E S T U D O A N A T Ô M I C O D A S M A D E I R A S D O S G Ê N E R O S A n i s o p h y l l e a R . B R O W E X . S A B I N E Ε P o l y g o n a n -t h u s D U C K E . ( R H I Z O P H O R A C E A E ) .
Jorge A l v e s de Freitas (*)
R E S U M O
Hiato, tfuxbatho, t ^oJito o dotado doó casiactoAQA anatÔmicoò do, I (uma) e i p é c c e do QQ.Y12AO AruAophytteA é de 2 (duaó) e ó p e c i e ó do gmaAo Polygonanthu&iRkízophotiaceaji) 2 pana cada e^pecte. òão apJiz&cntadaA: caAact.ejuJ>tÃ,coÁ QIAOÍÁ, dzACJu..ç.ã.o macAO e m-cc/toAcõptca, mo-d o e mlcAo^otogna^ai, mo-dot> contei t/ianòveJUal, tangencial 2. fia mo-dial, kíòtognamai, mo-da υαηλα ção de {,neqiiê.n.CA_.a de. ^ihnaM e etemento* voácuXa/ieò, um quadAo 0-inÕptÁ.co com α ά p^iXacÁpatò
canacteJuAticat, de. cada eòpecÁe e. ama faícha b-iomêXsUca do& <tZemmto& anatâmlcoò, pafux cada e i p e c x e . AA e-ipec-cei eètudadaò ^ 0 ^ ^ = An/C&opfií/&tea wanaaàeni-iò F-úieò £ R o d t x g u e i ,
Polygonanthu& amazônicas Vucke e P. punctuZatu& Kuhlmann.
I N T R O D U Ç Ã O
Os gκneros A n i s o p h y l l e a R. Bronw ex Sabine e P o l y g o n a n t h u s Ducke descr i tos em 182*»
e I 9 3 2 , respectivamente, tκm sido alvo de muita polκmica com relaηγo γ posiηγo sistemα
tica de ambos. A n i s o p h y l l e a , segundo Baillon ( 1 8 7 7 ) , ι membro da tribo AnisophyI1eae da famνlia Rhizophoraceae antes tratado dentro das Saxifragaceae. Ridley (1952) e tambιm Corner ( 1 9 5 2 ) trataramno como uma famνl ia independente Anisophyl leaceae e Roberty (195*0, na "Petite Flore de 1O u e s t Africain" colocou estranhamente a espιcie A n i s o p h y l l e a lau r i n a , nas Melastomataceae. Quanto ao gκnero P o l y g o n a n t h u s , considerado por Ducke ( 1 9 3 2 ,
I933) como pertencente γ Euphorbiaceae, foi colocado por Croizat (1939) em uma nova sub
famνlia das Olacaceae Polygonantheae, por ele criada. Em 1939» Baehni & Dansereau tn cluiramno em Saxifragaceae. Kuhlmann (19*»0) tambιm considerou inicialmente o gκnero como pertencente a Euphorbiaceae e Croizat (19**3) criou a nova famνlia Polygonanthaceae. Finalmente, Kuhlmann (19*»*») colocou o gκnero na subfamνl ia Ani sophyl loideae e admitνuo na famνlia Rhizophoraceae que, segundo Pires & Rodrigues ( 1 9 7 1 ) , foi a colocaηγo mais
acertada.
Para uma melhor compreensγo e para facilitar seu estudo, α famνlia Rhizophoraceae foi dividida em trκs tribos por Bentharn & Hooker (1865), nas quais eles agruparam as e£ pιcies conhecidas na ιpoca. Seguindo o mesmo princνpio e classificaηγo, Marco (1935),
com base nas caracterνsticas macro e microscσpica das madeiras, considerou os grupos:Gru po IRbizopboreae, ]JGynotrocbeae, I ) IMaηarisieae, e sugeriu um IV Grupo nγo classifi cado, constituνdo pelos gκneros P o g a Pierre e P e l l a c a l y x Korth. 0 gκnero A nis o p h y l l e a foi inserido em Gynotrocheae, Grupo II. Esta divisγo foi posteriormente apoiada por MeJ^ calf & Chalk ( 1 9 6 5 ) .
Estudos mais recentes sobre os referidos gκneros tentam esclarecer suas relaηυes de afinidades: Pires & Rodrigues (1971) acharam os dois gκneros muito parecidos quanto ao aspecto macroesi_rutural das madeiras e enquadraram o gκnero P o l y g o n a n t h u s , possivel mente, tambιm em Gynotrocheae, Grupo II da classificaηγo de Marco (i.e.). Prance et a l .
