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RACIONALIZAÇÃO DE USO DE ENERGIA NA FLORICULTURA DA REGIÃO NORTE DO EQUADOR

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(1)

RACIONALIZAQAO DE USO DE ENERGIA NA FLORICULTURA DA REGIAO NORTE DO EQUADOR

Dissertarao apresentada ao Programa Interunidades de Pos-Graduacao em Energia (IEE-USP, EPUSP, FEA-USP, IFUSP) da Universidade de Sao Paulo para obtencao do titulo de Mestre em Energia.

DEDALUS -Acervo - IEE

III^I^YN^I^^Nh^I^^^^N^hAlln

30400001881

Sao Paulo 1994

620.92 T315r

D-PIPGEAUSP "

(2)

RACIONALIZAcAO DE USO DE ENERGIA NA FLORICULTURA DA REGIAO NORTE DO EQUADOR

Dissertarao apresentada ao Programa Interunidades de Pos-Graduarao em Energia (IEE-USP, EPUSP, FEA-USP, IFUSP) da Universidade de Sao Paulo para obtencao do titulo de Mestre em Energia.

Area de Concentrarao: Energia

Orientador:

Prof. Dr. Ildo Luis Sauer

(3)
(4)

deste trabalho.

A International Energy Initiative (IEI) pelo apoio financeiro.

A Empresa Electrica Regional Norte S.A. (EMELNORTE S.A) de Equador pela minha liberagao e pelos recursos dispostos para a realizagao deste trabalho.

Ao Instituto Ecuatoriano de Electrificacion (INECEL) de Equador por facilitar a informagao necessaria para este trabalho.

A Alessandro Barginhi e a sua esposa Laura, meu profundo agradecimento pela amizade, ajuda e apoio permanente que recebi deles.

(5)

Pagina

1 INTRODUcAO ...1

1.2 Objetivos ...3

1.3 Escopo ...3

2 REVISAO BIBLIOGRAFICA SOBRE 0 EFEITO DA LUZ NO CULTIVO DE FLORES, SISTEMAS DE IRRIGAQAO E CAMARAS DE REFRIGERACAO 2.1 0 EFEITO DA LUZ NO CULTIVO DE FLORES...5

2.1.1 Que e a luz ...6

2.1.2 Foto-respostas ... 8

2.1.3 Fatores limitantes do crescimento das plantas ... 13

2.1.4 Medicao da energia radiante nas plantas... 14

2.1.5 Aplicag5o de fontes artificiais...17

2.1.6 Tipos de fontes de luz artifical para cultivo de flores ... 19

2.2 SISTEMAS DE IRRIGAQAO ...29

2.2.1 Apl icacoes...29

2.2.2 Componentes do sistema de irrigacao por gotejo...30

2.2.3 Principios basicos do metodo de irrigapao por gotejo...35

2.2.4 Caracteristicas hidraulicas do sistema ...36

2.2.5 Determinacao do consumo de agua ...37

2.2.6 Eficiencia do sistema de irrigarao...39

2.2.7 Beneficio e dificuldades da irrigag5o por gotejo ...40

(6)

2.3.2 Caracteristicas

tecnicas da instalacao da camara

...43

3 CARACTERIZAQAO DA REGIAO NORTE DA SERRA EQUATORIANA

3.1 CARACTERISTICAS CLIMATICAS ...45

3.2 HISTORICO DA PRODucAO DE FLORES ...48

3.3 ASPECTOS ASSOCIADOS COM A PRODUCAO DE FLORES ...50

3.3.1 Possibilidades de mao de obra ...50

3.3.2 Impactos ambientais...52

3.3.3 Mercado de flores...54

3.4 CONCLUSOES ...56

4 RELAcAO DO SETOR AGROINDUSTRIAL COM A CONCESSIONARIA DE ENERGIA 4.1 DEMANDA E CONSUMO DE ENERGIA ...58

4.1.1 Perfil da concessionaria ...58

4.1.2 Participagao do setor de cultivo de flores na demanda e consumo de energia... 60

4.1.3 Comportamento do consumo agro industrial na curva de carga ...64

4.2 QUALIDADE DO SERVIQO ELETRICO ...67

4.3 TARIFAS ...71

4.3.1 Teoria e pratica dos servigos ...71

4.3.2 Tarifas de fornecimento...74

4.3.3 Analise da tarifa horo-sazonal...77

(7)

5.1 METODOLOGIA DA PESQUISA ...80

5.1.1 Descricao do questionario ...81

5.1.2 Selecao da mostra ...83

5.2 DIFICULDADES DE CAMPO ...84

5.3 INFORMAQOES OBTIDAS NA PESQUISA ...87

5.3.1 Analise dos Usos Finais ...87

5.4 RESULTADOS OBTIDOS A PARTIR DA PESQUISA ...95

5.4.1 Balango energetico, por use final e por tipo de cultivo ...96

5.4.2 Comparacao da energia calculada e energia registrada ...104

5.4.3 Comparagao da potencia calculada e a potencia contratada ... 105

5.5 CONCLUSOES ...106

6 ANALISE DOS USOS FINAIS POR PROCESSO PRODUTIVO 6.1 SEQUENCIA DOS PROCESSOS PRODUTIVOS POR TIPO DE CULTIVO ...107

6.1.1 Cultivo de rosas ...107

6.1.2 Cultivo de gipsofila ...110

6.1.3 Cultivo de crisantemos...112

6.1.4 Cultivo de cravos...113

6.2 MEDIDAS DE RACIONALIZAQAO POR USO FINAL ...114

6.2.1 Sistemas de irrigacao...114

6.2.2 Camaras de refrigerag5o ...119

6.2.3 Sistemas de iluminag5o ...122

6.2.4 Sublimadores ...127

(8)

7 AVALIAcAO

ECONOMICA E FINANCEIRA

7.1 AVALIAcAO

FINANCEIRA DA TROCA DE LAMPADAS

POR HECTARE

DE CULTIVO

DE FLORES

...

128

7.2 CONCLUSOES

...

135

8 CONCLUSOES E RECOMENDAcOES ...136

ANEXOS Anexo A: CARACTERiSTICAS DAS LAMPADAS POWER FLOWER E A VAPOR DE SODIO ... 141

Anexo B: MAPAS ...143

Anexo C: ENQUETES ...145

Anexo D: RESULTADOS DA PESQUISA ... 148

Anexo E: FOTOGRAFIAS ...170

(9)

Figura Descricao Pagina

2.1 Espectro electromagnetico ...7

2.2 Curvas de foto-respostas das plantas e visao ...12

2.3 Fatores que influem no crescimento das plantas ...13

2.4 Eficiencia de uma lampada a vapor de sodio a alta

pressao

... 27

2.5 Componentes

do sistema de irrigagao por gotejo

...31

4.1 Setores de consumo de EMELNORTE no ano 1993 ...60

4.2 Setor Industrial EMELNORTE no ano 1993 ...61

4.3 Consumo de energia para flores (1989-1993) ...63

4.4 Demanda de potencia (1989-1993) para o cultivo de flores... 63

4.5 Curva circuito Pedro Moncayo - Curvas de carga por use final ...65

4.6 Curva de carga EMELNORTE - Curvas de carga por use final ...66

4.7 Circuito Primario para o Cantao Pedro Moncayo ...69

5.1 Disposigao fisica das lampadas incandescentes no cultivo de flores ... 88

5.2 Ciclos liga/desliga das lampadas incandescentes ...89

5.3 Disposigao fisica das lampadas a vapor de sodio no cultivo de flores ... 90

5.4 Consumo de energia por use final por hectare de cultivo de rosas ...97

5.5 Consumo de energia no cultivo de gipsofila iluminado com lampadas incandescentes ...99

5.6 Consumo/hectare de gipsofila Iluminado com lampadas a vapor de sodio ...100

5.7 Consumo de energia por use final por hectare no cultivo de cravos ...102

5.8 Consumo de energia por use final por hectare de varios tipos de cultivo ...104

(10)

Tabela Descricao Pagina

2.1 Relacao das unidades de radiometria e fotometria ...15

3.1 Area do cultivo de flores por cantao ...48

3.2 Numero de agroindustrias na regiao norte ...49

3.3 Dados de populacao da regiao norte ...51

3.4 Mao de obra empregada na produrao de flores ...51

4.1 Numero de consumidores por setores de consumo ...59

4.2 Consumos parciais do setor Industrial no ano 1993 ...61

4.3 Demanda maxima por use final ...67

5.1 Numero de agroindustrias por faixa de consumo ...84

7.1 Caracteristicas das alternativas de iluminagao para os cultivos.... 130

7.2 Custos do investimento de lampadas, rede e acessorios ... 131

7.3 Periodo de vida util dos elementos utilizados na instalacao do sistema de iluminacao ... 132

7.4 Custo do ciclo de vida anualizado CCVA do investimento e custo da energia economizada CEE ... 134

Tabelas dos Anexos D.1 Cultivo de rosas: Dados gerais ...148

D.2 Cultivo de rosas: Calculo da potencia contratada e energia media mensal por hectare e por funcionario ...148

