PROTEINAS DO LIQUIDO CEFALORRAQUEANO
I. E S T U D O C O M P A R A T I V O E N T R E M E T O D O S D E C O N C E N T R A Ç Ã O
LUCIA M. SINGER VERMES
Doenças do sistema nervoso central são freqüentemente acompanhadas de
variações nos perfis eletroforéticos das proteínas do líquido cefalorraqueano
(LCR), e o conhecimento destas variações têm muitas vezes valor diagnóstico.
No entanto, sendo o LCR fluído com baixo teor protéico, há necessidade de
concentrá-lo previamente para que o conteúdo protéico seja suficiente alto para
ser corado de forma visível após separação eletroforética (assim como para se
fazer estudos imuno-eletroforéticos e quantificar várias proteínas específicas).
Os níveis de proteínas totais devem atingir 2 a 8 g/100 ml, os valores relativos
das várias frações devem ser semelhantes àqueles encontrados no fluído original
e não deve ocorrer desnaturação das proteínas durante o processo de
con-centração
8»
1 3.
São numerosos os procedimentos indicados para a concentração do LCR.
Muitas destas técnicas acham-se descritas na revisão feita por Lemmen e col.
1 3,
tais como a diálise (do material contido em sacos de celulose ou de celofane)
contra soluções macromoleculares de dextrana, goma-arábica, polivinilpirrolidona,
ultrafiltração sob pressão, precipitação com acetona, ultrafiltração sob vácuo
e liofilização.
Mais recentemente foram descritos novos procedimentos ou modificações dos
já existentes, para concentração, mediante diálise contra soluções
macromole-culares
2»
5ou contra polímeros secos
8»
1 1»
1 2, precipitação de proteínas com
ace-tona
1 8, álcool
1 6ou ácido tânico
7»
1 7e pervaporação
4»
1 6. Sistemas de
centrífu-go-ultrafiltração também têm sido adotados
2 1, assim como a concentração por
meio de bastonetes de gel hidrofílico seco de poliacrilamida que, colocados
dire-tamente no recipiente que contém o fluído, absorvem substâncias de peso
mole-cular menor que 20.000 daltons
Visando encontrar o método mais satisfatório para concentração de fluídos
biológicos diluídos, vários pesquisadores efetuaram estudos comparativos entre
os diferentes procedimentos. Estes estudos geralmente têm seguido metodologia
que consiste em reconcentrar soros previamente diluídos (a 1:100 ou 1:200),
efetuar eletroforese de proteínas destes materiais concentrados e comparar as
composições relativas das frações protéicas àquelas obtidas por eletroforese do
soro original. As conclusões a que chegaram os diferentes autores não foram
concordantes, como se pode observar pelo resumo de alguns destes trabalhos,
na tabela 1.
Por isto, propusemo-nos comparar a precisão e exatidão de quatro
procedi-mentos de concentração de simples aplicação em laboratórios de rotina:
ultra-filtração sob pressão positiva, absorção de substâncias de baixo peso molecular
por gel hidrofílico seco de poliacrilamida, centrífugo-ultrafiltração e diálise
con-tra solução de goma-arábica.
M A T E R I A L Ε M É T O D O S
U m a m i s t u r a d e s o r o s h u m a n o s ( c o n t r o l e ) c o m t e o r p r o t é i c o d e 7,1 g/100 ml, d e t e r m i n a d o p e l o m é t o d o d e b i u r e t o β , foi s u b m e t i d a 20 v e z e s à s e p a r a ç ã o e l e t r o f o r é t i c a d e p r o t e í n a s , e m d i f e r e n t e s d i a s . P a r t e d o c o n t r o l e foi d i l u í d o a 1:200 ( e m s o l u ç ã o f i s i o l ó g i c a ) , c o n g e l a d o e m a l í q u o t a s d e 10 m l , q u e f o r a m u t i l i z a d a s n o s e s t u d o s s o b r e m é t o d o s d e c o n c e n t r a ç ã o .
