FUNDAC~O GETdLIO VARGAS
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAC~O PúBLICA
CURSO DE MESTRr~DO EM ADMINISTRAC~O PúBI TCA
o DESENHO DE
UMA
ORGANIZAC!Oo
INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIALINPS
MONOGRAFIA APRESENTADA ~ ESCOLA
BRASILEIRA DE ADMINISTRAC~O
PÚ-BLICA PARA A OBTENC~O DO GRAU
DE MESTRE EM ADMINISTRAÇ~O p~
BLICA
HELENA SIMI SALLES
FUNDAÇXO GET~LIO VARGAS
ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇ~O P0BLICA CURSO DE MESTRADO EM ADMINISTRAÇXO P08LICA
MONOGRAFIA DE MESTRADO APRESENTADO POR HELENA SIMI SALLES
E
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COMiss~o JULGADORA199111 1774
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(,SSIN(1TUI~A
{llt!l!..:t;j4&:.~~
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~_~.
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I
DEDICATóRIA
Dedico a presente monografia:
aos benEfici~rios da Previdência Social, que aprendi a amar
durante os quinze anos de trabalho no Instituto Nacional de
Previdência Social, em particular ~queles.que acreditaram, h~
cerca. de meio s~culo. num sonho e para ele contribuiram, com
grande parte do seu ganho do dia-a-dia;
aos servidores desta Instituiçio, que aprendi a admirar,
denodo e desprendimento com que trabalham.
pelo
Oxal~ este es~or~o contribua para que outras pessoas venham
11 AGRADECIMENTOS
Agrade~o
ao Or. Kleber Nascimento, a orienta~io da bibliografia consultada
e o fato de
-.biblioteca e.
ter colocado ~ minha disposi~io a sua prdpria
em particular. ~ sua amizade, nestes trinta e
tantos anos que nos conhecemos;
aos professores Ana Maria Marquesini e Jos~ Eduardo Coelho
Messeder, pelo carinho com que sempre na sua
orjenta~io;
ao colega Carlos Dias Ndvoa, qUE tEVE a paciência de me ouvir e
de ler os meus ensaios rumo a esta monografia;
ao colega Mario Querasian. que durante o ano em que trabalhamos
Juntos, ampliou a minha maneira de ver a casa onde trabalhor
principalmente quanto ~ complexidade das possibilidades de
enquadramento do benefici~rio ao requerer seus direitos;
a Artur Fonseca da Silva e Almir Ferreira da Rocha pela edi~io do
texto~
a meus pais, Jos~ Moreira Salles (in memoriam) e
Sa1les, pela maneira como me apresentaram a vida;
Herminia Simi
a meus filhos, Marcelo, Mirclo e Solange BaIles Melges e Laudelino
Marques Lopes e Simone Salles Melges Lopes, pelo que
PEssoas ~s quais amo e admiro.
IrI
ESCLARECIMENTOSAo ingressar. em 1976. no Instituto Nacional de Previd~ncia
Social INPS. por concurso p~blico realizado pelo Departamento
de Adminis~raçio do Pessoal Civil DASP. no cargo de
administrador (na época. técnico de administraçio). fomos
recebidos por servidores da ~rea de treinamento. muito bem
organizada. que nos apresentaram ~ Previdincia Social para qUE
pudéssemos ser lotados de acordo com a nossa formaçio e
Apds esse treinamento vestibular. fomos levados a uma nova
fase a da formaçio como agentes de modernizaçio com a
realizaçio de cursos sobre an~lise dos fatores físicos. PERT/CPM.
tabelas de decisâo etc. Guase 2 mil servidores. em todo o Brasil
receberam eSSE treinamento.
Data dessa época o convinio entre o Ministério da
Previdência e Assistência Social MPAS e a Secretaria dE
Modernizaçio - SEMOR. da Secretaria de Planejamento - SEPLAN. sob
o nome de Plano de Modernizaçio Administrativa - PLAMA. quando
Foram identificados 27 projetos. todos relativos ao INPS. dos
quais 8 foram desenvolvidos. um deles por nós coordenado.
No alvoroço das atividades decorrentes desses projetos.
aconteceu o desmembramento do INPS= troca de prédios. de pessoal.
novas atividades emergiram. provocadas pela Lei nQ 6.439/77.
surgindo a necessidade de elaborar o novo Regimento Interno.
novos organogramas. em meio a dirigentes recém-chegaaos. que nio
tinham a experiincia da velha casa, como também nia imaginavam a
IV
Essas ocorrincias agu~aram a nossa curiosidade e novo
convinio, agora entre INPS e FundaçSo Get~lio Vargas veio
propiciar a oportunidade de sat isfazê-la: o curso de mEstrado da
Escola Brasileira de Administra~io P~blica, complementando a
tamb~m concluída nEssa mesma escola, deveria, aturalmente, levar a esta pesquisa.
Aqui estamos, finalmente, apresentando o resultado dessE
esforço, -apcis uma longa hibernaçio, devida a v~rias causas, como
o nosso retorno antecipado ~s atividades no INPS e a prdpria
v
APRESENTAÇÃO
o
tema Central deste trabalho ~ o desenho organizacional7el<pressão or i g i n<ir i a da i ng 1 es.:\ O,rgÇln i z.aLion d~,'s LSo.,. si 9n i f i c<:\ndo o complexo processo de estruturação de organizaçies. que envolve mais elementos do que aqueles normalmente apresentados num organograma.
Com ele pretendemos desenvolver, pela utilização ela metodologia de estudo de caso, a análise de uma organização~ o Instituto Nacional de Previdência Social
na Lei nQ 6.439, de 12 de setembro de 1977.
INPS, que teve origem
As informaç:6es coligidas foram ut ilizaclas dentro da clt ica dos conce i tos de Henry Mintzberg, t-\u t or escolhido pan':\ embasamento te6rico deste trabalho.
o
nosso objetivo foi te~tar esclarecer o que motivou aelaboraç:ão da referida Lei, o que ela provocou e as conseqUências na linha de benefícios, atividade-fim do INPS.
o
Cap ítJ.llo 1 divide-se Introdução. Metodolog i <:\ eDefinlç:io Operacional de ConcEitos/Termos.
Na Introduç:ão colocamos as nossas d~vidas acerca de como são estruturadas as organizaç:ies e do resultado das sucessivas reformas administrativas pelas quais tem passado o INPS.
Apresentamos, a seguir, na Metodologia. a maneira pela qual nos propusemos a desenvolver a pesquisa.
VI
próprios da ~rea de organizaçao, próprios do INPS, ent i dad(-::
objeto do nosso estudo, e próprios da pol{tica social escolhida
-a previdenci~ria.
No Cap{tulo 2. Revisao Crítica da Literatura. f::v i d .. mc: i amos
que os autores que escreveram sobre organiza~aes enfocam apenas
aspectos das organizaçaes tais como estrutura formal. est rut l..lra
informal. ambientE, tecnologia etc., tomando por base as anilises
de Pugh, Hickson E Hinings e do próprio Mintzberg.
Constatamos que a abordagem feita sobre a organiza~io.
tomando-se somente um ou mais aspectos i sol ad"'.ftlent e, n~\o nos
levaria ~ rEsposta ~ indaga~io qUE nos conduzira a este estudo:
como sio estruturadas as organizaç3es ? Fomos encontrar em
Mintzberg a síntese desejad~.
No Capítulo 3 estendemo-nos ao reSumo do avantajado livro
lhE- S t ..cw:.t..!.J.Li n 9 o f
político canadenSE.
On:.t.an..i 7at i Q.QS. de Mintzberg, cientista
que estudou durante 10 anos essa qUEstio.
produz i ndo a sér i e de I i vros denom i nada Ibg JheoLQ pf 0 0 . PpI i..c..!.-l
tlanagem.au..!;;. ~.;obre a Cloná I i ~;e de p o I í t i cas .rbe St r: IJr.;t ur.iru.L-p.f. Qr..9..all.J..Zoat..l..QJ1.S. faz par t e dessa sér i e. Nao é do n05SO conhec i men t o a
sua ediçio no Brasil, razio pela qual sentimos a necessidade da
apresenta~io dessE reSumo.
