• Nenhum resultado encontrado

Escalonamento comparativo de diferentes dores nociceptivas e neuropáticas por meio de métodos psicofísicos variados.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Escalonamento comparativo de diferentes dores nociceptivas e neuropáticas por meio de métodos psicofísicos variados."

Copied!
8
0
0

Texto

(1)

ESCALONAMENTO COMPARATI VO DE DI FERENTES DORES NOCI CEPTI VAS E

NEUROPÁTI CAS POR MEI O DE MÉTODOS PSI COFÍ SI COS VARI ADOS

Pr iscilla Hor t ense1 Fát im a Apar ecida Em m Faleir os Sousa2

O ob j et i v o g er al f oi escal on ar os d i f er en t es t i p os d e d or ex i st en t es, com p ar at i v am en t e en t r e si , sen d o inv est igados por m eio de difer ent es m ét odos psicofísicos. Os m ét odos psicofísicos ut ilizados for am o m ét odo d e est im ação d e m agn it u d es e o d e est im ação d e cat egor ias. Par t icip ar am 3 0 p acien t es am b u lat or iais d e dif er en t es clín icas, 3 0 m édicos e 3 0 en f er m eir os. Os r esu lt ados m ost r ar am qu e a dor n o cân cer , dor por infart o do m iocárdio, a dor por cólica renal, dor por queim adura e a dor no part o foram consideradas os t ipos d e d or d e m aior in t en sid ad e, in d ep en d en t e d o m ét od o p sicof ísico u t ilizad o ou d a am ost r a est u d ad a. As or d en ações d e p osições d a in t en sid ad e d os d if er en t es t ip os d e d or , com p ar an d o os d if er en t es m ét od os psicofísicos ut ilizados, r esult ar am em nív eis de concor dância significat iv a com v alor es de Kendal pr óx im os de 1 , 0 0 . Hou v e div er gên cias n a per cepção das in t en sidades de algu n s t ipos de dor , essas div er gên cias f or am obser v adas pr in cipalm en t e en t r e pr ofission ais e pacien t es.

DESCRI TORES: m edição da dor ; psicofísica

DEVELOPI NG A COMPARATI VE SCALE OF DI FFERENT NOCI CEPTI VE AND NEUROPATHI C

PAI N THROUGH TW O PSYCHOPHYSI CAL METHODS

The gener al aim of t his st udy w as t o cr eat e a com par at iv e scale of differ ent t y pes of pain t hr ough differ ent psy chophy sical m et hods and differ ent sam ples. The psy chophy sical m et hods used w er e m agnit ude est im at ion and cat egory est im at ion. The part icipant s w ere 30 pat ient s from different out pat ient clinics, 30 physicians and 30 nurses. The result s were: 1) cancer pain, m yocardial infarct ion pain, renal colic, burn- inj ury pain, and labor pain w er e consider ed m or e int ense, r egar dless of t he psy chophy sical m et hod used or sam ple st udied; 2) The ranking of different pain int ensit ies, com paring t he different psychophysical m et hods used, result ed in significant agreem ent levels wit h Kendal values close t o 1.00; 3) There were divergences in t he percept ion of t he int ensit ies of som e t y pes of pain. These div er gences w er e especially obser v ed bet w een pr ofessionals and pat ient s.

DESCRI PTORS: pain m easu r em en t ; psy ch oph y sics

ESCALONAMI ENTO COMPARATI VO DE DI FERENTES DOLORES NOCI CEPTI VOS Y

NEUROPÁTI COS POR MEDI O DE MÉTODOS PSI COFÍ SI COS VARI ADOS

El obj et iv o gener al fue escalonar los difer ent es t ipos de dolor ex ist ent es, com par ándolos ent r e ellos, siendo invest igados por m edio de diferent es m ét odos psicofísicos. Los m ét odos psicofísicos ut ilizados fueron el m ét odo de est im ación de m agnit udes y el de est im ación de cat egor ías. Par t icipar on 30 pacient es de am bulat or io de difer ent es clínicas, 30 m édicos y 30 enfer m er os. Los r esult ados m ost r ar on que el dolor causado por : cáncer , in f ar t o d el m iocar d io, cólico r en al, q u em ad u r a y p ar t o, f u er on con sid er ad os los t ip os d e d olor d e m ay or int ensidad, independient em ent e del m ét odo psicofísico ut ilizado o de la m uest ra est udiada. El orden de posiciones d e in t en sid ad d e los d if er en t es t ip os d e d olor , com p ar an d o los d if er en t es m ét od os p sicof ísicos u t ilizad os, r esult ar on en niv eles de concor dancia significat iv a con v alor es de Kendal pr óx im os de 1, 00. Se encont r ar on d iv er g en cias en la p er cep ción d e las in t en sid ad es d e alg u n os t ip os d e d olor , est as d iv er g en cias f u er on obser v adas pr in cipalm en t e en t r e pr ofesion ales y pacien t es.

DESCRI PTORES: dim ensión del dolor ; psicofísica

1Dout or em Enferm agem , Professor do Cent ro Universit ário de Araraquara, Brasil, e- m ail: prihrt @yahoo.com .br; 2Professor Associado da Escola de

(2)

I NTRODUÇÃO

O

pr ofissional da saúde t em com o função

prim ordial o alívio da dor e do sofrim ento, para isso, deve livrar- se de crenças, preconceit os, experiências individuais ant eriores; deve ent ender o pacient e com dor em sua t ot alidade, com o um ser único e com car act er íst icas pr ópr ias.

Não existe apenas a com preensão da dor de alguém , m as a com pr eensão de alguém , do que a pessoa per cebe e sent e e de com o lida com o que sent e( 1).

