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Paridade do poder de compra: novo enfoque para o caso brasileiro

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PARIDADE DO PODER DE OOMPRA:

NOVO ENFOQUE PARA O OASO BRASILEIRO \ \

J

Genser1co Enoarnaç~o Jdn10r

(2)

GUFIOO .IL - Taxas de Otmb10 "Normais" e Paridade do Poder de Oompra - (1961/1966) • • • • • • • • •

GUFICO B - Var1açO'es das Taxas de Ctmb10 "Norma1s"

em re1aç!0 h Par1dade do Poder de

Com-GRJ.FICO C

pra - (1961/1966) •••••••••••••••••••••

Var1açO'es das Taxas de Ohb10 ItEfet1vasll

e "Norma1s" de venda em re1açA"0 1

Par1-dade do Poder de Oompra - ImportaçO'es

excluídos tr1go (PL-480), Petrd1eo e ~

r1vados - (1961/1966) •••••••••••••••

GR..tFIOO D - Var1açO'es das Taxas de Otmb10 "Norma1s"

em relaçA"o ! Par1dade do Poder de

Oom-pra e Saldos do Balanço de Pagamentos

IIS~CO" ( 1961/1966) • • • • • • • • •

GBJ.FIOO E - Var1açO'es das Taxas de Otmb10 "Norma1s"

em relaç!o 1 Par1dade do Poder de Oompra

e Saldos Ajustados do Balanço de

Paga-mentos "Sê'co", com projeç!o para 1967.

(1962/1966) • • • • • • • • • • • • • • • •

GRtFIOO F - Oomportamento Ideal das Taxas de Otmbio

a v1gorarem para os prdx1mos anos ••••••

p4g.28/29

28/29

33/34

36/l7

39/40

(3)

OAPI!ULO I

1. lDtroduC;l:o

••••••••••••••••••••

p4g. 1

2. O lDstrumen to

• •••••••••••••••••

p4g. 2

,.

Ás Hip&teses

•••••••••••••••••• p4g.

,

4.

As VarUve1s

•••••••••••••••••••

plg. 5

(4)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

CAIXA POSTAL 4081 - ZC - OIS

111:10 DE JANEIRO - GUANABARA - BRASIL

- conomista

ESCOLA DE POS-GRADUACI0 EM ECONOMIA

DA FUNDAÇÃO GETttLIO VARGAS

Tese de Mestrado, apresentada à Escola pelo

e-GENSERICO ENCARNAÇlO JUNIOR, examinada pelo

professôres Augusto Jefferson de Oliveira Lemos, C. Elton

Hinshaw e Werner Baer, e aprovada com grau 9 (nove).

Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 1968.

~

NEY E DE OLIVEIRA

a~~~-Co denador/EPGE

(5)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

CAIXA POSTAL 4081. ZC· O!l

RIO DE JANEIRO ~ GUANABARA - BRASIL

Li a Tese de Mestrado do sr. GENSERICO ENCARNAÇÃO

JR., inti tulada "Paridades do Poder de Compra: Novo Enfoque

pa-ra o Caso Bpa-rasileiro", a qual considero perfeitamente aceitável

atribuindo-lhe o grau 9 (nove).

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 1968

>ll'JI:

f~

c/,

CP.

//~

AUGUSTO JE~FERSON DE OLIVEIRA LEMOS

(6)

I have read the :rv:aster' s Thesis of GENSERICO

ENCARNAÇÃO JR. entitled "Paridade do Foder de Compra: Novo

Enfogue para o Caso Brasileiro".

I have found the thesis to be acceptable and

recommend a grade of nine (9).

r;Iay 22, 1968

C. ELTON HINSHA',V

Visiting Professor

(7)

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

INSTITUTO BRASILEIRO DE ECONOMIA

CAIXA POSTAL 4081· ZC· 05

"10 DE JANEIRO - GUANABARA· aRASll..

I have read the Master's Thesis of GENSERICO

ENCARNAÇÃO JR. entitled "Paridade do Poder de Compra:

Novo Enfoque para o Caso Brasileiro".

I have found the thesis to be analitically

sound and well documented. I therefore recommend a

grade of nine.

May 10, 1968

WERNER BAER

Visiting Professor

A·. Formato Internacional

(8)

:tNDIOES DOS QUüROS tNDICES DOS GRtFICOS

:tNDIOE GERAL

-CAP!TULO I (APRESENUQ.lO DO TUULHO)

1. Introduçê:o • • • • • • 2. O Instrumento • • • • • •

• • • 3. Ás H1pc1teses • • • • •

• • • • • • • • • • • • • •

4. Ás Var14ve1s • • • • • • • • • • • • 5. Os Capítulos • • • • • • • • •

PtÍg. 1

ptÍg. 2

PtÍg. 3

ptÍg. 5

p4g. 5

CAPtTULO II (Á TEORIÁ DA PARIDADE DO PODER DE COMPRA)

1. Introduçê:o • • • • • •

2. H1stc1r1co •••••••••••••••••••••••••

3. Aspectos e Verst1es • • • • 4. Á Reabl11taçA'o • • • • • • • • • • 5. Ã Re tu taçl'o • • • •

CAPtroLO III (DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO)

1. Introduçl'o ••••••••••••••••••••••••••

2. O Período Estudado ••••••••••••••••••••••

3. 4. 5.

6.

As VarltÍve1s -Por que índ1ces

Os tnd1ces

Á PPO

• •••••••••••••••••••••••••

de custo-de-v1da? •••••••

• • • • • • •

• • • • • • • •

• • • • • • • • •

••••••••••••••••••••••••••

7.

Ás Taxas de Ctmb10 ••••••••••••••••••••••

8. Ã PPO e as taxas de ctmb10 ••••••••••••

9. O Balanço de Pagamentos •••••••••••••••••

10. O Balanço de Pagamentos "stco" e

as Taxas de Olmb10 ••••••••••••••••••••••

11. Á Projeçl'o ••••••••••••••••••••••••••

12. Oonc1ust1es ••••••••••••••••••••••••••

ÂP:bDICE I ••••••••••••••••••••••••••

AP!'BDICE II ••••••••••••••••••••••••••

:BIBLIOGRAFU ••••••••••••••••••••••••••

PtÍg. 7

PtÍg. 7

PtÍg. 9

PtÍg. 10 p4g. 16

PtÍg. 21 ptÍg. 21 ptÍg. 22 PtÍg. 23, ptÍg. 24

p4g. 26

PtÍg. 26 ptÍg. 28 p,rg. 29

ptÍg. 36 p4g. 38 p4g. 45

p4g. 47

p4g. 58

(9)

I

QUADRO

A-QUADRO :B

QUADRO O

QUÂDRO D

QU.!DRO E

QUüRO F

QUüRO G

QUADRO H

QtWmo I

- nDIOE

ooS

QU.ADROS-!ndices da custo-da-vida no Brasil a no

Resto-do-Mundo (1961/1966 ••••• ~ •••••••

Paridades do Poder de Oompra (1961/66).

M4dias .Anuais das Taxas de Otmbio

( 1961/1966) ••••••••••••••••••••••••••

faxas de Otmbio (!ndices a Percentagens)

(1961/1966) ••••••••••••••••••••••••••

Export&ç«o de Oafl, Importaç«o de Trigo

(PL-480) e Importaç«o de Petrd1eo e

De-rivados - (1961/1966) ••••••••••••••••

Exportaç~as e Importaç~es :Brasileiras,

Exc1ufdos, Oafl, Trigo (PL-480) e

Pe-p.tg. 25

P.tg. 26

p.tg. 27

p.tg. 28

pafg. 32

Trd1eo e Der1vados (1961/1966) ••••••• p.tg. 32

DiferenQas Percentuais entre as Taxas

de Otmbio e a Paridade do Poder de

Oom-pra - Importaç~es, exc1ufdos Trigo

(PL480) e Petrd1eo e Derivados

-(1961/1966) •••••••••••••••••••••••••• p.tg. 33

Importaç~es ajustadas (1961/1966) ••••• p.tg. 35

Saldos do Balanço de Pagamentos 11

(10)

aAP1TUU> I

1. Introduclo

o

presente trabalho toi idealizado e realizado na

tentativa de tornecer ls .Autoridades Monetlrias Brasileiras uma

metodologia - a mais racional e simples poss!vel - para nOVas

des-valorizaores, se necess4rias torem, do cruzeiro, no mercado

oambi-ale

Embora, pelo exposto, o objetivo possa parecer ous~

do e a anlllse simpllria e teCDicista, do 4 de nosso iDtertsse dI.

minar todos os tatfres e pormenores, que influam em campo tio

com-plexo, e apre seD tar uma tlrmula ma tem4tica exa ta para a resoluo

r

o do problema. Fomos guiados apenas pelo intuito de oferecer uma c2,

laborao«o a um assunto tio palpitante, motivo de tantas

oontrovlr-sias e erros. A tentativa (como I encarado o estudo) • de contri-buir com alguma coisa para um campo onde tro pouca coisa nos

pare-ce existir e onde as resoluoltes tomadas slo alipare-ceroadas do

sbmen-te em cilculos preclrios, como no empirismo dos responslveis pelo

assunto, que, diga-se de passagem, suprem atl certo ponto, razo

1-velmente, a falta de verificao'o telrica.