No Capítulo 4 apresentamos o objeto do nosso estudo o
Instituto Nacional de Previdincia Social - INPS.O SEU hom3nimo
INflS, que existiu entre 1967 e 1977, foi batizado com o nomE de INPS originároio ..
A anál ise realmente acontece no Capítulo 5, na tentativa de
VII
tratando de uma organizaçio complexa e da novidade dos conceitos
de Mintzberg.Nio sabíamos entio da sua aplicabilidade e nio havia
como retroceder: tínhamos despendido um tempo maior do que o
deseJado.Nessa fase evidenciou-se o dilema: desist ir diante da
constata~io de que cada parimetro do desenho organizacional~
apresentado por Mintzberg poderia ser objeto de uma tese
específica ou aplicar os seus conceitos, embora superficialmente?
Optamos pela ~ltima alternativa pois ainda permanecia a
curiosidade insatisfeita: afinal o que acooteceu com o INPS. em
decorrincia da Lei 6.439 ?
Esta pergunta nia tem apenas uma resposta. no
Capítulo 6, a perspectiva para novas pesquisas. fato que~ por si
VIII
ABSTRACT
The main subJect (Jf this work is organization design, ~.n
English expression, meaning the complex process o~ structuring
organizatioris. t hat involves more elements than
usually presented in organigrams.
We intend to develop the analysis of an organization: the
Instituto Nacional de Previdência Social - INPS. that had lJeen
e:reated by the Law nQ 6.439, in Sept€·:mber the first, 1977,
the methodology of studying a particular case.
I.1sing
The information collected had been used IJnder Henry
Mintzberg's the theorical framework.
lhe Chapter 1 can be divided in IntrodlJct i on, Methodology
anti Opérac i e>na 1 Definition of Concepts/Terms.We present, in
Methodolo9Y, Operational
the way we pl.1rposed to develop the search.We define
Concepts/Terms, proper to organization area of study,
proper to INPS and proper to the choosen social policy - social
seguI" i t~.:I.
In Chapter 2, Literature's Criticai Revision we dare present
two e:<cellent revisions from famous authors: one from Pugh,
Hickson and Hinings and the other from Mintzberg, in order to
show t hat the al.1thors who write about organizations present é\
partial abolJt
view of complex thing that one organization is.They talk
formal strlJctlJl"e, ~;tructlJr\;: , env i rOfllE:nt ,
té.'chnolo9Y f-:tc.
In Chapter 3 we try to abridse Mintzberg 's ideas 50 widely
IX
this qllE:stion dl..tring ten years, writin~J J~be lbeonl of M.aniU..l.f:.lll.fõ:.[l.t..
Pol jC\,l, compcsed of 8 books.Jbe Structur ....
uw
of ..Q.r:...<u\.O.ii.·at j<Jn"'í i 5one: af tbese bocks.
In Ch<it.pter 4 prese:nt the Instituto Nacional de
Previd@ncia Social .... INPS, the arganization that lived between 1967-77 and tbe atber one that began in 1977, in conseqllencE of the Law nQ 6.439/77.
lbe analysis occllrs in Chapte:r 5, witb tbe attempt to apply Mintzberg's new ideas.
lhe qllestion wbat bappened witb INPS after the Law nQ 6.439 ?
doesn't have ·only· cne answer. but it opens, in Chapter 6. thf:': perspective for new search, fact by itself, tbat would Justify this present study.
x
ÍNDICE
Cap ít IJ 1 os Pág i na!-:;
t.
o
PROBL.EMA .. .. R .. .. • • • " • • • • • • • • • • • .. • • • • • • • • • • • • • • M • • • • • • • • A " • j,1.t Introduç:ão
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11.2 Metodologia
....•...•.
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-... .
1.2.1 Levantamento de: Dados 6
t.2.2 Análise de Dados
1.2.3 Síntese
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10t.3 Definiç:ão Operacional de Conceitos/Termos... t0
1.3.1 Conceitos/Te:rmos Prdprios da ~rea de Organizaç:ão 11
1.3.2 ConcEitos/Te:rmos Próprios da Política Escolhida 15
1.3.3 Conceitos/Termos Prdprios da Organizaç~o INPS ••• 19
2. REVIS~O CRÍTICA DA LITERATURA
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2.1 A Revisão de PIJgh 7 Hickson e Hinings.
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242.2 A Revisao de Mintzberg
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" "..
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" 2B~~. 3 A Contribuiç:ao de Galbraith
...
.. .. .. .. 101: .. .. li ti .. .. • n 322.4 A Contribu(ç:ão de Waterman, Peters e Phill ips. "
.. .. .. ..
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342.5 A Contribuiç:ao de: Re:zende
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373. O DESENHO ORGANIZACIONAL NA ABORDAGEM DE MINTZBERG 40
3.1 O Autor e: sua Obra
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403.2 A Estruturaç:ão das Organizaç:ies 4:1.
3.2.1 Os Mecanismos de Coordenaç:ão . . . . • a." . . . .. 42
3.2.t.l Ajuste M~tuo .. _ • .. • • .. • • • " n _ " • " • • " • _ .. .. .. .. • " • • ..
3.2.1.2 Supervisio Direta 43
3.2.1.3 Padronizaç:ao:por processo.produto p
habili-cl ad f~. " .. ti ft . . . . _ . . . " '" . . . " . . . l i " . . . " . . . " 4~~
.:;;..--4.
3.2.2 As partes Básicas de Organização
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3.2.3 A Organiza~ão como um Sistema de Fluxos. . . .
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3.2.4 Os Parimetros do Desenho. . .
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3.2.5 Os Fatores Contingenciais : Análise. . .
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3.2.5.1 Idade e Tamanho
3.2.5.2 Sistema e T~cnico
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3.2.5.3 Ambiente
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...•...•...••...•....
3.2.6 As Configuraçaes Estruturais: S{ntese
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A POLiTICA ESCOLHIDA
·
·
SOCIAL, PREVIDENCItíRIA.
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4.1 Breve Histdrico da Previdincia Social. . .
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4.1.1 No Mundo
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4.1.2 No Bras j 1. . . .
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4.2 O INPS originário: anteroioro à Lei n9 6.439/77
4.2.1 O seu Produto/Ser~iço
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4.2.2 Organização.
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XI
44 47 4B 5i 52 53 54 60 60 60 62 70 7:1.7 "" ... 1
4.2.3 Sintese das Atividades na Linha de Beneficios •• 80
4.3
A Lei n9 6.439/77 e o novo INPS • • • • • • • • • • • • • • • • • u • •5. APLICACaO DOS CONCEITOS DE MINTZBERG AO INPS
5.1 Os Mecanismos de Coordena~ão
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5.2 Os Parimetros do Desenho • • • • • • • " • • • • • • • • Q " U • • • • • • • •
5.2.1 Especializaçio de Trabalho
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5.2.2 Grupamento de Unidades.
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5.2.3 Tamanho da Unidade a • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •5.2.4 Treinamento ~ Doutrina~io
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C' ,., S::'
... 1 • Co • • ;;J Sistema
5.2.6 Ligao;:ões
dE.' Planejamento e Controle
• • • • • • • • • " • • • • • • n _ " n _ a • • • n _ n a n a . • • • • n "
XII
5.2.7 Descentral ização
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1055.2.8 Formalização do Comportamento 106
5.3 Fatores Contingenciajs
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j,07 5.3.t IdC:l,de e Tamanho ft • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • 1075.3.2 Sistema T~cnico 108
5.:i.3 Ambiente • • • • • • • • • • • • • • • • ~ • • • • • • • • u • • • • • • • • • • • • • ti j,
5.3.4 Poder 112
5.3.5 Aplicaç3es'dos Conceitos de Mintzberg ~
Previdência Social ••••••••••••••••••• 113
6. CONCLUSOES •••••••••••••••••••••••
XIII
RELAÇ~O DE QUADROS
Quadro I - Uma Nova Imagem da Organizaiâo.