(1975), na mais recente revisγo taxonτmica das espιcies amazτnicas de Rhizophoraceae, trataram os gκneros Anisophyllea e Polygonanthus entre os cinco gκneros da famνlia, que foram estudados, corroborando assim as opiniυes de Baillon (1877) e Kuhlmann( 19^*0 quan_ to γ posiηγo dos referidos gκneros na famνlia Rhizophoraceae.
Nosso trabalho visa fornecer elementos da anatomia do lenho, procurando somar no vas caracterνsticas afins dos gκneros, sem no entanto, fazer um confronto comparai ivo en
tre as espιcies, ou mesmo esclarecer a sua posiηγo taxonτmica.
M A T E R I A L Ε M É T O D O
M é t o d o
0 material estudado obedeceu rigorosamente ΰs recomendaηυes da Associaηγo Brasilei ra de Normas Tιcnicas (1973), para as descriηυes macro e microscσpicas das madeiras de dicotiledτneas brasileiras.
Os corpos de prova para os estudos anatτmicos foram provenientes de αreas interme diαrias, entre o cerne e o alburno, onde as caracterνsticas sγo mais marcantes, e suas dimensυes foram aproximadamente iguais a 1,5 cm na direηγo tangencνal, 2,0 cm na radial e 3,0 cm na direηγo axial.
Para os cortes histolσgicos, todo material foi submetido γ fervura em αgua duran te 1 hora, impregnando sempre que necessαrio o lenho com parafina, a fim de evitar a di laceraηγo dos seus elementos constituintes. Em prosseguimento, foram feitos alguns cor tes transversais ao eixo da αrvore e os outros no sentido longitudinal: perpendicular mente aos raios (tangencial) e paralelamente a estes (radial), com a espessura variαvel de Τ 6Ϊ 8 micrτmetros, utilizando o micrσtomo de precisγo deslizante American Optical. Os cortes foram divididos: uns permanecendo na cor natural, outros coloridos pela safranina hidroalcoσlica, outros pela hematoxi1ina, e por fim, montados em permount, entre lβmina e JamνnuJa. Foi procedido para todos os cortes uma desidrataηγo progressiva: αlcool a 50Ύ, 75Ύ, 95Ύ, αlcool absoluto e xilol.
Para a maceraηao, foram utilizados pequenos fragmentos de madeira de parte ma is in terna do corpo de prova em contato com a soluηγo aquosa de αcido acιtico glacial e αgua oxigenada 1 3 0 V . Para acelerar a reaηγo, colocouse o macerado na estufa a 50 60°C pe lo perνodo de 2 dias. Passados os dois dias, o material lenhoso foi lavado em αgua cor
rente por vαrias vezes e corado em safranina hidroalcoσlica. Realνzadaa coloraηγo, foi feita nova lavagem, para ser retirado o excesso de corante sendo o material dissociado sobre lβmina em uma gota de glicerina, com auxνlio de agulhas histolσgicasemicroscσpio estereoscσpio Olympus. Logo em seguida, procedeuse γ montagem e lutagem das lβminas para serem feitas as devidas mensuraηυes do material dissociado.
Na mensuraηγo das fibras, nϊmero de vasos por mm , diβmetro tangencial dos vasos, nϊmero de raios por mm linear, altura dos raios em micrτmetro, altura dos raios em nume ro de cιlulas, comprimento dos elementos vasculares e largura dos raios em nϊmero de cι lulas, utilizamos o Projetor Universal UP 36OTII Olympus com a objetiva de lOOx e esca_ la de vidro com 0,5 mm de unidade mνnima de graduaηγo, equivalente a 10 micrτmetros com a respectiva objetiva.
As macrofotografias com lOx foram obtidas diretamente das superfνcies de topo do corpo de prova, preparadas convenientemente em micrσtomo da marca American Optical mode_
lo 8 6 0 , fotografados com sistema Tessovar da marca CARL ZEISS.
As mνcrofotograf ias com 50x foram tiradas diretamente das lβminas histolσg icas com fotomicroscσpio AXIOMAT, marca CARL ZEISS.
As fotos estγo dispostas seguindo a ordem alfabιtica das espιcies estudadas.
M a t e r i a l
0 material xilolσgico estudado encontrase registrado e arquivado na Xiloteca (χ), Herbαrio (H) e Laminαrio do INPA, com os seguintes dados de coleta:
A n i s o p h y l l e a m a n a u s e n s i s Pires & Rodrigues
Brasil Estado do Amazonas: Municνpio de Manaus, Estrada ManausItacoatiara km
1 2 5 , picada XIII. Gol,: R o d r i g u e s , W . 869O, em 0 4 . 0 2. 1 9 7 0 . Arvore de 1 5 m de altura χ
30 cm de diβmetro. Mata de terra firme. X4164; H2762.