A dor possui dois com ponent es: “ a sensação original e a reação à sensação” , ou sej a, a respost a à se n sa çã o d o l o r o sa d e p e n d e d e u m a sé r i e d e aspectos intrínsecos e extrínsecos ao indivíduo. Desse m od o, a m en su r ação d a sen sação d olor osa é d e car át er com plexo( 2).

A história da m ensuração da dor foi analisada e ident ificou- se t rês ram os de at ividade, sendo eles: psicofísica, os quest ionár ios m ult idim ensionais, que ut ilizam descr it or es padr onizados, e as escalas de intensidade( 3). Os autores desse estudo relataram que

t al preocupação hist órica vem da necessidade de se est abelecer m edidas confiáv eis, v álidas e sensív eis para se estabelecer a eficácia de analgésicos e outras t er apias.

No ram o da psicofísica, alguns estudos sobre a p e r ce p çã o d a d o r u t i l i za m a i n d u çã o d e d o r exper im ent al em difer ent es am ost r as com o int uit o d e r e a l i za r co m p a r a çõ e s e n t r e a s “ r e a çõ e s à s se n sa çõ e s” . Ao i n d u zi r a d o r e x p e r i m e n t a l , a psicofísica define o lim iar e a tolerância à dor, fazendo com par ações ent r e gr upos ét nicos, ent r e gêner os, ent re diferent es idades e diferent es hábit os de vida, dent re out ras variáveis( 4- 5).

Par a o est udo da dor clínica, r esult ant e de est a d o s p a t o l ó g i co s, t a m b ém se p o d e u t i l i za r a m et odologia psicofísica. A lei psicofísica é conhecida com o Lei de St ev ens ou Lei de Pot ência. Essa Lei r elacion a a m agn it u de psicológica e a in t en sidade física do estím ulo e pode ser descrita por um a função de potência, a qual relaciona o estím ulo e a resposta subj et iva em um a curva( 6- 7).

Essa função descreve um a situação onde um aum ent o geom ét r ico na escala de m agnit ude física cor r espon de a u m au m en t o geom ét r ico n a escala subj etiva ou psicológica, com o expoente refletindo a t axa relat iva de aum ent o ao longo das duas escalas, portanto, reflete o princípio de que razões iguais entre o s e st ím u l o s p r o d u ze m r a zõ e s i g u a i s e n t r e a s r espost as( 7).

No m ét o d o d e est i m a çã o d e m a g n i t u d e, elabor ado pela Psicof ísica Moder n a de St ev en s, o suj eit o seleciona e usa um a am plit ude de núm er os que representa sua am plitude subj etiva. Ao contrário, n o m é t o d o d e e st i m a çã o d e ca t e g o r i a s, o experim ent ador escolhe arbit rariam ent e a am plit ude de cat egorias( 6- 7).

Esse m ét odo t em caract eríst icas im port ant es co m o e st r a t é g i a d e m e n su r a çã o p a r a co n ce i t o s subj etivos com o a dor. Algum as dessas características são: a produção de escalas em nível de razão aum enta a sensibilidade da m ensuração; as escalas produzidas e os j ulgam entos dados são replicáveis, estáveis com r e g i st r o s d e t e st e e r e t e st e e co e f i ci e n t e s d e f i d e d i g n i d a d e p r ó x i m o s a 0 , 9 0 8 ; o m é t o d o é econôm ico, um a vez que quase não há perda de dados e os dados podem ser colet ados individualm ent e ou em grupo( 6- 8).

Nest e t rabalho, será ut ilizada a m et odologia psicofísica com o int uit o de se conhecer um pouco m ai s esse f en ô m en o su b j et i v o e p er cep t u al . Os diferent es t ipos de dor, com parados ent re si e ent re diferentes am ostras ( profissionais e pacientes) , foram : l o m b a l g i a , ce f a l e i a , d o r e s a r t i cu l a r e s, d o r p o r q u e i m a d u r a , d o r p o r n e u r o p a t i a p e r i f é r i ca , d o r relacionada a m ovim ent os repet it ivos, dor na AI DS, dor pós- operat ória, dor no câncer, dor no part o, dor p or d esor d em n a ar t icu lação t em p or om an d ib u lar ( ATM) , dor por herpes- zóst er, neuralgia do t rigêm io, fibr om ialgia, dor por infar t o do m iocár dio, dor por cólica r enal, dor por úlcer a gást r ica, dor por cólica biliar, dor por cólica m enst rual e dor de dent e.

OBJETI VO

Esca l o n a r o s d i f e r e n t e s t i p o s d e d o r ex ist en t es, com par at iv am en t e en t r e si, sen do qu e esses f or am in v est ig ad os p or m eio d e d if er en t es m ét odos psicofísicos.

MENSURAÇÃO DA DOR

Com paração ent re os m ét odos psicofísicos escalares d e e st i m a çã o d e m a g n i t u d e e e st i m a çã o d e cat egor ias

(3)

Obj et iv os

- com parar o escalonam ent o dos diferent es t ipos de dor ent re as diferent es am ost ras;

- com parar a escala derivada de j ulgam ent os ordinais ( est im at iv as de cat egor ias) com a escala der iv ada dos j ulgam entos de razão ( estim ativas de m agnitudes) nas t rês am ost ras est udadas;

- verificar se as ordenações das int ensidades de dor der iv adas dos dois m ét odos são sim ilar es ent r e si nas am ost r as est udadas.

Mét odo

Par t icipan t es: part iciparam dest e est udo 30 pacient es am bulat or iais de difer ent es clínicas e 60 profissionais da área da saúde, sendo 30 m édicos e 30 enferm eiros, at uant es no Hospit al das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Pret o.

Mat erial: caneta e blocos de papel contendo, na prim eira página, inst ruções específicas para cada t ipo de m ét odo psicofísico e, nas páginas seguint es, u m a l i st a d e 2 0 d i f er en t es t i p o s d e d o r e su a s r espect iv as definições.

