SEDTMENTAçAO
E
SUBAMBIENTES
DEPOSICIONAIS
DA ILHA
COMPRIDA,
SAO
PAULO.
DEDALUS-Acervo-lGC
a
,ii
:
'ì
ililil iltil ilililililil llilllillililll ffi ilillilllil 30900007844
.r
\-o/ t\e *uc,\
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fl,,1's'ettore"A å
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.r-.
,.
r;.. ,y'.'.''¿!.
SÃO PAULO
197
5:l":"'lt'
ORIENT-ADOR
fNDIcE
CAPfTUtO
I
TNTR0DUçÃo
I,
OBJET IVO2.
ÁREA GEOGRÁF I CA3.
TRABALHOS PRÉV IOS4.
TRAçOS FlSl0GRAFlC0S, CLIMA E VEGETAçÃ04.
1.
GE0lÏ0RF0L0GlA4.2.
CLrflA4.3,
VEGETAçAOCAPfTUtO
II
METODOLOGÏA
I
.
HAPA FOTOGEOLOG ICO2,
MÉTODOS DE CAMPO2.
1.
AI'IOSTRAGEIT DOS SEDTf"IENTOS2.2.
SEç0ES DE AM0STRAGENS2.2.L.
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N91:
SA-t2.2,2.
sEçÃO DE AMOSTRAGEM N92:
SA-22.2.3.
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N93:
SA-32.2.4,
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N94:
SA-42.2.5.
SEçÃO DE AMoSTRAGEM N95r
SA-52,2,6.
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N96:
5A-62.2.7.
SEçÃO DE AMoSTRAGEM N97:
SA-72.2,8.
SDçÃO DE AMOSTRAGEM Nç8:
SA-8Pã9i na
:
'|
l
2 2 3
B
l3
15
20
20
20 22 24 24 25 25 26
¿o
26 27 28
2.2.9.
SEçÃO DE AMoSTRAGEM N9 9:2.2,r0.
SEçÃo DE AMOSTRAGEM N9 10:2.2.r1..
sEçÃO DE AMoSTRAGEM N9 11:2.2.L2.
sEçÃO DE AMOSTRAGEM N9 12:2,2,L3.
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N9 13:2.2.I1+.
SEçÃO DE AMOSTRAGEM N9 14:2,2.L5.
SEçÃO DE AMoSTRAGEM N9 15r2.3.
PERFIS DE AITOSTRAGENSsA-9 SA-10 sA-1L sA-12 SA-13
SA- 14
sA-l_5
Pãgi na
29 30 30 31 3l 31 33 aa 33 34 34 35 35 35 35 36
2.3.I, PERTI1 DE AMOSTRAGEM Nç 1 PA-PAI
2.3.2, PERFIL DE AMOSTRAGEM N9 2 PB-PBI
2.3.3. PERFIL DE AMOSTRAGEM N9 3 PC-PCI
2,3.4. PERFIL DE AMOSTRAGEM N9 4 PD-PDI
2.4. A1'IOSTRAS PONTUAIS
2 .4.
r.
r0cAt :2,4.2,
t0CAL I2.4,3.
LoCAL: 2 ,4.4,
T,oCAr 32 ,4.5
,
IOCÀL:2.4.6,
L0CAL:2.4.7,
L0CAL:2.4,8,
L0CAL:2.4,9.
LoCAL ¡2 .4 .L0.l,0cAL :
2,4
,IL.
LOCAL:2 .4 , L2. I,0CAL:
2.4,1"3. L0CAL 3
2,4,r4.1,0c4L:
BARRA DO RIBEIRA
ESTRADA IGUAPE-PARIQUERA-AçU
E STRADA IGUAPE-PARIQUERA-AçU
BANCO DE AREIA T,OCALIZADO NO
EXTREMO SUL DA ILHA
COMPRIDA
36PRóxIMo ÀO RTO
NÓBREGA
36rNfcro
Do RroBoGUAçu
36POUCO AO SUL DA ILHA DO PAPAGAIO 36 PARTE. NORTE DA ILHA DO PAPAGAIO 36 APõs A PONTA DO FRADE 38
UBATUBA
2 KM AO NORTE DE UBATUBA 38
BARRA DE ICAPARA (ILHA DE TCUAPE)38
ILHA DE CANANÉIA - PRõXIMO AO
PORTO DO BACHARET 38
TTHA DE CANANEIA - ESTRADA
CANA-NÉrA
-
PoRro DEcUBATÃo
382.5. ESTRUTURAS SE DI ITENTARES
3. MÉTODOS DE LABORATORIO
3.1. ANAL]SES GRANULOfïÉTRTCAS
3,2. PARAITETROS ESTATfST]COS DE FOLK E TIARD
3,2.L. DIÂMETRO MEDr0 (Mz )
3,2,2. DESVIO PADRÃO ( or)
3.2,3. GRAU DE ASSTMETRTA (SKI)
3,2.4. CURT0SE (Kc)
3.3. ITÉTODO GRAF]CO DE SAHT]
3.4" 110RF0SC0PlA D0S GRA0S DE SUARTZ0
3.5. ANAL]SES I]E PITNERAIS PESADOS
3.6. ESTUDO DOS F'ORAfVITNf FEROS
iii
Pãg ina
39
50
77
77 78
80 90 50
5t
E,2
52
53 54
55
56
5B
59
CAPÍTUI,.O
III
RESULTADOS Ë DTSCUSSõES
62
õ¿
62
62
76
90
92 ANAL IS ES GRANUI.OI'1ÉTR ICAS
1,1. CURVAS ACUfVII-ILATTVAS
].2. NÚHERO DE CLASSES TEXTURATS
1.3. DT SCUSSAO DOS RES ULTADOS DE PARAIVIETROS
ESTATÍSTICOS OE FOI'K E WARD
l-. 3. 1. DTAMETRo MÉDro (Mz)
L.3.2, DESVTO PADRÃO (or )
1.,3.3. GRAU DE ASSTMETRTA (SKr)
1" 3.4. CURTOSE (K^)
APL tCAçÃ0 D0 MÉT0Do DE SAHU
3. 14ORFOSCOPIA DOS GRÃOS DE QUARTZO 3. }. ARREDONDAIVìENTO
3.2. ESFERlCTDADE E FOR14A
3.3. DISCUSSAO
ANALISES DE I'1 INERAIS PESADOS
4.1. FRESUÊNCTA DOS ITTNERA]S PESADOS
4.2, DESCRIÇÄO DOS f TNERA]S PESADOS
4.3. PRINCIPAlS FONTES
4 .4 . DI SCUSSAO
ESTUDOS DOS FORAMINIFEROS
5. 1. RESULTADOS
5 .2. DTSCUSSÃO
6.
APÊNDICE ICAPfTUtO IV
CONCLUSÕES
E
CONSTDERAçÕES FINA]SAGRADECIMENTOS
BTBLIOGRAFIA
4.
