UNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
AVALTAçÃo
DE
RISCO
DE
LONGO
PRAZO,
EM
cAsos
DE
coNTAMINAçAo
DE
Ácuns
suBTennÂrr¡,EAS
coMo
INSTRUMËNTo
DE
cERENcIAMENTo DA REMEDInçÃo
Cyro
Bernardes
Junior
Orientador:
Prof.
Dr.
RobertW.
ClearyTESE
DE
DOUTORAMENTOPrograma
de
Pós-Graduação em Recursos Mineraise
HidrogeologiasÄo
PAULoUNIVERSIDADE
DE
SÃO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-tcG
I lillil Iilil ililt ilil ilIil ilil ilil ilil lltil iltil iltil ilil ill
30900004770
AVALTAçÃO
DE
RISCO
DE
LONGO
PRAZO,
EM
CASOS
DE
CONTAMINAçÃO
DE
ÁCUAS
SUBTERRÂNEAS
COMO
INSTRUMENTO
DE
GERENCIAMENTO
DA
REMEDIAçÃO
Cyro
Bernardes
Junior
Orientador:
Prof, Dr.
RobertW.
ClearyTESE
DE
DOUTORAMENTOAGRADECIMENTOS
Á
minha esposa Sonia
e
as minhas filhas Ana, Lia e Taís Pelotempo
que
deixeide
estar
comelas
para
dedicar-me
a
este trabalho.Á
minha mäe, Gilda Schmidt Peloseu incentivo para qug
o
trabalhofosse executado e Por seu valioso
auxílio
na
coleta
de
dados
e revisão desta teseAo
Marcelode
Oliveira Lima Porseu auxílio na edição do trabalho.
Ao
meu
orientador
Prof.
Bob Cleary, mais pelos seus conselhospara
a
escolhado
tema,
tendocomo objetivo básico
a
execuçäode
algo
que
contribuisse
dealguma forma
à
melhoria do meioambiente
no
Brasil,do
que
Porsua orientação PróPriamente dita,
prejudicada pela sua volta Para os
EUA.
Aos professores Aldo Rebouças e
Aurélia
Kimmelmann
Pelasdiscussöes
que
tivemos
sobreeste trabalho
e
que me ajudarammuito
a
objetivá-lo, tornando ascontribuiçöes
desta
tese
muito mais claras.Finalmente, gostaria de agradecer
ao lnstituto
de
Meio Ambiente deAlagoas
na
figurade
seu
entäodiretor
Eng.
Gabriel
CamPanaFilho, pela cessäo
de
boa Partedos
dados utilizados nesta tese,sem
os
quais este trabalho seriaRESUMO
Uma das questões mais críticas em uma situação de contaminagão ambiental é
a definição do que é
"limpo". Até
a década de 70 em todo o mundo, esta respostaera dada exclusivamente por padrões de qualidade de água ou de
ar
estabelecidospela legislação, sem se levar em conta
o
contexto onde o problemaocorria,
e semoonsiderar a presença de compostos orgânicos tóxicos. Como forma de solucionar
isto, a agencia americana de contrôle ambiental (USEPA), innoduziu no começo da
década de 80, o conceito de análise de
risco
ambiental,
onde de forma adicionalaos padrões legais de qualidade, se introduz a análisc
do
contexto ondeocorre
oproblema
e
de
forma detalhadaos
efeitosde
cada substânciatóxica
presente oupotencialmente
presente.
Esta
metodologia,
elnbora
faça
uma
anáLliseindividualizada de cada substância envolvida, em cada um dos meios de transporte
existentes(ar, água, solo, biota) e dos receptores existentes ou potenciaisþessoas e
biota) da
contaminação,o
resultadoda
análiseé
sistematizadoem
indices,
quepodem
ser
comparados. Estes indices, alémde
representaremde forrna
simples,uma situação complexa de contaminação, tomam explícita a necessidade ou não de
remediação, bem como os níveis de remoção que serão necessários, evitando que
essa decisão se faça com base em critérios não científicos.
No
Brasil
estetipo
de abordagem de problemas de contaminação ainda estámuito longe de ser utilizada, mesmo porque, são poucos os órgãos de oontrôle de
poluição
que
conhecemesta rnetodologia.
Este
trabalho
teve
como
objetivodesenvolver
esta
metodologia
para
as
condições brasileiras,
ampliando
suarepresentatividade
pela
adição
de
conceitos probabilísticos.Além
disso,
foramdesenvolvidas expressões
para
a
determinaçãodas
conoenfraçõesobjetivo
desubstâncias tóxicas em um processo de remediação, envolvendo águas subterrâneas,
onde hajam vários
compostos
contaminantes,utilizando também
conceitos estocásticos, o que não era previsto na metodologra original.Para
a
aplicação práticada
sistemáticafoi
utilizadoo
caso depoluiçãg
daságuas subterrâneas ocorrido no Pólo Cloroquímico de Alagoas. Neste processo os
contamina¡rtes
envolvidos
são
compostos
organocloradosvoláteis,
como
1,2dicloroetano,
1,2,3
tricloropropano.
cloreto
de
¡netileno,
1,2
dìcloroprop¿mo eclorofórmio.
A
poluição
causadapor
uma das
empresas instaladasno
Pólo
foi
detectada em 1990 ç o proçesso de remediação continua ern atividade.
Pa¡a o estabelecimento das curvas de distribuição de probabilidade dos Indices
Monte Ca¡lo.
Isto
foi
feito
com
o
auxílio
de
um
programa
de
computador desenvoMdo nos EUA" o Cristal Ball.Com base nas an¡ilises de qualidade de água executadas no Brasil pela
CINAL
(empresa
do
pólo)
e
por
laboratórios americanosfoi
possível estabelecer umadistribuição
de
propbabilidade
para
os
desvios
nas
análises
de
laboratório, incorporando estefator
(qualidadede
anriLlises)ao
processode
análisede
risco,procedimento este pouco considerado neste
tipo
de
anáLlise. Com baseem
dadosoensitiáL¡'ios foram estabelecidas as distribuições para peso e área corpórea. Para os
demais dados, as distribuiçöes foram estabelecidas à partir de dados
bibliogriificos.
Para
efeito
da
an¡ilise
foram
consideradasduas
situaçõesde
exposiçãodiferentes, uma relativa aos trabalhadores do pólo e outra de moradores do entomo.
Para
os
moradoresdo
entorno sua
exposiçãoseria devida
á
injestão
de
águacontaminada e absorção durante
o
banho e para os trabalhadores seria sómente ainjestão de água. Para estes o período de exposição também é menor.
Consistente
com
o
adotadopela USEPA
este trabalho
considerouque
opercentil 95olo como sendo
um valor
aceitável de probabilidade de ocorrencia derisco. De forma semelhante
foi
o de considerado que o risco adicional de cancer del/100000
é
o
maior
risco
aceitável, sendoo
valor
utilizado para
estabelecer anecessidade ou não de remediação envolvendo substâncias cancerígenas.