Pr o c e d i m e n t o : o s m é t o d o s p si co f ísi co s u t i l i za d o s f o r a m e st i m a çã o d e m a g n i t u d e s e est im ação de cat egor ias.

Com o m étodo de estim ação de m agnitudes, a t ar efa dos par t icipant es consist iu em at r ibuir um núm ero para cada tipo de dor que fosse proporcional à i n t e n si d a d e d e d o r q u e e sse t i p o p o ssu i , co m p a r a n d o - o co m o e st ím u l o p a d r ã o q u e f o i lom balgia, com o valor num érico de 100. Por exem plo, se o part icipant e considerasse que um dado t ipo de dor possu ísse du as v ezes m ais in t en sidade qu e a lom balgia, esse deveria atribuir a ele um núm ero duas v e ze s m a i o r, o u se j a , 2 0 0 . Se o p a r t i ci p a n t e consider asse que um t ipo de dor possuísse m et ade da intensidade da lom balgia, ele deveria atribuir para esse tipo de dor um núm ero que fosse a m etade, ou se j a , 5 0 . Os p a r t i ci p a n t e s e st a b e l e ce r a m 2 0 est im at ivas, sendo um a para cada diferent e t ipo de dor.

No segundo m étodo, a tarefa dos suj eitos foi assinalar um escore, que variava de 1 a 7, para cada difer ent e t ipo de dor em função da int ensidade de dor percebida. O suj eit o foi inst ruído a assinalar, ao t i p o d e d o r co m m á x i m a i n t e n si d a d e , o e sco r e m á x i m o d e 7 e , a o t i p o d e d o r co m m ín i m a intensidade, o escore m ínim o de 1. Os outros escores interm ediários de 2 a 6, deveriam ser utilizados para indicar gr aus int er m ediár ios de int ensidade de dor que os participantes percebessem . Os diferentes tipos de dor foram apresent ados em um a ordem aleat ória para cada suj eito. Cada suj eito estabeleceu um escore para cada t ipo de dor.

Par a as est im at iv as de m agn it u des f or am calculadas as m édias geom étricas e os desvios padrão das m édias geom ét ricas para cada t ipo de dor; para as est im at iv as de cat egor ias, for am calcu ladas as m édias arit m ét icas e os desvios padrão das m édias aritm éticas tam bém para cada tipo de dor. Adicionado a isso, foram calculados o t est e não- param ét rico de Kr u sk al - Wal l i s e o t est e d e Man n - Wh i t n ey, p ar a co m p a r a çã o d a s i n t e n si d a d e s d e d o r, e n t r e a s am ost ras; e, para com parar a concordância ent re os m ét odos ut ilizados, foi calculado o Kendall ( W) .

RESULTADOS

Os result ados apresent ados nas Tabelas 1 e 2 cor r espon dem ao escalon am en t o dos dif er en t es tipos de dor, em ordem crescente de posição, ou sej a, do tipo de dor considerado de m aior intensidade para o t i p o co n si d e r a d o d e m e n o r i n t e n si d a d e . O escalonam ent o est á apr esent ado de acor do com as t r ês a m o st r a s est u d a d a s: o g r u p o d e p a ci en t es am b u lat or iais, o g r u p o d e m éd icos e o g r u p o d e enferm eiros. Os escalonam entos foram realizados por m eio de dois m ét odos de m edida: est im at iv as de m agnit udes ( Tabela 1) e est im at ivas de cat egor ias ( Tabela 2) .

Para o grupo de pacient es am bulat oriais, os tipos de dor de m aior intensidade, tanto na estim ação de m agnit udes quant o na est im ação de cat egor ias, foram dor no câncer, dor por cólica r enal, dor por infar t o agudo do m iocár dio e dor na AI DS; par a o grupo de m édicos e enferm eiros, os t ipos de dor de m aior int ensidade foram equivalent es ent re si, sendo eles dor no câncer, dor por cólica renal, dor no parto, dor por infar t o do m iocár dio e dor por queim adur a ( Tabelas 1 e 2) .

Pode- se r essalt ar qu e a dor n o cân cer foi consider ada pelas t r ês am ost r as com o sendo um a das dores m ais int ensas nos dois m ét odos ut ilizados ( estim ação de m agnitudes e estim ação de categorias) , se n d o co n si d e r a d a a m a i s i n t e n sa n o g r u p o d e pacient es am bulat oriais e no grupo de enferm eiros e com o a seg u n d a d or m ais in t en sa n o g r u p o d os m édicos.

(4)

O teste não- param étrico de Kruskal-Wallis foi ex ecu t ad o p ar a cad a t ip o d e d or, com p ar an d o as a m o st r a s e st u d a d a s e m ca d a u m d o s m é t o d o s u t ilizados. Qu an do a dif er en ça en t r e as am ost r as m o st r o u - se e st a t i st i ca m e n t e si g n i f i ca t i v a , co m p< 0,05, ex ecut ou- se o t est e de Mann- Whit ney aos par es, com par ando os escor es das dor es ent r e as am ost ras ( pacient es- m édicos; pacient es- enferm eiros; m édicos- enferm eiros) . As Tabelas 1 e 2 m ost ram os valores de p para cada tipo de dor. Em seguida, estão ap r esen t ad os os t i p os d e d or q u e ap r esen t ar am escores com diferenças est at ist icam ent e significat ivas ent re as am ost ras est udadas.

Tab ela 1 - Méd ia g eom ét r ica d as est im at iv as d e m agnit udes ( EM) para os diferent es t ipos de dor em or dem de posicionam ent o ( OP) , segundo pacient es am bulat or iais, m édicos e enfer m eir os HCFMRP/ USP, 2007

Tab ela 2 - Méd ia g eom ét r ica d as est im at iv as d e cat egor ias ( EC) par a os difer ent es t ipos de dor em or dem de posicionam ent o ( OP) , segundo pacient es am bulat or iais, m édicos e enfer m eir os HCFMRP/ USP, 2007

1- Dor na AI DS - diferenças estatisticam ente significativas entre pacientes e m édicos, entre pacientes e enferm eiros e entre m édicos e enferm eiros, p< 0,017.