Pãgi na
97 97
100
100
104
105
liB
125
125
1?6
126
129
136
138
ì 38
147
'I 49
F()TO
F()TO
l-
2-TNnIcE DAS ILUSTRAÇõIs
FOTOGRAFIAS
Dunas bem desenvol vi das
-
Praia
de
Fora.Vegetação dens
a
comãrvores de
grande porte
desenvol vi Ca nos
terrenos
da Formação Canan6ia.
Interi
or
da
Ilha
Compnida.Matacões
de
rochas al calì
nas do MorreteIlha
Comprida,
Nofundo,
aspectogeral
damata semelhante
ã
floresta
ìnterior.
Vegetação psamõf i t.a desenvol vi
da
nos
col
dõe
s
I i torâneos maisrer:entes,
onde
predomina
a
"salsa-de-praia""
Vegetacão psamõfì
ta
desenvol vi dâsobre
cor dões I i torâneos .Vegetação psamófi
ta
desenvoi vi dasobre
cor dões I itorâneos,
nota-se
tambõna
presençade mesõf i
ta.
Vegetação
de
pântano
-
região
i nter- cordão.Presença
de
gramineas,
arãcease
ci perãceas ."Seriúba"ou
"manguebravo"
-
zonada
Avicenia. Í.ornQ,ntlAa, Mar de Cananõi
a,
regi ão oeste
da
Iiha
Comp rì da ."Andapuva"
-
formadopor
La"guncLLaltía ,Ld.ce.no^cL,
lrlar de Cananêia-
região
oeste
daIl
ha Compri
da.Pãgi na
t0
1o'
t4
14
16
l6
17
I9
l9
FO TO
F0T0 4
-F0T0 5
-F0T0
6
-F0T0 7
-FOTO B
.
-F0T0 10
-F0T0 11
-F0T0
l2
-F0T0
l3
-F0T0 14
-F0T0 15
-F0]"0
I6
-F0T0 17
-FOTO
IB
-F0T0
l9
-As pec
to
geral
da
Formação
Cananéia
desenvol vi da
na
regi ãooeste da
Ilha
Compri da. Banco de areia
e parte
acrescì dada
praiado
Pontal.
Extremosul
da
Ilha
Comp rì da .Vista
panorâmicade
um bancode
areiaemerso em maré bai
xa.
Extremosul
daIlha
Comprìda,
No fundo aparecea
ilha
do
Bom Abri go.tstrati
ficações
cruzadas tabulares
ass0 ci adasa
areias
fi
nas de dunas.Estrati ficações
cruzadas tangencì ais
emarei
as
fi
nas de dunas.Detalhe clas marcas ondul adas
assimõtri-cas
-
zonainter-mar6'
Marcas ondul adas com
concentração
de minerai
s
pes ados .Marcas ondu I adas com fra gmen
tos
vegetai s-
zona i nter-maré.Pequeno
curso
d'ãgua que desa guana
praia'
Nota-se
a
formação de pequenos terraçose a
presença de marcasonduladas
assim6tri
cas.Perfurações
por
organì smos,
montículo
deareia
deArenicola,
napraia
- zona
inter-maré.
Pág i na
23
32
37
40
40
42
42
43
43
vl1
Pãg'i na
FIGURA
]
-FIGURA
?
-FIGURA3.
FI GURA
FIGURA
F]GURAS
Mapa Fotogeológico
da
Ilha
Comprida (SP).Ãrea:
Canan6ia
-
Iguape,
(Anexo).
Ni vel amento
de
dunas.Curvas acumulati vas das f reqtlênci
as
gra nul ométricas
das amostras coletadas
a1,50
mde
profundidade emrelação
aonível
do mar.Curvas acumul
ati
vas dasfreqtlências
granul om6tri cas das amostras col
etadas
nonível
de marã
baixa.Curvas acumulativas das f reqtlânci
as
granu lom6tri
cas
das amostras
coìetadas
nonível
de marõ alta.
Curvas acumul
ati
vas das f reqtlêncìas
granulomõtricas
das amostrascoletadas
junto
aos cordões
Ii
torãneos.Curvas acumu
lati
vas das f reqtlônc ias
granul ométri cas das amostras co I
etadas
nasuperfÍci
e
dos cordões I i torãneos ,Curvas acumulati vas das f reqtlônc i
as
granulomãtricas
das amostrascoletadas
nas ubs upe
rfíci
e
dos cordões I i torâneos.Curvas acumu
lati
vas das f reqtlências
gra nul omãtrìcas
das amostrasdo
PerfiI
deAmos t ra gem PA
-
PA'.curvas acumul
ati
vas das freq0ânc ias
granulomótricas
das amostras do.Perfi
l
deAmos tra gem PB
-
PB'.ll
64 FIGURA FIGURA4-
5-
6-
7-65 66 67 6B 70FI GURA
8
-FIGURA
9.
69
FIGURA
IO
Pãgi na
FIGURA
II
-FIGURA
I2
.
FIGURA
I3
-FIGURA
I4
-FI GURA 'I 5
FIGURA
I6
-FIGURA
I7
-FTGURA 18
-Curvas acumul
ati
vas das f reqtlências
granul om6tri cas das amostras
do
PerfiI
deAmos tragem PC
-
PC'.Curvas acumu la
ti
vas das freqtlências
gra nul omãtricas
das amostrasdo
PerfiI
de Anos tragem PB-
PB' .Curvas acumul
ati
vas das f reqllências
granul omõtri cas das amos
tras
pontuais
daã
rea
de trabal ho.Curvas acumul
ati
vas das freqüências
granulométricas
das amostraspontuais
desedimentos associ ados
ã
ãrea
de
traba'I ho,
Vari abi I i dade
de parârnetros
granulorné-tri
cos:
di âmetro m6dio;
das amostras co'I etadas
a
1,50
m deprofundidade
(
nomar)
;
nívet
de maré baixa,
nivel de
marê
alta,
e
zonade
cordões I j torâneos.Variabitìdade
de
parânetros
granulomãtri
cos:
d i âmetro m6dio,
das amos tras
dosPerfis
de Amostragens: PA- PA',
PB-PB',
PC-
PC'e
PD-
PD'.Vari abi 1 i dade de parâmet,ros granul
omé-tricos:
diãmetro m6dio; das amostras coI eta das
no
to po dos c ordões I i torâneos.Vari abi 1i dade
de
parãmetrosgranulomã-tricos:
diâmetro
m6dio; das amostras coletadas
na
subsuperfÍcie
dos cordõesli
torâneos.
72
73
74
75
B2
83
84
FIGURA
I9
.
FIGURA
20
-FIGURA
2I
-FIGURA 22
FI GURA 23
FTGURA 24
-FIGURA 25
.
FIGURA 26
.
Vari abi I i dade de parâmetros granul omÉ
tri
cos:
desvio-padrão;
das
anostrascol etadas
a
I,50
m de profund idade (nomar)
,
nível
de maré baixa, nível
denar6
alta e,
zona de cordões I i torâneos 'Vari abi I i dade
de
parâmetros granul om6tri
cos;
desvi o-padrão¡ das
amostrascol etadas
no
topo
doscordões
I i torâne0s "
Vari abi t i dade de parâmetros granul omé
tricos;
desvio-padrão;
das
amostrascoletadas na
subsuperficie
dos
cordões I i torâneos.
