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Cuidados essenciais ao bezerro neonato nas primeiras 24 horas de vida

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Academic year: 2017

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ANA CLAUDIA GORINO

CUIDADOS ESSENCIAIS AO BEZERRO NEONATO NAS

PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado

à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade

“Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, SP,

para obtenção do grau de médico veterinário

Preceptor: Prof. Adj. Alexandre Secorun Borges

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ANA CLAUDIA GORINO

CUIDADOS ESSENCIAIS AO BEZERRO NEONATO NAS

PRIMEIRAS 24 HORAS DE VIDA

Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação apresentado

à Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade

“Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Botucatu, SP,

para obtenção do grau de médico veterinário

Área de Concentração: Clínica Veterinária

Preceptor: Prof. Adj. Alexandre Secorun Borges

Coordenador de Estágios: Prof

a

Titular Jane Megid

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Valores indicativos de Falha de Transferência de Imunidade Passiva em bezerros

segundo os diferentes autores – Adaptado de Feitosa et al., 2010

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GORINO, ANA CLAUDIA. Cuidados essenciais ao bezerro neonato nas primeiras 24 horas

de vida. Botucatu, 2011. 24p. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Medicina

Veterinária, Área de Concentração: Clínica Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

RESUMO

A mudança do ambiente uterino para o meio externo que ocorre após o parto requer rápida adaptação do neonato. A assistência correta nas primeiras 24 horas de vida pode reduzir significativamente a mortalidade de bezerros. Neste contexto, estão inclusos os cuidados essenciais aos animais que nascem debilitados e exigem assistência imediata para que possam se adaptar ao ambiente extra-uterino, como o estímulo do início da respiração espontânea e a termorregulação. Além disso, também são essenciais os cuidados relacionados ao fornecimento de colostro e ao tratamento do umbigo. O objetivo deste trabalho é reunir algumas das principais causas de morbidade e mortalidade nas primeiras 24 horas de vida do bezerro neonato e discutir alguns dos cuidados especiais que estes animais exigem.

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GORINO, ANA CLAUDIA. Essential care of the newborn calf in the first 24 hours of life. Botucatu, 2011. 24p. Trabalho de conclusão de curso de graduação (Medicina Veterinária, Área de Concentração: Clínica Veterinária) – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Campus de Botucatu, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.

ABSTRACT

The change from the uterine environment to the external environment that occurs afterbirth requires rapid adaptation of the newborn. The right care in the first 24 hours of life can significantly reduce calves’ mortality. In this context, are included essential care to animals that are born weak and require immediate assistance so they can adapt to the extra uterine environment, such as stimulating the onset of spontaneous breathing and thermoregulation. The essential care is also related to colostrum feeding and treatment of the navel. The objective of this work is to bring together some of the major causes of morbidity and mortality in the first 24 hours of life of the newborn calf and discuss some of the special care that these animals require.

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SUMÁRIO

Lista de tabelas ... 3

Resumo ... 4

Abstract ... 5

1. Introdução ... 7

2. Revisão de Literatura ... 7

2.1. Cuidados gerais imediatamente após o nascimento ... 7

2.2. Fornecimento do colostro ... 11

2.3. Cuidados com o umbigo ... 16

3. Conclusão ... 19

4. Referências Bibliográficas ... 19

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1. INTRODUÇÃO

A criação de bezerros, principalmente do nascimento ao desmame, exige boas práticas de manejo (Coelho, 2005). A mortalidade perinatal é caracterizada por acidentes ocorridos durante o parto, natimortos e mortes nas primeiras horas de vida (Santos, 2001). Estima-se que 75% das perdas até um ano de idade ocorram durante o período neonatal, sendo que mais da metade das mortes de bezerros neonatos ocorre no primeiro ou no segundo dia de vida (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006).

A mortalidade perinatal está geralmente relacionada a distúrbios não infecciosos, como anormalidades cardiovasculares, pulmonares, termorreguladoras, hipoglicemia e alterações decorrentes de partos distócicos (Vaala e House, 2006; Prestes e Landim-Alvarenga, 2006). Contudo, infecções do cordão umbilical e a ocorrência de septicemia neonatal também representam importantes causas de doença entre bezerros recém-nascidos (Aldridge et al., 1993; Madigan e House, 2006). Além disso, o manejo do colostro também é um dos fatores que influencia significativamente a mortalidade pós-natal (Machado Neto et al., 2004)

Desta forma, a saúde e o crescimento dos bezerros são dependentes de fatores que ocorrem não apenas antes e durante o parto, mas também no período imediatamente após o nascimento (Coelho, 2005). O manejo adequado dos bezerros nas primeiras 24 horas de vida pode reduzir significativamente a ocorrência de doenças e a mortalidade, além de assegurar o máximo desenvolvimento dos animais no período neonatal.