Brasil Estado do Amazonas: Municνpio de Mauιs, prσximo γ plantaηγo de guaranα Antαrtica. Col .: H i l l , S . R . 1 3 1 3 9 , em 23.07.1983 Arvore de 20 m de altura χ 35 cm de
diβmetro; solo argiloso, floresta alta. Xs/n9; Hs/n?; L1022. (*) .
Brasil Estado do Amazonas: Municνpio de Manaus, Fstrada ManausItacoatiara km
I 3 5 . Col.: L o u r e i r o , A . Arvore de 15 m de altura. Solo argiloso, mata de terra firme.
X6013; H48312.
P o l y g o n a n t h u s a m a z ô n i c a s Ducke
Brasil Estado do Amazonas: Municνpio de Borba, rio Paca, confluκncia com o rio MariMari. Col .: H i l l . S . R . 1 2 9 2 2 , em 02.07.1982. Arvore de 25 m de altura χ 100 cm
de diβmetro. Solo arenoso, mata de igapσ. Xs/n°; Hs/n9; L1023. (").
(*) Material em processamento sem nϊmero da Xiloteca e do Herbαrio.
Polygonanthus punctulatus Kuhlmann
Colτmbia Rio Apaporis. Coi.: Roa Torres, A. 708, em 12.05 11.06.1977. X- 6 6 2 7 ; H 7 9 8 5 7 ; 1.102Ύ.
Colτmbia PRORADAM. Col.: Roa Torres, A. et a l . 7 0 8 , em 2 5 . 0 5 . 1 9 7 7 . X6916; H
8 5 Ί 6 6 .
R E S U L T A D O S
Os gκneros estγo apresentados em ordem alfabιtica e na mesma ordem estγo as espι cies estudadas.
Os resultados obtidos estγo descritos de modo com os padrυes usuais.
As observaηυes anatτmicas estγo contidas na descriηγo individual de cada espιcie, porιm, com o objetivo de resumir os resultados elas foram reunidas no Quadro I e nas fi chas biomιtricas, onde ι possνvel se ter uma visγo geral, englobando as caracterνsticas das espιcies.
Anisophyllea manausensis Pires & Rodrigues
DADOS GERAIS SOBRE A MADEIRA
Caracterνsticas gerais
Madeira dura e pesada ( 0, 8 5 0,90); castanhoavermelhada, com manchas escuras, γs vezes marrom bem acentuado; de aspecto fibroso atenuado; grγ direita; textura mιdia a grosseira; superfνcie de pouco brilho; cheiro e gosto nao pronunciados.
DESCRIÇΓO MACROSCΣPICA (Figura 1 A)
DESCRIÇΓO MICROSCΣPICA (Figura 1 - B , C e D)
V a s o s de distribuiηγo difusa; forma circular a ligeiramente ovalada, vazios na sua maioria, rarνssimos obstruνdos parcialmente por sua substβncia nao identificada, espes
sura da parede entre 312 micrτmetros; diβmetro tangencial de pequenos a muito grandes, entre 90320 micrτmetros, predominantemente os grandes (76Ύ); muito poucos a pouco nume rosos, 18 por mm geralmente poucos ( 5 2 Ύ ) ; solitαrios ( 8 0 Ύ ) , mϊltiplos de 2 ( 1 5 Ύ ) ,d e 3 (5Ύ) e ocas iona Imente 4 (Fig. 2B) , ΰs vezes com d i spos i ηγo racemi formes (cachos), ou em mϊl tj_ pios d i agona i s ou tangenc i a i s , e em al i nhamentos com tendκnc i a a poros em anι i s; perfuraηγo sim pies, geralmente oblνqua; elementos vasculares de muito curtos a mui to longos, entre 2 5 0 -76O micrτmetros de comprimentos, freq٧entemente longos (64Ύ), com apκndices em um ou em ambos os extremos ou sem apκndices; pontuaηυes intervasculares em pares areolados, de disposiηγo alterna; contorno circular, poligonal ou irregular, geralmente atι 6 micrτme_ tros de diβmetro; abertura em fenda estreita inclusa, ΰs vezes coalescentes abrangendo de 24 pontuaηυes; pontuaηυes radiovasculares semelhantes ΰs intervasculares, medindo 6 micrτmetros de diβmetro. P a r ê n q u i m a a x i a l predominantemente do tipo apotraqueal, concκn tricτ (reticulado e/ou escalar! forme) , em linhas de 27 cιl ulas de largura, levemente en_ curvadas, em associaηγo com os vasos (paratraqueal zonado e aliforme) ou independente de
les (apotraqueal difuso); seriado com 68 cιlulas de altura, comumente 8. R a i o s hetero celulares e homocelulares. Hα dois tipos distintos: unisseriados, geralmente menos nu merosos , e mui t i sseri ados ; mui to al tos a extremamente a 1 tos , ent re 2876 milνmetros, de 7 2
-I 7 3 cιlulas de altura, muito largos a extremamente largos, de 2 8 0 - 5 0 0 micrτmetros e 8 17 cιlulas de largura. Os raios mui t i sseriados apresentam cιlulas quadradas, eretas e ho rizontals. As vezes interrompidas por faixas de tecido, fibroso ou por sιrie de parκn quima. F i b r a s libriformes, de paredes espessas a muνto espessas, de 611 micrτmetros de espessura; de curtas a muito longas, entre 1.4102.480 milνmetros de comprimento (Figu ra 2 A ) . A n é i s d e c r e s c i m e n t o pouco distintos ou demarcados por camadas de fibras mais espessas ou pela presenηa de parκnquima apotraqueal terminal ou inicial.
