• Nenhum resultado encontrado

Processos de mentoria com educadores musicais brasileiros e oficineiros do programa escola aberta

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Processos de mentoria com educadores musicais brasileiros e oficineiros do programa escola aberta"

Copied!
126
0
0

Texto

(1)

MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO

ADILZA RAQUEL CAVALCANTI DOS SANTOS

PROCESSOS DE MENTORIA COM EDUCADORES MUSICAIS

BRASILEIROS E OFICINEIROS DO PROGRAMA ESCOLA

ABERTA

(2)

ADILZA RAQUEL CAVALCANTI DOS SANTOS

PROCESSOS DE MENTORIA COM EDUCADORES MUSICAIS

BRASILEIROS E OFICINEIROS DO PROGRAMA ESCOLA

ABERTA

Dissertação apresentada ao Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração da Faculdade Boa Viagem, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Gestão Empresarial.

Orientadora: Prof.ª Sonia Maria Rodrigues Calado Dias, Ph. D.

(3)

FACULDADE BOA VIAGEM

CPPA – CENTRO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

MESTRADO PROFISSIONAL EM GESTÃO EMPRESARIAL

CLASSIFICAÇÃO DE ACESSO A DISSERTAÇÕES

Considerando a natureza das informações e compromissos assumidos com suas fontes, o acesso à dissertação do Mestrado Profissional em Gestão Empresarial - MPGE do Centro de Pesquisa e Pós-Graduação em Administração – CPPA – da Faculdade Boa Viagem é definido em três graus:

Grau 1: livre (sem prejuízo das referências ordinárias em citações diretas e indiretas);

Grau 2: com vedação a cópias, no todo ou em parte, sendo, em conseqüência, restrita a consulta em ambientes de bibliotecas com saída controlada;

Grau 3: apenas com autorização expressa do autor, por escrito, devendo, por isso, o texto, se confiado a bibliotecas que assegurem a restrição, ser mantido em local sob chave ou custódia;

A classificação desta dissertação se encontra, abaixo, definida por seu autor.

Solicita-se aos depositários e usuários sua fiel observância, afim de que se preservem as condições éticas e operacionais da pesquisa científica na área de administração.

Título da Dissertação: “PROCESSOS DE MENTORIA COM EDUCADORES

MUSICAIS BRASILEIROS E OFICINEIROS DO PROGRAMA ESCOLA ABERTA”.

Nome do (a) autor (a): Adilza Raquel Cavalcanti dos Santos

Data da Aprovação: 22 de agosto de 2011.

Classificação conforme especificação acima:

Grau 1

Grau 2

Grau 3

Recife, agosto 2011.

(4)
(5)

Dedicatória

(6)

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus primeiramente, pois Ele nos dá pés como os da corça para podermos andar em lugares altaneiros.

À minha amiga Rilbany,(Kéia), que tem sido mais que uma amiga,tem sido uma irmã.

A Vera Capucho e ao Genilson Marinho, pelo incentivo e carinho na área acadêmica e profissional. Meus exemplos.

A Maria Auxiliadora Franza, (Dora), que muito me apoiou na etapa final desta pesquisa.

À Simone Lyra, coordenadora do Programa Escola Aberta e ao Waldenilson Costa, presidente da ABANFARE/PE, pela grande contribuição.

Ao oficineiro Adenilton (Nininho) e a oficineira Socorro, que sem eles, a pesquisa não teria sido feita. Aos oficineiros, gestores e coordenadores das escolas João Bezerra e Luis de Camões, que me abriram as portas para essa pesquisa.

Aos professores e professoras do mestrado FBV, que passaram em minha vida deixando marcas positivas. À Albina Simões, pela generosidade e atenção.

Aos meus colegas e minhas colegas do curso, onde aprendemos a viver juntos com as diferenças, enfrentando momentos de dificuldades e de prazer.

Aos amigos e amigas que me apoiaram nessa caminhada. Ao professor Ary Júnior e Giselle Diniz, pelo apoio e carinho.

E a todos e todas que me ajudaram de alguma forma e me auxiliaram nessa nova conquista.

A Professora Lúcia Barbosa, coordenadora do Mestrado e ao professor Marcos Feitosa que me apoiaram de forma carinhosa.

(7)

(8)

RESUMO

A presente pesquisa teve como objetivo investigar como se apresenta o processo de mentoria sobre os educadores musicais brasileiros, nos seus professores de música, e em especial, os educadores musicais, denominados oficineiros do Programa Escola Aberta, um exemplo de ensino não formal no Recife. Esta pesquisa está baseada em um estudo de caso que procurou verificar a presença do fenômeno da mentoria cujas experiências estão dentro de relacionamentos. A mentoria se caracteriza entre mentor (alguém mais experiente) e mentorado (alguém menos experiente), no qual o mentor serve de modelo para o jovem aprendiz. Trabalhou-se com dois grupos e dois campos de pesquisa. O subgrupo 1, com educadores musicais brasileiros e o subgrupo 2 de oficineiros de música do Programa Escola Aberta. Foram utilizados encontros e entrevistas semi-estruturadas com dois oficineiros do Programa Escola Aberta, e um questionário com perguntas abertas e “survey” disponível na internet para educadores musicais de todo o Brasil. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, um estudo de caso exploratório e descritivo. A descrição do Programa Escola Aberta foi feita com base na análise documental, nas avaliações de campo e nas entrevistas. Na análise dos resultados foram identificados que as funções de mentoria estão intensamente presentes nos relacionamentos dos alunos com os seus oficineiros. O resultado da pesquisa contribui para estudos teóricos da mentoria. Nessa pesquisa, utilizou a palavra professor para mentor e aluno para mentorado.

(9)

ABSTRACT

This study aimed to investigate how the process of mentoring has on the Brazilian music educators in their music teachers, and in particular, music educators, workshop instructors called the Programa Escola Aberta, an example of non-formal education in Recife. This research is based on a case study that sought to verify the presence of the phenomenon of mentoring whose experiences are within relationships. Mentoring is characterized between mentor (someone more experienced) and mentoring (someone less experienced), where the mentor serves as a model for the young learner. He worked with two groups and two research fields. The subgroup 1, with Brazilian music educators and the subgroup 2 of workshop instructors Music the Programa Escola Aberta. Meetings were used and semi-structured interviews with two workshop instructors Programa Escola Aberta, and a questionnaire with open and "survey" available on the Internet for music educators from all over Brazil. The methodology was qualitative in nature, an exploratory case study and descriptive. The description of the Programa Escola Aberta was based on documentary analysis, field evaluations and interviews. In the analysis of the results identified that the functions of mentoring relationships are intensely present in the workshop instructors with their students. The result of the research contributes to theoretical studies of mentoring. In this study, we used the word mentor and teacher to student for mentoring.

