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A doença periodontal na comunidade negra dos Arturo's, Contagem, Minas Gerais, Brasil.

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Academic year: 2017

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A doença periodontal na comunidade negra

dos Arturo ’s, Contagem, Minas Gerais, Brasil

Periodontal disease in the Arturo ’s black

community in Contagem, Minas Gerais, Brazil

1 De p a rtamento de Odontologia Social e Pre ve n t i va , Faculdade de Od o n t o l o g i a , Un i ve r s i d a d e Fe d e ral de Minas Ge ra i s , Belo Ho r i zo n t e , Bra s i l . 2 De p a rtamento de Clínica Patológica e Ci r u r g i a Od o n t o l ó g i c a , Faculdade de Od o n t o l o g i a , Un i ve r s i d a d e Fe d e ral de Minas Ge ra i s , Belo Ho r i zo n t e , Bra s i l .

C o r re s p o n d ê n c i a Efigênia Fe r re i ra e Fe r re i ra Rua Rio Ne g ro 1260/301, Belo Ho r i zo n t e , MG 3 0 4 3 0 - 4 0 0 , Bra s i l . e f i g e n i a @ u a i . c o m . b r

Takeshi Kato Segundo 1 Efigênia Fe r re i ra e Fe r re i ra 1 José Eustáquio da Costa 2

A b s t r a c t

This was a cross-sectional study on periodontal disease in a black community in Bra z i l . T h e sample consisted of 104 individuals over 13 years of age (63 females and 41 males). All teeth w e re examined except the third molars. Six sites per tooth were analyzed in order to measure pocket depth and clinical loss of attachment. Four sites per tooth were used to measure bleed-ing on probbleed-ing and presence of calculus. It was o b s e rved that bleeding on probing occurred in 97.9% of the total of individuals with teeth, w i t h p robing depth 4mm in 43.3% and clinical at-tachment loss in 63.5%. Calculus was detected in 81.2% of the sample. In the study, i n d i v i d u a l s 46 to 60 years of age showed the highest mean clinical attachment loss, 8.3mm (± 4.27), and a p robing depth of 4.6mm (± 3.5). Pre valence ra t e for periodontal disease in this community was similar to rates elsew h e re in Brazil and the w o rl d ,i . e . , 9.6% for the seve re form. A g e , s c h o o l-i n g , and tobacco use were l-identl-ifl-ied as rl-isk l- in-dicators statistically associated with periodon-tal disease.

Periodontal Di s e a s e ; Pre va l e n c e ; Risk In d i c a t o r s

I n t ro d u ç ã o

A doença periodontal sofreu várias re l e i t u ras du-rante as últimas décadas, em face dos ava n ç o s no campo da epidemiologia e mudanças dos en-foques conceituais e metodológicos. Dessa for-ma, obtive ram-se informações que estão contri-buindo para a compreensão dessa infecção e os d e t e rminantes de sua extensão social e indivi-dual, como problema de saúde-doença bucal 1. Pode ser cara c t e rizada, hoje, como um pro-cesso inflamatório causado por bactérias ora i s que acomete os tecidos gengival e ósseo. Su a g ravidade está relacionada com má higiene bu-cal, presença de bactérias patogênicas, fumo e idade avançada. A doença causa a destru i ç ã o dos tecidos em surtos aleatórios e em sítios es-p e c í f i c o s, es-podendo levar à es-perda do elemento se não controlada 2.

Os sinais clínicos ou parâmetros clínicos i n d i c a d o res de doença periodontal são cara c-terísticas não pertinentes ao quadro fisiológico de saúde, os quais isolados, ou em associação com outros parâmetro s, fornecem-nos dados p a ra diagnosticar presença ou ausência de in-f l a m a ç ã o. São eles:

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força de 30 gramas indica uma estabilidade pe-riodontal com um valor pre d i t i vo negativo de 98%-99%, sendo esse parâmetro clínico o mais s e g u ro para controlar pacientes por períodos de tempo na prática diária 3 , 4.