D.3 Cultivo de rosas: Sublimadores ...149

D.4 Cultivo de rosas: Sistema de irrigacao ... 150

(11)

D.7 Cultivo de rosas: Comparagao energia calculada, com a

energia media mensal registrada

...153

D.8 Cultivo de

rosas

:

Comparagao da potencia calculada, com a

potencia contratada

...153

D.9 Cultivo gipsofila:

Dados gerais

...154

D.10 Cultivo gipsofila:

Calculo da potencia contratada e energia

media mensal por hectare e por funcionario ...154

D.11 Cultivo gipsofila: Iluminagao do cultivo ...155

D.12 Cultivo gipsofila: Iluminagao sala de abertura ...156

D.13 Cultivo gipsofila: Sistema de irrigagao ... 157

D.14 Cultivo gipsofila: Camaras de refrigeragao ...157

D.15 Cultivo gipsofila: Escritorios e servigos gerais...157

D.16 Cultivo gipsofila: Comparagao energia calculada, com a energia media mensal registrada...158

D.17 Cultivo gipsofila: Comparagao da potencia calculada, com a potencia contratada...158

D.18 Cultivo cravos: Dados gerais ... 159

D.19 Cultivo cravos: Calculo da potencia contratada e energia media mensal por hectare e por funcionario ... 159

D.20 Cultivo cravos: Sistema de irrigagao ... 160

D.21 Cultivo cravos: Camaras de refrigeragao ... 160

D.22 Cultivo cravos: Escritorios e servigos gerais...160

(12)

D.25 Cultivo Arias especies: Dados gerais ...162

D.26 Cultivo Arias especies: Calculo da potencia contratada

e energia media mensal por hectare e por funcionario ...162

D.27 Cultivo varias especies: Iluminagao do cultivo ...163

D.28 Cultivo Arias especies: Iluminagao sala de abertura ...164

D.29 Cultivo Arias especies: Sublimadores ...165

D.30 Cultivo varias especies: Sistema de irrigagao ... 166

D.31 Cultivo varias especies: Camaras de refrigeragao ... 167

D.32 Cultivo varias especies: Escritorios e Servigos gerais ... 168

D.33 Cultivo varias especies: Resistencias ...168

D.34 Cultivo varias especies: Comparagao de energia calculada, com a energia media mensal registrada ... 169

(13)

RESUMO

Esta dissertagao analisa a situagao atual e as perspectivas de melhoramento da

eficiencia energetica no cultivo de flores da regiao norte do Equador.

Foi realizada uma pesquisa de campo, caracterizando o use da energia eletrica

para esse subsetor. Os usos finals identificados foram: irrigagao, iluminagao,

sublimadores, camaras de refrigeragao e servigos gerais.

Alem das caracteristicas eletricas foram pesquisados dados

socio-

economicos,

com a finalidade de avaliar de forma global a participagao das agroindustrias na

regiao.

Os resultados deste estudo mostram a grande conveniencia de se utilizar tecnologias mais eficientes na iluminagao devotada para o cultivo de flores. Tambem sao apresentadas recomendagoes na operagao dos sistemas de irrigagao e camaras de refrigeragao.

(14)

ABSTRACT

This report analises the present situation and the improvement perspectives of

energy efficiency in the flower culture in Northern Region of Equador.

A field research was carried out in order to charaterize the use of electric power

by this subsetor. The end use identified were: irrigation, lighting, sublimation,

refrigeration (chambers) and general services.

Socio-economic data were researched, beyond the eletrical charateristics, to evaluate the global share of the agro-industries in the region.

The results of this study show the great convenience of using more efficient technologies in the lighting of flower cultures and also presents recomendation to the operation of the irrigation and refrigeration (chambers) systems.

(15)

racionalizacao de energia no setor agroindustrial de cultivo de flores da Sierra

Norte

do Equador.

A escolha deste tema surgiu da necessidade de aprofundar a problematica que apresenta o subsetor fioricultor, bastante variado e atualmente num acelerado crescimento, para assim compreender quaffs sao suss necessidades.

De outro lado para a concessionaria de energia a conveniente conhecer o comportamento dos consumos e demada de potencia, com a finalidade de orientar aos consumidores a otimizar o use da energia. Desta maneira a concessionaria realizara o planejamento da demanda ao menor custo, sem comprometer maiores recursos financeiros.

0 desenvolvimento do setor de flores envolve varios fatores, como sao: sociais, ecomomicos e o atendimento do servigo eletrico. Do ponto de vista do atendimento a demanda de potencia e energia por parte da concessionaria e possivel indicar o seguinte:

- 0 setor do cultivo de flores representa hoje mais de 22% do consumo industrial da concessionaria, a sua participag5o a crescente como expressa a taxa de crescimento do consumo, que nos ultimos 5 anos apresenta uma media de 63%.

(16)

- Sendo estas agroindustrias localizadas nas regioes rurais , causa uma descentralizacao da demanda, anotando um aspecto importante que viabiliza o processo de extensao da eletrificarao rural , que em geral a deficitaria. Portanto este setor tem grande interesse economico e social para a concessionaria.

- 0 aumento da ocupacao, especialmente feminina, como mao de obra das

agroindustrias

,

esta tendo reflexos positivos sobre a economia da regiao, gerando

inclusive um maior consumo residencial rural.

Para a concessionaria a difusao das agroindustrias de flores tem sido positiva, ela concords com o suporte ao crescimento deste setor e tem dedicados seus recursos financeiros para priorizar melhoras no sistema de distribuicao que atinge a estes consumidores.

Para as agroindustrias contar com o servigo eletrico oportuno e eficiente e a base para a instalarao de novas industrias ou expansao das atuais. E de interesse dos produtores de flores dar o use racional a energia e a suas instalacoes, sendo as principais razoes as seguintes:

- Quase toda a producao deste setor a destinada para a exportacao, portanto para um mercado altamente competitivo, (as flores entram em concorrencia com a producao Norte Americana e com a Colombiana) onde uma reducao de custos a um elemento que possibility a expansao do mercado.

- E um setor que utiliza tecnologias bastantes sofisticadas, seja a nivel agronomico de producao, seja a nivel de conservacao e transporte das flores, enquanto que o use da energia nao apresenta a mesma preocupacao. Realizar o estudo do use da energia pode contribuir para melhorar alguns dos processo produtivos.

(17)

Regional Norte (EMELNORTE). Dentro da pesquisa se realizou um cadastro das

potencias nominais dos equipamentos eletricos de cada agroindustria e a

descricao dos modos de uso. Paralelamente foram colhidos os dados socio

economicos e as variaveis agronomicas dos cultivos.

Tendo as dados, apos uma depuradoo final das enquetes, se procedeu a normalizadao dos dados, calculando todas as variaveis como demanda, e consumo por uso final por hectare cultivado, obtendo desta forma as dados parametricos comparaveis de uma agroindustria para outra.

Uma vez que os dados foram depurados e normalizados (expressos por hectare), se procedeu a interpretacao dos mesmos.

0 tema estudado durante seu desenvolvimento se apresentou bastante complexo. 0 cultivo de flores em geral, a visto como uma atividade extremamente simples, embora, na verdade, ele envolve uma tecnologia sofisticada, para os tratos agronomicos dos cultivos, para proporcionar um produto altamente competitivo nos mercados internacionais.

Para entender claramente os diferentes processos utilizados foi necessario entrar nos detalhes da resposta fotoperiodica das plantas a variacao do comprimento do dia e analisar as caracteristicas de Iuminancia dos diferentes tipos de Iampadas.

(18)

1.2 OBJETIVOS

Para cumprir com o estudo, propoe-se dois objetivos:

1.- Avaliar os consumos de energia eletrica para cada use final utilizado no

processo agroindustrial do cultivo de flores.

2.- Analisar tecnica e economicamente as alternativas de substituicao dos equipamentos utilizados atualmente, por equipamentos eficientes, ou orientar as medidas de racionalizag5o de energia a ser implementadas nas agroindustrias.