Os resultados mostraram que :
O
uso de técnicas estatísticas realmente se traduziu em uma avaliação derisco
mais precisa queo
uso de valores médios.O
uso de valores médios podesigruficar
uma
subestimativa
de
risco
de
até
100
vezes
para
compostos carcinogenicos.O
método mostrou cla¡amenteque
pode-se adotar padrões diferenciadospua
a
âreado
pólo e
da
vizinhança. indicando inclusiveos
valores.Os
valoresseguros na ârea do pólo são 5 vezes maiores que os para a população vizinha, pois a
exposição dos trabalhadores é rnenor.
Um
dos fatores irnportantes na cornposição do risco é a baixa qualidade dasanálises. Sendo o fator com maior peso na variâcia dos Indices de Risco.
Padrões de qualidade de água não podern ser simplesmente importados, pois
ao se considerar uma população com menor peso corpóreo, maior ingestão de água
e qualidade
pior
de resultados de análises, que os países desenvolvidos, os padrõespaíses desenvolvidos.
No
caso verihcou-se que os valores seguros poderiam ser até 10 vezes menores que os adotados nos EUA.Com esta metodologia
foi
possível identifica¡ de forma fundamentada que aingestão
é
a
forma
de
exposiçãomais
importante
e
que
os
dois
principais compostos, do ponto de risco global sãoo
1,2 dicloroetano eo
1,2 dicloropropano.As
remoções necessáriaspara que as
águas subterraneasatinjam
valoresseguros na área do Pólo, são altas 99,9991 a 99 ,9994 o/o.
Uma forma de utilização dos Índices de Periculosidade e de Risco de Cancer
é para
o
acompanhamento da evolução da remediação, conjugando emum
únicoindice
o
resultadoda
evoluçãoda
concentação
de
vários
compostos,com
aABSTRACT
One of the most important point at a contaminated site
is "how
clean is olean".Until
the seventies, the answerfor
that was based only onfixed
standa¡dsfor
waterquatity
or air
quality,
with no
concern overthe
contextwhere
the
problem
washappening, and
with
the organic toxics involved.At
the beginningof
the decadeof
80, USEPA
innoducedthe
conceptof
environmental
risk
analysis,
in
which
inaddition
to
the standards, the contarnination problernis
evaluated considering thethe situation where
it
is,
aswell
as the environmental behavior andtoxic
effectof
each
one
of
the
substancespresent
or
potentially
present.
Even though
thismethodology makes an evaluation
of
each oneof
the components present,in
eachexisting úansport media
(air, soil,
water, etc.) as
well
as
of
the
contaminant receptors (persons and or biota), the resultofthe
analysisis
a Index,which
can becompared.
These numeric
index
representin a
simple
way,
a
very
complexcontamination situation,
and clearly
showthe
needfor
remediationor
not,
in
ascientific basis.
The
Brazilian state
environmental agencies
barely
known
about
thismethodolory,
which
can improve
a
lot
the
way
to
remediatesites. One
of
thereasons for this work was
to
contribute to better understandingof
this methodoiogy, applymgit
to
our conditions and improvingit
by introducingvariability.
Other mainobjective was
to
develop the methodology soit
will
be possibleto
define whichshould be the concenfiation level to be attained
in
a particular remediation sitewith
the remediation work, related to groundwater contamination by several pollutants.
To apply the methodology was chosen the case
of
groundwater contaminationoccuned
at
the
ChlorochemicalComplex
of
Alagoas
in
1990.
The
pollutantsinvolved
are chlorinatedvolatiles
like
1,2 dichloroethane, 1,2,3 trichloropropane,methylene chloride, 1,2 dichloropropane and chlorofonn.
Ttre variability was added using the Monte Carlo sirnulation method,
with
helpof
a computer program.Based on the analysis done
by
the existing lab at the site and American labs,was established a probabilistic distribution
ofanalytical
errors, adding this factor tothe
environmentalrisk
analysis.Normally this
variable
is
not
considered. Thedistribution
for
weight andbody
surface were derivedfrom Brazilian
Census. Theother data were got from the bibliography.
It
were consideredtwo
situationsof
exposition, onefor
the general populationthat
lives
nearby
the
Complex
and the other
for
the
workers.
The forms
of
This
work
considered the95%o certainity level as adequate to evaluate the levelof risk.
For
carcinogenic substances, the remediationlevel
wasthe
probability
of
additional cancer risk greater than 1/100.000.The main results were;
The
addition
of
variability
really
improvedthe
risk
assessment.The use
of
average results can lead to an underestimation
ofthe
riskofa
factorofl00.
The methodology is flexible, as expected,
in
the caseof
the Complex, the safelevels a¡e 5 times those for the
vicinitics.
This means that the clean-upeffort
should be, at least 5 times less for the groundwater at the a¡ea of the Complex.One
of
the
mainfactors
contributingto
the variability
of
the
risk
was
the analytical error of the Brazilian lab.Water
standards shouldnot be
copieddirectly.
It
was
showedthat,
due
toweight, amount of water ingested and lab quality, the water quality standards should
be
l0
times smallerfor
the populationliving
near the Complex thanfor
the general US population.The
methodologyof
environmentalrisk
analysiscan
rank
substances andexposition forms. For the case
of
the Complex thetwo
rnain organic toxics are 1,2dichloroethane and 1,2, diclrloropropane, and the main exposition
form
was wateringestion.
For the
Complex
the
remediation
work
will
need
to
reduce
the
high concenfiation by values ranging from 99,9991to
99,9994o/o .One use
for
the Risk Indexes is their use as a indicatorof
the improvementof
íruorce
.
-rrurnoouçÃo
-
cAso
Do
polo clonooufulco
DEALAGoAS
.1.
- AMBTENTE OeeXeOStçno
.2.
- FoNTES
DEcoNTAMtrunçÃo
.3.
-nvnlnçno
Dos
DADos
EXISTENTES.4.
-cARAcTERísrcRs
toxlcolóclcns
DOS POLUENTES
.
-uso
DA INGERTEZANAnV¡Unç¡O
DE RISCOAMBIENTAL
1.
-nvnl¡nÇÃo
DERrsco
AMBTENTAL-
uso
DEtNcERTEzAS
esrRtfstlcRs
trtRMETODOLOGIA
-
cÁlculo
Do
Rtsco
AMBIENTAL
EDAs
GoNGENTRAçÕESoBJETlvo
i.
- RESUMo
DAScoNDtÇÖes cottstoERADAS
.2.
-
expRessÖEs
urLrzADAS
.3.
-
RESULTADOS OBTIDOSP9.01
P9.05
P9.06
P9.27
P9.42
P9.59
P9.70
P9.71
P9.73
3.
-
DETERMTNAçÃO DErOfutt
DECONCENTnnçorS
SEGURAS PARA
REMEDnçÃO
P9.78P9.83
P9.84
P9.86
ít¡olce
-
orscussÃo
1.
-SOBREAMETODOLOGIA
-
vÁnrÁvets
MAts
stcNtFtcATlvAS
.
-AVALTAçÃo
Do
Rtsco
ATUAL.
-AVALTAçno
ons
coNcENTRAçÖes
oalrrtvo
.