O objetivo deste trabalho é reunir algumas das principais causas de morbidade e mortalidade nas primeiras 24 horas de vida do bezerro neonato e discutir alguns dos cuidados especiais que estes animais exigem.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Cuidados gerais imediatamente após o nascimento

Durante a vida intra-uterina o feto está protegido pela mãe. Ao nascimento, as conexões maternas são interrompidas pelo rompimento do cordão umbilical, resultando no bloqueio do suprimento de nutrientes e oxigênio ao feto (Kumar, 2009) e então o animal deve se adaptar rapidamente ao novo ambiente.

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parto distócico), durante o nascimento (animais com membros pélvicos grandes, língua edemaciada e apresentação posterior), ou após o nascimento (ocorrência de apnéia ou dispnéia, decúbito lateral, musculatura flácida, reflexos interdigitais ou de sucção pobres) (Mee, 2008).

Uma vez detectada a necessidade de assistência ao neonato, os procedimentos podem ser iniciados enquanto o animal ainda se encontra no canal de parto. Os receptores nasais do bezerro podem ser estimulados com um tubo de oxigenioterapia, se disponível, um objeto pontiagudo, ou até mesmo com os dedos. Imediatamente após o nascimento, o animal deve ser posicionado em decúbito esternal para maximizar a ventilação (Nagy, 2009). Em seguida, o animal pode ser brevemente suspenso pelos membros pélvicos, possibilitando a drenagem de fluídos pulmonares (Mee, 2008). Deve-se, no entanto, ter o cuidado de não segurar o bezerro por muito tempo nesta mesma posição, já que o peso das vísceras contra o diafragma pode dificultar a respiração (Wattiaux, 2011). Esta manobra pode não ser necessária em partos que ocorrem sem problemas, uma vez que um terço do fluído é absorvido pelo sistema linfático do pulmão do neonato (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006).

Também é importante que não só as vias aéreas anteriores como também a cavidade oral esteja livre de fluído, muco e restos de anexos fetais. Isso pode ser feito com o auxílio dos dedos ou, preferencialmente, um sistema de sucção (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006). Apesar do sistema de sucção ser capaz de retirar uma pequena quantidade de fluído, cerca de 8,3 mL (± 5,4 mL), seu uso é benéfico à função respiratória, favorecendo as trocas gasosas e o estabelecimento do equilíbrio ácido-básico (Uystepruyst et al., 2002a).

Em estudo que avaliou o efeito do posicionamento de 101 bezerros imediatamente após a realização de cesárea eletiva, Uystepruyst et al. (2002b) verificaram que o posicionamento do animal em decúbito esternal e que também a suspensão pelos membros pélvicos por menos de 90 segundos (75±5s) logo após a ruptura do cordão umbilical tem impacto favorável sobre a eficiência das tocas gasosas, indicadas por valores significativamente maiores de pressão arterial parcial de oxigênio (PaO2) e saturação arterial de oxigênio (SaO2) e menores de pressão arterial parcial de gás carbônico (PaCO2) em relação a animais deixados em decúbito lateral. Também foi verificado que este manejo também tem efeito benéfico em relação ao estabelecimento do equilíbrio ácido-básico e à absorção de imunoglobulinas colostrais.

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2009). Além disso, assim que as vias respiratórias estiverem limpas, podem ser aplicadas técnicas de respiração artificial massageando-se o tórax do bezerro com movimentos de compressão e relaxamento (Wattiaux, 2011).

Uystepruyst et al. (2002a) demostraram que outra forma de provocar o início dos movimentos respiratórios é através do estímulo de termoreceptores na pele do animal. Para avaliar a eficácia do método, foram despejados 5 litros de água a 5°C sobre a cabeça dos neonatos imediatamente após o nascimento. Apesar de não ter sido verificada diferença significativa, os animais apresentaram maior eficiência de trocas gasosas e a expulsão de fluídos das vias aéreas foi facilitada pela movimentação reflexa da cabeça do animal. Por outro lado, estes animais apresentaram acidose lática mais acentuada que os animais controle.

