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Precariedade toma conta da Civil

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Academic year: 2017

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(1)

Minas.

Secontingentenãoestivessedetido,verbaseriamaisbemaplicada

Máxima

CercadeR$232

milhõespoderiam

ser“poupados”e

aplicadosemApacs

25°

¬

LUIZA MUZZI

¬

Frente a uma população carcerária que não para de crescer, o governo de Minas gastou, em 2014, quase 98% do montante de R$ 1,32* bilhão destinados pa-rao sistemaprisional emcus-tódia, e o pouco que restou foi dividido entre medidas de ressocialização e moder-nização das unidades. Para especialistasemgestão públi-caesegurança, passouda ho-ra de se discutir a melhor dis-tribuição de recursos, priori-zando ações de humaniza-ção, e a “necessidade” que se tem de encarcerar por qual-quer motivo, mantendo no sistema aquele que ainda nem foi julgado e não ofere-ce risco à sociedade nem ao andamento processual.

Dado recente do Instituto de Pesquisa Econômica Apli-cada (Ipea) mostrou que 37% dos presos provisórios de nove Estados, incluindo Minas, foram absolvidos, condenados a medidas alter-nativas ou tiveram o crime prescrito, ou seja, não foram

condenados à pena privativa de liberdade. Projetando os mesmos 37% para os 26.591 presos provisórios de Minas em 31 de dezembro de 2014, 9.838 não precisariam estar sob a custódia do Estado. E considerando que cada um deles custou, em média, R$ 23,6 mil ao ano, poderia ter havido uma “economia” de R$ 232 milhões. Esse valor é quase 400 vezes maior do que foi destinado à época às ações de humanização e às Associações de Proteção e As-sistência ao Condenado (Apacs), modelo mais bem-sucedido em socialização (detalhes abaixo).

“Esse dado (37%) com-prova o uso excessivo da pri-são provisória no Brasil, o que só lota ainda mais nos-sos presídios. Penitenciárias superlotadas têm outro cus-to: o aumento da criminali-dade”, pondera Almir de

Oli-veira Júnior, pesquisador do Ipea. Em outro estudo apre-sentado na semana passada, Minas se destacou como o Es-tado com o maior crescimen-to de presos de 2005 a 2012, conforme o Mapa do Encar-ceramento: os Jovens do Bra-sil. O aumento foi de 624%.

“Como se prende muito e se prende muito mal, um grande percentual de pre-sos provisórios será absolvi-do ou receberá medidas al-ternativas. Além da tragé-dia para eles, há um custo direto para a sociedade”, avalia o advogado Adilson Rocha, presidente da Coor-denação de Acompanha-mento do Sistema Carcerá-rio da Ordem dos Advoga-dos do Brasil. Rocha defen-de a realização defen-de políticas para aumentar o fluxo de saída de quem poderia estar em liberdade e ao mesmo tempo reduzir a quantidade

de entradas desnecessárias.

RESPOSTAS.Em nota, a Secre-taria de Estado de Defesa So-cial ressaltou que houve fal-ta de planejamento das ges-tões anteriores no sistema prisional e que medidas co-mo o reinício de obras parali-sadas estão sendo tomadas. Segundo a pasta, a priorida-de, agora, é gerar vagas, pa-ra que a humanização dos presídios possa avançar.

Já o PSDB e o PP, respon-sáveis pelo governo do Esta-do em 2014, informaram que os gastos com custódia e manutenção de presos têm necessariamente percentual elevado em relação ao total, pois reúnem despesas de pessoal e custeio das unida-des. Os partidos destacaram que nos últimos quatro anos mais de R$ 72 milhões fo-ram investidos na amplia-ção e melhoria do sistema. Com relação aos gastos com humanização e moderniza-ção, a antiga gestão infor-mou que a execução foi pre-judicada em virtude do não repasse de recursos de ori-gem federal, mesmo com projetos apresentados.