.
POSSIBILIDADE DOS VALORES PROPOSTOSSEREM ATINGIDOS
-
colrcr-usÖEs
EREcoMe¡¡o¡çÖes
-
.ANEXOS
Do LABoRATónlo
clrunl
EXo
D
-
MAPAropocRÁrtco
oRÁneR
.
BIBLIOGRAFIA
P9.121
P9.122
P9.124
P9.126
P9.128
Pg. 131
Pg. 1
Pg. 1
A.
-
METoDoLocrA oe
RvnunçÃo
DERlsco
AMBIENTAL P9.144
B
- MoNIToRAMENTO
OC ÁCUES SUBTERRÂNEASCoNSTDERAÇÖES
Ps.162c
-RruÁIISeS
UTILIZADAS PARA AVALIAR QUALIDADE P9.178P9.183
LISTA
DE
FIGURAS
11 2 13 14 15 16 17 18 19o
Localização da área estudo e geologia
regional (Paranaguá,1 991 )
Coluna estratigráfica (Paranaguá, I 991 )
Foto com seção geológica (Ambiterra,1990)
Perfil geológico no sentido da pluma de
contaminação- sentido SE
Perfi I geológico-sentido Norte-Sul
Linhas equipotenciais e de fluxo
Distribuição do peso corporal na região
Nordeste
lngestão de água na regiåo
Distribuiçåo de probabilidades
Área corpórea no Nordeste
Distribuiçâo de probabilidades
Tempo de banho- distribuiçäo de probabilidades Periodo de exposição dos trabalhadores do Pólo
Pólo Cloroquímico- indústrias e fontes de
contaminaçäo identif icadas
Perfilagem geofísica do poço ETO (27109/90) nâo contaminado
Perfilagem geofísica do poço MVC (27109/90) náo contaminado
Perfilagem geofísica do poço PVC (27109/90)
contaminado
Perfilagem geofísica do poço ALCLOR (27109190)
contaminado
Localizaçäo dos poços de monitoramento
Erro analítico 1,2 DCP
Erro analítico 1,2,3 TCP
Erro analítico 1,2 DCE
Ero
analíticoCLORoFÓRMlo
Erro analítico CLORETO DE METILENO
Dose de referência 1,2 DCP
Distribuiçäo de probabilidade
Dose de referência 1,2,3 TCP.
D¡stribuiçao de probabilidade
SF para 1,2 DCE
L¡STA DE
FIGURAS
o
Página.
SF para CLOROFÓRMIO
Distribuiçáo de probabilidade
SF para CLORETO DE METILENO
Distribuiçåo de probabilidade
Permeabilidade da pele por composto
Distribuiçåo de probabilidade
Metodologia de avaliação de risco
(usEPA-OERD,1989)
Exemplo de como a incerteza altera o risco
(usEPA-OERD,1989)
Esquema da simulaçáo de Monte Carlo
Disiribuiçåo da probabilidade do indice de
Periculosidade
do
1 ,2 DCP- ingestäopopulaçåo externa
biðtrioúiçao da probabilidade do índice de
Periculosidade
do
1,2 DCP- banhopopulaçao externa
Distribuiçäo da probabilidade do lndice de
Periculosidade
do
1,2,3 TCP- ingestãopopulaçåo externa
Distribúição da probabilidade do indice de
Periculosidade do 1,2,3 TCP- banho população externa
Distribuiçáo da probabilidade do lndice de
Periculosidade Total (THl)
população externa
Contribuição percentual ao lndice de
Periculosidade Total de cada via de exposiçåo
Contribuiçåo percentual de cada composto para o
índice de Periculosidade Total (percentil95%)
Distribuição da probabilidade de risco de cancer
por ingestâo de CLOROFÓRMIO- pop. externa
Distribuição da probabilidade de risco de cancer
por ingestão
de
1,2 DCE- população externaDistribuiçäo da probabilidade de risco de cancer
por ingestão de CLORETO METILENO
L¡STA DE FIGURAS
57
58
59
LO
Página.
Distribuiçao da probabilidade de risco de cancer
por banho de CLOROFÓRMIO- pop.
extema
103Distribuiçao da probabilidade de risco de cancer
por banho 1 ,2 DCE- populaçao
externa
1O4Distribuiçåo da probabilidade de risco de cancer
por banho CLORETO DE METILENO
populaçåo externa
Distribuição da probabilidade de risco inicial global
de cancer
-
População externa (TRSg)Contribuição percentual de cada via de exposiçåo
para o risco global
Contribuiçåo de cada composto para risco global
Distribuição percentual da contribuição de
cada fator no risco de ingestão de 1,2 DCE.
Distribuição percentual da contribuiçäo de
cada fator no risco de ingestão de 1,2 DCP.
Distribuiçåo da probabilidade do lndice de
Periculosidade Total (THl0) - Trabalhadores Pólo
Distribuiçäo da probabilidade do Risco lnicial
Global de Cancer
(TRS')
- Trabalhadores PóloPercentual de contribuiçåo da variância do índice
Global (THls) por fator - Trabalhadores Pólo
lnfluencia no número de simulações
na determinaçáo do índice
Distribuição da probabilidade de frequenc¡a
da concentraçäo de DCP- pop. externa
Distribuiçåo da probabilidade de frequencia
da concentração de TCP- pop. externa
Distribuição da probabilidade de frequencia
da concentração de
CLOROFÓn¡¡tO
-
pop. externaDistribuiçåo da probabilidade de frequencia
da concentraçäo
de
1,2 DCE- pop. externaDistribuiçäo da probabilidade de frequencia
da concentraçâo de CLORETO METILENO
-
população externaDistribuição da probabilidade de frequencia
da concentração objetivo
DCP-dos Estados Unidos da
América
120LISTA
DE FIGURAS
No.
LO
Página.