b ) Cálculo supra g e n g i val – o cálculo dental é o fator re t e n t i vo de placa mais importante; no e n t a n t o, é um fator etiológico secundário na p e ri o d o n t i t e. Sua presença torna impossível a remoção adequada da placa e impede uma boa higienização por parte dos indivíduos 1 , 5. c ) Profundidade de sondagem (PS) – a PS é quantificada pela medida em milímetros da m a rgem gengival ao fundo do sulco ou bolsa p e riodontal. Segundo Greenstein 6, estudos clí-nicos têm demonstrado que a PS não é um b o m p reditor de futura pro g ressão da doença peri o-dontal; entre t a n t o, sítios com PS aumentada são de maior risco para pro g ressão da doença do que sítios com menor PS. Além disso, o au-mento da PS em um sítio aumenta o risco de p ro g ressão da doença ali.

d ) Pe rda de inserção (PI) – a PI pode ser medi-da pela distância do limite amelo-cementári o ao fundo do sulco ou bolsa periodontal. O mo-n i t o ramemo-nto lomo-ngitudimo-nal das alterações ocor-ridas nas medidas do nível de inserção é um dos meios mais utilizados e confiáveis para a valiar pro g ressão da doença periodontal, po-dendo ser considerado o padrão ouro 7.

Os estudos epidemiológicos sobre a doença p e riodontal utilizam os indicadores já re l a c i o-n a d o s, sistematizados ou o-não em ío-ndices. A Or-ganização Mundial de Saúde preconiza o uso do Índice Co m u n i t á rio de Necessidades de Tra-tamento Pe riodontal (CPITN), modificado para Índice Pe riodontal Co m u n i t á rio (IPC), em vir-tude do novo entendimento da patogênese da doença periodontal 8. Apesar desta adaptação, a crítica a este índice re f e re-se à substancial d i s c repância que pode ocorrer entre as ava l i a-ções que adotam análises parciais e aquelas que envo l vem toda a dentição 9.

É preciso destacar que existem críticas com relação à metodologia empregada em estudos. Irfan et al. 1 0o b s e rva ram que os estudos epide-miológicos carecem de consistência metodoló-gica e padronização nos desenhos de estudo, p rejudicando a compara ç ã o, o que é essencial p a ra interpretação de risco e causalidade.

Alguns estudos são amplos, pro c u ra n d o medir a doença periodontal através de vári o s i n d i c a d o re s. Baelum et al. 1 1, por exemplo, ava-l i a ram a saúde periodontaava-l de 1.131 indivíduos com idade entre 15 a 65 anos em Ma c h a k o s

Di s t rict, Kênia. Fo ram observados mobilidade d e n t á ria, placa, cálculo, sangramento gengiva l , p e rda de inserção e profundidade de sonda-gem. A higiene oral encontrada foi deficiente, e 75% a 95% das superfícies examinadas pos-suíam placa. As superfícies com cálculo au-m e n t a vaau-m considera velau-mente coau-m a idade: de 10% a 20% (15 a 24 anos) para 70% a 85% (55 a 65 anos). Independentemente da idade, a pro-fundidade de sondagem ≥ 4mm foi encontra d a em menos de 20% da população estudada, e menos de 3% possuíam profundidade de son-dagem ≥ 6mm.

No Brasil, o dado nacional existente foi ob-tido mediante um levantamento epidemiológi-co da saúde bucal 1 2, no qual foi possível di-mensionar a pre valência da doença peri o d o n-tal na população bra s i l e i ra com mais de 15 a n o s de idade, residente em região urbana. Em p re-gou-se o índice CPITN, em dez dentes-índice, com utilização do maior valor apurado por sex-t a n sex-t e. Fo ram consideradas a faixa esex-tária (15 a 19, 35 a 44 e 50 a 59 anos) e a renda familiar (até 2, 2-4 e 5 e mais salários mínimos). O qua-d ro epiqua-demiológico observaqua-do mostrou-se me-nos gra ve do que o espera d o, fato explicado não pela melhor saúde, mas pelo alto número de desdentados (49,7%, aos 50-59 anos). Qu a do esses dados foram analisados considera n-do-se a renda familiar, a necessidade cirúrg i c a o b s e rvada em indivíduos com renda familiar de cinco salários mínimos ou mais foi de 0,4%, 4,5% e 5,6% nas re s p e c t i vas faixas etárias exa-m i n a d a s, e na faixa de renda de até dois salári o s m í n i m o s, 1%, 5,5% e 8,8% re s p e c t i va m e n t e.