Vari abi t i dade
de
parâmetros granu l ométricos;
desvio-padrão;
das
amostrasdos Perfi
s
de Amostragens: PA-
PA' ,PB
-
PB',
PC-
PC'e
PD-
PD'.Di
ferenças
de vi scosì dadee
energia
es uas rel ações com di
versos
subambientes
depos i ci onai s. Segundo
SAHU(re64).
Curvas acumulativas
de
distribuição
dearredondamento, Segundo KRUMBEIN e
sLosS
(l963).
Fração 0,250-0 'l25
mn.Curvas acumul
ati
vasde
distribuição
de arredondamento,
segundo
KRUMBtTNe
sL)SS(1963).
Fração 0,125-0'062mm.Curvas acumulati vas
de
distribuição
de
esferi
ci dade, segundo KRUIT'rBErN
eSL7SS
(1963).
Fração0,250-0'125
mm.ìx
Pãgi na
99
101 86
87
93
98
B8
FIGURA 27
F I GURA
FIGURA
FI GURA
FI GU RA
28 29
30
3l
Curvas acumulati vas de di
stri
buìçãode
esferi
cidade,
segundo
KRUMBETNe
SLlSS(1963).
Fração 0'125-0,062mnt. Arredondanlento médio
daspartícul
as .Desvi o-padrão
do
arredondamento daspartículas.
Esferi ci dade m6dia das
partículas.
Desvio-padrão daesferi
ci dade mãdi adas
particul
as.TABELAS
Rel ação das amostras de sedimentos da
Ilha
Çompridae
arredores
con
especifi
caçõesde
procedência
e
os
processamentos aos
quais
foramsubmetidas
as amostnas.Freqllôncia
porcentuais
numãricas de minerai
s
pesados transparentes:
fração0,250
-
0,125
mm.Freq0ênci
a
porcentuais
num6ricas
de minerai
s
pesadostransparentes:
f ração0,125
-
0,062
mm.Freqtlôncia porcentuai
s
numõricas
nõdi
as
de mi nerais
pes a dos transparentes.Abundãnci
a
relatì va de
es péc i mese
divers i dade específi
ca
eml0
cc
de sedi mentos.t0? ì03
103
ì03
t03
TABTLA'I
-TABELA
2
-TABELA
3
-TABELA
4
-TABELA
5
-46
106
107
'I 08
X1
Pãgi na
TABELA
6
.
TABELA
7
-0corrênci a
fe
ros
porFreqtlência con di ções
das es péc
ies
de forami ni amostras
estudadas.dos
taxa
nasdiferentes
de
col eta.130
TNTRODUçÃO
No presente trabal
ho
foram real i zadas observações decampo, exame sedimentot6gico convencional
e
de
microrganismos 'preparação de amostras
para
outros
tipos
deestudo,
tais
como:mi nerai
s
pesados,textura
superfìcial
dos grãos,
no
i ntuito
decaracterizar
os
sedimentose
inferir
idãias
relativas
a
suagônese no que
diz
respeìto
ao modo detransporte
e
deposiçã0.0s resultados
dasanãlises
granulom6trjcas
das
amostras
permiti
ram confi rmaros
anbientes
atuais,
reconhecer
os mecanismosdeposicionais
dos ambientespretãritos
e
correlacio
nar os
sedimentos deãreas
associadas,por
meiode
tratamentoses
tatís
ti
cos
convenci onai s .Uti I i zando
o
exame dosminerais
pes ados pretendeu-seobter
indicações
paraa
resolução do problema da deri vação dossedi me ntos .
Procurou-se
correlacionar, atrav6s
do
reconhecimentodos forami
niferos
encontradosna
zona i nter-marés ,os
aspectosdos processos que ocorrem nos subambientes
costeiros relativos
ao ambientedeposicional,
especialnente
sedimentaçãoe
dinâmica
oceân ica local.
A interpretação
dos resul tados encontradose
dadosram i
ntegrados,
nointuito
defornecer
subsídios
para
unaterpretação
dahist6ria
geolõgica
dos eventos quaternãr'i osì I
ha
Compri da ,OBJETIVO
Definição
dos vãrios
subanbìentes
depos i ci onai s.
daitha
Comprida,
caracteri
zação sedi mentol õgica
( te xturaI
e
mi neralõgica)
dosdepõsitos
e inventãrio
de microrganismos,
prin
ci pal mente forami níferos .
2. ÃREA ûEoGRAFTcA
A
itha
Compri da6
integrante da
regì ão lagunar
Igua pe-Canan6ia,
quese
estende desde
a
foz
do
Rio
Ri beìra
de
I gua peaté
a barra
deArarapira,
noslimites
dos Estadosde
SãoPaul
o e
Paranã.Quatro grandes
ilhas
alongadasjunto
à
costa,
comuma extensão
superìor
a
100 km formam essa complexaregião
'lagunar.
Donorte
para
o
sul
tem-se:
a
ilha
de
I guape,.ilha
Compri
da,
itha
de Canan6ia e
a
itha
do Cardoso(vìde
Fi gura nQl,
mapa anexo),
A
ilha
Comprida, comcerca de
70 knr de extensãoe
2a 5
kmde
largura,
estã
separada docontjnente
peìo
mar
Pequeno
ou de Iguape,
conlarguras variãveis
de 400a
I
200m;
dol ado sul
,
este
"nar" õ
s ubdi vi di dopela
ilha
de Cananõia,
emdois
braços denominados mar de Cananéiaou de
Forae
mar
de Cubatãoou
de Dentro.
ln
da
separada
da
i I ha de Cananõia
peì a,
i mpropri amente chamada, baíade Trepandé, semelhante
a
um grandegolfo.
Quase na extremi dade
norte
da
ilha
Compri da'
enc0ntra-se
a
i'l hade
I guape,arti
fi
ci al,
ori
gi nadada
abertura
doVal
o
Grande, canaI
queliga
o
Rio
Ri beira
ao mar Pequeno 'Atra v6s de
quatro barras,
tem-sea
comunj caçãodo in
terior
como
maraberto.
Estas
donorte
para
o
sul são:
barra
doRio
Ribeira,
entre
o
continente
e
a
ilha
de
Iguape;
barra
de
I capara,
entre as
ilhas
de
Iguapee
Comprida;
barra
deCanan6i
a entre
as
ithas
Comprida
e
do
Cardosoe,
barra
de
Ara rapira,
entre
a
ilha
do Cardosoe
o
conti
nente.