Distribuição da probabilidade de frequência da
concentraçäo objetivo
-
DCP- Pop. Sudeste doBrasil
12OEvoluçäo da concentração de 1,2 Dicloropropano
(Contaminação do
Pólo)
133Evoluçáo da concentração de 1,2 Dicloroetano
(Contaminaçáo do
Pólo)
133Evolução da concentraçåo de 1,2,3 Tr¡cloropropeno
(Contaminação do
Pólo)
133Evoluçáo do lndice de Periculosidade (THl)
(Contaminação do
Pólo)
134Evoluçao do Risco Global de Cancer (TRS)
(Contaminação do
Pólo)
135ANEXOS
Anexo
A
Elementos do modelo de avaliaçäo
Processo de avaliação de exposiçäo
llustraçåo dos caminhos da contaminaçäo
(usEPA-OERD,1989)
Etapas para avaliaçáo toxicológica
(usEPA-OERD,1989)
146
150
152
156
Anexo
BMistura vertical em poços de filtros longos (Foster,1989)164
Validação de dados analíticos
(USEPA-OERD,1989)
17OValidação de dados analít¡cos -continuação
(USEPA-OERD,1989)
171Anexo
DLISTA
DE
TABELAS
LO Página. t 6 7 8Condutividade hidráulica na zona
saturada
'17Análise dos efluentes da
ALCLOR
31Teores de voláteis nas
nascentes
40Remoçåo de
poluentes
42Compostos tóxicos
detectados
43Hierarquizaçåo dos compostos
encontrados
45Propriedades físico-químicas e de
biodegradaçäo
47Poços de monitoramento- características
construtivas
50Contrôle de qualidade de amostragem no
Pólo
52Reprodutibilidade e precisão das análises
CINAL
54Frequência relativa dos erros
analíticos
55Concentrações
consideradas
-
84Fatores de
exposiçâo
84Fatores toxicológicos -
carcinogenicos
85Fatores toxicológicos
-
nãocarcinogênicos
85Variação da relaçåo Hl/THl ao longo do
tempo
89 indice de periculosidade inicial(THls)
92Percentis Hl¡p"p de ingestäo - população
externa
93Percentis
Hl¡ocp
de þanho-
populaçãoexterna
94Percentis Hl¡16p de ingestäo - populaçåo
externa
95Percentis
Hl¡rcp
de banho-
populaçäoexterna
96Percentis THle de banho
-
populaçaoexterna
97Risco adicional de cancer inicial
-
populaçâoexterna
99Percentis
RSrclo-
Clorofórmio por ingestão-
populaçäoexterna
1ooPercentis RSroce- 1,2 Dicloroetano por ingestão
populaçáo
externa
101Percentis RSlcur¡- Cloreto de met¡leno por ingeståo
população
externa
1O2Percentis
RSnclo-
Clorofórmio por banho-
populaçáoexferna
103Percentis RSnoce
-
1,2 Dicloroetano por banhopopulaçäo
externa
1O4Percentis RS¡cur,r- Cloreto de Metileno por banho
populaçáo
externa
105Percentis TRSo
-
populaçaoexterna
106Análise de sensibilidade
-
% da variância27
LISTA
DE
TABELAS
o
Página.
fndice de Periculosidade lnicial (THls) de não
carcinogenicos - trabalhadores do pólo
Percentis THlo - trabalhadores do pólo
Risco inicial global de cancer (TRS9) - trabalhadores
do pólo
Percentis TRS¡ - trabalhadores do pólo
Concentraçóes objetivo - nåo carcinogênicos
populaçao externa
Concentração objetivo - carcinogênicos
populaçâo
enerna
Concentraçáo objetivo - nåo carcinogênicos
trabalhadores do pólo
Concentraçåo objetivo - carcinogênicos
traþalhadores do Pólo
Comparação das concentrações seguras de DCP
ANEXOS
Anexo
BProblemas de coleta de amostras
Contaminaçåo em amostragem
Limites de detecçäo e padröes para compostos
orgânicos
Anexo
CResultados de monitoramento dos poços do Pólo
Cloroquímico de Alagoas (agosto,93)
1991a
para várias populações
(ug/l)
119Aplicaçáo da metodologia em outro
caso
128Concentraçöes objetivo para o caso do PÓlo
(¡rg/l)
129Reduções máximas necessárias nas
concentraçöes
131110 111
112
113
115
115
118
118
168 169
174
SIGLAS UTILIZADAS
LO
SIGI-A
DEFIN1
USEPA
United States Environmental Prolection Agency2
AT
Tempo de avaliaçåo da exposição (dias)2
BW
Peso corPóreo (kg)2
C
Concentração poluente água (mg/l)2
CA
Concentraçåo no ar ( mg/m3)2
CR
Volume de água ingerido (l/hab/dia)2
DCE
1,2 Dicloroetano2
DCP
1,2 DicloroProPano2
E
Erro laboratorial ( conc. padråo/conc.laboratório)
2
ED
Duraçäo exPosiçáo (anos)2
ÊF
Freqüência da exposiçåo (vezes/ano)2
ET
TemPo de banho (horas)2
H
Altura do indivíduo (cm)2
lR
Volume de ar inalado (m3/dia)2
lRlS
lntegrated Risk lnformation System -basede dados toxicológicos da USEPA
2
Kow
Coeficiente de partiçåo octanol-água2
LC50
Concentraçåo que produz uma mortalidadeem 50 % da poPulaçáo testada (mg/l)
2
LD50
Dose que causa mortalidade em 50% dapopulaçao testada (mg/kg.dia)
2
NA
Nivel de água2
NOAEL
lngestão
máxima sem produzir efeitos emtestes toxicológicos
2
PC
Permeaþilidade da pele (cm/hr)2
RfD
Máxima ingestäo diária segura para umapopulaçáo (mg/kg.dia)
2
SA
Área corPórea (cm2)2
SF
Fator de carcinogenicidade (relação entrerisco de cancer e concentraçåo)
2
TCP
1,2,3 TricloroPropano3
@
Avaliada Para3
CCI3H
Clorofórmio3
C¡
Concentraçäo do composto i no meio emavaliaçåo
SIGLAS
UTILIZADAS
3 3 3SIGI.A
õ Hl¡ Hl¡i Rij RS¡R9'
o THI TRS TRSo TRSf Cobj 3 3 3 3 3 3 3 3 3 4 5 DEFIErro da simulaçao (%)
índice de Periculosidade para a via de
exposiçao
j
(l
injestão e A absorçãodémica)
índice de Periculosidade da substância i
para a via de exPosição
j
Fator de risco composto i meio
j
(dia-1)Risco de Cancer para a via de exposiçåo
j
(l para ingestão e
A
Paraabsoçåo
dérmica)Risco de Cancer para a substância i para a
via de exposiçáo
j
Desvio padräo da simulaçäo
índice de Periculosidade Total-para todos
os compostos não carcinogênicos (EHl¡)
índice de Periculosidade Total inicial
índice de Periculosidade
Total
apósremediaçäo
-
näo carcinogenicosValor de SF para composto carcinogênicos
e 1/RfD para não carcinogenicos
Risco de cancer
total
Para todoscompostos carcinogênicos (>RS¡)
Risco de cancer total ¡nicial
Risco de cancer Total após remediaçåo
Concentraçåo a ser atingida com a
remediação
Média população log-normal
THto
THh
.Ji' '
1
-
TNTRODUçÃO
LJma
das questões mais problemáticas,em uma
situaçãode
contaminaçãoambiental, é a definição do nível de limpeza que deve ser obtido com a remediação.
No
caso de poluiçãodo a¡ e
das águaspor
poluentes para os quaisa
legislaçãoestabelece padrões, os objetivos são os estabelecidos pela legislação, mas para um
grande número de compostos orgânicos tóxicos, não existem padrões, e quando se
fala em solo ou águas subtenâneas, nem p¿ìra os chamados poluentes convencionais
há padrões. Desde 1983, (Burmaster&Lehr,1991), a agencia ambiental americana, a
USEPA
(Jnited
States Environmental ProtectionAgency),
usapara
responder àesta
questão,a
avaliaçãode
risco
ambiental.Essa avaliação
leva em
conta,basicamente, a saúde humana e as condições de exposição específicas para o local
(USEPA-OERD,I989).
O
que
sigrrifica
uma
metodologia
geral, mas oom
umresultado específico para cada
local.