O fator sócio-econômico tem sido conside-rado atualmente como de fundamental impor-tância na determinação das doenças. Craig et al. 1 3, avaliando o risco da doença peri o d o n t a l em asiáticos, africanos e espanhóis de Nova Yo rk, sugeri ram que o fator sócio-econômico pode ser considerado como fator de risco para doença periodontal destru t i va mais forte do que a raça/etnia.

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seqüências para a saúde, como é relatado por Ha r ris 1 5e Checchi et al. 1 6, que observa ram es-tabilização ou agra vamento do quadro diag-nosticado inicialmente em pacientes que trat a-ram e não tra t a a-ram a doença periodontal, re s-p e c t i va m e n t e.

Entende-se atualmente que a doença pe-riodontal possui uma etiologia multifatorial, e os fatores causais estão em íntima relação com os indicadores de ri s c o. V á rios indicadores de risco potenciais para a doença periodontal têm sido analisados e confirmados pelos leva n t a-mentos epidemiológicos, tais como: sexo mas-culino 1 7, origem negra ou filipina 1 8, idade a vançada 1 9, baixas condições sócio-econômi-cas ou educacionais 2 0, diabetes e fumo 2 1 , 2 2 , 2 3.

Em uma exploração mais profunda do indi-cador de risco raça negra, vários estudos re l a t a-ram uma maior pre valência da doença peri o-dontal em negros do que em brancos 2 , 1 1 , 1 8 , 2 4 , 2 5. Beck et al. 1 8e s t u d a ram a pre valência e in-d i c a in-d o res in-de risco para a perin-da in-de inserção pe-riodontal em idosos acima de 65 anos das ra-ças branca e negra. Todos os dentes foram ava-l i a d o s, concava-luindo-se que, em negro s, 78% dos sítios avaliados tinham perda de inserção com média de 4mm, e, em bra n c o s, 65% dos sítios a p re s e n t a vam perda média de 3,1mm. No gru-po de negro s, foram considerados fatores de risco o uso de tabaco, a presença de Po r p h yro

-m onas gingiva l i smaior que 2% e mais de três anos desde a última visita ao dentista. Pa ra os b ra n c o s, essas mesmas cara c t e r í s t i c a s, à exc e-ção da microbiota, também foram considera-das como fatores de ri s c o.

Löe & Brown 2a va l i a ram estudantes com idade entre 14 e 17 anos, objetiva n d o, atra v é s da ve rificação da perda de inserção (superf í c i e mesial), classificar os casos de periodontite de início pre c o c e, encontrada em 0,53% dos indi-v í d u o s. A raça negra apresentou maior ri s c o p a ra todas as formas de peri o d o n t i t e, e os ho-mens negros possuíam 2,9 vezes mais chance de apresentar periodontite de início pre c o c e do que as mulheres negra s.

Brown et al. 2 4a va l i a ram a perda de inser-ção após 18 meses em mais de mil idosos com idade superior a 65 anos. Os negros foram mais s u s c e p t í veis do que os bra n c o s. Em 33% de ne-g ros e 25% de bra n c o s, houve perda de inser-ção em pelo menos dois sítios. No total, 24% de n e g ros e 16% de brancos tive ram três ou mais sítios com perda de inserção > 3mm.

Drake et al. 2 5a va l i a ram durante três anos a p e rda de elemento dentário entre dois gru p o s de idosos, um branco e outro negro.

Observa-13% de negros e 4% de brancos perd e ram to-dos os dentes re m a n e s c e n t e s, mostrando que idosos negros possuem maior risco de perd a d e n t á ria que idosos bra n c o s. Pa ra ambas as ra-ç a s, bactérias orais e fator sócio-econômico a u m e n t a ram o risco de doença peri o d o n t a l .

