões fmnes, "pra-valer" , defendendo suas idéias, opinies e atitudes, esmo que teha de "pisr nos calos" dos outos. Quando ocoe o conlito, tenta suprimí-Io ou fazer pevalcer a sua posição. Se as coisas não acontecem con fome esera, contesta, esiste ou volta à crga, conra-rgumentando. Seu senso de hmor é fulminnte, mordaz. Ele "á do" no bho e faz com que os ouos o acompanhem.
Estilo 9.9 - Considera fundentl tomr de cisões criativas que esultem em compeensão e consenso. Prcura e atenta pra as idéias, opi nies e atitudes difeentes das suas. Tem con vicções fnes, mas diante de idéias vidas, procura mudr de opinião. Quando srge o con lito, procra detectar os motivos e solucionr as causs que o susenm. Qundo povocdo se contém, emboa seja visível a sua rritação. Seu senso de humor se ajusta S situações e fa cilita abes e se . mantém, mesmo sob pessão. Ele se empenha e os demais o acompa nhm.
-Pela descrição dos estilos verica-se que suas caacterísticas se undmentm em cetos asectos da unção geencial e compomentos pessoais, denominados, por BLAKE, MOU TON' "dimenses GRD", a saber: decises, convicções, conlito, emoçes (emeramento), senso de humor e empenho.
Estas dimenses, quando isolaas paa fma lidade de auto e/ou heteo avaliação, podem identiicr, se hierrquizados por ordem de pre feência do avaliado, os estilos doinante e
su-78 R. Brs. Enten., Brsia, 4 (13): 76-81, abiUet. 199 1
bodinante deste. A idenicção do eslo do tado elo geente evela o seu grau de neesse, mior ou menor, elas essoas e/ou ela pro, dução da empesa.
Dependente da adção do geente or um detenado estilo, icm os esulados orgi zacionis, que estabelece, segundo os auoes a "culura" da organzação a qual coesonde ao "clma psicol6gico" já assinlado or Mc GREGOR3.
O estabelecimento da culta orgzci nal, em unção do esilo de lidença do chefe, deteina por sua vez cinco tipos cceísi cos de geência: 1 . 1 . que tem baixa oientação pa essoas e pdução; 1 .9. onde a oien tação pra essoas pedomna, em eento da podução; 5.5. que se crcea elo neese medino, tnto por essoas como pra a pro dução; 9. 1 . onde exise bxa oienção pa pessoas e alta, pa podução e geência; 9.9.
ccteizada or idênico lto grau de oien tação pra essoas e pdução.
3
METODQ LOGIA
Optou-se elo métdo eximenl e a éc nica de upo úco compdo ntes e dois tendo em visa a necessidade de se avlir a in luência do ensno de "Lidença" sobe a er cepção de efemeos.
Pa a apicção do métdo e técica, sele cionou-se dois hospiis uivesiios, sendo o Hospil A, o cmo de pequisa uzdo pa a testagem do insmento de colea de dos -ecla exementl - e o Hospil B o cmo da aplicção da escla de'iiva e do oa de Ensino.
-Jusica-se tl escoha por ser o Hospil Universiio o locl onde se reúnem poissio
nis e estudnes de nível suerior, uos í
res nas poisses da ea da saúde e, ono, inteessados no assunto "Lidença".
3. 1
Seleção dos Sujeitos e Variáveis
do EstudoPaicipm da esquisa dois conjuntos mosis de enfemeios: o primeo pa es ponder ao questionrio, em sua foma expei mentl, visndo à testagem e ao esudo do ns
mento; o segundo conjunto paiciou do Teinmento para Suevisoes, tendo eson: dido ao insmento de coleta de dados deii vo que testou as hip6eses fomuladas no pe sente estudo.
Ambos os conjuntos de enfeeos atuan tes dos Hospitais A e B paricipm da esqui sa . poque se ineessm pelo estudo em tela, proposto ela pesquisadora, não se constiuin do, pornto, uma mosra randômica, epesen tativa do copo e enfemagem deses hospitis.
38 essoas enquanto o Hospital B foi epresen tado por 20 enfeneiros.
Considerando que o desenvolvimento do processo de supervisão, pelo enfeneiro, abran ge asectos que caracterizm seu rabalho e que o método uilizado por este pra esolver os problemas idenicados na pestação da as sistência de enfennagem são condicionantes do seu endimento opeacional selecionou-se, então, as seguintes vaiáveis independentes:
- Aspectos do rabalho do supervisor (ação, constatção de eros, abordagem de proble mas e emoçes).
O Progrma de ensino sobe Liderança sob o egime de aulas te6rico - páticas foi selecio nado como variável interveniente visando-se a inluência sobe a percepção dos enfeneiros qunto a este assunto e a modiicação do seu compoamento, para o alcance de esultados favoráveis na supevisão de enfenagem.
Pondendo que o execício da supervisão pelo enfeneiro, depende, tmém, dos esilos de liderança or eles adotados foram seleciona-dos como vriável dependente: .
- Esilos geenciais GRD: 9.9 (pticipativo), 9. 1 (autocrata), 5.5 (conciliador), 1 .9 (paer nalista) e 1 . 1 (acomodado).
3 . 2 Instrumentação
Constou de aplicação de Pé-este e imple mentação do Progrma de Ensino sobre Lide rança. O insmento utilizado foi um Ques tionário de múltipla escolha (ver Anexo 1) que agupou as viáveis de estudo e apesenta duas ptes. A pmeira efere-se aos estilos geen ciais GRD, variáveis dependentes. A segunda parte apesenta a ordenação relativa ao gabarito das questões popostas sobe os estilos citados.
