PERCEPÇÃO SOCI AL DE PROFI SSI ONAI S DE ENFERMAGEM AVALI ADA
POR MEI O DE DI FERENTES ESCALAS
Fát im a Apar ecida Em m Faleir os Sousa1 Pr iscilla Hor t ense2
O ob j et iv o d est e ex p er im en t o f oi escalon ar a p er cep ção social d o en f er m eir o p elos m ét od os d e
est im ação de m agnit udes e de cat egorias e de em parelham ent o int erm odal ( com prim ent o de linhas) . Part iciparam
est udant es do 2º grau e universit ários, profissionais at uant es e aposent ados em m edicina, psicologia, enferm agem
e odon t ologia. Os r esu lt ados m ost r ar am qu e ( 1 ) os t r aços asseado, r espon sáv el, lim po, cu idadoso e ef icaz
ocupam as prim eiras posições em t erm os da percepção social do enferm eiro, enquant o os t raços inút il, desonroso,
desonest o, ir r esponsáv el e odioso ocupam as últ im as posições em t odas as escalas obt idas pelos difer ent es
m ét odos psicofísicos dir et os; ( 2) a escala de per cepção social do enfer m eir o é v álida, est áv el e consist ent e e
( 3) as or denações r esult ant es dos m ét odos pr oduzem posições de per cepção alt am ent e concor dant es par a os
dif er en t es adj et iv os.
DESCRI TORES: per cepção social; psicofísica; escalas
SOCI AL PERCEPTI ON OF NURSI NG PROFESSI ONAL ASSESSED
BY DI FFERENT SCALES
The pur pose of t his ex per im ent w as t o scale t he social per cept ion of nur ses t hr ough t he m et hods of
m agnit ude est im at ion, cat egor y est im at ion and cr oss- m odalit y m at ching ( line lengt hs) . The st udy par t icipant s
w er e high school and under gr aduat e st udent s, act iv e and r et ir ed m edicine, psy chology , nur sing and dent ist r y
pr ofession als. Resu lt s r ev ealed t h at : ( 1 ) t h e ch ar act er ist ics n eat , r espon sible, clean , car efu l an d efficaciou s
occupied t he first posit ions in t erm s of nurses’ social percept ions, while useless, sham eful, dishonest , irresponsible
and hat eful occupied t he last posit ions on all scales obt ained by t he different direct psychophysics m et hods; ( 2)
t he scale of nur ses’ social per cept ion is v alid, st able and consist ent and ( 3) t he r ank ings r esult ing fr om t he
t hr ee m et hods pr oduce highly concor dant posit ions of per cept ion for t he differ ent adj ect iv es.
DESCRI PTORS: social per cept ion s; psy ch oph y sics; scales
PERCEPCI ÓN SOCI AL DE PROFESI ONALES DE ENFERMERÍ A EVALUADA
MEDI ANTE DI FERENTES ESCALAS
La finalidad de est e experim ent o fue la de escalonar la percepción social del enferm ero a t ravés de los
m ét od os d e est im ación d e m ag n it u d es y em p ar ej am ien t o cr u zad o ( a lo lar g o d e lín eas) . Par t icip ar on d el
est udio est udiant es de 2º gr ado y univ er sit ar ios, pr ofesionales act uant es y j ubilados de m edicina, psicología,
enfer m er ía y odont ología. Los r esult ados m ost r ar on: ( 1) los t r azos aseado, r esponsable, lim pio, cuidadoso y
ef icaz ocu pan las pr im er as posicion es en t ér m in os de per cepción social del en f er m er o, m ien t r as los t r azos
in ú t il, d esh on r oso, d esh on est o, ir r esp on sab le y od ioso ocu p an las ú lt im as p osicion es en t od as las escalas
obt enidas por los difer ent es m ét odos psicofísicos dir ect os; ( 2) la escala de per cepción social del enfer m er o es
válida, est able y consist ent e y ( 3) las ordenaciones result ant es de los m ét odos producen posiciones de percepción
alt am ent e concor dant es par a los difer ent es adj et iv os.
DESCRI PTORES: per cepción social; psicofísica; escalas
1
I NTRODUÇÃO
O
m ét odo de est im ação de m agnit udes t ems i d o u t i l i z a d o c o m s u c e s s o n a m e n s u r a ç ã o d a
g r a v i d a d e d e d i f e r e n t e s e n f e r m i d a d e s. Um a l i st a
cont endo 1 2 6 enfer m idades foi elabor ada e env iada
p el o co r r ei o a d u a s a m o st r a s d i st i n t a s: u m a n ã o
m édica e a out r a m édica. A t ar efa dos par t icipant es
consist ia em est im ar a m agnit ude da gr av idade das
enfer m idades, assinalando par a cada um a delas um
n ú m er o p r op or cion al ao v alor d e 5 0 0 d esig n ad o à
ú lcer a pépt ica. Ex em plos de algu m as en f er m idades
f or am : con st ip ação in t est in al, en x aq u eca, d iar r éia,
s i n u s i t e , a c n e , a s t i g m a t i s m o , m e n o p a u s a ,
m e n s t r u a ç ã o , e c z e m a , a l e r g i a m e d i c a m e n t o s a ,
g o n o r r é i a , co m a , d e p r e ssã o , e p i l e p si a , d e r r a m e
cerebral, at aque cardíaco, urem ia, câncer e leucem ia.