Este
conpl exo l agunarestã
1i gadoao
interi
or
com
abaía
de Paranaguã, Estado
do
Paraná,atrav6s
de um canal arti
ficial
com4
km deextensão,
denominado Varadouroe
pelo
RioVaradouro,
baia
de Pi nheiros
e
baia
das Laranie iras,
permiti
ndo comunicação segura
entre os portos
paulistas
de
Iguapee
Canan6i
a e
o
porto
de Paranaguã, I ivre
da turbul ência
doaberto.
mar
A
ãrea
estudada I imita-se
aonorte pelo
paral elo
24o30'
00ude
tatitude
sul,
aosul
pelo paralelo
25o30'
00";
aleste
pelo
meri di ano 47030'
00u (0ceano Atl ânti
co)
e
a
oestepel
o
merìdiano 4Booo'
00".3. -
TRABALHOS PRÉV I OSDesde
os prirnõrdios
doséculo
passado,o
vale
doRio
Ri beira
de
Iguapee o
Litoral
Sul
do Estado deSão
Paulotêrn si do
obieto
de numerosas i nvesti gações geol õgi cas'
Mas ,mui
tas
dúvi das ai nda pers i s tem em re I açãoã
geot ogia
regi ona lcal
0u tratam
de probl emas muito
especifì
cosEs
ta
s i tuaçãotorna-se
maìs
grave q uan dose
considera
a
pl anîcie
I i torâneae
áreas ci rcundantes 'Abai
xo,
cronol ogì camente,estão
a1inhados
algunsdos prì ncì pai
s
trabal hos que abordam aspecl;os I igados
di retaou i ndi retamente
ä
geo l ogìa
da ãrea
em ques tã0.KNEcHT
(.l944),
observouas
areias
ilmeníticas
daprai
a
rle Jur6'ia
(municípi
o de
Iguape ),
estabel ecendo suaocol
rôncìa
numa extensãode
7
kme
concentraçãode
at'e70% (iul
to
a
ponta)
e
ìnterpretou
como um dos nlaiores clepõsitosdo
I itoral sul
do tstado.BTGARELLA
(1946),
temtratado
vãrios
problemas
dasedì mentação neocenozõi
ca
da ãrea 'FRETTAS
(1947),
descreveupetrogrãfica
e
quimìcamente
rochas
e rupti
vas
al cal i nasde
Canan6ia,
disti
nguindo
doisti
posde
rochas de profundi dade:pulaskito
e
nordmarkito
euma variedade
hipoabissai
classjficada
comosolvsbergito.
BESNARD
(1950),
apresentou umensaio
hìpot6tico
sobre a
gânese cla região
e
descri Ção dos seus diversos
aspectos' di vi di ndo-a em zonas naturai s.srLVA (1 952 )
,
faz
breves referências
ã
propagaçãodo marulho de
leste
noestado,
produzidopelo
anticiclone
pglar
maritimo
e discute
suadivergência
enrtoda a
costa;
mãxima em Santos
e
nrinì ma, quase nula
em Cananéi a.SrLvMRA
(1950),
fez
untrabalho
geomorfológ'ico
regional,
reconhecendona
região
I agunarterraços
de
construçãoMINIUSSI (1959 )
,
esquemati zouo
mecani smode
propagação de maré
atravãs
das ãguas que c ircundama
ilha
de Cananéi a.TEIXEIRA
e
KUTNER(1961),
fizeram
um levantamento dospri
nci pais
gônerose
esp6cies
consti tuintes
da
flora
de
diato
mãceas que ocorrem em Cananéi
a e
s uasadjacôncias
(reg iões
lagunares
e
manguesai s).
Mostraram queas
fl
utuaçõesde
sal i nidade consti
tui
ramo
pri ncipal
fator
ecoì õgìco
na
determi naçãoda compos i ção
e
d istri
bui ção des ses
o rgan i smos naqueles l ocai se
queas
espécies ou sãode
naturezacosmopolita
(grande
maioria),
ou são formastropicais.
KUTNER (1962 )
,
es tudou tamb6mo
probl emada
sedimentação
recente
emtorno
da
ilha
de Cananéia.
Cons i derouque
aregi ão não
õ
propri amente I agunar una vezque
faì
ta
gradaçãoentre
os
ambientes de sedirnentaçãonarinha
e
fluvial.
Sal ientou
quea
infl
uência
mari nha6
mais
marcantefrente
as
barrase
a
fluvial,
nas des emboca duras
dosrios.
oCcIlrPrvrr
(.l963), publicou
nesultados
clìmatolõgì
cos
e
observações meteorol6gi cas corres pondendoa
um
períodode
5
anos, salientando variações
diãrias,
sazonais,irregulares,
e tc .
MAGLr0ccA
e
tillrNER (1964),
analisarama
distribui
ção da mat6ri
a
orgânica
nos sedi nentos defundo
de
Cananéi a,baseando nos
valorcs
encontrados em carbono o rgân ico
e
nitro
gêni
o
total
contido
nasfrações
siite-argilosas,
e
nas propriedades de massa das amostras co'l etadas.
BRASC0NSUL,'I (1964)
e
GE0BRÃ.5S/A (1965),
companh iasa serviço
do DAE\I/SvR (Departamento de Ãguase
Enez,gía ELé|T¿ca
-
Seruiço do
vale. doRibeíra,
este
foi
extinto
passando suasatribuições
para
novo órgão denomi nado Sup er¿ntendância
do
De sent¡ol¡simento doLíboral,
PauLísta
(SUDELPA), trouxeram informapara
um pl ano de desenvol vimento regi ona I .0
trabalho
da BRASCoNSULT apresenta ummapa
fotogeo1õgico mostrando que
as
rochas do embasamentocircundante
daregião
são rochas metam6rficas do Grupo Açungui (Prõ-Cambriano)f
i'l
itos
e
mi caxistos,
mi gmatitos e
gnaisses,
cortados
por
i ntrusões de
rochas granit6i des
(grani tos'
adamel 1 itos
e
granodi ori tos )
.
Cort,ando essas rochas exi stem intrusões
de
rochasa'ì cal i nas.
Antes de
atìngir
a
regìão
lagunar
o
Rio
Ribeira
atra
vessa tamb6Ír zonas de
outros
tìpos
de rochasdo
grupo
citado
(quartzitos,
anfibolitos,
diabásios, calcãrios e calcoxistos)
'No
trabalho
da GE0BRÃss/A,
t-em-se pni meirarnente
visão
conjunta
da região
Iagunar,
quando são dì scutidos
vãri oseventos que
teri
am propì ci adoo
surgi mento dasfei
ções
atuai s(toda a região
Iagunar,
itha
de Cananéiae inclusive
a
ilha
comprida),
empregandopara isso
princìpalmente
observações geomorfol õgì cas.
,
PETßIe
EIILFAR) (1970 ),
descretreramos terraç0s
marinhos de abrasão em di
ferentes
níveis,
da
ilha
do
Cardoso'
argu mentando sua i mportância
na
avaì'i açãodo
equì Iíbri
o
tectôn i coentre
a linha
da costa
e
o
mar.PErRI
e
SUGUI0(t97la),
reconheceramcinco
unìdadesgeomorfolõg
icas
(atrav6s
de
observaçõesde
fotos
a6rease
estu dosde
campo)na
região
da Barra de
Canan6ìa
e
des c re veram
ospapéì
s
desempenhadospor
cada uni dade no model adodas
fei ções regi onaìs
e
s uas alterações
a trav-es dos tempos geol õgÍ cos 'PErRr e
suGUr0(l97tb),
descreveramas
seqtlânciasde sedimentação neocenoz6icas
existentes
na
regiã0,
e
discuti
ram
os pri
nc ipais
pontos
I i gadosã
ori geme
i dadeda
Formaçãodada.
