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Controle em pós-colheita das podridões da manga 'bourbon', conservada em câmara fria.

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Academic year: 2017

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C O N T R O L E EM POS-COLHEITA DAS PODRIDÕES DA MANGA 'BOURBON', CONSERVADA EM CÂMARA F R I A *

V . R . S A M P A I O * *

RESUMO

Mangas 'Bourbon' foram conservadas em câmara f r i a , a temperatura de

10º C, tendo recebido previamente os seguintes tratamentos em pós-colhei¬ ta: 1) c o n t r o l e ; 2) imersão por 10' em água a 55 C; 3) imersio por 5 ' a 50 C em solução de Benomyl a 0,025% de p . a . ; 4) imersio por 5' a 50ºC em solução de Benomyl a 0,050%; 5)

imersão por 5' a 55ºC em solução de Benomyl a 0,025% de p . a . e 6) imer-sio por 5' a 55ºC em solução de Beno¬ myl a 0,050% de p . a . Os resultados

indicaram que todos os t r a t a m e n t o s , com e x c e ç ã o do c o n t r o l e , foram e f i -cientes no controle da a n t r a c n o s e . Quanto à o c o r r ê n c i a das podridões mo¬

l e s , c o n s t a t o u - s e perdas de 44, 3 6 , 20, 2 0 , 4 e 8% do primeiro para o

* Entregue para publicação em 2 0 / 1 2 / 1 9 8 3 .

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sexto t r a t a m e n t o , respectivamente. A s s i m ficou e v i d e n c i a d o q u e os trata¬ mentos à mais alta t e m p e r a t u r a , c o n -jugados ao fungicida B e n o m y l , foram aqueles mais interessantes no trata-m e n t o e trata-m pós-colheita de trata-manga 'Bour¬ b o n ' .

INTRODUÇÃO

A c o n s e r v a ç ã o da manga tem sido estudada por v á -rios p e s q u i s a d o r e s , conforme pode-se depreender da revi-são de SUBRAMANYAM e t a l i i ( 1 9 7 5 ) , sendo q u e o uso de baixas temperaturas resulta e m sobrevivência dos frutos por período variável de três a q u a t r o semanas. 0 princj^ pai problema da c o n s e r v a ç ã o da manga é a o c o r r ê n c i a de p o d r i d õ e s , entre as quais se d e s t a c a m aquelas geradas pe_ la a n t r a c n o s e {Colletotvichum gloeosporioides) e as po-dridões moles relatadas como sendo causadas por Botvyodi_ plodia theobvomae Pat. (SRIVASTAVA e t a l i i , 196.5) , Diplõ_ dia natalensis Pole Evans (SRIVASTAVA, 1 9 7 2 ) , Hendersonu

la s p . , (SAMPAIO, 1 9 7 9 ) e Hendevsonia creberrima (BRO-DRICK e WESTHUI Z E N , 1 9 7 8 ) .

A perda de frutos conservados e m câmaras frias po-de ser praticamente t o t a l , conforme d e m o n s t r a r a m os tra-balhos de JACOBS e t a l i i ( 1 9 7 3 ) e SAMPAIO S BARB IN

( 1 9 8 1 a ) , porém estes mesmos r e l a t o s , m o s t r a r a m a eficiên cia d o s tratamentos térmicos e fungicidas c o n j u g a d o s , a-pliçados na p o s - c o l h e i t a .

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-balho de SIMAO (1 9 5 5 ) .

M A T E R I A I S E M É T O D O S

Mangas 'Bourbon' foram colhidas do pomar do Setor de H o r t i c u l t u r a da ESALQ. no dia 0 5 / 0 1 / 8 1 , sem terem r e c £ bido quaisquer tratamentos fitossanitãrios durante os seus d e s e n v o l v i m e n t o s . Cerca de 2h h o r a s , após a colhei ta as m a n g a s foram submetidas aos seguintes tratamentos:

T r a t a m e n t o 1 - Controle

T r a t a m e n t o 2 - Imersão por 10 minutos em água a 5 5° C

T r a t a m e n t o 3 ~ Imersio por 5 minutos a 50 C em so-lução de Benomyl a 0,025¾ de p . a .

T r a t a m e n t o k - Imersão por 5 minutos a 50 C em so-lução de Benomyl a 0,050¾ de p . a .

T r a t a m e n t o 5 ~ Imersão por 5 minutos a 55 C em so-lução de Benomyl a 0,025¾ de p . a .

T r a t a m e n t o 6 - Imersão por 5 minutos a 55 C em so-lução de Benomyl a 0,050¾ de p . a .

Os tratamentos foram feitos em b a n h o - m a r i a de tem-peratura c o n s t a n t e , c o m capacidade para 100 litros. A-põs tratadas as mangas p e r m a n e c e r a m 2^ horas em laborató^ rio, sendo a seguir acondicionadas em sacos plásticos p e £ f u r a d o s , e levadas à câmara fria, ali ficando por \k d i -a s , n-a temper-atur-a de 10 C e umid-ade rel-ativ-a de 85¾. A parcela experimental constou de 10 frutos e cada trata-mento teve 5 repetições.