E m p r e g o s
CLASSES ( Comprimento mm.) CLASSES
F i g . 2 . A n i s o p h y l l e a m a n a u s e n s i s fires & Rodrigues, a) Distribuiηγo da freq٧κncia d a 3 fibras em percentagem; b ) Distribuiηγo da freq٧κncia dos vasos por m m2 em percerj
tagem.
P o l y g o n a n t h u s a m a z o n í c u s Ducke DADOS GERAIS SOBRE A MADEIRA
C a r a c t e r í s t i c a s g e r a i s
Madeira moderadamente pesada ( 0 , 6 5 ) ; alburno de cor bejeclaro, bem di ferenciado do cerne de cor castanho claro, demarcado por faixas escuras levemente avermelhadas do te cido lenhoso, parte interna perecνvel; grγ direita; textura fina; superfνcie de pouco 1 us_
tre;cheiro e gosto nγo pronunciados. Algumas αrvores apresentamse ocas.
DESCRIÇΓO MACROSCΣPICA ( F i g u r a 3 - A )
P a r ê n q u i m a pouco constrastado, apenas notado a olho nu, distinto sob lente em li nhas muito finas, numerosas, regularmente espaηadas, ligeiramente arqueadas, associadas ou nγo aos poros, predominantemente apotraqueal reticulado e/ou escalariforme; presente tambιm o paratraqueal alado. P o r o s visνveis a olho desarmado, solitαriose mϊltipios de 23, raramente k, predominando os primeiros; γs vezes agrupados, vazios ou obstruνdos.
L i n h a s v a s c u l a r e s observadas a olho nu, longas, pouco sinuosas, interrompidas. R a i o s no topo de trκs tipos, bem visνveis a vista desarmada, largos e mιdios, ΰs vezes bifurca dos, espaηados, sempre intercalados pelos raios finos, numerosos, somente observados com auxνlio de lente quando o campo ι umedecido; na face tangencial sao altos, irregularmen te dispostos; na radial sγo contrastados, bem visνveis a olho nu. A n é i s d e c r e s c i m e n t o
demarcados por zonas mais escuras do tecido fibrose M α c u l a s m e d u l a r e s e C a n a i s s e c r e
tores nγo foram observados.
DESCRIÇΓO MICROSCΣPICA ( F i g u r a 3 B , C e D )
V a s o s de distribuiηγo difusa, uniforme, forma circular a ligeiramente ovalada, va zios, alguns obstruνdos parcial ou totalmente por substβncia nγo identificada, espessu ra da parede medindo entre 3 - 9 micrτmetros; diβmetro tangencial de mιdios a grandes, en tre ) ) 0 - 2 2 0 micrτmetros, predominando os mιdios ( 7 6 Ύ ) ; muito poucos a pouco numerosos,
18 por m m2
, geralmente poucos ( 5 2 Ύ ) ; solitαrios ( 6 5 Ύ ) , mϊltiplos de 2 ( 2 9 Ύ ) , ocasional
mente de 3 ( 6 Ύ ) , (Fig. 4 Β ) ; ΰs vezes em disposiηυes racemiforme (cachos), de 2 - 3 , ou em mϊltiplos diagonais de 2 e tangenciais de 3 ; placa de perfuraηγo simples, geralmente oblνqua; elementos vasculares de muito curtos a longos, variando entre 3 0 0- 6 3 0 micrτme tros de comprimento, geralmente curtos (56Ύ), com apκndices comumente curtos em um ou em ambos os extremos ou sem apκndices; pontuaηυes intervasculares em pares areolados, de disposiηγo alterna; contorno irregular ou poνigonal, geralmente atι 6 micrτmetros de di£ metro; abertura em fenda estreita inclusa, γs vezes coalescentes abrangendo atι 3 pontua ηυes; pontuaηυes radiovasculares do mesmo tipo das intervasculares. P a r κ n q u i m a a x i a l