1.3 ESCOPO

O numero de hectares dedicados ao cultivo de flores na regiao em estudo ultrapassa as 230 hectares (ate janeiro 1994). Comparando com as cifras proporcionadas na publicacao de HEUSSLER(1991) e projetando ate dezembro 1993, a superficie desta regiao representa o 50% da area que em todo o pals esta destinada para tal atividade. Apesar do estudo estar restrito para uma regiao, ele pode ser difundido para outras regioes, porque tem caracteristicas climaticas similares e os processos produtivos correspondem ao mesmo padrao.

(19)

2. REVISAO BIBLIOGRAFICA SOBRE 0 EFEITO DA LUZ NO CULTIVO DE FLORES, SISTEMAS DE IRRIGAcAO E CAMARAS DE FRIO.

2.1 0 EFEITO DA

LUZ NO CULTIVO

DE FLORES

A energia radiante torna possivel a vida dos seres animais e vegetais. Para

o desenvolvimento das plantas a luz a um dos fatores principais: somente em

presenga de Iuz realiza-se o processo de fotossintese.

Luz normalmente a sinonimo de espectro visivel ao olho humano. Nas plantas nem todo o espectro visivel ocasiona respostas fisico-quimicas. Elas apresentam major sensibilidade a alguns comprimentos de onda dentro e fora do espectro visivel, o que motiva a expor os conceitos basicos relacionados com os efeitos que a energia radiante causa nas plantas, tanto as carateristicas de absorcao quanto os periodos de tempo que as plantas podem permanecer expostas as fontes de Iuz.

De manejra particular, para o cultivo de flores a luz a um fator que pode ser manipulado mediante a utilizag5o de fontes artificiais, sendo importante conhecer as vantagens e desvantagens que oferecem os diferentes tipos de Iampadas. Atualmente os fabricantes dos elementos de iluminacao desenvolvem Iampadas mais eficientes e apropriadas para o cultivo de flores.

(20)

2.1.1 QUE E A LUZ

A luz e uma parte pequena do espectro de radiacao eletromagnetica,

compreendida na faixa dos comprimentos de onda, desde 400 nm ate 700

nm1

.

Nestes comprimentos de onda a

possivel

estimular os nervos

opticos

dos olhos

humanos, produzindo a

sensacao

visual. Dentro do espectro visivel os

comprimentos de onda

sao

identificados pela cor da luz: violeta aproximadamente

em 400 nm, azul/verde em torno de 500 nm, amarelo/laranja contiguo a 600 nm e vermelho proximo a 700 nm, como se pode observar na Figura. 2.1 Os comprimentos de onda fora do espectro visivel nao sao transformados pelos receptores da pupila humana em imagem visivel. A sensibilidade maxima do olho humano ocorre a 555 nm, mas este valor varia de pessoa a pessoa. Tem-se uma curva media para o olho compreendida na faixa de 400 nm ate 700 nm, Figura.

2.2

Para cada comprimento de onda o conteudo de energia a diferente, a Iuz pode ser considerada como um fluxo de particulas chamadas fotons. Os fotons tern energia discreta segundo o comprimento de onda de onde provenham. Conforme a lei de Planck ( E= h * f), a energia de distribuicao espectral (E, em J), e igual ao produto da frequencia da radiacao (f, em s-1), pela constante de Planck (h=6.62*10-34 J*s). 0 conteudo de energia incrementa-se para frequencias maiores, portanto para comprimentos de onda menores; assim um foton de luz azul contem uma energia major que um de luz vermeiha., PHILIPS (1989).

(21)

RAIOS

COSMICOS

Figura

. 2.1 ESPECTRO ELETROMAGNETICO

ULTRA

VIOLETA

PROXIMO

200 400

VIOLETA AZUL VERDE AMARELO LARANJA VERMELHO

700

PROXIMO

CUMPRIMENTO DE ONDA (nm)

1000

A sensibilidade das plantas a Iuz visivel nao e a mesma registrada pelos nervos opticos dos seres humanos. A avaliacao do efeito da Iuz aplicada nas plantas se realiza observando o desenvolvimento que elas adquirem no crescimento, na formacao, florescimento, etc.

Quando a planta absorve a radiacao luminosa, provoca acelerarao das reacoes quimicas que normalmente realizam-se lentamente. A Iuz utilizada como energia primaria desencadeia uma serie de rearoes.

0 termo Iuz, nas plantas, inclui radiaroes invisiveis aos olhos humanos. Alem do aproveitamento da Iuz para obter as foto-respostas, acontecem respostas de carater biologico fora da faixa dos comprimentos de onda da Iuz visivel, como

(22)

por exemplo o efeito dos germicidas, que ocorrem nos comprimentos de onda de

290 nm ate 300 nm.

2.1.2 FOTO

-

RESPOSTAS

A energia radiante nas plantas provoca respostas, tais como: fotossintese, fototropismo, fotomorfogenese, sendo a mais importante dentro da resposta de

fotomorfogenese a resposta ao fotoperiodismo. Cada uma destas foto-respostas, cumprem fungoes particulares no desenvolvimento das plantas, como explica

ILLUMINATING ENGINEERING SOCIETY OF NORTH AMERICA (IES) 1981.

- Fotossintese

A fotossintese e o processo no qual a energia radiante a convertida em energia quimica necessaria para a sintese dos componentes organicos, essenciais para o crescimento da planta.

CANHAM (1966) diz que o processo de fotossintese pode ser representado como uma simples reagao:

energia

CO2 + H2O ---> CH2O + 02

Na pratica o processo e o resultado de uma complexa cadeia de reagoes quimicas, as quais ocorrem em cada celula da planta.

(23)

clorofila

;

alem disso ocorre a formacao de acucares e amidos. As moleculas de

acucar sao armazenadas para satisfazer as necessidades de crescimento

organico

.

No processo de fotossintese ocorrem tambem manifestacoes termicas,

a temperatura da planta a um fator sensivel no processo.

0 oxigenio formado como subproduto da fotossintese, a eliminado para a

atmosfera

,

sendo usado na respirarao das plantas e animais

,

na

combustao,

etc.

As foihas emitem oxigenio quando a fotossintese excede a respiracao (em

periodos de luz). Quando o nivel de emissao de oxigenio diminui ate o ponto onde os carbohidratos produzidos sao usados na respirag5o, a reacao fotossintetica e zero e nao ha emissao de oxigenio: este fenomeno a chamado ponto de compensacao. As reservas de carbohidratos sao usadas pelas plantas em periodos de escuridao, par suprir a energia necessaria aos processos vitals.

O processo de fotossIntese, e a maneira pela qual a luz induz o crescimento das plantas. A formag5o da clorofila a possivel pela absorg5o e conversao da luz, ocasionando mudangas na estrutura molecular; tal processo e conhecido como sintese da clorofila.

Alem da luz absorvida para o processo da fotossintese, a luz produz mudangas quimicas, aproveitadas pela planta para seu crescimento. Segundo DOWNS (1975), a luz a essencial para a formacao de pigmentos, comanda a abertura dos estomatos, regula o relogio biologico interno, modifica o tamanho e forma da planta, tamanhos, formas e cores das folhas, o comprimento entreno, a formag5o de flores e seus tamanhos, formas, fragrancias e cores.

- Fototropismo

(24)

respostas, tais como: curvatura do caule ate a direcao da fonte de Iuz, fecham as

flores durante a noite e abrem durante o dia; esta resposta a conhecida como

fotonastismo.

- Fotomorfogenese

E o controle do crescimento das plantas e esta relacionado com a duracao

dos periodos de Iuz que elas recebem e com a densidade de fluxo radiante. Sao respostas a fotomorfogenese: fotoperiodismo (resposta aos periodos de luz e escuridao), germinarao da semente, alongamento do caule e formacao de pigmentos.

Fotoperiodismo

Esta relacionada com a variacao natural de duracao relativa dos periodos de dia e noite: e o fator determinante da epoca de florescimento.

Segundo os botanicos (DOWNS 1975) dividem em tres classes de plantas: a- Plantas de dias curtos.- Sao as plantas nas quais o florescimento ocorre, ao existir uma redugao do numero de horas de sol, portanto o seu periodo de luz solar nao ultrapassa um certo valor critico.

b- Plantas de dias longos.- Sao as plantas cujo florescimento ocorre, quando aumenta o numero de horas de luz solar, portanto florescem unicamente quando o periodo de luz solar ultrapassa um certo valor critico.

c- Plantas de dia neutro.- Nao sao afetadas pelo numero de horas de luz solar.