Em casos em que essas manobras não são suficientes, a respiração espontânea pode ser rapidamente estimulada pela administração intravenosa ou sub-lingual de 10 a 400 mg de cloridrato de doxapram (Kumar, 2009). O objetivo primário neste caso é estabelecer a respiração normal em animais em asfixia por dispnéia ou apnéia com o uso de uma única aplicação do medicamento. O objetivo secundário é corrigir a acidose respiratória (Bleul et al., 2010).

Bleul et al. (2010) verificaram que a administração de 2 mg/kg de Doxapram gera aumento significativo de 59% na frequência respiratória em 30 segundos e aumento transitório na pressão parcial de O2 arterial (80,3 ± 18,6 mm Hg a 94,6 ± 18,8 mmHg dentro de 30 segundos). Além disso, há significativa diminuição na pressão parcial de CO2 (pCO2 de 45,0 ± 8,7 mm Hg a um valor mínimo de 27,1 ± 4,7 mm Hg 30 segundos após a administração), a qual pode ser prejudicial ao neonato pela hipocapnia (pCO2<35mmHg) causar vasoconstrição cerebral e diminuição de fluxo sanguíneo ao cérebro. No entanto, os autores acreditam que severa hipocapnia e, consequentemente, efeitos prejudiciais ao cérebro são pouco prováveis devido ao curto tempo de duração do efeito da droga. Além disso, contra-indicam o uso de doxapram para bezerros prematuros ou com sinais de imaturidade pulmonar pois a droga causa aumento na pressão sistêmica e na pressão pulmonar, podendo causar persistência da circulação fetal e, portanto, “shunt” pulmonar direito-esquerdo através do ducto arterioso e do forame oval.

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vida. A temperatura retal também é menor, e diminui, em média, 2,9 ± 0,7°C 1,5 horas após o nascimento, e se eleva lentamente até se estabilizar, cerca de 0.5°C abaixo da temperatura de bezerros nascidos de partos eutócicos (Vermorel et al., 1989).

Para a produção de calor, a atividade metabólica do recém-nascido aumenta cerca de três a quatro vezes em relação à do período logo após o nascimento. Adicionalmente, para a regulação da temperatura corporal, os bezerros rapidamente ativam os mecanismos termogênicos, tais como o tremor e o metabolismo da gordura marrom (Coelho, 2005), a qual é oxidada e tem sua energia liberada na forma de calor (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006).

O tecido adiposo marrom corresponde a cerca de 2% do peso vivo de um bezerro recém-nascido, estando presente na maior parte do corpo do animal, com exceção do tecido subcutâneo. A morfologia dessas células adiposas marrons sofre modificações com a idade, e elas se tornam progressivamente semelhantes às células adiposas brancas (Alexander et al., 1975).

Quando o aumento do metabolismo não é suficiente para manter a temperatura do recém-nascido, ocorre hipotermia (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006). Bezerros nascidos em dias frios exigem ainda mais atenção por apresentarem maior dificuldade de adaptação e de regulação da temperatura corpórea (Ribeiro et al., 2006).

O estabelecimento da hipotermia pode ser evitado com o fornecimento de condições para que os neonatos sequem rapidamente, diminuindo a perda de calor, uma vez que os bezerros nascem com a superfície corpórea molhada e possuem insulação pobre, devido à pouca gordura subcutânea que possuem. Também é essencial o fornecimento de alimento adequado o mais rápido possível (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006).

Em casos em que é necessário reaquecer o animal, pode-se utilizar uma toalha de algodão para secá-lo por meio de fricção vigorosa. Posteriormente, o animal pode ser envolvido por um cobertor e colocado em decúbito em um ambiente que proporcione isolamento térmico, como uma caixa com temperatura entre 20 e 25°C em seu interior. O cobertor pode ser substituído pelo calor de lâmpadas de luz infra-vermelha colocadas próximas ao animal. Outra alternativa é a imersão do animal em água a 38°C. Bezerros imersos em água aquecida alcançam 37°C mais rapidamente que os animais submetidos aos dois outros métodos, além de realizarem 50% menos esforço metabólico para alcançar a eutermia (Robinson e Young, 1988).

