w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
Original
Tendinopatia
patelar:
resultados
tardios
do
tratamento
cirúrgico
夽
Marcos
Henrique
Frauendorf
Cenni
a,∗,
Thiago
Daniel
Macedo
Silva
b,
Bruno
Fajardo
do
Nascimento
a,
Rodrigo
Cristiano
de
Andrade
a,
Lúcio
Flávio
Biondi
Pinheiro
Júnior
ae
Oscar
Pinheiro
Nicolai
a aGrupodeJoelhoBeloHorizonte(GJBH),BeloHorizonte,MG,BrasilbHospitalMaterDei,BeloHorizonte,MG,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem3dejulhode2014 Aceitoem2desetembrode2014
On-lineem18deagostode2015
Palavras-chave:
Tendãopatelar Tendinopatia/cirurgia Estudosretrospectivos
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Avaliarosresultadostardiosdotratamentocirúrgiconatendinopatiapatelar(TP) comousodoescoreVisa(VictorianInstituteofSportTendonStudyGroup)eométodode Verheyden.
Métodos:Estudoretrospectivoqueavaliouosresultadospós-operatóriosde12pacientes, ou14joelhos,entrejulhode2002efevereirode2011.Foramincluídosospacientescom tendinopatiapatelarrefratáriosaotratamentoconservadorequenãoapresentavamoutras lesõescirúrgicasconcomitantes.Pacientesquenãoforamdevidamenteacompanhadosno períodopós-operatórioforamexcluídos.
Resultados:PelométododeVerheyden,novepacientesforamconsideradosmuitobons,dois bonseumruim.Emrelac¸ãoaoVisa,amédiafoide92,4pontos,comapenasdoispacientes abaixode70pontos(66e55pontos).
Conclusão:Otratamentocirúrgicodatendinopatiapatelar,quandocorretamenteindicado, tembonsresultadosemlongoprazo.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Patellar
tendinopathy:
late-stage
results
from
surgical
treatment
Keywords:
Patellartendon Tendinopathy/surgery Retrospectivestudies
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective:Toevaluate thelate-stageresultsfromsurgicaltreatment ofpatellar tendino-pathy(PT),usingtheVisascore(VictorianInstituteofSportTendonStudyGroup)andthe Verheydenmethod.
Methods:Thiswasaretrospectivestudyinwhichthepostoperativeresultsfrom12patients (14knees)whowereoperatedbetweenJuly2002andFebruary2011wereevaluated.The
夽
TrabalhofeitonoServic¸odeOrtopediaeTraumatologia,HospitalMaterDei,BeloHorizonte,MG,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mails:cenni@pib.com.br,cenni14@gmail.com(M.H.F.Cenni).
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.09.004
patientsincludedinthestudypresentedpatellartendinopathythatwasrefractoryto con-servativetreatment,withoutanyotherconcomitantlesions.Patientswhowerenotproperly followedupduringthepostoperativeperiodwereexcluded.
Results: UsingtheVerheydenmethod,ninepatientswereconsideredtohaveverygood results,twohadgoodresultsandonehadpoorresults.InrelationtoVISA,themeanwas 92.4pointsandonlytwopatientshadscoreslessthan70points(66and55points).
Conclusion: Whensurgicaltreatmentforpatellartendinopathyiscorrectlyindicated,ithas goodlong-termresults.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Atendinopatiapatelar(TP)éumadesordemcomumnoatleta,
especialmente nas atividades que envolvem salto e
sobre-cargaexcêntricaemflexãodojoelho.1,2Descritainicialmente comoJumper’sKnee(joelhodosaltador)porBlazinaetal.,3tem aindasinonímiasrelacionadasàpráticaesportivado indiví-duo,como:high-jumper’sknee,volley-baller’sknee,cross-country knee.4
Acomete,geralmente,pessoasde20a40anos,prevalência
semelhanteentrehomensemulheres,émaisfrequenteno
poloinferiordapatela(70%),seguidodopolosuperior(25%)e porúltimodainserc¸ãodistaldotendão(5%).5
ATPapresenta-secomodoranteriordojoelhobem loca-lizada,relacionadacomatividadefísica.Geralmenteadoré deinícioinsidiosaegradual,relacionadacomoaumentoda quantidadeedaintensidadedetreinamento,oudeatividade quenecessitedemovimentosrepetitivosdojoelho.6
Otendãoapresenta, nosestudoshistológicos, alterac¸ões degenerativaseinflamatóriasquepodemresultarem micror-rupturas,principalmentepróximoaopoloinferiordapatela.7 Aclassificac¸ãodeBlazina foiaprimeira usadanaTP3 e dividiuadoremquatrograus:grauI–dorleveapósatividade física;grauII–dornoiníciodaatividadefísica,melhoriaapós oaquecimento,piorianofimdoexercício,semdiminuic¸ãodo rendimento;grauIII–dorduranteeapósaatividadefísica,com pioriaimportantedorendimentodoatleta;grauIV–ruptura parcialoutotaldotendão.Posteriormente,foimodificadapor Roelsetal.8
Entre as causas intrínsecas da TP ressaltamos a
defi-ciência no suprimento sanguíneo e a menor elasticidade
do segmento proximal do tendão,4 degenerac¸ão
secundá-riaaoprocesso inflamatóriocrôniconostecidosadjacentes
ao tendão e impacto ósseo durante a flexão, devido ao
poloinferiordapatelaproeminente.9Osfatoresextrínsecos estãorelacionados aoserrosno treinamento, àsatividades
físicas mal orientadas e outras sobrecargas em flexão no
cotidiano.