As duas am ost r as for am alt am ent e concor dant es em
suas est im at ivas de m agnit udes de cada um a dessas
e n f e r m i d a d e s b e m c o m o e m s u a s r e s p e c t i v a s
or denações. Os r esult ados t am bém indicar am que as
v a r i á v e i s i d a d e , se x o , e st a d o ci v i l a f e t a m n u m a
e x t e n s ã o m a i o r o s j u l g a m e n t o s r e a l i z a d o s p e l a
a m o st r a n ã o m é d i ca d o q u e a q u e l e s f e i t o s p e l a
a m o st r a m é d i ca . Co m b i n a n d o a s e st i m a t i v a s d e
m agnit udes de am bas as am ost r as, v er ificou- se que
a ca sp a f o i a e n f e r m i d a d e q u e r e ce b e u a m e n o r
est im at iva, o abor t o r ecebeu est im at iva m ediana e a
l e u c e m i a f o i a e n f e r m i d a d e q u e r e c e b e u m a i o r
est im at iva( 1). O m esm o padrão de result ados foi obt ido
em out r os est udos( 2- 3).
Em est u do sim ilar, r eplicou - se( 4 ) o t r abalh o
o r i g i n al u san d o u m a o u t r a am o st r a d e m éd i co s e
a n a l i s a n d o a s e s t i m a t i v a s e m f u n ç ã o d a s
especialidades m édicas. Os result ados m ost raram que
as est im at iv as de m agn it u des n u m ér icas f eit as por
m é d i co s d e d i f e r e n t e s e sp e ci a l i d a d e s n ã o f o r a m
significat ivam ent e diferent es ent re si, excet o, apenas,
par a cinco enfer m idades, indicando, por t ant o, que a
v a r i á v e l e s p e c i a l i d a d e d o r e s p o n d e n t e n ã o é
sign if icat iv a.
Em out ro est udo( 5), o obj et ivo foi escalonar a
g r a v i d a d e d e 6 8 q u a d r o s cl ín i co s ci r ú r g i co s p o r
m é d i c o s e e n f e r m e i r o s a t r a v é s d o m é t o d o d e
e st i m a çã o d e m a g n i t u d e s. Os d a d o s p e r m i t i r a m
c o n c l u i r q u e o s q u a d r o s c l ín i c o s - c i r ú r g i c o s
a n e u r i sm e ct o m i a d e a o r t a, a n e u r i sm e ct o m i a
ce r e br a l e r e va scu la r iz a çã o do m iocá r dio for am
consider ados aqueles de m aior gr av idade, enquant o
que os quadr os clínicos- cir úr gicos a de n oide ct om ia,
a m i g d a l e c t o m i a e c u r e t a g e m u t e r i n a o s d e
m enor gr av idade em t odas as escalas obt idas pelos
d if er en t es m ét od os p sicof ísicos d ir et os; o con t ín u o
n ã o m é t r i c o d e g r a v i d a d e d e q u a d r o s c l ín i c o s
-cir úr gicos possui car act er íst icas pr ot ét icas; a r elação
en t r e as est im at iv as do em par elh am en t o de f or ças
dinam om ét r icas e as est im at ivas do em par elham ent o
de com prim ent os de linhas é um a função de pot ência
com u m ex p oen t e n ão sig n if icat iv am en t e d if er en t e
de 0,77 e finalm ent e a escala de razão de gravidade
d e q u a d r o s cl ín i co s- ci r ú r g i co s é v á l i d a , est á v el e
co n si st e n t e , p o i s o e x p o e n t e o b t i d o a t r a v é s d o s
em p ar elh am en t os d e com p r im en t os d e lin h as e d e
f o r ça s d i n a m o m é t r i ca s n ã o f o i si g n i f i ca t i v a m e n t e
d if er en t e d o ex p oen t e p r ed it o p ela p r op r ied ad e d e
t r an sit iv id ad e d as escalas, ou sej a, d aq u ele ob t id o
nas t ar efas de calibr ação( 6- 10).
Selecionou- se, a par t ir de est udo pr év io( 11),
q u i n ze a d j e t i v o s q u e ca r a ct e r i za m o p r o f i ssi o n a l
enferm eiro em nossa sociedade, sendo cinco de m aior,
cin co d e g r au n eu t r o e cin co d e m en or at r ib u ição,
sen d o q u e esses ad j et iv os f or am escalon ad os p elo
m ét odo de est im ação de cat egor ias.
