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Uma análise do financiamento da educação no estado da Califórnia, EUA.

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EDUCAÇÃO N O ESTADO DA CALIFÓ RN IA, EUA

JO SÉ MARCELIN O DE REZEN DE PIN TO Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo – Ribeirão Preto

jmrpinto@ ffclrp.usp.br

RESUMO

Este trabalho é fruto de um estágio de pesquisa no Estado da Califórnia (EUA) e tem como objetivo analisar as principais características do financiamento da educação desse estado. A Califórnia possui 33 milhões de habitantes e cerca de seis milhões de alunos em seu sistema de educação básica que vai da pré-escola (kindergarten), em que as crianças entram com cinco anos de idade, até a 12ª série. O principal desafio enfrentado pelo estado, motivado principalmente por decisões judiciais, tem sido o de assegurar um patamar mínimo de recur-sos por aluno e o de evitar uma grande discrepância nos gastos por aluno entre distritos pobres e ricos. O que se constata é que o segundo objetivo tem sido parcialmente obtido mas basicamente mediante um nivelamento por baixo, de tal forma que o estado se coloca, hoje, em 40º lugar no ranking dos gastos por aluno no país.

FIN AN CIAMEN TO S DA EDUCAÇÃO – CALIFÓ RN IAEUA – EDUCAÇÃO – CUSTO -ALUN O

ABSTRACT

A REVIEW O F EDUCATIO N AL FIN AN CIN G IN THE STATE O F CALIFO RN IA, USA. This paper is the product of a research program in the State of California (USA), which aims it to analyze the main characteristics of the educational financing in that State. California has 33 million inhabitants and some 6 million primary students attending school from kindergarten – 5-years olds – through 12th grade. The major challenge faced by the State – mainly due to

court decisions – is ensuring a minimum level of financial resources per student and avoiding discrepancy in spending per student between poor and rich districts. This second objective has been partially attained by lowering the level of State spending, so that California is, nowadays, the 40th in the American ranking of spending per student.

EDUCATIO N AL FIN AN CE – CALIFO RN IA-USA – EDUCATIO N – STUDEN TS CUSTS

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C o m um a po pulação um po uco infe rio r à do Estado de São Paulo e um p ro d uto inte rno b ruto – PIB – q uase d uas ve ze s sup e rio r ao d o Brasil, a C alifó rnia é o e stado que abriga a m aio r po pulação do s EUA, o m aio r núm e ro de e studante s no siste m a K-12 (kinde rgarte n até a 12ª sé rie1

), tam bé m o m aio r núm e ro de pro fe sso re s e um a das m aio re s dive rsidade s é tnicas do país. O prin-cipal de safio que o e stado e nfre nta, m o tivado prinprin-cipalm e nte po r açõ e s judici-ais, é o de re duzir as dife re nças e ntre o s re curso s finance iro s co lo cado s à dis-po sição do s aluno s pe lo s dife re nte s distrito s e sco lare s2

.

Isso te m sido co nse guido ao lo ngo do s últim o s 20 ano s m as basicam e nte m e diante um nive lam e nto po r baixo no s re curso s dispo níve is po r aluno . Assim é que , e mbo ra te nha de mo sntrado pro gre sso s razo áve is do po nto de vista da e qüidade , e m 1997-1998, a C alifó rnia o cupava o 40º lugar no ranking nacio nal de gasto s po r aluno (Be tts, Rue be n, D ane nbe rg, 2000; EdSo urce , 2000).

Ante s de analisar e sse s dado s, é impo rtante apre se ntar algumas caracte rísticas ge rais da o rganização do siste m a e ducacio nal califo rniano . Existe um de -partam e nto e stadual de e ducação cujo titular (Supe rinte nde nte da Instrução Pú-blica) é e le ito juntam e nte co m o go ve rnado r e po de inclusive se r de um partido dife re nte do prim e iro , co m o já o co rre u (C o nstituição Estadual, art. 9, se ção 2; dispo níve l e m www.lao .ca.go v). Parale lame nte , e xiste um C o nse lho Estadual de Educação (State Bo ard o f Educatio n) cujo s de z me mbro s (um de le s, e studante ) são indicado s pe lo go ve rnado r e de ve m se r apro vado s po r do is te rço s do Se na-do e stadual. O D e partame nto de Educação da C alifó rnia – C D E –, po r sua ve z, articula-se co m o s co ndado s (co untie s) cujo supe rinte nde nte també m é e le ito . E o s co ndado s se articulam co m o s distrito s e sco lare s, que são o s ó rgão s que de fato administram as e sco las, o s quais são go ve rnado s po r um co nse lho e sco lar (Scho o l Bo ard) cujo s me mbro s (ge ralme nte cinco ) são e le ito s pe la re spe ctiva co -m unidade . Esse co nse lho co ntrata o supe rinte nde nte do distrito que é o princi-pal e xe cutivo da e ducação básica na C alifó rnia e no s EUA e m ge ral, ape sar das variaçõ e s e ntre o s e stado s. To das as de cisõ e s re lativas à co ntratação de pro fis-sio nais, dissídio s co le tivo s, co mpra de mate riais, aquisição e re fo rma de pré dio s

1. O sistema de ensino obrigatório nos EUA tem duração de 13 anos englobando a elementary school, que corresponderia ao ensino fundamental no Brasil e no qual o aluno ingressa com cinco anos (no kindergarten) e fica até a 8ª série, e a high school, que corresponde ao ensino médio no Brasil, e engloba da 9ª à 12ª série.

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o co rre m na e sfe ra do distrito e sco lar e de ve m passar pe la apro vação do Scho o l Bo ard. N o âmbito das e sco las e xiste ainda um C o nse lho Lo cal (Site C o uncil) que ge ralme nte de libe ra so bre a aplicação do s re curso s discricio nário s da e sco la, que são re passado s pe lo distrito e sco lar o u arre cadado s pe la Asso ciação de Pais e Me stre s (Pare nts and Te ache r Asso ciatio n – PTA).

D e fo rm a análo ga ao que te m o co rrido no país co m o um to do , m as tal-ve z e m um ritm o m ais ace le rado , a C alifó rnia te m passado po r um pro ce sso pro gre ssivo de ce ntralização da ge stão da e ducação nas m ão s do e stado e m de trim e nto do po de r lo cal (distrito s), tanto que se re fe re ao financiam e nto quanto à de finição do currículo e avaliação do de se m pe nho do s aluno s.