(10)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - onde ocorreu o aprendizado. ...48

Figura 2 - formação em música... 49

Figura 3 - especialidade de formação...50

Figura 4 – estabelecimento...52

Figura 5 - especialidade na área de música...53

Figura 6 - funções artísticas...55

Figura 7 - vida profissional...56

Figura 8 - contribuições da música...57

(11)

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – educadores musicais brasileiros ... 47

Quadro 2 – respostas abertas ... 47

Quadro 3 – lugar onde ocorreu o aprendizado em música ... 48

Quadro 4 – formação em música... 49

Quadro 5 – especialidade de formação ... 50

Quadro 6 - estabelecimento ... 51

Quadro 7 – especialidade na área de música ... 53

Quadro 8 – funções artísticas ... 54

Quadro 9 – vida profissional ... 56

Quadro 10 – contribuição da música ... 57

Quadro 11 – sexo ... 58

Quadro 1 – idade ... 58

Quadro 13 – entrevista das 2 escolas ... 59

Quadro 14 – oficineiros entrevistados ... 60

Quadro 15 – alunos entrevistados ... 61

Quadro 16 – pais entrevistados ... 61

Quadro 17 – função de professor de música ... 62

Quadro 18 – influências de mentores ... 63

(12)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 13

1.1 Contextualização ... 13

1.2 Pergunta de pesquisa ... 16

1.3 Objetivo Geral ... 16

1.4 Objetivos específicos... 17

1.5 Justificativas ... 18

1.5.1 Justificativas teóricas... 18

1.5.2 Justificativas práticas...19

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ... 22

2.1 Mentoria ... 22

2.1.1 Conceito e Origens da mentoria ... 22

2.1. 2 Funções da mentoria... 24

2.1. 2.1 Funções de carreira... 25

2.1.2.2 Funções psicossociais ... 27

2.2 Educação Musical ... 30

2.2.1 Educação Musical no Brasil ... 31

2.2.2 A Educação Musical no ensino não formal: Programa Escola Aberta ... 33

2.3 Questões norteadoras... 36

3 METODOLOGIA ... 38

3.1 Delineamento da pesquisa ... 38

3.2 População e Amostra ... 41

3.3. Instrumentação das variáveis ... 62

3.3.1 instrumentação da existência de características fundamentais da função do professor de música à luz da mentoria ... 62

3.3.2 instrumentação do perfil dos principais mentores dos educadores musicais do caso em estudo e a influência de mentores no seu papel atual e até que ponto como eles percebem a mentoria como parte do seu papel. ... 63

3.3.3 instrumentação da mentoria e das suas funções, sua relevância e freqüência. ... 64

3.4 Coleta de dados ... 65

3.4.1 Instrumento ... 65

3.4.2 Processo ... 68

(13)

3.6 Limites e limitações do estudo ... 71

3.6.1 Limites ... 71

3.6.2 Limitações do estudo ... 72

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO... 74

4. 4.1 Primeira questão norteadora ... 74

4.1.1 Existência de características fundamentais da função do professor de música ... 74

4.1.2 Apresentação, análise de dados e discussão dos achados... 75

4.2 Segunda e terceira questões norteadoras. ... 86

4.2.1 Influência de mentores no papel dos educadores musicais em estudo e a mentoria ... 86

4.2.1.1 Apresentação, análise de dados e discussão dos achados... 87

4.3 Quarta e quinta questões norteadoras ... 92

4.3.1 Funções de mentoria sob a ótica dos Stakeholders (pais e alunos) ... ... 92

4.3.1.1 Apresentação, análise de dados e discussão dos achados... 93

5. CONCLUSÕES E SUGESTÕES ... 99

5.1 Conclusões ... 99

5.2 Sugestões ... 101

5.2.1Sugestões de ações da pesquisa...101

REFERÊNCIAS...103

APÊNDICE A- ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS PAIS...107

APÊNDICE B- ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS ALUNOS... 108

APÊNDICE C -ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA OS OFICINEIROS...109

APÊNDICE D -CARTÕES DAS FUNÇÕES...110

APÊNDICE E -QUESTIONÁRIO DO SURVEY MONKEY...112

APÊNDICE F - CARTAS DE APRESENTAÇÃO E SOLICITAÇÃO...118

ANEXO A- FOTOS DA ESCOLA 1...122

ANEXO B - FOTOS DA ESCOLA 2...124

(14)

1

INTRODUÇÃO

Neste capítulo introdutório serão abordados os argumentos para análises das perguntas de pesquisa, bem como será discutido o objetivo geral e os objetivos específicos para o tema de mentoria na educação musical nos educadores musicais brasileiros e no ensino não formal sobre os oficineiros de música do Programa Escola Aberta e também serão apresentadas as justificativas teóricas e práticas, inseridas na contextualização.

1.1

CONTEXTUALIZAÇÃO

Para que a vivência e aprendizagem da educação musical possam ser de suma importância na formação de cidadãos é necessário que todos tenham a oportunidade de participar ativamente como ouvintes, intérpretes, compositores e improvisadores, dentro e fora da sala de aula. De acordo com Loureiro (2010), a música vem desempenhando, ao longo da história, uma função importante no desenvolvimento do ser humano, seja no aspecto espiritual, seja no moral e no social, contribuindo para aquisição de hábitos e valores indispensáveis ao exercício da cidadania.

(15)

do desenvolvimento de pesquisas, grupos de pessoas e organizações governamentais e não governamentais e nesse processo de transição e articulação, a educação musical está tendo a oportunidade de ser ampliada, desenvolvendo ações e estruturas pedagógicas mais condizentes com a realidade brasileira (OLIVEIRA, 2000).

O debate sobre os termos formal e não formal na área da educação musical vem se discutindo desde o ano de 2000. Oliveira (2000) chama a atenção para a possível inadequação desses termos para área de educação musical. Para Libâneo (1999), a educação formal seria aquela estruturada, organizada, planejada intencionalmente, sistemática. Ele considera a educação não formal aquela que inclui atividades com caráter de intencionalidade, porém com um baixo grau de sistematização e estruturação e as atividades extra-escolares que ocorrem na escola. Para Santos (2001), na área de educação musical, a educação não formal é o espaço que tem caracterizado as diferentes formas desenvolvidas fora da grade escolar.

A educação não formalé um instrumento de extrema relevância no processo de formação e construção da cidadania do sujeito, em qualquer nível social ou de escolaridade. Gohn (2010) conceitua a educação não formal como um processo sociopolítico, cultural e pedagógico de formação para a cidadania, a educação não formal trabalha coletivos e se preocupa com os processos de construção de aprendizagens e saberes coletivos.

(16)

socialização que mudam os mentores e mentorados no aspecto fisiológico, mental, emocional e talvez no aspecto espiritual.

A autora ressalta que a mentoria pode ser um relacionamento capaz de alterar vidas e de inspirar o crescimento, o aprendizado, e o desenvolvimento mútuo. Seus efeitos podem ser inesquecíveis, profundos e duradouros. Ela tem a capacidade de transformar as pessoas, os grupos, as organizações e as comunidades.

O Programa Escola Aberta, um exemplo de educação não formal, se propõe a promover aressignificação da escola como espaço alternativo para odesenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte, lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos finais de semana. Tendo como principal objetivo contribuir para a melhoria de qualidade da educação, a inclusão social e a construção de uma cultura de paz. Espera-se então, que o programa tenha como resultados o fortalecimento da relação entre a escola e a comunidade escolar (diretores, pais, alunos, coordenadores, professores, assistentes educacionais e comunidade onde a escola está inserida) bem como a ampliação das oportunidades de acesso a espaços de promoção da cidadania.

(17)

musicais de forma geral a se desenvolverem e crescerem mutuamente, seja no aspecto moral, intelectual, espiritual e profissional.

Com fundamento na justificativa, foi delineada a pergunta de pesquisa que a seguir se apresenta com o objetivo geral e os objetivos específicos.

1.2 PERGUNTA DE PESQUISA

De que modo se apresenta processos de mentoria em educação musical com educadores musicais brasileiros e no ensino não formal com oficineiros no Programa Escola Aberta?

1.3 OBJETIVO GERAL

Investigar de que modo se apresenta processos de mentoria em educação musical com educadores musicais brasileiros e no ensino não formal com oficineiros no Programa Escola Aberta?

(18)

1.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Para alcançar o objetivo geral, foram delineados os seguintes objetivos específicos:

Objetivo específico 1

: Identificar o que os educadores musicais brasileiros consideram características fundamentais da função de professor de música à luz da mentoria ;

Objetivo específico 2:

Investigar como os educadores musicais do caso em estudo, percebem a influência de mentores no seu papel atual;

Objetivo específico 3:

Investigar até que ponto os educadores musicais do caso em estudo, consideram a mentoria como parte de seu papel;

Objetivo específico 4:

Identificar até que ponto as funções de carreira estão presentes no comportamento dos educadores musicais, na ótica dos diversos Stakeholders do Programa: pais e alunos beneficiados;

(19)

1.5

JUSTIFICATIVAS

Nesta seção serão apresentadas as justificativas teóricas e práticas que solidificam a realização dessa pesquisa.