predominantemente do tipo apotraqueal concκntrico (reticulado e/ou escalariforme) em lν nhas de 14 cιlulas de largura, levemente encurvadas, em associaηγo com os vasos (para traqueal vasicκntrico e alνforme); seriado com 4- 7 cιlulas de altura, freq٧entemente 5 - 6 cιlulas. R a i o s heterocelulares e homocelulares. Hα dois t i pos distintos: unisseriados,
geralmente menos numerosos, e mui tisseriados; largos a extremamente largos, de 170440 micrτmetros e 7 - 2 2 cιlulas de largura, muito altos a extremamente altos com 2256 milν metros e 35148 cιlulas de altura. Os raios multisseriados apresentam ceνulas quadra das, eretas e horizontais. F i b r a s 1ibriformes, de parede espessas, entre 3 - 6 micrτme
tros de espessur de curtas a longas, entre 1 . 3 7 0 - 1 - 9 6 0 milνmetros de comprimento; fre quentemente longas ( 7 6 Ύ ) , (Fig. 4 A ) . A n é i s d e c r e s c i m e n t o levemente demarcados por
zonas escuras e mais compactas do tecido fibrose
E m p r e g o s
F i g . 3 . P o l y g o n a n t h u s a m a z o n i c u s Ducke. a ) Corte transversal ( 1 0 X ); b ) Corte transver
TOO loo
90
ao-j
70
60
50
40
A 30
20
io4
S? 60 Max. = I960 men. ~ Min. : 1,370 mm. 5 ,
Ζ
' . 3
®
0,75 T,0 1,8 2,0 >2,0 C L A S S E S ( C o m p r i m e n t o i r m . )
l 8 / m m2
M 2 M-3 M4 C L A S S E S
M>9
Fig. 4. Polygonanthus a m a z o n i c u s D u c k e . a ) D i s t r i b u i η γ o d a f r e q ٧ κ n c i a d a s e m p e r c e n t a g e m ; b) D i s t r i b u i η γ o d a f r e q ٧ κ n c i a d o s v a s o s p o r ran2
e m p e r c e n t a g e m .
Polygonanthus punctulatus Kuhlmann
0A00S GERAIS SOBRE A MADEIRA
Caracterνsticas gerais
Madeira, moderadamente pesada ("" 0 ,55 - 0 ,60); de cor cremeclaro, levemente amara lado; cerne e alburno indiferenciados; gradireita; textura fina; superfνcie um pouco lust rosa; cheiro e gosto nγo pronunciados.
DESCRIÇΓO MACROSCΣPICA (Figura 5 A)
Parκnquima visνvel a olho nu, bem distinto sob lente, em numerosase finas U n h a s , levemente arqueadas, associadas aos poros ou envoi vendoos, ou independente dos mesmos; predominantemente apotraqueat reticulado e/ou esca1 ariforme; presente tambιm o paratra queal ali forme e o alado. Poros visνveis a olho desarmado, solitαrios e mϊltiplos de 23, com predominβncia dos primeiros, ΰs vezes agrupados; vazios ou obstruνdos. Linhas vasculares notadas a olho nu, longas, pouco sinuosas, interrompidas. Raios no topo bem visνveis a olho desarmado, largos e mιdios, espaηados, sempre intercalados por raios mu_i to finos e numerosos, somente visνveis com auxνlio de lente quando o campo Ê umedecido; na face tangencial sao altos, irregularmente distribuνdos; na radial sao contrastados, visνveis a oiho n u . Ancis de crescimento demarcados por zonas mais escuras do tecido fibroso. Mαculas medularcs e Canais intercclulares nγo foram observados.