Oompreendemos o mecanismo aqui proposto como um poa

to de partida, base de refertncia, nfvel mfDimo de clloulo, a

par-tir do qual, af sim, deve ser complementado com a cogitaO'o de

ou-tros indicadores e o sempre saudivel conhecimento pnttioo dos que

tlm vivIDoia nesta atividade.

(11)

varil-2.

veis foram - propositadamente ou do - esquecidas, para que, ao sl!,

gerir-se a intensidade de nova desvalorizaç«o de nossa moeda, a e~

timativa do surja al1meAtada de virias outras estimativas.

2. O Instrumento

À ferramenta principal destaanilise , a ~oria da

Paridade do Poder de Oompra

V

("PurcPasing-Power Pari ty Tlleorf),

1;«0 conhecida dos estudiosos dos segredos do oom'r010 internaci o

-nal. Mo oonhecida oomo criticada; t«o cri t10ada oomo e 1 o g i a

-da. Hais adiante, DO Oap!tulo 11, achamos necesstr10 dispen s a r

alguns comentlr10s s6bre nosso princ1pal instrumento de an4l1se,e~

peoialmente em vista das oontrov&rs1as de que & alvo.

À anfase que damos 1 PPO, bem como o modo pelo qual

a elaboramos, diterem sobremane1ra daqueles trad1cionalmente oonh!,.

c1dos. Quanto 1 sua elaborac;«o, trataremos d'ste particularno

te"

ce1ro oap!tulo. Resta-nos comentar da 8'ntase. Oons1deramos a PPO

nl:o necesslriamente como indicador prec1so da taxa de cÍDI.b10, mas

oomo "l1nha-de-terra" ou partaaetro-de-refer4'n01a, al&m

da

qual

t1-ramos as nossas conclus6"es. Oompreendemos que, embora a PPO possa

do ser o medidor exato da taxa de obb10, o comportamento desta

em relaç«o lquela, num determinado per!odo, poderia ser represen'ti,

tivo e vilido para as noSSas oonolusfes. À simples utilizaç«o de

!nd10es agregat1vos de preços e a difiouldade pmtica de se estab!,.

leoer o ponto-de-partida da pesqu1sa, isto

I,

oonsiderar a taxa-~

11

Referir-nos-emos, doravante, 1 Par1dade do Poder de Oompra,

(12)

3. As H1plteses

Para a perfe1'ta exeqf!1b111dade d'ste trabalho,

for-çoso f01-nos lanoar mio de algumas h1p4teses simp11f1cadoras, como

, comum em estudos econSmicos e n'les ace1to, sem alterar a

corre-0«0 de suas conclus~es. Um exame de 'ta1s h1p1teses , reoomen~vel

ao estimarmos as nOVas taxas de clmb10 a serem admin1stradas apls

1966, fim do per!odo aqu1 ana11sado. Queremos nos refer1r, nota~

mente, 1 muc1anoa na estrutura do oo.lrc10 internacional que se faz

e se fartl sentir a part1r de 1967, prinCipalmente no que tange 1

pol!t1ca tar1f4ria. Â manuteno«o dessas mesmas h1p&teses, no es~

do prospectivo, quer DOS parecer, adviria na ace1tao«0 de

h1p&te-ses,

34

a! her41cas.

Supomos, em prime1ro lugar, que no decorrer do per!

odo aqu1 ana11sado (1961-1966) v1goraram DO setor externo do Pa!s

as mesmas cond1ç~es. lienhum acontecimento revoluc10nlrio teria

a-conteo1do naquele setor, quer na produç«o ou nos custos dos

trans-portes das mercadorias negociadas, quer na infra-estrutura dispon!

velou na pol!t1ca aduane1ra,g/ quer tamb'm no g'sto dos

consum1d~

res nac10na1s e estrange1ros e, por conseguinte, na compos1ç«0 das

pautas ie 1mport&ç«0 e exportaç«o. Sup~e-se, ma1s, que a ta%&. de

clmbio vigorante em 1961, ano inicial da slrie estudada, tenha

s1-~ O Decreto-le1 nA 63, de nov/66, que mod1ficou sens~velmente a

estrutura tarif4ria do pa!s, sbmente entrou em vigor a

(13)

4.

do uma

taxa

de equil!brio (hip4tese esta que oomentaremos mais adl

ante) e, ainda, que do se verifioou nenhuma disoreptnoia entre as

taxas

"normais"~

e as taxas "efetivas·!!! de olmbio no lado das ex

-portaçrJes. Isto 4, como os enoargos oambiais "extrataxas" s&'bre

os exportadores eram m!nimos e at' oerto ponto relativamente

oons-tantes, optamos por ignort-los a fim de simplifioar a anllise.

1961 I um ano l parte, onde aqutles enoargos do bem

maiores.~

-•

Mesmo assim, oontinuamos a desoonside~-los, pois, se oomputa das,

suas influfnoias seriam desprez!veis num estudo dtste t1po. Em fi,

zendo esta suposiç«o, oompreende-se que foram as taxas de oamb10

"normais" que realmente influ:!ram no movimento das exportaçrJes. &

qutles enoargos, ou melhor, as taxas de ot.mbio "efetivas" pOdem ~

esqueoidas, dada a irrelevboia de seus efeitos. Tamb'm pelas me!.

mas razrJes desprezamos as taxas de otmb10 "efetivas" para a oateg§!.

ria espeoial das 1mportaç~es. Por fim, oonsiderou-se o oontr!le t

oambial oomo um partmetro oonstante durante todo o per!odo •

.,; Definem-se "taxas normais" de otInb10, neste estudo, as taxas l'!.

gistradas nos oontratos de olmbio, em quaisquer operaçrJes. Po-der-se-ia ohalnl-las "taxas nomina1s". Essas taxas foram fome-01das pelo Diagn6stioo Preliminar do Setor de Oomlroio Interna-oional do IPEA.

':!/

Definem-se "taxas efetivas" de olmbio, neste estudo, as taxas !.

fetivamente recebidas pelos vendedores ou pagas pelos oomprado-res de otmbio. Poder-se-ia oha.JDl-las de taxas "reais". Trata--se da soma alg'br10a das "taxas normais" de clmbio mais outros encargos cambiais "extrataxas", com exolus«o de tarifas, oonfo~

me foi ela borado pelo Setor de Oomlrcio In tema010nal do IPlU. e dada a conheoer em seu "Diagn6stioo Preliminar".

(14)

zar as varl.tveis para as qua1s recorremos, a n!vel ma1s preciso no

tempo, i.e., trabalhar com dados mensais ou trimestrais ao invls

de anua1s. Tamblm pretend!amos lidar com operaçO'es mais d1retamea

te ligadas - e por esta razl'o mais sens!veis - ls flutuaoO'es da

'ti.

xa de cbbio, isto I, trabalhar oom operaoO'es de "cbbio fechado"

ao invls de faz'-lo com operaoO'es de "ctmbio liqUidado".§/ O

dni-co mot1vo da nl'o realizao«o de nossos intentos prende-se 1 fa~de

dados mensais ou trimestrais de algumas vari4veis, por exemplO, o

balanoo de pagamentos, ou Simplesmente 1 carhcia total ou parcial

dos mesmos, no caso dos "cbbios fechados", abarcando todo o per!!.

do.