N e s t e e x p e r i m e n t o , e s s e s a d j e t i v o s
selecion ad os d o est u d o r ef er id o f or am escalon ad os
p el o s m ét o d o s d e est i m ação d e m ag n i t u d es e d e
em par elh am en t o in t er m odal, en v olv en do o con t ín u o
d e r e sp o st a d e co m p r i m e n t o d e l i n h a s, a l é m d o
m ét odo de est im ação de cat egor ias
O o b j e t i v o g e r a l d e s t e e x p e r i m e n t o f o i
escalonar a per cepção social do enfer m eir o por m eio
de diferent es escalas. Os obj et ivos específicos foram :
( 1 ) com p ar ar as escalas d er iv ad as d e j u lg am en t os
i n t e r v a l a r e s ( e st i m a t i v a s d e ca t e g o r i a s) co m a s
e s c a l a s d e r i v a d a s d e j u l g a m e n t o s d e r a z ã o
( est im at iv as d e m ag n it u d es e d e com p r im en t os d e
linhas) ; ( 2) verificar at ravés da com paração ent re as
est im at iv as d e m ag n it u d es ( e d e com p r im en t os d e
linhas) e as est im at ivas de cat egor ias, se o cont ínuo
não m ét r ico de per cepção social t em car act er íst icas
p r o t é t i c a s o u m e t a t é t i c a s ; ( 3 ) v e r i f i c a r s e a s
or denações dos gr aus de per cepção social der iv adas
dos t r ês m ét odos psicofísicos são sim ilar es ent r e si;
( 4) validar a escala de razão derivada para o cont ínuo
não m ét rico de percepção social do enferm eiro at ravés
d o m ét o d o d e em p ar el h am en t o i n t er m od al . Com o
m e n ci o n a d o n a i n t r o d u çã o , e sse m é t o d o f o r n e ce
cr it ér ios par a t al e, com o consequência; ( 5) v er ificar
a est abilidade e/ ou equivalência das escalas de razão
diferent es, a saber, num érica sem lim it es ( est im at ivas
de m agn it u des) , v isu al ( com pr im en t os de lin h as) e
n u m ér ica com lim it es ( est im at iv as de cat egor ias) e
( 6) v er ificar a est abilidade e/ ou equiv alência dessas
escalas de r azão ent r e as quat r o am ost r as. Par a t al,
f o i f e i t a co m p a r a çã o e n t r e o e x p o e n t e e m p ír i co
d e r i v a d o d a s e st i m a t i v a s d a p e r ce p çã o so ci a l d o
en f er m ei r o co m o ex p o en t e p r ed i t o p o r St ev en s,
at r av és de in ú m er os m ét odos psicofísicos.
MÉTODO
Pa r t icip a n t e s. Am ost r a f oi con st it u ída por
204 par t icipnt es, sendo 56 est udant es das segundas
e t er ceir as sér ies d o seg u n d o g r au ; 4 4 est u d an t es
u n i v e r s i t á r i o s d o s c u r s o s d e g r a d u a ç ã o e m
enfer m agem , m edicina, psicologia e odont ologia; 56
p r o f i s s i o n a i s a t u a n t e s , s e n d o e l e s e n f e r m e i r o s ,
m éd icos, p sicólog os e d en t ist as e 4 8 p r of ission ais
ap osen t ad os em en f er m ag em , m ed icin a, p sicolog ia
e o d o n t o l o g i a , se n d o o s p r o f i ssi o n a i s a t u a n t e s e
a p o sen t a d o s d e d i f er en t es esp eci a l i d a d es. Fo r a m
e l i m i n a d o s o u t r o s s e i s p a r t i c i p a n t e s p o r n ã o
c o m p r e e n d e r e m a s i n s t r u ç õ e s , s e n d o e s s e f a t o
com p r ov ad o at r av és d os v alor es m u it o b aix os d os
co ef i ci en t es d e d et er m i n ação ( r2) cal cu l ad o s p ar a
cad a p ar t icip an t e. Tod os f or am or iu n d os d a cid ad e
de Ribeir ão Pr et o, SP, com idades var iando ent r e 18
e 75 anos e eram ingênuos quant o aos propósit os do
e x p e r i m e n t o . A Ta b e l a 1 m o s t r a o n ú m e r o d e
par t icipant es/ m ét odo ut ilizado/ cat egor ia pr ofissional.
M a t e r i a l . Fo r a m e l a b o r a d o s d o i s b l o co s
cont endo, na pr im eir a página, inst r uções específicas
par a cada t ipo de m ét odo psicofísico e n as págin as
seg u in t es u m a list a d e 1 5 t r aços d e p er son alid ad e
result ant es de um est udo( 11) e respect ivas definições,
um a t rena ( m arca Lufkin) de 3m / 10‘de com prim ent o/
lar gur a e canet a.
Procedim ent o. Foram ut ilizados os m ét odos
d e e s t i m a ç ã o e m c a t e g o r i a s , e s t i m a ç ã o d e
m a g n i t u d e s e o m é t o d o d e e m p a r e l h a m e n t o
in t er m od al, en v olv en d o o con t ín u o d e r esp ost a d e
com pr im ent os de linhas. No pr ocedim ent o usado no
m é t o d o e s t i m a ç ã o e m c a t e g o r i a s , a t a r e f a d o s
p a r t i ci p a n t e s co n si st i a e m a ssi n a l a r u m e sco r e ,
v ar ian do de 0 a 6 , a cada t r aço em fu n ção da su a
per t inência par a car act er izar o enfer m eir o em nossa
sociedade. O par t icipant e foi inst r uído a assinalar no
t r aço de m aior at r ibu ição o escor e m áx im o de 6 e,
no de m enor, o escore m ínim o de 0. Os out ros escores
int erm ediários de 1 a 5, deveriam ser ut ilizados para
indicar graus int erm ediários de ut ilização que os t raços p o s s u e m p a r a c a r a c t e r i z a r o e n f e r m e i r o .