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dificuldade de se alimentar, de se manter em estação e em equilíbrio. Após o fim da indução da hipotermia, os tremores recomeçaram e continuaram até que os animais retornassem à temperatura corpórea normal. A superfície da pele nas regiões de tórax e abdômen se manteve morna durante a recuperação dos animais, enquanto que a pele das extremidades como membros pélvicos, orelhas e cauda apresentava-se fria. Os animais foram submetidos à necropsia, na qual se observou edema, equimoses e sufusões subcutâneos. Também foi verificada quantidade aumentada de hemoglobina no líquido sinovial da articulação tíbio-társica.

Olson et al. (1980b) verificaram que bezerros hipotérmicos apresentam atraso no início da absorção de imunoglobulinas (Ig) após a ingestão de colostro quando comparados a animais que não foram submetidos a estresse pelo frio. Além disso, bezerros hipotérmicos apresentam redução significativa na taxa de absorção dos anticorpos colostrais, aumentando a susceptibilidade a organismos infecciosos. O mesmo pode ser observado através da análise da concentração de Ig no soro de bezerros nascidos no inverno em relação a nascidos no verão, os quais possuem melhores níveis de Ig graças à maior temperatura da estação e à ausência do estresse térmico que ocorre no inverno (Vaz et al., 2004).

Os recém-nascidos possuem uma reserva razoavelmente boa de carboidratos, e a amamentação pode não ocorrer por 1 ou 2 horas sem efeitos adversos enquanto os neonatos adquirem a habilidade de ficar em posição quadrupedal e localizar a glândula mamária (Cunningham, 2008).

Ao nascimento, o animal normalmente apresenta acidose respiratória e metabólica, as quais são corrigidas em, no máximo, 48 horas, mas que, quando severas, levam à redução do vigor do neonato e à diminuição do reflexo de sucção. O ideal é que o recém-nascido assuma decúbito esternal em 4 a 6 minutos após o parto, e o prolongamento deste período pode ser um indício de acidose. (Prestes e Landim-Alvarenga, 2006). Entretanto, o tempo de latência para ficar em estação também é produto de fatores ambientais como o espaço físico e a temperatura e umidade do ar (Toledo et al., 2007).

2. Fornecimento do colostro

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O colostro é rico em lipídeos, proteínas e imunoglobulinas, além de conter carboidratos em baixas concentrações. Também contém fatores antimicrobianos como as lisozimas, a lactoferrina e o sistema das lactoperoxidases, que protegem o neonato do desenvolvimento de uma flora bacteriana entérica patogênica (Cunningham, 2008), além de citocinas (IL-1 , IL-6, TNF-α e INF- ) que podem estar envolvidas com o desenvolvimento do sistema imune do recém-nascido (Tizard, 2004).

Antes de ingerir o colostro, o bezerro pode possuir pequenas quantidades de IgA, IgM e, principalmente, de IgG1 e IgG2. Após a ingestão do colostro, o qual possui níveis de IgG1 de 2 a 5 vezes maior que as demais imunoglobulinas, ocorre elevação nos níveis dessas proteínas no soro sanguíneo, em especial da IgG1 (Husband et al, 1972).

A concentração de Ig no soro dos bezerros é mínima entre o oitavo e o 32º dia de vida, portanto animais que recebem quantidades inadequadas de Ig através do colostro de suas mães podem estar hipogamaglobulinêmicos até o início da produção endógena de anticorpos (Husband et al, 1972). No entanto, em animais que não ingerem colostro, a produção de IgG e IgM parece ser mais precoce, a partir dos 30 e 15 dias de vida, respectivamente, sugerindo que os níveis séricos das Ig obtidas passivamente influenciam o momento do início da sua produção ativa (Feitosa et al., 2003).

Donovan et al. (1998) observaram que as imunoglobulinas derivadas do colostro auxiliam na proteção do bezerro contra a morbidade e mortalidade relacionadas à septicemia e pneumonia, e que o efeito protetor do colostro quanto à mortalidade prolonga-se até os seis meses de idade. O número de dias necessários para o tratamento dos casos de septicemia e de pneumonia foi significativamente maior nos casos em que a concentração sérica de proteína total era menor. Em média, a redução de 1 g/dl nessa concentração resulta em meio dia a mais necessário para o tratamento de uma das condições.