7I

Oontudo, oomo h4 males que vim para bem, a anaflise, CCIID 11.

vada a cabo em bases anuais e ao n!vel de agregao«o apresentado, t!,

ve o salutar resultado de nl'o exigir paralelamente um estudo das I

flutuaoO'es sazona1s dos produtos importados e, principalmente,

ex-portados, que por f~rça seria neoesslrio no caso cont~rio.

5. Os Oapítulos

Os cap!tulos a seguir assim se constituem: O

se-gundo versa s~bre a Teoria da Par1dade do Poder de Oompra, apresea

tando um breve h1st4r1co, cr!t1cas e elogios ao seu func10namento.

2/

Utilizamos aqui o balanoo de pagamentos, que representa a

con-tabilizao«o de operaçO'es de "cbbio liquidado".

zI

O ]anco Oentral do Brasil 34 dispO'e dessas informaoO'es, cole~

das desde a data de sua fundaO«o, 1965, e mesmo de alguns anos

(15)

6.

o

terceiro reserva-se 1 explicaoro do trabalho prbpriamente dito , a saber: elaborao«o dos dados, catlculos, el1minaol:o de efeitos

a-normais, constataoro da taXa de equil!brio para o ano seguinte 1m!. diato, finalizando com uma breve apreciaoro sabre o uso do mecani~

mo apresentado.

o

Aptndice I acompanha o trabalho, com tabelas e

catlculos que, se aparecessem no corpo da monografia, tornariam

ma-oante a sua leitura e colocariam em perigo o bom entendimento do

que nos propomos transmitir. No Âp~dice 11 demonstramos a

inexe-qft1bilidade do estudo caso t'sse realizado sbmente com a cogitaolo

(16)

1. IntroduOl:o •••••••••••••••••• plg. 7

2. H1st4r1co • •••••••••••••••••• plg. 7

3.

Aspectos e Vers~es ••••••••••• plg. 9

4.

A Reab1l1taoro

•••••••••••••••

plg. 10

5.

.A. Refutaolo

••••••••••••••••• plg. 16

(17)

OAP t!O'LO I I

1. Introduc'o

Oomo 34 foi explicado no primeiro cap!tulo, apresea

taremos aqu1 um resumo da teoria da PPO. Â inclusl:o d'ste tcSp1co

parece-nos necessiria, dada a importBncia que atribufmos a essa t!,

oria como nossa princ1pal terramenta de trabalho.

 ani11se dos pontos aqu1 expostos dad margem,

in-clus1ve, 1 apre01ao'0 cr!tioa do mecanismo apresentado a segu1r, I

ressalvados os aspectos do nosso trabalho, atl oerto ponto tidos

oomo originais. Oontudo, nlo proouraremos, l medida em que se fGr

desenvolvendo a expos10'0, 3ustif1car o que fizemos e o que

deixa-mos de fazer. .1:0 nos compete a or!tica. Esta parte da

monogra-fia provid ao le1 tor um n background n, embora sem se l1mi tar aO e!.

tudo ou a tle 11mi tar.

2. Histc1r1co

o

breve h1stlrico apresentado neste 1tem, em grande

parte, segue a mesma linha expos1tiva da introduOl:o de um trabalho

do Sr. Bela Balassa

V

stbre o assunto, usando em oertos trechos

as suas pr&prias palavras.

li

:Bela Balassa, "The Purchasing-Power Parity Doctrine: a

Reap-praisal

n,

em "The Journal of Po11tioal Economy", dezembrcYl964,

(18)

à Teoria da Paridade do Poder de Oompra tem tido os seus altos e baixos atravls dos anos. Sempre que se neoessita de

uma conoeltuao«o olara s"bre o equ1l!brio das taxas de ctmbio, re,!

surge o intertsse por essa doutrina. Ela fol prime1ramente invoo~

da (embora em tbos um tanto ou quanto ambfguos) no per!odo das

guerras

napole8.nicas.~

O seu batismo, recebeu-o das mlos de

Gustav Oassel'; durante a Primeira Guerra Mundial, tendo ressurg1.

do ap4s a Segunda

Guerra.~

Entre seus crfticos destacam-se I

l'ausslg

~

e Haberler,§/ respectlvamente ap4s a Primelra e

Segun-da Guerras. 11«0 obstante, a doutrina tem sobrevlvido a todos

ts-ses ataques. NoS anos mals recentes, tem oontado com novos

defen-~ Para referBncia, vlde Gottfrled Haberler, "A Sul'V'ey of

Inter-natlonal frade 1'h.eor)' (ed. rev., "Special Papers in Inter n

a-tional Economlcs", lJA 1 - "Princeton, lJ.J.: Interna a-tional

Fi-nanoe Sectlon, Princeton Univers1t,y, 1961 - p~g. 46-47).

, ; Gustav Oassel, "Abnormal Deviatlons in Intematlonal Exchang.~

Economic Journal, setembro/191S.

~ cf., p.ex., A.H.Hansen, "A lJote on J'undamental Disequl1lbrlum",

Revlew of Economlcs and Stat1st1cs, novembro/1944 (reimpres s o

em "Foreign Economl0 Pollc)' for the Unl ted States", ed. S.E.

Harrls - Oambriclge, Mass., 1948).

21

F.

w.

i'ausslg, "Internat1onal frade (New York, 1927) oap.XXVI.

21

Gottfrled Haberler, "Tbe Oholce of Exchange Rates after the

(19)

sores de sua respeitabilidade como um guia no estabelecimento das

taxas de cbb10 de equ1l!brio. Entre iles, Yeager

71

e Houtbakkert

O Sr. Bela :Be.lassa

21

encerra a l1sta, como refutador da teoria.

Neste cap!tulo (itens 4 e 5) as a.tençrJes

concen-trar-se-I:o nos pontos-de-v1sta mais modernos e mais 1mportantes s§.

bre a quest«o. Sl'o 'les os defendidos por Yager e Bela Ba.lassa,em

seus artigos j~ citados.

3. Aspectos e VersrJes

à teoria da PPO, como disse o Sr. Bela Balassa, s1&

nifica coisas diferentes para pessoas diferentes. Pode ser encar~

da sob dois aspectos: o pr1me1ro como uma f~r.mula exata de

c'lcu-lo para se obter uma taxa de câmbio de equ1l!br1o; o segundo, de

car,tter eminentemente estabilizador, descrevendo as pressrJes

ten-dentes a reprimir e mesmo reverter os desvios da taxa, dtste

con-ceito por demais subjetivo, que' sua reg1«o de equ1l!br10. O Pr:l

meiro entende a PPO como a trilha verdadeira a ser seguida pela ~

xa de cbbio; o segundo v. a paridade como pIlo de atraçl:o em

t8r-no do qual grav1ta a taxa de cimb10 •

.& cada um d'sses aspectos acrescentam-se duas ver-srtes sibre o o'lculo da PPO. A primeira, oonhec1da como nabsolu~"

ou "positiva", prescreve o uso de preços, em moeda looal, de tID me!,

II

L.B.Yeager, nA Rehabilitation of Purchas1Dg - Power Parity",em "Joumal of Pol1tical Economy", dezembro/1958 - p4gs. 516/30.

ª"

H.S.Houthakker, "Exohange Rate Adjustment", nlactors .A..tfect1Dg

the Unitisd States Balance of Paymentsn (Washington: U.S. Oon-gress Jo1Dt Economic Oomm1ttee) p~gs. 287-304.

(20)

mo sortimento-padr-ro de mercadorias e servioos, representativo das

economias de dois patses. Por outro lado, a versl:o "comparativa"

utiliza fndices adequados de preoos para cada pa!s.

Em vista do exposto, conv'. explicar ràpidamente o

enfoque escolhido para o nosso trabalho. .1:0 vemos como

identifi-car a um dos dois aspectos o que realizaremos mais adiante. Impll

cito a ambos es~ a compreendo de que, em dltima anllise, a PPO ,

o norte da taxa de ctmbio. Essa, como se ver.t, n«o , a nossa

pre-ocupao«o; a PPO tuncionar.l aqui como ponto de refertncia, quase

mesmo como "coordenadas" da taxa de clmbio. li«o nos preocupamos se

a taxa se encontra acima ou a baixo, p~xima ou remota 1 que la

pari-dade, nem tampouco reconhecemos, no nosso caso, a PPO como ponto

de equil!brio. Resnos sbmente saber como se comportaram as

ta-xas de ct.mbio em relao«o 1 PPO, do modo que seri aqui calculada.