(25)

estacoes, JONES (1992). Na regiao equatorial a iluminag5o artificial se aplica

para modificar o dia padrao de 12 horas de Iuz diaria. Assim:

- As plantas de dias curtos como os

crisantemos,

recebern durante o

periodo vegetativo, uma complementacao de Iuz durante um periodo de tempo,

quando esta iluminag5o complementar a retirada, a planta "sente" que os dias se

encurtam e inicia o processo de florescimento. 0 periodo de florescimento se da

porem com um dia de 12 horas. As plantas de dias curtos sao sensiveis a

reducao

da iluminacao.

- As plantas de dias longos, como a gipsofila, recebem quando se quer induzir o florescimento, um aumento do numero de horas de iluminacao. 0 aumento do numero de horas de Iuz induz o florescimento, comegando o separar as gemas de flores. A partir deste momento a iluminagao complementar pode ser suspensa, e a planta entrara em florescimento. Caso, a planta nao receber iluminag5o complementar, ela tenders a crescer vegetativamente, sem dar flores. As plantas de dias longos, sao sensiveis ao aumento do periodo da iluminarao.

CANHAM (1966) afirma que em certas especies de plantas a sensibilidade ao fotoperiodismo depende da idade da planta, em tais especies de plantas ha uma fase juvenil na qual o crescimento a puramente vegetativo e nao apresentam uma resposta ao florescimento ate alcangar seu desenvolvimento, entao a major intensjdade da Iuz fornecida a planta nesse tempo pode diminuir a fase juvenil e a absorcao de energia radiante sera somente para fotossIntese.

(26)

As foto-respostas definidas, IES (1993), tern diferentes comportamentos

dentro do espectro de respostas das plantas que compreende a faixa de 350 nm ate 800 nm. A Figura. 2.2 mostra, que as plantas apresentam maior sensibilidade

nos comprimentos de onda de 400 ate 500 nm para o fototropismo, de 600 ate 700 nm para a fotomorfogenese, de 700 ate 800 nm para a resposta inversa a

fotomorfogenese. Em todo o espectro tem-se a presenga da resposta a

fotossintese, esta curva media a bastante razoavel para todo tipo de plantas com

um desvio maxima da ordem de 5%; a maxima sensibilidade para fotossintese acontece aproximadamente em 675 nm, como explica PHILIPS (1989). Pode-se observar que as foto-respostas das plantas sao importantes onde as respostas da visao fotopica sao minimas.

Figura. 2.2 CURVAS DE FOTO-RESPOSTAS DAS PLANTAS E VISAO

COMPRIMENTOS DE ONDA (nm)

a) resposta relativa de fotossintese, b) fototropismo

c) inducao fotomorfogenese, d) inversao fotomofogenese

(27)

2.1.3 FATORES LIMITANTES DO CRESCIMENTO

DAS PLANTAS

Outros fatores que tambem influenciam no crescimento das plantas sao:

agua, nutrientes (sais minerais), temperatura e dioxido de carbono, que elas

devem receber em quantidades otimas para o meihor aproveitamento. A falta destes elementos limita o crescimento, IES (1981). Na Figura. 2.3 observa-se que bons niveis de fotossintese sao obtidos quando alem de aumentar os niveis de iluminacao, existem incrementos nas percentagens de C02 e na temperatura. Estes principios devem ser considerados ao se aplicar fontes artificiais de iluminacao para acelerar o crescimento das plantas.

RELACAO TAXA FOTOSSINTETICA RELATIVA,

TAXA FOTOSSINTETICA

2

0.13% CQZ 30°C

4 fi

2

ILUMINAGAO, TEMPERATURA E CONCENTRAGAO DE CO

2

ILUMINACAO RELATIVA 4

0.13% CQz

20°C

0.03% CQZ

20&30°C J

(28)

2.1.4 MEDICAO DA ENERGIA RADIANTE NAS PLANTAS

Para aplicar uma certa quantidade de luz as plantas a basico saber a

quantidade de luz que elas necessitam e o tempo de luz natural disponivel,

DOWNS (1975).

A quantidade diaria de irradiagao do sol que a Terra recebe, esta expressa

em energia por area e pelo tempo de incidencia da luz solar, em Joule/cm2 (J/cm2). A quantidade de radiagao solar para uma localidade a fungao da latitude, altitude e condigoes climaticas da regiao. Quando o cultivo se faz dentro de estufa a quantidade de radiagao no interior sera afetada per um fator devido a transmissao da luz, que a da ordem de 0,7 para estufas novas e 0,3 para estufas sujas ou velhas.

De acordo com IES (1981) ao se referir a irradiagao das plantas e necessario ter presente a diferenga entre os conceitos de radiometria e de fotometria, assim como tambem as unidades correspondentes:

Energia radiante: e a energia emitida, transferida ou recebida em forma de radiagao, em Joule (J) ou em watts.seg (W.s).

Energia luminosa: e a quantidade de luz que sensibiliza o olho humano, irradiada ou recebida num periodo de tempo, em lumen multiplicado por tempo, em lumen.segundo (Im.s).

Fluxo radiante: e a relagao do fluxo de toda a energia desde uma fonte de radiagao, em Joule por segundo (W).

Fluxo luminoso: e a relagao de emissao de luz, derivado do fluxo radiante que sensibiliza o olho humano, expressado em lumen.

(29)

plantas a considerada somente na parte do espectro visivel.

Iluminancia: e a densidade de fluxo luminoso incidente numa superficie,

em lux.

Eficiencia radiante: e a relacao do fluxo de radiag5o total emitido por uma

superficie de radiacao, para a energia consumida. Para uma

lampada e a relarao de energia eletrica convertida em

energia radiante.

Eficacia luminosa: e a relacao do fluxo luminoso total emitido pela lampada para a potencia.

Na Tabela 2.1, apresentam-se as unidades dos parametros antes mencionados, pars radiometria e fotometria.

Tabela 2.1: RELACAO DAS UNIDADES DE RADIOMETRIA E FOTOMETRIA

RADIOMETRIA FOTOMETRIA

TERMOS UNIDADES TERMOS UNIDADES

Energia radiante Joule (J) Energia luminosa lumen-seg (Im.s) Watts-seg (W.s)

Fluxo radiante Joule/seg (J/s) Fluxo luminoso lumen (Im) Watts (W)

Irradiancia Watts/m2 (W/m2) Iluminancia lumen/m2 (IM/M2) lux (lx)

Eficiencia Eficacia luminosa lumen/Watts

radiante mW/W Im/W

(30)

footcandle = lumen/foot'). A conversao de lux para "footcandle" e 1 footcandle = 10,764 lux. Para cada tipo de Iampada a PHILIPS (1989) fornece o fator de conversao expresso em mW/Im, para converter o fluxo luminoso em fluxo radiante, portanto a possivel obter a irradiancia conhecendo-se a iluminancia.

A medida de iluminancia feita para resposta biologica a diferente que pars a resposta da visao fotopica. Para um mesmo espectro, a sensibilidade de resposta a diferente, por exemplo: 300 lux emitidos por uma Iampada incandescente nao induz na mesma planta o efeito de 300 lux emitidos por uma Iampada fluorescente, mas as duas lampadas apresentam a mesma estimulacao visual, porque nas plantas, a major sensibilidade de resposta ocorre fora dos comprimentos de luz visivel, Figura 2.2.

DOWNS (1975) considera que, a fotometria do crescimento da planta se da em termos de "radiacao ativa fotossintetica" (PAR), que e a relacao da fotossintese de uma "folha media", de forma similar as curvas de eficiencia do espectro luminoso esta na resposta de um "olho medio". A unidade da PAR e microeinstein/m2.seg, esta medida pode obter-se somente na regiao do espectro de 400nm ate 700 nm. Portanto a medida PAR nao a possivel no efeito fotomorfogenetico, que acontece na regiao de 700 nm ate 800 nm, onde ha o major efeito no crescjmento e desenvolvimento da planta.

(31)

2.1.5 APLICACOES DAS FONTES DE LUZ ARTIFICIAL

CANHAM (1966), diz que o numero de horas de luz do dia (comprimento do dia), que uma localidade recebe nas diferentes epocas do ano depende da latitude, altitude e localizagao geografica. Em regioes equatoriais, onde a latitude e zero, o comprimento do dia a aproximadamente 12 horas de luz e 12 horas de escuridao, mantendo-se praticamente os mesmos periodos de luz durante todo o ano, sem existir mudangas nas estagoes. Nas regioes dos hemisferios norte e sul o numero de horas de luz natural diaria depende da estagao, no inverno pode alcangar de 8 ate 10 horas e no verso ate 16 horas.