Quadro 11 - As Cinco Partes B~sicas da Organizaçio.
Quadro 111 - As Configuraç3es Estruturai~
XIV
RELAÇ~O DE ANEXOS
1. LEi nQ 6.439, de 19 de setembro dE 1977 - Institui o Sistema
Nacional de Previd€ncia Social - SINPAS.
Decreto nº de 15/07/77 - Institui o Programa de
Melhoria do Atendimento - PMA.
3. Decreto nº 86.213, de 15/07/77 - Regulamenta a concessio de
G~atifica~io de Atendimento e Habilitaçio Previdenciirios.
Decreto-Lei nQ 1.8777 de 15/07/77 - Inclui a gratificaçio no
Anexo 11 do Decreto-Lei nQ 1.341, de 22/08/74.
4. Portaria INPS/PR n_ o 83, 15/02/82 - Designa servidores para
compor a EqUIPe de Coordena~io Geral do Projeto de ·Implantaç~o
do PMA.
5. Mensagem nQ 66 de 27/05/1977 - Encaminha ao Presidente da
Rep~blica o projeto de lei qUE institui o Sistema nacional de
Previdência Social - SINPAS.
6. O Planejamento no INPS originário.
7. O Custeio no INPS originirio.
8. Organogramas Relativos ao INPS originário.
-1-i .
o
PROBLEMAi.1 Introdu\;:ão
Warren 8ennis apresenta uma hipdtese evolutivBp seglJ.ndo a ·
qual,
Hcada e todas as ~pocas desenvolvem uma forma organizacional
que ~ mais adequada ~ lndole daquela ~pocaH e que Ucertas
mudan~as sem paralelo estão ocorrendo, as quais tornam
necess~rio revitalizar e reconstruir as nossas
or9aniza~8es.H (1)
Gercina Alves de Oliveira comenta que essa proP05i~ão de
Bennis deixa entrever duas id~ias:
como lJ.ma inven~ão moldada pela
caracter(sticas ambientais-temporais;
b) a id~ia de mu~an~as extraordin~rias ocorrendo no ambiente mais
(2)
amplo, Justificando a mudan~a organizacional.
Constatamos, por essas afirma~3s, que or9aniza~aEs vêm
sendo criadas ao longo do tempo; em outras palavras,
organiza~aes podem ser vistas como uma inven~ão social.
A id~ia da QFganiza~âo vista como uma Hinven~ioH leva-nos a
concluir pela intencional idade da sua construção, de um desenho
propositalmente elaborado, e aI reside nossa curiosidade: como
i sso ~ fe i t o ?
(1) Benn i s, Warren G. De"ienv~ru;:ot o QL!1.r.1.o i ;;;;'\1"" i ooz1.1 : =PJ.íL..
(2)
c...a.t
IJ O;; ;; a • Q t:: i 9 E n s (:> P f;: r <'j p (:> c t Í\' a <:; .. E d i t o r a E eI 9 a r d B I ij c h e r ,Ltda, São Paulo, 1972p PrEf~cio.
01 iVé:ira, Gerc iDa AlVES de, I:>,,~eíeo~'iruento
Teor i j:~ e Di Q(.:l.n..ó..s.ti.c.C.. Funda~ão Geb.i1 i o Janeiro, 1979, p. 37.
o
r q i71 n i A·: i;l, ~j .. Q.D.1l1..!L
-2-Como bem questiona Galbraith. se as or9aniza~3es surgem
naturalmente. por que dever {amos desnh~-las
?
A expectativa ~ deque, assim fazendo, as organiza~Ses resultantes de um desenho
planejado tenham melhor desempenho do que aquelas que emergem
(3)
e:<pon t aneamen te.
Sem pretender concluir que uma organiza~io resultante de um
desenho previamente elaborado tenha melhor desempenho do que
aquela resultante da reuniio espontlnea de pessoas para a
consecu~io de fins partilhados. temos que concordar que um dia o
homem de planejamento e or9aniza~io se depara com o problema do
desenho organizacional a ser obtido para uma situaçio especifica:
crescimento da organiza~io provocando o seu desmembramento em
organiza~ies menores (caso da cria~io do SISTEMA NACIONAL DE
PREVIDÊNCIA E ASSISTÉi:NCIA SOCIAL SINPAS);
organiza~ies v~rlas sob um comando dnico (caso da fusio dos
antigos Institutos de Apo~entadorias e Pensies, r eSlll t ando no
INPS origln~rio); criaçio de nova organiza~io; transferincia de
uma para outra ou partes de uma para outra, por simples decisio
política.
Embora amplas, as disserta~Ses sobre os processos de
i nt egrCl.i;;:ão vertical 01J. horizontal como. por e:·:emp lo. a dG:
Nogue i ra c/e Faria. nio nos parecem slJf I c i entes para eNP 1 i c: ar os
(4)
fen8menos de organiza~ão e reorganiza~ão7 a~ima mencionados.
---~---(3) Galbraith. J a y R .. Q.c....qan..L-:i.\.t..iQ [l Q fõ:..SLqo,. A d c/ i s~; a n .... W f:: 5 1 e y •
P'lb 1 i sh i n9 Campany. Reading, Massachusetts. 1977. p. 4 ..
( 4) Far i c\. A. Nog ue i no\, d e ~~.r:.g.~[l i ;;~c: ã o de E.nl.presas" L i vros
19777 PP 34·-?~? ..
-3-Persiste a indagaçio: ao integrar organizaç5esr vertical ou
horizontalmente, como isso ser~ feito?
Ser~, como questiona Mintzberg, que a organização é mera
coleção de partes integrantes, ls quais os elementos da estrutura
podem ser adicionados ou das quais podem ser retirados l vontade,
ou existe o pressuposto contrário,
organizacional está relacionada •
escolhermos esta ~ltima proposição,
que a efetividade
estruturaç~o ldgica
?
Sequais os elementos que
(5)
integrariam a chamada estruturaçio ldgica
?
Um
fato de grande relevância propiciou-nos o exemploconcreto para desenvolver as pesquisas e estudos que trouxessem
Esclarecimentos a essas indagações: a reorganização da
Previdªncia Social, provocada pela Lei 6.439, de 12 de setembro
ele 1977.
Essa Lei instituiu o Sistema Nacional de Previd@ncia e
SINPAS, sob a orientação, coordenação 0~
controle do Ministério da Previdência e Assist@ncia Social
MPAS, com a finalidade de integrar as atividades da~ entidades
(6)
que configuram esse sistema,' dentre as quais destacamos o INPS.
COMO poderemos observar, foi conservado o nome
INPS,
masdificilmente afirmar que se trata da mesma organizaçio.Para
ma i ar clareza, IJt i
1
i zaremos os nomes I~PS ar i 9 i n<ir i o E~1.1.ie.S.
"'r, f i mde diferenciar as duas organizações existentes antes e apds a Lei
(5) M i n t zb er 9 , Hen nJ O..r:.g.an..iz.a.tJ..c.D..--l2p s i grl : E~sh i po ar EU. ?
Harvard Business Review,.~an - Feb 1981, New.York.
-4-nQ 6.439. respectivamente.
Por tratar-se de organização extremamente complexa.
abordaremos t~o somente a ~rea de benefIcios. no per(odo de 1977,
inIcio da vigªncia da Lei 6.439. a 1981, quando foi
(7)
Programa de mRlhoria de Atendimento ao P~blico - PMA.
c.riado o
Esse Programa, institu{do pelo Decreto nQ 86.214. de 15 de
julho de 1981, evidencio~ o retorno da atenção do Governo para o
INPS.sio da mesma data o Decreto-Lei nQ 1.877 e o Dec.reto nQ
86.213. todos voltados para o INPS.