Além disso, a IgA é um importante protetor do trato gastrintestinal dos bezerros. Ela age impedindo a aderência de vírus e bactérias ao endotélio da mucosa intestinal, neutralizando vírus, bem como enzimas virais e bacterianas. Assim, os antígenos não são capazes de aderir às células epiteliais intestinais e são excretados sem causar danos ao organismo do animal (Tizard, 2004).

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O trato gastrintestinal de bezerros neonatos possui algumas particularidades que permitem que as imunoglobulinas sejam absorvidas de forma intacta. A secreção ácida formada no estômago e o desenvolvimento da função pancreática são protelados por diversos dias após o nascimento e, assim, a digestão das Ig pelo ácido clorídrico e pela tripsina é evitada. Além disso, o epitélio intestinal especializado, presente apenas ao nascimento, é capaz de absorver as proteínas solúveis no lúmen intestinal (Cunningham, 2008). A absorção dos anticorpos ocorre principalmente nas regiões média e caudal do intestino delgado, segmentos correspondentes ao jejuno e íleo, graças à primeira geração de células epiteliais que absorvem estas moléculas por pinocitose. Este epitélio é substituído por uma segunda população de células, extremamente diferente da presente ao nascimento, determinando a ocorrência do chamado fechamento intestinal (Bessi et al, 2002), o qual ocorre entre 24 e 48 horas de vida, quando a absorção das proteínas do colostro é cessada (Clover et al., 1980).

As maiores taxas de absorção das Ig ocorrem 4 horas após a ingestão do colostro. A partir das 12 horas de vida, a taxa de absorção de imunoglobulinas diminui progressivamente conforme a idade do bezerro aumenta (Stott et al., 1979b). Verificou-se que a absorção de IgG diminui linearmente de 6 a 48 horas após o nascimento. Quando o colostro é fornecido às 6 horas de vida, 65,8% da IgG ingerida pode ser detectada no plasma. Esse percentual sofre um rápido declínio para 46,9%, 11,5%, 6,7% e 6% quando a ingestão ocorre as 12, 24, 36 e 48 horas de vida, respectivamente (Matte et al., 1982).

Entretanto, a captação de imunoglobulinas do lúmen intestinal também é influenciada pelo momento em que o colostro é ingerido. Foi observado que animais para os quais o fornecimento do colostro foi atrasado, o momento em que o fechamento intestinal ocorreu também foi prorrogado (Stott et al., 1979a).

A quantidade de colostro ingerida deve ser suficiente para que ocorra o contato, o estímulo e a saturação do potencial de absorção pelas células especializadas do intestino delgado. O fornecimento de 0,5 ou 1 litro de colostro o mais rápido possível após o nascimento não ativa todo o potencial de absorção de Ig, enquanto que a ingestão de 2 litros não só aumenta significativamente a transferência de Ig para a circulação do neonato, como satura o potencial de absorção das células (Stott et al., 1979b).

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Além da amamentação diretamente a partir da mãe, o bezerro pode consumir o colostro com o auxílio de mamadeira ou de sonda esofágica. Em alguns casos em que o produtor deseja fornecer volumes maiores que 4 litros de colostro ou em que o bezerro não apresenta reflexo de sucção, a sonda esofágica é usada com a finalidade de assegurar a absorção de Ig (Arthington, 2001). Em relação à FTIP, sua prevalência é maior entre bezerros que ingerem o colostro de forma natural, diretamente da mãe, quando comparados àqueles cujo fornecimento de colostro ocorre artificialmente, via mamadeira ou sonda esofágica. No entanto, comparando os métodos artificiais, mamadeira ou sonda esofágica, a FTIP é determinada pela concentração de Ig presente no colostro, e não pela forma como este foi fornecido (Besser et al, 1991).

Bezerros provenientes de partos distócicos (Vermorel et al., 1989) ou com problemas no aparelho mamário como úbere e tetos muito grandes ou tetos perdidos (Schmidek et al., 2008) também são mais susceptíveis à ingestão insuficiente de Ig. Nesses casos, a separação do neonato da mãe e o fornecimento de colostro através de mamadeiras ou sondas esofágicas é a prática mais recomendável. Além disso, a amamentação diretamente a partir da mãe dificulta saber a quantidade exata ingerida pelo neonato. (Arthington, 2001).