Os objetivos pars os quais se aplica a luz artificial no cultivo de flores, segundo IES (1993) sao, principalmente para:

- Suplementagao da luz do dia (fotossintese)

- Modificagao do tempo de luz do dia (fotoperiodismo) - Substituigao da luz do dia.

Suplementacao da Iuz do dia (fotossintese)

Se o periodo de luz do dia a curto, pode ser complementado usando luz artificial, antes do nascer do sol e depois do por do sol, obtendo-se como resultado desta aplicagoo: aceleragao do crescimento vegetativo das plantas, (diminuigao do tempo de propagagao), aumento da colheita e melhoria da qualidade das plantas.

(32)

tempo e nivel de irradiancia, nao se deve descuidar dos outros fatores: como umidade, temperatura e nutrientes.

Para muitas especies de plantas, diz DOWNS (1975) a quantidade de luz

necessaria para a fotossintese esta na ordem de 10 ate 100 vezes mais que a

quantidade requerida para fotoperiodo.

ModificaCao do tempo de Iuz do dia

(

fotoperiodismo)

0 periodo adicional de luz artificial serve para: aumentar o crescimento vegetativo durante um intervalo de tempo mais longo, acelerar o crescimento vegetativo, adiantar ou retardar o momento de florescimento e melhorar a qualidade e a quantidade das flores.

Em certas plantas, como efeito de se prolongar a luz do dia, tornando os dias longos e noites curtas, a planta floresce. Em outras variedades se inibe a florag5o das plantas de dias curtos e noites longas. Em resumo: consegue-se o florescimento de plantas de dias longos e inibe-se o florescimento de plantas de dias curtos, PHILIPS (1983). 0 proposito de variar a epoca de florescimento e particularmente atrativo a fins comerciais.

A Iuz artificial usada exciusivamente para fotoperiodismo se aplica quando as necessidades do nivel de irradiarao a baixo na ordem de 0,5 ate 1 W/m2 e de pouco tempo da aplicacao; para este fim a aceitavel o use de lampadas incandescentes ou lampadas compactas.

(33)

ate 30% do tempo permite que as plantas respondam como se a luz fosse

fornecida de maneira continua.

Substituicao da Iuz do dia.

A tecnica de substituir totalmente a luz natural pela luz artificial se aplica

tanto em salas dedicadas para testes biologos ou agricolas, ou em cultivos feitos

em quartos.

0 cultivo em quartos a vantajoso e rentavel quando as plantas tern as seguintes carateristicas: -precisam de baixos niveis de irradiacao; -precisam de alta temperatura; -o crescimento a rapido (de tal maneira que ocupam espago durante pouco tempo); -sao de pequeno porte, -alcangam bons precos fora da estacao.

A substituicao da luz natural, a usada pars promover o crescimento rapido dos bulbos e para regular a germinacao de sementes e mudas.

2.1.6 TIPOS DE FONTES DE LUZ ARTIFICIAL UTILIZADAS NO CULTIVO DE FLORES

Hoje a iluminacao artificial a uma ferramenta importante para as floricultores. Permite-Ihes cultivar dentro de estufas, especies e variedades de flores com otimos resultados.

(34)

Para alguns autores, como relata DOWNS (1966), a fotossintese sob a luz

vermelha a mais eficiente que sob a luz azul, acelerando a produgao da clorofila;

outros autores afirmam o contrario. Porem todos os comprimentos de onda entre

400 nm e 700 nm sao ativos na sIntese da clorofila, particularmente nas regioes

azul e vermelha.

0 espectro efetivo para as plantas a na

regiao

do espectro azul de 350 nm

ate 450 nm, e na regiao vermelha de 600 nm ate 750 nm, que podem estimular as

foto-respostas das plantas (Figura 2.2).

Teoricamente as lampadas mais eficientes para fotossintese podem ser as que emitem energia no comprimento de onda de 675 nm, embora poderiam causar um excessivo elongamento do caule, afetando o crescimento formativo.

A eficiencia das lampadas aplicadas na irradiagao das plantas esta determinada por dois fatores: - pela porgao de energia eletrica convertida em energia radiante no espectro util; - pela distribuigao de energia radiante no espectro uti I.

A escoiha das lampadas depende de varios fatores: nivel e tempo de irradiagao, distribuigao espectral que satisfaga as necessidades das diferentes especies de plantas, suplementagao, modificagao ou substituigao da luz do dia, ciclos de interrupgao, espago disponIvel e custos. A selegao da melhor lampada para uma aplicagao especifica pode ser dificil. Na pratica comum se faz a escoiha do tipo de lampada que ha no mercado em fungao do custo.

(35)

sodio e halogena

;

alta pressao de sodio e mercurio

;

alta pressao de sodio e

incandescente.

LAMPADASINCANDESCENTES

Lampada de tungstenio "GLS"

As lampadas de filamento de tungstenio ou incandescentes, chamadas "General Ligthing Service" (GLS). Sao as mais simples, nao precisam de nenhum controle especial e encontram-se facilmente no mercado, a baixo custo.

A lampada consiste de um filamento de tungstenio dentro de um tubo de vidro cheio de gas inerte2. Os extremos do filamento sao conectados a contatos de metal que, por sua vez, fecham o tubo de vidro e constituem os contatos eletricos. A corrente eletrica que flui pelo filamento, aquece o mesmo, ate uma temperatura tao alts que este emite radiacao visual. A qualidade da luz depende da temperatura do filamento.

Tanto a durarao como a eficiencia (os lumens emitidos por watts consumidos) da lampada sao determinados pela temperatura do filamento: quanto major a temperatura major eficiencia e menor duracao.

Segundo o manual de iluminacao da PHILIPS (1983), as variacoes na tensao produzem mudangas na eficiencia e vida da lampada. Para tensoes de operacao inferiores a 97% da tensao nominal, a vida util nao a alterada. Quando a tensao varia de 97% ate 100% da tensao nominal, a vida da lampada mantem-se em condicoes normais. A influencia negativa na vida da lampada a devida ao aumento da tensao a niveis superiores ao nominal, para uma tensao 10% major a nominal, a duracao a de 28%; como expressa a equacao 2.1:

(36)

Lo = L (U /

Uo)n Equacao 2.1

Lo = vida sob tensao nominal (horas)

L = vida sob tensao de ensaio

(

horas)

Uo = Tensao nominal (volts)

U = Tensao media efetiva durante ensaio

(

volts)

n = 13 para lampadas a vacuo e 14 para lampadas a gas, segundo norma NBR 5387/1985

Para tensoes inferiores a nominal a eficiencia a baixa e a vida aumenta, nao assim para tensoes maiores, portanto quando a eficiencia da Iampada aumenta e a vida util diminui.

Uma Iampada GLS de 100 W tem uma eficiencia de 12,6 Im/W. A baixa eficiencia e porque 75% da potencia de entrada a irradiada no infravermelho, 19% perdem-se na forma de calor por condug5o e conveccao, 0,25% e irradiada no ultravioleta e somente 5,75% da energia a irradiada como luz visivel. A emissao de radiacao no infravermelho a aproveitada pelas plantas para fotossintese.

As lampadas GLS sao usadas para modificar o tempo de luz do dia (fotoperiodismo), ja que emitem energia de baixa irradiancia (200 ate 800mW/m2),em espectro que facilita o controle do florescimento.

Geralmente as instalag6es com lampadas incandescentes operam em ciclos programados pars se conseguir uma racionalizacao de energia, como expressa CANHAM (1966). Devido aos frequentes acionamentos, a vida util da Iampada diminui.

(37)

refletoras, como as lampadas "flower power" para aplicacao no cultivo de flores. A superficie refletora permite direcionar a luz pars baixo a fim de evitar as perdas de fluxo luminoso, emitido pela parte superior da lampada incandescente comum.

Este tipo de lampada pode ser usada dentro de estufas ou ao ar livre, e e aplicado especialmente para fotoperiodismo. A principal vantagem das lampadas "flower power" a que economizam energia; uma lampada de 80 W equivale a uma de 100 W ou de 150W sem superficie refletora. As carateristicas nominais sao apresentadas no Anexo A.

- Lampadas halogenas

Sao as lampadas de filamento de tungstenio dentro de uma atmosfera de vapor de elementos halogenios, como: iodo, cloro ou bromo para evitar que as particulas de tungstenio devido a alta temperature se evaporem para depois condensar-se e enegrecer as paredes internas do tubo de vidro, reduzindo a emissao de fluxo luminoso. Apresentam major eficiencia, reduzem a porcentagem de deterioracao do filamento

LAMPADAS DE DESCARGA

A luz das lampadas de descarga nao a produzida, como no caso das lampadas incandescentes, pelo aquecimento de um filamento, mas pelo arco de uma descarga eletrica mantida num gas ou vapor ionizado, algumas vezes em combinarao com a luminescencja dos compostos de fosforo excitados pela radiacao gerada na descarga.