Em cumprimento ao Decreto "Q 86.214/81. o Presidente do INPS
designou servidores, mediante Portaria, para coordenarem oito
subproJetos que foram devidamente desenvolvidos, inclusive com a
(8)
nossa participaçia.
Parte dos dados utilizados nesta monografia ~ fruto desses
subproJetos, dos quais destacamos:
• sUbprojeto 01 - Alteração Estrutural;
• subproJeta 05 - Revisia de Rotinas, Fluxos e Formulários;
• subproJeto 16 - Avaliaçio do Atendimento.
(7) Veja Anexo 2.
-5-1.2 Metodologia
Tradicionalmente. o estudo de caso tem sido considerado como
um tipo de an~lise qualitativa. um meio de ordena~io de dados
sociais.
Sob o ponto de vista dos cientistas sociais. o estudo de
caso como este que nos propomos real~zar n~o ~ científico. desde
que' a reflexio acerca de uma situa~io específica n~o permite a
generaliza~io.Alia-se a este fato a dificuldade de se interpretar
(9)
entrevistas e observa~;es. sem preconceitos ou subJetivismos.
Os próprios cientistas sociais. porém. nos motivam a
continuar o estudo ~e caso. ao afirmar que
H • • • a pesquisa moderna deve rejeitar como uma falsa
dicotomia a· separa~io entre estudos qualitativos, ou entrE
pontos de vista estatisticos e nio estatísticos. A aplica~io
da matem~tica ~ sociologin nie ga~ante o rigor da prova mais
do que o uso do iosight garante a significincia da
pesq1lisa." (10)
Podemos estender ~s demais ciincias sociais.
administra~io. o que foi afirmado acerca da sociologia.
Além disso. mostram que.
"a partir da an~lise. de uma organiza~;o como um todo,
compara~;es poderio ser feitas entre organiza~ies que tenham
diferentes tipos se supervisio. diferentes tecnologias, ou
operem em ambientes diferentes."(11)
(9) Lobos. JI.11io A., COJll.J2.Ort amento Organj;.:.acjQllal. Editora Atlas'
S.A •• sio Pa~lo. 1978. vaI. 1. p.21.
e H a t t, P ~\ U I o K..
tif.
t o ti O L-f:JllL.-.... P-'E .... ·, !;iS!J...i.sJ.\.(10) Goode. William J. s.o.~. Companhia 1977. p. 398 ..
Editora Nacional, Sio Paulo. 6 a Ediçio,
-6-Essa compara~io s6 ser' poss(vel quando pessoas, detendo um
conjunto de Informa~8es a respeito de uma determinad~
organiza~io, procurarem desenvolver um estudo a seu respeito.
Quando estudos semelhantes forem feitos acerca de organlzaç8es
cong~neres e diferentes de alguma forma significante, poder-se-g
partir para compara~5es e daI para generaliza~5es, abstraç5es e,
finalmente, teoriza~io.
Segundo Goode e Hatt, para se obter dados holisticos em
termos de determinada unidade escolhida, pode-se usar todas as
t~cnicas utilizadas por qualquer outro modo de ordena~io de dados: entrevistas, question~rios,
(12)
relatos de outros c~sos etc.
autobiografias, documentos,
D~talhamos, .a seguir, as fase~ cl'ssicas de uma pesquisa:
levantamento de dados (primirios e se~und'rios),
dados e s(ntese ou conclusio.
1.2.1 Levantamento de Dados
A pesquisa visou o levantamento de dados relativos:
a) aos motivos que fundamentaram a mudan~a da estrutura do INPS,
bem como dos crit~rios utilizados para isso;
b) ~ estrutura atual, isto ~, a que resultou da mudan~a provocada
pela Lei 6.439;
c) ~s conseqUlnclas da mudan~a •
-7-Com essa finalidade foram realizadas entrevistas envolvendo
elementos que participaram do processo de reorganizaçio. tanto na
idealizaçio da mudança, como na sua implementaçio.
Foram realizadas ao todo 13 entrevistas com dirigentes do
INPS, nesta fase preliminar: 5 a n(vel de Direçio Geral DG
(Secretirios e Assessores) e 3 a n(vel de Dire~io Regional - DR
(Superintendentes e Secretirios Regionais> e, al~m disso, foi
ouvida a palavra do Dr. Celso Barroso Leite, criador do Centro de
Estudos de Previd&ncia Social - CEP e autor de in~meros livros
sobre Previd&ncia Social.
Essas entrevistas foram abertas, isto ~, nio estruturadas.
visando a obterinformaçBes para a elaboraçio de question~rio a
ser enviado • S~perintend@ncia do INpS em Sio Paulo, escolhida
para servir de base. pesquisa, pelo fato de representar cerca de
40 ~ do movimento de beneficios do INPS a n(vel Brasil. possuindo
uma variedade de drgios de execuçio desde o maior at~ o menor.
o
Secretirio Regional de Benef(cios em sio Paulo encaminhouo question~rio aos drgios de execu~io.No per(odo da pesquisa sio Paulo contava com 91 Ag&ncias e i7i Representa~Bes da Previd&ncia
Social.Das 21 Agincias,.s quais foi enviado o question~rio, 6
enviaram respostas~ das 14 RepresentaçBes. apenas 5 o fizeram.
Obtidos esses dados primirios, a pesquisa se estendeu aos
dados secundirios, tais como exposi~io de motivos.
publica~Bes da Prevldincia Social. relat6rios e~c. Sio eles~ (13) • Mensagem nQ 66, de 1977. Mensagem do SINPAS~
. .
(14) • Lei nQ 6.439. de 1Q de setembro de 1977~
• Decretos nQ 86.213 e 86.214. Decreto-Lei nQ 1.877.
(15)
1981;
-8~'
todos de
Regimento Interno do INPS origin~rio. aprovado pela PT/MTPS nº
3.283. de 18 de setembro de 1973~
• R~gimento Interno do INPS. aprovado pela PT/MPAS n9 1.131. de
1978;
• An~llse Institucional e Plano de A~io 1979/1985. publica~io do
INPS;
Pesquisa direta que fundamentou a An~l Ise Institucional acima
citada;
• Pesquisa realizada pelo subproJeto Avalia~io do Atendimento. do
PMA.
Análise de Dados
De pOS5e das respostas ao question~rio enviado a sio Paulo.
passamos l fase de an~lise • .
A . tabula~io revelou que. numericamente. nio foi atribuído
maior destaque a qualquer resposta.
Exemplificamos: para a
1ª.
questio (Quais as conseqUinciasda Lei 6.439 na área de benef{cios) houve 17 respostas
diferenciadas. contra 3 iguais que evidenciaram que os Institutos
---~---(14) Veja Anexo 1.
--9-tiveram suas atr i blJ. i t;ões específicas d istr iblJídas. A
especificidade das atribuições foi encontrada também nas
respostas ~s outras questies.
A quest~o nQ 2 (Quais as vantagens que a Lei propiciou no
desempenho do INPS, na área de benefícios) obteve 5 respostas
favoriveis, pois, em conseqUincia ~ Lei 6.439, cada Instituto
pôde trabalhar eHclusivamente numa só área.Com i st o, a
especificidade de atribuições já atinge 8 indicaç:ões como
resultado favorável da referida Lei, a nível de atuaçio do INPS
na Direçio Geral e Regional.A nível de eHecuç~o, porém, nio houve
uma resposta que obtivesse mais de uma indicaçio, variando desde
U ma / or possibilidade na soluç:~o dos problemas, com normas
dirigidas ~ áreas de benefíciosH
, at~ unenhuma vantagem até o
presente, aguardando estruturaN. Com isto, a especificidade
atinge 9 indicaçies.