1.5.1 Justificativas teóricas

Esta pesquisa, em aspectos teóricos, despertou o interesse de descobertas e investigações no terreno da mentoria, ainda em análise e fase de evolução no contexto acadêmico brasileiro. A pesquisa de Guimarães (2009), fala que o interesse na mentoria continua a ganhar terreno por conta de sua aplicação prática no cenário organizacional como também por conta do seu apelo pessoal, tangível e transformador dos relacionamentos. Ela é acessível quando estruturada dentro das próprias experiências.

Deve considerar que esse campo da mentoria ainda é pouco explorado, pois Chandler e Kram (2007) salientam para a necessidade de, ao se discutirem as pesquisas, considerarem os cenários nacionais e a quem são realizadas. Bozionellos (2006) relata que há escassez de pesquisas de mentoria com amostras que não sejam relacionadas com a cultura anglo-saxã.

(20)

Doutorado no Brasil, um Modelo Brasileiro de Orientação ideal, utilizando como referencial os modelos internacionais de Mentoria e de Liderança vigentes; ainda, a de Marques (2006), o objetivo foi investigar como ocorre a mentoria em um programa de Reforço escolar voltado para crianças e adolescentes carentes de uma comunidade do Recife/PE. Guimarães (2009) relata em sua pesquisa que, além das dissertações e teses, ainda existem outros estudos que fazem parte de um projeto maior do Laboratório de Mentoria e Liderança-LML sob a responsabilidade da professora Sônia Calado (Ph. D), da Faculdade Boa Viagem em Recife, que um dos objetivos desse núcleo é identificar um modelo brasileiro de Mentoria, diferente do apresentado por Kram (1985).

De acordo com levantamento bibliográfico realizado, não foram encontrados pesquisas sobre o tema mentoria, na área de educação musical.

A pesquisa é relevante, pois faz-se necessário, investigar como ocorre a mentoria no Brasil e quais as suas especificidades, funções e características. Neste sentido, a presente pesquisa visa oferecer algumas contribuições para área da Música, além de utilizar dados de educadores musicais brasileiros e oficineiros de música, que será bastante útil para estudos posteriores na área musical.

1.5.2

Justificativas práticas

(21)

musicais, denominados oficineiros, do Programa Escola Aberta da Secretaria de Educação de Pernambuco.

Em relação aos educadores musicais brasileiros essa pesquisa poderá despertar interesse no núcleo de pesquisa de Educação Musical da Universidade Federal de Pernambuco; em outras universidades e faculdades nas diversas áreas da Educação, da Administração, nas escolas específicas de música (ou não), conservatórios, nas prefeituras que tem educadores musicais no quadro docente, nos Institutos Federais que ensinam música e nos próprios educadores participantes da pesquisa.

No caso específico, dos oficineiros que fazem parte do Programa Escola Aberta, despertará aos estudiosos que pesquisam sobre a educação não formal e as Secretarias de Educação Estadual, Municipais que contém o Programa e os próprios oficineiros, alunos, pais, voluntários e gestores que contribuíram de alguma forma com a pesquisa.

Do ponto de vista prático,acredita-se que,o trabalho desenvolvido na educação musical pelos educadores musicais na educação formal e não formal e pelo oficineiro em sua oficina na educação não formal,pode contribuir decisivamente na construção da identidade do aluno que poderá fundamentar a sua prática de cidadania sob a perspectiva da mentoria, dando-lhe uma orientação inclusiva ou atuando no sentido de erradicara exclusão eo preconceito na sociedade, comunidade, na sua casa e na própria sala de aula.

(22)

Assim, o exercício de mentoria desses educadores e oficineiros constituem-se numa importante fonte de investigação, pois dessa prática vão emergir vários elementos que nos permitirão compreender a transformação do aluno à luz da mentoria.

Enfim, segundo Erlich (2010), numa perspectiva geral, com este trabalho, pretende-secontribuir, ainda que em um campo específico, para a redução da lacuna que Ragins e Kram (2007, p. 11) apontam existir entre pesquisa e prática na área da mentoria.

(23)

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, tratar-se-á sobre o conceito e origem de mentoria e suas especificidades e quais as funções de carreira e psicossocial desempenhadas do mentor em relação ao mentorado.

2.1 MENTORIA

2.1.1 Conceito e Origens da mentoria

A mentoria pode ser um relacionamento capaz de alterar vidas e inspirar o crescimento, o aprendizado e o desenvolvimento mútuo. É quando acontecem instruções do mais experiente para o menos experiente. Ela é acessível quando estruturada dentro das nossas próprias experiências. De acordo com Santos (2007), mentoria é algo que sempre esteve presente na história da humanidade de várias formas, manifestadas através de conselheiros, educadores, orientadores e modeladores de conduta.

(24)

permitido a ele a responsabilidade pelo desenvolvimento físico, social intelectual e espiritual dos jovens (CARR, 1999).

De acordo com a literatura, mentoria é um termo que surgiu por volta de 800 a.c na Grécia antiga e é encontrado, mais propriamente, na Odisséia de Homero, poema épico, em prosa, que relata a respeito de séculos e tradições ancestrais e que serviam de modelo de epopéia. Tal poema refere-se às batalhas travadas na lendária Guerra de Tróia vividas pelo rei Odisseu (o mesmo que Ulisses, em latim) personagem principal da Odisséia e de suma importância da mitologia grega. Odisseu, Rei de Ética, deixou seu filho Telêmaco aos cuidados de um escravo por nome Mentor, este escravo possuía a função de aconselhá-lo e de ser seu mestre. Além de ser seu tutor, mentor preparava Telêmaco para a vida orientando-o e contribuindo para o seu desenvolvimento a fim de que o mesmo pudesse enfrentar as responsabilidades que teria de assumir no futuro (KRAM, 1985). Mentor passou a ser o responsável pela preparação de Telêmaco para ser sucessor de seu pai.

Para Roberts (1999), a origem moderna do uso do termo “mentor” esta

relacionada à obra “Les Aventures de Télémaque” do frances François de Salignac de La

(25)

Francês e inglês como um substantivo comum, no início do século XVIII, e o seu primeiro registro escrito data de 1750, de acordo com Clark (1984), referido por Roberts (1999). Apesar de o surgimento da mentoria acontecer em tempos muitos distantes, a sistematização dos estudos nesta área só veio a ocorrer nas ultimas três décadas.

2.1.2 Funções da mentoria

A seguir se abordará as funções existentes no processo de mentoria conforme definido no modelo internacional por Kram 1985 e operacionalizado por Noe, 1988.

Os processos de mentoria conforme vistos na literatura sempre são apresentados como formados por diversas funções, que são aqueles aspectos de um relacionamento de desenvolvimento que elevam o crescimento e o avanço dos indivíduos.

Essas funções são características essenciais que diferenciam os relacionamentos de desenvolvimento de outros relacionamentos de trabalho (Kram, 1985).