Odiagnóstico ébaseado nahistóriaenoexame clínico, complementadospeloexameradiográfico,aultrassonografia earessonânciamagnética.Aradiografiaevidenciaa morfolo-giadopoloinferiordapatelaepodemostrarcalcificac¸õesno tendão,enquantoaultrassonografiaearessonância magné-ticapodemmostraralterac¸õesestruturaiseinflamatóriasdo tendão,comoespessamento,degenerac¸ãoerupturas.10,11
O tratamento inicial é conservador, para o alívio da
dor e recuperac¸ão funcional. Inicia com repouso relativo, modificac¸ão de atividades e controle dos fatores predispo-nentes,associado aousode medicamentosefisioterapia,é efetivonamaioriadoscasos,mascomriscoderecidivas.12-15 Areabilitac¸ãofuncionalconsisteemmedidasanalgésicase anti-inflamatóriasassociadas àmecanoterapia comreforc¸o excêntricoealongamentosespecíficos.16-18
Outrasopc¸õesdetratamento,comoainjec¸ãode
corticos-teroides,tambémsãousadas,emboramuitosautores
apre-sentemopiniõesdivergentessobresuaeficáciaeseguranc¸a.19 Aaplicac¸ãodeplasmaricoemplaquetasvemganhandomais adeptos,porémapresentaresultadosaindainconclusivos.20,21
O tratamento cirúrgico é indicado em casos que
evo-luem com dor e limitac¸ão funcional persistente após um
período mínimo de seis meses de tratamento conservador
bemexecutado.22Apresenc¸adealterac¸õesestruturaisdo
ten-dão e o impactocom o polo inferior da patela sãofatores
relacionadosàfalhadotratamentoconservador.23
O tratamento cirúrgico consiste em debridamento do
tecidodegeneradocomcorteslongitudinaisdotendãoe abra-sãodopoloinferiordapatela.Podeserfeitoconformeatécnica descritaporBlazinaetal.3(aberta)ouporviaartroscópica.24,25 Oobjetivodestetrabalhoédemonstraroresultadotardiodo tratamentocirúrgico datendinitepatelarempacientesque evoluírammalcomotratamentoconservador.
Materiais
e
métodos
Estudoprospectivoqueavaliouosresultadospós-operatórios tardiosde12pacientes,ou14joelhos,operadosentrejulhode 2002efevereirode2011.
Foram submetidosao tratamentocirúrgico, pelomesmo
cirurgião,21pacientesdiagnosticadoscomtendinopatia
pate-lar resistentes ao tratamento inicial. Foram operados 20
homenseumamulher.
Todoseramatletasamadoresefaziamaomenosuma ati-vidadefísicaregular,comocorrida,tênis,futebolebasquete. Nahistóriaclínicaospacientesapresentavam relatodedor
crônica,semmelhoriacomotratamentoconservadorporum
períodomínimodeseismeses.Ojoelhodireitofoiacometido emsetepacientes,oesquerdoem12dozeefoibilateralem doiscasos.
Figura1–Radiografiaquemostrandoaalterac¸ãoda morfologiadapatela,comobicoemseupoloinferior (patelabicuda).
condropatiapatelar significante,umcom lesãodomenisco
medialeoutrocomtendinopatia doquadrícepsassociada). Doispacientesnãoretornaramàsreavaliac¸õestardias.Doze
pacientesforamdevidamenteacompanhadosesubmetidos
aoprotocolodeavaliac¸ão.