Pr ev iam en t e, n ão f or am est abelecidos os t r aços de a t r i b u i ç ã o m á x i m a e m ín i m a , s e n d o q u e c a d a
p a r t i ci p a n t e e st a b e l e ce u a p e n a s 1 5 e st i m a t i v a s, s e n d o u m a p a r a c a d a t r a ç o d e p e r s o n a l i d a d e
selecionado do est udo( 11) , sendo 5 t raços de m aior, 5
de grau neut ro e 5 de m enor at ribuição ao enferm eiro.
N o s e g u n d o m é t o d o , a t a r e f a d o s par t icipan t es f oi assin alar u m n ú m er o a cada t r aço
que fosse proporcional à quant idade de definição que
a q u e l e a d j e t i v o t e m e m r e l a ç ã o a o p r o f i s s i o n a l en fer m eir o em n ossa sociedade. Dessa for m a, se o
p ar t icip an t e j u lg asse q u e u m d ad o ad j et iv o d ef in e d u a s v e ze s m a i s o e n f e r m e i r o d o q u e u m o u t r o
adj et iv o, ele dev er ia at r ibuir a ele um núm er o duas v ezes m aior. Se j ulgasse que um dado adj et iv o t em
m et ade da pert inência em com paração com um out ro a d j et i v o , d ev er i a a ssi n a l a r u m n ú m er o q u e f o sse
m et ade do at r ibu ído àqu ele adj et iv o. Os dif er en t es a d j e t i v o s f o r a m a p r e se n t a d o s e m u m a sé r i e d e
q u in ze, d isp ost os u m a u m em car t ões sep ar ad os,
em o r d em al eat ó r i a p ar a cad a p ar t i ci p an t e. Cad a par t icipant e est abeleceu 1 5 est im at iv as, sendo um a
p ar a cad a ad j et iv o. Est ím u lo p ad r ão e m ód u lo n ão f or am pr ev iam en t e design ados.
Co m o m é t o d o d e e m p a r e l h a m e n t o in t er m od al, en v olv en d o o con t ín u o d e r esp ost a d e
com p r im en t o d e lin h as, a t ar ef a d os p ar t icip an t es consist iu em em par elhar um com pr im ent o de linha a
cad a ad j et iv o q u e f osse p r op or cion al à q u an t id ad e
de definição que aquele adj et iv o t em em r elação ao p r o f i ssi o n a l e n f e r m e i r o e m n o ssa so ci e d a d e . Po r
exem plo, se o part icipant e considerasse que um dado adj et ivo define duas vezes m ais o enferm eiro do que
u m o u t r o a d j e t i v o , e l e d e v e r i a e m p a r e l h a r u m com pr im en t o de lin h a qu e f osse du as v ezes m aior.
S e e l e c o n s i d e r a s s e q u e u m d a d o a d j e t i v o cor r esp on d e à m et ad e d a d ef in ição d o en f er m eir o
em com paração com um out ro adj et ivo, o part icipant e d e v e r i a e m p a r e l h a r u m c o m p r i m e n t o q u e f o s s e
m e t a d e . Es t ím u l o p a d r ã o e m ó d u l o n ã o f o r a m
p r ev iam en t e est ab elecid os. Os d if er en t es ad j et iv os f o r a m a p r e s e n t a d o s e m u m a s é r i e d e q u i n z e e
dispost os um a um em car t ões separ ados, em um a o r d e m a l e a t ó r i a p a r a c a d a p a r t i c i p a n t e . Ca d a
par t icipant e est abeleceu 1 5 est im at iv as, sendo um a par a cada adj et iv o.
As in st r u ções d ad as p ar a os p ar t icip an t es,
r equer iam que os j ulgam ent os fossem r ealizados em
t e r m o s d o s a d j e t i v o s a t r i b u íd o s a o p r o f i s s i o n a l
en fer m eir o pela m aior ia da popu lação. As am ost r as
f o r a m i n d e p e n d e n t e s , c o n s t i t u íd a s p o r 2 0 4
par t icipant es, sendo 56 est udant es de segundo gr au,
dos quais 28 fizeram seu j ulgam ent o pelo m ét odo de
est im ação de cat egorias e 28 fizeram seu j ulgam ent o
p el o s m ét o d o s d e est i m ação d e m ag n i t u d es e d e
e m p a r e l h a m e n t o d e co m p r i m e n t o s d e l i n h a s; 4 4
est u dan t es u n iv er sit ár ios, dos qu ais 2 2 fizer am seu
j ulgam ent o pelo m ét odo de est im ação de cat egor ias
e 2 2 f i z e r a m se u j u l g a m e n t o p e l o s m é t o d o s d e
est im ação de m agn it u des e de em par elh am en t o de
com pr im en t os de lin h as; 5 6 pr of ission ais at u an t es,
dos quais 28 fizeram seu j ulgam ent o pelo m ét odo de
est im ação de cat egorias e 28 fizeram seu j ulgam ent o
pelos m ét odos de est im ação de m agnit udes e m ét odo
de em par elham ent o de com pr im ent os de linhas e 48
pr ofissionais aposent ados, dos quais 24 fizer am seu
j ulgam ent o pelo m ét odo de est im ação de cat egor ias
e 2 4 r ealizar am seu j u lg am en t o p elos m ét od os d e
est im ação de m agn it u des e de em par elh am en t o de
com pr im ent os de linhas. O ex per im ent o foi r ealizado
n u m l a b o r a t ó r i o e o s p a r t i ci p a n t e s f i ze r a m se u s
j u lgam en t os in div idu alm en t e.