Inclusive se essa paridade fbsse achada de outra maneira o

compor-tamento relativo das taxas de ctmbio por certo seria diferente.

No tocante aos ctlculos, embora o que se ftz possa

assemelhar-se 1 verdo ti comparativa" , n«o a satisfaz totalmente, •

pois cogitamos o uso de hd1ces para 8T pa!ses, ao inv's da faz'--lo sbmente para d01s. Da! porque n«o consegu1mos enquadrar a no~

sa anllise na classif1cao«o apresentada neste item. Ã ortodol1a da

doutrina foi portanto posta de lado, em parte porque ela se fun dI. menta na livre flutuaO«o das taxas de clmbio e, neste estudo do cl,

so bras1leiro, prevalecem as taxas f1xas no mercado cambial.

4. Ã Rea bilitac«o

(21)

11.

expressa no seu artigo j4 oitado, reabilitando a Teoria da

Parida-de do PoParida-der Parida-de Oompra oomo oondioionadora prinoipal da taxa Parida-de o~

bio, apds os ataques a que se exp8s esta teoria. T8da a matlria t

dtste item desoreve seus pontos-de-vista, embora n«o se faça mais

mençlo da paternidade dos oonceltos apresentados •

... existfnc1a de elastioldades perversas nos assuntos

s6bre oomlrel0 internaclonal 4 apresentada por alguns tedrioos oomo

uma objeç'o ~ teoria PPO. Oonsidera-se um determinado pa!s que se

enoontra numa posiç«o de demandas ine14stioas (interna de

importa-çctes e externa de suas exportaçres). Assim, as varlaçCJes na taxa

de oatmbl0 deveriam ser exatamente opostas ~s normals, para terem !.

feitos equlllbradores no balanço de pagamentos. Deduz-se,

portan-to, que forçosamente os n!vels de preços - e por oonseguinte a PPO

- n«o manteriam qualquer oorrespondlnola oom aquela taxa. Que

is-to pode realmente aoonteoer, 4 fora de ddvldas, por'm, a14m de se

restringir a pouquísSimos exemplos, quando aconteoem restringem-se

ainda mals a uma faixa oom limites superlores e inferiores de equ1

l!brio estlvel. Por exemplo, os oompradores de um certo produto '

de demanda ine14stioa n«o o adqulrir«o indefinidamente e em propo~

çCJes sempre maiores, quando o seu preço estlver em ascençlo. O 11

mlte dbvl0 serla a linha-de-orçamento dos oompradores.

Quando uma dada rela910 de n!veis de preços induz a

uma desvalorizaçlo (valorlzaçlo) da moeda de um determinado pa!s,

, porque 'sses n!vels, nesse pa!s, estio orescendo (deoresoendo) a

uma taxa malor que a daqueles tido s oomo pacldo. Lbgloamen te,

a-quela desvalorlzaç«o (valorizaçlo) resultaria em enoareoimento (b~

ratesmento) das importaçCJes e malor (menor) remuneraçlo pelas

ex-portaçCJes. Normalmente existlria uma tendtnoia superavltlria

(22)

Aqui funoionam os aspectos estabilizadores da PPO. As taxas de olta bio e a relao«o entre os n!veis de preoos se desenvolvem numa

mes-ma direo«o, e os efeitos do estabilizadores para o balanoo de

pa-gamentos. N«o existe lugar, neste caso, para as elasticidades pe~

versas. Se no entanto essas elasticidades por ventura existirem ,

os efeitos estabilizadores para o balanoo de pagamentos sbmente s!.

r«o a tingi40s com a do conivfncia de direo'es entre as taxas de

ctmbio e a relao«o dos n!veis de preoos. Oai por terra, entro,ne~

te 4ltimo caso, o conceito da PPC. Assim, as teorias da PPC e a das elasticidades-perversas no comlroio iDternaoional do mbtuamea

te contradit6rias. Onde existe lugar para uma n«o o existe para

outra. Desde que atuem as pressCJes estabilizadoras da PPO n«o se

concebe a existlncia de baixas elasticidades. A despeito das dif!

ouldades de teda ordem, espeoialmente estat!sticas, tem-se provado

que essas elasticidades do diffceis de ser encontradas na realidi.

de, prevalecendo na grande maioria das pesquisas a importlncia da

PPC na determinao«o das taxas de clmbio.

Nos ataques 1 teoria da PPO, o seu aspecto estabil!

zador I geralmente esquecido na preocupaolo com as dificuldades do c4lculo da taxa. Que s«o notdrias essas dificuldades, I ponto pa-cffico. Dada a irrealidade da versro "absoluta", elas iriam desde o duvidoso, embora necess4rio, empr'go da verslo "comparativan"at'

a exist8noia de obstlculos como: a) imperfeioCJes nos fndices de

preoos, b) utilizao«o da taxa-base de cf.mbio que pode nlo ser de

equil!brio, c) diferenoa nos custos de transportes, d) mudanoa na

estrutura de tarifas e tantos outros fatlres condicionantes do co-m'rcio mundial. Oontudo, 'sses problemas dizem respeito ao

c'lou-lo da taxa e de forma alguma maculam a fic'lou-losofia do aspecto estab!

lizador da paridade. Desde que uexistam as baixas elasticidades,

(23)

pode-~ constituir-se o problema.

 ex1stlncl8 de tarifas, quotas, contr!les cambiais

e outras barreiras impostas ao com'rc10 podem de fato invalidar a

teoria da PPO, que se destina a mercados "livres". ~1s contrbles

n«o s6 jogariam por terra essa doutrina, como tamb'm tttda uma gama

de teorl8 s econ&t1ca s a tualmen te em voga.

Outra ob3eo.o apresentada 1 teoria da PPO

fundamen-ta-se na ex1stbcia nro sbmente de mercadorias e serv100s, mas, ta!!,

b'm, de outras transaoO'es no com'rc10 intemac10nal (empr'stimos ,

rapagamentos de emprlstimos, doaoCJes, "ro1alt1es", indenizaoCJes ,

etc •••• ) que influenciam a oferta e a procura no mercado cambiaL

Embora a tendlncl8 inicl8l se3a realmente de uma taxa divorciada da PPO, ap6s certo lapso de tempo (e com o concurso especialmente de

especuladores) tende 1 paridade. Qualquer mudanoa nas taxas, ind~

zida por aquelas transaoCJes, permanecent dentro de certos limites.

Essas transaçCJes refletir-se-ro forçosamente no fluxo real de

mer-cadorias e serviços e na form&çro dos preoos, que, em dltima an'll

se, for3ar.lo a paridade. ObjeçCJes dtsse tipo poderl8m ser feitas

1 teoria da paridade-outo sob o regime internacional do ttpadrro-o~

rott

• Muitas outras transaçCJes, al'm do ouro, afetam a procura e a

oferta de moedas ("gol4-standard currenc1es") sem contudo levar ao

descr'dito a 1d418 de que' a sua vinculaOro ao ouro que

verdadei-ramente determina a taxa de clmbio.

S~bre a alegaçro de que nro sbmente os preços mas

tamb'm o n~vel de renda influenciam o comlrc10 e as taxas de

ch-bio, pode-se contra-alegar que as flutuaçCJes c~clicas que afetam 1

as rendas tamb'm o fazem, e na mesma d1reçro, com os preços, nlo

(24)

e da renda na form&q«o das taxas. .A "longo prazo" o oresoimento ou o deolfnio real da atividade eoonemioa afeta~ na mesma direç«o

a demanda por importaçWes e a oferta de exportaçWes.

Jinalmente, o aspeoto estabilizador da teoria da

PPO nl'o ignora a intlutnoia que t8m as mudanças estruturais (teon2,

logia e gostos) nas taxas de oâmbio e nos t'rmos de trooa.