Esses trabalhos formam o marco conceitual desta pesquisa que tem como objetivo conhe-cer a pre valência e distribuição da doença pe-riodontal na comunidade dos Art u ro’s, além de relacioná-la com os indicadores de risco aos quais estão expostos.

A comunidade em questão foi fundada em 1917 por um escra vo alforri a d o, Artur Ca m i l o, que juntamente com sua esposa, também ex-e s c ra va, ex-estabex-elex-ecex-eram-sex-e ex-em uma chácara na região de Contagem, Minas Ge ra i s, Brasil. Ho j e c e rca de 380 descendentes formam a Co m u n i-dade dos Art u ro’s, de muito prestígio no meio c u l t u ral mineiro em virtude da manutenção de suas tradições culturais afri c a n a s, seja na re l i-g i ã o, como o Co n i-g a d o, seja nos dialetos usados e n t re eles. At ravés de um censo re a l i z a d o, ob-s e rvou-ob-se que a renda menob-sal na comunidade va ria de um a três salários mínimos por re s i-dência.

M e t o d o l o g i a

Foi realizado um estudo seccional tra n s ve r s a l , p e rmitindo um re t rato instantâneo da situação de saúde da população, com base na ava l i a ç ã o individual do estado de saúde periodontal de cada um dos membros do gru p o, mediante exa-me clínico.

Como cri t é rio de inclusão no estudo, utili-zou-se a idade acima de 13 anos, pois, teori c a-m e n t e, é a idade ea-m que todos os dentes per-manentes já estão em oclusão, sem a pre s e n ç a de falsas bolsas acarretadas pelo processo de e rupção dentária.

At ravés do cálculo amostral, ve rificou-se a necessidade de avaliar 73 indivíduos. De s t e m o d o, por haver 115 indivíduos maiores de 13 a n o s, optou-se pelo recenseamento da popula-ção residente na chácara .

A avaliação diagnóstica da doença peri o-dontal foi realizada a partir de um exame clíni-co em todos os dentes presentes clíni-com exc e ç ã o dos terc e i ros molare s, por causa da pre s e n ç a de falsas bolsas, tão comum no sítio distal dos mesmos e por serem dentes cuja presença na cavidade bucal é cada vez mais ra ra.

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quantidade de informações perdidas nos re g i s-t ros parc i a i s, que subess-timam a pre valência da doença. Um exame em toda dentição forn e c e os melhores meios de ava l i a r, de forma pre c i s a , a pre valência da doença periodontal 5 , 2 6.

O exame clínico foi realizado dentro de uma i g reja da própria localidade, utilizando-se EPI (equipamento de proteção individual) comple-t o, gaze, quando necessári o, sonda peri o d o n comple-t a l m i l i m e t rada tipo Willians e espelho bucal esté-re i s. Uma cadeira de madeira foi confeccionada p a ra este fim. A iluminação foi feita com uma l a n t e rna (tipo minerador – Mi c ro Petzl) fixada na cabeça do examinador. Uma auxiliar tre i n a-da funcionou como anotadora.

Fo ram utilizadas, como indicadores de do-ença periodontal, a PS e a PI, ambas medidas com a sonda periodontal, e a presença de sag ra m e n t o, medida 30 a 60 sesagundos após a s o n-dagem. A opção de avaliar a presença de cálcu-lo deveu-se à sua relação com o grau de higie-nização e à destruição periodontal.

Os cri t é rios para cada indicador, baseados em Lindhe 5, foram:

a ) Profundidade de sondagem (PS): foi re a l i-zada medindo-se a distância da margem gen-g i val ao fundo do sulco ou bolsa gen-gengen-gival, in-cluindo seis sítios: disto-ve s t i b u l a r, ve s t i b u l a r, m é s i o - ve s t i b u l a r, disto-lingual, lingual e mé-s i o - l i n g u a l ;

b ) Pe rda de inserção (PI): foi efetuada medin-do a distância entre a junção cemento-esmalte e o fundo do sulco ou bolsa gengival, incluindo os sítios supra c i t a d o s ;

c ) Sa n g ramento à sondagem: fez-se a leitura do sangramento após a sondagem até o fundo do sulco ou bolsa gengival nas superfícies me-sial, distal, vestibular e lingual;

d ) Presença de cálculo: foi ve rificada por ins-peção visual, nas superfícies supra g e n g i va i s mesial, distal, vestibular e lingual.