C o m e ssa ce ntralização das de cisõ e s so bre o s assunto s da e ducação na e sfe ra e stadual, tê m aflo rado o s pro ble mas de co rre nte s da dualidade de po de r que marca a administração e stadual da e ducação . Isso po rque , de um lado , e xis-te um D e partam e nto Estadual da Educação , cujo pre side nxis-te , o Supe rinxis-te nde nxis-te da Instrução Pública é e le ito e te m le gitim idade pró pria e , de o utro lado , e xiste o C o nse lho Estadual da Educação indicado e e m sinto nia co m o go ve rnado r. O que a histó ria re ce nte te m m o strado é que o s go ve rnado re s, pe lo C o nse lho Estadual, inclusive po r via judicial, assim co m o o po de r le gislativo , tê m pro gre s-sivam e nte re duzido a auto no m ia do supe rinte nde nte e assum ido um pape l cada ve z m ais ativo na de finição da po lítica e ducacio nal, ao co ntrário do que aco nte -cia no passado . Um do s e xe m plo s de ssa inte rfe rê n-cia é o “prê m io do go ve rnado r ” co rre spo nde nte ao re passe de uma razo áve l so ma de dinhe iro para e sco -las e se us pro fe sso re s (e m to rno de US$20 m il/pro fe sso r) que co nse guisse m e le var o de se mpe nho de se us aluno s no s te ste s padro nizado s (Kirst e t al., 2000).

TABELA 1

DESPESAS EM VALO RES CO RREN TES, REALIZADAS CO M EDUCAÇÃO N A CALIFÓ RN IA (1999-2000*)

Despesas N ível de ensino

US$ Bi %

Kinder-12ª** 44,8 83,0

Ed. Superior*** 9,4 17,0

Total 54,2 100,0

Fonte: Legislative Analisys O ffice – LAO .

O bs. * N os EUA, o ano escolar inicia-se geralmente em setembro e finda em junho do ano seguinte. ** Inclui recursos estaduais, locais e federais.

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C o ntudo , ante s de e ntrarm o s, na discussão do siste m a de e ducação básica e de se u financiam e nto , apre se ntam o s alguns dado s e ducacio nais ge rais do Estado da C alifó rnia, a co m e çar pe lo s gasto s re alizado s co m e ducação pe lo e stado (tab. 1).

C o m o se vê , são valo re s significativo s que co rre spo nde m a, praticam e n-te , duas ve ze s o gasto público co m e ducação do Brasil. C o nstata-se ainda que o siste m a K-12 fica co m 83% do s re curso s e o e nsino supe rio r co m 17% . Es-se s gasto s pro po rcio naram , no ano fiscal 1999-2000, ce rca de U S$6,3 m il po r aluno no siste m a K-12, US$18 m il po r aluno da Unive rsidade da C alifó rnia, US$ 8,7 m il po r aluno na U nive rsidade Estadual da C alifó rnia e U S$4,5 m il po r alu-no alu-no s co m m unity co lle ge s. A m atrícula ne ssas re de s e instituiçõ e s é apre se n-tada a se guir:

TABELA 2

MATRÍCULA N O SISTEMA K-12 E N O EN SIN O SUPERIO R PO R TIPO DE IN STITUIÇÃO (2000-2001)

Sistema Matrícula (em mil)

K-12 5.689

Community colleges 1.030 Universidade da Califórnia 177 Univ. Est. da Califórnia 300 Fonte: LAO .

TABELA 2 A

CUSTO PO R ALUN O – APRO XIMADO DO K-12 E EN SIN O SUPERIO R EN SIN O SUPERIO R SEGUN DO TIPO DE IN STITUIÇÃO (1999-2000)

Sistema Custo/aluno (em mil US$)

K-12 6,3

Community Colleges 4,5

Universidade da Califórnia 18,0

Univ. Est. da Califórnia 8,7

Fonte: LAO .

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nú-m e ro e quivale nte de aluno s, nú-m as co nú-m unú-m a o fe rta pública de e nsino supe rio r que e ra praticam e nte o do bro da m atrícula pública no Brasil para e sse níve l de e nsino no m e sm o ano . H á que se co nside rar co ntudo que 2/3 do s aluno s e n-co ntram -se e m co m m unity co lle ge s que ge ralm e nte o fe re ce m curso s de do is ano s de duração e cuja principal função é se rvir co m o um de grau para as uni-ve rsidade s, àque le s que não co nse guiram o ingre sso pe la via dire ta. O fe re ce m habilitaçõ e s as m ais variadas e de po uco valo r no m e rcado . D e qualque r fo r-m a, a r-m atrícula na re de pública de unive rsidade s da C alifó rnia e ra, no ano e s-co lar 2000-2001, quatro ve ze s m aio r que a das unive rsidade s públicas paulistas. Para m e lho r e nte nde r as que stõ e s que e nvo lve m o financiam e nto da e ducação na C alifó rnia, é im po rtante tam bé m que apre se nte m o s alguns indi-cado re s ge rais de sse e stado co m parado s co m a m é dia am e ricana.

TABELA 3

ALGUN S IN DICADO RES EDUCACIO N AIS DA CALIFÓ RN IA SISTEMA KIN DER-12ª SÉRIE DA REDE PÚBLICA (1999/2000)

Indicador Califórnia (a) EUA (b) % (a/b) Posição no

ranking

Matrícula no K-12 (em milhões) 5,7 43 13 1º

Professores (em mil) 285 2.886 10 1º

Alunos por professor 21 16 2º *

Gastos por aluno no período 1997-1998

(em US$) 5.627 6.638 85 40º

Salário dos professores/ano (em US$) 47.680 41.724 114 6º Desempenho nos testes de matemática

% abaixo do básico (4ª série) 48 33 -

-% abaixo do básico (8ª série) 48 35 -

Fontes: N ational Education Association (2001) e N ational Center for Education Statistics – N CES (2001). O bs.: * Indica que a relação professor/aluno do estado é a segunda pior do país.

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cus-to de vida ao lo ngo do país, o s salário s pago s pe la C alifó rnia e nco ntram -se de n-tro da m é dia nacio nal (So nste lie , Brune r, Ardo n, 2000). U m dado im po rtante a se co m e ntar so bre a situação do s pro fe sso re s na C alifó rnia é que e sse s ad-quire m ce rta e stabilidade no e m pre go (te nure ) apó s, e m m é dia, um pe río do de do is o u trê s ano s de e xe rcício pro fissio nal e m um distrito . Q uanto ao de se m pe nho de se us aluno s no s te ste s padro nizado s, o e stado apre se nta e m ge ral, o s valo re s m ais baixo s do país, o que po de se r e xplicado pe lo grande núm e ro de crianças pro ve nie nte s de fam ílias po bre s o u que po ssue m o inglê s co m o se gunda língua, caracte rísticas que influe nciam m uito o de se m pe nho ne sse tipo de te ste . Talve z po r isso , o siste m a e ducacio nal do e stado e ste ja se m pre na be rlinda, se ja do s pe squisado re s, se ja do s m e io s de co m unicação e da o pinião pública e m ge ral. E e sse baixo de se m pe nho po de talve z e xplicar tam bé m po rque a C alifó rnia é um e stado no qual a e ducação é um te m a tão pre se nte , se ja na atividade le gislativa, se ja na ação do judiciário que , e m últim a instância, analisa o cuúltim priúltim e nto e a co nstitucio nalidade das le is, co últim o ve -re m o s.