Contu-do, se pode haver, dentro de limites, alguma distorç'o entre as t~

xas e a paridade, motivada por essas mudanças, tais taxas podem ~

maneoer estlveis, ha3a vista que os inoentivos dados pelos preços

limitarlo ou mesmo reverterlo aquelas distorçWes, ao invls de as

in tensifioarem.

Ap4s a disouss«o dessas ob3eçWes , interessante t~

zer 1 baila um oonoeito origin4rio de Eli Heoksoher. Trata-se da

oogi taçro dos "oommodity points", a exemplo dos 34 oonheoidos "gold

points" da Teoria do Padrl'o-Ouro. .A.ssim oomo as taxas de obbio das moedas, naquele padZ"«o, flutuavam entre os "gold points"

(de-terminados pelos oustos de transporte do metal), 10/ da mesma

for-ma as taxas atuais s«o limitadas pelos ftoommodity points"

(estabe-leoidos pelos oustos de transportes e outros obst4oulos ~

movimen-taçro das meroadorias). .A faixa de flutuaq«o formada por tsses

pontos ser4 bbviamente maior do que aquela outra, apresentando po~

tos superiores e inferiores para oada meroadoria ou serviço

oomer-oiados ou potenoialmente oomerollveis. Assim, estritamente

(25)

15.

do, uma taxa de câmbio teria v'rias PPOs; tomados dois pa!ses, pa-ra oada mercadoria ou serviço haveria uma determinada taxa que

e-quacionaria as duas moedas envolvidas no com4rci0. Ã. PPO, em sent~

do gen4rico, passa a ser entendida como uma tendlnoia central

des-sas v'rias paridades • .A.dmite-se ainda a existlncia de arbitragens

de mercadorias, tamblm a exemplo das árbitragens de ouro, como

a-gente estabilizador das taxas de cb.bio.

Quanto ao problema do n!vel de preços vir a ser

in-fluenc'iado pelas taxas de obbi0, i.e., quanto aos efeitos da

des-valorizaç«o s~bre os preços, afetando assim a validade da PPO,

3B!

ga-se imposs!vel que isto possa aoontecer em grande escala. Os nl

veis de preços geralmente determinam as taxas de cambio, ao inv4s

de serem suas resultantes. ll«o bastando o fato de o com4rcio

in-ternacional da grande maioria das merCadorias ser apenas uma pequ~

na fraç«o de seus comlrcios dom4sticos, com uma influtnoia mfn1ma

das taxas nos preços internos, acresce-se que qualquer efeito

in-flaciontfri0 daquele tipo s4 se fartf sentir com a devida vlnia da ~

ferta moneUria do pa!s. Em dltima an'lise, 4 essa oferta que di-ta os n!veis de preços, mesmo no caso de um reg1me de di-taxas fixas

de clmbi0, onde um superavit (deficit) no balanço de pagamentos Ua

efeitos domlsticamente inflaciontfrios ou antideflaciontfrios (def~

cion'rios ou antiinflaciontfrios).

Dado o exposto neste item, qualquer correspondtnoia

entre as taxas de câmbio e a PPO passa a ser relevante. Esta

cor-respond3'ncia 4comp1'Ovada_na_:gratide:malor1a das verificaçe'es

leva-das a cabo pelo Sr. Yeager, bem como em outras pesquisas tamb4m r~

latadas no artigo em pauta. Nos poucos casos negativos, duas

ra-ze'es se apresentam: a) a existtncia de elasticidades-perversas no

(26)

ex1sttno1a de influfno1as estranhas no prooesso de form&çê:o das "ti,

xas (tar1fas, quotas e outras interferfnoias no oom4roio,

pagamen-tos, eto.), sendo ma1s freqftentes as raz~es do segundo t1po.

5. .A Re futa0(o

.A exemplo do que se f'z aoima, o presente 1tem tem a fina11dade de apresentar os pontos-de-v1sta do Sr. Bela Balassalll

como oontr.lr10s, em tese, 1 teor1a da PPO e, em part1cular, ls

op1-n1~es do Sr. Yeager.

à pr1me1ra apreo1a9(0

4

r1gorosamente te4r1oa.

In1-oialmente oons1dera-se o trad1c10nal mod'lo da Teor1a do Oom4ro10

Internao10nal, com a introduO«o de uma partioular1dade. Inolu1-se

uma meroâdor1a que nê:o I oomeroiada entre os pa!ses (serv1ços). L~ vantam-se a segu1r as h1p4teses: a) de que ex1ste um fator l1m1~

tivo 1 produOê:o (trabalho), b) os "inputs" ttm coef1c1entes

oons-tantes nas f'unç~es de produçê:o e c) um dos dois pa!ses tem

vanta-gem absoluta na produç(o de t6das as mercador1as, em espeo1al no

tooante ls mercador1as comerc1adas (produtos agr!colas e

manufatu-rados). Impl!o1to ls h1p4teses lo e

!l,

acima, es~ a de taxas mar-gina1s oonstantes de transformaç«o. Destarte, o preço relat1vo «DS

serv100s ser,l maior no pa!s oom ma10res n!veis de produt1v1dade. I

Desde que os preços dos produtos comeroiados s«o igualadosDDS d01s

pa!ses atrav4s do oomlro10 internaoional, os n!ve1s de preços

(27)

i

17.

dem ser expressos em ttrmos absolutos, por exemplo, em têrmos de ~

n1dades de sa14rio. Assim, qualquer que se3a o m'todo de ponde

ra-ç«o dos fnd10es (oonsumo no pa!s 1 ou 2) para o pa!s oom maior

n!-vel de produt1vidade, a PPO se~ menor do que a taxa de o«mbio de

equ1l!br10 de sua moeda, isto

4:

~ p2 ql ~ p2 q2

e

ql ~ pl q2

sendo: pl

-

n!vel de preços no pa!s 1 p2

-

n!vel de preços no pa!s 2

ql

-

n!vel de oonsumo no pa!s 1

q2

-

n!vel de oonsumo no pa!s 2

r1 2

-

moeda do pa!s 1 em relaç«o 1 do pa!s 2.

Em suma, dadas as hipc1teses, a moeda do pa!s de n!-vel mais elevado de produt1vidade apresentar-se-6t supervalor1za da

em t'rmos da PPO.

linda ma1s, se a renda "per oap1ta" pode ser t1da

oomo representativa dos n!veis de produt1v1dade, a relaç«o entre a

PPO e a taxa de ottmbio se~ uma funç«o oresoente dos n!ve1s de rea da, 1sto &:

PPO 2

1

-

(28)

sendo:

ppoi -

paridade do pOder de oompra da moeda do país 1 em

relaç«o 1 do país 2

Y~ renda "per oapi ta" do país 2 em relaçl:o ao pats 1.

Esta relaçl:o ainda 4 v4lida para um modtlo mais

ge-ral, onde fat6res adioionais de produç«o sl:o introduzidos e a

hi-p6tese de ooefioientes oonstantes na produçl:o

4

relaxada, desde que

mantidas as diferenças na produtividade (maior no setor das

meroa-dorias oomeroiadas).

Em suma, sem se oonsiderar os movimentos de "invis!

veis" e de "oapitais" no balanço de pagamentos, segue-se:

a) Na ausf.noia de restriç~es oomeroiais, a taxa de

olmbio equaoionaraf os preços das meroadorias transaoionadas,

res-salvando-se os oustos de transporte;

b) Na hip4tese de que os preços igualem os oustos

marginais, as diferenças salariais entre os pa!ses oorresponder

r

o

ao diferenoial de produtividade no setor das meroadorias

comercia-das, pois a mobilidade interna do trabalho tenderat a igualar os sI.

Urios dentro de oada eoonomia (respeitadas as v4rias categorias de

trabalho) ;

o) Como as diferenças internaoionais de produtivi~

de sl:o menores no setor dos serviços e os saUrios igualados em o~

da pats, tsses serviços ser«o relativamente mais oaros em países

oom n!veis mais elevados de produtividade;

(29)

mas nlo afetem diretamente as taxas de ctmbio, a PPO, expressa em

termos da moeda do pa!s de mais alta produtividade, ser4 menor do

que a taxa de ctmbio de equil!brio; e

e) Quanto maior a diferença na produtividade,na p~

duçlo das mercadorias comerciadas entre dois pa!ses, maiores serro

as diferenças salariais e nos preços dos serviços, e por consegu~

te maior ser4 o intervalo entre a PPO e a taxa de cbbio de equil!.

brio.