2- Fibrom ialgia – diferenças est atist icam ent e significat ivas ent re pacient es e m édicos e entre m édicos e enferm eiros, p< 0,017.

3- Dores articulares – diferenças estatisticamente significativas entre pacientes e m édicos e entre m édicos e enferm eiros, p< 0,017.

4- Lom balgia – diferenças estatisticam ente significativas entre pacientes e m édicos, p< 0,017.

5- Dor por m ovim entos repetitivos - diferenças estatisticam ente significativas entre m édicos e enferm eiros, p< 0,017.

r o d e d s o p i

T aPmabciuelnattoers-i P O M E s i a s o c i d é M P

O EM

s o ri e m r e f n E P O M E p r e c n â c o n r o

D 384.25 1 314.61 2 310.50 1 0.5964

l a n e r a c il ó c r o p r o

D 332.67 2 317.31 1 218.26 3 0.0767

S D I A a n r o

D 303.60 3 118.42 14 133.11 13 0.00011

o n o tr a f n i r o p r o D o i d r á c o i

m 295.26 4 260.28 4 238.29 2 0.22812

r a il i b a c il ó c r o p r o

D 259.88 5 162.04 9 151.37 8 0.01843

a i g l a i m o r b i

F 230.58 6 86.44 19 142.33 10 <0.0014

a it a p o r u e n r o p r o D a c ir é fi r e

p 209.75 7 123.27 13 154.24 7 0.01345

o tr a p o n r o

D 208.22 8 297.69 3 181.73 5 0.0577

o i m ê g ir t o n a i g l a r u e

N 203.23 9 197.22 6 169.73 6 0.3351

a r u d a m i e u q e d r o

D 184.86 10 198.65 5 211.75 4 0.9170

e t n e d e d r o

D 184.46 11 146.55 12 119.43 16 0.0849

a c ir t s á g a r e c l ú r o p r o

D 184.38 12 166.01 8 141.26 11 0.1135

a ir ó t a r e p o -s ó p r o

D 173.38 13 159.83 10 141.14 12 0.3194

r e t s o z -s e p r e H r o p r o

D 148.41 14 190.00 7 151.13 9 0.3834

a c il ó c r o p r o D l a u rt s n e

m 133.09 15 110.20 16 82.57 20 0.0562

a i e l a f e

C 132.79 16 157.52 11 124.32 15 0.3899

a n m e d r o s e d r o p r o D M T

A 109.50 17 114.80 15 116.70 17 0.9066

a i g l a b m o

L 100 18 100 17 100 19 1.000

s o t n e m i v o m r o p r o D s o v it it e p e

r 96.03 19 83.15 20 115.76 18 0.2331

s e r a l u c it r a s e r o

D 85.37 20 94.86 18 127.89 14 0.02366

1- Dor na AI DS – diferenças estatisticam ente significativas entre pacientes e m édicos e entre pacientes e enferm eiros, p< 0,017.

2- Dor por infart o do m iocárdio – diferenças est at ist icam ent e significat ivas entre pacientes e enferm eiros, p< 0,017.

3- Dor por cólica biliar - diferenças estatisticam ente significativas entre pacientes e enferm eiros, p< 0,017.

4- Fibrom ialgia – diferenças est at ist icam ent e significat ivas ent re pacient es e m édicos, p< 0,017.

5- Dor por neuropatia periférica – diferenças estatisticam ente significativas entre pacientes e m édicos, p< 0,017.

6- Dores articulares - diferenças encontradas estatisticam ente significativas entre pacientes e enferm eiros.

r o d e d s o p i

T amPbauclieantotreiasis P O C E s o c i d é M P

O EC EnfermeirosECOP p

r e c n â c o n r o

D 6.20 1 6.13 2 6.33 1 0.6203

o tr a f n i r o p r o D o i d r á c o i m o

n 6.10 2 5.57 4 6.03 2 0.1124

S D I A a n r o

D 5.83 3 3.80 15 4.77 9 <0.0011

r o p r o D a r u d a m i e u

q 5.83 4 5.13 5 5.60 4 0.3673

l a n e r a c il ó

C 5.63 5 6.17 1 5.70 3 0.1881

a i g l a i m o r b i

F 5.37 6 3.33 19 4.77 8 <0.0012

o d a i g l a r u e N o i m ê g ir

t 5.27 7 5.10 6 4.60 11 0.2171

o tr a p o n r o

D 5.20 8 5.93 3 5.17 5 0.1332

a c il ó c r o p r o D r a il i

b 4.90 9 4.40 12 4.70 10 0.3506

-s ó p r o D a ir ó t a r e p

o 4.87 10 4.67 8 4.93 6 0.4530

e t n e d e d r o

D 4.83 11 4 14 4.07 17 0.0533

r o p r o D a it a p o r u e n a c ir é fi r e

p 4.83 12 4 11 4.77 7 0.0598

r o p r o D r e t s ó z -s e p r e

h 4.57 13 4.50 10 4.47 13 0.9248

s e r o D s e r a l u c it r

a 4.37 14 3.67 17 4.57 12 0.00303

a r e c l ú r o p r o D a c ir t s á

g 4.33 15 4.80 7 4.40 14 0.9171

a i e l a f e

C 4.27 16 4.67 9 4.20 15 0.9608

a i g l a b m o

L 4.13 17 3.47 18 4.10 16 0.03234

r o p r o D a n m e d r o s e d M T

A 4.07 18 4.27 13 3.93 18 0.7705

a c il ó c r o p r o D l a u rt s n e

m 4. 19 3.77 16 3.33 20 0.2584

r o p r o D s o t n e m i v o m s o v it it e p e

r 3.77 20 3.13 20 3.87 19 0.0271

(5)