-f o r m e d e s c r i t o p o r W i n d i s c h & B r a c k e n 21;
u l t r a f i l t r a ç ã o s o b p r e s s ã o p o s i t i v a d o m a t e -rial c o n t i d o e m s a c o s d e c e l u l o s e ; m é t o d o d e a b s o r ç ã o d e s u b s t â n c i a s d e b a i x o p e s o m o l e c u l a r p o r b a s t o n e t e s d e g e l h i d r o f í l i c o s e c o d e p o l i a c r i l a m i d a (Lyphogel-Gruelman), s e g u n d o i n s t r u ç õ e s d o f a b r i c a n t e .
E m d i f e r e n t e s d i a s a m o s t r a s d o c o n t r o l e d i l u í d o (1:200) f o r a m c o n c e n t r a d a s p e l o s p r o c e d i m e n t o s a c i m a r e l a c i o n a d o s e s u b m e t i d a s , e m s e g u i d a , a o f r a c i o n a m e n t o e l e t r o f o -r é t i c o d e p -r o t e í n a s . Os p e -r f i s e l e t -r o f o -r é t i c o s e a s p e -r c e n t a g e n s d e c a d a f -r a ç ã o p -r o t é i c a o b t i d o s n o s m a t e r i a i s c o n c e n t r a d o s f o r a m c o m p a r a d o s à q u e l e s o b t i d o s p o r e l e t r o f o r e s e d o c o n t r o l e .
A s e l e t r o f o r e s e s f o r a m f e i t a s s o b r e m e m b r a n a s d e a c e t a t o d e c e l u l o s e e m e q u i p a -m e n t o Miikrophor-Boska-mp, u t i l i z a n d o o -m e d i d o r d e e x t i n ç ã o e i n t e g r a d o r c o -m b i n a d o s d e f a b r i c a ç ã o Zeiss, m o d e l o E I - 3 , s e g u n d o o m é t o d o d e K o h n n , m o d i f i c a d o p o r V a z e col. 19.
A p r e c i s ã o d o s r e s u l t a d o s o b t i d o s p o r e l e t r o f o r e s e d o c o n t r o l e e d o s c o n c e n t r a d o s p o r d i f e r e n t e s p r o c e d i m e n t o s foi a v a l i a d a , p a r a c a d a f r a ç ã o p r o t é i c a , p e l o c o e f i c i e n t e d e v a r i a ç ã o d e P e a r s o n , e x p r e s s o e m p e r c e n t a g e m . P a r a v e r i f i c a r a e x a t i d ã o d o s m é t o d o s d e c o n c e n t r a ç ã o , o s v a l o r e s p e r c e n t u a i s o b t i d o s p a r a c a d a f r a ç ã o p r o t é i c a , d o c o n -trole e d o s c o n c e n t r a d o s , f o r a m t r a n s f o r m a d o s e m a r c o - s e n o y p e r c e n t a g e m d e S n e d e c o r e s u b m e t i d o s à a n á l i s e d e variância. N o s c a s o s e m q u e e s t a a n á l i s e d e m o n s t r o u h a v e r d i f e r e n ç a s e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i f i c a n t e s , foi a p l i c a d o o t e s t e d e T u k e y p a r a verificar q u a l ( i s ) p r o c e d i m e n t o ( s ) d e c o n c e n t r a ç ã o g e r a v a ( m ) r e s u l t a d o s q u e , e m m é d i a , d i f e r i a m d o c o n t r o l e e s e o s m é t o d o s d e c o n c e n t r a ç ã o f o r n e c i a m v a l o r e s m é d i o s d i f e r e n t e s e n t r e si. O n í v e l d e r e j e i ç ã o e s t a b e l e c i d o p a r a e s t a s a n á l i s e s foi d e 5%.
R E S U L T A D O S
Os p r i m e i r o s r e s u l t a d o s r e v e l a r a m q u e t a n t o o m é t o d o d e u l t r a f i l t r a ç ã o s o b p r e s s ã o p o s i t i v a , c o m o a q u e l e e m q u e s e u t i l i z a g e l h i d r o f í l i c o s e c o d e p o l i a c r i l a m i d a , n ã o s ã o r e c o m e n d á v e i s p o r i n d u z i r e m , c o m f r e q ü ê n c i a , d e s n a t u r a ç ã o d a s p r o t e í n a s . E s t e f e n ô -m e n o é o b s e r v á v e l p e l a f o r -m a ç ã o d e r a s t r o s e a c ú -m u l o d e -m a t e r i a l n o p o n t o d e a p l i c a ç ã o n a f i t a d e a c e t a t o d e c e l u l o s e . P o r i s t o e s t e s d o i s p r o c e d i m e n t o s f o r a m e x c l u í d o s d a s a n á l i s e s e s t a t í s t i c a s p a r a a v e r i g u a ç ã o d e r e p r o d u t i b i l i d a d e e e x a t i d ã o d o s m é t o d o s d e c o n c e n t r a ç ã o .