Odiagnósticodetendinopatiapatelarfoibasicamente clí-nico,fundamentadonaanamneseenoexamefísico.Oachado clínico principal foi a dor à palpac¸ão do polo inferior da patela.Outrosachadosdoexamefísicoforamahipotrofiae adiminuic¸ãodaforc¸amusculardoquadríceps.
Todosospacientesforamsubmetidosaexamesdeimagem (radiografiaseressonânciamagnética),comvistasaomelhor planejamentopré-operatório.Aindicac¸ão cirúrgica baseou--se,fundamentalmente,emalterac¸õesmorfológicasdopolo inferiorda patela,(patela bicuda,observadasno examede radiografia(fig.1),enadegenerac¸ãodotendãopatelar (ten-dinose)àressonânciamagnética(fig.2).
Entreospacientesincluídosnoestudo,dezforamoperados porviaartroscópica,comportaisanteromedialeanterolateral convencionaiseumportalcentralacessório,transtendinoso (fig.3).Emtodososcasosfoifeita umasinovectomialocal, ressecc¸ãoparcialdagorduradeHoffaeressecc¸ãoparcialdo poloinferiordapatelacomlâminadeshaverdeabrasãoe cor-tes longitudinaisda porc¸ãoproximaldo tendãoatravés do portalcentral.
Doispacientesforamsubmetidosàcirurgiapelatécnicade Blazina,atravésdeumaincisãolongitudinalinfrapatelar,na linhamediana,comaberturadoperitendãoeressecc¸ãodeum fragmentoósseodopoloinferiordapatelaedofragmento cen-traldegeneradodotendão,emformadeV,quenãointerferiu
Figura2–Ressonânciamagnéticadeumdospacientes, queevidenciaaáreadeimpactodotendãocomopolo inferiordapatela,comespessamento,edemaeruptura parcialdotendãopatelar.
comsuainserc¸ãodistal.3Aindicac¸ãopelatécnicaabertafoi pelapresenc¸adecalcificac¸ãoemumpaciente(figs.4e5)e rupturaparcialdotendãopatelarnooutro.
Todosospacientesforamavaliadospelomesmo examina-dor.
Figura4–Imagemradiológicadacalcificac¸ãodotendão patelar.
Resultados
Oseguimentopós-operatóriovarioude2,3a10,9anos(média de6,8).Afaixaetáriaeraentre16e48(médiade29,7).
Naavaliac¸ãopós-operatóriaforamusadososescoresVisa (VictorianInstituteofSportTendonStudyGroup),26-28 especí-ficoparaessapatologia,eométododeVerheyden.29
Ométododeavaliac¸ãodeVerheydenetal.29considera,na partesubjetiva,oretornodopacienteaoesportenomesmo níveldeatividade, suasatisfac¸ãocom acirurgiaeseelese
submeteria aoprocedimento novamente. Na parteobjetiva
observa-seapresenc¸adedoràpalpac¸ãonopoloinferiorda
patela,otestedeapreensão,aamplitudedemovimentose
apresenc¸adeatrofiamuscular,commensurac¸ãododiâmetro dacoxaa10e20cmdainterlinhamedial.Ospacienteseram entãoclassificadoscomo:
Figura5–Imagemdacalcificac¸ãodotendãopatelarapósa suaressecc¸ãoporviaaberta.
• Muitobom:quenãotinhamdoroulimitac¸ãodesuas
ativida-desdiáriaseesportivas,atrofiamuscularoudoràpalpac¸ão dopoloinferiorda patela,além deapresentarotestede
apreensãonegativo. Quandoperguntados, relatavamque
fariamacirurgianovamente;
• Bom: que apresentavamdorde leve amoderada durante
as atividades físicas, sem, porém, haver necessidade de interrompê-las,dorleveàpalpac¸ãodopoloinferioroudas facetasda patelaeatrofiamuscular menordoque2cm. Quandoperguntados,relatavamquefariamacirurgia nova-mente;
• Ruim:relatavamdordemoderadaaaltaintensidadeapós
longosperíodossentadoseduranteapráticadeesportes, limitac¸ãodasatividades,dornopoloinferiorounasfacetas dapatela,grandeatrofiadequadríceps(maiordoque2cm). Relatavamquenãofariamacirurgianovamente.