Apre se ntare m o s ago ra um pe rfil do s aluno s, e sco las e pro fe sso re s. A tabe la 4, m o stra a distribuição das m atrículas no siste m a público .

C o m o se po de co nstatar lo nge da tão co nhe cida, para o s brasile iro s, pirâm ide e ducacio nal, e nco ntra-se aqui um ve rdade iro re tângulo e ducacio nal e m que bo a parte do s aluno s que ingre ssam no kinde rgarte n, na idade de cin-co ano s, cin-co nclue m o e nsino m é dio (high scho o l). C abe cin-co ntudo a o bse rvar que a tabe la não capta o fluxo re al do s aluno s, um a ve z que e la re fle te a situação de dife re nte s co o rte s. Entre tanto , pe lo que se po de co nstatar, o índice de re -te nção é bastan-te pe que no no e stado , e o crité rio básico de classificação do s aluno s nas sé rie s é a idade . N ão o bstante , e stava e m discussão a pro po sta de se criar um e xam e de saída da e sco la se cundária, o que de ve rá re duzir o nú-m e ro de graduado s ne sse níve l de e nsino .

Q uanto à re de privada, sua m atrícula e stá e m to rno de 11% daque la da re de pública, núm e ro que não te m apre se ntado grande variação ao lo ngo do te m po3. C abe co ntudo co m e ntar que te ndo e m vista o ince ntivo à “e sco

-lha e ducacio nal” (scho o l cho ice ), cujo pre ssupo sto é o aum e nto do co ntro le do s pais so bre as e sco las (m e sm o que públicas) pe la intro dução de m e

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TABELA 4

MATRÍCULA N A REDE PÚBLICA N O SISTEMA K-12 PO R SÉRIE (2000-2001)

Série no Sistema k-12 N º alunos (em mil)

Kindergarten 460

1ª Série 487

2ª Série 491

3ª Série 482

4ª Série 489

5ª Série 491

6ª Série 464

7ª Série 459

8ª Série 442

9ª Série 486

10ª Série 455

11ª Série 409

12ª Série 357

“out” 79

Total 6.051

Fonte: CDE.

m o s de m e rcado , e xiste um núm e ro significativo de e studante s fre qüe ntando e sco las públicas m as que não co nstitue m ne ce ssariam e nte a po pulação da vi-zinhança, dife re nte do padrão do siste m a público . Kirst e t al (2000) cita co m o e xe m plo as charte r scho o ls 4 (37,4 m il aluno s), as m agne tics (208 m il aluno s),

e sco las que se o rganizam e m to rno de um te m a ge rado r que po de se r arte , ciê ncia e te cno lo gia, e as pró prias vo uche r scho o ls 5 (4,4 m il aluno s) que e

xis-te m e m Lo s Ange le s, O akland e San Francisco . Se gundo o m e sm o auto r, a

4. N as charter schools parte significativa dos recursos públicos são repassados diretamente às escolas e ficam sob controle e administração dos pais que assinam um contrato com o distrito escolar, assumindo uma série de compromissos, inclusive de trabalho voluntário, em troca da maior autonomia de gestão.

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C alifó rnia é líde r na criação de e sco las charte r, co m 289 no vas e sco las e m o pe ração e m 2001 e trê s distrito s e sco lare s inte iro s.

A tabe la 5 apre se nta a divisão do s aluno s das e sco las públicas de aco rdo co m o grupo é tnico a que pe rte nce m .

TABELA 5

CARACTERÍSTICA DO S ESTUDAN TES DO SISTEMA PÚBLICO DE ACO RDO CO M A ETN IA (2000-2001)

Etnia % dos estudantes

Afro -americanos 8,4

Índios e nativos do Alaska 0,9

Asiáticos 8,0

Ilhas do Pacífico 0,6

Filipinos 2,4

Hispânicos 43,2

Brancos (não latinos) 35,9

Fonte: CDE.

C o m o se co stum a dize r, no siste m a e ducacio nal da C alifó rnia, as m ino -rias co m põ e m a m aio ria. Ao to do , de aco rdo co m o m e sm o C D E são m ais de 80 línguas e diale to s, e o siste m a e stá apre se ntando grande s m udanças na co m -po sição é tnica. Assim é que , e m 1968, o s branco s (não latino s) re pre se ntavam 75% do to tal da po pulação e sco lar e ho je re pre se ntam m e no s da m e tade . Em 1998-1999, o índice de e studante s cujo inglê s é um a se gunda língua (e nglish le arne r stude nt – ELP) e ra 25% do to tal e 33% nas sé rie s iniciais do e nsino fundam e ntal (kinde r até 3ª sé rie ). Alé m disso , e m 1996-1997, 40% do s e stu-dante s e nquadravam -se e m pro gram as de re fe ição subsidiada (fre e o r re duce d price lunch). O s hispânico s já co rre spo ndiam ao grupo é tnico m ajo ritário e cam inhavam rapidam e nte para atingir a m aio ria abso luta do s e studante s. O u-tro dado é que a co m po sição é tnica apre se nta grande s dife re nças e ntre o s distrito s, po de ndo se dize r, co m o re gra ge ral, que no s disdistrito s co m m aio re s re -curso s po r aluno co nce ntram -se o s e studante s do grupo branco (não latino ) e asiático , e nquanto o s hispânico s e afro -am e ricano s ge ralm e nte fre qüe ntam e sco las no s distrito s m ais po bre s.

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nas e sco las de e nsino fundam e ntal (kinde r a 8ª sé rie ), e sco las de e nsino m é -dio (9ª a 12ª sé rie ), o u am bo s o s tipo s (distrito s unificado s). Se gundo dado s do D e partam e nto Estadual de Educação , do s 987 distrito s e xiste nte s, 58% in-clue m ape nas e sco las de e nsino fundam e ntal, se guido s pe lo s distrito s unifica-do s co m 33% , ficanunifica-do o s distrito s que inclue m e xclusivam e nte e sco las de e n-sino m é dio , co m 9% do to tal.

Ve jam o s ago ra co m o o s distrito s variam co nfo rm e o núm e ro de aluno s m atriculado s.

TABELA 6

VARIAÇÃO DO S DISTRITO S EM RAZÃO DO N ÚMERO DE ALUN O S (1999-2000)

N º de alunos Porcentagem

Distritos Alunos

Menos que 500 31 1

500 /- 1.000 13 2

1.000 /- 5.000 29 13

5.000 /-15.000 19 31

15.000 /- 50.000 7 32

Mais que 50.000 1 21

Fonte: CDE.