Ob ser v a- se q u e, em am b o s o s m ét o d o s, houv e div er gências im por t ant es ent r e as am ost r as est udadas, dest acando as diferenças ent re pacient es e p r o f i ssi o n a i s ( p a ci e n t e m é d i co s, p a ci e n t e s-enferm eiros) . Esses dados sugerem que profissionais e p a ci e n t e s p e r ce b e m e sse s t i p o s d e d o r e s d e m a n e i r a d i f e r e n t e . Ob se r v a - se q u e o s v a l o r e s num éricos, em am bos os m étodos, são subestim ados pela am ost ra de profissionais em relação à am ost ra de pacien t es, apr esen t an do v alor es qu ase sem pr e m en or es.

Destaca- se a dor na AI DS, a qual apresentou m aior n ú m er o de div er gên cias en t r e as am ost r as, sendo para o m ét odo de est im ação de m agnit udes, difer enças ent r e pacient es e m édicos e pacient es e en f er m ei r o s; e p a r a o m ét o d o d e est i m a çã o d e cat egor ias, dif er en ças en t r e pacien t es e m édicos, pacient es e enferm eiros e m édicos e enferm eiros.

A dor no câncer foi considerada com o a dor m ais int ensa na m aior ia das am ost r as est udadas e para os diferent es m ét odos psicofísicos ut ilizados. A dor no câncer é um sint om a frequent e nos pacient es com essa d oen ça, ap r esen t a- se com in t en sid ad e significat iv a, m anifest a- se em m ais de um local do corpo, é diária e, quando não é contínua, perm anece por várias horas por dia. A dor ocorre em indivíduos com câncer por m eio de diversos desconfort os, t ais “ co m o l e sõ e s cu t â n e a s, o d o r e s d e sa g r a d á v e i s, anorexia, caquexia, falt a de sono, fadiga, ansiedade, d e p r e ssã o , v i v ê n ci a d e se n t i r - se m u t i l a d o e d e sf i g u r a d o , l u t o a n t e ci p a t ó r i o , d i f i cu l d a d e s econôm icas, angúst ia espirit ual”( 9).

Um est udo( 10) com parou os diferent es t ipos

de dor utilizando a Escala Analógica Visual ( VAS) para a int ensidade da dor ( dim ensão sensit iva) e para o g r a u d e d e sp r a ze r ( d i m e n sã o a f e t i v a ) q u e t a i s est ím u l o s p r o v o cam . Par t i ci p ar am d o est u d o 8 7 pacientes com lom balgia, 20 pacientes com dores nos o m b r o s e p esco ço , 3 8 p a ci en t es co m d i sf u n çã o m iofascial na região tem porom andibular, 19 pacientes com causalgia, 17 pacient es com dor relacionada ao cân cer e 2 3 m u lh er es em t r ab alh o d e p ar t o. Os r esu lt ad os m ost r ar am q u e p acien t es com d or n o câncer e pacient es com dor cr ônica não oncológica t i v er am al t as t ax as d e d o r n a d i m en são af et i v a ( desprazer que ela provoca) , enquant o que pacient es n o t r a b a l h o d e p a r t o e co m d o r i n d u zi d a e x p e r i m e n t a l m e n t e t i v e r a m t a x a s m a i o r e s n a dim ensão sensit iv a. Esses achados suger em que a per cepção da dor est á r elacionada ao pr ocesso de

am eaça à vida, o qual aum enta a experiência de dor qu an do com par ado ao pr ocesso de n ão am eaça à vida ( trabalho de parto e dor experim ental induzida) . Tam b ém p er ceb er am q u e, d u r an t e o t r ab alh o d e p ar t o, as m u lh er es q u e f ocar am su a at en ção n o nascim ent o de seu filho t iveram m enores índices na dim ensão afet iv a do que as m ulher es que focar am su a at en ção sim p lesm en t e n a d or d o p ar t o. I sso suger e que a int er pr et ação do pr ocesso causal da dor in flu en cia em su a per cepção e qu e o gr au de am eaça à v ida e à qualidade de v ida aum ent am a dim ensão afet iva da dor clínica.

No pr esent e est udo, r essalt a- se que a dor por infarto do m iocárdio se encontra na posição entre as cinco dores de m aior intensidade. No entanto, em nenhum a das am ost ras esse t ipo de dor est eve em posição de m aior int ensidade em r elação à dor no câncer. “ Quem t eve um a t rom bose coronária há pelo m enos t ant a pr obabilidade de m or r er de out r a em pouco t em po quant o para quem est á com câncer há p r o b a b i l i d a d e d e m o r r e r e m p o u co t e m p o d e câncer”( 11). Tal autor ressalta que as m etáforas ligadas

ao câncer im plicam processos ligados a um a sentença de m orte, a um a “ m aldição” , um a doença considerada com o um “ dest ruidor invencível”( 11).

Com par ação int er essant e ent r e o câncer e as doenças cardiovasculares corrobora os result ados dest e t rabalho: “ de t odas as doenças, o câncer é a que possui o m aior im pacto psicológico. Não som ente dev ido à im inent e m or t e que é o dest ino de t odos n ó s, m a s p o r su a a p r o x i m a çã o p r o g r e ssi v a e d o l o r o sa , a cr e sci d a se m p r e d a p o ssi b i l i d a d e d e m utilação natural ou pós- terapêutica. O risco de m orte sú b i t a d e d o e n ça s ca r d i o v a scu l a r e s é m e n o s assustador. É a percepção da incurabilidade do câncer, assim com o o t em or de que a sua t erapêut ica sej a radical, j unt am ent e com as im agens das alt erações corpóreas, causadas pelo t rat am ent o do câncer, que ocasionam t error”( 12).