(26)

2.1.2.1 Funções de carreira

Função de carreira ou suporte de carreira inclui a ajuda que o mentor dá ao mentorado para que este se firme na organização e conheça seus meandros preparando-o para a ascensão. Este suporte refere-se também às atividades que o mentor desenvolve no sentido de auxiliar o mentorado em sua carreira profissional. A seguir, encontram-se características identificadas por Kram (1985) como sendo suporte de carreira: oferta de tarefas desafiadoras, coaching, proteção, exposição e visibilidade positiva e patrocínio. Tais funções são abordadas abaixo:

a)

Tarefas desafiadoras:

Acontece quando o mentor atribui ao mentorado trabalhos desafiadores apoiado por treinamento técnico e feedback,visando o desenvolvimento de competências específicas.A função de prover tarefas desafiadoras é vital para o crescimento profissional do mentorado preparando-o para posições de maior responsabilidade.

b)

Coaching ou treinamento:

(27)

(1992), o coaching preocupa-se apenas com a tarefa e as informações necessárias para sua realização não desenvolvendo interesse para com a carreira do jovem aprendiz. Todavia, para Azevedo e Dias (2002), pode haver o coaching em algumas ocasiões,quando, por exemplo, o mentor orienta o mentorado no sentido de obter dele o desenvolvimento de habiidades específicas para o cumprimento de determinada tarefa.

c)

Proteção:

Refere-se à função pela qual o mentor protege o seu mentorado colocando-se na posição de escudo para que para que o mesmo não seja alvo de contatos potencialmente danosos de outras pessoas normalmente de postos superiores da organização até que o mentorado atinja níveis de desempenho dignos de exposição e visibilidade, pois existem momentos que a visibilidade não é benéfica para mentorado principalmente quando ele não está preparado para, em determinadas situações, alcançar resultados esperados.

d)

Patrocínio:

(28)

e)

Exposição e visibilidade:

A função de exposição e visibilidade ocorre quando o mentor dá tarefas que fazem com que o mentorado tenha contato direto com pessoas de mais alto nível e estas vêem o seu potencial, facilitando futuras promoções.

Para Kram (1985) a exposição e visibilidade correspondem à atribuição de responsabilidades ao mentorado, de modo que ele mantenha contatos e desenvolva relacionamentos com pessoas importantes que podem influenciar no seu destino funcional e profissional. Com estes contatos de alto nível e de diferentes partes da organização (daí, o papel de “força socializadora” exercido por essa função). Ele conhece melhor o funcionamento corporativo. Também se vai preparando para posições de maior responsabilidade e autoridade.

2.1.2.2 Funções psicossociais

(29)

a

) Papel modelo:

Quando ocorre a idealização da imagem do mentorado em seu mentor. O mentor passa a ser um exemplo para o mentorado que irá se identificar com ele que lhe servirá de modelo de forma consciente ou inconsciente. A partir dessa identificação, o mentorado passa a admirar respeitar e imitar o seu mentor. As partes conscientes são desenvolvidas no dia-a-dia do trabalho e permitem ao mentorado aprender certas abordagens, atitudes e valores pertencentes ao mentor. O mentorado pode ver seu mentor como representante do seu próprio futuro (RAGINS, 1997). No caso de jovens e adolescentes, os adultos são vistos como ideais, com os quais aprenderão determinados comportamentos, de que irão receber colaborações sobre carreiras potenciais e com que irão desenvolver habilidades especificas (RHODES et al, 2002).

b)

Aceitação e Confirmação:

(30)

c)

Aconselhamento:

É quando o mentor oferece sua experiência pessoal sugerindo alternativas diante dos conflitos e ansiedades do mentorado quando este se encontra diante de um cenário e que tende a prejudicar sua produtividade. Com a confiança depositada em seu mentor o mentorado encontra ambiente e espaço tranqüilos para falar abertamente de seus problemas. O mentor assume o papel de “caixa de ressonância” confiável que serve à

exploração e avaliação dessas questões. Apóia através de feedback e escuta ativa. Torna-se um confidente e ajuda o mentorado sobre a compreensão do mundo e também na reflexão sobre seus dilemas pessoais. Neste processo o mentorado se sente confortável por ter alguém com quem pode compartilhar suas preocupações sem se expor a outras pessoas e abordar problemas que interferem na sua eficiência e auto valoração. Com tudo isso, o indivíduo se sente mais capaz de lidar eficazmente com suas preocupações e dilemas (KRAM, 1985).

d)

Amizade:

É a função que se caracteriza por interações sociais entre o mentor e o mentorado resultando em sensação de bem estar diante de trocas de experiências em um contexto informal, que são vividas no cotidiano, e que trazem alívio para as pressões do trabalho. Segundo Noe (1988) e Kram (1985), um ambiente mais informal gera um clima de amizade sincera e melhora significativamente a relação de mentoria, tornando as partes mais próximas e satisfeitas com o relacionamento.

Johnson e Rydley (2008) consideram que na mentoria se pratica uma “amizade de

(31)

confiança e afeto, para uma relação que toma novos rumos. Kram (1985) aponta que amizade é uma das forças que o relacionamento pode tomar na fase de redefinição, quando as experiências de mentoria já foram amplamente vividas; a amizade segue agora entre pares, sem distinção hierárquica.

2.2 EDUCAÇÃO MUSICAL

“Tomar o campo do saber pedagógico-musical como absolutamente aberto, sem fronteiras, mas com horizontes, permitindo trânsitos inusitados e inesperados, articulações entre os diversos espaços escolares e não escolares, talvez seja o desafio que temos que enfrentar”. (Souza, 2001, p. 165).

A educação musical é um pilar imprescindível para a transformação da sociedade. A importância da música tem sido discutida por muitos estudiosos na área da Educação, e que pretendem identificar o que essa disciplina representa na vida das pessoas. O desenvolvimento cognitivo, psicomotor, emocional e social é objeto de estudo de educadores e músicos.

(32)

por preconceitos, o desenvolvimento de criatividade, do senso crítico, do senso de responsabilidade, da sensibilidade de valores qualitativos e da memória, principalmente o desenvolvimento do processo de conscientização do todo, base essencial do raciocínio e da reflexão.

2.2.1 A Educação Musical no Brasil

A Educação Musical, no Brasil, acompanhou o desenvolvimento da educação brasileira. Existem registros de uso da música na Educação desde a chegada dos jesuítas ao país. Neste período, a música, era empregada na catequese. Esse quadro permanece inalterado, com exceção da ampliação do colégio jesuítas, durante os séculos XVI e XVII e primeira metade do século XVIII.

Na segunda metade do século XVIII, mudanças na legislação educacional são impetradas pelo marquês de Pombal. São as chamadas “Reformas Pombalinas”, as quais

buscavam adequar o Estado português ao pensamento iluminista. As reformas Pombalinas desestruturaram o ensino religioso sem, contudo, implementar um sistema educacional laico, público e gratuito.

(33)

Durante o Vice-Reinado e o Brasil Império, vamos ter uma política educacional orientada para formação de nível superior, buscando suprir uma demanda do próprio Estado no que se concerne às carreiras liberais militares. Registros de Educação Musical nesta época podem ser encontrados nas Escolas Normais, onde a música sempre foi considerada parte importante na formação de novos docentes.

Considerado o maior movimento de Educação Musical de massas já ocorrido no Brasil, o Canto Orfeônico ligava-se ao ideário escolanovista e tem sua imagem diretamente ligada ao Governo de Getúlio Vargas. Foi durante o Estado Novo que o Canto Orfeônico se constituiu enquanto movimento liderado pelo maestro Heitor Villa-Lobos.

O Canto Orfeônico esteve presente nas escolas brasileiras até o final da década de 60, momento em que desaparece paulatinamente da Educação. Isto aconteceu, entre outras razões, depois da promulgação da Lei nº 5.692/1971, a qual tornou obrigatório o ensino de artes instituindo a chamada polivalência na disciplina Educação Artística.

A polivalência no ensino de artes se remete a idéia de que um mesmo profissional poderia dar conta de ensinar Artes Visuais, Teatro, Música e Dança. Alie-se a isso a formação superior precária deste profissional nos chamados cursos de “Licenciatura Curta”, muito comuns na década de 70, e o quadro estará completo. Como resultado desta

política e do caráter tecnicista da Educação no período da Ditadura Militar, percebe-se a predominância do ensino das Artes Visuais e o desaparecimento gradual das artes coletivas, como o Teatro, a Música e a Dança, do currículo.

