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Primeira ocorrência de Thelypteris villosa (Link) C. F. Reed (Thelypteridaceae) para o Nordeste do Brasil.

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Academic year: 2017

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1 Parte da dissertação de Mestrado da primeira Autora

2 Universidade Estadual de Feira de Santana, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Departamento de Ciências Biológicas, Feira de Santana, BA, Brasil 3 Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz - FIOCRUZ, Salvador, BA, Brasil

4 Autora para correspondência: taismacedo10@yahoo.com.br

Primeira ocorrência de

Thelypteris villosa

(Link) C. F. Reed

(Thelypteridaceae) para o Nordeste do Brasil

1

RESUMO

(Primeira ocorrência de Th elypteris villosa (Link) C. F. Reed (Th elypteridaceae) para o Nordeste do Brasil). Th elypteris villosa (Link) C. F. Reed, espécie rara, até recentemente tratada como endêmica da Floresta Atlântica do Estado do Rio de Janeiro, é referida pela primeira vez para a região Nordeste do Brasil, Estado da Bahia, contribuindo para ampliar as informações a respeito da espécie.

Palavras-chave: Th elypteris, samambaias, Floresta Atlântica, Bahia

Taís Soares Macedo2,4, Aristóteles Góes Neto2 e Fabiana Regina Nonato3

ABSTRACT

(First Record o fTh elypteris villosa (Link) C. F. Reed (Th elypteridaceae) from Northeast Brazil). Until recently, Th elypteris villosa (Link) C. F. Reed, a rare species, was thought to be endemic to the Atlantic Forest in the state of Rio de Janeiro. Th is species is reported for the fi rst time for Northeast of Brazil (Bahia), which helps increase what is known about this taxon.

Key words: Th elypteris, f erns, Atlantic Forest, Bahia State Recebido em 29/06/2010. Aceito em 21/06/2011 Acta Botanica Brasilica 25(3): 727-728. 2011.

Nota Científi ca / Scientifi c Note

Nos levantamentos envolvendo samambaias realizados no Brasil, uma das famílias que se destaca em número de es-pécies é Th elypteridaceae, a qual distribui-se, principalmente, nos trópicos e subtrópicos e possui aproximadamente 900 espécies em dois gêneros (Salino & Semir, 2002). O gênero Th elypteris Schmidel é o maior, em número de espécies, e está representado no país por cerca de 84 espécies (Salino & Semir, 2002).

Salino & Semir (2003), ao realizarem um estudo taxonô-mico das Th elypteridaceae no Sudeste do Brasil, destacam a ocorrência de duas espécies raras: Th elypteris polypodioides (Raddi) C.F. Reed e Th elyperis villosa (Link) C. F. Reed, esta última, até então, considerada endêmica da Floresta Atlântica do Estado do Rio de Janeiro.

No presente trabalho registrou-se a ocorrência de Th e-lyperis villosa para a região Nordeste do Brasil, em um enclave de Floresta Atlântica no semi-árido do Estado da Bahia, con-tribuindo para ampliar as informações a respeito da espécie.

A área de estudo está localizada no município de Santa Teresinha, Estado da Bahia, mais especifi camente no distri-to de Pedra Branca. Corresponde a um pequeno maciço de morros conhecido como Serra da Jiboia, nas coordenadas geográfi cas de 12º51’S e 39º28’W. A região abriga grande diversidade de tipos vegetacionais, com caatinga na base, mata higrófi la na encosta e campo rupestre no topo (Quei-roz et al., 1996). Segundo Juncá (2006), é um dos pontos mais ocidentais da Floresta Atlântica baiana e uma das matas úmidas de encosta situada mais ao norte do Estado. Os espécimes coletados foram depositados no Herbário da Universidade Estadual de Feira de Santana (HUEFS) e duplicatas foram enviadas ao Herbário da Universidade Fe-deral de Minas Gerais (BHCB). O material foi identifi cado a partir dos dados disponíveis em Salino & Semir (2003).

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Acta bot. bras 25(3): 727-728. 2011. Taís Soares Macedo, Aristóteles Góes Neto e Fabiana Regina Nonato

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(2003) para os exemplares do Rio de Janeiro. Foi coletada a aproximadamente 690-800 m de altitude, formando uma população de indivíduos isolados (Fig.1-4). Th elypteris villosa é umaespécie rara e endêmica do Brasil, com registros apenas para o Rio de Janeiro e Bahia (T.S. Macedo 92, 168), tendo sido coletada anteriormente em 1968 no Estado do Rio de Janeiro.

Agradecimentos

O primeiro autor agradece aos seus familiares pela ajuda durante o trabalho de campo e ao CNPq pela bolsa de Mestra-do concedida. Agradecemos também ao Dr. Alexandre Salino, curador do BHCB, pela confi rmação da espécie, ao PPGBot/

UEFS, ao HUEFS e seus funcionários pelo apoio logístico e infraestrutura fornecida durante a realização do trabalho.

Referências bibliográfi cas

Juncá, F.A. 2006. Diversidade e uso de hábitat por anfíbios anuros em duas localidades de Mata Atlântica, no norte do estado da Bahia. Biota Neotropica6(2): 1-17.

Queiroz, L.P.; Sena, T.S.N & Costa, M.J.S.L. 1996. Flora Vascular da Serra da Jibóia, Santa Terezinha – Bahia. I. O Campo Rupestre. Sitientibus 15: 27-40. Salino, A. & Semir, J. 2002. Th elypteridaceae (Polypodiophyta) do Estado de São Paulo: Macrothelypteris e Th elypteris subgêneros Cyclosorus e

Steiropteris. Lundiana 3(1): 9-27.

Salino, A. & Semir, J. 2003. Notas sobre duas espécies de Th elypteris

Schmidel (Th elypteridaceae – Pterophyta) do Brasil. Acta Botanica Brasilica17(4): 515-521.

Figura 1-4.Th elypteris villosa. 1. Hábito. 2. Segmentos de uma pina mediana: detalhe da face abaxial no material herborizado. 3. Segmentos basais do ápice da lâmina: detalhe das nervuras furcadas. 4. Face adaxial da lâmina: detalhe do indumento.

Imagem

Figura 1-4. Th  elypteris villosa. 1. Hábito. 2. Segmentos de uma pina mediana: detalhe da face abaxial no material herborizado

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