O s dado s apre se ntado s na tabe la 6 m o stram , de um lado , o pre do m í-nio do s pe que no s distrito s e , de o utro , o fato de que a m aio ria do s aluno s e nco ntra-se no s distrito s m aio re s. Assim 44% do s distrito s po ssue m até m il aluno s. Esse s distrito s re spo nde m co ntudo po r ape nas 3% das m atrículas. N o pó lo o po sto há o s distrito s co m m ais de 50 m il aluno s que re pre se ntam ape -nas 1% do to tal de distrito s, m as ate nde m 21% do s aluno s. Se gundo a m e s-m a fo nte da tabe la 6, so s-m e nte o s distrito s e sco lare s de Lo s Ange le s e de San D ie go po ssuíam , re spe ctivam e nte , 700 m il e 138 m il aluno s. Essa grande variação no tam anho do s distrito s, co m ce rte za ajuda a e xplicar m uito do s pro -ble m as e nfre ntado s po r um m o de lo de o rganização (supe rinte nde nte e co n-se lho e sco lar) que pare ce te r sido pe nsado para pe que nas co m unidade s. D e qualque r fo rm a, po de m o s dize r que 47% do s aluno s e studam e m distrito s co m até 15 m il aluno s, o que não pare ce se r um grande siste m a.

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TABELA 7

PERFIL DAS ESCO LAS (1998-1999)

Tipo N úmero de Matrícula Alunos Classes com Alunos por escolas (em mil) por escola internet/escola computador

Elementary 5.247 3.093 595 9,4 9,3

Middle e high junior 1.136 1.034 940 17,3 8,2

High school 872 1.490 1.713 28,6 8,3

‘Continuous’ e alternativas 753 144 192 4 6,9

O utras 326 83 260 6,7 5,9

Total 8.334 5.844 702 98 8,7

Fonte: CDE.

O bse rva-se que , e m ge ral, as e sco las de e nsino fundam e ntal (K-5ª o u K-8 ª ) são m e no re s, ate nde ndo ce rca de 6 0 0 aluno s, se guidas pe las m iddle scho o ls (6ª a 8ª) que po ssue m , e m m é dia, po uco m e no s de m il aluno s e pe las high scho o ls (9ª a 12ª ) co m quase 1.500 aluno s, e m m é dia. Existe m tam bé m algum as e sco las alte rnativas o u que trabalham co m aluno s que se e vadiram da high scho o l (co ntinuo us), m as que po ssue m pe que na re pre se ntatividade no to -tal do s ate ndido s (m e no s de 4% ). O núm e ro de aluno s po r co m putado r não apre se nta grande s variaçõ e s e ntre o s trê s principais tipo s de e sco las, m as po de variar bastante e ntre e sco las. O núm e ro de classe s co m inte rne t tam bé m se -gue um padrão pro po rcio nal se co nside ram o s que as e sco las m iddle e high po ssue m m ais aluno s que as e le m e ntary scho o ls.

Ve jam o s ago ra a co m po sição é tnica do s pro fe sso re s e m co m paração co m a do s aluno s.

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TABELA 8

ETN IA DO S PRO FESSO RES E ALUN O S DA REDE PÚBLICA K-12 (2000-01)

Etnia Porcentagem

Alunos Professores

Afro -americanos 8,4 5,1

Índios e nativos do Alaska 0,9 0,7

Asiáticos 8,0 4,2

Ilhas do Pacífico 0,6 0,2

Filipinos 2,4 1,0

Hispânicos/latinos 43,2 12,9

Brancos (não latinos) 35,9 75,0

Total (em mil) 6.051 301

Fonte: CDE.

U m o utro sé rio de safio e nfre ntado pe lo e stado da C alifó rnia advé m da co nstatação de que ce rca da m e tade de se us pro fe sso re s de ve m se apo se ntar no s pró xim o s 15 ano s. Se gundo dado s do D e partam e nto Estadual de Educa-ção , 36% do s pro fe sso re s po ssuíam , e m 1997-1998, idade e ntre 45 e 54 ano s e 14% já po ssuíam m ais de 54 ano s, e nquanto a idade m ínim a para apo se nta-do ria é de 59,5 ano s.

Esse fato de ve acirrar do is pro ble m as grave s que o e stado já e nfre nta. Um de le s é o pe rce ntual de pro fe sso re s se m a cre de ncial o u que le cio nam e m áre a para a qual não po ssue m a cre de ncial. Se gundo o D e partam e nto Estadual de Educação , e m 2001, ape nas 86% do pro fe sso re s po ssuíam cre de ncial in-te gral e já e m 1993-1994, 46% do s pro fe sso re s de m ain-te m ática e stavam e nsi-nando fo ra de se u cam po de fo rm ação , e nquanto a m é dia am e ricana e ra de 28% , índice tam bé m e le vado . O se gundo pro ble m a se rá o aum e nto no nú-m e ro de pro fe sso re s ine xpe rie nte s, se ndo que , e nú-m 2001-2002, 15,2% do s pro fe sso re s po ssuíam até do is ano s de se rviço .

C o nside rando as dim e nsõ e s do siste m a de e nsino califo rniano , a pre s-são pe la re dução no núm e ro de aluno s po r classe e as pre visõ e s de apo se nta-do ria, po de -se afirm ar que a falta de pro fe sso re s na pró xim a dé cada de ve se r um do s pro ble m as m ais grave s do e stado .

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le cio nando nas sé rie s iniciais do e nsino fundam e ntal, o que é be m m ais raro no Brasil.

Ante s de co ncluir e sta se ção apre se ntare m o s o pe rfil do s adm inistrado -re s e sco la-re s, incluso s o s di-re to -re s de e sco la e assiste nte s, assim co m o o s su-pe rinte nde nte s, assiste nte s e dire to re s do s distrito s e sco lare s. Em 1999-2000 se u núm e ro e ra de apro xim adam e nte 24 m il pe sso as, 56% das quais m ulhe -re s; trabalhavam co m e ducação há ce rca de 21,5 ano s, 14,9 ano s do s quais no re spe ctivo distrito (EdSo urce , 2001). C o nstata-se ainda que a m aio ria pe r-te nce à e tnia branca (não latina) e m grande discre pância co m o pe rfil é tnico do s aluno s e que m ais de 80% po ssue m , pe lo m e no s, o m e strado .

EVO LUÇÃO DA LEGISLAÇÃO SO BRE O FIN AN CIAMEN TO DO SISTEMA KIN DER-12ª SÉRIE

Para aque le s que acham que o Brasil é o país das le is, vale ria a pe na vi-sitar o s EUA. Se , de fato , e le s po ssue m um a C o nstituição Fe de ral bastante co ncisa, isso de co rre não da ausê ncia de le gislação , m as da nature za do fe de ralism o am e ricano que de le ga ao s e stado s bo a parte do dire ito de le gislar so -bre o s m ais variado s assunto s. Assim é que , de sde de 1820, a e ducação é um a atribuição do s e stado s e ne ssa e sfe ra vam o s e nco ntrar um a e xte nsa pro dução le gislativa. Basta dize r que o C ó digo Educacio nal da C alifó rnia po ssui m ais de 4 m il páginas (incluindo a jurisprudê ncia), e que ape nas se u índice é co m po sto po r 38 páginas.