(34)

passar dos anos, as universidades brasileiras foram aperfeiçoando esses cursos. A partir dos anos 80, os profissionais das áreas específicas de artes começaram a questionar a polivalência, e outro quadro foi se configurando. A idéia de especialização em uma determinada área artística foi ganhando espaço.

A partir da Lei nº 9.392/1996, foi possível perceber um gradual retorno das artes coletivas ao currículo das escolas brasileiras. Uma interpretação possível desta lei destacava justamente para a presença diferenciada das diversas manifestações artísticas. Os Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN´s, publicados nesta época e ainda em vigor, citam quatro modalidades no Ensino de Artes: Artes Visuais, Música, Teatro e Dança. Estas deveriam estar presentes no currículo. Alguns Sistemas Escolares perceberam um aceno legal para a especialização dessas áreas, a algumas universidades começaram a oferecer cursos de Licenciatura específicos. Na área de Música, surgem os cursos de Licenciatura Plena em Música, suplantando os antigos cursos de Educação Artística.

Devido à necessidade da Música nos currículos, em agosto de 2008, sancionou-se uma lei que torna obrigatório o ensino da Música na Educação Básica, e para esse fim, as escolas têm até 2012, para se adaptar às exigências da norma.

2.2.2 A Educação Musical no ensino não formal: Programa

Escola Aberta

(35)

espaços e contextos, bem como a realização de pesquisas e mapeamentos sobre os espaços não escolares, tornando-os objetos de investigação (Hentschike, 2001).

Ao se empreender pesquisas nesses espaços estará se ampliando o conceito de educação como algo não somente restrito à escola. A escola sempre foi considerada como responsável pelo processo educativo, o locus do conhecimento, ou seja, a responsabilidade na tarefa de educar durante muito tempo coube à escola (SOUZA 2001 b). Na área específica da educação musical atualmente percebe-se que o processo educativo não está mais restrito somente à sala de aula. Ao se referir as práticas ocorridas dentro e fora da sala da escola, está se considerando, segundo Arroyo (2000, p.78), a educação [musical] como prática social e cultural que é mais ampla que a escolarização.

De acordo com Souza (2001), a educação não formal possui objetivos característicos. Assim as atividades desenvolvidas observam as necessidades do grupo com o qual o trabalho é desenvolvido e também a viabilidade econômica das instituições que as promovem. A autora destaca o surgimento de instituições que promovem a educação não formal, denominando-as “associações democráticas para o desenvolvimento”, que possuem como objetivos proporcionar aprendizagens voluntárias,

como conteúdos que estimulem seus participantes, promovendo “socialização, a

solidariedade, e o desenvolvimento”, sendo associações pouco hierarquizadas.

(36)

sociopolítico, cultural e pedagógico de formação para a cidadania, entendendo o político como a formação do indivíduo para interagir com o outro em sociedade. Ela designa um conjunto de práticas socioculturais de aprendizagem e produção de saberes, que envolve organizações/instituições, atividades, meios e formas variadas, assim como uma multiplicidade de programas e projetos sociais.

Nesse intento de educação não formal, o Programa Escola Aberta, se propõe a promover aressignificação da escola como espaço alternativo para o desenvolvimento de atividades de formação, cultura, esporte, lazer para os alunos da educação básica das escolas públicas e suas comunidades nos finais de semana. Sua proposta não se restringe aos indicadores clássicos educacionais nem reduz a educação a um instrumento que serve apenas para ampliar a maturidade intelectual, por meio da aprendizagem de conhecimentos técnicos e acadêmicos. Vai além, propõe a formação integral, capaz de desconstruir o muro simbólico entre escola e comunidade e entre educação, cultura, esporte e lazer.

Assim, o Programa Escola Abertaaposta em uma abordagem metodológica e em estratégias pedagógicas que privilegiem o conhecimento local, o informal, o saber popular e a cultura regional para a superação do ciclo de exclusão em que está presa a educação, colaborando para a reversão do quadro de violência e a construção de espaços de cidadania.

(37)

Portanto, sua presença em áreas urbanas com um alto índice de risco e vulnerabilidade social ultrapassa a intenção de buscar a simples solução de retirar os jovens das ruas, ocupando-lhes o tempo. Trata-se de movimentar atores políticos, técnicos, públicos e privados, de âmbitos federal, estadual e municipal a fim de solidificar as experiências vividas, de forma a que sejam incorporadas à vida das escolas e promovam transformações culturais profundas no cotidiano das populações envolvidas. Abrir as escolas aos finais de semana para que as comunidades as utilizem como locais de vivência do encontro entre criatividade, lazer e aprendizagem é uma ação aparentemente simples. Entretanto, se orientada pela intencionalidade educativa, pode repercutir de maneira duradoura e positiva no ethos e na visão de mundo das pessoas envolvidas.

2.3 Questões norteadoras

Tendo em vista o objetivo geral e os objetivos específicos propostos, e com base na fundamentação teórica apresentada, as seguintes questões nortearão o processo de pesquisa:

Questão norteadora 1

: Como os educadores musicais brasileiros consideram as características fundamentais da função de professor de música à luz da mentoria ?

(38)

Questão norteadora 3

: Até que ponto os educadores musicais do caso em estudo consideram a mentoria como parte de seu papel?

Questão norteadora 4:

Até que ponto as funções de carreira estão presentes no

comportamento dos educadores, na ótica dos diversos Stakeholders do Programa: pais e

alunos beneficiados?

Questão norteadora 5

: Até que ponto as funções psicossociais estão presentes no comportamento dos educadores, na ótica dos diversos Stakeholders do Programa: pais e

alunos beneficiados;

(39)

3 METODOLOGIA

Neste capítulo serão abordadas aqui as opções metodológicas pertinentes para usufruir a melhor condução possível desta pesquisa: seu delineamento, população e amostra, a instrumentação das variáveis, a coleta de dados (instrumento a utilizar e processo de coleta) e método de análise dos dados levantados. Fechando a seção, expõem-se os limites e limitações da pesquisa.

3.1 DELINEAMENTO DA PESQUISA

Considerando que o objeto da investigação está dividido em três subgrupos, optou-se por usar uma da abordagem de natureza qualitativa nos grupos.

O subgrupo 1 que está relacionado ao primeiro objetivo especifico, que é investigar os educadores musicais brasileiros, optou-se pelo Survey que é de natureza quantitativa e paralelo a esse, questionário com perguntas abertas.

O subgrupo 2 e 3, onde alcança os oficineiros de música e seus Stakeholders ( pais e alunos)optou-se por usar uma abordagem de natureza qualitativa, utilizando de entrevistas semi-estruturadas uma vez que, o próprio caráter do objeto a ser estudado, requer uma análise que se interessa muito mais pelos processos do que simplesmente pelos resultados ou produtos.

(40)

A rigor qualquer investigação social deveria contemplar uma característica básica de seu objeto: o aspecto qualitativo. Isso implica considerar sujeito de estudo: gente, em determinada condição social, pertencente a determinado grupo social ou classe com suas crenças, valores e significados. Implica também considerar que o objeto das ciências sociais é complexo, contraditório, inacabado, e em permanente transformação. (p.22)

Pode-se salientar ainda que um dos motivos de se pesquisar lançando mão da abordagem qualitativa deve-se ao fato de considerar que as pessoas agem em função de suas crenças e de seus valores, determinando comportamentos que não são facilmente interpretáveis. Assim, na tentativa de “desvendá-los” é que optou por essa abordagem nesta pesquisa, uma vez que vemos nesse enfoque a possibilidade de compreender o processo de mentoria do educador musical e oficineiro de música na sua realidade social, que é dinâmica e está em constante transformação.