(Splitstone,l99l).
No Brasil,
embora existamcasos
de
remediação ocorrendo,os
órgãos ambientais brasileiros aindanão
temnenhuma metodologia estabelecida para responder a essa questão.
Esta falta de instrumentos tem levado, na opinião deste autor, a duas situações
danosas.
Na
primeira são feitas exigências absolutamente desnecessárias,pois
osimpactos são pequenos, e na segunda ocolre o oposto, pois a avaliação dos riscos é
feita de maneira subjetiva e sem critérios. O que mostra a necessidade de se propor
uma metodologia para tal.
Por outro lado, Burmaster& Leh¡ (1991) mostram que
tal
metodologia, comovem
sendoutilizada
pela
USEPA, tende
a
superavaliaro
risco, pois
sómenteconsidera as piores condições que, na verdade, são raras de ocorrer. Com isso são
estabelecidos objetivos de limpeza extremamente exigentes, que
por
serem irreais,sigrriñcarão custos excessivos de remediação, alérn do que muitas vezes impossíveis
de
serem atingldos.
Por
estasrazões, esse
autor propõe
o
uso
de
técnicasestatísticas, de forma a tomar a avaliação de risco rnais próxima da real, além de
innoduzir uma melhor base científica ao processo. Para isso sugere o uso da técnica
de Monte Ca¡lo, associada aos programas de avaliação de risco existentes. Técnica
esta
que ficou
muito
mais
acessível
com
o
advento
de
programas
pa.ramicrocomputadores, pois exige que as situações sejam simuladas várias vezes para
que se obtenha a distribuição das possibilidades de risco.
A
grande vantagemé
asincertezas inerentes a este tipo de avaliação são inseridas no
pror.t$
de avaliação.Ou
seja, considera-se que, na realidade,não
existem valores definidos, mas simfaixas de variação com probabilidades de ocorrência. Situação esta mais próxima da
realidade.
Este trabalho tem como contribuição ao uso desta técnica,
o
desenvolvimentode metodologia para definição das concenüações seguras
da
âgw
subterrânea e nosolo, a serem atingidas em um processo de remediação. Considerando-se que este
processo envolve
vários
compostoscom
diferentesriscos,
e
que padrões para apopulação dos países desenvolvidos não devem ser aplicados linearmente
para
apopulação brasileira. Secundáriamente, é mostrado que a metodologia proposta pela
USEPA, pode ser utilizada como instrumento de acompanhamento da remediação.
Como forma
de
concretizare
demonsfia¡o
uso,
foi
utilizado
o
caso
decontaminação das águas subterrâneas
ocorrido no Pólo
Cloroquímico de Alagoascom solventes organoclorados. Os dados utilizados resultaram
de
habalhos feitospelas indústrias envolvidas, embora o autor tenha participado no diagnóstico
inicial
do problema em 1990. O fato de se esta¡ utilizando dados não coletados pelo autor
tornou necessária uma revisão crítica da qualidade dos lnesmos,
o
que levou à umaprofundamento em questões como qualidade de análises, técnicas de execução de
poços
e
coleta
de
amostras.Uma
questão tambérnrnuito
pouco
abordada nasavaliações ambientais
no Brasil, ou
seja discute-semuito
poucoqual
a
qualidadedos
dados
que
deram origem
aos
trabalhos,ou
seja qual
o
suporte
para
asconclusões obtidas. Como resultado, mosffa-se que a qualidade
inferior
dos dadosobtidos no Brasil é
un
fator importante quando se discute concenffações seguras doponto de vista de proteção da saúde humana.
OBJETIVOS
Considerando o acima exposto este trabalho tem como objetivos:
o verificar as vantagens de se considerar incertezas na avaliaçäo
de
riscouma vez que no mundo real as variáveis envolvidas
såo
deo
propor metodologia para definiçâo de concentraçöes objetivo emremediações envolvendo vários compostos tóxicos e
considerando
dadospopulaçåo brasileira.
Secundåriamente:
a
desenvolver a aplicação em um caso real.2
-
CASO
DO
cloRoeuírvllco
oe
2 -
cASo
Do
póLo
cloRoQuíulco
DE
ALAGoAS
z.r
rruereNre
oe
rxposlçÃo
2.r.1
cEolocn
rueÁRea
oo
Póuo.
A
¿lreado
Pólo Cloroquímico de Alagoas situa-se enhe os paralelos 9o40' e 9o50' e meridianos 35o40' e 35o50', noMunicípio
de Marechal Deodoro, a oeste deMaoeió, sobre
os
sedimentosda
Bacia
SedimentarAlagoas-Sergipe
Grupo Barreiras. Como mostra a figuraI
com a geologia regional.Essa
bacia
é
uma fossa
tectônica,
do tipo
meio
graben,
que
mergulhasuavemente no sentido do Atlântico e é delimitada a oeste por um sistema de falhas,
tendo sido preenchida por sedimentos de origem continental do Grupo Baixo de São
Francisco, com idades que vão desde o Permo-Ca¡borífero até o Cretáceo Inferior;
sedimentos de transição da Formação Muribeca, do Cretáceo
Inferior;
sedimentosde origem marinha do Grupo Sergipe, desde o final do Cretáceo
Inferior
até o iníciodo
Terciiirio;
e sedimentos do Grupo Barreiras, extensivos sobre toda a bacia quepodem ser considerados como um episódio independente,
ligado
à
geomorfologia regional.A
figura 2 mostra a coluna estratigráfica simplificada,A
á¡ea do Pólo assenta-se sobre um tabuleiro parcialmente dissecado por valesde paredes relativamente abruptas, formado pelos sedimentos
do
Grupo Barreirasque
é
constituidopor
areias quartzosas,com
intercalaçõesde
argilas
arenosas,siltitos
e lentes de argila, normalmente pouco consolidados.Uma
seção geológicapode ser
observadana
estradaque
liga
o
Pólo
Cloroquímico
a
esFada enffeMarechal Deodoro e Maceió, através da exposição das camadas do Grupo Barreiras
nos taludes laterais ao vale que contám a estrada (flrgura 3).
As
figuras 4 e 5 mostram com base nas perfrrações executadas(Alclor,
1993)e nas informações obtidas na perfilagem dos poços
ALCLOR,
CPC eMVC,
o perfilgeológico naërea.