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nsti-tuição Estadual. Assim , e m 1971, a Supre m a C o rte Estadual, julgando o caso , de cide que o siste m a e ducacio nal da C alifó rnia e ra inco nstitucio nal po rque não e ra igualitário . Em 1972, um a le i do Se nado Estadual (SB 90) e stabe le ce o site m a, ainda e m vigo r, que fixa um valo r lim isite de re curso s po r aluno para de s-pe sas de caráte r ge ral (re ve nue lim its). Mas e m 1974, ainda te ndo po r base o caso Se rrano ve rsus Prie st, um juiz de te rm ina que a dife re nça e ntre o s re cur-so s básico s po r aluno (re ve nue lim it) não po de ria se r supe rio r a US$100 (ho je , co rrigido pe la inflação , e sse valo r é ce rca de U S$340). A de cisão fo i co nfirm a-da pe la Supre m a C o rte e m 1976. Alguns distrito s, que histo ricam e nte gasta-vam valo re s acim a de sse s lim ite s m antive ram o dire ito adquirido , passando e ntre tanto a re ce be r ape nas U S$120/aluno -ano de re curso s e staduais (co m algumas pe culiaridade s) de ntro do se u limite de re curso s básico s. Em 1978, uma e m e nda co nstitucio nal, (Pro po sitio n 13) apro vada e m ple biscito , lim ito u o im -po sto so bre a pro prie dade e m 1% de se u valo r de m e rcado , re pre se ntando um co rte brusco no s re curso s do s distrito s e sco lare s m ais rico s, o que facili-to u a po lítica de e qualização , m as pe lo nive lam e nfacili-to po r baixo do s re curso s e ducacio nais. N e sse pro ce sso , o s re curso s lo cais, que histo ricam e nte re pre -se ntavam m ais da m e tade das re ce itas e ducacio nais, tive ram -se u pe so re duzi-do para 1/3 na C alifó rnia. Já e m 1984, tam bé m um a e m e nda co nstitucio nal crio u a lo te ria e stadual que distribui um m ínim o de 34% de se us re curso s para e sco las de e nsino fundam e ntal e m é dio e para o s co lle ge s, na pro po rção do s aluno s m atriculado s (apro xim adam e nte U S$123/aluno nas e sco las de e nsino fundam e ntal, e m 2000/2001, para pro gram as instrucio nais e m ate riais). Po r fim cabe co m e ntar o utra e m e nda co nstitucio nal apro vada e m 1988 (Pro po sito n 98), que asse guro u um m ínim o de re curso s po r aluno (po r tipo de distrito ) e crio u o scho o l re po rt card, um re lató rio que to do distrito de ve faze r co m o s principais indicado re s so bre suas e sco las6.

SITUAÇÃO ATUAL DO FIN AN CIAMEN TO

D o po nto de vista das fo nte s de re curso s no siste m a K-12 re gular, o atual siste m a de financiam e nto da e ducação na C alifó rnia é co m po sto basicam e nte

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de do is e le m e nto s ce ntrais: um valo r base po r aluno (re ve nue lim it), re fe re ciado e m um a fó rm ula bastante co m ple xa (m ais de quatro páginas de e xte n-são ), acre scido de valo re s de stinado s a atividade s e spe cíficas (cate go rical aid). A e sse s acre sce m -se o s re curso s da Lo te ria Estadual e e ve ntuais re curso s para fins e spe ciais, ge ralm e nte alo cado s pe lo s distrito s. Assim , a fó rm ula atual (2000-2001), que e stabe le ce o s re curso s re ce bido s po r um dado distrito e sco lar, tra-balha co m o s se guinte s parâm e tro s:

• Re curso de ntro do lim ite le gal (re ve nue lim it) m ultiplicado pe lo nú-m e ro de aluno s fre qüe nte s (ave rage daily atte ndance – ADA).

• Re curso s para uso e spe cífico (cate go rical re ve nue s). • O utro s re curso s e spe ciais.

• Lo te ria.

Em que :

• AD A (aluno fre qüe nte ): m é dia do núm e ro de e studante s e fe tivam e n-te pre se nn-te s e m cada dia de aula e daque le s co m faltas justificadas (co rre spo nde , e m m é dia, a 95% do s aluno s m atriculado s).

• Re curso de ntro do limite le gal : cada distrito te m o se u valo r e m fun-ção de caracte rísticas histó ricas. O re curso lim ite é um a co m binafun-ção de re curso s lo cais do impo sto so bre a pro prie dade e de re curso s e staduais. Se m pre que o prim e iro se e le va, o se gundo é re duzido e vice -ve rsa. Ano a ano , se u valo r mé dio é co rrigido e m função da inflação e da variação da re nda do e stado . Para o ano de 2000-2001, a mé dia do e stado po r tipo de distrito fo i US$4.306/aluno -pre se nte , para distrito s co m e sco las de e nsino fundam e ntal, US$4.485/aluno -pre se nte , para distrito s unificado s (e sco las de e nsino fundam e ntal e m é dio ), e US$5.175, para distrito s co m e sco las de e nsino mé dio ape nas.

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• O utro s re curso s: ge ralm e nte asso ciado s à arre cadação le vada a e fe i-to pe lo s distrii-to s m e diante ple biscii-to s e de stinado s a fins e spe cífico s (re fo rm as do s pré dio s e sco lare s, po r e xe m plo ).

• Lo te ria: pe lo s me no s 34% das re ce itas da Lo te ria Estadual da C alifó rnia de ve m se r distribuído s para o siste ma público de e ducação (K-12 e supe rio r). N o siste ma K-12, no ano 1999-2000, o valo r po r aluno fo i de US$125, o que re pre se nto u 1% do to tal de re curso s para e ste níve l de e nsino . Estudo s fe ito s e m uma amo stra de e sco las pe lo D e parta-me nto de Educação mo stram que a maio ria das e sco las, principalparta-me n-te as maio re s, usa e sse s re curso s para co ntratação de pe sso al.

A tabe la 9, apre se nta um e sque m a básico da distribuição de re curso s po r aluno (re ce ita) para o ano e sco lar de 1999-2000.

TABELA 9

RECURSO S PO R ALUN O (ADA*) E FO N TES N O SISTEMA K-12 (1999-2000)

Fontes de Recursos Valores (em US$) %

Revenue Limit 4.071 64,7

Estado 2.371 37,7

Local 1.700 27,0

O utros 2.223 35,3

Federal 373 5,9**

Estado 1.377 21,9

Loteria 131 2,1

Local 342 5,4

Total geral 6.294 100,0

Fonte: CDE.