RESULTADOS E DI SCUSSÃO
I n depen den t e do m ét odo psicof ísico u sado,
o s t r a ç o s a s s e a d o , r e s p o n s á v e l , l i m p o ,
cu id a d oso e e f ica z f or am os d e m aior at r ib u ição
e n q u a n t o q u e o s t r a ç o s i n ú t i l , d e s o n e s t o ,
d e son r oso, ir r e sp on sá v e l e od ioso f or am os d e
m e n o r a t r i b u i ç ã o . D e f a t o , o c o e f i c i e n t e d e
c o n c o r d â n c i a d e K e n d a l l ( W ) m o s t r o u q u e a s
d if er en t es am ost r as f or am alt am en t e con cor d an t es
q u a n t o à o r d en a çã o d esses d i f er en t es t r a ço s. Os
valores do coeficient e de concordância foram W= 0,93
para o m ét odo de EC, 0,95 para o de EM e 0,95 para
o d e EMCL, se n d o t o d o s a l t a m e n t e si g n i f i ca t i v o s
( p< 0 , 0 0 1 ) .
Com o conseqüência dessa alt a concor dância
dos j ulgam ent os feit os pelas difer ent es am ost r as, as
est im at ivas de t odos os part icipant es foram agrupadas
p a r a ca d a m é t o d o ( Ta b e l a 1 ) . Po d e - se o b se r v a r
nit idam ent e que as ordenações, considerando- se cada
m é t o d o , n ã o f o r a m su b st a n ci a l m e n t e d i f e r e n t e s
daquelas produzidas pelas diferent es am ost ras. Com o
an t es, a sse a d o, r e sp on sá v e l, lim p o, cu id a d oso
e e f i ca z f o r a m o s t r a ç o s ( a d j e t i v o s ) d e m a i o r
a t r i b u i ç ã o e i n ú t i l , d e s o n r o s o , d e s o n e s t o ,
i r r e s p o n s á v e l e o d i o s o a q u e l e s d e m e n o r
at r ib u ição.
Ta b e l a 1 - Mé d i a a r i t m é t i ca d a s e st i m a t i v a s d e
cat eg or ias ( EC) , m éd ia g eom ét r ica d as est im at iv as
d e m a g n i t u d e s ( EM ) , m é d i a g e o m é t r i c a d o s
em par elham ent os de com pr im ent os de linhas ( EMCL)
e ordenação das posições ( OP) de at ribuição j ulgadas
de cada t raço, considerando t odas as am ost ras j unt as
s o ç a r
T EC OP EM OP EMCL OP
o d a e s s
A 5,57 1º 17,76 1º 12,81 3º l e v á s n o p s e
R 5,42 2º 17,46 2º 12,90 1º o
p m i
L 5,36 4º 17,05 3º 12,08 5º o s o d a d i u
C 5,40 3º 16,83 4º 12,22 4º z
a c if
E 5,09 5º 15,53 5º 12,85 2º o t i e f s it a s n
I 2,15 10º 6,67 7º 5,60 7º o d a r t e
L 4,16 7º 4,10 10º 3,45 10º o s o r d n il e
M 4,25 6º 8,03 6º 7,48 6º o v it a s n e
P 3,70 8º 5,34 8º 4,96 8º l a t n e m a r e p m e
T 2,67 9º 4,62 9º 4,09 9º o
s o i d
O 0,43 11º 1,21 12º 1,09 14º l e v á s n o p s e r r
I 0,35 12º 1,32 11º 1,30 11º o t s e n o s e
D 0,35 13º 1,17 13º 1,13 12º o s o r n o s e
D 0,31 14º 1,17 14º 1,12 13º li
t ú n
I 0,22 15º 1,15 15º 1,06 15º
Um coeficien t e de con cor dân cia aplicado às
est im at ivas efet uadas por m eio de cada m ét odo, para
o s q u i n ze ad j et i v o s, m o st r o u W= 0 , 9 6 ( p < 0 , 0 0 1 ) ,
i n d i ca n d o , p o r t a n t o , q u e a o r d en a çã o p o r p o st o s
derivada das est im at ivas de cada m ét odo é alt am ent e
concor dant e. Por ex em plo, o adj et iv o inút il ocupa a
1 5 ª p osição e o ad j et iv o r e sp on sá v e l ocu p a a 4 ª
posição em t odos os cont ínuos de r espost as.