E \a I
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LOCALTZAçÃO
DA
ÁREA
DE
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E
GEOLOGTAREGIONAL (Paranaguá, I 99 I a)
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-GRUPO BARR EI RA5
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DEPO-l |.rtBt{) t- - ---¡ S'DIHËH¡{JS BtCEfiTES ¡ SITOS I}E FI¡ArA.. DUr{lS. I-'¡GOâS E
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I coT¡HGUIBòl I
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P¡ìECAIIBRTÁHO
I SÂO ¡ SEFNAPIA IAREI{ITOS- FIJLHELHOS UENñELIIOS E SII'TITOS
I I ,D€HII,{T T BAS IFOIJIEI-HOS. A-E€ I L I TOS E SII.TITÍ}S UâJIIEGá. rt4
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¡HTEIìC'¡LâDOS CO?l FOLHELHOS E SILTITOS.
olscoÊo. ¡ BÍìI.IHGA I
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I r¡nncô]li I CAnBOTIfITOS E SILTITOS B.ErurlIllOSsS.
tl
EIíDêSÍ¡ñEHTO ¡ GHÂISSES. GTâH ITO ¡ DES E ñIGI'.ÁT ITOS
F---+
PERFIL EXIBINDO CAMADAS DE iIRGILA COM NOTADA PERSISTÊNCIA LATERAL LEGENDA
lt?:J
-
ARETA, ARENrros
DE GRANULoMETRTA DI^vERSAcoM PRESENçA DETERMOS FTNOS OU NÀO
ffi|-
ARETA.EARENrros
ARGrlososF-
aRGtLAU -
ESTRADAr0 a
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POçO ALCLOR dRea
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FOR¡rÀTÃo-ÞOñ-ra TeRoE-
'r"r*no-F].ISEDIM ENToS PREDoMINANTEMENT E A REN ôSoS Do GR U
Po
B ARREI RA Sç.-Ï
SEDIMENToS PREDoMINANTEMENTE ARGILoSoS Do G RUPo BARREIRAS[:=
FoLHELHoS DA FoRMAçÂo PoNTA VERDEESC. HORIZONTAL N 20.OOO
ESC..VERTTCAL
N t./t.OOOFIGURA
4
-
PERFIL
GEOLÓGICO
NO
SENTIDO
DA
PLUMA
DEcoNTAMtNAÇÃO
- SENTIDO SUDESTE (ver rarnbérn figural7)
wl
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O R ESIDUOS
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S E D IMENTOS PREDOMINANTEMENTE ARENOSOS DO GRUPO BARREIRAS[5=I
SEDIMENToS PREDoMINANTEMENTE ARG¡Los Do GRUPo BARREIRAsI.:-__1 FOLHE
LHOS
DA FOFMAçAO PONTA VERDEPOCO MW 9
ESC. H
=
N 2O.O0O ESC.V;
N l,/l .OO0LAGOA
FIGURA
5
PERFIL GEOLOGICO
-
SENTIDO NORTE-SUL(ver
tarnbémfigura
l7)
FORMAçAO PONTA VERDE
Das figuras
3,4
e 5 fica clara a presença de lentes argilosasinterdigiødas
emum corpo arenoso, característico do Grupo Barreiras. Dos perfis, deve ser notada a
presença de uma lente mais extensa entre a
cota
l0
e 20 noperfil do
sentido SE,que poderia confinar localmente o aquífero, na região das indústrias. Isto confirma o
comportamento observado no teste de bombeamento descrito em Ambiterra(1990b),
onde o bombeamento do poço PVC levou a uma rápida alteração no
nível
do poçoMVC,
o que não ocorreria se o aquífero fosseliwe.
Outro ponto importante é a camada que aparece no
perfil
daFIGURA
5 sob alagoa de inorgânicos, camada que poderia dar origem a um aquÍfero suspenso que
originaria a nascente denominada Olho D'Água.
De
acordo com Ambitena(1990)a, naárea estudada, os sedimentos do GrupoBarreiras estão depositados sobre os da Formação Coqueiro Seco, do Grupo Baixo
São Francisco, constituido
por
folhetos cinza-esverdeados betuminosose
a¡enitosargilosos,
do
Cretáceo
Inferior.
Essa
posição
estratigráficapode
justificar
apresença do odor de gás sulfidrico constatada quando da ativação do poço
Alclor-01. O gás sulfidrico é produzido na interface enhe a água e a matéria orgânica pela
atividade
bacteria¡ra, provavelmenteinhoduzida pela
perftuaçãodo
poço,
sendodifrurdido pela coluna d'água sobrejacente, pois sendo o H2S extremamente móvel,
não
fica
retido
no
folhelho.
O
raciocínio se aplica
tambémpara
a
presença demetano
nas
análises realizadas
nas
águas
deste
poço,
no
ínício
de
seuñ¡ncionamento, uma vez que se trata de um gás típico de fennantação anaeróbia de
matéria orgânica.
A
presença deste aquitardfoi
confinnada em todas as perfiraçõesfeitas que atingiram essa profundidade, como mostram as figuras 4 e 5
2.I.2.
HIDROGEOLOGIA.2.2.1 Modelo hidrogeológico conceitual
Na
áreadas
instalações industriais,afloram
rochas sedimentaresdo
GrupoBarreiras que suportam um complexo sistema, designado por Saldanha(l980) como
Aquífero Barreiras.
Tal
sistema é classificado como dotipo
liwe,
limitado
na basepor sedimentos pouco permeáveis da Formação Coqueiro Seco.
Estudos
de v¡irios
autores, entre eles Cavalcanteet alii(1975),
Saldanha etalii(1980)
e
Cavalcanteet
alii(1982),
descrevemesta unidade aquífera
comoapresentando boas características hidráulicas e de produtividade.
As
águas subterrâneas apresentam baixa salinidade, indicando pequeno tempo de trânsito epor
conseguinte rápida circulação. Nas figuras4
e 5
esta circulaçãofica clara.
Cavalcante(l982) sugere taxas de
infilhação
de 30%o da precipitação da área.Dados de um posto metereológico operado pela
CINAL
no Tabuleiro com dados de1989 a 1991 (Paranaguá, 1991b) indicam que a precipitação média anual é de 2149
mm/ano, ou seja a recarga seria de 645 mm/ano.
A
anrilise
dos níveis
estáticoshistóricos
dos poços
tubulares,
poços
demonitoramento
e
nascentes,permitiu
o
Íaçado
do
mapa isopotenciométrico daregião
e
o
esboço,de
forma tentativa, dosfluxos
subtenâneos. Parae
execuçãodeste mapa,
não foram
considerados os dadosde
poços próximos aospoços
deprodução, pois poderia haver interferência.
Além
disso, os níveis potenciométricosforam
os de
Janeiro/93.(Alclor,l993).
Nessa mesmafonte,
estãoos
dados
detopografia dos poços e nascentes utilizados. O nível das nascentes que dão origem a
riachos
e
que não são monitoradas,foi
obtido
de cotasno
mapatopográfico
emCodeal- Companhia Desenvovimento de Alagoas(1977), as quais correspondem às
usadas atualmente no Pólo.
A
figura 6 mostra o mapa isopotenciométrico e as cotas do nível de água(NA)
consideradas.22-
--_
\ \
2O-\.-.-l8
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v Pr¡¿ E It hæ' r.e!r€! PRc.rc
€f,3 r¡Àg':i: Ê cA¡€É¡
Inicialmente deve-se comentar que, embora os
filtros
dos poços sejam longos,como na maior parte
do
Tabuleiroo fluxo
é
quase horizontal, os níveis medidosrepresentam os níveis piezométricos nos pontos. Por outro lado, os níveis dos poços
próximos
á
Lagoade
Inorgânicos(MW7
e
MW9)
devemser
considerados comreseryas,
pois
estãoem
áreasde
recargae
possuemfiltros
longos
(12
e
l8m
respectivamente) ou seja, o valor medido representa o valor médio na secção, sendo
inferior
ao da superficie freática. Porouto
lado, como não há comocorrigir
estevalor, para a elaboração do mapa foram utilizados os valores medidos. Quanto aos
níveis das nascentes
e
cacimbasno
sopé,por
setratar de
poçosmuito
rasos, osvalores refletem a superficie freática.