FULFARo
e
CoIMBRA(1972),
estudaramas
caract,erísti
cas
s e d i me n t o I 6 g i c as
dasareias
das praias
do
Iitoraì
paulista,
evidenciando
as feìções
morfolõgicas de
umacosta,
como praias,I argas zonas de dunas, lagunas
e
mangue,FULFAR)
e
C)TMBRA(1973),
caracteri
zaramo
padrãode
distribuição,
zonas de concentraçãoe
provãveìs fontes
dosminerais
pesados dasareias
depraia
do
litoral
paulista.
PETRf
e
SUGUI0(1973),
realizaram
estudosde
jmicror
gani smos
e
ni nerais
pesadosda
região
ìagunar.
Confrontaramol
microorganismos estudados en amostras
de
subsuperfície com
osresultados
de amostras desuperfície,
obtendoesboço
paleoeco1ógi
co de
i mpres cen di veI
valor
na
reconstrução da histõria
geolõgica.
A compreensão do problema daderivação
dos sedimentosfoi
i ndj cada pelo
exame de mi nerais
pesados.
A
i ntegração dosdados obti dos permi
ti
ram reconhecera
presença dequatro
uni dades de sed i men
tação,
bem disti
ntos,
regi strando
a
histõria
dos e ventos
geol õ9i cos na ãrea.SUGUIO
e
PETRI(1973), atrav6s
de observações decanpo, estudos granulomõtricos
de
amostrascoìetadas
pelos
Autores e
das amostrasobtidas
dedoìs
poçosprofundos
perfura. dos pelo
f cG(Instituto
Geogz,ã.¡icoe
GeoLógíco d.o Estad.o d.e São PauLo)e
deperfurações rasas
executadaspela
GE0BRÃ,ss/A,
Engenharia
e
|undações,permitiram
confirmar
nos ambientes atuaìse
reconhecer nos ambientespretãri
tos
de
sedimentação,os
seus mecani smos depos'i ci onais.
Caracteri zaramas
areias
regressivas,
sal i entando sua extensãosuperficial,
inportância
na
geoIogia
regicnal
daplanicie Iitorânea,
e
comofonte
fornecedorade
detri
tos
para os
subambientes
atuai s;
propuserama
denomi naB
F|ILFAR), SUGUTO
e
p1NÇAN0(1974),
mostraramque
aspt aníc
ies
cos te iras
paulistas
poss uem evol ução geoì õgica
similar
por
apresentarem colunasestratigrãficas similares,
e
que podemser
geomorfol ogi camente di vi di das em comparti mentos, sendo mais extensos
os
I ocal i zados aosul
da
regi ão Santos-Bertioga,
Este mesmolimite
separaa
costa
paulista
em umaãrea
comcaracteristicas
de emersão aosul
e
submersãoao
nort,e.
Salien taramainda
que as áreas ocupaclaspeìas
pìanicies costeiras
sãodominadas
por
fortes
linhas estruturais
comoa
falha
de
Itatinsao
norte
do
compart.imento I g u a p e - C a n a n 6 i a,
falha
de
Cubatãoli
mi tando
o
comparti mento Sa ntos - I ta nh aen- Peru ibe, o
al i nhamento
estrutura
l
do
Paranapanema aonorte
de
Santose
a
falha
deCamburu separando
o
comparti mento de Caraguatatubano
seu I imite
sul.
4, -
TRAÇ0S FrSt0cRÁFtcos, cLtMA E vEGETAçÃ04.1, - GËO14ORFOLOGIA
As
planícies
do
litoral sul
assumemconsiderãvel
importânci
a
por
rep res en tarema
regi ão de maior
desenvolvi
mentoda sedimentação
costeira
cenozóica notstado
de
São paulo.0cupam uma
ãrea
próxima de2
000 km2, comlargura
mãxima
de cerca
de 23 km aonorte
dafoz
do
Ribeira
de
Iguape(fuL¡az,o" SuguLo
e
Ponçano,1974),
Segundoestes
autores,
aFormação Canan6ia mostra-se melhor desenvolvida
nesta
ãrea
eparece
ter-se
constjtuido
em pri ncipal
fonte
de
sedimentos
para
estas
pl anicies
costei
ras.Dentro
desta
pai sagem s ed imen tar,
sobressai
a
ilha
Compri da
cuja
importâncja
se relaciona
com sua e xte n sãoe
uniSua prai
a
principal
apresenta-se com quase 70km
decomprì mento, sendo denomì nada pra
ia
de
Fora.
Possui
pequenadeclividade
porque suasareias
são de granulaçãomuito
fina
e homogônea. Nov6rtì ce
SE,praia
do
Pontal,
ondea
ação das ondas
ã
nais
vio'lenta e
a textura
donaterial
torna-se
muìto gros sei ra.Dunas
se
desenvol vemno
ì ado oceânico,
algumas
elg
vando-se
a 7
metros(Foto
l),
0s ventos'
agindosobre
a praia,
açãoesta
desenvolvida dolado
oceânico,
propiciou
a
remobilização
de
suasareias,
t r a n s p o r t a n d o - as
para o
interior.
Emconseqtlência, ocasionou
o
apareciment.o dequatro
cristas
de
dunas
alinhadas
paralelamenteã linha
dacosta.
Asduas
primeiras
dunas(do
ì ado do conti nente)
encontram-se
estabi lizadaspor
vegetaçãoe a
tercei
ra
mais
ou menos es tabi I izada.
A quarta
duna,
prõximaã
praia,
ainda
estã
ati
va.
As dunas mais
altas
encontram-se nâregião
sul
da
ì1ha (Figura
2).
Formam unafai xa
comlargura
vari andode
100a
200 metros para
o
interi
or.São cons
picuas as
camadas de barl
a vento,
pois
nesta parte
tor
nam-se comuns anfi
teatros
ori
gi nadospor
erosão devida
ãs ãguaspluvìais.
Aolado
das camadasfrontais
hã
o
e s t a b e I e c j me n t o devegetação.'
Atrãs
desta
faixa
de dunas aparecea
mata densa comã rvore
s
de a Itura
extremamente un i forne.Nesta
ãrea,
sobre
terrenos
mais anti gosda
Formação Canan6i a,
estabel eceu-sea
vegetação densae
congrande
porte,
(Foto
2)
fato
quepossibilitou
o
pequeno avanço das dunas parao
interi
or
e
comisto
se
tornaram mais
altas.
Jã
mais
aonorte,
di minuj
a
a ltura
das dunas,da
vegetação apõs dunas
e
então
as
características
vestigiais
doscordões l i torâneos são mel
hor
vi sîveis.
A vegetação6
mais
nova
menos densae estã
estabeteci da sobreos
cordões.