Como a energia eletrica a transformada diretamente em energia radiante, o processo a mais eficiente que nas lampadas em que intervem processos termicos.

(38)

comprimentos de onda que sao carateristicos do gas usado. A potencia e intensidade das linhas dependem da pressao do gas. Os gases podem ser: mercurio, sodio, neonio e xenonio. As carateristicas eletricas da descarga do gas estao relacionadas com a tensao nominal.

As lampadas de descarga nao podem funcionar sem um dispositivo, que limite a corrente que atravessa a lampada a um valor estabelecido, chamado reator, conectado em serie com a lampada. 0 reator esta constituido por bobinas ou combinagao de bobinas e condensadores.

Para que comece a descarga usa-se um dispositivo de acendimento ou de ignicao chamado "ignitor". Por si mesmo, ou junto com o rector, produz os impulsos de tensao que ionizam o caminho da descarga e facilitam a partida.

A ignirao ocorre no periodo de partida, durante o qual o gas estabiliza-se podendo demorar ate varios minutos dependendo do tipo de lampada. Neste intervalo o fluxo luminoso aumenta com um major consumo de potencia ate que a lampada alcance seu valor nominal.

- Lampadas fluorescentes (TL)

Sao lampadas de descarga de vapor de mercurio a baixa pressao. Alem do mercurio usa-se uma certa quantidade de gas inerte para facilitar o acendimento. A radiacao emitida no espectro visivel e ultravioleta a de baixa eficiencia.

(39)

iniciar a descarga os eletrodos sao aquecidos e o material emissor favorece o

fluxo de eletrons. A Iuz a gerada pelos pos fluorescentes ativados pela radiag5o

ultravioleta da descarga.

As dimensoes do tubo dependem da potencia dissipada. A pressao de vapor e da densidade da corrente no tubo. A eficiencia luminosa esta relacionada com a potencia dissipada por unidade de area do tubo e pelo tipo de fosforo usado, se a potencia aumenta a eficiencia tambem.

A eficiencia de uma lampada fluorescente de 80 W: aproximadamente 2 W sao dissipados como luz da propria descarga, 48 W como radiag5o ultravioleta, 12 W sao convertidos em luz, 23 W sao radiacao de calor e 13 W sao perdas por condug5o e convecg5o de calor. Portanto a emissao total de luz e 14 W (18%), o resto de energia a dissipada em calor, 23 W (29%) em forma de radiacao termica e 43 W (53%) como conducao e convecrao de calor. A distribuig5o espectral obtida depende da composirao quimica e isotopica do po fluorescente.

As lampadas fluorescentes sao usadas em locais de altura limitada, onde o cultivo a feito em camadas. Sao instaladas muito proximas a planta. A distribuig5o luminosa a uniforme e tem a capacidade de iluminar uma grande superfIcie emitindo uma baixa quantidade de calor.

- Lampadas compactas (SL*)

(40)

Outra vantagem e a vida util, que esta em torno de 6.000 horas. Este tipo

de lampadas a muito eficiente e permite uma substancial economia de energia,

consumindo 25% de energia em comparag5o com as lampadas incandescentes

de similar quantidade de luz.

- Lampadas de sodio a alta pressao

(SON-T)

Outro metal comumente usado nas lampadas de descarga e o sodio. 0 tubo de descarga contem uma quantidade de vapor de sodio para proporcionar as condig6es de saturacao quando a lampada esta funcionando. Utiliza-se tambem mercurio como gas amortecedor e inclui-se xenonio a baixa pressao para facilitar a partida e limitar a conducao de calor do arco ate as paredes do tubo. 0 tubo de descarga a de oxido de aluminio sintetizado, que resiste a intensa atividade quimica do vapor de sodio a temperatura de funcionamento, de 700°C, e se deposita no interior de uma ampola protetora de vidro duro fabricado sob vacuo.

Nas lampadas a alta pressao, a luz emitida a descrita como "branco dourado". A major emissao em linhas estreitas com alta intensidade a distribuida na faixa espectral que vai do verde ao amarelo, nos comprimentos de 570 nm ate 630 nm e a emissao de energia diminui para o comprimento do vermelho.

Aproximadamente 85% da energia emitida a monocromatica em 600 nm. A eficiencia luminosa a de 130 Im/W e o nivel de irradiancia esta entre 3.000 e 60.000 m W/m2.

(41)

Figura

.

2.4 EFICIENCIA DE UMA LAMPADA DE VAPOR DE SODIO A ALTA

PRESSAO.

400 W

POTENCIA DE DESCARGA

376 W

PERDAS

NOS

ELETRO-DOS

24W PERDAS

NAO

RADIANTES

176 W RADIAcAO

ULTRAVIOLETA

2W

RADIAcAO VISIVEL

RADIACAO

RADIAcAO

200 W

118 W

PERDAS

202 W

INFRAVER-MELHA

80 W

(Fonte: Manual da PHILIPS 1989)

A Iampada de sodio a alta pressao tern longs vida. Numa Iampada de 400 W, a perda de 50% de eficiencia pode acontecer depois das 20.000 horas de uso. Os fatores que diminuem a vida da Iampada sao: as condiroes inadequadas do servigo, vibracoes, partidas continuas, perdas de sodio no tubo ou perdas nos eletrodos.

Em horticultura usam-se como suplemento da luz do dia (fotossintese) as lampadas SON-T AGRO 400W (Philips), NAV-T 400W (Osram

(42)

aumento no comprimento da cor azul, criando um equilibrio entre a quantidade de

energia vermeiha" e a "energia azul".

-Combinacao de Iampadas

As fontes de luz aplicadas para horticultura, de preferencia, devem ter maior eficiencia de energia radiante nos comprimentos de onda que sensibilizam

as respostas das plantas como pode-se observar na Figura. 2.2. As Iampadas antes mencionadas apresentam maior eficiencia de energia radiante para certos comprimentos de onda. Nenhuma delas satisfaz todas as foto-respostas por si mesma. Por conseguinte a recomendavel a combinagao de alguns tipos de Iampadas para compensar as deficiencias de resposta que cads uma delas tem em determinado comprimento de onda.

As Iampadas fluorescentes utilizadas pars a fotossintese tem meihor resultado com adigao da energia proveniente de Iampadas incandescentes, porque a radiagao adicional das Iampadas incandescentes ocorre no vermeiho (de 600 nm ate 700 nm) e no infravermeiho (de 700 nm ate 800 nm), onde as fluorescentes sao deficientes. Nao obstante, a planta necessita de energia nos comprimentos azuis das fluorescentes e vermeiho das incandescentes.

As Iampadas incandescentes e fluorescentes tambem sao usadas em estufas para propositos de fotoperiodismo. As Iampadas incandescentes podem produzir maior elongagao entreno em alguns tipos de plantas.

(43)

METODO DE IRRIGAcAO POR GOTEJO

0

metodo

de irrigagao por gotejo foi desenvolvido em Israel, para irrigar

plantas ornamentals cultivadas sob estufas. 0 maior interesse neste sistema foi

porque ele permite maior economia de agua aliado a um substancial aumento na

produgao das culturas, (CESP 1987). Atualmente a

irrigagao

por gotejo tem-se

desenvolvido bastante, devido principalmente ao aperfeigoamento dos projetos e materiais.

2.2.1 Aplicacoes

A irrigagao por gotejo exige um sofisticado sistema de filtragem da agua e de fertilizantes e outros produtos quimicos, tendo sido idealizado pars condiroes especificas de uma agriculture altamente intensiva (LORDELLO 1987).

Os objetivos tecnicos e agronomicos que motivam a escolha deste metodo de irrigagao sao:

- a possibilidade de obter alto conteudo de umidade com baixo potencial de agua no solo, sem problemas de aeragao do solo.

- variagoes minimas no conteudo de umidade do solo durante o ciclo de irrigagao.

- fornecimento de agua para partes especificas do solo.

- a absorgao de agua pelo sistema radicular das plantas a mais eficiente. - economizar agua pela redugao na evaporagao, escorrimento superficial e percolagao profunda (ALVES 1991).

(44)

- requer um minimo de mao de obra.

- o avango tecnologico tem fornecido equipamentos

adaptaveis as mais

variadas situacoes

e aos mais

variados tipos

de plantas.