Na
área do Polo Cloroquímico, as águas subterrâneas mostraram movimentosno
sentido
sudoeste,o
que indica que
a
contaminaçãooriginária
da
¡á¡ea dasindústrias
seria
descarregadaentre
os
pontosMP5
e
MP7,
emboraexista
umapequena componente
no
sentido Noroeste
em
direção
ao
poço CODEAL.
Éinteressante observa¡ que mesmo ocorrendo uma depressão
junto
à face
leste doPólo,
o
curso de água intermitente existente é que recarregao
aquífero. Ou seja, acontaminação
da
írea daALCLOR
não se deslocaráno
sentido dessevale'
Estasituação se inverte na parte mais baixa onde o riacho é recarregado pelo aquífero.
Por
oufio
lado, os dados de nível dos poçosMW7
eMW9
indicam que a lagoa deinorgânicos se
tomou
uma áreade
recargae
que as águas origináriasdela
irãocontaminar as nascentes
do
Sítio
do
Buraco, bem comoa
nascente denominada Olho D'água.Estando contaminado
o
lençol sob
a
lagoa,
a
contaminaçãoque
irá
serobservada nos pontos
M9C,
Sítio do Buraco eM8
terá origem na lagoa e não nacontaminação das indústnas. Eventuais vazamentos na
ETEO irão
contaminar asnascentes conhecidas como Lado Oposto.
Os perfis
geológicos montadosa
partfuda
descriçãolitológica dos
poçostubulares, das sondagens
tipo
SPT e pela descrição geológica dos afloramentos aolongo da estrada de ligação
a
Maceió mostrarama
existência de camadas menospermeáveis, argilo-arenosas,
que
intercalamo
pacote
sedimentarna
zona
nãosaturada
(figuras
4
e
5).
Estas camadasnão
são contínuas,mas
ocupam áreasconsideráveis, tanto que confinam localmente os poços
PVC,
MVC
e ALCLOR.
Característica confirmada pelos testes de bombeamento realizados.
A
existência dessas camadas argilosas poderia levar a formação de aquíferossuspensos, temporários ou não.
A
presença de camadas menos permeáveis poderiacausar movimentos horizontais
da
água, antesde
sua chegadaà
zona saturada,urcluindo os poluentes presentes. De forma semelhante estas camadas poderiam se
tomar pontos de concentração dos poluentes infiltrados. Esse mecanismo explicaria
os
picos
de
condutividade rnostradosnas figuras
6,
7 e
8,
indicando
umacontaminação que se deslocou horizontalmente
e
se concentrou nessas camadas,antes de atingir o lençol.
Gradientes hidráulicos
Pelas próprias características
do
Aquífero
Barreiras,de
lentes argilosas emuma mafriz
arenosa,há
variaçõesnos
gradienteshidráulicos,
demonsüando aheterogeneidade da geologia
local.
Com base ns curvas equipotenciais traçadas, ogradiente médio no sentido do escoamento na área das indústrias é de 0,0079 m/m'
Mas
enfie PZ3 eMW14, o
gradiente é de 0,0162 m/m indicando assim uma áreamais argilosa, e enhe o
MW2
e PZ3 o gradiente é de 0,0045 m/m e do poçoMW14
até
o
MP5, um
gradientede
0,0074m/m.
Na
áreada
Lagoade
Inorgânicos, ogradiente desta até o Sítio do Buraco é de 0,0276 m/m. Da lagoa até o
MP2
seria de0,020 m/m. Neste caso, arazão deste maior gradiente é a topografia.
Condutividade hidráulica.
Os
dados
de
condutividadehidráulica
tanto
da
região
insaturada,
comosaturada são muito poucos. Com base nas informações fornecidas ao
IMA"
sómente2 testes de bombeamento, e
3
"slug-tests" (teste em poço único para determinaçãode candutividade hidráulica) foram executados.
Foi
questionadojunto
aoIMA
sehaveriam mais dados de testes
de
bombeamentoou
"slug-tests", masnão
houveresposta. Assim, está sendo considerado que estes são os únicos dados disponíveis.
O resultado destes testes é mostrado na tabela
I
abaixo.ABELA
I
CONDUTIVIDADE HIDRJIULICA NA ZONA SATURADA
PONTO PVC ETEO CODEA]-.I,tvc
D4fVl1 P21, VALOR (ctrl/s)1.20E-01
4.408-03
1.808-02
2.808-03
4.008-02
7.308-03
TIPO Poço BOMB.NA
HVORSLEVNA
HVORSLEVNA
HVORSLEVPVC
V'IALTONTP],
JACOB.¡Þ1 .T¡a^E¡
ESPESSURA SATURADA 2 Srn 25m 25m 25m 25n 25m coEF. ARMAZ NA NA NA
c ElËr_ <
L.7E-3
6.8E-4
ù.l.Ð. -1 .
T.B T.B
OBS: NA-nåo
apl¡cável
S.T-Slug-test T.B.-Teste de BombeamentoFONTE: PVC, ETEO, CODEAL e MVC: Ambiterra(1990b), MWIA e PZ1: Paranaguâ(1991b).
Os
dados acima mostram
condutividades
hidráulicas
altas,
ou
seja
amovimentação da pluma de contarninação é relativamente rápida. Outro ponto que
chama a atenção é que
existe
aparente anisotropia,pois
quandoa
condutividadehidrátrlica é medida à partir do poço
MWIÀ
o resultado é uma ordem de grandezamaior que a obtida no poço
PZl.
Neste caso, cabe observa¡ quea
condutividademedida com
o
poçoMWIA,
representrìria a velocidadeno
sentido de escoamentodo aquífero, o que tornaria ¡naior o escoamento dos poluentes.
Os dados dos dois testes indicam que, na área,
o
aquifero tem característicasde semi-confinado, tanto pela rápida resposta nos poços de monitoramento como
nos baixos valores de coeficientes de armazenamento obtidos.
Finalmente, deve ser comentado que todo um sistema de contenção hidráulico
foi
dimensionado com apenas os dados acima. Ou seja, em bases muito frágeis paraum sistema heterogêneo e anisonópico como os dados acima mostr¿lm.
Ou
ainda,oom grandes possibilidades de não fi¡nciona¡.
2.r.3. POPULAçÖES EXPOSTAS, V|AS E PONTOS DE EXPOSTçÃO.
Populaçöes expostas.
Na
região existem
dois tipos de
populações,uma delas constituída
pelostabalhadores
no
Pólo
e
outra pelos
residentesno
sopé
do
Tabuleiro,
como mostrado na figura 12.O
Pólo tem atualmente2
indústrias operando (CPC eCINAL)
e uma parada(ALCLOR).