A s m é d i a s e d e s v i o s p a d r ã o c a l c u l a d o s p a r a c a d a fração, e l e t r o f o r e t i c a m e n t e s e p a -rada, d o c o n t r o l e e d o s c o n c e n t r a d o s p o r g o m a - a r á b i c a e p o r c e n t r í f u g o - u l t r a f i l t r a ç ã o , a c h a m - s e n a t a b e l a 2.
Os c o e f i c i e n t e s d e v a r i a ç ã o d e P e a r s o n ( e x p r e s s o s e m p e r c e n t a g e m ) c a l c u l a d o s p a r a a s f r a ç õ e s p r o t é i c a s d o c o n t r o l e e d o s c o n c e n t r a d o s p e l o s d o i s p r o c e d i m e n t o s s u b m e t i d o s a t r a t a m e n t o e s t a t í s t i c o , e n c o n t r a m s e n a t a b e l a 3. P e l a a n á l i s e d e s t e q u a d r o o b s e r -v a - s e q u e a -v a r i a ç ã o é m a i o r q u e a q u e l a o b t i d a n a e l e t r o f o r e s e d o s e x p e r i m e n t o s c o n t r o l e , n a s f r a ç õ e s p r é a l b u m i n a e g l o b u l i n a s β d o s c o n c e n t r a d o s p o r d i á l i s e c o n t r a g o m a a r á -b i c a e n a s f r a ç õ e s p r é - a l -b u m i n a , g l o -b u l i n a s β e
A a n á l i s e d e v a r i â n c i a d e m o n s t r o u h a v e r d i f e r e n ç a s e s t a t i s t i c a m e n t e s i g n i f i c a n t e s , e n t r e o s 3 g r u p o s e s t u d a d o s , q u a n t o a o s n í v e i s p e r c e n t u a i s d e g l o b u l i n a s a^ β e γ , n ã o
o c o r r e n d o t a i s d i f e r e n ç a s q u a n t o à s o u t r a s f r a ç õ e s . Os r e s u l t a d o s d e s t a s a n á l i s e s e s t a t í s t i c a s a c h a m s e n a t a b e l a 4, n a qual p o d e s e v e r i f i c a r q u e o v a l o r m é d i o d e g l o b u l i -n a s a í d o m a t e r i a l c o n c e n t r a d o p o r c e n t r í f u g o - u l t r a f i l t r a ç ã o d i f e r i u s i g n i f i c a t i v a m e n t e
d a q u e l e s o b t i d o s p o r e l e t r o f o r e s e d o c o n t r o l e e d o c o n c e n t r a d o por d i á l i s e c o n t r a g o m a --arábica. A t a x a m é d i a d e g l o b u l i n a s β foi s i g n i f i c a n t e m e n t e m a i s b a i x a , e m relação ao c o n t r o l e , q u a n d o o m a t e r i a l foi p r e v i a m e n t e c o n c e n t r a d o p o r d i á l i s e c o n t r a g o m a a r á -bica, n ã o o c o r r e n d o p o r é m d i f e r e n ç a s i g n i f i c a n t e , q u a n t o a o s v a l o r e s m é d i o s d e s t a f r a ç ã o protéica, q u a n d o f o r a m c o m p a r a d o s o s d o i s p r o c e d i m e n t o s d e c o n c e n t r a ç ã o . T a n t o o m é t o d o d e d i á l i s e c o n t r a g o m a - a r á b i c a c o m o o d e c e n t r í f u g o - u l t r a f i l t r a ç ã o f o r n e c e r a m
v a l o r e s m é d i o s d e g l o b u l i n a s γ m a i s e l e v a d o s q u e a q u e l e o b t i d o p o r e l e t r o f o r e s e d o c o n t r o l e , n ã o h a v e n d o , p o r é m , d i f e r e n ç a s i g n i f i c a n t e e n t r e a s m é d i a s o b t i d a s , p a r a e s t a fração, a p ó s c o n c e n t r a ç ã o d o m a t e r i a l p e l o s d o i s p r o c e d i m e n t o s e s t u d a d o s .