Na primeira pare do insumento são apre sentadas questões objetivas a seem ordenadas obedecendo-se uma pioridade pessoal para a escolha das opções propostas.
A partir das cracteísticas dos estilos ge renciais GRD foi elaborada uma escala com cinco questes pra cada dmensão do rabalho de Suervisão a saber: ação; constatação de er ros, abordagem de problemas e emçes, perfa zendo um total de 20 itens, tanto na fona ex pemental como na fona deinitiva.
Após a seleção dos iens, foi sorteada a or dem dos mesmos, no insnento, a im de evi tar a indução de espostas, obsevando-se sem pre cinco opçes confone os cinco estilos GRD coespondentes a cada asecto da su pevisão, cuja organização é apresentada no quadro 3 . 1 .
QU DRO 3.1 -Odenação das questões n a escala segundo os �pectos do rabalho do supevisor .
e estilos geenciais GD.
Asectos do Trabalho do Suervisor I . Ação
2. Constatação de Eros
3. Abordagem de roblemas
4. Emoçes
Estilos Geenciais GRD
Ordem Corespondentes
1 .C 9.9
1 .E 9.1
LA 5.5
l .B 1 .9
1 .0 1,1
2.0 9.9
2.C 9. 1
2.E 5.5
2.A 1 .9
2 B -- LI
3.0 9.9
3.B 9.1
3.A 5.5
3.C 1 .9
3 E - 1.1
4.A 9.9
4.E 9.1
4.B 5.5
4.0 1 .9
4.C 1 . 1
A validade do insrumento, análise da ade quação dos itens aos objeivos da pesquisa, foi julgada por seis psic610gos e dois enfeneiros especialistas em aminisação de enfenagem e estudiosos da Teoria GRID geencial. A anáise indicou a petinência de todas as questes, as quais form mantidas e na mesma ordenação apesentada no Quadro 3 . 1 .
Foi aribuído 1 ponto pa cada item coe to, isto é, cujo esilo gerencial fosse indicado coemente; o este com 20 questões totalizou 20 ontos coespondentes a 10% de certos.
Pra testr a idedignidade do instmento de coleta de dados foram calculados o ndice de poder discriinativo e o índice de homogenei dade dos itens que compem o eferido ques ionrio, aravés do método abeviado dos 27%.
Visando à obenção desses ndices foi con sultada a taela de CHUNG-TEN-FN ape senada por Baquero. Para maior segnça foi consideado o ceiciente de coelação 0,50 como valor mio pa aceitação do item (tan to pra o ndice de poder discinativo como
pa o ndice de pder de homogeneidade), ten do como efeência . Guilford que aribui ao coe iciente 0,50 o signicado de coelação mode ada. Pindo destes citérios fom seleciona dos os iens da escala exementl que deve im compor a escala deniiva.
Foam indicadas pra anlise de coeência das esposts as seguintes questes: lD compa ada com 3E e 2A comprda com 4D (ver Anexo 1).
Confone os resulados da tesagem da es cala expeimentl fm aceitos os itens propos tos paa a composição da foa def .. iiva do insmento.
A segunda pe do questionio de múli pla escolha peenta o mpa de pração as esostas no qul os efeeos ssinim a coespondência dos eslos geenciis GRD com as ss escivas esosas. Deceve-se em seguida o Quaro 3.2 onde e relaciona o Civo de Apação conendo eslos e esci vas esostas confonne sua esenção na pmea pe do questionio.
QU ADRO 3.2 -Crivo de apuração dos estilos geenciais GRD e espostas coesondenes.
3.3 Coleta de Dados
Estilos 9.9 9. 1 5.5 · 1 .9 1 . 1
Iniciamente foi aplicado o questionio na fona exerimental pra análise da adequação das cracterístics dos estilos geenciis GRD ao rablho do suevisor de enfenagem. No Hospital A, pornto, os enfeneios que aen deam ao convie da esquisadora form orien tados quanto ao objetivo do estudo (testagem do insumento) e complementando as insuções do quesionrio o gupo de 38 enfeneios foi, também, aletado pa jusicr por escrito as razes das . respostas em branco e das espostas duvidosas.
A cole. de dados se efetuou numa sessão de 120 minutos, dos quais, 30 foam eservados pra o pé-teste, 0 pra a exposição do tema "Esilos gerenciais GRD" e 30 pra o pós-es e. Utilizou-se o mesmo insumento pra mbos os testes. No pimeiro, os enfeneiros se auto avalim e no segundo (pós-teste) indenica
ram os estilos geenciais GRID expessos em cada questão. Pra analisar os dados visando à avaliação do insumento fom consideados somente os resultados obtidos no p6s-teste, cu jas respostas evidencim o nível de conheci
mento sobre os esilos corespondentes aos
as-80 R. Bras. Efem., Braslia, 4 (13): 76-88, abrilet. 1991
Res stas
1 .C, 2.D, 3.D e 4.A I .E, 2.C, 3.B e 4.E 1 .A, 2.E, 3 .A e 4.B .B , 2.A, 3.C e 4.D l .D, 2.B , 3.E e 4.C
pctos ação, constação de eos, oagem de problems e emçes. Em cso de dúvia, qunto à caacezação do eslo GD houve eaplicção do insmento.
Os 38 enfenneos obivem de 4 a 20 on tos no refeido teste. Não foi pesenda ne nhma jusicaiva e nehma esosta em bnco. A nlise da coência ds resposas dos 38 enfeneos esquisados não excluiu ne nhuma questão, endo encido, mém, a
mesma orenação apesentada na aela 3. 1 , no
questionio deíiivo. .