Com i stoas
dunas, embora de nenor altj
tude,
penetram mais
para
o
i nt,eDuno.t ben dea e.nv oLvida"A
-
P,Laidde
Fonalleoøtacão d¿n6a con ânvonet
de
gnandø noiÍ.o, d¿lenvoLvida noÁ te,Lnenotda
Fonmação Cananeia
-
'lntenío¡t da
ILha
Com:Fig. 2
km
m
ro
2
ESCALAS
H-12
Caso extremo
é
encontraclo prõxi moã
extremidade
nol
deste onde
a
ilha
se
estrei
ta
mais'
e
as
dunasde
baixa
altura
ocupam
a
sua 1argura
total
^Entre
as
dunas formam-se val es,
constitui
ndo cami nhonatural
para
pequenos cursos
d'ãgua quese
desenvol venna
ilha
em conseqtlência do cl ima e xcepc i onal me n
te
chuvoso'
Pos s uem cursos
i ndecisos,
em vista
das condi ções topogrãficas
da
regi ão 'const,i
tuinrlo
f reqllentemente zonas pantanosas deãguas
estagnadas
,
Comoas
dunas,
as
zonas pantanosas são tamb6m mais
desenvol vi das
no
I ado oceâni co.A
ìlha
Comprida, formadapor
umasuperficie
quasepl
ana,
estã
el evada em relação ao níve1
do marde cerca de
2
a4
metros,
Cordões al i nhados cortamesta
superfíci
e'
curvando--se
para
oeste.
Apl
icou-se o
termo cordão 1itorâneo
para
caracteri
zar a
fe i ção morfol õgica
posìtj
va
al ongadae
mo I dadasobre
asarei
as
da
baì xada'
SãoIi
gei ramen Le elevaclos da ordem de2
a3
metros dedesnîvel
e
tornam-se perceptîveis
nasfotos
a6reasde vi do
a distribuìção
seleti va
da vegetação quese
desenvol vemel
hor
nas ãreas mais
imi das .
ConformerelatõriodaGE?BRÁSS/A(1965)'apresentam--se
constÍtuinclo
faixas
de
i cladesdiferentes
quediminuem
n0sentido
de crescimento(acresção lateral
)
das mesmase
nâspartes
mais
antì gas dai Iha
os
sedi mentos poderian
teli
dadesde
2
000a
3
000 anos 'Datações Pel
o
mõtododo
C- l4 ''I
o
Centro
de Geocronol ogia
do
Instituto
versi dade de São Pau
lo,
de materi aìs
dexino ao
Rìo do Nóbrega, mostrou idadesreal i zadas em
I973
Pede Geocì ônci
as
da
Uni sambaqui l ocali
za doPrõ-superi
ores
ãquelas..carvão
vegetal
apresentouidade de
4
2.l0+
.l60e
4
380+
340anos
,
respecti vamente.GE)BRÃS
S/A (op.cít.
),
pETRre
SUGUIO(l97ta)
reali
zaram estudos sobre
o
comportamento dessescordões,
uti
t i zandofotos
a6rease
observaçõesde
campo.Aos cordões
intercaìam-se
depressões iguaìmente alongados
:
inter-cordões
-
e
paraIelos
quese
sucedem,
produzi ndo unasuperfície
ondulada denominadapor
pIAZZAe
ARAUJ0 (1972\de
"planicie
de cordõeslitorâneos".
Nestas depressõeshã
odesenvol vimento de mangue devi
do
a
sua el evada uni dade.Pequena elevação
de
rochasalcalinas
denominada Mol"rete
(Foto
3),
situada
a
S [,] emfrente
ao marde
Cananãia,6
oúni co aci dente da
itha
e eleva-se a
42 metrosde
alti tude.
Doseu I ado
oposto,
nailha
de
Cananéia,
situa-se o
morrode
SãoJoão,
tamb6m formadopor
rochasalcali
nas (FREITAS, lg47)..
elevando-se aproximadamente ã.;l 20 metros de al
tura
(KUTNER, 1g6Z). Suascaracterísticas
petrogrãficas
são semelhantes(Vide
Ap6ndice
I)
e a
Lage doArgolã0,
acidente
submerso, pareceser
aponte
de
ligaçã0.
Pelo m6tododo
p o t ã s s i o - a r g ô n ìo
foram
datados
por
AMARALet aL,
(1967) obtendo-seidade
de B2 rnilhões deanos (Cretãceo Superi
or).
4.2, - CLIfvtA
Com uma temperatura m6dia anual da ordem
de
2l ,So C,precipitação
m6diasuperìor
a 2
000 mm/anoe
umidade
relativa
do
ar
superior
a
70%,a
região
podeser
enquadradacomo
apresentando cl ima "quente
e
úmjdo",
"cl imatropical,',
K)PPEN
lin
re I atõri
o da
GEoBRÃSS/A
( op. cít.
) .FoLo 3 Mat acõ e¿ de
no-chd¿
alcaLinat
dollonn¿te.
Nodundo
aóp¿ctogenaL
da
matatemelhantø
a.dLonuta
Lnte-,Lio tL
FoÌ,0
4
- l) egetdção pa an66ila
de¿envoLvTtld
not
cotLdõeÁLitotãneo¿
maíanecenâet,
ondepnedonina at' t aL
4
,3, -
VE Cr:.I Aç Ã0A vegetacão que
se
cles envolve na
ilha
Compri dae
adjacências
constitui
umparãnetro de
superfície
para
diferencia
ção dos
diversos
sul¡anrbìentes,ã
resultante
clasdiferenças
desolos e
umidadesexistentes
entre
os
meslnos.Nas arei
as
daspraias,
saturadas desal
marinho,
de senvolve
umafl
ora
pì oneira
hatõfi
ta
e
psarn6f ita.
Certas
espõci
es
I ançamri
zontas (com vãrios
metros cle contpri Inento)
portadores de
raizes adventicias
nos gomosr numatentativa
de
sefi
xarem nas ãreas vazias.
Em suafrente
desenvolven
amarantãceas
e
gramíneas(Foto
4).
Atrás
dessaspioneiras,
desenvolve
umaflora
maisrica
podendoser
vistas
ciperãceas,
brgme1 i áceas, cactãceas
,
etc.
Sobre
os
co rdõese
dunas mais
recentes
vì vem ci perãceas
,
cactãcease
grande nänero deepífi
tas.
Comoas
arei asai nda não
se
apresentamfi
xadas,
a
f1ora
õ
psamõfita,
mas
nota-se
tamb6ma
presença de nesõfitas
(Fotos
5 e
6 ) 'Nas
regiões
inter-cordões
desenvol\tem-se
pântanoscom vegetação
caracteristica,
constituida
pr"incÍpalmente
porgramíneas, arãceas
e
ciperãçeas (Foto
7).No
interior
da
itha
existe
fornação arborescente deaté 6
mde
altura.
l'loconiunto
sãoarbustos
e
pequenasárvo-res
detronco
fino,
cons+"ituindo freqüentemente bosques rnuito densos.A
sudoeste r.iai1ha,
a
rnatajã
ã
fechadan semeìhanteã
fl
oresta
interi
or nri
ca
em esp6ci es,
mostrarlclo evol ução bastante
avançadapara
clima florestal
do
tipo
da
floresta
úmiFoto
5
-
Uegetação pt-an'o6ita
detenvoLvid.a tobneco ndo
e.Á
LitorLa.nøo^
Foto6-VegeÊaçãoptam6
ti.¿a d,¿t¿nioLvi
ä.a
¿obne
coh=dõøt
Lir.onãneot,nol.a.-6e tanb'en
d. ptLeô
ençd
d.eFoto
7 It egetação de pã.nt,ano -- negião intøn- con-.dão.
Pnetença de gttamined't,
aha.cøa^e
cL1B
Nas proxi mi dades das enboca dura
s
dosrios,
como
nasbordas dos braços de mar
-
junto
ãs
fat6sias
dep.içarras
-
deposita-se material
limoso.