O bs.: * ADA = aluno freqüente.

** Esta é a participação dos recursos federais apenas nos programas regulares (exclui educação infantil e educação de adultos).

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sta-duais re spo ndiam, ne sse ano , po r 59,5% do to tal; o s re curso s lo cais po r 32,5% ; o s fe de rais po r 5,9% e a lo te ria po r 2,1% . Assim , a principal fo nte de re curso s para a e ducação é o e stado , se guida pe lo s re curcurso s lo cais. C o m o já disse -m o s, e ste s últi-m o s já tive ra-m u-m a participação -m aio r -m as pro po rcio nal-m e nte dim inuiram so bre tudo se u pe so e m virtude da Pro po sição 13, que re duziu a taxação so bre a pro prie dade , principal fo nte lo cal de re curso s.

U m se gundo dado im po rtante é que o s re curso s básico s po r aluno re -pre se ntavam ape nas ce rca de 65% do to tal, ficando o s de m ais 35% de stina-do s a pro gram as e spe cífico s. C o m o to stina-do o e sfo rço de e qualização das dife re n-ças e ntre o s distrito s é fe ito te ndo po r base o s re ve nue lim it, e sse fato te m ge rado algum as disto rçõ e s e am plo de bate e ntre o s pe squisado re s da áre a. Assim , o que as e statísticas e staduais m o stram é que bo a parte do s distrito s e sco lare s da C alifó rnia já se ajustaram ao s lim ite s fixado s na de cisão judicial do caso Se rrano ve rsus Prie st (m áxim o de dife re nça e ntre o s gasto s po r aluno : U S$100 de 1980, ajustado pe la inflação ), m as co nside rando ape nas o s re cur-so s de ntro do lim ite le gal. O ra, dada a pro gre ssiva im po rtância do s re curcur-so s de uso e spe cífico (e m 19781979 e le s re spo ndiam ape nas po r 10% do s re -curso s de stinado s à e ducação co ntra o s 35% e m 2000-2001), o s e sfo rço s de e qualização acabam , m uitas ve ze s, co m pro m e tido s.

Fare m o s ago ra, e ntão , um a bre ve apre se ntação do s valo re s e de stina-çõ e s principais de sse s re curso s de uso e spe cífico (cate go rical aid).

O s re curso s do tipo cate go rical aid, tam bé m cham ado s “re curso s vin-culado s” (e arm arke d m o ne y), co nstam do o rçam e nto fe de ral e e stadual e de stinam se a pro gram as e spe cífico s co m o e ducação e spe cial, alim e ntação e sco -lar, e ducação de adulto s, e ntre o utro s. N o ano e sco lar de 2000-2001, o s se is principais pro gram as e staduais ne ssa alíne a fo ram o de e ducação e spe cial (U S$2,5 bilhõ e s), re dução do núm e ro de aluno s po r classe (U S$1,6 bilhõ e s), e ducação infantil (U S$1,1 bilhõ e s), pro gram as de de sse gre gação (U S$677 m i-lhõ e s), e ducação de adulto s (U S$ 5 9 1 m ii-lhõ e s) e transpo rte de e studante s (US$477 m ilhõ e s). Já co m re curso s fe de rais cabe co m e ntar o pro gram a de ali-m e ntação infantil (U S$1,3 bilhõ e s), o pro graali-m a de apo io ao s aluno s e ali-m de s-vantage m (U S$1,1 bilhõ e s), de de se nvo lvim e nto infantil (U S$815 m ilhõ e s) e de e ducação e spe cial (U S$522 m ilhõ e s).

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ve z m ais para as áre as do e nsino re gular, criando um grande e nge ssam e nto do siste ma e sco lar. Essa e xpansão fe z també m co m que alguns distrito s (ge ralme nte o s m aio re s e m ais o rganizado s e ne m se m pre o s m ais ne ce ssitado s) se articu-lasse m e m lo bbie s para o bte r tais re curso s (Finke lste in, Furry, H ue rta, 2001; So nste lie , Brunne r, Ardo n, 2000).

O utra fo nte de re curso s para as e sco las na C alifó rnia são as co ntribui-çõ e s vo luntárias para a e ducação . O s instrum e nto s de do ação vo luntária de re curso s para as e sco las, se ja po r asso ciaçõ e s de pais e m e stre s, se ja po r m e io de fundaçõ e s tê m sido m o tivo de m uita discussão e de bate no e stado no s úl-timo s te mpo s. Esse pare ce te r sido o caminho e nco ntrado , principalme nte pe lo s distrito s e e sco las m ais rico s para am pliar se us re curso s, te ndo e m vista a Pro -po sição 13 assim co m o a sé rie de de cisõ e s judiciais, a partir de Se rrano ve rsus Prie st, e m 1971, que buscaram e qualizar o s re curso s finance iro s dispo níve is para o s distrito s. Assim é que , se e m 1971, ano da prim e ira de cisão , havia no e stado se is fundaçõ e s e ducacio nais, e m 1995 já e xistiam m ais de quinhe ntas e ntidade s de ssa nature za (So nste lie , Brunne r, Ardo n, 2000). A tabe la 10, apre -se nta, para o ano de 1994, o núm e ro de e ntidade s e nvo lvidas co m o le vanta-m e nto de re curso s finance iro s na C alifó rnia, assivanta-m co vanta-m o o s valo re s arre cada-do s. C abe re ssaltar que só e stão co m putadas as e ntidade s cuja arre cadação anual é igual o u supe rio r a 25 m il dó lare s.

TABELA 10

CO N TRIBUIÇÕ ES VO LUN TÁRIAS: EN TIDADES E VALO RES EN VO LVIDO S (1994)

Tipo de organização N úmero* Total de recursos(US$ mil)

Fundações educacionais 282 55.692

APM e equivalentes 1.075 111.649

Clubes de levantamento de recursos 284 40.695

O utras organizações locais (alunos, clubes de bingo) 42 6.608

Fundações dos grandes distritos** 7 11.777

Total 1.700 226.421

Fonte: Sonstelie, Brunner, Ardon, 2000 (tabela 9.1).

O bs.: * Entidades cuja arrecadação anual mínima é de US$25.000.

** As entidades tendem a obter a maioria de suas doações de empresas enquanto nos distritos peque-nos predominam as doações de pessoas físicas.