Par a v er if icar se o con t ín u o d e p er cep ção
social t em car act er íst icas pr ot ét icas ou m et at ét icas,
com o ocorre com os cont ínuos sensoriais adit ivos, as
m éd i as ar i t m ét i cas d as est i m at i v as d e cat eg o r i as
for am pr oj et adas em função das m édias geom ét r icas
d a s e st i m a t i v a s d e m a g n i t u d e s e e m f u n çã o d a s
m é d i a s g e o m é t r i c a s d o s e m p a r e l h a m e n t o s d e
c o m p r i m e n t o s d e l i n h a s d o s a d j e t i v o s . Em
c o o r d e n a d a s l i n e a r e s , a r e l a ç ã o e n t r e e s s a s
est im at iv as ( est im at iv as de cat egor ias x est im at iv as
d e m a g n i t u d e s e e s t i m a t i v a s d e c a t e g o r i a s x
e m p a r e l h a m e n t o s d e c o m p r i m e n t o s d e l i n h a s )
m o st r o u l ev e co n cav i d ad e d escen d en t e. Tam b ém ,
q u an d o as m éd i as ar i t m ét i cas d as est i m at i v as d e
c a t e g o r i a s f o r a m p r o j e t a d a s e m f u n ç ã o d o s
logar it m os das m édias geom ét r icas das est im at iv as
de m agnit udes e em função dos logarit m os das m édias
geom ét r icas dos em par elham ent os de com pr im ent os
A Fi g u r a 1 m o st r a cl ar am en t e essas r el açõ es em
coor den adas lin ear es e a Figu r a 2 em coor den adas
m on olog ar it m icas. Con sid er ad as em con j u n t o, f ica
dem onst rado que o cont ínuo de percepção social t em
car act er íst icas de cont ínuo pr ot ét ico ou adit iv o.
'
U
VKOCV
KX
C
U
FG
%
C
VG
IQT
KC
U
% Q O R T K O G P VQ U F G . K P J C U
Figu r a 1 - Relação en t r e as m édias ar it m ét icas das
est im at iv as de cat egor ias e as m édias geom ét r icas
dos em par elham ent os de com pr im ent os de linhas da p e r ce p çã o so ci a l d o e n f e r m e i r o e m co o r d e n a d a s
lin ear es
'
U
VKOCV
KX
C
U
F
G
%
C
VGI
QT
KC
U
. 1 ) % Q O R T K O G P VQ U F G . K P J C U
Figu r a 2 - Relação en t r e as m édias ar it m ét icas das
est im at ivas de cat egorias e os logarit m os das m édias
geom ét r icas dos em par elham ent os de com pr im ent os
de linhas da per cepção social do enfer m eir o
To d a v i a , e x i s t e m a l g u m a s d i f e r e n ç a s
f u n d am en t ais n os escalon am en t os ob t id os. Com o
m ét odo de est im ação de cat egor ias pode- se obt er a
ordenação e a diferença ent re os graus de at ribuição.
Co m b a se n e sse m é t o d o , n ã o se p o d e a f i r m a r o
quant o o gr au de at r ibuição de um dado adj et iv o é
m aior ou m enor em com paração ao grau de um out ro.
Co m o m é t o d o d e e s t i m a ç ã o d e m a g n i t u d e s e
em p ar elh am en t o d e com p r im en t os d e lin h as p od
e-se ob t er a or d en ação, a d if er en ça e, t am b ém , as
r azões en t r e os gr au s de at r ibu ições dos difer en t es
adj et iv os. Por ex em plo, dos dados apr esen t ados n a
Tab ela 1 , con sid er an d o- se a m éd ia ar it m ét ica d as
m édias geom ét r icas das est im at iv as de m agn it u des
d o s ci n co a d j e t i v o s d e m a i o r a t r i b u i çã o , q u a n d o
co m p a r a d a co m a m é d i a a r i t m é t i ca d a s m é d i a s
geom ét ricas das est im at ivas de m agnit udes dos cinco
adj et iv os de m en or at r ibu ição, pode- se afir m ar qu e
o g r a u d e a t r i b u i ç ã o d o s a d j e t i v o s q u e m e l h o r
car act er izam o pr ofissional enfer m eir o ( EM= 17,00) é
apr ox im adam ent e dezesset e v ezes m aior que o gr au
de at r ibuição dos adj et iv os que m enos car act er izam
esse p r of ission al ( EM= 1 , 0 0 ) , ou ap r ox im ad am en t e
t r ê s v e z e s m a i o r q u e o g r a u d e a t r i b u i ç ã o d o s
adj et iv os de gr au neut r o ( EM= 6,00) .
Com em par elham ent os de com pr im ent os de
linhas o gr au de at r ibuição dos adj et ivos que m elhor
caract erizam o profissional enferm eiro ( EMCL= 13,00) ,
é aproxim adam ent e t reze vezes m aior que o grau de
at ribuição dos adj et ivos que m enos caract erizam esse
profissional ( EMCL= 1,00) ou, aproxim adam ent e, duas
v ezes e m eia m aior q u e o g r au d e at r ib u ição d os
a d j e t i v o s d e g r a u n e u t r o ( EM CL= 5 , 0 0 ) . Co m o
r esu lt ad o d esse escalon am en t o d e r azão q u aisqu er
out r as r azões ent r e os v alor es escalar es podem ser
f eit os en t r e os g r au s d e at r ib u ição d os d if er en t es
ad j et iv os.