De acordo com Richardson (2007, p. 80), os estudos que têm base metodológica qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir nesse processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade, o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos.

(41)

Quanto à estratégia da metodologia da pesquisa, constitui-se em um estudo de caso. Investigou- se duas escolas do Programa Escola aberta.

O estudo de caso, segundo Laville e Dione (1999), pode ser feito com uma pessoa, um grupo, uma comunidade, um meio, uma mudança política ou um conflito. A escolha deste tipo de delineamento de pesquisa deu-se devido à possibilidade de avaliar as diversas dimensões do problema, analisando-o como um todo. Em se tratando de estudo de caso, a metodologia requer flexibilidade e, portanto, não se tem uma estrutura rígida quanto aos passos a seguir. Laville e Dione (1999) afirmam que:

... o pesquisador pode, pois, mostrar-se mais criativo, mais imaginativo; tem mais tempo de adaptar seus instrumentos, modificar sua abordagem para explorar elementos imprevistos, precisar alguns detalhes e construir uma compreensão do caso que leve em conta tudo isso, pois ele não mais está atrelado a um protocolo de pesquisa que deveria permanecer o mais imutável possível. (p.156)

A pesquisa é de natureza exploratória. Os estudos exploratórios tendem a gerar estruturas soltas, com intenção de descobrir futuras tarefas de investigação. O objetivo imediato da exploração normalmente é desenvolver hipóteses ou questões para pesquisa adicional. (COOPER; SCHINDLER, 2003).

A pesquisa é de natureza descritiva, isso quer dizer que se destaca por conter transcrições de entrevistas, imagens, vídeos e áudio. Os investigadores recolhem os dados de maneira minuciosa e a abordagem qualitativa exige que qualquer detalhe seja examinado, pois nada deve ser considerado trivial. (BOGDAN; BIKLEN, 1994).

(42)

3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA

A seleção dos sujeitos foi feita por acessibilidade e de acordo com objetivo geral. Lembrando que o objetivo geral abrange três subgrupos:

Subgrupo 1- educadores musicais brasileiros;

Subgrupo 2 - os educadores musicais no caso de estudo, denominados oficineiros, do Programa Escola Aberta;

Subgrupo 3- Stakeholders do Programa (pais e alunos);

A escolha do subgrupo 1 - dos educadores musicais brasileiros, é pertinente, pois investigou-se como eles percebem o fenômeno de mentoria nos seus professores de música.

A opção de escolha do subgrupo 2- oficineiros, justifica-se, se eles percebem a mentoria como parte do seu papel e se eles percebem a influência de mentores em seu papel.

A escolha do subgrupo 3-os Stakeholders do programa (pais e alunos), justifica-se por investigar se eles percebem o fenômeno de mentoria no oficineiro.

(43)

termos empíricos, do recorte teórico correspondente ao objeto da investigação”. Diante

disso, o campo de pesquisa foi entendido como a parte de um todo, que possui características próprias, mas que, ao mesmo tempo, representa essa totalidade.

O campo de pesquisa para o subgrupo 1 - dos educadores musicais brasileiros, foi por uma amostra de conveniência por acessibilidade. Foi pelo método Survey, o questionário foi elaborado digitalmente (APÊNDICE E) através do website Survey Monkey, empresa que presta serviços na elaboração de pesquisas científicas dentre outros serviços de informática. Após armazenar perguntas e opções de respostas da presente investigação, o referido website forneceu um endereço eletrônico para ser divulgado via

internet aos respondentes.

(44)

As escolas estão situadas na comunidade de Brasília Teimosa, no bairro do Pina, Recife/PE. As escolas possuem características semelhantes, pois todas são escolas da mesma rede, são consideradas escolas de referência pela Secretaria de Educação de Pernambuco, possuem uma infra-estrutura de grande porte, possuem quadras e atividades extracurriculares. As duas escolas escolhidas pertencem à rede estadual. São escolas da Educação Básica e que oferecem o Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano) e Ensino Médio (1º ao 3º ano), elas também suportam programas governamentais como o Travessia e EJA (Educação de Jovens e Adultos), que abrangem os alunos fora da faixa etária para o ensino formal, como também o Programa Escola Aberta, que funciona no final de semana e está inserido na educação não formal.

A Escola 1- possui a oficina de Banda Marcial e Fanfarras. Os ensaios funcionam normalmente no final da tarde e são todos os dias, inclusive aos sábados. O ensaio é realizado na quadra do colégio. A banda é formada por aproximadamente 50 pessoas, incluindo crianças pequenas (a partir de 4 anos de idade), adolescentes e jovens. Essa Oficina está disponível para escola durante a semana, e final de semana pelo Programa Escola Aberta. A banda participa dos campeonatos de Bandas Marciais e Fanfarras e sempre representa a escola.

(45)

Ainda em relação ao campo que foi estudado, o Programa Escola Abertavai além, propõe a formação integral, capaz de desconstruir o muro simbólico entre escola e comunidade e entre educação, cultura, esporte e lazer. Assim, o Programaaposta em uma abordagem metodológica e em estratégias pedagógicas que privilegiem o conhecimento local, o informal, o saber popular e a cultura regional para a superação do ciclo de exclusão em que está presa a educação, colaborando para a reversão do quadro de violência e a construção de espaços de cidadania.

Atualmente, o Programa Escola Aberta (PEA), propõe uma estratégia que permite coordenar, supervisionar e auxiliar através das seguintes áreas temáticas que contemplam as comunidades. As áreas temáticas são: Cultura e Arte; Esporte/ Lazer/Recreação; Qualificação para o Trabalho e Geração de Renda; e Formação Educativa Complementar.

Dessa forma, o Programa Escola Aberta busca contribuir para a construção da cidadania consciente, responsável e participante, favorecendo a inclusão sociocultural (particularmente do jovem estudante da educação básica das escolas públicas), a diminuição da violência e da vulnerabilidade socioeconômica e, por extensão, a promoção da paz e da melhoria da qualidade de vida da população. Pretende, ainda, transformar a escola em um ambiente mais atuante e presente na vida dos jovens e suas comunidades, promovendo maior diálogo, cooperação e participação entre os alunos, pais e equipes de profissionais que atuam nas escolas, além de contribuir para a complementação de renda das famílias.

(46)

diferenças presentes nas comunidades, buscando atender os grupos sociais conforme seus interesses e necessidades e, ainda, possibilitar o desenvolvimento de habilidades profissionais, com vistas a contribuir para uma futura geração de renda e à superação das limitações sociais impostas a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Espera, portanto, que o programa tenha como resultados o fortalecimento da relação entre a escola e a comunidade escolar, bem como a ampliação das oportunidades de acesso a espaços de promoção da cidadania (MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2007).

Para a seleção do subgrupo 1- educadores musicais brasileiros foi por uma amostra de conveniência por acessibilidade. Usou-se um questionário que se encontra na internet no Survey Monkey,(APÊNDICE E). Utilizou-se dos meios de comunicação e mídia como o facebook, Orkut e o e-mail pessoal, para divulgação do link da pesquisa. Também a pesquisadora pediu autorização do presidente das Bandas e Fanfarras de Pernambuco e o mesmo disponibilizou o link no site da ABANFARE-PE (Associação de Bandas e Fanfarras de Pernambuco), (ANEXO C) também para divulgação.

(47)

Também solicitou para que os oficineiros escolhessem alguns alunos e pais para fazer a entrevista com eles. As entrevistas aconteceram normalmente, nos horários previstos. Também solicitou para os oficineiros responderem ao questionário disponível pelo Survey Monkey, mas esse processo não foi possível, pois um deles nem possuía e-mail para repassar o link.