As
indústrias operam 24Wdia em3
turnos, empregandono
total
400pessoas. Esses frurcionários moram em Maceió na sua maior parte, indo e voltando
diáriamente.
Além dos
trabalhadoresregulares
existem
os
empregados dasempreiteiras que executam serviços para as empresas.
De acordo com visitas feitas ao local, a população do entorno é constituída por
pequenos
sitiantes,
que
exploram minifundios.
Existem
duas
pequenascomunidades, sendo que em uma delas existe uma escola. Essas comunidades estão
sendo abastecidas com água fornecida pelo Pólo. Afastando-se em direção ao mar,
há uma série de cursos de água e lagoas, cuja maior é aLagoa do Mundaú.
Nestas lagoas
há
pesca
de
mariscos
e
peixes,
bem como
atividadesrecreacionais, natação e barcos, mas não se observa pontos de concentração destas
atividades, a não ser na própria lagoa de Mundaú, que dista cerca de 3 krn do sopé
do tabuleiro.
Vias e pontos de exposição.
No
casodo Pólo,
como
visto
na
figura 12,
a
populaçãomais próxima
seencontra
no
sopé
do
tabuleiro. Isso,
possivellnenterninimiza
o
impacto
dospoluentes gasosos emitidos, pois os receptores estão abaixo do
nivel
das fontes ejunto
a
uma
encosta,e
ainda ern região sujeita
à
ventos
rnarinhos.Assim
osprincipais receptores da poluigão atmosferica do Pólo são ainda os trabalhadores do
própno Pólo, pois
o
entomo é desabitado e as poucas habitações se localizam emposições protegidas
e
desta
forma,
esta
não
é
uma
via
importante
para
aspopulações locais. Quanto à exposição por contato com água superficial, também é
pouco
sigrificativo
pois os efluentes líquidos do Pólo são lançados no mar aûavésde
emissário submarino(Ambiterra,l990a).
Por outro lado
o
lençol
subterrâneodecarrega suas águas nos
rios
e lagos existentes na parte baixa do Tabuleiro, e aspessoas poderiarn ser afetadas indiretamente. Neste caso, haveria uma diluição, as
concenfações seriam menores do que as existentes na água subtenânea, assim, esta
é mais critica.
No
casoda
ëryta subterrânea, seriam duas as formasde
contato,
uma pelaingestão
de
água contaminadae
outa,
absorçãodos
contaminantespela
pele, durante o banho.Outra forma de
intodução
de poluentes nos organismos seria pela ingestão dealimentos
contaminados,por
exemplo,
peixes.
No
caso
todos
os
poluentesenvolvidos
não
são passíveisde
bioconcentração, portantoesta
não
é
uma
viaimportante. Uma das razões para não se acumulareln é
o
baixoKow,
porque sãohidrofilicos
e nãolipofilicos
como os compostos que se bioconcenüam(USEPA-oERD,lese).
O
contato diretonão
se aplica, umavez
queo
acessoao
Pólo é
restrito
econffolado e os poluentes se infiltraram. O contato direto que existe é o que ooolre
por razões profissionais. Resumindo, as vias de exposição possíveis são diferentes
para os
trabalhadoresdo
Pólo
e
para
os
residentespróximos,
além disso,
osperíodos
de
exposição também serão diferentes. Pa¡aos
moradores,o
tempo deexposição
é
a
vida toda,
enquantoque para
os
trabalhadoresno pólo
será nom¡áximo
30
anos, e mesmo assim durante pertedo
tempo.Abaixo
são moshadasestas vias para cada uma das populações expostas.
A
avaliação de risco será feita tendo em vista as formas de exposição acima,para as duas populações mais expostas: os trabalhadores
e
os residentesno
sopé.Segundo
USEPA-OERD(1989),
a
quantificaçãoda
exposição
considerando aingestão de água contaminada, a absorção pela pele e a inalação de compostos pelo
ar é feita, como mostrado abaixo.
RESIDENTES
PRÓXIMOS
.
INGESTÃO ÁGUATRABALHADORES
O INGESTÃO ÁGUA
O ABSORCAO BANHO
ol
POLUENTES.'Ão
Ácun
CoNTAMTNADA (r¡.ms/kg.dia) ll=(C¡E)xCRxEFxEDBWxAT
onde:
AT= tempo de avaliaçäo (dias)
BW= peso corpóreo (kg)
C= concentração medida na água (mg/l)
CR= volume de água ingerido ( l/hab.dia). E= erro laboratorial (fraçao).
ED=duraçâo da exposiçåo(anos).
EF= frequência de exposição (dias/ano).
NO BANHO (16-mg/kg.dia)
lB=(CxE)xSAxPCxETxEFxEDxCF BWxAT
onde:
AT= tempo de avaliação (dias)
BW= peso corpóreo (kg)
C= concentração medida na água (mg/l)
CF= fator de conversåo (1 I /1OOOcm3)
E
= erro laboratorial (fraçåo).ED=duração da exposição (anos).
EF= frequencia de exposiçäo (dias banho/ano).
ET= tempo de banho (horas)
pÇ= permeabilidade da pele para a substânc¡a
(cm/hr)
SA= área corpórea (cm2 )
POLUENTES NO AR (lA- mg/kg.dia) lA=(CAx EA)
xIR¡EI¡EE-IEÞ
BWxAT
onde:
AT= tempo de avaliaçäo (dias)
BW= peso corpóreo (kg)
CA= concentraçäo medida no ar (mg/m3)
EA=
"rro
laboratorial ar (fração)ED=duraçâo da exposição (anos).
EF= frequencia de exposição (dias/ano). ET= tempo de exposição (horas)
lR= volume de ar inalado
A
inalação de poluentes pelos trabalhadores do Pólo, embora importante, nãoserá considerada neste estudo tendo em
vista
a
falta
absolutade
dados sobre osteores de poluentes atmosféricos na atmosfera da região.
Ou
seja,a
avaliação derisco
seráfeita
considerandoo
adicionalde risco
representadopelo
episódio decontaminação das águas subterrâneas.
2.r.4. FATORES DE EXPOSTçÃO
Os fatores de exposição, que não dependem da situação de contaminação, nem
do composto ou do tempo, a serem considerados, com base nas vias de exposição
acima são os seguintes:
INGESTÃO DE ÁGUA:
- peso corpóreo.
-volume ingerido /dia.
ABSORçÃO NO BANHO:
-área de pele. -tempo de banho.
- número de banhos/dia.
- peso corpóreo.
Peso Corpóreo
Nos
EUA
,
USEPA-OERD(1989) sugere o uso dovalor
de 70kg
para médiade
pessoas adultas.No
Nordestebrasileiro
de
acordo
com
dadosde
FundaçãoInstituto Brasileiro de Geografia e Estatística-FlBGE(1977a), o peso médio é de 54
kg
para adultos maiores de20
anos (homens e mulheres). Considerando que esteparâmeto
tem distribuição normal. (FundaçãoInstituto Brasileiro de
Geografia eEstatística-FlB GE,l97 7 a),