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i-lhõ e s e m re curso s, o que pro picio u ce rca de U S$19 po r aluno , um valo r in-significante se co nside rarm o s o s gasto s to tais po r aluno -ano . C o ntudo , co m o o m e sm o e studo m o stra, e xiste um a grande dife re nça no s re curso s le vanta-do s pe lo s dife re nte s distrito s. Se gunvanta-do o s auto re s, o s davanta-do s e vide nciam que e ssa fo nte de re curso s acaba se ndo um fato r de dife re nciação significativa e n-tre o s distrito s e sco lare s, e m que e studam o s aluno s o riundo s de fam ílias m ais po bre s, que che gam a re ce be r se te ve ze s m e no s re curso s pe r capita que aque -le s fre qüe ntado s po r fam ílias m ais ricas. Assim , e nquanto 92% do s aluno s e studam e m e sco las cuja co ntribuição po r aluno é infe rio r a U S$100, 1,3% fre -q üe ntam e sco las cujo s valo re s são sup e rio re s a U S$ 5 0 0 . C o nsid e rand o so m e nte o s distrito s, a situação é m ais crítica: 98,6% do s e studante s, e m 1994, e stavam m atriculado s e m distrito s cujas co ntribuiçõ e s po r aluno e ram infe rio -re s a US$100, e nquanto ape nas 0,2% do s aluno s situavam -se e m distrito s cujas co ntrib uiçõ e s p o r aluno e ram iguais o u sup e rio re s a U S$ 5 0 0 (So nste lie , Brunne r, Ardo n, 2000).

DIFEREN ÇAS EN TRE O S DISTRITO S ESCO LARES N O FIN AN CIAMEN TO À EDUCAÇÃO

C o m o ve re m o s a se guir, ape sar das m e didas to m adas tanto na e sfe ra do judiciário quanto do le gislativo , visando a re duzir as dife re nças de re curso s fi-nance iro s e ntre o s distrito s, e stas ainda pe rsiste m e acabam inte rfe rindo no s re curso s co lo cado s à dispo sição do s aluno s pe las suas re spe ctivas e sco las. Tais dife re nças se re fle te m basicam e nte no pe sso al que é o e le m e nto de custo m ais e le vado . Assim , as e sco las do s distrito s m ais rico s ge ralm e nte po ssue m um núm e ro m aio r de auxiliare s de e nsino o u de pe sso al de supo rte , alé m de m aio r ace sso a re curso s co m putacio nais.

A tabe la 11, apre se nta as dife re nças de re curso s po r aluno e ntre distri-to s de do is co ndado s vizinho s, distri-to do s na re gião da Baía de São Francisco .

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fo nte lo cal) re ce be ce rca de 47% a m ais po r aluno que um distrito co m o Alisal Ele m e ntary, o u 55% a m ais, co nside rando -se ape nas o s re curso s de ntro do lim ite le gal. Pe la tabe la o bse rva-se tam bé m co m o varia e ntre o s distrito s a par-ce la de re curso s de ntro da “re par-ce ita no lim ite le gal” que ve m de fo nte s lo cais e e staduais. Assim , e nquanto e m Palo Alto 94% do s re curso s de ntro do lim ite

TABELA 11

DIFEREN ÇAS FIN AN CEIRAS

EN TRE O S DISTRITO S ESCO LARES DA CALIFÓ RN IA (1999/2000)

Média do Ravensw ood Palo Alto Bayshore Alisal Union Redwood

estado elementary unified elementary elementary City

elementary

Receitas (US$/aluno presente-ano)

A-Receita no limite legal

Estado 2.371 217 364 114 2.750 263

Local 1.700 3.892 5.429 3.734 999 3.644

Sub-total 4.071 4.109 5.793* * 3.847 3.749 3.907

B-Receita além do limite

Federal 373 624 232 363 539 303

Estadual 1.377 1.314 933 1.151 1.374 1.818

Local 342 482 1.581 272 121 760

Loteria 131 127 123 123 126 132

Receita Total 6.294 6.656 8.662 5.756 5.910 6.921

Despesa (US$/aluno presente-ano)

Salários (instrucional) 3.107 2.910 4.410 3.023 3.076 3.567

Salários(não instrucional) 937 1.078 1.391 701 691 927

Benefícios 877 837 1.126 686 1.107 819

Livros e materiais 324 369 403 364 296 289

Serviços e outras despesas 538 838 910 580 332 652

D espesas correntes * 5.705 5.964 8.225 5.313 5.460 6.115

Alunos 5.951.612 5.393 9.997 461 7.354 9.105 Fonte: CDE.

O bs: * As despesas correntes não correspondem à soma das colunas acima porque excluem os gastos com alimentação, aquisição de bens imóveis e despesas de construção.

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le gal vê m de fo nte s lo cais, no distrito de Alisal e sse índice é de 27% e a m é -dia, na C alifó rnia, é de 42% . As dife re nças e ntre o s distrito s se re ve lam m ais dram áticas quando co m param o s as de spe sas co m salário s. Assim é que Palo Alto gasta co m salário s d o p e sso al instrucio nal ce rca d e 5 2 % acim a d e Rave nswo o d, um distrito vizinho , o que re pre se nta um adicio nal de US$ 1.500 po r aluno -ano . Isso ajuda a e nte nde r po r que o prim e iro distrito nunca e nfre nta pro ble m a de falta o u e vasão de pro fe sso re s e nquanto o se gundo apre se nta grande núm e ro de pro fe sso re s co m cre de nciais e m e rge nciais, alta ro tatividade e co nflito s trabalhistas, co m o pude m o s pre se nciar num a m anife stação de pro -fe sso re s e m um a re união do C o nse lho D istrital, re ivindicando a inte r-fe rê ncia de stse ó rgão co m o intuito de fo rçar o supe rinte nde nte a re to m ar as ne go cia-çõ e s salariais que e stavam paralisadas. Enquanto isso , o D istrito de Palo Alto co nce de u um aum e nto de 8,5% para to do s o se us trabalhado re s no ano de 2001, re tro ativo a ago sto .

O s re curso s po r aluno , assim co m o o pe rfil do s e studante s e se u de -se m pe nho no s te ste s apre -se ntam dife re nças gritante s e ntre o s distrito s e as e sco las.

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-TABELA 12

DIFEREN ÇAS DE DESEMPEN HO N O S TESTES (API*) EN TRE AS ESCO LAS

Distritos e Escolas Desempenho: API 2000 % de Estudantes com subsídio alimentar

Alisal Union Elementary

Alisal C. 420 100

Bardin 492 100

Chavez 461 99

Creekside 555 100

Sanchez # 377 100

Steinbeck + 754 100

Palo Alto Unified

Addison Elem. 923 6

Barron Park Elem. # 827 13

Escondido Elem. @ 885 14

Palo Alto High 878 4

Walter Hays Elem. + 948 2

Ravensw ood Elementary

Bele Haven 527 81

Constaño + 751 81

EPA Charter 529 81

Willow 559 81

Cesar Chaves # 488 81

Redw ood Elementary

Adelante 592 32

Clifford 734 14

Fair O aks # 372 76

Garfield 440 86

N orth Star Academy + 938 7

Taft 444 60

Fonte: CDE.