C O M E N T Á R I O S
mesma mistura de soros foi diluída a 1:200 de forma a conter taxa de proteínas
totais dentro da faixa de normalidade do LCR
2 1 0; amostras deste material
diluído foram então concentrados 100 a 200 vezes pelos 4 diferentes
procedi-mentos estudados e submetidos à eletroforese de proteínas.
A ultrafiltração sob pressão positiva acarretou, com alta freqüência,
desna-turação de proteínas verificável por grande acúmulo de material no ponto de
aplicação da eletroforese e pela formação de rastros. Estas alterações na
estrutura das proteínas, tanto poderiam ser devidas à lentidão deste processo,
pois para concentrar 100 a 200 vezes, 10 ml do fluído diluído, são necessárias
cerca de 48 horas, como ao fato da pressão ter sido efetuada mediante ar
comprimido, ao invés de nitrogênio que é mais inerte.
A concentração efetuada por absorção de substâncias de peso molecular
menor que 20.000 daltons por gel hidrofílico seco de poliacrilamida, adicionado
diretamente ao material que se deseja concentrar, apesar de ser método
pro-missor pela sua simplicidade, revelou ser ineficiente por também causar, com
freqüência, desnaturação de proteínas. Cumpre ressaltar no entanto, que
alte-rações grosseiras no perfil eletroforético devido ã desnaturação de proteínas não
foram observadas quando o material era concentrado menos de 100 vezes.
Foram obtidos perfis eletroforéticos apresentando 6 frações proteicas
nitida-mente separadas, quando a eletroforese foi realizada nos concentrados por diálise
contra solução de goma-arábica e por centrífugo-ultrafiltração.
Os coeficientes de variação de Pearson calculados para albumina dos
concen-trados por diálise contra goma-arábica (3,31%) e por centrífugo-ultrafiltração
(4,39%) são comparáveis ao coeficiente de variação de Pearson calculado para
albumina de controle (4,95%). O mesmo ocorreu em relação às globulinas γ :
o coeficiente de variação de Pearson do controle foi de 7,07% e dos
concen-trados por diálise contra solução de goma-arábica e por
centrífugo-ultrafiltra-ção foram de 5,55 e 7,42%, respectivamente. Assim, a reprodutibilidade de
ambos os métodos é satisfatória, levando em consideração as duas frações mais
importantes na prática neurológica: albumina e globulinas γ . Quanto às outras
frações proteicas, foi verificado que principalmente a pré-albumina do material
concentrado por diálise contra solução de goma-arábica e as globulinas β do
concentrado por centrífugo-ultrafiltração apresentaram reprodutibilidade inferior
à do controle.
Os estudos sobre exatidão dos métodos no tocante à pré-albumina e
globuli-nas a
vnão revelaram diferenças significantes entre as médias obtidas por
eletro-forese do controle e dos concentrados pelos dois procedimentos em questão. A
diálise contra solução de goma-arábica, no entanto, acarretou valor médio de
globulinas β inferior àquele obtido por eletroforese do controle, embora não
haja diferença significante entre as médias destas globulinas quando são
com-parados os dois procedimentos de concentração. Foi ainda observada diferença
significante entre os valores médios obtidos para globulinas «
2, dos materiais
submetidos à diálise contra solução de goma-arábica e à
centrífugo-ultrafiltra-ção; este último procedimento também acarretou valores médios
significante-mente mais elevados de globulinas «
2, em relação ao controle
Em linhas gerais pode-se afirmar que, embora não dispondo de um método
de concentração que possa ser considerado ideal, tanto a
centrífugo-ultrafiltra-ção como a diálise contra solucentrífugo-ultrafiltra-ção de goma-arábica são métodos de simples
execução e reprodutíveis, devendo-se no entanto ressaltar que a diálise contra
solução de goma-arábica é procedimento bem menos oneroso que a
centrífugo--ultrafiltração.
