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Composição em ácidos graxos de óleos vegetais e gorduras animais.

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Academic year: 2017

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COMPOSIÇÃO E M ÁCIDOS G R A X O S D E Ó L E O S V E G E T A I S Ε G O R D U R A S A N I M A I S *

Η . F O N S E C A * *

L . Ε . G U T I E R R E Z * * *

RESUMO

Seis tipos de σleos comestνveis  ( d e milho, de soja,  d e oliva, de  algodγo, de amendoim e de girassol) e duas gorduras de origem  animal (manteiga e banha) foram analisados quanto aos seus teores  em αcidos graxos,  p o r meio da cromatografia em fase gasosa. 

O σleo de girassol apresentou o maior teor  d e αcidos  g r a x o s  insaturados (86,10%) seguido pelo σleo de soja 84,15% e sendo o σleo  mais saturado, o de algodγo (24,23%). A manteiga apresentou grande  n٥mero de αcidos graxos, desde 4 atι 22 αtomos de carbono, apresen­ tando 58,00% de saturados. A banha  d e porco apresentou 39,82% de  αcidos graxos saturados. Os αcidos graxos mais abundantes foram  o olκico e linolιico, entre os insaturados e palmνtico, entre  o s satu­ rados. 

INTRODUÇÃO

A anαlise de αcidos graxos por cromatografia em fase gasosa permite  identificar, com bastante seguranηa, αcidos graxos saturados e insaturados, de  cadeia curta e longa, presentes em σleos e gorduras. Vαrios mιtodos, usados  anteriormente, como destilaηγo e cristalizaηγo fracionadas e cromatografia  em papel de filtro nγo eram tγo eficientes e rαpidos como o da cromatogra­ fia em fase gasosa. 

Pesquisas tκm demonstrado haver uma relaηγo entre a composiηγo em  αcidos graxos dos σleos e gorduras e o nνvel de colesterol do sangue. MC  GSKER et al. (1962) relataram que dietas contendo 25% ou menos de αcidos  graxos saturados causaram uma reduηγo significativa no nνvel de colesterol  do sangue. 

• Entregue para publicaηγo em 27/12/1974. 

** Departamento  d e Tecnologia Rural da ESALQ. 

(2)

NEWLANDER & ATHERTON (1964) destacaram a presenηa de 40 di­ ferentes αcidos graxas na gordura do leite de vacas, sendo 18 saturados e  22 insaturados. A dieta das vacas pode afetar a proporηγo dos αcidos graxos  da gordura do leite. Confirmando este fato, NOBLE et al. (1969) constataram  que a adiηγo de αcido palmνtico na raηγo provocou uma reduηγo signifi­ cativa nos αcidos graxos de cadeia menor do que 16 αtomos de carbono e  tambιm dos αcidos esteαrico e linolκico, e um aumento nos teores de αcidos 

palmνtico e palmitolκico. 

QURESHI et al. (1971) relataram que o teor de αcido linolκico foi  significativamente reduzido na gordura do leite de vacas alimentadas com  feno. 

A gordura dos suνnos ι afetada pelo sexo e dieta (KOCH et al., 1968),  sendo que os αcidos graxos insaturados sγo preferentemente depositados  nos tecidos de suνnos (DAHL et al. 1965). 

No presente trabalho procuramos identificar e quantificar αcidos gra­ xos de alguns σleos vegetais e gorduras animais existentes no comιrcio,  para verificar­se condiηυes vαrias como, clima, solo, alimentaηγo e outros  fatores poderiam modificar a composiηγo dos referidos σleos e gorduras,  cujas composiηυes mιdias sγo citadas em SWERN (1964) e FLORKIN &  STOTZ (1965). 

MATERIAL Ε MÉTODOS

Foram analisadas 6 amostras de σleos de oliva, algodγo, soja, giras­ sol, amendoim e milho e duas amostras de gorduras animais (manteiga e  banha de porco) todos obtidos no comιrcio. 

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— temperatura do detetor: 240°C. 

— temperatura do vaporizador: 220°C. 

RESULTADOS Ε DISCUSSÃO

Os resultados das anαlises sγo os dos QUADROS 1 e 2. 

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Os resultados contidos no QUADRO 1, indicam que, dentre os anali­ sados, o σleo de girassol seria, segundo McOSKER et al. (1962) o mais re­ comendαvel para alimentaηγo pois ι o que apresenta o maior teor de αcidos  graxos insaturados (86,10%). Os σleos de oliva e milho apresentaram teores  de insaturados muito prσximos (81,74% e 81,64%, respectivamente), entre­ tanto o σleo de milho apresenta maior teor de αcido linolκico. O σleo de  algodγo apresentou o maior teor de saturados dos σleos estudados (24,23%)  seguido pelo σleo de amendoim com 18,65%. 