Em conseq0ôncia tem-sesoìos
encharcados, defi ci
entes
em oxi genaçãoe coberto,
duas vezes pordìa,
pela
marã, oferecendo condiçõesmuito
limitadas
ã
vida
vegetal,
comportando poucas esp6cies que formam emconjunto,
osmangues.
0s
habitantes
da
região
di stinguemtrôs
aspectos
demangues
(Fotos
Be
9):-
"mangue manso',,próprio
das zonas baixas
e
incon s i stentes,
f ormadopor
Rh.gzo¡cltonatt mangLe; ,'andapuva ",
f ormadopor
La.guna,Llanía.nae¿no^a
deporte
maisbaixo e
o
,,seriúba"ou
"manguebravo"
constitui
a
zona da Ãvic¿nia. ton¿ni.oaa,, Estadistinção
tem apenascarãter
fl
orísti
co,
podendoestes ti
posse
apresenta rem o muitas
vezes,
reun i dos .Melhores
detalhes sobre
o
comportamento, sistemãticaFoto 8
-
S eni'uba
ou ttnangue bt¿avo't-
zona daAvi-c¿nía Lomønio¿
a,
Man de C anan'eia ,negãî
-
-oe6r-fî-Aa
íL.ha Comytnída" A,nda.puva." donnado pg!. Lagunctilanía
na-ceno^
a.
Mo.¡tde
Cananøia. neãiao
o ¿tî,¿20
l.
Constituiu
ração da carta-base, ca em escala
gra nde.CAPÍTUTO I
I
METODOLOGTA
MAPA FoTocEoLÕc tco
a
pri neira
etapa deste
trabalho
a
etabopel
a
ausência de documentaçãocartogrãf
iA
ãrea
restituídar
cotr umâsuperfície
aproximada deo
320
km'
estã
recoberta
pelas
fotografias
aéreas executadas em1962 pel
os
Serviços
Aerofotogram6tricos
Cruzeiro
do
Sulr
hâ escala
1:25.000.
Compreendetreze
fai
xasde
voo,
sentido
Leste-0este,
correspondentesa
B5fotografias.
A
i dentifi
cação dos detal hes
cartogrãfi
cos
foi
fei
ta
pela anãlise
dasfotos
aéreas em vi são estereoscõpica,atra
v6s
dosistema
"stereo
triplet,,,
descrito
porRICcr e
pETRr('rs6s).
A
restituìção
planimétrica
foi
executadapor
trian
gulação
radial grãfica,
m6todo com moldestransparentes,
tamb6m
descrito
emdetalhe
porRrCCr
e
p|rRr
(op.
cit.
).
0s
pontos decontrole planim6tricos
foram
estabeleci dos
a
parti r
decartas
do
Insti
tuto
Geogrãfico
e
Geo.l õgìcodo Estado
de
São Paulo
(escala
de
l:250.000,
1954) e
levantacorreções
realizadas
eml94l
e
1942(escala
de
I:27,SO0)A
transferênci
a
das coordenadas geogrãficas
para
acarta-base
foi
fei
ta
baseada nascartas
citadas
e
no mosaico--índi
ce da
regi ão de escala
l:100.000.A observação das
fei
ções de ì nteresse
geol6gico-geomorfolõgico,
feìta
pelo
exame dasfotografias
a6reassob
visão
estereoscõpica,
foì
registrada
em,'overlays"
e
posterior
mente
transferi
dapor
transparôncia para
a
carta-base.0s
trabal hos de foto interpretação
forammuito
i mportantes
emtodas
as
etapas da pesquìsa,
não apenascomo
fontede obtenção
de
dados mas tambãm como basepara
o
estabel eci mentodo
rotei
ro
de
trabalho
de campo.A
regi ão mapeada, mostradana
Figura
I, é
cobertapor
sedimentos quaternãrioSr
ondese
destacamos
importantesel enentos
fisiogrãficos:
cordões I i torâneos,
dunas,manguezai se
a
rede hidrogrãfi
ca.Este mapeamento
objeti
vou-se excl usi vanenteã
ãreade
trabalho,
sendotentativa
doautor
reconheceros
subambientes
deposi ci onais
da
ilha
Compri da.Foram tamb6m I ançadas na
carta-base as
seções,
peIfis
e
os
pontos de arnostragemrealizados
na
ilha. Em
conseqllência da
pequenadistãncia entre
as
amostras,foram
plota
dos apenas
os
I ocais
das seções,
dosperfi
s
e
as
amostras pontuai s.
A anã
li
se
do mapa evì dencia
pri ncì pal mente osgui
ntes
aspectos geol õgi co-geomorfol6gi cos :
se-A Sl¡J I ocal i za-se
o
Morrete,
consti tuído
de
rochas al2?
A Formação Cananõia
-
pteistoceno
-
ocupatodo
o
pontal
da Tri nc heira
estendendo-se rumo NEatõ
as
prox.i mi dades deUbatuba.
Maisa
Shlda
itha
e
ao
Ne
NEdo Rio
Boguaçu apresenta-se
arrazada comcotas
de
2,5
a
.l,5
metros,
respectivamente, ocupando umaãrea de
2l
km2.No
restante
desta ãrea as
cotas
estão
em torno5,0 a
6,0
metros(Foto
I0),
sendo ZSkn?,
a
sua ãrea.Cordões
litorâneos
-
H o I oceno-
el evando-sede 2
a¿,
4
m ocupam2lB
km',
e
mo ldam-se sobrea superfície
das
arei asconstí
tui
ntes
da
ilha,
curvando-se para
hl.Dunas
-
Holoceno-
comat6
7
mde
a.ltura
desenvo.l vem_-se
tambémno
lado
oceânicoprincipatmente
naregião
S.
Estãotambém al inhadas paralelamente
ã linha
da
costa.
Formam
umafai
xa com Iargura
vari andode
100a
200 m parao
interi
or.
Jãao N suas
alturas
são bem menorese
nas proximidadesNE
dailha,
ocupantoda a
sua Iargura.