R E S U M O
No intuito de escolher entre métodos de concentração, aplicáveis ao LCR,
aquele que, não provocando desnaturação de proteínas, seja o mais exato,
pre-ciso e de fácil aplicação em laboratórios de rotina, foram estudados quatro
procedimentos: diálise contra solução de goma-arábica, centrífugo-ultrafiltração,
absorção de substâncias de baixo peso molecular por gel seco de poliacrilamida
e ultrafiltração sob pressão positiva. Concluiu-se que a diálise contra solução
de goma-arábica, por ser preciso, relativamente exato, simples e pouco oneroso,
é o mais satisfatório dentre os métodos estudados.
S U M M A R Y
Cerebrospinal fluid proteins: I. Comparison of protein concentration methods.
Four protein concentration methods, applicable to cerebrospinal fluid, were
compared in order to choose a procedure that not causing protein denaturation,
is accurate, precise and easy to perform in routine laboratories. The studied
methods were: dialysis against arabic-gum solution, centrifuge-ultrafiltration,
absorption of low molecular weight substances by dry polyacrylamide gel and
pressure ultrafiltration. Blood serum was diluted, then concentrated by these
procedures and analyzed by cellulose acetate electrophoresis; the undiluted serum
served as control.
It was observed that two methods: pressure ultrafiltration and absorption
of low molecular weight substances by polyacrylamide hydrogel, are not suitable
for concentrating diluted fluids because they frequently cause protein denaturation.
R E F E R E N C I A S
1. A N G E L A , G. C. — L e p r o t e i n e n e i l i q u i d i b i o l o g i c i ( s i e r o e x c l u s o ) . M i n e r v a m e d . 64:219, 1973.
2. COLOVER, J . — A m i c r o t e c h n i q u e f o r p r o t e i n c o n c e n t r a t i o n s u i t a b l e for q u a n -t i -t a -t i v e e l e c -t r o p h o r e s i s of c e r e b r o s p i n a l fluid. J . c l i n . P a -t h . 14:559, 1961.
3. C U R T A I N , C. C. — C o n c e n t r a t i n g p r o t e i n s o l u t i o n s . N a t u r e , 203:1380, 1964.
4. F A U L K N E R , W . R . ; G A R D N E R , M. & L E W I S , L . A. — T h e c o n c e n t r a t i o n of l o w - p r o t e i n b o d y f l u i d s . Clin. C h e m . 8:424, 1962.
5. GOA, J . & T V E N T E N , L . — E l e c t r o p h o r e s i s of c e r e b r o s p i n a l f l u i d p r o t e i n s i n c e r t a i n n e u r o l o g i c a l d i s o r d e r s . S c a n d . J . c l i n . L a b . I n v e s t 15:152, 1963.
6. G O R N A L L , A. G.; B A R D A W I L L , C. J . & D A V I D , Μ . M. — D e t e r m i n a t i o n of s e r u m p r o t e i n s b y m e a n s of t h e b i u r e t r e a c t i o n . J . b i o l . Chem. 177:751, 1949.
7. G R E E N W A L T , T . J . ; S T E A N E , E . A. & v a n O S S , C. J . — I m p r o v e d m e t h o d f o r c o n c e n t r a t i n g u r i n e p r o t e i n s a p p l i e d t o t h e d e t e c t i o n of B e n c e - J o n e s p r o t e i n u r i a .
F e d . P r o c . 25:612, 1966.
8. K A P L A N , A. & J O H N S T O N E , M. — C o n c e n t r a t i o n of c e r e b r o s p i n a l f l u i d p r o t e i n s a n d t h e i r f r a c t i o n a t i o n b y c e l l u l o s e a c e t a t e e l e c t r o p h o r e s i s . Clin. Chem. 11:717, 1966. 9. K L E I N E , T. O . ; S T R O H , M. & S T R O H J . — C o m p a r i s o n of f o u r d i f f e r e n t e
m e t h o d s t o c o n c e n t r a t e h u m a n c e r e b r o s p i n a l fluid. In W o r l d C o n g r e s s of A n a t o m i c a n d Clinical P a t h o l o g y , 8º, M u n i c h , 1972. p . 65 ( E x c e r p t a M e d i c a I n t e r n a t i o n a l C o n g r e s s s e r i e s , v. 262).