Um questionário também foi re s p o n d i d o por cada indivíduo visando a coletar dados re-lacionados à exposição aos indicadores de ri s-c o, a saber: idade, gênero, diabetes, pro b l e m a s c a rd i ova s c u l a re s, tabagismo e tempo decorri-do desde a última consulta ao dentista.

A análise dos dados do exame clínico e do q u e s t i o n á rio foi realizada utilizando-se o pro-g rama Epinfo 6.0. Os resultados foram expre s-sos em porcentagem para as pre va l ê n c i a s, me-didas de tendência central (média) e dispersão (desvio padrão).

Com relação à profundidade de sondagem e p e rda de inserção considerou-se a faixa de 1 a 3mm como saudável; 4 a 6mm, doença mode-rada; maior que 7mm, doença gra ve 2 7, além do p e rcentual de ocorrência e média. Na análise

m u l t i va riada, os indivíduos que apre s e n t a ra m doença moderada e gra ve foram re a g ru p a d o s como “d o e n t e s”.

Com relação ao sangramento gengival e à p resença de cálculo, foram consideradas as m é-dias e as porcentagens de acometimento na p o-pulação estudada.

Pa ra a análise estatística, os testes de signi-ficância utilizados foram Ma n n - W h i t n e y, Kru s-k s-k a l - Wallis; para a probabilidade de ocorrên-cia, Odds Ratio 2 8.

R e s u l t a d o s

Fo ram examinados 104 indivíduos maiores de 13 anos de idade, do total de 115 residentes na c h á c a ra dos Art u ro’s, sendo 63 do gênero femi-nino e 41 do gênero masculino. De s t e s, oito e ram edêntulos totais. De uma maneira gera l , as condições periodontais apresentam-se nes-ta população conforme a descrição na Tabela1. Pa ra todas as outras análises, os edêntulos totais foram eliminados da amostra, que pas-sou a perf a zer um total de 96 indivíduos (84% do total de residentes na chácara ) .

Co n s i d e rando-se os pacientes dentados, a p resença de cálculo foi detectada em 81,2% (78) dos indivíduos examinados. O sangra m e n-to à sondagem apresenn-tou uma pre valência de 97,9% (94 indivíduos).

Esses percentuais de sangramento gengiva l f o ram observados também quando se conside-ra conside-ram as va ri á veis gênero (100% das mulhere s e 94,6% dos homens), escolaridade (96,9% com até quarta série e 98,4% acima da quinta séri e ) , tabagismo (98,7% dos não fumantes e 95,2% dos fumantes), diabetes (97,8% dos não diabé-ticos e 100% dos diabédiabé-ticos) e alteração card í a-ca (98,8% dos indivíduos sem alteração e 93,8% dos indivíduos com alteração). Em nenhum desses casos foi observada diferença estatisti-camente significante.

A presença de cálculo foi detectada em 81,2% dos indivíduos, ocorrência alta se com-p a rada aos dados encontrados com-por Gesser et al.

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san-g ramento em 100% da amostra avaliada. Em o u t ro estudo realizado no Brasil, Gesser et al. 2 9

o b s e rva ram uma pre valência de 86%.

O levantamento nacional 3 1a p resentou da-dos mais positivos para a população bra s i l e i ra com renda similar (61% de presença de sangra-mento e 48% de cálculo) e ainda melhor se c o n s i d e rada somente a Região Sudeste (42% e 40%, re s p e c t i vamente). De ve-se lembrar que esta população, além de renda média de três s a l á rios mínimos, possui baixa escolari d a d e (32% até quarta série) e pouco acesso aos ser-viços de atendimento odontológico, sendo os dois últimos fatores agra vantes para a saúde.

A perda de inserção va riou de 1 a 13mm. Do total da amostra, em 61 indivíduos (63,5%) foi

detectada, em pelo menos um sítio, uma PI ≥

4mm.