Esta primeira amostra foi composta pelo subgrupo 1- pelos educadores musicais brasileiros. Os dados descritivos desta amostra são apresentados a seguir:

A pesquisa foi feita em forma de questionário (APÊNDICE E) contendo a primeira questão com respostas abertas. A pesquisadora solicita na referida questão, que os educadores pensem nos professores e nas professoras que tem ou já tiveram ao longo de sua vida, na área musical. Em particular, A pesquisadora pede que analise se algum (a) teve, ou está tendo, um impacto sobre a sua formação que os educadores consideram ter ultrapassado o que normalmente se espera de um (a) professor (a) em iguais condições. Se há ou houve alguém com essas características, os educadores musicais escrevam o nome dos (as) três professores (as) que mais fortemente afetaram sua vida de forma positiva, por ordem de relevância ou impacto.

A amostra da pesquisa em relação aos educadores musicais foi de 135 respondentes no qual, cada respondente tinham que falar a respeito de três professores mentores. O total de professores- mentores citados foram de 315, mas falando das suas características, apenas 165.

(48)

Segue abaixo o quadro do percentual e respostas dos educadores musicais.

PROFESSOR % RESPOSTAS Questões

respondidas

Questões não respondidas

Primeiro (a): 100,0% 120

120 15

Segundo (a): 87,5% 105 Terceiro (a): 75,0% 90

TOTAL 315

Quadro 1- educadores musicais brasileiros

ANÁLISES DAS RESPOSTAS ABERTAS APENAS 165

FUNÇÕES DE CARREIRA FUNÇÕES PSICOSSOCIAIS

Patrocínio ou apadrinhamento: 13 Exposição e visibilidade: 9 Proteção: 13

Coaching: 114

Tarefas desafiadoras: 31

Papel modelo: 46

Aceitação e confirmação: 7 Aconselhamento: 19 Amizade: 46

Quadro 2- respostas abertas do questionário

Em relação aos dados demográficos, seguem-se as análises com quadros e gráficos.

É interessante destacar onde ocorreu a vivência musical dos respondentes, pois mesmo eles atuando em diversos sistemas de ensino, eles tiveram a oportunidade de aprender ou se aperfeiçoar em alguma escola de nível superior.

(49)

em escola de ensino regular; 2,8% projeto social; 0,9% instituto federal; 0,0% em ONG; e 20,2% em outros estabelecimentos.

LOCAL % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Aulas Particulares 39,4% 43

109 26

Conservatório 38,5% 42 Igreja 33,0% 36 Projeto Social 2,8% 3

ONG 0,0% 0

Escola de Música 45,0% 49 Escola de Ensino

Regular 11,9% 13 Instituto Federal 0,9% 1

Universidade 50,5% 55

Outro 20,2% 22 Se "Outro", por

gentileza, especifique: 31

Quadro3- lugar onde ocorreu o aprendizado em música

Figura 1- lugar onde ocorreu o aprendizado em música

(50)

maioria dos respondentes possui nível superior em música, pois eles acham necessário ter uma graduação, para terem acesso às escolas na posição de professor e também acham necessário terem uma formação na profissão que escolheram.

FORMAÇÃO % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Técnico 20,0% 22

110 25

Graduado 45,5% 50

Especialista 13,6% 15 Mestre 10,0% 11 Doutor 3,6% 4 Nenhuma 22,7% 25 Em Outra Área 13,6% 15 Se "Em Outra Área",

especifique: 17

Quadro 4- formação em música

Figura 2- formação em música

(51)

ESPECIALIDADE % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Canto 17,4% 19

109 26

Educação Musical 50,5% 55 História da Música 13,8% 15 Teoria, Percepção,

Solfejo e Harmonia

25,7% 28

Regência 23,9% 26

Instrumento 61,5% 67

Outro 12,8% 14

Se "Instrumento" ou

"Outro", especifique: 57

Quadro 5- especialidade de formação

Figura 3- especialidade de formação

(52)

24,7%; universidade 12,4%; projeto social 11,3%; conservatório 10,3%; ONG 9,3%; instituto federal 2,1%; e outros 16,5%.

Esse quadro atrai a questão a seguir, no que se refere à formação de atuação em Música, viu-se que “instrumento” está com o maior percentual, pois se entrelaça com o resultado do gráfico e quadro abaixo sobre aulas particulares. Pois, os respondentes dedicam-se a aulas particulares por darem aula de instrumentos na maioria dos casos. Dificilmente na área de música, acontece de alguém querer aula particular de outra disciplina a não ser instrumento. Também existe o caso que já foi comentado, por alguns educadores não possuírem habilitação especifica em música para o ensino formal, ou preferirem dar aulas particulares, pela praticidade.

ESTABELECIMENTO % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Aulas Particulares 41,2% 40

97 38

Conservatório 10,3% 10

Igreja 32,0% 31

Projeto Social 11,3% 11

ONG 9,3% 9

Escola de Música 24,7% 24 Escola de Ensino Regular 28,9% 28

Instituto Federal 2,1% 2

Universidade 12,4% 12

Outro 16,5% 16

Se "Outro", especifique 20

(53)

Figura 4- estabelecimento

e) Em relação à especialidade (s) de atuação na área da Música dos respondentes. O quadro 7 e o gráfico 5 indicam os seguintes índices : instrumento 57,3%; educação musical 42,7%; teoria percepção,solfejo e harmonia 28,2%; regência 25,2%; canto 22,3%; historia da musica 12,6%; e outro 15,5%.

(54)

formal (nas escolas), terminando assim, ensinando instrumento, como o ensino não formal.

ESPECIALIDADE % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Canto 22,3% 23

103 32

Educação Musical 42,7% 44 História da Música 12,6% 13 Teoria, Percepção,

Solfejo e Harmonia 28,2% 29 Regência 25,2% 26

Instrumento 57,3% 59

Outro 15,5% 16 Se "Instrumento" ou

"Outro", especifique

48

Quadro 7- especialidade na área de música

(55)

f) Em relação à ocupação artística dos respondentes, é necessário perceber que a maioria possui uma atividade, não se limitando apenas ao ensino. No que se refere às funções artísticas exercidas na área de musica pelos respondentes, no quadro 8 e no gráfico 6, obtém -se o seguinte resultado:grupo instrumental 35,8%; banda musical 32,1%; solista 27,5%; coro 27,5%; bandas marciais 16,5%; canto 15,6%; orquestra 14,7%; nenhuma 8,3%; e outro 12,8%.

FUNÇÃO % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Bandas Fanfarras 6,4% 7

109 26

Bandas Marciais 16,5% 18 Banda Musical 32,1% 35 Orquestra 14,7% 16

Grupo Instrumental 35,8% 39

Solista 27,5% 30 Coro 27,5% 30 Canto 15,6% 17 Outra 12,8% 14 Nenhuma 8,3% 9

Se "Outra”,especifique 18

(56)

Figura 6- funções artísticas

g) Em termos percentuais os índices quanto a vida profissional dedicada a música dos respondentes de acordo com o quadro 9 e o gráfico 7 foram: mais de 80% de dedicação responderam 54,1%; entre 50 e 80% de dedicação responderam 19,3% ; 50% de dedicação responderam 3,7% ; entre 20 e 50% responderam 7,3%; menos de 20% responderam 15,6%.

(57)

PERCENTUAL % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Menos de 20% 15,6% 17

109 26

Entre 20 e 50% 7,3% 8

50% 3,7% 4

Entre 50 e 80% 19,3% 21

Mais de 80% 54,1% 59 Quadro 9- vida profissional

Figura 7- vida profissional

(58)

música está presente na vida dos respondentes de uma forma diferente, pois eles têm prazer em se dedicar à música, não só pelo trabalho, mas sim por algum tipo de realização.