No Hospil B 20 enfeneros se insceve am pa picipr do Tenmento pra Suer visQres, esratégia utizada ela pesquisadora . pra coletr os ddos deiniivos desta esquisa. O insmento deitivo foi então aplicado no mês de setembro de 1986, ocsião na qul, amém, se desenvolveu o Poama de Ensino.
A avaliação parcial da evolução gerencial dos enfemeiros se prcessou a cada realização de dinâica de grupo homogêneos e heterogê neos, ulizada pa o ensino do ablho · em equie e desenvolvimento da Liderança.
3.4
Tratamento Estatfstico
Os dados form apurados manualente e raados estaisticmene mediane a análise de cpuador.
Utilizou-se os Testes de Anova e o de Scheffé pra vericr a média da pedominân cia da adção dos Estilos GRID, consideando a edida de compração em unção da Razão
F6. " 3.6, ejeitando-se os esultados no caso de valoes iguais ou superioes a este. Os resulta dos foram aceitos com valores inferioes a 3.6.
Pra os Testes de Anova e Scheffé foi detemi nado o nível de significância para P= .05 (ver Taela 4. 1).
Pa testr a diferença das médias enre os esilos qunto s aitudes de: ação, consta tação de eros, abordagem de poblemas e emçes, fom aplicados o Teste de Análise de Vincia e o Teste de Schefé pa compa ração múliplas, segundo as mesmas determi naçes nerioes.
Na plicção global para veriicar a coeência dos ddos isoldos ente as situçes neir e poseior ao Tenmento pra cada a as aiudes: ção, consaação de eos, bordagem de problems e emoções form apli cdos os Teses de Anova e o de Scheffé pra compçes mdliplas; isoladmente e conjun tmene pa os quaro conjuntos de aitudes.
Uilizou-se o Teste de Scheffé e o Teste de Anova pa veriicr a consisência da ação dos Eslos, elos picipntes do einmento, compndo-e cada estlo adoado aos demais eslos GRD, considerada a rzão de F , 3.6.
A ceência dos ddos obidos foi avaliada glo bmene, compndo-se as sições nterior e poseior ao Tenmento dos cnco estlos em elação aos quao conjuntos de aiudes do ra bho supevisor (ver Tabela 4.2).
3.5
Definição de Termos
Analisndo o método de supevisão propos to por SANTOS', nota-se asectos do blho que pdem assm ser deidos:
Ação - Como o suevisor iden.tica s di versas siuações do ablho; como obseva, ' ava e oiena a presação da ssisência ela quipe de enfer magem.
- Constatção e ros -O que fz o super
visor ao consaar eos no desenvol vento dos cuiddos as�isenciis.
Abordagem do Problema - Atitude do su ervisor no trataento dos proble mas ;nte aos subordinados.
Emções - Como reage o supervisor diante do conlito inerente s situações poblemáticas.
4 R E S U LTADOS
Aplicndo-se o s Testes de Análise de Va rincia e o de Schefé para veriicar a média da pedominância da adoção dos Esilos GRID, e
los . enfemeiros, na auto-avaliação anterior e poserior ao Treinmento, considerado o Teste de Hipótese no nível de signiicância P= .05 consatou-se uma diferenciação signiicativa en e os estilos elacionados aos asectos do ra balho suervisor (ação, constatação de erros, abordagem de poblemas e emoções).
As médias se diferencim signiicativamen te, apresentando-se a análise de variância em 5.38, poanto, suerior a 3.06.
A veriguando-se qual das médias dos estilos se diferenciava de forma signiicativa, notou-se que o estilo 9.9 foi o mais consistente, sendo este, poanto, pedominantemente percebido pelo gruo como o mais cracterístico dele.
Analisando-se isoladmente cada aspecto em relação aos estilos GRD e em mbas as si tuações de auto-avaliação do Treinamento, ob seva-se quanto ao aspecto AÇÃO, não existir difeença sigiicaiva na situação anerior ao Teinamento. Destaca-se aenas o não apeci mento do esilo 1 .9 cuja cracteística nese as pecto é: descubro como as essoas querem que o rabalho seja feito e então eu as ajudo a ea lizá-lo .
. O asecto CONSTATAÇÃO DE ERROS, sobeleva-se dos demais com eqüência muito signicaiva, principalmene, anes do Teina ento, elacionado ao eslo -9.9 ( 19). Ressal ta-se neste caso que aenas um enfeero se pecebeu difeenemene dos demais, auto-ava lindo-se como esilo 5.5, ou seja, advto que as nomas hospitalres devem ser cumpridas e da póxma vez, povidências serão tomadas; enqunto em mbas as siuações do Teinamen to, somente o esilo 9. 1 não foi percebido pelos ·enfemeiros. Consaa-se, ponto, que nehm enfemeo se considerou como se segue: procu ro enconr o esonsável elo ero a m· de aplicr-lhe a deida coeção disciplinr.
No que se efere à ABORDAGEM DE
PROBLEMAS, em mbas as siuaçes do ei. nmento (nerior e poseriomene) nehum en feero se auto-avaliou como eslo 9. 1 �
Qundo ocoem problemas ento ená-los fzendo pevlecer a mha po�ição -' o qe
de ser justiicado quando se obseva que o mesmo fenômeno ocoreu em elação ao aspecto CONST AT AÇÃO DE RROS. Se os enfemei ros que adotam o estilo 9. 1 , ou seja, autcratas não procm enconrar o esponsável pelos er ros no rabalho da equipe; assim, tamém, não poderão eliminá-los quando estes coem. · Re corda-se, neste caso, que os enfemeiros se identiicm com o estilo 9. 1 , corespondente ao aspecto AÇÃO e em segunda predominância de pé e p6s auto-avaliação. Potanto, se consi derm assim: suevisiono o trabalho bem de peto veriicando e indicando as mudanças necessias. Observa-se, porquanto, a existência de certa conradição na atitude dos enfemeios relativa ao rabalho supevisor. Ora eles se con sideram 9.9 (9 e 19) ora 5.5 ( 1 1) e ainda 1 .9 (6), que assim pode ser descrito: PRCURO EVITAR QUE SURJAM PROBLEMAS, ORÉM SE ELES OCORREM, ACAMO OS ÂNMOS A M DE MATER A EQUPE NIDA.