N a Fi g u r a 3 a s m é d i a s g e o m é t r i c a s d a s
e s t i m a t i v a s n u m é r i c a s s ã o p r o j e t a d a s e m
c o o r d e n a d a s l o g a r ít m i c a s e m f u n ç ã o d a s
c o r r e s p o n d e n t e s m é d i a s g e o m é t r i c a s d o s
em p ar elh am en t os d e com p r im en t os d e lin h as p ar a
cada t r aço ( adj et iv o) . Um a r et a com um a inclinação
( expoent e da função de pot ência) de 1,06 ( r² = 0,90)
foi aj ust ada a esses dados pelo m ét odo dos quadrados
m ín i m o s . To d a v i a , c o m o o o b s e r v a d o r t e n d e a
r e st r i n g i r a a m p l i t u d e d e se u s a j u st a m e n t o s e m
fu n ção da v ar iáv el qu e ele con t r ola, pr oj et ou - se n a
Figu r a 4 , essas m édias em coor den adas in v er t idas,
ist o é, o em parelham ent o de com prim ent os de linhas
e m f u n ç ã o d a s c o r r e s p o n d e n t e s e s t i m a t i v a s
n u m é r i c a s p a r a c a d a a d j e t i v o . Es s e “ e f e i t o d e
r e g r e s s ã o ” t e m s i d o v e r i f i c a d o e m d i f e r e n t e s
ex per im en t os e f oi an alisado( 1 2 ). A in clin ação dessa
r et a é ig u al a 0 , 9 1 ( r ² = 0 , 9 9 ) . Tom an d o a m éd ia
geom ét r ica das du as in clin ações pode se con st it u ir
n u m a m a n e i r a a p r o p r i a d a d e m e d i a r o e f e i t o d e
r egr essão( 13). No pr esent e caso, a m édia geom ét r ica
de 1,06 e 0,91 é 0,98. Nenhum a dessas inclinações,
das Figuras 3 e 4, foi significat ivam ent e diferent e do
Figu r a 3 - Relação en t r e os logar it m os das m édias
g eo m ét r i ca s d a s est i m a t i v a s d e m a g n i t u d es e o s
l o g a r i t m o s d a s m é d i a s g e o m é t r i c a s d o s
e m p a r e l h a m e n t o s d e co m p r i m e n t o s d e l i n h a s d a
per cepção social do en f er m eir o
.1
)
'
U
VKO
C
VKX
C
U
FG
/
C
IPK
VWF
G
U
. 1 ) % Q O R T K O G P VQ U F G . KP J C U
.1
)
%QO
R
TK
O
GPV
QU
FG
.
KPJCU
. 1 ) ' U V K O C VK XC U F G / C I P K VW F G U
Figu r a 4 - Relação en t r e os logar it m os das m édias
geom ét r icas dos em par elham ent os de com pr im ent os
d e lin h as e os log ar it m os d as m éd ias g eom ét r icas
das est im at iv as de m agn it u des da per cepção social
d o en f er m eir o
O ex p oen t e m éd io f oi 1 , 0 6 ( v er Fig u r a 3 ) .
Esse v alor m édio é pr óx im o daquele pr edit o de 1,00
q u a n d o e s t ã o e n v o l v i d a s d i r e t a m e n t e
e m p a r e l h a m e n t o d e c o m p r i m e n t o s d e l i n h a s e
e s t i m a ç ã o d e m a g n i t u d e s . A c o m p r o v a ç ã o d a
equ iv alên cia en t r e o ex poen t e em pír ico e o pr edit o
n u m a t ar ef a d e cal i b r ação, en v ol v en d o sen sações
e n t r e d u a s m o d a l i d a d e s , c o n s t i t u i - s e e m f o r t e
ev id ên cia d a v alid ad e d o m ét od o d e est im ação d e
m agnit udes e, por conseqüência, da lei de pot ência
ou lei de St evens. Tant o a força dinam om ét rica quant o
o c o m p r i m e n t o d e l i n h a s t ê m s i d o c o n t ín u o s
f r e q ü e n t e m e n t e u t i l i z a d o s e m t a r e f a s d e
em par elh am en t o in t er m odal. Com com pr im en t os de
l i n h a s , a l ó g i c a é b a s t a n t e f á c i l d e a p r e e n d e r.
Co n si st en t em en t e( 1 2 - 1 4 ) v er i f i ca d o q u e est i m a t i v a s
num éricas de m agnit udes de com prim ent os de linhas
p r o d u zem u m a f u n ção d e p o t ên ci a co m ex p o en t e
m u i t o p r ó x i m o a 1 , 0 0 . D i t o d e o u t r a f o r m a ,
c o m p r i m e n t o s d e l i n h a s s ã o l i n e a r m e n t e
pr opor cion ais aos com pr im en t os físicos.
Em um est udo( 14), abor dando o est r esse dos
a l u n o s d e g r a d u a ç ã o q u a n t o a o c u i d a d o d e enfer m agem , t am bém se v er ificou essa consist ência
ent r e est im at iv as num ér icas e com pr im ent os físicos, f o i v a l i d a d a a e sca l a d e r a z ã o d o s cu i d a d o s d e
e n f e r m a g e m p o r m e i o d o m é t o d o d e e m p a r e l h a m e n t o i n t e r m o d a l . Fo r a m j u l g a d o s 1 5
c u i d a d o s d e e n f e r m a g e m . Es s e j u l g a m e n t o f o i r e a l i z a d o p e l o s p r ó p r i o s a l u n o s , s e n d o q u e a
sondagem v esical de dem or a foi consider ada a m ais e s t r e s s a n t e e a v e r i f i c a ç ã o d e t e m p e r a t u r a f o i
con sider ada a m en os est r essan t e.