A quest~o nQ 3, (Quais as desvantagens que a Lei desencadeou
no desempenho do INPS), traz 5 indicações de que nio houve
desvantagens, contra afirmaç:ões de que foi um desastre total e.
por outro lado, a ponderaçio de que houve auslncia de medidas
paralelas para a melhoria de condições de trabalho e de incentivo
aos serVidores de baixa remuneraç:io.
Quanto ~s questões nQ 4 (Sugestões a serem feitas no tocante
ao desempenho do INPS) e nQ 5 (como podem ser vistos os efeitos
dessa Lei sobre o beneficiário) seria necessário arrolar todas aC •
.,
respostas, pois foram todas diferenciadas,. variando desde NO
- -10-Deixamos registrado aqui o conflito que as respostas encerram
f.:' 'transfer imos para o C(';\P ítulo 6 as concll.,tsoes referente!!, à
pesquisa. tendo em vista a an~lise. ainda a ser feita, sobre O .,'
...
conceitos de Mintzberg, quando apl icados aoINPS. objeto do
Cap ítulo 5.
1.2.3 Síntese
A síntese. na verdade. constitui-se do Capítulo 6. com as
conclusões sobre as vantagens e desvantagens do novo desenho
organizacional. apresenta~io de problemas levantados e hipdteses
a serem verificadas com novos estudos. possive)mente projetos.
t.3 Defini~io Operacional de Conceitos/Termos
NA
terminologia universal de um campo de conhecimentocientifico parece ser, de fato. um dos mais significat ivos
indicadores da maturidade desse campo como ci@ncia.Parecey
também. que sd pela pesquisa emp{rica ~ poss{vel chegar a
essa universalidade.
Infelizmente, esta tem sido uma das grand~s dificuldades das
ci€ncias sociais que, um sciculo apds terem sido erigidas a
essa categoria. nao dispõem. ainda. de uma terminologia
concept1lal incontroversa."(16)
i o que se passa. ~amb~m. com a administraçio.O est~gio da
maturidade desta irea de conhecimento ~ bem configurado quando
necessitamos utilizar dois termos b~sicos da ~rea de concentra~io
deste trabalho: organiza~io e estrutura.
Como observa Galbraith.
Norganiza~io e estrutura da organiza~io sio termos que todo mundo compreende at~ que algu~m lhe pe~a a definiçio."(17)
U,6) Oliveira. Gercina Alves de OE ... t: .. i..t, .. , PP. 22--23.
"" i
1-Ou. com Chiavenato,
NO conceito de estrutura ~ bastante antigo.Her~clito. nos
primórdios da histdria da Filosofia, j~ concebia o HI090SH
como uma unidad~ estrutural que domina o fluxo ininterrupto
do devEr e o torna inteligível."(18)
O próprio Mintzberg, autor por nós escolhido como amparo
teórico devido ao seu interesse em sintetizar os conhecimentos
existentes acerca da estruturaçSo de organizaç8es, afirma:
Hapós a leitura de 200 livros e outros tantos artigos, nio
sei bem o que estrutura significa." (19)
Com relaçio ~ ~rea de política social escolhida,
previdenciária, a dificuldade nio ~ menor: proteçao social.
proteção individual, assistincia social, previd~ncia social
seguridad~ social, são conceitos presentes nos livros consultados soore o assunto.
A amplitude da organização em estudo, por sua VEZ, traz, na
~rea de beneficios, a dificuldade de se relacionar aquilo que E
relevante para o neófito em benef{cios, quer como fruto de
seguridade social, quer como resultado de um direito do trabalhou
1.3.1 Conceitos/Termos Próprios da ~rea de Organizaçio
Organ i za,.~ão
a) No sentido de Unidade ou Entidade Social
(18) Ch iavenato, Idalberto l.nJ:..L:..~lio __ ~_I~ji;\, Gr;'r:al di',\ é.d..nli n i s t.:J:~.ão. , Me Gr ;:\w-H i 11, ~l~~o P a 1.1 1 o. i 9fJJ, p. 32 i .
-·12-HUma organizaçio ~ uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relaçies estiveis (nio necessariamente face a face) entre si, no sentido de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos DU metas.H (20)
"Organizaç5es sio unidades sociais (ou agrupamentos humanos) intencionalmente constru{das e reconstru(das. a fim de atingir objetivos especificos.Incluem-se nesse conceito as corporaçies, os Ex~rcitos, as escolas, os hospitais,
igrejas e as prisies; excluem-se as tribos, as classesy grupos ~tnicos, os grupos de amigos e as fam(lias."(21)
"As organizaçies formais constituem uma forma de agrupamento ·social. qUE ~ estabelecido de uma maneira deI iberada ou
proposital para alcançar um objetivo espec(fico."(22)
"Uma organizaçio i a coordenaçio de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade de efetuar transaçies planejadas com o ambiente."(23)
a
termo organizaçio. significando um tipo de agrupamento r..ocial, tem para o estudante de administraçio. a 19l.1masimplicações ~
19) o seu significado varia segundo a abordagem dentro da qual se enquadra o autor que o utiliza: cl<:~.ssi\.~a. hlJ.man i st a. estruturalista, contingcncial etc;
(20) St inchcc)mbe. Arthur L. Sor ial S.tructl.1nz and Q.r~sanJ..z.at.J..Q.n.s. •.
in Handbook of Organizations, James G. March (ed.) Chicago. Ill.Rand MacNally College Pl.1blishing Co •• 1965, p.i42.
(21) Par~;ons.
Glencoe,
Ta "1 c o t t • fi
t
i:
I) C t U r ~ a ruL.r..t:..Q.C~_Ln-ti.ru:U;:r..Jl111., The Free Press. 1960, p.17.
(22) L i t t e-:lr Elr
• Josftph A. !J..r:..9 an i ('~~u..o.n.s...-L..sJ rl.1ct lu::.~_~.\Ud 8Eb~!J. •.
N.Y. Jonh Wil(7:Y & Son"!:;. Inc.: .. , 1963, pu 5.
( 23 > Lc\wr en c e Pau I R • e L.or sc h, ... h:\y W. Q_[L~.s.r.:.n~C) 1 \ I i ru.~ILt ... CL-1i~
~lr_$l.an .. .L.;·: i;l. c: ·õ ~ ~5 :_..J:li.ag_J:l .
.ó..!:i.!:. ..
ü.; .. CL-.~~[Q.. E d i t ("j r a E d 9 a r d B 1 ij c: h E~ r
~"13-29) o tipo específico de organiza~io que d objeto de estudo
pelo administrador ~ a formal, nio no sentido utilizado pelos
clá'!:1sicos, em oposi~go ~ informal dos humanista, mas aquela que
se caracteriza pelas regras, regulamentos e estrutura hierárquica
qUE ordenam as rela~SEs entre seus membros, j~ que se excluem
deste conceito as tribos, as classes sociais, os grupos itnicos,
os grupos de amigos e as famílias;
39> se a segunda implica~io ~ vál ida, podemos concluir que o
termo organiza~io pode ser substituído por empresa?
4Q) se a terceira implica~io tiver resposta afirmativa, como
denominar aquele drgio governamental Cple nio ~ empresa do
b) No sentido de Fun~io Administrativa
UComo parte do processo ad~inistrat ivo (como a previsio, o
comando, a coordenaçio e controle> significa o ato de
organizar, estruturar e integrar os recursos e os drgios
incumbidos de sua administraçio ~ estabelecer rela~Ses entre
eles e as atribui~aes de cada um deles. U(24)
P ar a GIl I i c k , organizaçio ci o estabelecimento da estrutura
formal de autoridade, atrav~s da qual as subdivisies de trabalho
sio integradas. definidas e coordenadas para o obJet ivo em vista.
Para Fayol, orgc\n i zaçio impl ica em constituir o duplo
organismo material e social da empresa.