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a maior a frutos a p o d r e c i d o s . A constatação da podridão mole foi efetuada pela contagem do número de frutos pre-j u d i c a d o s . As avaliações de sanidade e coloração foram feitas por o c a s i ã o da retirada das mangas da câmara fria e repetida por mais duas v e z e s , a 96 horas após a pri me ira leitura.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados e x p e r i m e n t a i s , constando da avalia ção da sanidade e coloração das mangas estão expostos na Tabela 1 .

Em relação ao controle da a n t r a c n o s e , todos os tra tamentos foram e f i c i e n t e s . De acordo com o critério de avaliação u t i l i z a d o , a nota 2 seria dada a frutos c o m pequenas m a n c h a s , porém, aptos para a comercia 1i z a ç ã o sem restrições. Com exceção na última leitura, feita 96 horas apôs a saída dos frutos da câmara fria, estes já e s -tivessem a t i n g i d o o ponto ótimo de consumo. As mangas do tratamento c o n t r o l e , na última leitura receberam nota 2 , 8 , b e m próxima do valor 3 , 0 , nota essa dada a frutos ainda passíveis de c o m e r c i a l i z a ç ã o , porém, já bem depre-ciados. Estes resultados são concordantes com aqueles obtidos por JACOBS e t a l i i ( 1 9 7 3 ) e SAMPAIO & BARB IN

( 1 9 8 1 a ) .

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Quanto â coloração das m a n g a s , assinalou-se que os tratamentos 2 , 3 e *4 resultaram em frutos mais a m a r e l a -dos. Segundo o critério adotado (SAMPAIO, 1 9 7 9 ) , a nota 2 corresponde a frutos com leve pigmentaçao a m a r e l a d a ; já a nota 3 é dada a mangas com 1 / 3 a 1 / 2 da superfície a m a r e l a d a . Esta maior pigmentaçao a m a r e l a , notada nos tratamentos 2 , 3 e k, nio é atingida em condições normais pela variedade 'Bourbon' cujos frutos são e s v e r d e a -dos (SIMAO, 1 9 5 5 ) . Os tratamentos térmicos têm tendên-cia em acelerar a coloração externa e a maturação da man ga (SAMPAIO & BARB IN, 1 9 8 1b ) . Os frutos tratados t e r m ir c a m e n t e , m o s t r a r a m - s e algo e m b a ç a d o s , quando comparados aos frutos do tratamento c o n t r o l e . Esta tendência acen-tuou-se nos tratamentos com mais alta temperatura. No final do e x p e r i m e n t o , por o c a s i ã o da terceira leitura, os frutos já haviam atingido o ponto ótimo de c o n s u m o .

CONCLUSÕES

Comprovou-se que a conjugação dos tratamentos tér-mico e fungicida em p õ s - c o l h e i t a , resulta em excelente controle das podridões fúngicas de manga 'Bourbon', con-servada em câmara fria.

SUMMARY

POST-HARVEST CONTROL OF COLD STORAGE 'BOURBON' MANGO ROTS

(7)

at 5 5 ° C , 3) immersion during 5' in Benomyl ( 0 , 0 2 5 a.i.) solution at 5 0 º C , 4) immersion during 5' in Benomyl

( 0 , 0 5 0 a.i.) solution at 5 0 ° C , 5) immersion during 5'

in Benomyl ( 0 , 0 2 5 a.i.) solution at 5 5 º C , a n d 6) immer-sion during 5' in Benomyl ( 0 , 0 5 0 a.i.) solution at 55 C . All treatments except the control o n e , w e r e effective on a n t r a c n o s e rot c o n t r o l . T h e soft rot w a s responsable for 44, 3 6 , 2 0 , 2 0 , 4 a n d 8% of rotted mangoes from the first to the sixth treatments respectively. T h e c o n c l u -sion w a s that the higher t e m p e r a t u r e , plus Benomyl w e r e the best post-harvest treatments for cold storage 'Bour-b o n ' m a n g o e s .

LITERATURA CITADA

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S A M P A I O , V . R . ; BARB IN, D., 1 9 8 1 a . Controle e m pós-co-lheita das podridões de frutos d e manga conservados em câmara f r i a . A n a i s d o V I C o n g r e s s o B r a s i l e i r o d e F r u ¬ t i c u l t u r a . R e c i f e , 9 5 2 - 9 6 2 .

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térmico na m a t u r a ç ã o de m a n g a . A n a i s d o VI C o n g r e s s o B r a s i l e i r o de F r u t i c u l t u r a . R e c i f e , 9 6 3 - 9 7 1

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Referências

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