Em suma, exist1r.ro d1ferenças s1stemlticas entre a

PPO e as taxas. Os desvios aleatdrios entre essas duas var14veis,

admitidos pela teoria da PPO (pelo menos a curto prazo) segundo os

argumentos desta exposiçlo, de fato existir.ro, por~m entre a curva

formada pela relaçlo PPO/taxa de catmb10, de um lado, e os níveis de

renda tlper cap1 ta", de outro.

O excelente artigo do Sr. Eela Ealassa &

complemen-tado com uma s&rle de an4l1ses, a título de fornecer verifica~e~

pfrica l sua tese. Para o nosso caso, vale apenas relatar as

crí-t1cas apresentadas ao estudo do Sr.Yeager, que pO'em em ddvlda:

a) o grau de s1gnificância estatfst1ca que possa r~

presentar as verif1caç~es posit1vas da pesquisa levada a cabo por

Yeager;

b) a validade da escolha dos Estados Unidos como p&

dr.ro de comparaQlo; e

c) a aceitaçlo de que "slo os n!veis de preço que

d!

(30)

plicidade da oferta monetlria do pafs". Excluem-se, ass1m, as po~

sibil1dades de 1nflaQ~es de demanda e de custo, bem como do papel

(31)

O.AP1TULO 111

1. In troduçA'o ••••••••••••••••••••••• p~g. 21

2.

o

per!odo Estudado ••••••••••••••• p~g. 21

ÀS Var14ve1s •••••••••••••••••••••• p4g. 22

4. Por que tnd1ces de custo-de-v1da? •• p4g. 23

5. Os :tnd1ces •

•••••••••••••••••••••••

p4g. 24

6. À PPO ••••••••••••••••••••••••••••• p~g. 26

ÀS Taxas de Oâmb10

••••••••••••••••

8. À PPO e as taxas de clmbl0 • ••••••• p~g. 28

9. O Balanço de Pagamentos • •••••••••• pefg. 29

10. O Balanço de Pagamentos "stco" e

as Taxas de Otmb10 •••••••••••••••• pig. 36

11. A ProjeoA'o

•••••••••••••••••••••••

(32)

OAPlTUID 111

1. Introduolo

Definida a nossa tarefa no Oap!tulo I e feitas

li-geiras apreciao~es s8bre a teoria da PPO no Oap!tulo lI, esta

par-te da monografia destina-se a explicar detalhada na medida do

necesslrio

balho.

e ordenadamente nossos passos na confecolo d8ste tZ'l,

2. O Período Estudado

Em primeiro lugar, por necessitarmos de um ponto de

partida para nossos cl1culos, optamos pelo ano de 1961. Iste ano

caracterizou-se, no mercado cambial brasileiro, como o início de ~

ma nOVa fase, com o fim do impdrio das taxas de cbbio oficiais e

com a implantaOl'o de um mercado de clmbio um tanto ou quanto livre,

visando-se, como era voz corrente Da Ipoca, a "verdade cambial".

Embora no final do per!odo onde prevaleciam as

ta-xas oficiais supervalorizadas se enoontrassem vestígios de um re~

xamento naquele crit4rio, por f~roa dos 19ios e bonificao~es que

complementavam as taxas, levando o preoo das moedas estrangeiras a

um n:!vel mais condizente oom a sua paridade real, ~ste per:!odo se

caracterizou pela existinoia de uma babel de taxas - pelO fato de

haver vlrias oategorias para os vlrios prOdutos - nlo sendo aoons~

lhlve1 oonsiderl-lo na nossa an4lise. Oompreendemos que o "ambies.

te" da dpooa d de oerta forma diferente do que passou a vigorar a

(33)

Superintendtn-22.

cia da Moeda e do Or4d1to (SUMOO). ~ 1mportante notar que mesmo o

ano de 1961, nesta anl11se, passa a nl'o ser tio s1gn1f1cat1vo q~

do de nossas conclusO'es, p01s sofre o 1mpacto da gu1nada observada

no mercado de olmb10. A s1mples revogaol'o do s1stema de taxas of!.

c181s, quer nos pareoer, const1tu1u-se num 1noent1vo respe1~v e 1.

Ass1m, ma1s prec1samente, aquela h1st~r10a 1nstruo«o 4 cons1derada

como nosso ponto de part1da, e a taxa mldl8 anual v1gorante em 1961

f01 cons1derada de equ1l!brio, dado a que f01 em parte responslvel

pelo superav1t no balanoo de pagamentos observado naquele ano.

A partir de 1961, embora o meroado de ctmbio n«o se

tivesse transformado completamente em "11vre", em v1sta do mecani~

mo paralelo entl'o oriado, uti11zando letras do Tesouro, dep~sit os

antec1pados, eto., o "ambiente" transformou-se, dando margem a que

uti11zlssemos o período de 1961-1966 para nosso estudo. Os

efe1-tos daquele mecan1smo paralelo no setor externo de nossa eoonomia

sro apresentados aqu1 1mpl"1c1 tamente, quando manelamos as taxas de

ctmb10 "efetivas".

1966 4, ass1m, o dltimo ano utilizado em nosso es~

do.

Das varilve1s prinoipa1s manipuladas, a saber,

sal-do sal-do Balanoo de Pagamentos "S'oon,lI taxa de otmb10 e fnd1ces de

li

Def1ne-se, neste trabalho, saldo do Balanoo de Pagamentos f~~' o resultado proveniente de um balanço de pagamentos reconstru-ido, e11m1nando-se os efeitos ex6genos que contribu!ram na fo~

(34)

tioas, e os !nd1oes de ousto-de-vida a nível de países, tamb'm por

sua m'd1a ar1tm'tica e a n!vel de agregaQ«o, como oomponentes do

fnd10e do Resto-do-Mundo, por sua m'd1a ponderada. Na

oportunida-de voltaremos aO oaso, justificando melhor tal prooedimento.

 notif1caQ«o aoima mereoe destaque, pelo fato de

preo1sarmos considerar tsses aspectos quando de nossas oonclus~es

s6bre a anll1se.

4. Por que fnd1ces de ousto-de-v1da?

Antes de entrarmos no Imago d'ste oap!tulo,

devere-mos responder ao leitor, que a esta altura ji deve ter em mente a

seguinte questro: por que a ut1l1zaQro de !nd1oes de

ousto-de-v1-da neste estudo?

 teoria da PPO, em sentido rígido, advoga o uso de

preQos de um mesmo sortimento de meroador1as negoo1adas ou

negoo1-lve1s em poteno1al. Oomo os fndioes representativos dtssespreQo~

no oaso isolado de um dn100 pa!s, n«o s«o fioe1s de serem encont~

dos, pois a sua elaboraQ«o , tarefa das mais penosas, imagine-se a

difiouldade de se ter tais fndioes para mais de meia oentena de p~

1sesl

o

uso de fndioes de preQos por atacado, oomo alternativa,

pareoer1a bem mais aconselhivel; oontudo, mesmo para tsses a

dis-ponibilidade de dados ainda 'preoiria. Restou-nos ent«o o fndice

de ousto-de-vida, cujo emprfgo n«o

4,

como possa pareoer l

(35)

24.

Stolpe~

diz mesmo ter enoontrado resultados mais

animadores oom a utilizaQlo dos fndioes de ousto-de-vida em seus

estudos.

5. Os :tndioes

Os fndioes do ousto-de-vida para todos os fI7 pa!see.

inolusive o Brasil, que foram oonsiderados nos oaíloulos, apareo em

na Tabela  do Â,plndioe I. Todos os pa!ses-membros do Fundo

Mone-tafrio Internaoional estro aqui representados, com exceçlo de

al-guns pouoos cujos fndices D«o slo dispon!veis. Extrai-se da! que,

com exceQ'o da IugosUvia, os Estados socialistas estro fora de no!,

sa an41ise.

Para o :Brasil admitiram-se os fndices constantes d&

quela tabela. Para o

Resto-do-MundO~

elaboraram-se !ndices

anu-ais (m4dios), ponderando o de cada pa!s pela sua participaQ'o no

com4rcio exterior brasileiro (importaQ'o mais exportaçlo). Os caíl

-culos slo mostrados na Tabela B do Â.pOndice I e os resultados

fi-nais, no quadro Â., a seguir.