10. K O H N , J . — A n e w s u p p o r t i n g m e d i u m for z o n e e l e c t r o p h o r e s i s . B i o c h e m . J . 65:9, 1957.
11. K O H N , J . — A s i m p l e m e t h o d for t h e c o n c e n t r a t i o n of f l u i d s c o n t a i n i n g p r o t e i n . N a t u r e 183:1055, 1959.
12. K W A P I N S K Y , J . B . G. — M e t h o d o l o g y of I m m u n o c h e m i c a l a n d I m m u n o l o g i c a l R e s e a r c h . W i l l y I n t e r s c i e n c e , N e w York, 1972, p. 223-224.
13. L E M M E N , L . J . ; N E W M A N , N . A. & D e J O N G , R. N . — S t u d y of c e r e b r o s p i n a l f l u i d p r o t e i n s w i t h p a p e r e l e c t r o p h o r e s i s : I. a r e v i e w of l i t e r a t u r e . U n i v . Mich. m e d . B u l l . 23:3, 1957.
14. L E M M E N , L . J . ; T O U R T E L L O T T E , W . W . ; G L I M N , J . G.; H I G G I N S , J . E . & P A R K E R , J . A. — S t u d y of c e r e b r o s p i n a l f l u i d p r o t e i n s w i t h p a p e r e l e c t r o p h o r e s i s . I V . m e t h o d s for c o n c e n t r a t i n g d i l u t e p r o t e i n s o l u t i o n s . U n i v . Mich. m e d . B u l l . 23:135, 1957.
15. M A T S O N , C. F . — A p r o c e d u r e for a g a r g e l e l e c t r o p h o r e s i s . A m e r . J . c l i n . P a t h o l . 37:143, 1962.
16. M c G A R R Y , E . ; S E H O N , A. H . ; R O S E , B . — T h e i s o l a t i o n a n d e l e c t r o p h o r e t i c c h a r a t e r i z a t i o n of t h e p r o t e i n s i n t h e u r i n e of n o r m a l s u b j e c t s . J . c l i n . I n v e s t . 34:832, 1955.
17. M E J B A U M - K A T Z E N E L L E N B O G E N , W . ; D O B R Y S Z Y C K A , W . ; B O G U S L A W L K A ¬ - J A W O R S K A , J . & MORAWTECKA, B . — R e g e n e r a t i o n of p r o t e i n f r o m i n s o l u b l e p r o t e i n - t a n n i n c o m p o u n d s . N a t u r e 184:1799, 1959.
18. S P I N A - F R A N Ç A , A. — E l e t r o f o r e s e e m p a p e l d a s p r o t e í n a s d o l í q u i d o c e f a l o r r a ¬ q u i d i a n o . I I I . t é c n i c a . Arq. N e u r o - P s i q u i a t . ( S ã o P a u l o ) 16:236, 1958.
19. VAZ, C. A. C , F E R R I , R. G.; G E I S H O V E L , N . & C A M P O S , A. N . P . — E l e t r o -f o r e s e s o b r e a c e t a t o d e c e l u l o s e ( C A F ) . R e p r o d u t i b i l i d a d e e v a l o r e s n o r m a i s . R e v . I n s t . A d o l f o L u t z ( S ã o P a u l o ) 31:71, 1971.
20. V E R M E S , L. M. S . ; F E R R I , R. G.; A I S E N , J . & M A R L E T , J . M. — P r o t e í n a s t o t a i s d o l í q u i d o c e f a l o r r a q u e a n o o b t i d o p o r p u n ç ã o d a c i s t e r n a m a g n a : v a l o r e s
n o r m a i s ( v a r i a ç õ e s l i g a d a s a o s e x o ) . Arq. N e u r o - P s i q u i a t . ( S ã o P a u l o ) 34:315, 1976. 21. W I N D I S C H , R. M. & B R A C K E N , Μ , Μ . — C e r e b r o s p i n a l f l u i d p r o t e i n s : c o n c e n
-t r a -t i o n b y m e m b r a n e u l -t r a f i l -t r a -t i o n a n d f r a c -t i o n a -t i o n b y e l e c -t r o p h o r e s i s o n c e l l u l o s e a c e t a t e . Clin. C h e m . 16:416, 1970.