Novepacientesforamclassificadoscomomuitobons,dois
comobonseumcomoruim.Emrelac¸ãoaoVisa,11
pacien-tesapresentaramresultadossuperioresa66pontos,variac¸ão
de 66a100(médiade92,4), eumpaciente com55pontos,
o mesmoquefoiclassificadocomo ruimpeloprotocolo de
Verheiden(tabela1).
Nenhumpacientefoireoperado.
Discussão
Nogrupoestudado,todosospacienteseramatletas
amado-resquefaziamaomenosumaatividadefísicaregular,como corrida,tênis,futebolebasquete.Obasqueteerapraticadopor setepacientes,incidênciaexplicadapelaparticipac¸ãodo cirur-giãoemumaassociac¸ãodeveteranosdesseesporte.Blazina etal.3observaramemváriosoutrostiposdeesporte,taiscomo futebolamericanoevoleibol.Stanishetal.30observaramque
asmaiorescargasimpostasaoligamentoocorremdurantea
desacelerac¸ão(sobrecargaexcêntrica),taiscomomovimentos queocorremnosaltoenosesportes.
Amaiorocorrênciaemhomens(91,6%)nãofoicondizente
com a literatura, quemostra umadistribuic¸ãohomogênea
entreosgêneros.
O tratamento da TP é geralmente conservador e a
introduc¸ãodosexercíciosexcêntricosparaoquadrícepsreduz significativamenteonúmerodepacientesquenecessitamde cirurgia.17,18Osbonsresultadosdotratamentoconservador, namaioriadospacientes,explicamopequenonúmerode tra-balhospublicadosnaliteraturasobreotratamentocirúrgico dessapatologiaeonúmeroreduzidodecasosoperados,12,13 fato que justifica a pequena casuística do nosso trabalho. Panni et al.31 relatam nove pacientes operados, Griffiths e Selesnick,32sete,Andradeetal.,33 seiseRomeoeLarson,34 apenasdoiscasos.
Amédiadeidadedospacientesdotrabalhofoide29,7anos eestádeacordocomoobservadonaliteratura,geralmente entre20e40.33
O acompanhamento pós-operatório dos pacientes foi
longo,oqueaumentaaconfiabilidadedoresultadocirúrgico tardio(mínimodedoisanosemédiomaiordoqueseisanos).
O tratamento cirúrgico geralmente traz bons
Tabela1–Relac¸ãodospacientes,idade,seguimentoeresultadospelosdoismétodosdeavaliac¸ão
Paciente Idade (anos)
Tempode seguimento
(meses)
Ocorrência Viacirúrgica Visaescore Verheydenescore
1 28 131 Unilateral Artroscópica 100 Muitobom 2 32 117 Unilateral Artroscópica 97 Muitobom 3 41 110 Unilateral Artroscópica 98 Muitobom 4 18 103 Unilateral Artroscópica 89 Muitobom 5 23 101 Unilateral Artroscópica 82 Bom 6 16 47 Unilateral Artroscópica 94 Muitobom 7 18 106 Bilateral Artroscópica 66 Bom 8 48 82 Bilateral Art/Blazina 55 Ruim 9 41 64 Unilateral Artroscópica 97 Muitobom 10 18 48 Unilateral Artroscópica 98 Muitobom 11 35 54 Unilateral Blazina 98 Muitobom 12 37 28 Unilateral Artroscópica 98 Muitobom
Entretanto,váriostrabalhosmostramque,apesardos resul-tadossatisfatórios,amaioriadospacientesreduzdeforma significativaoníveldasatividadesfísicas.Édifícilprecisarse essefatosedeveaoresultadocirúrgico ouaoutrosfatores nãocorrelacionados.6,8Andradeetal.33mostraramque,com excec¸ãodeapenasum,todososoutrospacientesretornaram aoesportenomesmoníveldeatividadeanterioràpatologia.