Ainda, observando as Tabelas 1 e 2, pode- se perceber que, para o grupo de pacientes am bulatoriais, a d o r n a AI D S o cu p a a 3 ª p o si çã o , t a n t o p a r a est im ação de m agnit udes com o par a est im ação de cat egorias. É int eressant e not ar a preocupação com esse t ip o d e d or d em on st r ad a p or essa am ost r a ( pacient es am bulat or iais) .

(6)

de enfer m eir os. Esse t ipo de dor obt eve difer enças est at i st i cam en t e si g n i f i cat i v as en t r e p aci en t es e m édicos e ent re pacient es e enferm eiros, no m ét odo d e e st i m a çã o d e m a g n i t u d e s; j á n o m é t o d o d e e st i m a çã o d e ca t e g o r i a s, o b t e v e d i f e r e n ça s estatisticam ente significativas entre todas as am ostras ( pacient es- m édicos; pacient es- enferm eiros; m édicos-en f er m ei r o s) , d em o n st r a n d o a s d i v er g ên ci a s d e pensam ent o ent re pacient es e profissionais.

Observou- se que há m aior preocupação com a dor no câncer em relação à dor na AI DS, j á que o indivíduo com câncer, de acordo com o estigm a criado p ar a essas d oen ças, “ n ão er a m er eced or ” d e t al sof r im en t o, e é, por t an t o, dign o de piedade e de a t e n çã o ; e o i n d i v íd u o co m AI D S p o r t e r t i d o “ com port am ent os que pudessem levar à doença” não é digno de t ais sent im ent os.

Em estudo recente( 13), encontrou- se que 67% de u m a am ost r a, r epr esen t at iv a da popu lação de adult os com HI V, r elat aram dor durant e as quat r o sem anas anteriores à entrevista, ressaltam que a dor relacionada ao HI V é derivada de efeit os diret os do v ír u s ao sist em a n er v oso cen t r al e p er if ér ico, d a su p r essão i m u n e, d o s t r at am en t o s e d as v ár i as desordens associadas à presença do vírus.

A d o r n a AI D S t e m o u t r o s a sp e ct o s i m p o r t a n t e s p a r a se r e m l e m b r a d o s co m o o p r e co n ce i t o r e l a ci o n a d o à sín d r o m e , o d esf i g u r a m en t o , o s d i st ú r b i o s n a a u t o est i m a , a rej eição dos fam iliares e am igos, o afast am ent o das at ividades de t rabalho e lazer. A dor no câncer e a dor na AI DS possuem aspect os parecidos.

Não se pode esquecer, no entanto, do aspecto social da per cepção da dor. Desse m odo, pode- se depr eender, da análise dos r esult ados encont rados nesse est udo, que o significado dado ao fenôm eno d o l o r o so é t a m b é m i n f l u e n ci a d o p e l a p r ó p r i a sociedade, ou sej a, é influenciado pelo estigm a criado para a doença que o provoca.

A dor no part o t am bém ocupa as prim eiras posições, 3ª e 5ª posição, considerando o grupo de m édicos e enfer m eir os, r espect iv am ent e; no gr upo de pacient es am bulat oriais, ocupa a 8ª posição. Um est u d o an t r o p o l ó g i co f o i r eal i zad o , p o r m ei o d o m étodo etnográfico, m ediante observação participante e en t r ev ist a sem iest r u t u r ad a, com o ob j et iv o d e exam inar o trabalho de parto em m aternidade pública de um a capit al br asileir a, com base na per spect iv a de m ulher es j ov ens e adolescent es. Os r esult ados m ost r ar am que as m ulher es descr ev em o t r abalho

de part o dom inado pelo m edo, solidão e dor. “ E isso confirm a, aliás, as histórias sobre a dor no parto que as j ov en s ou v ir am f or a do h ospit al, sej a de seu s parentes e am igos, sej a da m ídia em geral” . Ressaltam a ausência do acom panhant e durant e o t rabalho de part o por m ot ivos inst it ucionais, o qual possibilit aria m aior segurança e m elhor enfrent am ent o da dor. Os aut or es consider ar am que os significados cult ur ais são inseparáveis das sensações físicas( 14).

O e st u d o su p r a ci t a d o p o d e a j u d a r n a argum ent ação dos result ados aqui apont ados. Apesar de a dor no parto estar ligada ao nascim ento e não a u m pr ocesso de doen ça ou de am eaça à v ida, foi co n si d e r a d a co m o u m a d a s d o r e s d e m a i o r int ensidade. Não se pode esquecer que a abordagem dada ao processo de trabalho de parto no nosso país é pr ecár ia e ger a sent im ent os de m edo, solidão e ab an d on o, r esu lt an d o em u m m om en t o d e m aior t ensão e com aum ent o da percepção dolorosa.

Pode- se perceber que as dores consideradas de m enor intensidade, tais com o dor por m ovim entos repet it ivos, dores art iculares e lom balgia, são dores co m a l t a p r e v a l ê n ci a n a p o p u l a çã o , co m m a i o r frequência no dia- a- dia e que causam consequências com o incapacidades física e social( 15- 17). No ent ant o,

n ão se car act er izam com o am eaça à v ida e est ão r elacion ad as ao t r ab alh o, ao g ên er o, à id ad e, ao est resse, ao sedent arism o, ent re out ras.

Ne st e e st u d o , t a m b é m f o i ca l cu l a d o o coeficient e de concordância de Kendall ( W) para as duas escalas j untas. O coeficiente de Kendall assum e valores que variam de - 1 a 1, sendo que os valores negat ivos indicam relação inversam ent e proporcional ent re as variáveis, ou sej a, à m edida que os valores d e u m a v ar i áv el au m en t am o s v al o r es d a o u t r a variável dim inuem . Valores posit ivos indicam relação diret am ent e proporcional ent re as variáveis, ou sej a, à m edida que os valores de um a variável aum ent am os valores de um a outra variável tam bém aum entam . Valor es p r óx im os a zer o, n eg at iv os ou p osit iv os, indicam independência ent re as variáveis, ou sej a, o com p or t am en t o d e u m a v ar iáv el n ão in f lu en cia a out r a.