Em relação ao gênero, pôde-se ve ri f i c a r que 55,9% dos indivíduos do gênero feminino

e 75,7% do gênero masculino possuíam PI ≥

4mm, grupo em que foram observadas as m a i o-res perdas (11 a 13mm), diferença esta não sig-nificante (Ma n n - W h i t n e y, p > 0,05).

Co n s i d e rando a escolari d a d e, a PI ≥ 4mm foi observada em 84,4% dos indivíduos com até a quarta série e 53,2% dos indivíduos acima da quinta série; a análise estatística demonstro u que essa diferença foi estatisticamente signifi-cante (Ma n n - W h i t n e y, p = 0,003)

Quanto ao fato de o indivíduo ser ou não f u m a n t e, 57,3% dos não fumantes e 85,7% dos fumantes possuíam PI ≥ 4mm. A análise esta-tística mostrou que existe diferença estatistica-mente significante entre os fumantes e os não fumantes (Ma n n - W h i t n e y, p = 0,018).

Quando uma análise por faixa etária foi realizada (Tabela 1), ve rificou-se um aumento da PI com o aumento da idade. A perda média inicial de 3,7mm (13 a 20 anos) pro g ride para 4,97mm (21 a 35 anos), 5,52mm (36 a 45 anos)

e 8,3mm (46 a 60 anos). Em virtude da pro g re s-são da doença, que acarreta perdas dentári a s, a média de PI diminui na faixa etária com mais de 60 anos, sendo de 3,6mm, mas, exc e t u a n d o -se esta faixa etária, a diferença foi confirm a d a estatisticamente (Kru s k a l - Wa l l i s, p > 0,05), in-dicando existir uma relação entre a perda de inserção e a faixa etári a .

At ravés do tratamento estatístico dos da-d o s, não foi possível relacionar a perda-da da-de in-serção com a última consulta ao dentista e com o fato de o indivíduo ser ou não diabético, ou possuir alguma alteração cardíaca.

A perda de inserção ≥ 4mm em pelo menos um sítio foi detectada em 63,5%. Em um estu-do realizaestu-do no Su d ã o, Da rout et al. 3 2ve ri f i c

a-ram uma pre valência de PI ≥ 4mm em 51% da

a m o s t ra avaliada, resultado semelhante aos deste estudo.

A escolaridade e o tabagismo parecem ser f a t o res de risco para perda de inserção neste grupo (Mann-Whitney, p = 0,003 e p = 0,018, re s-p e c t i vamente). Locker &ams-p; Leake 2 2, Ismail et al.

3 3e Elter el al. 3 4re l a t a ram que a baixa escola-ridade é um indicador de risco para doença pe-riodontal. O tabagismo também é considera d o fator de risco significativo. St o l t e m b e rg et al. 3 5

c o n c l u í ram que fumantes possuem cinco ve-zes mais chance de possuir PI ≥ 4mm, do que não fumantes, muito próximo do encontra d o neste estudo, cuja odds ra t i ofoi de 4,46.

A relação de aumento da PI com o aumento da idade é também observada nas pesquisas de Haffajee et al. 7, Ho rnig et al. 2 1, Locker & Leake

2 2, Ismail et al. 3 3, Bragamian et al. 3 6, Grossi et al. 3 7, Mumghamba et al. 2 5e confirmada neste estudo (Kru s k a l - Wa l l i s, p > 0,05).

Com relação à profundidade de sondagem

≥ 4mm, a pre valência foi de 46,9%. Co n s i d e ra n-do a classificação de Horning et al. 27, observo u -se entre os dentados um percentual de 36,4% pontos sangrantes e perda de inserção.