DESCRIÇΓO Ml CROSCO"Ρ ICA (Figura 5 Β , C e D)
Vasos de distribuiηγo difusa, forma circular a semiovalada, vazios, espessura da
parede entre 36 micrτmetros; diβmetro tangencial de mιdios a grandes, entre 1 3 0 - 3 0 0 mi crυmetros, predominando os grandes (76Ύ); de muito poucos a poucos, 14 mm2
, freq٧ente mente muito poucos (60%); solitαrios (73Ύ), mϊltiplos de 2(23Ύ), de 3(4Ύ), ocasionalmen te de 4 (Fig. 6 Β ) , ΰs vezes em disposiηγo racemiforme ou em mϊltiplos tangenciais de 23 vasos; placa de perfuraηγo simples, geralmente oblνqua, elementos vasculares de mui
to curtos a muito longos, entre 200770 micrτmetros, mais freq٧entes os longos (68Ύ), com apκndices em um ou em ambos extremos ou sem apκndices; pontuaηυes intervasculares em pares areolados, de disposiηγo alterna; contorno circular ou poligonal, geralmente ate 6 micrτmetros de diβmetro; abertura em fenda estreita, inclusa, as vezes coalescentes abrangendo 2 pontuaηυes; pontuaηυes radiovasculares semelhante is intervasculares. P a r κ n _
q u i m a a x i a l predominantemente do tipo apotraqueal concκntrico (reticulado e/ou escalan_
forme) em numerosas linhas finas de 15 cιlulas de largura, espaηadas regu 1 armente ou as sociadas aos vasos (parκnquima paratraqueal compreendendo o vasicκntrico, alνforme e o alado); seriado com 4- 8 cιlulas de altura, freq٧entemente 56 cιlulas. R a i o s heteroce
lulares e homocelulares. Hα dois tipos distintos: unisseriados, menos numerosos, e m u i tisseriados; muito altos a extremamente altos de 2 4- 8 0 milνmetros com 50146 cιlulas de altura, largos a muito largos, com 110360 micrτmetros e 414 cιlulas de largura, sendo os unisseriados baixos e finos. F i b r a s libriformes, de paredes espessas, entre 3 - 5 mi
crτmetros de espessura; de curtasNa muito longas, entre 1.5402.110 milνmetros de com
primento, geralmente longas (84Ύ). A n é i s d e c r e s c i m e n t o bem distintos e espaηados, de marcados por zonas de tecido fibroso mais compacto, fibras achatadas de parede mais es pessa e lϊmen mais estreito.
E m p r e g o s
F i g . 5 . Polygonanthus punctulatus Kuhlniann. a ) Corte transversal (10X); b ) Corte trans
100, 100 9 0 80) 70 < 50 Υ ζ <UI 3 40 Ο UJ Α ·*⊅ 30 20 10
Μαχ. - 2 . Π 0 mm.
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0,76 1.0 1,5 2,0 > 2 , 0
C L A S S E S ( C o m p r i m e n t o m m I
l - 4 / m m2
M - 2 M - 3 M 4
C L A S S E S M > 5
F i g . 6. P o l y g o n a n t h u s p u n c t u l a t u s Kuhlmann. a ) Distribuiηγo d a freq٧κncia d a s fibras
em percentagem; b ) distribuiηγo da freq٧κncia dos vasos por m m2
em percentagem.
D I S C U S S Γ O
F. notσria a semelhanηa macroscσpica entre as espιcies A n i s o p h y l l a m a n a u s e n s i s Pi
res & Rodrigues, P o l y g o n a n t h u s a m a z o n i c u s Ducke e P . p u n c t u l a t u s Kuhlmann; e mais ainda
entre as espιcies P o l y g o n a n t h u s a m a z o n i c u s Ducke e P . p u n c t u l a t u s Kuhlmann, no entanto,
κ perfeitamente possνvel fazer uma separaηγo e caracterizaηγo individual das espιcies es tudadas atravιs dos resultados obtidos, agrupandoas de acordo com alguns caracteres co muns e diferenciais encontrados nas referidas espιcies.
P o r o s As espιcies A. manausensis e P , a m a z o n i c u s assemelhamse quanto γ freq٧κn
cia por m m2, ocorrendo em ambas, de muito poucos a pouco numerosos (i8), com predominβn
cia dos poucos (50Ύ); em P. p u n c t u l a t u s ocorre de muito poucos a poucos (1-H), com maior ocorrκncia dos muito poucos (601), e em todas as espιcies houve a predominβncia dos po
ros solitαrios; (Quadro I, Fig. 2, Ί e 6; Fichas Βiometricas).
Quanto ao diβmetro tangencial e comprimento dos elementos vasculares em A . m a n a u
s e n s i s e P . p u n c t u l a t u s predominam os grandes ( 7 6 Ύ ) , com maior ocorrκncia dos longos (aci
ma de 6 0 Ύ ) ; em P . a m a z o n i c u s predominam os mιdios ( 7 6 Ύ ) , com maior ocorrκncia dos cur
tos ( 5 6 Ύ ) ; (Fichas Biomιtricas e Des. M i e ) .
P a r κ n q u i m a Hα uma grande similaridade entre as espιcies estudadas, porιm A . m a n a u s e n s i s aparenta maior abundβncia, apresentando linhas mais largas e espassadas, e maj_
or nϊmero de cιlulas por sιrie; (Fig. 1, 3 e 5; Fichas Biomιtricas).