Enretanto, a maior eqüência de pé-auto avaliação relativa à ABORDAGEM DE PRO BLEMAS foi a do estilo 5.5 - ( 1 1) - que nese caso ulrapassou o estilo 9.9, pedomnnemen te percebido elos enfemeios nos demais as pectos. Deste modo o conjunto amosraI ssim se percebe: - diante dos problemas, >rcuo ser imprcial ms ime a m de chegr a ma so lução justa.
Recordando-se que estes enfemeiros se au to-avalim como o geente ideal, ou seja, 9.9 em ouros aspectos como se explica que justa ente neste, ·altamente expessivo da sua unção, tenham passado a se erceber como 5.5 (conciliador)? Revela-se aqui mais ma cona dição no compormento do gupo, pincipal mente porque o estilo 9.9 no que se refere à ABORDAGEM DE PROBEMAS : - estabele ce imediata comunicação com o esponsável vi sndo à compeensão do ato anes que medidas coetivas sejam tomadas. Potanto, se este gu po se ercebeu como 9.9 em sua aitude ao constar eros no rabalho de enfermagem por que se idenicou com o esilo conciliador ao abordr a equie com visas ao ramento dos
poblemas? _
Qunto ao asecto EMoçOES, supeen dentemente o único estilo não adotado pelos en femeiros na pré e p6s-aut-avaliação do Tei nmento foi o 5.5 - (dine do impacto eu hesi to. É dícil tor pido). Infee-se, por con egune, que ese gupo não em esilo deími do. Jusica-se esta infeência, tmbém,· pelo fato do. esilo 1 .9:· - eajo afavelmente em busca da hnnoia ene os membos da equipe - que vnha obendo baixa qüência dos de� as ectos passou a ter, refeene à EMçOES, a seunda eqüência predonane, na auto-ava liação �eior ao Teinmento; fenômeno quase
82 R. Bs. Efem., Bsia, 44 (13): 76-88, abilet. 1 991
idêntico ao do estilo 9. 1 - (eajo sem consn gimento defendendo minha posição) que ulra passou os demais neste aspecto; e, anda, alcan çando a eqüência pedominnte (6) na p6s au to-avaliação;
Como explicr esta última atitude dos en femeiros, que vinham se consideando como geenes ideais, participativos (9.9) e ao enen tr os problemas se sentiram eagindo como ge entes patenaistas?
A análise global da coelação estilos e e qüências evela que a atiude pedominantemen te tomada pelos enfemeiros é efeene à CONSTATAÇÃO DE RROS - ( 19 e 15) a qual coesponde, também, ao esilo 9.9. Desta cm-se, inda: estilo 5.5 e ABORDAGEM DE PROBEMAS ( 1 1 e 6) ; estilo 9.9 e EMoçÕES ( 1 1 e 3) (ver Taela e Sumrio 4. 1 ).
Recordando-se . que para consar eros o enfemeiro supevisor depende de uma ação efetiva junto aos supevisiondos, revela-se a coespondência de estilos e qüência do as pecto AÇÃO que icou iluída ene os esilos 9.9, 9. 1 , 5.5, 1 .9 e aé 1 . 1 cujo esforço mo é o suiciente para granir seu lugr na organi zação. Salienta-se, ainda, que pa angir o ob jetivo da supevisão, a melhoria da qualiade da assistência, o suervisor, ao constar eros no abalho da equipe de enfemagem, deverá to r decisões relativas à coeção deses.
Todavia, nesta auto-avaliação, pode-se no tr que os enfemeios tiveam ercepções con radit6rias à exemplo de: considerm-se esilo 9.9 em CONSTATAÇÃO DE ERROS ; quanto à ABODAGEM DE PROBEMAS se pece beam como estilo 5.5 e no que se efere s
EMOÇÕES pa conronr as essos enolvi das nos poblemas voltram a se senir como geene 9 .9 (diante dos problemas eu me conro lo enndo evitar que ercebam a a ii tação) na pé-avaliação e como 1 .9 na p6s-ava lição.
Se esta ecepção do enfeero elaiva ao seu estilo de liderapça for coesondene à sua ealidde de rabalho, questiona-se a qualiade de sus esoluçes de poblems, prncipamen e em se notando que o estilo 9.9 que _obeve (34) de eqüência em CONSTATAÇAO DE ERROS, declinou pra ( 17) em BORDAGEM DE PROBLEMAS.
Numa aplicação global pra veriicr a coeência dos dados isolados ene as siuçes aneior e osterior ao einmento pra cada um dos asctos (ção, constação de eos, odagem de poblemas e emções) plicou-se o Tese de Anova e o Teste de Schefé, isola dmene e conjumene pra os quaro conjun tos. Os dois Teses não dectam difeenças sigicaivas em nehm dos esilos.
prmei-ra situação de fato, não há difeença signiicati va nas atitudes e em nenhum dos esilos. Poém, na situação posterior houve diferenças regisra das, somente pelo Teste de Scheffé (ver Tabela 4.2).