Faixa etária (anos) Superfícies Superfícies com Pontos sangrantes P e rda de inserção com cálculo s a n g r a m e n t o

M é d i a D p M é d i a D p M é d i a D p M é d i a D p

1 3 - 2 0 6 , 2 3 1 1 , 5 2 2 4 , 0 8 1 9 , 9 4 3 , 2 6 0 , 8 2 3 , 7 5 1 , 8 8

2 1 - 3 5 2 0 , 1 8 2 4 , 1 6 3 7 , 9 0 2 5 , 7 1 4 , 3 3 1 , 4 2 4 , 9 7 1 , 8 9

3 6 - 4 5 2 4 , 1 5 2 2 , 7 5 2 6 , 2 1 2 0 , 0 0 3 , 8 4 1 , 8 9 5 , 5 2 3 , 2 3

4 6 - 6 0 1 8 , 1 6 2 0 , 3 1 2 5 , 3 3 1 9 , 8 0 4 , 6 6 3 , 5 0 8 , 3 3 4 , 2 7

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de periodontite moderada (PS ≥ 4 e ≤ 6mm) e de 9,6% de periodontite avançada (PS ≥ 7mm). Em um estudo realizado no Kênia, Baelum et al. 1 1

o b s e rva ram a PS ≥ 4mm em menos de 20% da população estudada e menos de 3% possuíam PS ≥ 6mm. Brown et al. 3 8ve ri f i c a ram uma PS ≥

7mm em apenas 0,6% da amostra. No estudo epidemiológico do Mi n i s t é rio da Saúde 3 1, con-s i d e rando a população de 15 a 59 anocon-s, ocon-s indi-víduos com PS ≥ 6mm ocuparam o perc e n t u a l de 4,1% (Brasil) e 5,4% (Região Su d e s t e ) .

Ao analisar a PS média na faixa etária de 13 a 20 anos, 26,5% apre s e n t a ram PS ≥ 4, pre va-lência muito alta, indicando uma possibilida-de possibilida-de ocorrência possibilida-de periodontite juvenil; toda-via, este dado não é conclusivo, visto que, nes-te estudo, foram analisadas apenas a PS e a PI , o que é insuficiente para diagnosticá-la. Estu-dos longitudinais da pro g ressão da doença em adolescentes indicam que indivíduos com si-nais de periodontite destru t i va em idade jo-vem estão predispostos à deteri o ração futura . Assim sendo, a deteri o ração parece ser mais p ronunciada nos sítios inicialmente afetados, em pacientes diagnosticados com peri o d o n t i-te juvenil e oriundos das classes sócio-econô-micas mais baixas 5 , 3 9. Desta maneira, pode-mos concluir que a alta pre valência da doença na faixa 13 a 20 anos segue um processo de d e s t ruição periodontal na faixa de 21 a 35 anos e atinge o maior grau de destruição na faixa de 46 a 60 anos, grupo etário em que foi encon-t rada a maior PS, com diferença esencon-taencon-tisencon-tica- estatistica-mente significante (Ma n n - W h i t n e y, p = 0,031). Por causa das perdas dentárias ocasionadas pela doença, a PS média diminui na faixa aci-ma de 60 anos.

Em relação ao gênero, pôde-se ve rificar que 39,0% dos indivíduos do gênero feminino e 59,5% do gênero masculino possuíam PS ≥ 4mm.

O b s e rvando a escolari d a d e, 50,0% dos indi-víduos que estudaram até a quarta série e 4 5 , 3 % dos indivíduos acima da quinta série mostra-ram PS ≥ 4mm. A última consulta ao dentista foi realizada em até 24 meses por 46,7% dos examinados e acima de 24 meses por 53,3%.

Dos 45 indivíduos com PS ≥ 4mm, 13 são

fumantes e 32 não o são. En t re os fumantes, 61,9% possuem PS ≥ 4mm.

Dos que re l a t a ram ter diabetes, 60% apre-s e n t a ram PS ≥ 4mm, percentual maior do que e n t re os não diabéticos (46,2%). Com relação à p resença de alguma alteração cardíaca re l a t a-da, no grupo de indivíduos com alteração 5 0 , 0 % têm PS ≥ 4mm.

É importante ressaltar que nenhum dos f a t o res acima pesquisados foi estatisticamen-te relacionado com a profundidade de sonda-g e m .

A fim de possibilitar uma visão geral dos in-d i c a in-d o res in-de in-doença pesquisain-dos e suas corre-lações com os indicadores de ri s c o, foi elabora-da a Tabela 2.