Atécnicacirúrgicaartroscópicafoiaescolhidanamaioria doscasosporconsiderarmosserummétodopoucoinvasivoe comretornomaisrápidoàsatividadesdocotidianoe esporti-vas,assimcomoobservadoporLorbachetal.25
O escoreVisa26-28 foi escolhido devido à sua
especifici-dade para a avaliac¸ão de pacientes com TP. A escolha do
métododeavaliac¸ãopropostoporVerheydenetal.29deu-se porconsiderarmosoquemelhoravaliaopacientesubjetivae objetivamente.Os91,67%demuitobonsebonsresultados(11 pacientes)estãodeacordocomaliteratura,quedemonstra altosíndicesdebonsresultadoscomotratamentocirúrgico. Pannietal.31relatam100%deresultadosexcelentesebons, Colemanetal.,3596%debenefícioemrelac¸ãoà sintomatolo-gia,Verheydenetal.,2987%deresultadosmuitobonsebons, GriffithseSelesnick,3286%deexcelentesresultados,Fritschye Wallensten,3681%depacientescuradoseBenazzoetal.,3776% debonsresultados.Nonossoestudo,houveumacorrelac¸ão diretaentreosdoismeiosdeavaliac¸ãousados,comomenor índiceobservadonoVisacorrespondendoaopaciente
consi-deradoruimpelométododeVerheyden.
Conclusão
O tratamento cirúrgico da tendinite patelar através da via artroscópicaouabertamostrou,emnossaexperiência,assim comonaliteratura,resultadostardiossatisfatórios,quelevam aoalíviodadorepossibilitamoretornodospacientesàs ati-vidadesesportivas. Nãoobservamos,naevoluc¸ão,recidivas ounecessidadedereoperac¸ão.Entretanto,acirurgiasódeve serindicadaapósafalhadelongoperíododeadequado
trata-mentoconservador.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
r
e
f
e
r
ê
n
c
i
a
s
1.ZwerverJ.Patellartendinopaty(jumper’sknee):acommon anddifficult-to-treatsportsinhjury.NedTijdschrGeneeskd. 2008;152(33):1831–7.
2.CohenM,FerretiM,MarcondesFB,AmaroJT,EjnismanB. Tendinopatiapatelar.RevBrasOrtop.2008;43(8):309–18.
3.BlazinaME,KerlanRK,JobeFW,CarterVS,CarlsonGJ. Jumper’sknee.OrthopClinNorthAm.1973;4(3):665–78.
4.PlaplerPG,CamanhoGL,SaldivaPHN.Avaliac¸ãonumérica dasondulac¸õesdasfibrascolágenasemligamentopatelar humano(tendãopatelar).RevBrasOrtop.2001;36(8):317–21.
5.ReesJD,HoughtonJ,SrikanthanA,WestA.Thelocationof pathologyinpatellartendinopathy.BrJSportsMed. 2013;47(9):e2.
6.ZwerverJ,BredewegSW,vandenAkker-ScheekI.Prevalence ofJumper’skneeamongnoneliteathletesfromdifferent sports:across-sectionalsurvey.AmJSportsMed. 2011;39(9):1984–8.
7.RathE,SchwarzkopfR,RichmondJC.Clinicalsignsand anatomicalcorrelationofpatellartendinitis.IndianJOrthop. 2010;44(4):435–7.
8.RoelsJ,MartensM,MulierJC,BurssensA.Patellartendinitis (jumper’sknee).AmJSportsMed.1978:Nov–Dec,6(6):362-8.
9.TiemessenIJ,KuijerPP,HulshofCT,Frings-DresenMH.Risk factorsfordevelopingjumper’skneeinsportandoccupation: areview.BMCResNotes.2009;2:127.
10.VanSchieHT,DockingSI,DaffyJ,PraetSE,RosengartenS, CookJL.Ultrasoundtissuecharacterization,aninnovative techniqueforinjury-preventionandmonitoringof tendinopathy.BrJSportsMed.2013;47(9):e2.
11.IwamotoJ,TakedaT,SatoY,MatsumotoH.Radiographic abnormalitiesoftheinferiorpoleofthepatellainjuvenile athletes.KeioJMed.2009;58(1):50–3.
12.Rodriguez-MerchanEC.Thetreatmentofpatellar tendinopathy.JOrthopTraumatol.2013;14(2):77–81.
13.DuthonVB,BorlozS,ZiltenerJL.Treatmentoptionsfor patellartendinopathy.RevMedSuisse.2012;8(349):1486–9.
14.GaidaJE,CookJ.Treatmentoptionsforpatellartendinopathy: criticalreview.CurrSportsMedRep.2011;10(5):255–70.
15.LarssonME,KällI,Nilsson-HelanderK.Treatmentofpatellar tendinopathy–asystematicreviewofrandomizedcontrolled trials.KneeSurgSportsTraumatolArthrosc.
2012;20(8):1632–46.