*Dados do Portal Políticas Públicas ao Seu Alcance, da Assembleia Legislativa

A segunda-feira na capital mineira será de sol, sem nuvens. Não há previsão de chuvas.

TEL:(31) 2101-3930

FAX:(31) 2101-3950

Editora:Marina Schettini marina@otempo.com.br

e-mail:cidades@otempo.com.br

Atendimento ao assinante:2101-3838

NúmerodepresosdeMGsaltoude6.289,em2005,para45.540,em2012

FONTE: PORTAL POLÍTICAS PÚBLICAS AO SEU ALCANCE, DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL (SEDS) E INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA)

Especialistas defendem maior volume de investimentos em humanização e moder-nização do sistema, com assistência adequada à saúde e fomento à educação e ao trabalho do preso, além de capacitação dos agentes peniten-ciários. Além disso, afirmam que é preciso investir em alternativas penais, na empregabili-dade de egressos e na construção de Apacs, que têm custo mais baixo e índice de reincidência menor que o do sistema convencional.

cas com essa "econo-mia" - cada monitorado

por tornozeleira custa cerca de R$ 400 por

mês ao Estado (R$ 4.800 por ano)

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Total geral de R$ 1,32 bilhão

97,8%

(R$ 1,3 bilhão) Manutenção de presos

MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA, CONSTRUÇÃO

DE UNIDADES E AMPLIAÇÃO DE VAGAS

0,4%

(R$ 5,6 milhões)

HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA E IMPLANTAÇÃO DE APACS

0,05%

(R$ 605 mil)

CUIDADOS DE SAÚDE

0,8%

(R$ 10,3 milhões)

CAPACITAÇÃO DE

PROFIS-SIONAIS

0,9%

(R$ 12 milhões)

* UNIDADES ADMINISTRADAS PELA SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

** CONSIDERANDO O TOTAL GASTO COM CUSTÓDIA DE PRESOS EM 2014 E A POPULAÇÃO CARCERÁRIA EM 31/12/2014 *** DADOS EXCLUSIVOS DE MINAS GERAIS NÃO FORAM INFORMADOS

6 37% dos presos provisórios (que

responderam aos processos detidos) foram absolvidos, condenados a penas/medidas alternativas ou tiveram o crime prescrito, ou seja, não foram condenados à pena privativa de liberdade, segundo recente levantamento do Ipea feito em nove estados brasileiros, incluindo Minas***

6 Projetando o mesmo

percentual para os 26.591 presos provisórios de Minas Gerais em 31 de dezembro de 2014, 9.838 não precisariam estar em unidades prisionais. Considerando o custo de R$ 23,6 mil por preso ao ano, haveria uma “economia” de R$ 232.372.069 ao sistema

Custo estimado da manutenção de cada preso

em 2014

R$ 23.618,24

ao ano**

CAPACIDADE LOTAÇÃO TOTAL CONDENADOSPRESOS PROVISÓRIOSPRESOS

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9

Tempo em BH

UMIDADE

LEO FONTES - 22.12.2014

“O clima é de pânico moral. Vive-se um

impasse entre o clamor por mais cadeia

e a falta de recursos para melhorias.

Hoje se alimenta o preso não porque

ele precisa, mas para que não haja

rebelião.”

George Felipe de Lima Dantas

Consultor em segurança pública

Ineficiente

Mínima

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provisórioémaior

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7

Enquanto a sociedade quer penas cada vez mais duras e o sistema só re-cebe mais presos, o que se vê no país é um modelo que “enxuga gelo”. Sem a preo-cupação com a ressocializa-ção, a reincidência é alta.

“As pessoas não param para pensar que os presos vão sair da prisão um dia. En-tão, se não tivermos um mí-nimo de humanização den-tro do sistema, nunca vamos resolver o problema da cri-minalidade, só agravá-lo”, pondera o professor da Uni-versidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando Fi-dalgo, coordenador do Ob-servatório Nacional do Siste-ma Prisional. “A empregabi-lidade do egresso diminui-ria a reincidência e a superlo-tação por consequência”.