Em situações como esta em que o Teste de Schefé detecta diferenças não egisradas pelo Teste de Anova, salienta-se que este último in dica aenas haver difeença ene os estilos ou nos gupos esquisados, rejeitando-se a hip6te se, neste caso. Quando se aplica o Teste de Scheffé, ocoe o egisro do grupo de atitudes e/ou estilos que se está difeenciando.
Confronando-se estes esultados às análi ses nerioes, sugee-se que a auto-percepção do conjunto de enfemeiros enconra-se distor cida. Se antes do Teinmento o estilo 9.9 era peponderane, como explicar a vriação de es tilos ocoida posteriomene? Ou o gupo de enfemeios, quando analisando situações reis de trabalho, qual seja a implementação da su pevisão de enfemagem, apesenta compota mentos divergenes do estilo 9.9 que foi por ele, anteriomente, desejado?
Pra se aferir com maior exatidão os resul tados conoveridos dos esilos aplicou-se o Teste de Scheffé de compraçes múltiplas que mosrou uma difeenciação mais mpliada enre os estilos à exemplo de: ixando o estilo 9.9 pa ra se aferir a sua consistência mediante os de mais esilos (9. 1 e 5.5, 9. 1 e 1 .9, 5.5 e 1 .9) ob teve-se os esultados 2.87, 2.65 e 2.87, esc tivmente. Enreanto, o estilo 9.9 se difeencia dos estilos 9. 1 e 1 . 1 , 1 .9 e 1 . 1 apresenando o Teste de Scheffé os seuintes resultados: 3.33, 3.57 e 3 .33, esectivamente.
Recordando-se que a medida de compa ração é sempe em unção da Razão F do Teste de Anova, no caso, F . 3.6, veriica-se na si tuação poseior ao einmento, uma conra dição referente ao esilo 9.9. Ora ele é inconsis tente, ois os valoes obtidos são nferioes a 3 .06; ora ele se diferencia, com resultados supe rioes a 3.6 (ver Tabela 4.2).
Na compração do estilo 9. 1 houve uma di feença signiicativa deste em elação aos esti los 5.5 e 1 .9, obtendo-se F Scheffé igul a 4.25 ,
portanto, supeior a 3 .06. Quanto aos demais esilos, não houve difeença enre suas médis.
Equiprand-se o estilo 5.5 aos demais no tou-se haver difeenciação deste elativa aos es-. tilos 9. 1 e 1 . 1 ; 1 .9 e 1 ; 1 com F. Schefé de 4.25 pa ambos os esilos. Nas demais compraçes não se obsevou difeenciação de esilos.
A única dfeença siicativa obevada na compação do esilo 1 .9 aos demais foi concenente aos esilos 9. 1 e 5.5, que obeve F Schefé iual a 4.25 (ver Tabela 4.3).
5
R E S U LTA DOS E DISÇUSSÃO
Sendo o Estilo 9 . 9 econhecido por BLA E & MO'ON' como o ideal paa as si tuações de liderança e geência de empresas justiica-se a percepção dos enfemeiros por se
em eses potencialmente lídees por njunçes radicional, carismática e foml exempliican do, deste modo, a descição de EBBER7 des tes tipos de autoridade. Naural é, pornto, que em situações de avaliação eham ideaizado a execução do seu rabaho como erfeita, aten dendo assim ao que peconiza o ensino ecolr undmentado nas t�orias _ de organização.
A veracidade de tais amações, enrento, pode ser confrontada com as auto-avaliações dos enfermeiros sobe os asectos isolados do rabalho suevisor e sua coespondência aos esilos gerenciais GRID. Esta anlise isolada dos asectos conna o desejo de ser geentes ideais, apesentando elo grupo de enfemeros uma vez que estes negrm a assunção, predo minante, de esilos radicionalene peteidos tais como 1 . 1 (acomodado) e 9. 1 (autocrata), re lativos aos aspectos "constatação de eos" e "abodagem de problemas" ; enquanto no asec to "ação" do qual estes deendem pra ideni car e resolver os problemas a feqüência da adoção icou diluída ene todos os estilos.
Neste caso veica-se o surgmento de m
ipo de liderança dcoente da esutação de um detenado upo confome assevem
UCCHIELLE4, BLAKE, MOTON' . Cada
elemento do gupo eselecendo seus objei vos, orgaizando suas propis idéias e er ceçes sobe a exução do seu popio aba
lho deu oigem a m novo upo, o de efer
meos em Pogma de einmento sobe Lide
rança. O desenvolvmento de m ouro estlo de
liderança, neste upo, é consqüente, ponto, da resuação do conjunto original.
A conadição evidencida na aut-ava liação do gupo eatou o conlito exisene na proissão, já aonado or esudiosos de efer magem, quanto à capacidade do efemeo em lider o eu upo. Nesta pesquisa consatou-se que este proissional ora se percee como 9.9 oa como 9. 1 e oa como 5.5. Se a sua lidença não está denida pra ele poprio, o que dizer da eceção das equies que com ele aba lhm?
Há que se ecohcer o conlito existene ene os proissionais de enfemagem e equies multidisciplines. A força de trabalho de en femagem que viha sendo colcda, em dis cussão, à seviço do empegdor da ea de saúde e/ou de "dença", e que era conrolada,
tiicada, elo seu pr6prio líder, enconra-se, atualmente, em questionmento elo enfemero que não sabe como exece sua liderança, pin cipalmente num aspecto impotante, tal como
AÇAO.