(7)

in d ica q u e as or d en ações d e in t en sid ad e d e d or obt idas das est im at ivas result ant es dos dois m ét odos são co n co r d an t es p ar a o s t r ês g r u p o s e q u e as est im at iv as são est at ist icam ent e significant es com p< 0,001.

Ex ist em algu m as dif er en ças f u n dam en t ais nos escalonam entos obtidos. No m étodo de estim ação de m agnit udes é possível est abelecer as ordenações, as difer enças e, pr incipalm ent e, as r azões ent r e os graus de intensidade de dor. No m étodo de estim ação d e cat eg o r i as, é p o ssív el est ab el ecer ap en as as ordenações e as diferenças ent re as int ensidades de dor. Já no m ét odo de est im ação de post os, pode- se obter apenas um a ordenação das intensidades de dor. Al g u n s a u t o r e s( 1 8 ), e m e st u d o a n t e r i o r,

ressaltaram que, com o uso das escalas de categorias, há dois problem as centrais. Prim eiro, com o o núm ero de categorias com as quais os estím ulos são j ulgados é fixo, o m ét odo int roduz sérios vieses. Por isso, as escalas de cat egor ias são especialm en t e sen sív eis aos efeit os de cont ext o, t ais com o a am plit ude das cat egorias e a frequência dos est ím ulos. No caso da m ensuração da dor, um a m aior font e de er r o t em sido o const rangim ent o causado ao exam inando pela im posição de um a âncora ( lim it e superior) no fim do cont ínuo de dor, ist o é, da escala de m ensuração da dor. Segundo, as escalas de categorias não perm item af ir m ações sob r e a r azão d e d if er en ças en t r e as m edidas de dor obt idas; é significat ivo afirm ar que um a m edida é m aior do que um a out ra ou subt rair um a da out r a, m as não é possível deduzir quant as vezes um a m edida é m aior ou m enor que um a outra. Nos m étodos de estim ação de categorias não é possível conhecer as razões ent re as int ensidades de dor, ou sej a, não é possível saber, por exem plo, quanto a dor no câncer é considerada m aior ou m enor d o q u e a d o r p o r q u ei m a d u r a . Po d e- se a f i r m a r, obser v ando a Tabela 1, que a dor por cólica r enal ( EM= 317,31) é consider ada pelo gr upo de m édicos cerca de duas vezes m ais int ensa do que a dor pós-op er at ór ia ( EM= 1 5 9 , 8 3 ) ; en q u an t o q u e a d or n o cân cer ( EM= 3 1 0 , 5 0 ) é con sider ada pelo gr u po de enferm eiros cerca de duas vezes m ais intensa do que a dor por neuropat ia periférica ( EM= 154,24) .

Essas com parações tam bém podem ser feitas ent re os grupos, por exem plo, pode- se dizer que a

dor na AI DS é pouco m ais intensa que o dobro ( 2,5) , par a pacient es am bulat or iais ( EM= 3 0 3 , 6 0 ) do que par a m édicos ( EM= 118,42) ; e cer ca de duas vezes m a i s i n t e n sa p a r a p a ci e n t e s a m b u l a t o r i a i s ( EM= 303,60) do que para enferm eiros ( EM= 133,11) ; e, ainda, apr esent a int ensidade de dor apr ox im ada e n t r e e n f e r m e i r o s ( EM= 1 3 3 , 1 1 ) e m é d i co s ( EM= 118,42) . Vár ias out r as com par ações, ent r e as am ost r as e int er am ost r as podem ser r ealizadas, j á q u e a escal a d e r azão p r o p o r ci o n a esse t i p o d e com par ação.

CONCLUSÕES

1) A dor no câncer, a dor por infarto do m iocárdio, a dor por cólica renal, a dor por queim adura e a dor no par t o for am consider ados os t ipos de dor de m aior in t en sid ad e, in d ep en d en t e d o m ét od o p sicof ísico ut ilizado ou da am ost r a est udada, além da dor na AI D S, a p o n t a d a p e l a a m o st r a d e p a ci e n t e s am bulat oriais, ent re as dores de m aior int ensidade. 2 ) A d o r p o r d e so r d e m n a a r t i cu l a çã o t em por om andibular, as dor es ar t icular es, a dor por novim ent os repet it ivos, a dor por cólica m enst rual e a lom balgia for am consider ados os t ipos de dor de m e n o r i n t e n si d a d e , i n d e p e n d e n t e d o m é t o d o psicofísico ut ilizado ou da am ost ra est udada. 3 ) As or den ações de posições da in t en sidade dos difer en t es t ipos de dor, com paran do os difer en t es m ét odos psicofísicos ut ilizados, result aram em níveis de concordância significat iva.

4 ) Tal est u d o p ossib ilit ou ap r of u n d ar r ef lex ões a r espeit o da per cepção do fenôm eno dolor oso e do seu sign if icado par a a n ossa cu lt u r a, com par an do profissionais e pacient es, por m eio de m ét odo válido e con fiáv el. Hou v e div er gên cias n a per cepção das i n t e n si d a d e s d e a l g u n s t i p o s d e d o r, e e ssa s divergências foram observadas principalm ent e ent re p r o f i ssi o n a i s e p a ci e n t e s ( m é d i co s- p a ci e n t e s, enfer m eir os- pacient es) .

(8)

REFERÊNCI AS

1. Car valho AMP. Enfr ent am ent o da dor : cont r ibuições da psicologia. Rev. Dor : Pesquisa, Clínica e Terapêut ica 2005 j an/ fev/ m ar; 6( 1) : 525- 9.