Consultor em segurança pública, George Dantas res-salta o paradoxo envolven-do o clamor social por mais

prisões e ao mesmo tempo a fragilidade da prevenção primária, que envolve saú-de e educação. “Não existe ânimo político para tratar disso. Ninguém no poder público até hoje se propôs a fazer uma política de ges-tão no sentido de promo-ver efetivamente a resso-cialização”.

COMPARAÇÕES. Dantas res-salta que países nórdicos, como Finlândia e Suécia, possuem sistemas prisio-nais altamente humaniza-dos, com acesso a estudo e ao trabalho. Em termos de padrão de gestão, porém, o destaque vai para os nor-te-americanos, que rece-bem grandes investimen-tos em tecnologia, capaci-tação profissional e resso-cialização.

Com instalações moder-nas, o índice de fugas e re-beliões é quase zero.(LM)

14°

Máxima 90% Mínima

33%

FONTE: PORTAL POLÍTICAS PÚBLICAS AO SEU ALCANCE, DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE MINAS GERAIS, SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL (SEDS) E INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA (IPEA)

INVESTIMENTOS

EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

Especialistas defendem maior volume de investimentos em humanização e moder-nização do sistema, com assistência adequada à saúde e fomento à educação e ao trabalho do preso, além de capacitação dos agentes peniten-ciários. Além disso, afirmam que é preciso investir em alternativas penais, na empregabili-dade de egressos e na construção de Apacs, que têm custo mais baixo e índice de reincidência menor que o do sistema convencional.

48.410

presos poderiam ter sido monitorados por tornozeleiras eletrôni-cas com essa "econo-mia" - cada monitorado

por tornozeleira custa cerca de R$ 400 por

mês ao Estado (R$ 4.800 por ano)

Distribuição dos recursos no sistema prisional em 2014

COMO FOI

Execução do orçamento do sistema prisional Total geral de R$ 1,32 bilhão

97,8%

(R$ 1,3 bilhão) Manutenção de presos

MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA, CONSTRUÇÃO

DE UNIDADES E AMPLIAÇÃO DE VAGAS

0,4%

(R$ 5,6 milhões)

HUMANIZAÇÃO DO SISTEMA E IMPLANTAÇÃO DE APACS

0,05%

(R$ 605 mil)

CUIDADOS DE SAÚDE

0,8%

(R$ 10,3 milhões)

CAPACITAÇÃO DE

PROFIS-SIONAIS

0,9%

(R$ 12 milhões)

COMO DEVERIA SER

* UNIDADES ADMINISTRADAS PELA SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL

** CONSIDERANDO O TOTAL GASTO COM CUSTÓDIA DE PRESOS EM 2014 E A POPULAÇÃO CARCERÁRIA EM 31/12/2014 *** DADOS EXCLUSIVOS DE MINAS GERAIS NÃO FORAM INFORMADOS

RAIO X DO SISTEMA PRISIONAL*

6 37% dos presos provisórios (que

responderam aos processos detidos) foram absolvidos, condenados a penas/medidas alternativas ou tiveram o crime prescrito, ou seja, não foram condenados à pena privativa de liberdade, segundo recente levantamento do Ipea feito em nove estados brasileiros, incluindo Minas***

6 Projetando o mesmo

percentual para os 26.591 presos provisórios de Minas Gerais em 31 de dezembro de 2014, 9.838 não precisariam estar em unidades prisionais. Considerando o custo de R$ 23,6 mil por preso ao ano, haveria uma “economia” de R$ 232.372.069 ao sistema

Custo estimado da manutenção de cada preso

em 2014

R$ 23.618,24

ao ano**

CAPACIDADE LOTAÇÃO TOTAL CONDENADOSPRESOS PROVISÓRIOSPRESOS

31 DE DEZEMBRO DE 2014 28 DE MAIO DE 2015

32.230 32.280

54.804 58. 132

28.213 27.89 26.591 30.233 9

16

O TEMPOBelo Horizonte SEGUNDA-FEIRA, 8 DE JUNHO DE 2015

(2)

“A política prisional

não é o sistema

penitenciário

sozinho. O custo do

preso é sempre muito

alto, e a priorização

não tem que ser a

custódia.”