A m e n su r a çã o é o a l i ce r ce d a ci ê n ci a . O est udo da m ensur ação é o est udo da r epr esent ação
das r elações em pír icas por est r u t u r as m at em át icas. Desse m odo, a ev olu ção das ciên cias depen de, em
b o a p a r t e, d a ev o l u çã o t écn i ca d o s i n st r u m en t o s d i s p o n ív e i s a o s p e s q u i s a d o r e s . U m n ú m e r o
c o n s i d e r á v e l d e d e s c o b e r t a s c i e n t íf i c a s d a h u m a n i d a d e p o d e s e r d i r e t a m e n t e a t r i b u íd o à
descober t a ou ao aper f eiçoam en t o de in st r u m en t os
de obser v ação e m edida( 15). Nesse cont ex t o, inser
e-se a En f e r m a g e m , co m o p r o f i ssã o q u e n e ce ssi t a e m b a s a r s u a p r á t i c a c l ín i c a e m c o n h e c i m e n t o s
ad q u i r i d o s p o r m ei o d e p esq u i sas co m r esu l t ad o s
con sist en t es e con f iáv eis. Nest e est u d o, os t r aços car act er íst icos dos enfer m eir os for am est abelecidos,
o u s e j a , a p e r c e p ç ã o s o c i a l d o e n f e r m e i r o f o i d e m o n st r a d a p o r m e i o d o m é t o d o p si co f ísi co d e
m en su r ação, com pr ov an do su a con sist ên cia.
CONCLUSÕES
Os d ad o s d o Ex p er i m en t o r eal i zad o n est e
est udo perm it em concluir que ( 1) os t raços asseado,
r e sp on sá v e l, lim p o, cu id a d oso e e f ica z ocu p am
as prim eiras posições em t erm os da percepção social
do enferm eiro, enquant o os t raços inút il, desonroso,
d e so n e st o , i r r e sp o n sá v e l e o d i o so o cu p a m a s
ú lt im as posições em t odas as escalas obt idas pelos d i f e r e n t e s m é t o d o s p s i c o f ís i c o s d i r e t o s ; ( 2 ) a s
o r d e n a ç õ e s r e s u l t a n t e s d e t o d o s o s m é t o d o s
produzem posições de percepção social do enferm eiro alt am ent e concor dant es par a os difer ent es adj et iv os;
( 3) o cont ínuo não m ét r ico de per cepção social t em car act er íst i cas p r o t ét i cas; ( 4 ) a v ar i ab i l i d ad e d as
est im at iv as indicadas pelo desv io padr ão geom ét r ico é f u n ç ã o l i n e a r d a s m é d i a s d a s e s t i m a t i v a s d e
m a g n i t u d e s ( o u d a s d e e m p a r e l h a m e n t o s d e
e s t i m a t i v a s d e m a g n i t u d e s e a s e s t i m a t i v a s d o
em par elh am en t o de com pr im en t os de lin h as é u m a
f u n ç ã o d e p o t ê n c i a c o m u m e x p o e n t e n ã o
significat ivam ent e difer ent e de 1,0 e, finalm ent e, ( 6)
a escala de per cepção social do enfer m eir o é v álida,
est ável e consist ent e, pois o expoent e obt ido at ravés
dos em par elh am en t os de com pr im en t os de lin h as e
d e e s t i m a t i v a s d e m a g n i t u d e s n ã o f o i
significat iv am ent e difer ent e do ex poent e pr edit o pela
pr opr iedade de t r an sit iv idade das escalas, ou sej a,
d aq u el e p r ed i t o p or St ev en s at r av és d e i n ú m er os
m ét odos psicof ísicos.
Em r esu m o , o s r esu l t a d o s f o r n ecem u m a
escala de per cepção social do en fer m eir o, em n ív el
d e m en su r ação d e r azão , q u e é v ál i d a, est áv el e
c o n s i s t e n t e . Su m a r i a n d o , a e s c a l a d e r a z ã o d a
p e r c e p ç ã o s o c i a l d o e n f e r m e i r o , b a s e a d a n o s
j u l g a m e n t o s o b t i d o s p a r a a s q u a t r o d i f e r e n t e s
am ost ras, evidencia que a percepção social const it
ui-s e n u m b l o c o d e a d j e t i v o ui-s , f o r m a n d o a ui-s ui-s i m o
e st e r e ó t i p o d o p r o f i ssi o n a l e n f e r m e i r o a sse a d o ,
r e s p o n s á v e l , l i m p o , cu i d a d o s o e e f i ca z. Em
c o n t r a p o s i ç ã o , o s q u e m e n o s c a r a c t e r i z a m o
e n f e r m e i r o sã o i n ú t i l , d e so n r o so , d e so n e st o ,
ir r e sp on sá v e l e od ioso. A con cor d ân cia en t r e os
v a l o r e s e sca l a r e s o b t i d o s d e d i f e r e n t e s m é t o d o s
psicofísicos é elev ada, indicando que as escalas são
h om ogên eas e con sist en t es.
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