A doença periodontal encontra-se dentro dos padrões mundiais em sua forma modera d a e gra ve, ou seja entre 10% e 15% 5 , 4 0. Em term o s de Brasil, o único estudo de pre valência que se tem é o levantamento epidemiológico do MS

3 1, no qual a pre valência é menor. Co n t u d o, foi usado o CPITN, o que leva a uma perda de al-guns dados, não permitindo uma compara ç ã o d i reta com trabalhos epidemiológicos utilizan-do dautilizan-dos de toutilizan-dos os dentes.

Sendo assim, os indicadores de risco consi-d e raconsi-dos internamente ao gru p o, a escolari consi-d d e, a faixa etária e o tabagismo, que apre s e n t a-ram relação estatisticamente significante com os indicadores PI e PS, parecem confirmar a t e o-ria de sua atuação como agra vantes da doença p e riodontal.

Tabela 2

Caracterização da presença de correlação estatisticamente significante, valor de p < 0,05.

C á l c u l o S a n g r a m e n t o Pontos de inserção Pontos sangrantes

I d a d e 0 , 0 0 5 * 0 , 1 1 2 0 , 0 0 0 * 0 , 0 3 1 *

G ê n e ro 0 , 9 7 3 0 , 0 7 3 0 , 0 5 2 0 , 0 5 2

E s c o l a r i d a d e 0 , 0 3 8 * 0 , 6 1 8 0 , 0 0 3 * 0 , 6 6 6

Uso de tabaco 0 , 1 2 3 0 , 3 3 3 0 , 0 1 7 * 0 , 1 1 8

D i a b e t e s 0 , 2 7 2 0 , 7 3 9 0 , 0 8 4 0 , 8 8 6

Última consulta 0 , 1 4 1 0 , 9 7 6 0 , 1 8 4 0 , 4 2 1

Alteração card í a c a 0 , 7 2 6 0 , 2 0 4 0 , 1 0 9 0 , 7 8 4

(7)

At ravés deste estudo realizado na comunidade n e g ra dos Art u ro’s, pode-se concluir que:

• A pre valência da doença periodontal está

d e n t ro dos padrões do Brasil e do mundo, a p re-sentando uma pre valência de 36,4% na form a m o d e rada e 9,6% na forma gra ve.

• A hipótese da maior pre valência nesta

po-pulação da raça negra não foi confirmada. • Quanto aos fatores de risco pesquisados – a e s c o l a ri d a d e, o uso do tabaco e a faixa etária – eles mostra ram relação com a PI, e somente a faixa etária mostrou relação com a PS.

C o l a b o r a d o re s

Todos os autores part i c i p a ram de todas as etapas de e l a b o ração do art i g o.

R e s u m o

Trata-se de um estudo seccional tra n s versal em uma comunidade da raça negra . A amostra foi constituída por 104 indivíduos acima de 13 anos de idade, s e n d o 63 mulheres e 41 homens. Fo ram examinados todos os dentes pre s e n t e s , com exceção dos terc e i ros molare s . Cada dente foi sondado em seis sítios para re g i s t rar a p rofundidade de sondagem e a perda de inserção e em q u a t ro sítios para re g i s t rar sangramento após sonda-gem e presença de cálculo. Ob s e rvou-se que, do total dos dentados, o sangramento à sondagem foi detecta-do em 97,9%, a profundidade de sondagem (PS) 4mm foi observada em 43,3%, a perda de inserção (PI ) 4mm verificou-se em 63,5% e em 81,2% observo u - s e a presença de cálculo. De 46 a 60 anos, i d e n t i f i c o u - s e uma PI de 8,3mm (±4,27), a maior média, e também PS de 4,6mm (±3,5). A doença acometeu 9,6% dos par-ticipantes em sua forma gra ve (PS 7), valor dentro dos padrões conhecidos no Brasil e no mundo, não ha-vendo um diferencial por ser um povo negro. Fa i x a e t á r i a , escolaridade e uso de tabaco foram indicadore s de risco relacionados com a doença.

Doença Pe r i o d o n t a l ; Pre va l ê n c i a ; In d i c a d o res de Risco

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Recebido em 21/Ma i / 2 0 0 3

Referências

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