2. Engel GL. Psychogenic pain and t he painprone pat ient . Am J Med 1 9 5 9 ; 2 6 ( 6 ) : 8 9 9 - 9 1 8 .

3. Noble B, Clark D, Meldrum M, Have H, Seym our J, Winslow M, Paz S. The m easurem ent of pain, 1945- 2000. J Pain Sym pt Manag. 2005 Januar y ; 29( 1) : 14- 21.

4. Girdler SS, Maixner W, Naft el HA, St ewart PW, Moret z RL, Light KC. Cigar et t e sm ok ing, st r ess- induced analgesia and p a i n p e r ce p t i o n i n m e n a n d w o m e n . Pa i n 2 0 0 5 Ap r i l ; 1 1 4 ( 3 ) : 3 7 2 - 8 5 .

5. Cam pbell CM, Edwards RR, Fillingim RB. Et hnic differences in responses t o m ult iple experim ent al pain st im uli. Pain 2005 Jan u ar y ; 1 1 3 ( 1 - 2 ) : 2 0 - 6 .

6- St evens SS. On t he psychopysical law. Psychol Rev 1957 May ; 6 4 ( 3 ) : 1 5 3 - 8 1 .

7. Pereira LV, Sousa FAEF. Psychophysical evaluat ion of t he d escr ip t or s of p ain in t h e p ost op er at iv e. Rev Lat in o- am Enfer m agem 2 0 0 7 ; 1 5 ( 3 ) : 4 7 4 - 9 .

8 . Faleir os Sou sa FAE, Hor t en se, P. Social p er cep t ion of nursing professional assessed by different scales. Rev Lat ino-am Enfer m agem 2006; 14( 6) : 857- 62.

9. Pim ent a CAM, Ferreira K. Dor no doent e com câncer. I n: Pim ent a CAM, Mot a DDCF, Cruz DALM, organizadores. Dor e cu idados paliat iv os: En f er m agem , m edicin a e psicologia. Barueri, SP: Manole; 2006. p. 124- 66.

1 0 . Pr i ce D D , H a r k i n s SW, Ba k e r C. Se n so r y - a f f e ct i v e

r e l a t i o n sh i p s a m o n g d i f f e r e n t t y p e s o f cl i n i ca l a n d ex per im ent al pain. Pain 1987 Mar ch; 28( 3) : 297- 307. 11. Sont ag S. Doença com o m et áfora. Rio de Janeiro: Graal; 1 9 8 4 .

12. Sher m an Júnior CD. Aspect os psicossociais do câncer. I n: Manual de Oncologia Clínica. São Paulo: FOSP; 1999. 13. Dobalian A, Tsao JCI , Duncan RP. Pain and t he use of out pat ient services am ong persons wit h HI V: result s from a nat ionally r epr esent at ive sur vey. Med Car e 2004 Febr uar y; 4 2 ( 2 ) : 1 2 9 - 3 8 .

14. Mccallum C, Reis AP. Re- significando a dor e superando a solid ão: ex p er iên cias d o p ar t o en t r e ad olescen t es d e classes populares at endidas em um a m at ernidade pública de Salv ador, Bah ia, Br asil. Cad. Saú de Pú blica 2 0 0 6 j u n h o; 2 2 ( 7 ) : 1 4 8 3 - 9 1 .

15. Saast am oinem P, Leino- Arj as P, Laaksonen M, Lahelm a E. Socio- econom ic differ ences in t he pr ev alence of acut e, chronic and disabling chronic pain am ong ageing em ployees. Pain 2 0 0 5 Apr il; 1 1 4 ( 3 ) : 3 6 4 - 7 1 .

1 6 . Alex an dr e GC, Nadan ov sk y P, Lopes CS, Faer st ein E. Prevalência e fat ores associados à ocorrência da dor de dent e q u e i m p ed i u a r eal i zação d e t ar ef as h ab i t u ai s em u m a população de funcionários públicos no Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública 2006 m aio; 22( 5) : 1073- 8.

17. Chung JWY, Wong TKS. Prevalence of pain in a com m unit y populat ion. Pain Med 2007 Januar y ; 8( 3) : 235- 42.

18. Sousa FAEF, Da Silva JA. A m ét rica da dor ( dorm et ria) : pr oblem as t eór icos e m et odológicos. Rev Dor : Pesqu isa, Clínica e Terapêut ica 2005 j an/ fev / m ar ; 6( 1) : 469- 513.

Referências

Documentos relacionados

•  A simplificação e desburocratização da transmissão entre vivos, de prédios rusticos nas zonas rurais, implica repensar a necessidade ou utilidade do

Desenvolveu-se este estudo com o objetivo de identificar quais são os melhores preditores para a progressão na leitura, sobretudo ao nível da sala dos cinco anos da

Nessa época a maioria dos caminhoneiros que se aventurava pelas estradas Brasil afora (e não eram essas estradas que você conhece hoje) faziam do pára-choque de seus

Homem é como basculante: quando velho, não levanta mais.. Homem é como vassoura: sem o pau, não serve

Os alunos que concluam com aproveitamento este curso, ficam habilitados com o 9.º ano de escolaridade e certificação profissional, podem prosseguir estudos em cursos vocacionais

regulamentares ou regimentais do cargo, no caso de cargo técnico ou científico. 279 - Para os efeitos deste Capítulo, a expressão “cargo” compreende os cargos, funções ou empregos

Atrás destes mesmos balcões existe um móvel munido de gavetas onde se guardam produtos como termómetros, testes de gravidez, soro fisiológico, algodão, entre outros,

Este trabalho se refere ao instituto processual conhecido como fundamentação das decisões judiciais, que em razão da divergência doutrinária quanto a nomenclatura