2.2.2 Componentes do sistema

A irrigacao por gotejo a baseada na pequena

vazao atraves

de

orificios

de

diametro reduzido, denominados gotejadores, inseridos em

tubularoes

de

plastico, localizadas sobre a superficie do solo. Os gotejadores tem a funcao de dissipar a pressao do sistema, para que a agua possa ser aplicada em cada ponto, a uma vazao de somente alguns litros por hors (LORDELLO 1987). 0 sistema trabaiha com uma pressao geralmente baixa, bem menor que a requerida pela aspersao. 0 sistema permite fornecer a agua livre de impurezas e ainda com a possibilidade de aplicar substancias quimicas uteis para a planta.

Os componentes do sistema de irrigag5o por gotejo, sao apresentados na Figura 2.5, e cumprem as seguintes funroes:

Cabegal de controle; compreendendo o conjunto moto-bomba, sistema de filtros (de areia e/ou de tela metalica), sistema injetor de fertilizantes e outros produtos quimicos, sistema regulador da pressao e da vazao e sistema de controle automatico de operag5o.

Geralmente esta situado proximo ao abastecimento de agua. 0 suprimento sera por captag5o direta nos rios, ou reservatorios de acumulacao (LORDELLO 1982).

(45)

uma perda desnecessaria de energia nas Iinhas de irrigacao. Sua localizacao deve ser estudada atraves da forma, condicoes topograficas, modo de distribuicao das tubulagoes, etc, podendo, ser subdividido em unidades secundarias para meihor manejo na irrigag5o.

Figura 2.5 COMPONENTES DO SISTEMA DE IRRIGAcAO POR GOTEJO

CABEcALDE CONTROLE

INIETOR DE

FER TILIZ ANTES

LINHA DI- DF RTVA(;o

GOTEJADOR

(46)

A sego ncia na posigao dos componentes do cabegal de controle pode variar de acordo com as necessidades e particularidades de um determinado projeto, mas de um modo geral, esta na seguinte ordem: conjunto moto-bomba, valvula de controle (podendo ser um registro de controle manual ou uma valvula automatica), valvula de retengao, saida para o tanque de fertilizantes, valvula redutora da pressao, entrada de fertilizantes, sistema de filtros de areia e/ou filtro de tela metalica, manometro e saida para a linha mestre.

A valvula a utilizada para automatizar em certo aspecto, o funcionamento do sistema do gotejo. Ela permite uma regulagem de modo a se fechar automaticamente com a passagem de uma determinada quantidade de agua.

A injegao de fertilizantes atraves de bombeamento permite um controle mais exato nas quantidades aplicadas, podendo-se conseguir uma alimentagao continua em pequenas dosagens (LORDELLO 1982).

Sistema de filtragem. Os fatores que devem considerar-se na escolha de um sistema de filtragem sao: a vazao, a pressao de funcionamento, perda de carga e a necessidade de limpeza (CESP 1987).

Os filtros comumente utilizados na irrigagao por gotejo podem ser de areia ou de tela metalica. Outros tipos tambem sao empregados como o de decantagao ou de agao centrifuga.

O estudo de um sistema de filtragem pode levar a escolha da combinagao de varios tipos no mesmo sistema, pois os filtros de areia retem particulas finas e principalmente material organico, que normalmente obstrui as telas metalicas que sao mais eficientes nas partIculas finas.

(47)

cilindricos. A agua a introduzida na parte superior, passando atraves das camadas, deixando atras as impurezas. Normalmente apresentam um sistema para a reversao do fluxo quando se faz a limpeza do filtro.

A operacao de limpeza do filtro de preferencia sera praticada de maneira periodica, devendo-se evitar as tipos de filtros que exigem uma limpeza muito frequente.

Os filtros de tela metalica sao bastante simples e proporcionam um eficiente metodo de filtragem. 0 tamanho dos orificios e a area total do elemento filtrante determina a eficiencia e os limites operacionais do sistema. Apresentam-se geralmente em uma forma cilindrica, constituindo-Apresentam-se de um recipiente metalico que pode apresentar malha de 0,074 mm. E comum a utilizacao de uma serie de filtros ligados entre si para proporcionar a vazao desejada.

A necessidade de limpeza nos filtros pode ser determinada pela variacao da pressao. Ao se projetar o sistema de irrigacao, deve-se levar em consideracao a perda de carga no filtro. E comum a utilizarao de conjuntos de filtros de areia e tela metalica, trabalhando em serie para a filtragem da agua na area total, em vez de pequenos conjuntos para areas unitarias.

(48)

diametros para distribuir a agua sob pressao, ao pe de cada planta.

A linha mestre faz a uniao do cabegal do controle com as linhas de derivagao utilizando-se tubulagoes de PVC ou polietileno, estando ou nao enterradas para facilitar o trabalho da maquinaria agricola.

A linha de derivagao faz a distribuigao da agua para as linhas laterals, que podem estar ligadas a linha de derivagao em um ou nos dois lados. 0 material

utilizado a de polietileno flexivel quando na superficie do solo ou PVC

rigido

que

devera estar enterrado. 0 dimensionamento a semelhante ao das linhas laterals, somente devido aos espagamentos das saidas de agua serem maiores e tambem maiores as vazoes envolvidas. Nos terrenos, as linhas de derivagao sao colocadas no sentido da inclinagao e as linhas laterais em nivel, seguindo o contorno do terreno.

As linhas laterais realizam a distribuigao da agua para as plantas, atraves dos gotejadores que podem estar conectados de diversas maneiras.

Gotejador. E a estrutura mecanica idealizada pars dissipar a pressao da agua nas tubulagoes laterals, e a pega principal deste metodo de irrigagao.

A vazao dos gotejadores pode variar desde 0,5 ate 10 litros por hors (CESP 1987). A variagao da pressao esta determinada pelas perdas de energia por atritos, pela carga proveniente do atrito nas tubulagoes ou pelas diferengas de elevagao de terreno (BARRAGAN 1993).

(49)

reduzir a pressao da agua entre a entrada e a saida no gotejador ou utilizando variados tipos de gotejadores.

0 entupimento dos gotejadores e o problema mais comum, causado principalmente pela presenga da particulas minerais ou organicas na agua de irrigagao, acarretando uma acentuada desuniformidade na distribuigao ao longo das linhas laterais. A melhor defesa contra isto a proporcionar um bom sistema de filtragem pois a bastante trabalhosa a detecgao e limpeza de gotejadores entupidos.

2.2.3 Principios basicos do metodo

A irrigagao por gotejo tem por base o conceito de que se logra um melhor use da agua e melhor desempenho agronomico da planta, ja que evita-se deficit de agua e mantem-se sempre condigoes favoraveis de umidade (LORDELLO 1987).

Na irrigagao por gotejo, devido a alta frequencia de operagao, pode-se considerar o solo como um "reservatorio de agua" para as plantas, pois a frequencia bastante alta supre as necessidades imediatas da planta.

(50)

armazenamento superficial pode ser desprezado

,

indicando que a agua

proveniente do gotejador se infiltrara instantaneamente no solo

.

Deste modo, a

taxa com que a agua entra no solo atraves desta area

,

a equivalente a vazao do

gotejador menos a evaporacao

(ALVES 1991).

Isto 6 importante para o

estabelecimento das condicoes do potencial da agua no solo dentro do volume

molhado pela irrigarao.

Estes dados mostram que a vazao do gotejador tem um efeito marcante na forma do volume molhado. 0 aumento da vazao significa um aumento no sentido horizontal e um decrescimo na profundidade do volume molhado.

2.2.4 Carateristicas hidraulicas do sistema

A irrigacao por gotejo a baseada na vazao relativamente baixa dos gotejadores. Esta pequena vazao a conseguida pelo use de pequenos orificios na saida e uma pressao relativamente baixa no sistema.

0 regime de fluxo no gotejador a caraterizado pelo numero de Reynolds (NR), definido como a relacao entre velocidade do fluxo no gotejador (V) em m/seg e o diametro da seccao transversal (D) em m, pela viscosidade (p) da agua em m2/seg, ou seja:

NR= VxD / p Equacao 2.1

Os regimes de fluxo podem ser definidos pelo valor de NR do seguinte modo: - regime laminar, NR < 2.000

- regime critico, 2.000 < NR < 4.000 - regime turbulento, NR > 4.000

(51)

No dimensionamento do sistema de irrigagao o criterio adotado a permitir uma variagao maxima na vazao dos gotejadores de 10% em todo o campo(CESP 1987). A perda de carga permissivel para produzir uma variagao na vazao depende do tipo de gotejador e a relagao entre pressao e vazao, ou seja, para produzir uma diferenga de vazao de 10% nos gotejadores de regimen laminar a perda de carga maxima deve ser de 10% da pressao de servigo e nos gotejadores de regime turbulento a perda de carga pode atingir 20% da pressao de servigo. A diferenga maxima na pressao devido a perda de carga ocorre entre as extremidades, isto e, entre o cabegal na entrada do sistema e o ultimo gotejador mais afastado. Estes dois extremos estao ligados a linha lateral e a linha de derivagao, pois a comum a utilizagao de reguladores de pressao na entrada da linha mestre.