17.MurtaughB.MIhmJ.Eccentrictrainingforthetreatmentof tendinopathiesCurrSportsMedRep.2013;12(3):175–82.
18.BasasGarcíaA,LorenzoA,Gómez-RuanoMA,FernándezJaén T,AlvarezReyG.Eccentricexercisescombinedwithelectrical stimulationinthetreatmentofjumper’sknee:astudyonsix highleveljumpingathletes.BrJSportsMed.2013;47(9):e2.
19.KongsgaardM,KovanenV,AagaardP,DoessingS,HansenP, LaursenAH,etal.Corticosteroidinjections,eccentricdecline squattrainingandheavyslowresistancetraininginpatellar tendinopathy.ScandJMedSciSports.2009;19(6):790–802.
20.GosensT,DenOudstenBL,FievezE,Van’tSpijkerP,FievezA. Painandactivitylevelsbeforeandafterplatelet-richplasma injectiontreatmentofpatellartendinopathy:aprospective cohortstudyandtheinfluenceofprevioustreatments.Int Orthop.2012;36(9):1941–6.
21.HarmonK,DreznerJ,RaoA.Plateletrichplasmaforchronic tendinopathy.BrJSportsMed.2013;47(9):e2.
22.CucuruloT,LouisML,ThaunatM,FranceschiJP.Surgical treatmentofpatellartendinopathyinathletes.A
retrospectivemulticentricstudy.OrthopTraumatolSurgRes. 2009;958Suppl1:S78–84.
23.SarimoJ,SarinJ,OravaS,HeikkiläJ,RantanenJ,PaavolaM, etal.Distalpatellartendinosis:anunusualformofjumper’s knee.KneeSurgSportsTraumatolArthrosc.2007;15(1):54–7.
24.KaedingCC,PedrozaAD,PowersBC.Surgicaltreatmentof chronicpatellartendinosis:asystematicreview.ClinOrthop RelatRes.2007;455:102–6.
25.LorbachO,DiamantopoulosA,PaesslerHH.Arthroscopic resectionofthelowerpatellarpoleinpatientswithchronic patellartendinosis.Arthroscopy.2008;24(2):167–73.
26.VisentiniPJ,KhanKM,CookJL,KissZS,HarcourtPR,WarkJD. TheVisascore:anindexofseverityofsymptomsinpatients withjumper’sknee(patellartendinosis).JSciMedSport. 1998;1(1):22–8.
27.Hernandez-SanchezS,HidalgoMD,GomezA.Responsiveness oftheVISA-Pscaleforpatellartendinopathyinathletes.BrJ SportsMed.2014;48(6):453–7.
28.WageckBB,DeNoronhaM,LopesAD,DaCunhaRA, TakahashiRH,CostaLO.Cross-culturaladaptationand measurementpropertiesoftheBrazilianportugueseversion oftheVictorianInstituteofSportAssessment-Patella(Visa-P) scale.JOrthopSportsPhysTher.2013;43(3):163–71.
29.VerheydenF,GeensG,NelenG.Jumper’sknee:resultsof surgicaltreatment.ActaOrthopBelg.1997;63(2): 102–5.
30.StanishWD,RubinovichRM,CurwinS.Eccentricexercisein chronictendinitis.ClinOrthopRelatRes.1986;(208):65–8.
31.PanniAS,TartaroneM,MaffulliN.Patellartendinopathyin athletes.Outcomeofnonoperativeandoperative
management.AmJSportsMed.2000;28(3):392–7.
32.GriffithsGP,SelesnickFH.Operativetreatmentand arthroscopicfindingsinchronicpatellartendinitis. Arthroscopy.1998;14(8):836–9.
33.AndradeMAP,NogueiraSRS,HeluyGD.Tendinitepatelar: resultadodotratamentocirúrgico.RevBrasOrtop. 2003;38(4):186–92.
34.RomeoAA,LarsonRV.Arthroscopictreatmentofinfrapatellar tendonitis.Arthroscopy.1999;15(3):341–5.
35.ColemanBD,KhanKM,KissZS,BartlettJ,YoungDA,WarkJD. Openandarthroscopicpatellartenotomyforchronicpatellar tendinopathy.Aretrospectiveoutcomestudy.AmJSports Med.2000;28(2):183–90.
36.FritschyD,WallenstenR.Surgicaltreatmentofpatellar tendinitis.KneeSurgSportsTraumatolArthrosc. 1993;1(2):131–3.