F i b r a s Com relaηγo, ao comprimento, A . m a n a u s e n s i s e P . p u n c t u l a t u s apresentam de
curtas a muito longas e P . a m a z o n i c u s apenas de curtas a longas (Quadro I e Fichas Bio mκtricas).
Quanto a distribuiηγo da freq٧κncia em percentagem, A . m a n a u s e n s i s apresentou uma ligeira predominβncia das muito longas (48%), sobrepujando γs longas (44Ύ); em P . a m a z o
n i c u s e P . p u n c t u l a t u s predominaram as longas (76Ύ) e (84Ύ), respectivamente (Quadro I, Fig. 2, 4 e 6 ) .
C O N C L U S Γ O
0 objetivo maior do presente trabalho nao ι o de separar nem comparar e sim o de esclarecer anatomicamente os caracteres das espιcies descritas, para um futuro estudo mais completo englobando outras espιcies de famνlias anteriormente jα relacionadas com os referidos gκneros, tais como: SAX IFRAGACEAE, EUPHORBIACEAE, OLACACEAE e mesmo RHIZO PHORACEAE, a fim de auxiliar a botβnica no posicionamento taxτnomico dos mesmos.
S U M M A R Y
The genena Anisophyllea. and PolygonanthuA have, been included In di^cfient ^amiÂieò [Saxiiaagaceae, Euphofibiaceae., Õlacaceae and Rhizophonaceae) by deveAolautkou. Tufitken, they faoKme difáeAent ^atnltieò: KniAopkyítaceae and Polygonanthaceae. Μ ο Λ £r e c e n t l y they one Included In the Rhi.zophona.ceae family.
In thin, ραροΛ iò made the òtudy o& the anatomical ^eatuie o& one ApecieA 0& the genua Ani&ophyUiea and two -bpeciet, ojj the genu* PolygonanthuA, belonging to the family VMizophonaceae, and fiox. each òpecieA ahe tkesic mxe pieAcnted: gencAal chanacte/úAticò, maC'io and micAoòcopic deòchiptionA, macKo and micaophot.ogft.aphie.-o o&tAanAveAAc, tangenclal and hjxdial òectionA, hiAtogtvmt, oi the variation o& Sequence o£ ftib/ceA and vat>culaA elementA, biometAic dateA o£ the anat.omi.c ele.me.nth, and a demomtftative table with the. principal, heat.uh.et> o^ each ipecioA.
The òpecieA studied ah.e: AniAophyllea manaxxAenAiA PiAeA Í RodnigueA, Polygonan-thuA amazonicuA Vucke and V. punctulatuA Kulilmann.
A G R A D E C I M E N T O S
A todos, que de forma carinhosa e prestativa, colaboraram direta ou indiretamente na elaboraηγo deste trabalho e ajudaram a concretizαlo.
Aos orientadores Ora. Marlene F. da Silva e Dr. Arthur A. Loureiro, pela atenηγo, dedicaηγo e esclarecimentos.
Ao botβnico Dr. William A. Rodrigues pela colaboraηγo e atenηγo dispensada.
Ao Engenheiro Operacional Francisco Josι de Vaconcellos pela prestimosa colabora cγo e i ncent i vo. Ao tιcnico Josι Wilson S. Meirelies, pelas fotos microscσpicas. Ao datilografo Roberto Gomes, pelo excelente trabalho. Aos professores do Instituto de Tecnologia da Amazonia UTAM, por todo apoio « ensinamentos.
Q u a d r o I . P r i n c i p a i s caracteres a n a t τ m i c o s e fichas biométricas d a s espécies e s t u d a d a s .
C A R A C T E R E S
Ε S Ρ ε C 1 E S
C A R A C T E R E S
A . m a n a u s e n s i s P . amazonicus P. punctulatus
PE B Á S I C O (*) 0,85 - 0,90 0.65 - 0.55 - 0.60
Cerne (cor) Castanho-avermelhado, co m
e s c u r a s , à s v e z e s m a r r o m
m a n c h a s Castanlio-claro C r e m e - c l a r o
Alburno (cor* Castanho-avermelhado, à v e z e s Beje-claro Creme-claro
V a s o s (freqüência por rrm2
) Oe m u i t o poucos a p o u c o De m u l t o poucos a pouco numero - De m u i t o poucos d poucos
Muito poucos = 15Ύ Poucos • 5 0 ¾ P o u c o numerosos - 35Ύ
M u i t o poucos - 3 5 * Poucos = 50Ύ Pouco numerosos - 15Ύ
K u l t o poucos = 60¾ Poucos = 40¾
Fibra* (comprimfínto mm) De curtas a m u l t o longas Curtas - 8%
Longas -Mui tos longas - ^8¾
De curtas a longas Curtas = 24Í-Longas 7 6 ¾
De curtas a muito longas Curtas - 4¾
Longas 8 4 ¾ Muito longas - 12¾
P a r ê n q u i m a (Tipo) A p o l r a q u e e l , concêntríco lado e/ou esca1ariforme) te lambem 0 pa ratraqu-ea 1 m e e 0 apotraqueal difus
íreticu Apotraqueal concêntrico Çreticu presen lado e / o u escala ri f o r m e ) ; p r e -a l i f o r - sente t-ambém o p-ar-atr-aque-al v-a-
va-sicêntrico e aliforme.