--14-Estrutura
Baseando-nos em Chiavenato podemos dizer que "E s t r IJ t u r a é
q'Je subs i ~;t 1'::
di vers i'dade de mesmo com <:\
relac:ões."(25)
o conjunto formal de dois ou mais elementos p
inalterado. seja na nlúdanç:a. seja na
conte~dos. ou seja. a estrutura se mantém
alterac:~io . de IJm dos seus elementcls ou
Segundo Jean Viet. o conceito de estrutura significa
"a an~lise interna de uma total idade em seus elementos
constitutivos, sua disposiç:io. suas inter-relaç:ões etc ••
permitindo uma comparaç:io, pois pode ser apl ieado a coisas
diferentes entre si. Aldm do seu aspecto totalizante, o
estruturalismo é fundamentalmente comparativo".
Acrescenta, ainda,
"0 todo nio ~, de algtima maneira, a soma de suas
part~s ••• Para que haja estrutura é necessirio que existam
entre as partes outras relaç:ões que nio a simples
Justaposiç:io. e que cada uma das partes manifeste
propriedades que resultam da sua dependência em relaç:âo ~
totalidade.Portanto, h~ estrutura quando elementos sâo
reunidos numa totalidade e quando as propriedades dos
elementos dependem inteira ou parcialmente desses caracteres
da totalidade. Assim, toda modificaç:âo de um elemento
acarreta a mOdificaç:io dos outros elementos e relaç:ões".(26)
Outra vez, conforme ocorreu com o termo organizaç:io. temos a
influência da abordagem a que o autor se filia quando utiliza o
termo estrutura.
Desenho Organizacional
i um conceito que resulta da combinaç:io da definiç:io de
organizaç:io e de escolha estratégica. É concebido. ~5egl.lndo
Galbraith. como um
(25) Chiav(~nato, Idalberto Q.l2_a..!.:...Lt..u p. 321..
( 2 (.) V i ~~ t , ,J e a n t1cl!.:.td.o~.[.!a.tr._!.Lt.!.IJ:,i:.i..lJ..s.L~Jl.a :;i !~ i frs.l.C...Li'J.. oC:; R Q.c;..U.u..:a. y R i C)
-'15-"processo de decisio orientado ~ coerincla entre
objetivos para os quais a organizaçio existe, os padr3es
divisio de trabalho e a coordena~go entre as unidades e
pessoas que fazem o trabalho.(27) Simon afirma que
O .,·
...
a•·· .. "
"todo mundo desenha aquele que idealiza cursos de açio
objetivando mudar situai'.~3es em outras preferidasu A
atividade intelectual que produz artefatos nio e
fundamentalmente diferente daquela que prescreve rem~dios
para um paciente ••• Desenho, assim definido. ~ o coraçio de
todo treinamento profissional; ~ a principal característica
que distingue as profiss3es das cifncias."(28)
Para Mintzberg, desenho envolve habilidade em alterar um
sistema, objetivando mudança de situaç5es para outras preferidas.
No caso da estrutura. significa girar os bot3es que influenciam a
divisio do trabalho, os mecan i smo~.. de coordenCl.çao.
portanto,. como a funcion<l, como
materiais, autoridade.
(29)
informa~~o e processos de decisio fluem alr'avés dela.
j .• 3.2 Conceitos/Termos Prdprios da Pol {tica Escolhida
~ com Celso Barroso Leite que podemos diferenciar os
conceitos de proteç~o social, previdência social
(30) social.
(~~7) Galbraith, Jay R.
o.e...t:.JJ:..u,
p. 5.(28) Simon, Herbert The Sciences of the Artificial.
j.969, pp 55-,56.
(29) Mintzberg, Henry, ~e.cit., p. 65.
MIT. Pn:,:ss.
( 30) L e i te, C e I s o B a r I~ os () t:L.e.cc.t~ciú:L.S.QJ:..l.a.L....IJ.ll- .. Etl:.a;.Li..l, E d i ç Õ e s
L TR q são P al.11 o, 1. (77(3, p p. j, 6 .... ;;?;;!. f..: UUL!ãéc 1.110 oU "'.' E?r~í d f:.r.l.~
-,16,-Proteç:ão Social
Entende-se por proteç:ão social o conjunto de medidas de
can:\t €r soc i i:\ 1 destinadas a atender a certas necessidades
individuais. principalmente àquelas que, não atendidas,
repercutem sobre os demais indivíduos e, em dltima anilise, sobre
a sociedade.i nesse sentido que se pode a~irmar que proteção
social ~ uma modalidade de proteção individual.
As necessidades de cariter social podem ser entendidas como
aquelas mais ligadas às condiç:~es de vida,.aos recursos de que
cada. pessoa precisa para consEguir um padrão existencial que a
sociedade considere aceitável, ou seja, um padrão mínimo de
vida.Sabe-se que esse mlnimo varia grandemente de paes para país,
de região para região, de classe para outra. por vezes dentro de
uma mesma classe e, at~ raro, de pessoa para pessoa.
Em condiç~es normais, os meios de vida correspondem aos
rendimentos e, para a grande maioria da humanidade conteporfinea,
o saldrio ~ a dnica fonte de rendimento.Assim, avançando um pouco
no conceito de necessidade de caráter social, podemos defini-la
como a qUE resulta da falta de salirio, ~uando El~ 'I~O exisl8
(invál idos, pessoas idosas, menores) ou deixa de ser recebido
(reclusão, desemprego, incapacidade etc.).ou quando temos de
enfrentar despesas para as quais o salário pode nio ser
su~iciente (nascimento de um filho, uma cirurgia etc.)
Segundo o prdprio Celso Barroso Leite, essa definição não e
.
c()l\\pleta, não tendo ele encontrado nenhuma que esgotasse o
c\s!:p.ln to.
-17,-previdência social, permite à sociedade atender a cert a~;;
necessidades essenciais dos indivíduos, mas sem a pretensio de
resolver todos os seus problemas.i certo que os limites da
prote~io social n~o sio rígidos ou seguer bem definidos, e mais. as medidas que integram variam de paes para pais: nem por
por~m, deixam de existir e de ser
~teis.-isso.
A iniciativa i nd i v i dlJa I OI). coletiva tem-se mostradn insuficiente para a cobertura de certos riscos porque quase nunca
consegue reunir, com a regularidade indispensável, o nl.Ímern
mínimo de participantes necessários à adequada distribui~io
desses riscos, para a sua efetiva cobertura.Essa in~;uf'ic iênc ia levou a sociedade a adotar medidas compulsdrias ef'icazes em lugar dos empreendimentos voluntários.
A prote~~o social nio se confunde com a previdência social nem com a justi~a social.A pr~vidência ri parte dela mu i to
importante. sim, a mais importante de todas, mas parte apenas.~ a PI~Ot eçio soc i a I que, ao lado de outros
imposto de renda,
jl.1sti~a social ..
Previdência Social
por exemplo, constitui
instrumentos como o
parte i nt eSJr<:\nt e da
A previdência social consiste basicamente num sistema de
SEgUY'O SOt~ i a I , complementado por programas assistenciais: conjunto de medidas destinadas a amparar as classes assalariadas
E outros grupos em emergências decorrentes da cessaçio do salário
--18-Assistência Social
Assistincia social traduz sobretudo presta~ies em natureza,
por vezes desligadas da idéia de contribui~50 ou, pelo menos, de
uma correla~50 precisa entre a contribuiç50 e o direito ~
assistência.
Seguridade Social
Conj~nto formado basicamente por previdincia social, ou,
melhor aindc.\, por seguros sociais mais
sociais.Seguridade social envolve, além disso, idéi~\ de
cobertura da popula~50 inteira.
dA economia colet iva ou seguro desenvolve-se quando. a
partir da matem~tica atuarial, se logram estabelecer leis
para o acaso, isto é, fixar. com relativa precis5o. as
necessidades globais de um grupo determinado. no que
respeita a certo risco em dada unidade de tempo.Calcul&-se a
probabilidade da ocorrência de fatos danosos. relacionados.
para usar linguagem técnic~, os casos favor~veis e os casos
poss(veis.