Â, taxa de ctmbio no :Brasil expressa o cruzeiro

sem-y

Vide Leland B. Yeager, "Â Rehabilitation of Purcbasing Power Pari ty" - Journal of Poli tical Economy - LXVI - Dez/1958.

i/

Define-se como Resto-do-MUndo, neste estudo, os 66 pafses res-tantes da fabela Â. do Âp'-ndice I, que respondem por aprox1mad&

(36)

oompreendemos a taxa de otmb10 nlo oomo a relaçlo entre a moeda

brasileira e a moeda estadun1dense (embora seja na p~tioa), mas

oomo a mediadora entre a moeda naoional e t8das as moedas

estran-geiras representadas pelo ddlar amerioano, por raz~es dbvias. Por

'sse mot1vo levamos a oabo a ponderaçlo dos fndioes e optamos pela

mldia da! resultante. Consideramos que na medida da importâm:1a do

pa!s para o Brasil, oomeroialmente falando, reperoutem os seus

ín-dioes de preços na form&çlo de nossa taxa de olmbio. Atl oem p0l!.

to, o que expusemos aoima I demonstrado no Apêndioe lI, quando fa-zemos uma tentat1va de utilizar s~mente fndioes referentes aos

Es-tados Un1dos na construçlo da PPO e a nenhuma oono1uslo plaus!ve 1 ohegamos.

QUADRO A

mDICES DO CUSTO-DE-VlAA

1958 • 100

ANOS BBASI:\i RESTO-DO-MUNDO

1961 256 114,25

1962 390 126,32

1963 684 135,59

1964 1 270 163,05

1965 2 050 203,82

(37)

26.

6. A PPO

A fim de respeitar o crit4rio tradicional em nosso

mercado de ctmb10, de exprimir as taxas pelo m'todo incerto, i.à.,

quantas unidades do cruzeiro equivalem a uma unidade de moeda

es-trangeira, calculamos a PPO de modo que nos possibilitasse compat~

bilizar esta paridade com aquelas taxas. Os índices do Brasil s«o

numeradores e os fndices do Resto-do-Mundo, denominadores, na re~

9«0. A partir do quadro A, chegarfamos l PPO apresentada no qua-dro B.

QU.1DRO B

PüID.4DES DO PODER DE OOMPRA (pPO)

ANOS PPO tNDIOES

1961 2,241 100

1962 3,087 138

1963 5,045 225

1964 7,789 348

1965 10,058 449

1966 14,056 627

7. As TaxaS de Olmbio

No tocante ls taxas de c~bio, como ~4 foi expos to

(38)

Para efeito do o41oul0 utilizamos as taxas

oonstan-tes do quadro O, a seguir. Sbmente no ano de 1965 4 que se notam

diferenças desse quadro para a Tabela O do ~pbdioe I. As taxas de

Or~i 1 825,00, O r), 1 803,10 e Or$ 1 850,00 nê:o oorrespondem ls

ml-dias; oontudo, optamos pela utilizaçê:o dessas, pois oompreendem o s

que naquele ano foram essas taxas que realmente afetaram o movimel!,

to de oompra e venda de otmbio, por vigorarem em quase todo o

pe-r!odo (atl meados de novembro). Oomo o balanço de pagamentos (no~

sa vari4vel enddgena, oomo veremos) oontabiliza as operaç~es liqu~

dadas - havendo por isto um oerto lapso de tempo entre a efetusçl:o

e a liquidaçlo dos oontratos de otmbio - 3ustifioa-se o nosso

pro-oeder. Para o mesmo ano a taxa de Or$ 2 217,33 , de fato a m4dia

anual, pois durante 1965 as taxas "efetivas" de venda variaram, li!,

dependentemente da base (taxa de oâmbio "norma1" de venda) que pe!:,

maneoia fixa durante quase todo o per!odo.

QUADRO O

TAXAS DE O.tMBIO USas NO ESTUDO (MEDIAS WAIS)

OOMPRA. VENDA

ANOS

NORMAL EFETIVA NORMU EFETIVA

1961 268,50 238,98 274,91 297,22

1962 375,08 369,66 389,83 495,49

1963 556,66 545,05 575,08 767,77

1964 1 209,66 1 191,85 1 284,08 1 688,07

1965 1 825,00 1 803,10 1 850,00 2 217,33

(39)

28.

As taxas de ctmbl0 "normals", no quadro D, a seguir,

s«o apresentadas em :fndlces" e as "efetlvas", em relaç«o lque1 a s.

QUADRO D

T.A.XA.S DE OmBIO (tN'DIOES E PEROENTJ.GENS)

NORMAIS TXS. OOMPRA TXS. VENDA. ANOS

OOMPRA. VENDA. dDIA Ef/No. ~ Ef/No.

t::::.

1961 100 100 100 0,89 - 11 1,08 + 8

1962 140 142 141 0,99

-

1 1,27 + 27

1963 208 209 208 0,98

-

2 1,34 + 34

1964 451 467 459 0,99

-

1 1,31 + 31

1965 681 673 677 0,99

-

1 1,20 + 20

1966 821 807 814 0,99

-

1 1,00 O

Ef/No. - Taxa de câmbl0 "efetlva" s&'bre taxa de ohbl0 "normal".

t::::.

-

Dlferença peroentua1 entre a taxa de c€mbl0 "efetlva" e a

taxa de ctmbl0 "normal".

8. A. PPO e as taPS de olmb10

Oa1culada a PPO (1 tem 6) e dadas aS m'dlas anua1s

das taxas de ohbl0 IInormals" (1 tem 7), essas duas varl~ve1s s«o

oomparadas nos gr.tflcos À e B, a segulr. O gr.tfloo A apresenta e~

sa comparaç«o de modo absoluto, e o g~flco B, de manelra mals

a-proprlada aos c~lcu1os que se segulrro, demonstrando a varlaçlodas

(40)

Indices

850

800

750

700

650

600

550

500

450

400

350

300

250

200

150

100

50

O

1961 1962 1963

I

I I

I

1961

=

100

I

I

I

/

I I

1964

I

I

/

I

'1

/

I

/

/

/

/ /

/

/

/

.'

Taxas de c€mb10 "normaislJ

PPO

t

(41)

· GMFICO B

VJ~RIA9.r0 ]).AS TAXAS DE CEMBIO "NOIDIAISn E1v1 RELAQÃO A PPC

Tx.de cá'mbio PPC

1,60

1,50

l,40r

~:::f

1,10

1,00~---~======~~~--~-t---r---T-~----~~t

1961 1962 1964

0,90

r

0,80

t

I

0,70

t~

0,60

0,50

0,40

1963

ANOS 1961 1962 1963 1964 1965 1966

1965 1966

(42)

Do gnrfico B notamos que a taxa de ctmbio "normal", durante o período 1961/1966, apresenta as seguintes diferenças pe~

centuais em relaçgo A PPC:

1961 - 0%

1962 - + 2%

1963 - - 8%

1964 - + 32%

1965 - + 51%

1966 - + 30%

Uma primeira vista aos gnrficos aludidos pode

pare-cer ao leitor que as taxas de ctmbio estro superdesvalorizadas e

necessitariam sofrer um processo de valorizaç«o para atingirem a

PPO, i.e., a curva representativa das taxas de ctmbio deveria

bai-xar ao nível da curva da PPC. Tal vers«o nlo 4 verdadeira.

Vol-tamos a advertir que nosso estudo ngo se limita l PPO. Os desvios

das taxas de ctmbio em relaçgo 1 PPO por si s4 n«o satisfazem

nos-sos ob3etivos. :Ssses desvios nos interessam, sim, mas confron t

a-dos com os efeitos que produziram nas relaç~es com o exterior. ~­

l~m do mais, pOderíamos inverter as situaç~es encontradas nos

gnr-ficos À e B pela simples mudança de base do índice de uma das

cur-Vas. ÀS conclus~es ngo poderIo ser tiradas prematuramente; para a

demonstraçlo do nosso ponto-de-vista, o importante ainda est~ por

se fazer. Continuemos.