0cupam umaãrea de
lt
km2.Sua
praia
estende-sepor
maisde
70 km, apresenta pequena
declividade
e
largura
emtorno
de
100a
ì20
m,
sua
ãrea6
ae14
kn?.Na borda l^l, vo I
tada
para
o
continente,
desenvol vemmangues, maiores eXtensões
situam-se
naregião
NE, suaãrea
totaì
correspondea
32
kn?2. -
MÉTODOS DE CAMPO0s trabal
hos de campo compreenderam levantamentos deseções
¡
perfi
s
e
amostragens pontuai s;
observações
geo lõgi case
geomorfolõgìcasgerais e
medidas deestratificações
cruzadasnas dunas, alõm de amostragens em
locais
prõximose
associadosF
oto
l0 -
Ãtpecto gøttaLda
F onna.ção Candn'eia de.'¿envolvída na nøgíão oe¿te d.a
íLha
24
ã
ãrea de estudo.Nes
te
item,
entrecampo, são apresentadas as
bre
as
seções,perfìs
e
asdos
de
Iaboratõri
o.os
vãr ios trabalhos
executados
nodescrì ções
e
outras
observações
soamostragens pontuai
s,
para
os
estu2.7 , - ATlOSTRAGEIT DOS SEDIIYENTOS
A
fi
nal i dadeprimordi,ai da
amostragemfoi
obter
materiais
em quanti dadee
qual i dade sufi
cientes
e
cond.izentes
paraa
caracteri
zação mais
fi
el
possívei
das propri edadesfísi
cas,mineralõgicas
e inventãrio
dos
microrganismosr(
foraminíferos
e
tecamebas),
dos sedimentos.Tendo-se em vi
sta
os
objeti
vos
supra menci onados, foram
coletadas
104 amostrasde
superfície
nailha
Comprida,
l0nas
superficies
dos afloramentosde
sedimentosassociados
ããrea
detrabalho
e
l2
de
subsuperfície,
coletadas
com auxílio
de
trado,
tambãmna
ilha,
atingindo
umtotal
de
126 amostras. Sedimentologicamente fazemparte
dosvãr'ios subambientes
depgsicionais
da
ilha
e
foram agrupadas seguindouma
sistemãtica
consti
tuÍda
por
seções, perfi
s
e
amostragens pontuais.
A
rel ação das amostras, procedência
e
processamentosestão
na'fabelã-l.
2,2, - SEÇÕES DE AI"IOSTRAGENS
Foram I evantadas
quinze
seções de amos tragens,
obede cendo umasistemãtica
decoleta,
ou
seja:
nÍveis
de maré baixa,marê
alta
e
na zona decordão
litorâneo
ou
duna.torãneos )
,
fez-se
tamb6m seção paralela
ã
I i nha de praia,
co letando amostras
no topo
e
em profundidade (atcance do trado).1Em s
ete
s eções foram col etadas amostras a
I'50
mprofunclidade de ãgua em rel ação ao ní
vel
do mar,
cuia
final
de,
alãm dos processamentos not'mais,foi
reforÇar os
dadostì
dos para
o
i nventãrio
dos foraminíferos e
tecamebas '2.2.1. - SEçÃo DE AMOSTRACEI"f N9 sA
-
1de
ida
ob
Compri da,
Amostra
ì
2 3
95
2.2.2,
-Local:
0,750
kmao
sul
da extremidadenorte
dailha
prõx ima
ã
Barra de
Icapara.Rumo:
t
para
[,'J .Número de amostras: 4
Ponto i ni ci
al * nível
de marã bai xa.Mais B0 m
-
nÍvel
de marãalta'
Mai
s
I00
m-
cri
sta
de
cordão I i torâneo.I,50
m de profundi dade emrel
ação ao nivel
clo mar.sEçÃo DE AMoSTRAGEM N9 SA
-
2Local:
3,5
km aosul
da SA-
1.Rumo: S
para
N'Número de amostras: 4
Ponto
inicial -
nível
de marõ baixa.Mai
s
B0 m-
nível
de maré alta.
Mai
s
.l00 m-
zona de cordões I i torâneos .1,50
m de profundÍdade emreìação
aonivel
do mar.4
5
6
26
2.2.3, -
sEçÃo DD AMOSTRAGEM N9 sA-
3Local:
5,5
km aosul
da SA-
2. Rumo: Spara
N,N úme
ro
de amostras:
3Anos
tra
7
Pontoinicial -
nivet
de ma16 baixa.B
Mais
80 m- nivel
de mar6 alta.
9
Mais .l00 m-
junto
aos cordõesIìtorâneos,
2.2.4,
-
sEçÃo DE AMOSTRAGEM N94:
sA-
4Local:
4,5
km aosul
da SA-
3Runro: N 4oo hl (3200). Núme
ro
de amos tras:
4Ponto
inicial -
níveI
de ma16 baixaMais
'l20
m- nível
de ma16alta.
Mais 'l00 m
-
zona de cordões l.itorâneos,I
,50
m de profundi dade em rel ação ao nível
do mar.2,2 "5 , - SEÇ40 Dtl AMOSTI{AGE}f Nq 5 : SA - 5
10
ll
12
93
Local:
4,5
km aosul
daRuno: N zoo l^l (3400).
N úmero de amos tras
:
gPonto
inicial - nivel
deSA
-
4.14
Mais 110 m-l5
Mais 100 m-Neste
local
ções paraì ei
as
ã
praianivet
de marã a'lta.
zona
de
cordões I i torâneosaparece um a I i nhamento reguì
ar de
el eva(cordões t ì torâneos ) .
Foi
feita
uma SEç¡10 PTRPENDICULAR A SA- 5,
tendomo
ponto
inicial
o
local
da amostra nq15,
Foram coletadasamos tras
,
se ndo3
nasuperficie
e 3 na subsuperfície, al cancetrado.
Amo s
tra
l6A
Pontoinicial -
superfície.
l68
I,60
m de profundì dade.t7A
Ma'is
50 mdistante
do pontoanterior
-
superfície.
I
78
2,00
m de profundi dade,'I
BA
Mais 50 mdistante
do
pontoanterior
-
superfície.
'I
BB
2,50
m de prof undi dade.2.2.6. - SEçÃO DE AMOSTRAGEM N9 6: SA - 6
Local:
4,5
km aosul
da SA-
5.Rumo:N2oot,l(3400).
Número
de
amostras; 4 Amo sfra
l9
Pontoìnicial -
nível
de ma16 baixa.20
Mais 110 m-
nível
de mar6alta,
21
Mais
100 m-
zonade
cordões l i torãneos.96
1,50
m de profundidade emrelação ao
nível
do mar.co
6
28
2,2,7, - SEçÃO DE AMOSTRAGEM N9 7: SA - 7
Loca I
:
4,5
kr¡ aosul
da SARumo: N 2oo t,t (3400).
Número de amos
tras:
96.
Amostra
22
Ponto i ni cial -
níveI
de marõ bai xa23
Mais I?O m- nivel
de mar6alta.
24
Mais 100 m-
zonade
cordõesliforâneos.
SEÇÃ0 PERPENDI(]ULAR Ã SA
- 7;
ao longo
do
al inhamento
regular
de elevaçãoparalela
ã praìa (cordões
Iitorãneos),
que acompanhaa
I j nha de marõ alta.
25A
258
264 268
274
278
Ponto i
nicial -
superfície,
3,.l0
mde
profundìdade.Mai
s
50n
distante
doponto
anteri or2,70
n
de
profundi dade.Mais 50 m di s
tante
do
ponto
anterior
2,80
m de profundi dade.superfîcie.
superfície.
2.8, - SEçÃO DE AMOSTRÀGEM N9 B: SA
Local:
4,5
km aosuì
da SARumo: N 20o