Roberta Novis

PESQUISADORA DE ANÁLISE DE POLÍTICAS PÚBLICAS DA FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS

Delegacias.

Crise do sistema penitenciário explode em unidades policiais; faltam estrutura e pessoal

Semcondições

deabrigarpresos,

policiaislutampara

conseguirtrabalhar

¬

LUIZA MUZZI

¬

Reflexo da acumulada falta de investimentos e da crise do sistema penitenciá-rio, a explosão de proble-mas nas mãos de delegados e investigadores parece che-gar ao limite do insustentá-vel. Preocupados, policiais pedem providências para que consigam executar o mí-nimo que é esperado deles: um bom trabalho. O gover-no, por sua vez, informou realizar estudos para conci-liar as prioridades da corpo-ração com a capacidade de investimento do Estado.

“A Polícia Civil é uma das instituições mais suca-teadas de Minas. O Estado optou por um modelo equi-vocado, achando que a cri-minalidade diminuiria in-vestindo na Polícia Mili-tar. Mas isso represou as ocorrências e deu no que deu: agora está tudo explo-dindo”, diz o presidente do Sindicato dos Servido-res da Polícia Civil de Mi-nas (Sindpol-MG), Denil-son Martins. Segundo ele, a falta de concursos públi-cos periódipúbli-cos, aliada à ca-rência de investimentos e à ausência de autonomia orçamentária, tem prejudi-cado, e muito, o trabalho da corporação.

Para mostrar a situa-ção, O TEMPO percorreu delegacias de três municí-pios da região metropoli-tana. Em todas elas, ape-sar dos problemas eviden-tes, a reportagem se depa-rou com o medo: embora ávidos por mudanças, poli-ciais demonstraram re-ceio de represálias caso apresentassem suas carên-cias. Por isso, os pontos vi-sitados não foram identifi-cados para preservá-los.

Conforme o Sindpol, após recente publicação do relato indignado de um po-licial nas redes sociais, a chefia da Polícia Civil teria baixado portaria proibindo que as unidades fossem ex-postas. A assessoria da cor-poração negou a existência do documento, mas expli-cou que, por se tratarem de locais de segurança, preci-sam “ter resguardados limi-tes quanto ao trânsito e acesso de pessoas”.

CENÁRIO.Nas delegacias que

fazem plantões, o acúmulo de presos tem acontecido de forma tão grave quanto nas duas Centrais de Flagrantes da capital. Celas de custódia, que recebiam até dois presos por vez, chegam a abrigar 11, enquanto a Secretaria de Es-tado de Defesa Social provi-dencia vagas em presídios. Sem segurança adequada nem estrutura de alimenta-ção e higiene para os presos, há riscos de fugas e resgates. “Já faz três semanas que esta-mos lidando com isso. O Judi-ciário interditou presídios, e uma coisa foi travando a ou-tra”, contou uma policial.

Em uma das delegacias vi-sitadas, nove dividiam sala improvisada com grades ins-taladas com recursos de va-quinha feita pelos policiais. A proximidade de um vidro, no entanto, é ameaça. No mo-mento em que a reportagem esteve lá, um profissional fa-zia a troca da janela quebrada por um dos presos.

“Vivemos total falta de se-gurança e de condições de trabalho. Tomar conta de preso não é função nossa”, disse um policial. E quando a vaga chega, é preciso correr. Segundo um investigador, o aviso vai para várias

delega-cias ao mesmo tempo. A equipe conta que esse prédio é velho, quase “cain-do aos pedaços”. Também é fácil notar cadeiras quebra-das, estofados rasgados e fia-ção exposta. Em um andar, não há extintores de incên-dio nem bebedouros, e al-guns policiais levam água de casa. Os banheiros estão de-predados e são compartilha-dos por presos, policiais e pú-blico em geral – em fins de semana e feriados, não há profissionais para limpeza.