Se esta pecepção conradit6ria for cor respondente à ealidade, os enfemeiros ainda não têm atitudes deinidas quanto: aos seus va loes proissionais; às pessoas que exercem a poissão e à orgzação de saúde, uma vez que aUm, altenadmente, à favor da clientela, da empSã e dos rabalhadoes.Estes conlitos tmbém podem ser decoen tes das causs apontadas por USTIER2: emu neação, promoçes e ecomensas.
A siuação de desigualdade geradora de colios, aponada pelo altor, neste caso é em evidente e pde incomodr ao enfemeiro que neguro dos seus valoes proissionais poderá adotr as aitudes patenalistas e/ou acomoda das descitas por BLAKE, MOUTON' , como se segue:
- descubo como as pessoas querem que o ra balho eja feito e então eu as ajudo a ealizá lo; e/ou
- eu . acdito que os suervisiondos devem execur seu abalho de cordo com suas pópias otenciidades.
Por ouo ldo as condições sciais e a po ria nsiuição de Saúde poderão levar o pro issional à situção de mbiguidade referene aos aspectos CONSTATAÇAO DE ERROS, BORDAGEM DE PROBEMAS e AÇÃO.
A pessão da produtividade imposta ela al ta admnisração e ratiicada pela cheia de en femagem a qual é indeendene de condições
hmnas e popícias ao rabalho, tais como, fal a de higiene mbiental, poluição sonora, desva lorizção da aividade, inseguança quanto ao empego, inrnquilidade quanto à gestão a
empesa, desacordo quanto aos objetivos orga zacionis e à fadiga ineente à execução de um rblho esessante, citados por FUSTER 2 ;
odem ser esponsáveis ela negação de um comomento 'aucrata por pe dos enfer eros. Fato ese assinalado por BLAKE, MOTON' ao amaem que as cracterísticas essois isoladas não são esponsáveis pela as smção de um deteminado esilo geencial .
. Se as condiçes de trabalho não são podu cenes pa que invesigr a qulidde da as sisência pestaa e abor os supervisionados sobe a coência de poblemas adotando o es lo 9. 1 , assm denido:
- pco enconr o esponsável elo ero a m de aplicr-lhe a devida coeção discipli-nr.
- e qndo coem poblemas ento elná-los fendo pevlcer a nha posição.
ROhe, nese caso, o efemeo que a
4 R. Bs. Efem., Bia, 4 (13): 76-88, abriUet. 1.991
sua posição diane do upo não está legitma mene reconhecida. Pimero, porque existem diiculdades em se aplicr coeções discipina es por -pte da pr6pria empesa e em segundo lugr qual é a posição do enfemero na eso lução dos problemas assistenciais?
Se a atitude geencial deve demosrr a in luência do líder perante a alta adminisação, confome assevera McGREGOR3, qual é a cer teza que tem o enfemeio das suas eivindi cações quanto a melhoes condições de rabalho e aumentos saliais serem atendidas elos seus supeioes? Se esta inluência fosse coespon dente à legalidade do seu crgo de cheia, po sições defnidas poderiam ser adotadas na to mada de decisão pra esolver os problemas. Neste caso, também, teia sentido a abordagem do enfemeiro, à sua equie de rabalho, na ocoência de poblemas. A equie de enfema gem ciente da autoidade do enfemeiro pra coigr os eros identiicados na execução do rabalho confome elata SANTOS' passia a acatr as suas decisões elativas à pestação da assistência.
Enretanto, o que se observou na pesquisa foi a mbiguidade da liderança do enfemeiro efeene ao asecto ABORDAGEM DE PRO BLEMAS (ver SnáriO da Taela - 4.1). O upo se percebeu adotando os estilos 9.9 e 5.5 em igual condição. Recodando-se a cacerís ica conciliadora do estilo 5.5 em constatação de eos e abodagem de poblemas defDidos por BLAKE, MOUTON' como se seguell: - advirto que as nomas organizcionis deve
ser cmprids e da pr6xima vez providências seão tomadas.
- e diane dos problemas, procuro ser imprcial mas fne a m de chegr a uma solução jus ta. (ver Anexo 1).
Nota-se o colito que deve estr viven ciando o enfemero: deseja ser 9.9, o geente ideal, e tenta se comodr ao regulmento e -tinas nsitucionais pra gnr sua posição de
líder na alta esfera da adminisração, onde as tensões psicol6gicas (difeença de sistema de valores), as divergências intelectuais (lutas de · luência, lutas elo poder, difeenes esraté gias de rabalho) citadas por FUSR, são, tmém geradoras de colitos.
ado-tr, confone descrição de BLAE & MOU
TON1 , a seguinte atitude: REAJO AFA E
EE EM BUSCA DA HARMONIA N
-E OS MEMBROS DA EQUPE".
Tal fato pode sugerir a necessidade de mo ral/cesão na equie de enfenagem. Neste ca so, a equipe unida poderá lutr or melhoes condições de abalho. Ou esse retomo do en feneiro ao seu ambiente fmiliar de rabalho (sua própia equipe) signiica o desejo de rea nr seu poder denro desta equipe, consoli dando, deste modo, o "status quo" insitucional sugerido ela adoção do estilo 5.5 em aborda gem de problemas.
Da última altenaiva, fee-se uma si tuação de ecusa ou ejeição ao conlito que, segundo FUSTER 2, reprme o diálogo ene as essoas medindo assim o exme do problema criado e o desenvolvimento de uma esatégia pa a esolução deste.
Deve-se eler, potanto, sobe os motivos que levm os enfeneios a se sentem como geenes 9.1 e 1 .9 na p6s-avaliação, uma vez que eses são diamerlmente opostos em sas oienaçes pa essoas e podução segundo ssevem BLAKE, MOUTON1 , o que pode er consado naisndo-se a deição do esi lo 9. 1 concenene ao asecto EMoçÕES do abho suevisor.