9. O Bflanco de Pagamen to s

(43)

30.

mentos do Brasil, que no nosso modêlo apareoe oomo vari~vel prino~

pal. Um resumo do mesmo, no per!odo 1961/1966,

4

apresentado na

Tabela D do Apêndioe I.V

o

Balanço de Pagamentos sofre influênoias indmer as

que ditam a sua forma. Dadas as hipc$teses formuladas no primei r o

oap!tulo, restariam ainda oomo fat8res que mais sensibilizam as

nossas oontas oom o Resto-do-Mundo (independente da taxa de

o!m-bio): a neoessidade imperiosa de importaçlo de alguns produtos

,

transaçG'es oontroladas pelas autoridades governamentais, os preços

das meroadorias negooiadas ou negooUveis (e por oonseguinte os t'~

mos de trooas), os n!veis de renda internos e externos, aS

elasti-oidades, eto. ••• Como a prinoipal preooupaçlo desta ~lise

4

medir a sensibilidade do Balanço de Pagamentos oom a taxa de

otm-bio, em absoluto pOder!amos ohegar a bom resultado se as

influên-oias dos outros fat8res expostos aoima nlo f8ssem devidamente

eli-minadas. Seguimos entro êsse oaminho. Imperioso seria elimin&-las

t~das, mas, al'm de serem tarefas ~s vBzes dif!oeis, ls vtzes nlo

mereoedoras de muito or'dito, tste prooedimento viria oomplioarpor

demais a an~lise prospeotiva do trabalho, alimentando nossas

esti-mativas de v~rias outras, difíoeis de previslo fiel, oomo 3~

tive-mos a oportunidade de nos referir anteriormente. Restringimo-nos,

portanto, a eliminar os efeitos lida neoessidade imperiosa de impo ..

taç«o de alguns produtos" (petrc11eo, seus derivados e trigo-PL-48~

e "das transaçG'es oontroladas pelas autoridades governamentais" (OI.

f4).

(44)

As taxas de chbio n~o exercem grande influ8ncia nas

importaç~es de petrdleo e seus derivados. Outros fathres, tais c~

mo o n!vel da atividade econ8mica, atuam mais marcadamente na

for-maçro dessas 1mportaç~es. Assim ~ que, segundo informaç~es da

CACEX, as compras d~sses produtos no exterior sro efetuadas via o

fechamento de Ilcontrat~esn trimestrais por aqu~le ~rg~o do Banco do

Brasil S.A., a fim de prover a demanda interna ainda nro

satisfei-ta pela produç~o nacional. As importaç~es de trigo dos Estados

U-nidos, de ac8rdo com a "Public

Iew -

480ft (PL-480), com a mesma f1,

nalidade das compras ao exterior de petrdleo e derivados, tamb&m I

~o têm nenhuma influ8'ncia da taxa de ctmbio. O pagamento do

tri-go, assim importado, & efetuado em cruzeiros (sem cobertura

cambi-al) ou em d~lares (como foi o caso do dltimo ac8rdo assinado em

5.10.67) e a longo prazo. Quanto ao caf~, embora as taxas de

cBm-bio possam ter algum efeito s8bre sua exportaçro, ~ste

4

desprez!-vele O exportador dessa mercadoria recebe preço fixo por saca de

caf~ exportada, estipulado pelo Gov'rno.

As importaç~es de trigo (PL-480) e petrdleo (e deri

-vados) e as exportaç~es de caf~, no per!odo pesquisado, s~o por ccq

seguinte deduzidas daquelas rubricas do Balanço de Pagamentos. O

(45)

QUADRO E

EXPORfACIO DE OA.P.I. IMPORT.lOIO DE TRIGO (PL-4801 e IMPOR-UC.lO DE PET"LEO E DERIVADOS

ust-·IfJIBXO FOB

-1- -2-

-3-ANOS

En.

DE <aFl IMP;DE TRIGO (PL-480) LBa !MP. E DERIVi: DE PE!B.1 TOUL (2+3) DOS

1961 710,4 90 200,1 290,1

1962 642,6 57 196,2 253,2

1963 746,8 50 193,9 243,9

1964 759,7 95 180,4 275,4

1965 706,6 14 156,7 170,7

1966 76:5,6 27 171,5 198,5

FONTE: Rela tc1rio do :Banco Oentral do Brasil - 1966

32.

Por sua vez o quadro F descreve as exportaçe'es e i!, portaçe'es apc1s retirados os valeres do quadro E.

QUADRO F

EXPORTI&OES E IMPORT.A.CO'ES. EXOLU!DOS

em.

TRIGO (PL-480) e PETlU1LEO E DERIV.A.DOS

US$ HILBZO

.ANOS EXPORfAQ.lO (FOB) IMPORUQ.IO (FOB)

1961 694,6 1 001,9

1962 572,4 1 050,8

196:5 659,2 1 050,1

1964 670,:5 810,6

1965 889,4 770,3

(46)

de pagamentos isento dos efeitos decorrentes dessa oarga.

A partir de v'rios dados, at' aqui j ' oonheo1dos

oonstruamos o quadro G:

QUADRO G

-1- -2- -3-

-4-,

A. D1ferenc;a(%) ED

tre a tx.de

oIii.

Diferenc;a(%) en tre a tx.de oh Diferença tre a tx.' efe ~%~ Importac;ctes ( +)

N (em US$ mi1lil:B

O b1o"normal" de b10 "normal" e

ã

t1va" de ven= arredondados )

S venda e a PPO llefetiva"(VEID,j) da e a PPO

(1 + 2)

1961 0% + 8% + 8% 1 002

1962 + 3% + 27% + 30% 1 051

1963

-

7% + 34% + 27% 1050

1964 + 34% + 31% + 65% 811

1965 + 50% + 20% + 70% 770

1966 + 29% 0% + 29% 1104

(+) Exoluídos tr1go (PL-480) e petrdleo e seus derivados (V1de Quadro F).

Para melhor entendimento apresentamos o quadro

ac1-ma em forac1-ma de grif1oo. Trata-se do gratfioo O. Ali as 1mportrçcres

(47)

!ndi-t:x:s./PPC

+70%

+60%

+50%

+40%

+30%

+20%

+10% , ,

"

O

-10% 1961

-20%

-30%

GMFICO C

r

--I I I

,

I I I

I

I

---- I

- - - I

,-,

.'

,-/

,

; '

-.

...

_.-

1964

1962 1963

Tzas.llefetivas" de venda/PPC Tzas."normais" de venda/PPC

ImportaçO'es (us$ mi1hO'es)

:fudices

ImportaçO'es

(índices)

---,

\

\ \

\

\

\ ,

, \

_

.. -"\

,

,

\

,

1965 \

\.

1966

I.HPORTAÇOES

(fudices) , anos '1nd.

61 100

62 105

63 105

64 81

65 77

66 110

70

80

90

t

O

(48)

ces sd para se ter uma noo«o visual do conjunto do problema.

 nossa preocupao«o 4 correlacionar as taxas de o~

bi0 "efetivas" de venda (que como o nome indica foram as que efeti

-~amente vigoraram para as importaoWes) mostradas em relaolo l PPO,

com os val8'res das importaoWes, exclu!dos aquiles produtos (tri g o

e petrdleo). Estabeleoida esta correlaolo, achar novos val~es das

importaoWes se vigoraram sbmente as taxas de ctmbi0 "normais" para

estas transaoWes. Oomo a partir de 1966 nlo mais existem

diferen-oas entre a taxa "efetiva" e a "normal", proveniente das medidas

1i2.

madas desde 1964 pelo Govt.r.no Revolucion4ri0, eliminamos o dltimo

ano nos nossos o4loulos.

Os c4loulos da an~lise de oorrelaolo entre aquelas

vari~veis e a reoonstruolo dos va16res das 1mportao~es slo

mostra-dos na ~bela E do ÂpÍ,ndioe I. O ooeficiente de correlaolo , 0,79

e o quadro H mostra os novos val&res das 1mportao~es (exclu!dos

trigo-PL-480 e petrdleo e derivados).

,

21

No cap!tulo l, item 3, levantamos a hipdtese de que nlo se ve-rificou nenhuma discreplncia entre as taxas "normais" e as

"efetivas" no lado das exportao~es. Â justifioativa j~ foi

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