CONTRIBUIÇÕES % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Terapia 44,5% 49

110 25

Lazer 61,8% 68

Prazer 89,1% 98

Religião 40,0% 44 Espiritualidade 42,7% 47 Cultura 80,0% 88 Projeção Social 34,5% 38 Projeção Financeira 32,7% 36

Comunicação e

Expressividade 58,2% 64 Realização Pessoal 83,6% 92 Outra 11,8% 13 Se "Outra"

especifique:

12

Quadro 10- contribuições da música

Figura 8- contribuições da música

(59)

i) Os índices dos respondentes de acordo com o quadro 11 e gráfico 9 que se referem ao sexo foram: 71,3% para o sexo masculino; e 28,7% para o sexo feminino.

SEXO % RESPOSTAS QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

Feminino 28,7% 31 108 27

Masculino 71,3% 77

Quadro 11- sexo

Figura 9- sexo

j) Idade

MÉDIA DAS

IDADES RESPOSTAS TOTAL DE (SOMA DAS IDADES)

QUANTIDADE DE RESPOSTAS

QUESTÕES

RESPONDIDAS QUESTÕES NÃO RESPONDIDAS

34,91 3.805 109 109 26

(60)

Em relação aos dados citados acima, através dos quadros e gráficos sobre os respondentes, é necessário destacar que o subgrupo 1- os educadores musicais levam uma vida bastante semelhante, tem características peculiares.

A segunda amostra foi da pesquisa foi do subgrupo 2 e 3 - os oficineiros de música e os Stakeholders do Programa. Utilizou-se de um roteiro de entrevistas semi-estruturadas para todas as categorias de respondentes citadas acima. Foram entrevistados 19 respondentes. Incluindo as duas escolas. Sendo dois oficineiros (APÊNDICE C e APÊNDICE D); doze alunos (APÊNDICE B); e cinco pais (APÊNDICE A). Os quadros a seguir mostram o quantitativo. As amostras foram às seguintes:

1.Entrevistados das 2 escolas do Programa Escola Aberta

Teve-se um resultado satisfatório em relação aos respondentes do Programa Escola Aberta. Os alunos, oficineiros e pais, foram bem solícitos e atenciosos. As entrevistas foram realizadas com hora marcada nas devidas escolas.

ESCOLA Oficineiros Alunos Pais Total por escola

Escola 1 1 5 3 9

Escola 2 1 7 2 10

(61)

2.Oficineiros entrevistados

Os oficineiros entrevistados trabalham finais de semana no Programa Escola Aberta. A oficineira está estudando e faz graduação e trabalha na área social. O oficineiro tem um trabalho noturno e está disponível para a escola, fazendo atividades diversas de acordo com a necessidade da gestora. Ele não possui vínculo formal na escola.

NOME SEXO ESCOLARIDADE ESCOLA

Oficineiro 1 Masculino 6ª série Escola 1 Oficineiro 2 Feminino Graduação em andamento Escola 2

Quadro 14- oficineiros entrevistados

3. Alunos entrevistados

Os alunos entrevistados da escola 1,passam muito tempo no ensaio da banda, as vezes, ficam na escola para ajudar o oficineiro. A maioria dos alunos está fora da faixa etária para o estudo formal, estudando assim, nos Programas de aceleração de níveis de ensino, como por exemplo, a Educação de Jovens e Adultos.

(62)

NOME SEXO IDADE ESCOLARIDADE TEMPO QUE PARTICIPA DA OFICINA

ESCOLA

Aluno 1 Feminino 15 1º ano do ensino médio 1 ano Escola 1 Aluno 2 Feminino 12 4ª série 1 ano Escola 1 Aluno 3 Feminino 17 Travessia 2 anos Escola 1 Aluno 4 Masculino 23 EJA 3 anos Escola 1 Aluno 5 Feminino 19 8ª série 3 anos Escola 1 Aluno 1 Feminino 17 8ª série 9 meses Escola 2 Aluno 2 Masculino 15 2º ano do ensino médio 8 meses Escola 2 Aluno 3 Masculino 17 Concluiu Ensino médio 3 anos Escola 2 Aluno 4 Feminino 17 Concluiu Ensino médio 2 anos Escola 2 Aluno 5 Feminino 19 8ª série 8 meses Escola 2 Aluno 6 Masculino 16 7ª série 2 anos Escola 2 Aluno 7 Feminino 22 Concluiu ensino médio 10 anos Escola 2

Quadro 15- Alunos entrevistados

4.Pais entrevistados

Os pais entrevistas forma da escola 1. Todos os respondentes foram do sexo feminino, enfatizando que muito dos alunos não tem pai presente na escola, ficando assim o papel da responsabilidade da escola para as mães. Todas as mães entrevistadas não concluíram os estudos, pois tinham que tomar conta da casa.

NOME ESCOLARIDADE QUANTIDADE DE FILHOS NA OFICINA

ESCOLA

Mãe 1 EJA 2 Escola 1

Mãe 2 Não estuda 1 Escola 1

Mãe 3 Fun 2 incompleto 1 Escola 1 Mãe 4 Fun 2 completo 1 Escola 2

Mãe 5 Não estuda 1 Escola 2

(63)

3.3 Instrumentação das variáveis

Nesta seção será apresentada a instrumentação das variáveis da presente pesquisa. Assim sendo, se mostrará os referidos instrumentos agrupados por objetivos específicos, para facilitar a visualização:

3.3.1 instrumentação da existência de características fundamentais da

função do professor de música à luz da mentoria.

A primeira questão norteadora (Como os educadores musicais brasileiros consideram as características fundamentais da função de professor de música à luz da

mentoria?) foi instrumentada através de questões abertas no questionário, conforme o quadro a seguir:

OBJETIVO ESPECÍFICO VARIÁVEIS INSTRUMENTAÇÃO DAS VARIÁVEIS

1ª - Verificar os que os

educadores musicais brasileiros consideram características fundamentais da função de professor de música à luz da mentoria

Existência de pessoas

mentores Questão aberta no questionário

“Pense nos professores e nas professoras que tem ou já teve ao longo de sua vida, na área musical.”

Quem são os professores mentores

Questão aberta do questionário

“Em particular, peço-lhe que analise se algum (a) teve, ou está tendo, um impacto sobre a sua formação que você considera ter ultrapassado o que normalmente se espera de um (a) professor (a) em iguais

condições.”

Razões que levam os educadores musicais a considerá-los dessa forma.

Questão aberta do questionário

“Se há ou houve alguém com essas

características, por gentileza escreva a seguir o nome dos (as) três professores (as) que mais fortemente afetaram sua vida de forma positiva, por ordem de relevância ou

impacto.”

Imagem

Figura 1- lugar onde ocorreu o aprendizado em música
Figura 2-  formação em música
Figura  3- especialidade de formação
Figura  4- estabelecimento
+6

Referências

Documentos relacionados

Para aprofundar a compreensão de como as mulheres empreendedoras do município de Coxixola-PB adquirem sucesso em seus negócios, aplicou-se uma metodologia de

[r]

Expressão que nos remete para a capacidade jurídica das pessoas colectivas, ou seja, os “direitos e obrigações necessários ou convenientes à prossecução dos seus fins,

CARACTERÍSTICAS DE SEGURANÇA - Cinto de segurança para recém nascido, alarme de alta temperatura limitado em 40ºC, Alarme de tensão de baterias, Temperatura da superfície

A placa EXPRECIUM-II possui duas entradas de linhas telefônicas, uma entrada para uma bateria externa de 12 Volt DC e uma saída paralela para uma impressora escrava da placa, para

5.2 Importante, então, salientar que a Egrégia Comissão Disciplinar, por maioria, considerou pela aplicação de penalidade disciplinar em desfavor do supramencionado Chefe

a) a informação química, para compreender os fenômenos químicos diretamente ligados em sua vida cotidiana, saber manipular as substâncias com os devidos cuidados,

Observou-se que houve redução significativa entre o período pré e pós operatório seis meses quanto a concentração de hemoglobina, hemácias e hematócrito Estudos