- ajo sem consngmento, defendendo mi ha osição.
Qul dos dois estlos é elmente adoado
elo efmeo?
É
o paenalisa que podelevá-lo a eler sobre a siação de desigual dde do der deno da eqipe mulidiscipli nr; ms qe mede a enfeagem de buscr soluçes viáeis pa os pobleas eeiivos da ssisência na cueção da saúde, uma vez qe ese ceia decises e idéis lheias or
teer o conlito; ou é o esilo 9. 1 econhecido
como autcaa que aIca as pesses pa a pduiide necessia a sobevivência da empesa, a deseito de sua oa ou má qualida de, ms que gane a siuação de chefe do en feeo, deno da Insiuição?
Devem os enfeneos estr aleas pa as munças que coem hodienmente s quis luencim, com suas inceezas o mbiente orgcional e/ou o cma psicológico da em
pesa, confoe asseverm FUSTER 2 • Mc
GEORs.
Consideando como verdadeira a pecepção do uo de enfeeiros qunto ao seu eslo de lideança veIca-se que este necessita fortale cer sua capacidade de crítica e auto-crítica, fa or ineente ao conhecimento da ealidade pes soal, mbiental e do póprio desenvolento do blho. Tal rgumento justiIca-se pelo fato destes poissionais teem se aut-avaliado na fe neior ao einamento, como geentes 9.9
e na 6s au-avaiação não eem se ecebido com m esilo deInido. Se a percepção do
gu-po não estiver altamente distorcida, infee-se que este quando colocado em situações reis de abalho passam a assumir comportmentos não
compatíveis com os do esilo geencial 9.9.
Neste caso, o compotmento eal do gupo não
é aquele desejado por ser o ideal e sim o de
monsado em situações de desaio em que s6 pderá penanecer o compoento mais ar rigado, ou consisente, ou seja, o habitualmen te usado. Couna-se ponto, a assertiva de McGREGOR3 qunto às pessoas dizeem que são aquilo que desejam ser, passando inclusive, a não peceer a diferença existente :ne o seu dizer e o seu ag". (ver Tabela 4.2).
6
CONC LUSÃO E S U G E STÕES
O estilo geencial 9.9 (picipaivo) foi pedominnemente percebido elos enfeneos na fase anterior à aplicação do Pogrma de en sino sobe Lidença, como seu estilo de adoção.
Ap6s o estudo dese assunto analisou-se a evolução geencial deses considerndo sua su- · to-avaliação em balhos de dinâmica de gupo e uos de discussão, tendo-se observado uma indeímição de eslos geenciais coesponden tes aos aspectos do tabalho suevisor quis sejm: ação, constatação de eos, abodagem de poblemas e emçes.
Concluiu-s: que o ensino de Lidern�a propocionou ao uo mosi, conhecimentos e exeriências sobe a ulização dos ios esti los gerenciais, levandoo a eletir sobre o seu desempenho, enquanto lídees, mediante o estu do de situações elaivas aos asectos do raba lho- supervisor.
Tal relexão foaleceu a autcrítica dos en
feneos que passm a ercer seu deem
penho com mais objeividade. eliminando-se, dese modo, a tendência a auto-aliação pa donizada em estilos considerados ideais.
. Assim sendo, coumna-se a ipóese (HI )
proposta neste rabalho de que há difeença sig niica�va ene os esilos geenciais adotados pelos enfeneiros, ediante auto-avaliação, an es e ap6s o estudo da Lidernça, ao nível de signiicância pa P= .05.
Considerndo a imponcia do estudo Li deança pa a unção geencial da enfemagem, sugee-se aos enfeneos que incentivem a abordagem dete assunto nos cursos de gra duação e p6s-graduação.
. Haja vista a indeInição de esilos geen ciais consaada posterionente, sugere-se aos adminisradoes de enfenagem que aveiguem as causs dese comormento dos enfeneiros. Porqunto nesta esquisa não se utilizou amosra randônica, mpõe-se. à esquisadora a replicação desta em mosa epesenaiva do universo de enfeneios visando à generli zação dos esultdos obtidos.
Colega,
ANEXO 1 -
I NSTR U ME NTO D E CO L ETA D E DADOS
U NIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO D E JAN EIRO
C ENTRO BIO MEDICO
FAC U LDADE D E E N FER MAG E M
O pesente questionio visa ao conhecimento de características individuis efeenes ao execício da supevisão. Inexiste, pornto, ero ou acerto nas questões fomuladas, razão ela qual você pdeá espondê-las sem consrngimento.
Ressala-se, tmbém, a gntia do nomato de suas espostas.
Ceta de sua colaboação, agadeço ntecipadmente.
INSTR UÇÃO
IRACI DOS SANTOS COREN-RJ-5 1O
Leia com atenção as perguntas e páafos abaixo. em segida, enumee em odem cescene
o que melhor lhe desceve aé o menos cceístico do seu mdo de agir. Aibua o nmero " I "
ao mais ccteísico; o núeo "2" ao segundo menos crceísico e assim por diane a� o i
meo "5". Obseve que nenhum númeo seja eeido.
QU ESTÕES
1 � - Que ação vcê desenvolve dnte a execução do blho ela equie e enfemagem?
A - Eu expico como e porque o abho deve ser feito e de vez em quando veico o seu
cumpimento.
B - Descubo como as pessoas queem que o abalho seja feito e então eu as ajudo a eizá lo.
C - Mnenho-me ciente do aneno do rablho, se ncessáio, dou assisência ajudndo a emover as breis do cho.