2.2.5 Determinagdo do consumo de agua

0 sistema de irrigagao por gotejo envolve algumas consideragoes para assegurar uma aplicagao correta da agua, compativel com as necessidades da cultura.

A determinagao da quantidade de agua a ser aplicada a diferente as consideragoes dos metodos tradicionais, visto que somente parte do solo sera molhado.

(52)

A quantidade de agua (V) a ser aplicada por pe por dia, pode ser calculada

atraves da seguinte expressao:

Ea xfxAxK

V = --- Equacao 2.2

Ef

V = volume de agua/pe/dia em litros;

Ea = media de evaporacao no tanque "Classe A" em mm/dia

f = fator de consumo de agua

A = area correspondente ao espagamento da cultura em m2 K = fator de cobertura relacionado com a porcentagem da area

total coberta

Ef = eficiencia da irrigacao

O volume V de agua sera utilizado na determinacao do tempo de irrigacao, de acordo com a vazao e o numero de gotejadores utilizados. Este calculo tambem podera ser feito com base na area total a irrigar.

Os valores de evaporarao do tanque "Classe A" (CESP 1987) devem ser tornados no periodo mais quente do ano, considerando-se medias mensais e semanais. Na falta de maiores informaroes, recomenda-se utilizar o valor 0,60 ou 0,7 para o coeficiente f.

A area (A) a obtida simplesmente pela multiplicarao do espagamento entre linhas. No caso de culturas de espagamento reduzido ou em linha, pode-se considerar a area de influencia de um gotejador ou considerar a area total do projeto.

(53)

2.2.6 Eficiencia do sistema de irrigacao

0 rendimento da produtividade esta diretamente relacionado com: a quantidade de agua fornecida, o tempo que as plantas recebem a agua e a eficiencia de operacao do sistema de irrigacao (RODRIGUEZ 1993).

Uma otimizacao no consumo de agua pode lograr-se quando, o manejo do sistema de irrigacao a eficiente. Segundo expressa a equacao 2.3, a eficiencia do sistema e a relacao da quantidade de agua consumida pela planta, com relarao a quantidade de agua fornecida.

agua consumida

Eficiencia do sistema = --- x 100 agua fornecida

Equagao 2.3 Os fatores que influem na eficiencia do sistema sao: a frequencia ou doses de agua fornecida ao cultivo, de acordo ao estudo realizado por RODRIGUEZ (1993), recomenda que a agua fornecida deve molhar de 80 ate 120% da profundidade radicular. Porem devido ao tipo de solos o requerimento de agua e major ou menor; no caso de solos argilosos ha mais perda de agua.

Outro fator que determina a eficiencia do sistema de irrigagao e a uniformidade de distribuicao da agua, portanto a pressao dos gotejadores deve manter-se constante e estar livre de entupimentos. Para o projeto deve considerar-se o gotejador que tem menor vazao como o gotejador que determina o tempo de irrigacao (IGLESIAS 1986).

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2.2.7 Beneficios e problemas na irrigacao por gotejo

Beneficios:

. As perdas de agua na irrigagao sao minimas, proporcionam a major eficiencia dentro dos metodos de irrigagao

Fornece de agua diretamente a cultura

A resposta das plantas a irrigagao por gotejo parece ser superior a dos

outros metodos de irrigagao. Muitos experimentos mostram melhor qualidade e

uniformidade do produto.

Um sistema de irrigagao manejado corretamente devera proporcionar uma aeragao eficiente ao solo, grande disponibilidade de nutrientes e um conteudo de umidade util para a planta.

Apresenta a possibilidade de automatizar o sistema A irrigagao nao interfere com os tratos culturais.

Dificuldades do sistema de irrigagao por gotejo:

Este metodo de irrigagao esta sujeito a entupimento dos gotejadores e o aumento da salinidade do solo (CESP 1987).

A obstrugao do pequeno orificio de saida do gotejador e o problema mais serio neste metodo; detectar e limpar os gotejadores entupidos a bastante complicado. As causas de entupimento devem-se a: suspensao de materiais organicos, a baixa velocidade da agua, a proliferagao de microrganismos que obstruem o gotejador, a presenga de compostos quimicos como por exemplo a precipitagao de carbonato de calcio.

(55)

2.3 CAMARAS DE REFRIGERACAO

A conservagao das flores a um processo muito importante, sendo um produto de exportagao, precisa chegar a seu destino final nas melhores condigoes, para que possa competir em qualidade e em prego.

2.3.1 Cuidados basicos das flores dentro da camara.

Quando as flores sao separadas (cortadas) do caule principal, elas experimentam uma morte subita, rapidamente se desencadeia uma serie de processos metabolicos e fisicos que aceleram a deterioragao da flor, como: se incrementa a respiragao, desidratagao, esgotamento dos nutrientes, evolugao e efeitos do etileno, aumento de micro organismos (bacterias e fungos), acima dos niveis normais.

A respiragao de maneira similar aos outros efeitos colaterais depende da temperatura. Normalmente a temperatura da flor a igual a temperatura do ar do ambiente, por tal razao as flores devem ser cortadas nas primeiras horas da manha aproveitando a baixa temperatura. Depois de ser colhidas passam a uma etapa de classificagao (ou controle de qualidade), imediatamente sao armazenadas na camara de refrigeragao.

0 resfriamento rapido a importante para prolongar a vida da flor, reduz o metabolismo dos tecidos, diminui a respiragao, a produgao de etileno e a multiplicagao de micro organismos (RUDNICKI 1991). A respiragao, normalmente imperceptivel nas flores, pode provocar um reaquecimento, quando elas nao estao submetida ao resfriamento, causando estragos irreversiveis.

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sem perda de qualidade, de tal maneira que possam suportar o transporte.

Durante o armazenamento a preciso manter constante a temperatura, a

umidade relativa, a circularao do ar frio, sendo tambem necessaria uma limpeza

do interior da camara.

Uma vez resfriada a flor nao deve voltar a ser aquecida, porque perde qualidade. A temperatura media recomendada para a conservacao da maioria das especie de flores segundo o manual da ASHRAE (1994), varia de 0,6 ate 0°A umidade relativa que deve apresentar a camara esta na ordem de 90 ou 95%. Sob estas condicoes o tempo minimo que as flores pode ser armazenadas a uma semana (ASHRAE 1994).

O tempo de resfriamento das flores varia com as variedades e quantidades. Nao obstante encontrou-se por exemplo, que para uma mesma quantidade de flores de gipsofila e crisantemos a relacao do tempo de refrigeracao a de 3 minutos a 20 minutos respetivamente, (ASHRAE, 1994).

O pre-resfriamento pode ser praticado em algumas circunstancias, podem mudangas freqUentes de temperatura podem prejudicar a flor provocando umidade superficial por condensacao da agua, alem disso torna muito caro o processo de conservarao da flor (HEUSSLER 1991).

Para embrulhar as flores podem usar-se ties metodos conhecidos como: a seco, umido ou controle da pressao; este ultimo metodo a muito caro para ser praticado a nivel industrial a aplicado para conservag5o em pequena escala.

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capacidade, da ordem de 1/4 HP. Os ventiladores distribuem a circulacao do ar frio dentro da camara, o ar a confinado a regioes proximas ao forro, havendo difusao uniforme pelo efeito ejetor do ar frio no ambiente da camara.

0 funcionamento da instalacao pode incluir um controle de operacao dos

compressores e evaporadores, desta maneira se otimiza a operagao da camara

conforme a carga

termica.

0 controle permite o funcionamento alternado dos

compressores e evaporadores quando a carga termica a grande

.

No caso

Imagem

Figura . 2.1 ESPECTRO ELETROMAGNETICO
Figura . 2.2 CURVAS DE FOTO-RESPOSTAS DAS PLANTAS E VISAO
Fig. 2.3: FATORES QUE INFLUEM NO CRESCIMENTO DAS PLANTAS:
Tabela 2 .1: RELACAO DAS UNIDADES DE RADIOMETRIA E FOTOMETRIA
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Referências

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