Apotraqueal c o n c é n l r i c o (reticu-lado e / o u escalar!forme);presen-te também o paratraqueal vaslcén tricô, ali forme e o a l a d o .
I*J Peso seco a 0¾ por volume sa urado.
F I C H A Β 0 Μ Ε Τ R t A
E s p é c i e : A . m a n a u s e n s i s Pires í odrigues
ELEMENTOS ANATÔMICOS PLANO O N D E SE EFETUA A AFERIÇÃO UMIDADE D E MEDIDA VALORES DETERMINADOS
M á x i m o 1 M í n i m o \ M é d i a V a s o s
Freqüência Transversal ii?/rmt2
8,00 1 ,00 2,00 Diâmetro langencial Transversal p m 320,00 90,00 231,20 Comprimento d o s elementos M a t . dissociado Uni 760,00 250,00 ν 8 0 , 8 0 Espessura da parede Transversal p m 12,56 3.1' 6,59
Parênquima Axial
Altura da série Transversal Células 7 2 Altura da série taoqcncial C é l u l a s 8 6 Alrura d a série langencial M m :
:V.i 900
Fibras
Corapr imento Mat. d i s s o c i a d o irm 2,480 1 ,410 1,980 Diâmetro M a t . d i s s o c i a d o um 23,55 1 4, 1 3 18,8« Largura d o lúnen M a t . d i s s o c i a d o u m 1.57 1,57 1.57 Espessura d a p a r e d e H a t . dissociado u m 10,99 6.28 8,63
E s p é c i e : P. amazonicus Ducke
ELEMENTOS ANATÔMICOS PLANO ONDE SE EFETUA A AFERIÇÃO UNIDADE D E M E D I D A VALORES DETERMINADOS M á x i m o 1 M í n i m o 1 M é d i a V a s o s
Freqüência Transversal n ? / W S,oo 1 . ::n 2.00 Üiâmetro tdngencial Transversal um 220,00 110,00 183.60 Comprimento d o s e l e m e n t o s M a t . d i s s o c i a d o Um 630,00 300,00 '•87,60 Espessura da p a r e d e Τ ιansversa1 IWT 9,42 3.00 ' . 7 1
Parênquima Axial
Altura da série Transversal Células 4 1 M l ura da série Tangenc i a 1 Células 7 4 Altura da séi ie Tangencial u m .p,o 770
Fibras
Comprimento M a t . dissociado m m 1,960 1.370 1.697 Diâmetro Mat, dissociado Um 7 5 , 12 12,56 20,09 Largura d o lúmen M a t . d i s s o c i a d o U m 12.56 6,28 9,10 Espessura da parede M a t . d i s s o c i a d o }im 6,28 3.14 5 . W
E s p é c i e : P. punctulatus Kuhlmann
ELEMENTOS ANATÔMICOS PLftNO ONDE SE EFETUA A A F E R I Ç S 0 UNIDADE D E MEDIDA VALORES DETERMINADOS
Max i ma M í n i m o
1 M é d i a
Vasos
Freqüência Transversal 'Ί',! 4,00 1 ,00 1.50
Diâmetro taogencial Transversal U m 300.00 130,00 ΪΑΜ
C o m p r i m e n t o dos elementos M a t . dissociado u m 770.00 200,00 562,00
F s p e s s u ra da parede Transversa I Um 6,28 3 . Η 4,71
Parênquima Axial
A l t u r a d a série Transversa 1 C é l u l a s 5 1 Altura d a série Tanoenc i a 1 Células 8 4 " i t u r a . d a série 1a n q e n c i a 1 um
,;w ι 950 Fibras
Comprlmenlo M a t . d i s s o c i a d o m m 2.110 1 .5^0 1 ,821
D i â m e t r o Mat. d i s s o c i a d o um 25,12 15,70 20. 4 1
largura d o l٧men M a t . d i s s o c i a d o Ul» 15.70 13.3Ί
R e f e r κ n c i a s b i b l i o g r α f i c a s
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R o b e r t , G. - 1 9 5 4 , Petite Flore de 1'Quest A f r i c a i n , P a r i s , R e c h . S c i . T e c h . O u t r e
Mer.