Os resultados obtidos, quando comparados com a literatura consultada  aproximam­se dos obtidos por outros autores, como SWERN (1964) e FLOR­ KIN & STOTZ (1965), com exceηγo dos resultados para σleo de amendoim  que apresenta ura nνvel maior de αcido linolκico do que o apresentado por  esses autores. 

Observando­se o QUADRO 2, notamos o grande n٥mero de αcidos  graxos na manteiga (32 no total), embora NEWLANDER & ATHERTON  (1964) destaquem a presenηa de 40 αcidos graxos na manteiga. As nossas  condiηυes de trabalho nγo permitiram detectar os restantes. 

A manteiga apresentou αcidos graxos saturados em maior teor do que  insaturados, fato tambιm observado por NOBLE et al. (1969) e QURESHI 

et al. (1971). 

A banha apresentou teor de αcidos graxos insaturados maior que o  de saturados, tendo sido detectados os seguintes αcidos graxos em maior  proporηγo: palmνtico, esteαrico, palmitolκico, olκico e linolκico. 

CONCLUSÕES

Dos resultados obtidos, pode­se extrair as seguintes conclusυes: 

1. O σleo de girassol apresentou o maior teor em αcidos graxos insatura­ dos (86,10%) seguido pelo σleo de soja (84,15%). 

2. Dos σleos vegetais, o de algodγo apresentou o maior teor de αcidos  graxos saturados (24,23%). 

3. Dos 32 αcidos graxos da manteiga, 14 sγo saturados e 18 sγo insatura­ dos, com um total de 58,00% de saturados. 

4. A banha apresentou 39,82% de αcidos graxos saturados. 

5. O αcido olκico Dredominou em auase todas as amostras analisadas. 

SUMMARY

"FATTY ACID COMPOSITION OF VEGETABLE OILS AND ANIMAL FATS"

(6)

(corn, soybean, olive, cottonseed, peanut and sunflower seed) and animal  fats (butter and lard) was determined by gas liquid chromatography. 

The sunflower seed oil presented the highest yield of unsaturated  acids (86.10%) followed by the soybean oil (84.15%), while Cottonseed oil  showed the highest saturation (24.23%). Butterfat revealed great number of  fatty acids (32) from 4 to 22 including several fatty acids with odd number  of carbon atoms. 

Butterfat showed 58.00% of saturation while lard, 39.82%. 

LITERATURA CITADA

DAHL, O. & PEARSON, 1965 — Properties of animal depot fat in relation to  dietary fat J. Sci. Food Agric, 16: 452­457. 

FLORKIN, Μ. & Ε. H. STOTZ, 1965 — «Comprehensive Biochemistry». Vol. 6.  Elsevier Publishing. New York. 

HAKEN, J. K., 1966 — Retention time relationship in the gas chromatography of  the methyl esters of fatty acids. J. Chromatog., 23: 375­381. 

KOCH, Ε. E., A. F. PARR & R. A. MERKEL, 1968 — Fatty acid composition of  the inner and outer layers of porcine backfats as affected by energy level,  sex and sire. J. Food Sci., 33: 176­179. 

LUDDY, F. E., R. A. BARFORD & R. W. RIEMENSCHNEIDER, 1960 — Direct  conversion of lipid components to their methyl esters. J. Am. Oil Chem. Soc., 

137: 447­451. 

McOSKER, D. Ε., F. H. MATTRON, Η. B. SWERINGEN & A. M. KLIGMAN,  1962 — The influence of partially hydrogenated dietary fats on serum choles­ terol levels. J. Am. Med. Assoc., 180: 380­385. 

NEWLANDER, J. A. & Η. V. ATHERTON, 1964 — «The Chemistry and Testing  of Dairy Products». Olsen Publishing. Wisconsin, E. U. A. 

NOBLE, R. C., W. STEELE & H. J. MOORE, 1969. The effects of dietary palmitic  and stearic acids on milk fat composition in the cow. J. Dairy Res., 36: 375­381.  QURESHI, S. R., D. E. WALDERN, T. HBLOSSER & R. W. WALLENIUS, 1971 —  Effects of diet on proportion of blood plasma lipids and milk lipids of the  lactating cow and their long­chain fatty ocids composition. J. Dairy Sci., 5 5:  93­101. 

SWERN, D. (ed.), 1964 — «Bailey's Industrial Oil and Fat Products». Interscience  Publishing, New York.  3r d

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