D - Eu acedito que os suevisiondos devem execur seu blho de codo com ss p-prias potencialidades.
E - Supervisiono o abalho bem de peto veicndo e indicando as mudnçs ncessrias. 2! - Qul é a sua atitude ao constatr eos no rabalho da equie de enfemagem?
A - rcuro não culpá-la pois sei que foi feito o possível diante dos csos isponíveis. Ainal, er é humno.
B - Argmento que· a equipe deve ter prepo suiciene pa não cometer eos, é o que eu
posso fzer.
C - Pocro enconrr o esponsável pelo ero a tn de aplicr-lhe a devida coção dicipli
nr.
D - Discuto os eos com as essoas neles envolvids a tn de diagnosticr s causas que os
susentm.
E - Advito que as noms hospitales devem ser cmprids e da póxima vez, povidêncis serão tomadas.
3! -Como vcê aborda a equipe de enfemagem ao idenicr problemas no desenvolvimento do
rabalho?
A - Diante oos problemas, pocuo ser impcil mis e a tn de chegr a ma solução
justa.
B - Qundo ocoem problemas ento eliminá-los fzendo pevlecer a inha posição.
C - Prcuro evitr que sjm poblemas, poém se eles coem, aclmo os ânimos a tn de
nter a equie unida.
D - Estaeleço imediata comunicação com o esonsável visndo a coeensão do fato anes que medidas coretivas sejam tomdas.
E - Quando os poblemas surgem, tento manter-e neuto pra não me enolver. 4� - Como vcê eage emocionlmente diante de probleas na equie de enfemagem?
A - Conrol-me entano evitr que ecebm a miha iiação. B - Diane do impcto eu hesito. E difícil tomr pido.
C - Reajo passivente pocndo a neualidade em todas as situaçes. D - Reajo favelmente em busca da hmonia ene os membos da eqie. E - Ao ser contestdo eajo em consngimento defendendo mha posição.
MAPA D E APU RAÇÃO DAS R ESPOSTAS
I NSTR UÇÁO
Hierrquize os prágrafos que lhe cracerizm e proceda a apuração das suas espostas. Veri ique a pedominância de lera (A, B , C, D, E) corespondente aos prágrafos de cada questão fonnulada e que por você foi enumerada em primeiro (" 1 ") lugr.
I ! Quesão
A --
B ---
C --
D --
E ,
---3! Questão
A
---B --
C --
D ---
E
----A ---
B ---
C
----Total Geral
D ----
E
----A N E X O 2 - T----AB E L----AS
2! Questão
A --
B --
C --
D
---E
----4! Questão
A --
B --
C ---
D--
E
----TABELA 4. 1 - Estilos GRD adotados por enfeneiros, no reinmento, refeentes aos aspectos
do rabalho supervisor segundo sua pré e p6s auto-avliação. (teste Anova). Hospital A, JaneiÍo de 1 987.
Antes do Temamento Razão Depois do Treinmento
Estilo Média Desvio Padrão F Média Desvio Padrão
9.9 1 1 .5 5.2 9.0 4.9
9.1 2.0 2.8 2.7 3 .4
5.5 3.7 4.9 5.38 2.2 2.6
1 .9 2.0 2.8 2.7 2.2
1 . 1 0,75 0,96 l .2 0.96
F " 3.6 Nível de signiicância P= .05
S U MÃRIO DA TAB E LA
4. 1Aspectos do Trabalho do Supervisor
Estilos
GRD
9.9 9.1 5.5
1 .9
1 . 1
N Pé = 20 N P6s = 1 8
Ação Pé P6s
9 8
6 4
3 2
- 2
2 2
Constatação Abordagem de
de erros problemas Emoçes
Pré P6s Pé P6s é P6s 19 15 7 10 1 1 3
- - - - 2 7
1 1 1 1 6 -
-- 1 2 2 6 6
- 1 - - 1 2
TABELA 4.2 -Aspectos do rabalho suervisor elcionados aos Estilos GD. Veicação da ceência da ecepção dos enfeneiros nas situaçes de einmento. Hospial X. Rio de Jneiro, 86/87.
Anes Depois
Asectos Mdia Desvio Paão Razão F Média DesvIo Paão Rzão F
- Ação 4 3.53 3.6 2.0
-Consaaçãc
de eos 4 8.39 4. 4.84
.0 . 1 3
- Abordagem de
po-blemas 4 4.84 3.6 4.33
- Emções 4 4.52 3.6 2.88
Nível de Sigliicância pra P = .05 em mbas situações.
R Ef E R Ê NCIAS BIB LlOGRÃflCAS
BLAKE, Robert, MOU fON, Jane s . o Grd Gerencal.
frad. da CONCIS A, São Paulo: Pioneira, 1976. 329p 329p.
2 FUS flER, Michel. O conito a pea. fadução de Mô·
ica S.M. S ilva. São Paulo: Ms Fones, 1982. 250
p.
3 McGREGOR, Douglas. O ado hao a epresa. f� dução de Margarida M.C. Oliveira. São Paulo: Mrtins Fontes, 1980, 225p.
88 R. Brs. Eferm. , BrasOia, 44 (/3): 76-88, abriUeL 1991
4 MUCCHIELLI, Roger. Psicooga a reação l autoade.
frad. de Jenne·Marie C. Pucheu. São Paulo: Martins Fontes. 20 p.
5 SANfOS, lraci dos. Supersão em Enfeagem. Rio de Ja· neio: Ediora Culua Médica. 1987. 88 p.
6 --o Lidença em enfemagem: um questionamento pa· ra o efermeiro. frabalho apesentado no XVO
CBEn. Recife, PE: 1 985.