A
fraçâo dai resultante permite fixar a quota oua contribuiç5o de cada componente do grupo. repartindo entre
todos o que atingiriapenas algun~ deles.N
(31)
Bem-Estar Social
Conceito que prosperou em numerosos países. especialmente os
de lingua inglesa. n50 prosperando, entretanto, no nosso.A i dé i.:\
é,
a de um amplo· conjunto de medidas de proteç5oindividual e familiar a cargo do Estado.
-19-o
Conceito de Previdência Social no BrasilNo Brasil, a maioria interpretava previdincia social como o
todo formado pelos conceitos de seguro social e assistência
social.A id~ia dessas duas partes formando um todo esti presente
na Lei Orgânica da Previdência Social LOPS. que divide as
presta~~es em benefícios e servi~os.
A
assistência social foi-se afastando gradativamente dosignificado de previdincia social, tendência que se faz sentir
mais nitidamente com a cria~io do Ministd~iD da Previdência e
Assistência Social - MPAS= previdência volta a significar seguro
social, uma vez que se refere, no caso. a programas custeados por
individuais diretas dos segurados. complementadas por
contribui~aes paralelas das empresas e pela contribui~io do
Estado.Assistência social. por seu turno. fica reserv&da a
programas que. embora custeados pelo Estado, normalmente
independem de contribul~es dos beneficiados.Dentro da
terminologia que o MPAS oficializou, conv~m atentar para o fato
de qu~ assistência midica ainda constitui, um tanto
paradoxalmente, urna presta~ffo previdenciiria.
1.3.2 Conceitos/Termos Prdprios da Organizaçio INPS
o
desafio aqui reside em se passar os conceito~/termos semexcessivo detalhamento, isto ir converter em apresenta~io sucinta
aquilo de que o servidor da linha de benef{cios leva cerca de 5
-~0-Benef{~io: prestaçio pecuniiria exig{vel pelo beneficiirio.Pode
se~ de prestaçio ~nica. como por exemplo, o aux{lio-natalidade,
ou de prestaçio continuada, tal ~ o caso da aposentadoria.
Beneficiirlcis: sio as pessoas abrangidas
previd&ncia urbana, rural e do funcinirio federal.Classlficam-se
como segurados e dependentes.
Segurado: ~ o SEgurado quem exerce atividade remunerada, efet iva
ou eventualmente. permanente ou temporariamente, com ou sem
vinculo empregatício, a titulo precirio ou, nio.A ident ificaçio
dos yirios segurados tais como: empregado e empregador, (neste
caso podem ser urbanos ou rurais), o trabalhador autBnomo, avulso
ou temporário, o trabalhador em alvareng8, o conferente de carga
e descarga,
páginas 7,
o doméstico, o pescado~, o garimpeiro etc, ocupa as
8 e 9 do Regulamento de Benef(cios da Previdªncia
Social - RBPS.
Dependente: é dependente do segurado a esposa, o marido invilido.
a companheira mantida hi ~ais de 5 anos, os filhos sob qualquer
condiçio, menores de 18 anos, ou invilidos e as filhas de
qualquer condiçio, desde que solteiras, menores de 21 anos ou
invilidas. al~m de pessoa designada (nas condiçBes prescritas).
No citado Regulamento de Benef(cios, somente a descriçio do
dependente ocupa as piginas 9 e 10.
Cddigos de E5P~cie5: os benef{cios da previd@ncia social urbana,
inclusive os que obedecem a condiçBes especiais e 05 regidos pela
legislaçio do seguro de acidente do trabalho, 05 da previd@ncia
-21-bem como os pagamentos diversos efetuados ~ conta da Uni~oy
receberia um cddigo de esp~cie: 01 - pensio do trabalhador rural,
02- pensio por acidente de trabalho do trabalhador rural, e assim
por diante, at~ 97.
Valor do benefícios: pode ser fixo (auxíl io-natalidade, funeral
etc) ou vari~vel (aposentadorias, pensies etc>.Neste caso terio
uma renda mensal calculada de acordo com a esp~cie e a categoria
a que pertença o segurado (marítimo, ex-combatente etc).
Carincia: ~ o período correspondente ~ reali?açio de ndmero mínimo
de cqntribuiçies mensais, indispensáveis ~ percepçio, pelo
beneficiário, das prestaç8es previstas no regime de previdência
social.
Período b~sico de cálculo: o per(odo de contribui~~es
considerado no cálculo do valor do benef{cio.
Inscriçio: ~ a comprovaçio, perante a previdincia social, dos
dados pessoais e do exercício da atividade reconhecida pela mEsma
previdincia.A esse reconhecimento denominamos flliaçio; nem toda
atividade d reconhecida, como ~ o caso do jogo do bicho.
Perícia M~dica: ~ a aval iaçio da capacidade laborativa do
segurado/dependente.~ realizada pelo setor de Perícias Médicas do
INPS, enquanto que a assistência médica ~ realizada ~elo INAMPS.
Reabilitaçio Profissional: é o processo de integraçio de retorno
do incapacitado ao trabalho.Visa ao aproveitamento da capacidade
laborativa residual do acidentado no trabalho ou portador de
-22-Serviço Social: compreende prestação de assistincia
complementar de natureza educativa, preventiva e promocional do
benefici~rio que vive situação de risco social.
Contagem recíproca: o tempo de serviço p~blico prestado ~
administração federal direta e autarquia federal pode ser contado
para efeito de benefício, sob o regime urbano.
Direção Geral: setor normativo e de orientação, constituído pela
Presidincia, Assessorias, Secretarias e Coordenadorias, al~m das
Divisaes e Departamentos,na área de Administração.
Superintendincias: drgãos de direç50 regional, basicamente uma em
cada Estado da.Fede~açãoN
Divisão Local d~ Seguro Social: drgão de chefia dos Postos
di
Benefícios, nas capitais dos Estados.
Agincias: drgãos de execução, no interior.
Representaç5es da Previdência Social: firmas contratadas pelo
INPS a fim de prestarem serviços previdenci~rios, atrav~s da
orientação do INPS; 'de assistincia mddica, atrav~s do INAMPS e no
setor relativo ~ arrecadação e fiscalização, atrav~s do lAPAS.
Podem ser urbanas, quando cuidam dos benefícios do regime urbano
somente; rurais, quando se trata do regime rural, e total quando
de ambos os regimes: urbano e rural.
~.-2 REVIS~O
CRiTICA
DALITERATURA
A Internacional idade e diversidade de formaçio dos autore~
que
t@m
escrito sobre organizaç8es enriquecem o assunto. tornandodifrcil identificar a linha de pensamento digna de um estudo mais
(32) cuidadoso, conforme a opiniio de Pugh, Hickson e Hinings.
Acrescentam, ainda. que o estudante de administraçio tem uma
dificuldade maior para selecionar a bibliografia referente ~ sua
~rea de estudos do que os seus companheiros de outras linhas de
conhecimento, pois o tempo decorrido entre o nascimento do estudo
sistem~tico da administraçio e os dias de hoje ainda nio foi
suficiente para destilar o que de melhor se tem escrito. Para
cobrir todo esse vasto campo. o estudante deve despender mais
tempo do que est~ apto a dar.
No caso do estudante brasileiro. h~ agravante de que nem
toda indicaçio bibliogr'fica est~ disponrvel. Se esta for em
I ingua estrangeira. acres~a-se a dificuldade da traduçio.
A indaga~io central deste trabalho - como as organizaç8es
sio desenhadas - levou-nos a consultar I ivros de teoria geral de
administraçio (Beatriz Wahrlichy Idalberto Chiavenato. Joio Bosco
l.odi); livros sobre an~lise orgc\n í zac i ona 1 (Charles Perrow.