O bs: * API (baseado no desempenho dos estudantes nos testes padronizados realizados pelo estado denominados ‘Stanford, versão 9’). O valor do API varia de 200 a 1000. O estado definiu como meta para todas as escolas o valor 800. As escolas que atingiram determinadas metas específicas, definidas pelo estado, que levam em conta a variação de um ano para outro (em geral de 5 pontos) para todos os estudantes e para os estudantes em desvantagem (com subsídio alimentar) concorrem a prêmios cujo total remonta a US$257 milhões (“prêmio do governador”). + : Melhor desempenho no respectivo distrito.

# : Pior desempenho no respectivo distrito.

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bre s e m re curso s finance iro s. Já o distrito de Re dw o o d apre se nta um a clie nte -la bastante he te ro gê ne a do po nto de vista so cio e co nô m ico , caracte rística que se re fle te tam bé m no de se m pe nho de se us aluno s no s te ste s padro nizado s.

C o m o se vê , co m o e m qualque r lugar do m undo , é e xtre m am e nte difí-cil co nse guir um siste m a e ducacio nal que asse gure e nsino de qualidade para a m aio ria das crianças e jo ve ns e que , ao m e sm o te m po , faça a distribuição e qüi-tativa do s re curso s e ducacio nais. A C alifó rnia, im pulsio nada pe la ação do ju-diciário e do le gislativo to m o u um a sé rie de m e didas so bre o se u siste m a de financiam e nto e ducacio nal que pre te ndiam , de um lado , im pe dir que as dife -re nças de -re curso s finance iro s e nt-re o s distrito s e sco la-re s fo sse m m uito gran-de s (D e cisão Se rrano ve rsus Prie st), de o utro , asse gurar que cada aluno do e stado re ce be sse um m ínim o de re curso s. Ao m e sm o te m po fo ram se ndo am pliado s o s re curso s (cate go rical aid) que se de stinavam , a clie nte las e spe cí-ficas m ais ne ce ssitadas (aluno s co m ne ce ssidade s e spe ciais o u e m de svantage m e ducacio nal o u so cio e co nô m ica, o u que tinham o inglê s co m o um a se gunda língua). C o m isso pre te ndia-se , se gundo o s princípio s da justiça re distributiva, tratar de fo rm a de sigual o s de siguais.

Po de -se co ncluir que se ho uve um avanço grande , e m e spe cial no ate n-dim e nto do s grupo s m arginalizado s, m uito há ainda po r se r fe ito , se ja po rque o nive lam e nto de u-se “po r baixo ” m e diante a re dução do s re curso s do s distri-to s m ais rico s (que re agiram aum e ntando as do açõ e s vo luntárias), se ja po rque o siste m a de de stinação e spe cífica (cate go rical aid), que já co nso m e m ais de 35% do s re curso s, é de difícil co ntro le e avaliação , flutua de aco rdo co m o s grupo s que e stão à fre nte do e xe cutivo e stadual o u do le gislativo e é tam bé m susce tíve l às açõ e s do s grupo s de pre ssão , que m uitas ve ze s co nse gue m le van-tar re curso s para o s distrito s que já são m ais be m aquinho ado s. Assim é que e studo fe ito pe lo Public Po licy Institute da C alifó rnia – PPIC – e e labo rado po r Julian R. Be tts, Kim S. Rue be n and Anne D ane nbe rg (2000) m o stra que as e s-co las fre qüe ntadas pe lo s aluno s m ais po bre s, po ssue m e m ge ral um m aio r núm e ro de pro fe sso re s m e no s e xpe rie nte s o u co m a qualificação m ínim a (ba-chare lado ), po ssue m tam bé m m aio r núm e ro de pro fe sso re s co m ce rtificação e m e rge ncial e o fe re ce m m e no r núm e ro de disciplinas que são re quisito s para o ingre sso no siste m a de unive rsidade s e staduais. C o incidê ncia o u não , co m o vim o s, são tam bé m o s aluno s m ais po bre s o s que apre se ntam o s pio re s de -se m pe nho s no s te ste s padro nizado s aplicado s no e stado .

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finan-ciam e nto da C alifó rnia po de fo rne ce r para o Brasil. Em prim e iro lugar não se po de e sque ce r que to do siste m a e ducacio nal po ssui um a histó ria e , po rtanto , o que dá ce rto e m um lugar po de não funcio nar e m o utro . Fe itas e ssas co nsi-de raçõ e s, a m aio r dife re nça que se o bse rva na co m paração e ntre o s do is paí-se s, alé m da gritante disparidade , e m te rm o s abso luto s e re lativo s, no m o n-tante do s re curso s aplicado s e m e ducação , e nco ntra-se na participação ativa do judiciário e do le gislativo no s assunto s re fe re nte s ao financiam e nto da e cação básica. Pe lo que pude m o s co nstatar, a discussão do o rçam e nto da e du-cação , po r e xe m plo , re ce be inte nsa co be rtura do s m e io s de co m unidu-cação e m o biliza parte co nside ráve l do trabalho do s parlam e ntare s. As de cisõ e s judiciais re lativas ao te m a tam bé m apare ce m co rrique iram e nte no s ó rgão s de im -pre nsa, o que re ve la o inte re sse po pular so bre o te m a.

C re io que po de m o s fo rm alizar duas hipó te se s para e xplicar e ssa situa-ção . Em prim e iro lugar, ao co ntrário do Brasil, a classe m é dia no s EUA é , po r e nquanto , o se gm e nto m ajo ritário da po pulação e se e nco ntra m atriculada na e sco la pública. Em se gundo lugar, o fato de o principal ó rgão que adm inistra as e sco las, o distrito , se r go ve rnado po r um co nse lho e le ito , assim co m o e le ito é o Supe rinte nde nte de Instrução Pública do e stado alé m do s pro curado re s, pa-re ce aum e ntar so bpa-re m ane ira a capacidade de ppa-re ssão po pular na de finição de po líticas públicas para o se to r.

C o ncluindo , o que a e xpe riê ncia da C alifó rnia pare ce m o strar é que , no país que ve nde o libe ralism o co m o do gm a para o re sto do m undo , a e duca-ção e se u financiam e nto é suje ita a inte nsa e m inucio sa re guladuca-ção , visando e xatam e nte re ve rte r o s e fe ito s de le té rio s das po líticas libe rais, e m e spe cial a pro -gre ssiva pio ra na distribuição de re nda. Em bo ra adm inistrada e m níve l lo cal, a e ducação é o brigação do go ve rno e stadual a que m cabe atuar co m o age nte re duto r de de sigualdade s e garantido r de um padrão m ínim o de qualidade do e nsino . Inde pe nde nte m e nte do s lim ite s de ssa inte rve nção , e la m o stra, m ais do que nunca, a im po rtância da pre se nça e statal na e ducação e do co ntro le po -pular so bre suas po líticas.

REFERÊN CIAS BIBLIO GRÁFICAS

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Recebido em: dezembro 2004

Referências

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