Leia mais sobre o sistema prisional na página 19.

Dança na Savassi

A praça Diogo de Vasconcelos, mais conhecida como Praça da Savassi, virou uma grande pista de dança durante a tarde de ontem. Dezenas de pessoas participaram do último dia do 11º BHZouk e dançaram ao ritmo de zouk, axé, ser-tanejo e bolero, entre outros ritmos,

“Apopulaçãocobra,

masnósnãotemos

meiosparatrabalhar”

Lotadas

7

Cadeirantes emocionam

Um dos momentos mais emocionantes do even-to foi a apresentação do número de dança das cadeirantes Keila Araújo e Kênia Cotta. “Quan-do criança, eu fazia balé clássico. Voltar a dan-çar melhorou minha autoestima, minha coorde-nação motora e meu equilíbrio”, disse Keila.

Outro lado

Carência

7

Se as delegacias da re-gião metropolitana en-frentam problemas estrutu-rais, a situação é ainda pior no interior do Estado. Se-gundo o presidente do Sind-pol- MG, Denilson Martins, as unidades têm instalações ruins e, por vezes, são impro-visadas em galpões, escolas e até padaria. Como a maior parte depende das prefeitu-ras – que têm tido dificulda-de para pagamento dificulda-de alu-guel, limpeza e manutenção de viaturas –, o serviço fica comprometido. Além disso, há policiais que usam os pró-prios computadores e veícu-los para trabalhar.

Há relatos de que, por fal-ta de espaço para os presos, delegacias do interior insta-lam barras para deixá-los al-gemados durante a lavratu-ra da ocorrência. Os compu-tadores são ruins, e o núme-ro de viaturas é baixo, sendo

que algumas delas não têm condições de pegar estrada para atender municípios mais distantes da sede da regional. Um policial ouvi-do pela reportagem contou que, quando um dos carros teve problema, o delegado precisou “mendigar” em prefeituras próximas para ter a verba do conserto.

Outro problema relata-do por policiais de fora da capital é a falta de muni-ções e de equipamentos de uso pessoal, como lanter-nas, câmeras, materiais de escuta e coletes à prova de balas. Em outra delegacia, o pior é a carência de pes-soal. “Tenho que fazer o ser-viço de dez aqui”, desaba-fou um servidor. “A popula-ção e a imprensa cobram, mas não temos meios para isso, o que causa um estado de ansiedade e até depres-são”, disse Martins.(LM)

Duas celas de uma delegacia visitada pela reportagem esta-vam com 12 presos: 11 em uma, e um suposto estuprador em outra. Enquanto a transferên-cia para presídios não aconte-cia, seis outros presos aguarda-vam do lado de fora, no chão. “Não temos policiais para fazer o serviço de vigilância, e é a família quem traz comida, ou então fazemos vaquinha para comprar”, disse uma delegada.

Reportagem flagrou cela com 11 presos, que aguardavam vagas para transferência

FOTOS FERNANDA CARVALHO

PrecariedadetomacontadaCivil

Presos quebraram janela; vidro pode ser instrumento de ameaça

7

0Resposta.A Polícia Civil informou que sofreu com contingenciamento de recursos da última gestão, o que inviabilizou construções e reformas em delegacias, além de investimentos em viaturas e efetivo.

0Vagas.Foi autorizado o curso de formação para 129 novos peritos criminais e médicos legistas, que vão reforçar equipes do interior até o fim deste ano. Concurso para contratar mil investigadores foi retomado.

Cadeiras velhas e danificadas foram amontoadas em um canto de uma delegacia Com a cela cheia, presos ficaram sentados no chão esperando em delegacia

UARLEN VALÉRIO

Referências

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