Joseph A. l.itterer): livros sobre mudan~a organizacional
Bennis, Gercína de Oliveira. Fernando Achilles de Faria Mello);
sobre desenho organizacional (Jay Galbraith. Paul Lawrence e Jay
Lorsch)~ sobre estrutura matricial (Stanley
M.
Davis. PaulR
---(3~!.) P ug h • D. S. • H i c k son 7 D .. ... 1 w e H i n i n g s , C • R • W.r...iJ;.U_~ __ !;.l[l.Q.L.<u\.u..U~.LiJ.l~7 P e n 9 1.1 i n Modern Texts, Second Edit ion. 1970.
--24-Lawrence e Thomas J. Peters).
Essa consulta se estendeu a artigos publicados pela Editora
Informaçio em Ci&ncia Social Apl icad .. -\. Ltda. INCISA.
cadernos da Fundac;:io que serão c i tado",;
oportunamente.
Apresentaremos os sum~rios de duas excelentes revisSes
bibliogrificas e o det~lhamento das contribuiçiE5 de outros
autores. não inclu(dos nessas revisSes.
(33) 2.1
A
Revis~o de Pugh. Hickson e HiningsNesta revisão foi adotado o crit~rio de grupar os autores
segundo os diferentes aspectos das organizac;:ões. por eles
enfocados.
i bem verdade que isso leva a uma evidente simplifi~ac;:i07
pois um mesmo autor faz contribUic;:ões que podem ser inclu(das em
mais de um enfoque.
Nesta ótica, escritores passados e presentes podem ser
reunidos'" de acordo com o maior impacto de seus tn,:\b,:\lhos em
termos de estrutura, funcionamento. gerincia. elemento humano nas
organizac;:ies e a organizac;:ão na sociedade. Vejamos cada enfoque.
Estrutura
Na consecução de seus objetivos as organizac;:ies devem
desenvolver regulamentos sobre atividades tais como alocac;:ão de
t ar-efas. supervisão e coordenac;:ão. Tal regulamentac;:io cbnst itui a sua estrutura. Como essas atividades podem ser arl~anj<:1.da<:; de
....
25-virias maneiras, conforme o objetivo da organizaçio, o tamanho. a
localiza,âo geográ~ica a tecnologia de produçâo adotada etc.
virias sâo as estruturas conseqUe~tes.
Todos os autores aqui enquadrados sugerem que uma estrutura
adequada é vital para a eficlincia da organizaçio e deve ser
objeto de cuidadoso estudo.Dentre eles= Max Weber, Alvin
w.
Gouldner, Amitai Etzioni. Joan Woodward. Tom Burns € Eric Trist.
em eujos trabalhos os autores
Inst it'Jte.
o
Funcionamento das Organiza~3esAce i t c\ndo a PC)~;s i b i I i d<.-\de
incluem aqueles do Tavistock
do estabelE:c imento de ' .. una
tipologia de organiza,Ses, como sugerem os autores do trabalhos
em termos de estrutura. ser~ factivel pensar em analisar as suas
atividades? Ser~ possível
organizaç8es fazem?
dividir em categorias a (.1 1.1 i 10 que a~:;
V~rios esquemas tedricos apl iC~Veis. quer às organ i ~~aç:3e!:;
industriais. quer. mais amplamente.
a
todas as organizaçSes. têms.ido propostos ••
Os administradores. <:l,O analisarem as atividades
desenvolvidas em suas organ i ;~Cl,ções. acabam por estabelecer
categorias tais como: atividades auxil iares. de produçio. 1 inha e
de staff. administrativas e executivas etc".
Nest;,:\ 1 i ohCl, de r c\c i oe í n i o for'am feitas análises que
produzissem conceitos que pudessem ser
tais como aquelas de Henri Fayol. Chester 8ar'nard. Wight
-26-A Gerência das organizações
As organizaçSes. qu.isquer que sejam suas estruturas ou modo
operacional, têm que ser administradas. Sempre haveri o problema
de como administrar melhor. As tentativas de obter respostas a
esse desafio serio tio numerosas quanto os gerentes de cada
organizaçio, tarefa_
cada qual trazendo a sua própria individualidade ~
Os autores classificados neste grupo reconhecem que hi muito
em comum na maneira de atuar dos gerentes de organizaçio e buscam
salientar essas semelhanças.
Dentre os mais conhecidos temos Frederick W. Taylor. Mary
Parker Follet. Lyndall
F.
Urwick, E~F.L Brech, Herbert A.Peter F. Drucker e Alfred p • Sloan Jr •• Todos buscaram
ingredientes para uma melhor administraçio, cada qual
sua contribuiçio.
trazendo
o
Elemento Humano na OrganizaçioOs escritores classificados nesta abordagem sio cientistas
sociais especialmente orientados para a an'lise do comportamento
das pessoas e seus efeitos em todo os aspectos da organizaçio.
Reconhecem que as organizações sio sistemas formados por seres
humanos interdependentes. Esse fato ~ reconhecido implicitamente
por muitos dos autores jJ citados e explicitamente por alguns. A
sua maior orientaçâo, contudo, tem sido para com o sistema
formal SEUS objetivos. os princípios que d~vem ser
-27-"
sistema deve funcionar. As pessoas tim sido consideradas como um
dos recursos essenciais para que a organlzaçio atinja os seus
objetivos, mas as pessoas sio, na verdade, uma esp~cie de recurso
muito especial.Elas nio somente trabalham para a organizaçio
elas sio a organizaçio.
o
comportamento dos membros de uma organizaçio afeta a suaestrutura e funcionamento. bem como os princ{pios pelos quais sio
gerf:~nc i ados.
Os escritores enquadrados neste grupo sio cientistas sociais
orientados para a an~lise do comportamento das pessoas e seus
efeitos em todos os aspectos de organizaçio.
George Elton Mayo fundou o Movimento das Relaçies Humanas
que deu destaque ao homem social, fundamentando a id~ia de que
trabalhadores e administradores devem ser compreendidos, antes dE
mais nada, como seres humanos e a organizaçio entendida como um
sistema natural um organismo cujos processos dever~ ser
estudados de forma prdpria ao inv~s de sistema formal
mecanismo elaborado para atingir fins espec(ficos.
A Organ i z<:\çio na Soc i ed <":\d e
As organizaçies nio existem no ~ter.As press8es de uma
economia de mercado, de decisies pol{ticas, de restriç8es
etc. afetam as organizaçies.Elas tim que estar em conformidade
com as necessidade e padries baixados por outras instituiç8es qUE
nio elas próprias.
A rec{proca ~ verdadeira: muitos escritores tim tentado
demonstrar o quanto a natureza das organizaç8es tem mudado a
Estio neste grupo: Jê'.mes Burham, Galbraith.
2.2
(34) A Revisio de Mintzberg
A literatura que primeiro se
-28-Kenneth Doulding,
ev i denc i Oll na área da adm i n i stt~ aç:ão, segundo Mintzberg, focalizava a estrutura formal~
aquela relaç:io documentada, oficial, entre os membros da
orga~izaç;o.Duas escolas do pensamento administrativo dominaram a
I iteratura ~t~ a d~cada de 50: uma preocupada com a supervisâo
direta, a olltra, com a padronizaçio.Na primeira, M i ntzbenJ
enquadra Henri Fayol e seus seguidores da lingua inglesa, Lyndall
Urwick e Luther Gulick.Esses escritores popularizaram termos tais
como uunidade de comandou, e ualcance de
controle", significando, respectivamente, a noçio de que um
subordinado deveria ter um sd superior, a linha direta de comando
do chefe através de sucessivos
subordinados at~ o trabalhador e o n~~ero de subordinados que se
reportam a um ~nico superior.
A
escola baseada na padronização divide-se em dois grupos:a) na América, Frederick W •. Taylor, liderando o movimento da
administraç:io cientifica, preocupado com a
conte~do do trabalho operacional de trabalhadores em minérios de
b) na Alemanha, Max Weber enfatizou a formalização das atividades
por regras, descrição do trabalho e treinamento.