Também há maior risco de FTIP para animais que recebem colostro congelado ou proveniente de vacas com intervalos entre lactações mais longos. Além disso, a prevalência de animais com FTIP é menor para aqueles que ingerem 2,48 litros em relação aos bezerros que consomem 1,9 litros, sendo indicado então o fornecimento, via artificial, de 3 a 4 litros de colostro fresco ou refrigerado, proveniente de vacas com intervalos regulares entre as lactações (Besser et al., 1991).

Entre os fatores atribuídos ao desencadeamento do fechamento da goteira esofágica está o posicionamento da cabeça e pescoço do bezerro ao consumir o leite (Wise et al., 1942). Em geral, recomenda-se que o bezerro seja amamentado em posição que mimetize a ingestão diretamente a partir de sua mãe, em posição quadrupedal, com a cabeça e o pescoço levemente elevados (Quigley, 2001). No entanto, um estudo indicou que o posicionamento da cabeça, elevada ou ao nível do chão, quando o animal ingere o leite, não afeta o fechamento da goteira esofágica e, portanto, a quantidade de leite presente no rúmen. Comparando o fornecimento via mamadeira e balde, independente do posicionamento da cabeça, verificou-se que houve maior derramamento de leite no rúmen e no chão quando os animais ingeriram o leite a partir do balde (Wise et al., 1942). Quando o colostro ou o leite são fornecidos via sonda esofágica não ocorre o fechamento da goteira (Chapman et al., 1986).

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estão quatro vezes mais propensos a morrer e tem duas vezes mais chances de serem acometidos por enfermidades do que animais adequadamente imunizados (Moran, 2002).

A avaliação dos bezerros, quanto ao sucesso ou falha na obtenção da imunidade passiva, pode ser baseada na determinação direta ou indireta da concentração das Ig circulantes no soro dos recém-nascidos. A determinação direta pode ser verificada pelas concentrações das frações beta globulina e gama globulina e das IgG e IgM. Já a forma indireta é verificada por meio da concentração sérica de proteína total e da atividade enzimática da gama glutamiltransferase (GGT) no soro sangüíneo de bezerros (Feitosa et al, 2001; Feitosa et al, 2010).

A determinação direta da concentração sérica das Ig pode ser feita através das técnicas de separação eletroforética das Ig, imunodifusão radial simples, tubimetria pelo sulfato de zinco e precipitação por sulfito de sódio (Smith, 2006).

O valor da proteína sérica total pode ser utilizado como um método indireto para estimar a concentração de Ig no soro de bezerros. Valores baixos de proteína total refletem a FTIP. Como no recém-nascido o nível de albumina é pouco variável, as diferenças nas concentrações protéicas devem-se, quase que exclusivamente, à absorção de imunoglobulinas após a ingestão de colostro. Ressalta-se, porém, a dificuldade em avaliar a ocorrência de FTIP em animais neonatos desidratados (Feitosa, 2010).

O aumento nos níveis de GGT ocorre nas primeiras horas de vida e está relacionado à sua presença em altos níveis no colostro. A determinação da atividade desta enzima no soro sanguíneo de bezerros recém-nascidos é um teste fácil e de baixo custo para a avaliação da ingestão de colostro (Braun et al, 1982).

Existe uma enorme discordância de opiniões entre os vários autores quanto à definição de um valor ideal de proteína total, da concentração de imunoglobulinas e da atividade da GGT no soro sangüíneo de bezerros recém-nascidos (Tabela 1), que lhes confira uma adequada imunidade passiva (Feitosa et al., 2001).

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O colostro congelado pode ser descongelado, aquecido e fornecido ao recém-nascido, quando existir necessidade. Um banho-maria entre 45°C e 50°C deve ser utilizado para descongelar o colostro e também para aquecê-lo à temperatura corporal antes do fornecimento ao bezerro. É essencial que o colostro congelado não seja superaquecido para evitar a destruição das Ig (Arthington, 2001;Wattiaux, 2011).

Em estudo que avaliou o efeito de diferentes temperaturas de aquecimento sobre a qualidade do colostro, McMartin et al. (2006) verificaram que o aquecimento do colostro a 60°C por 120 minutos não afetou sua viscosidade nem o teor de IgG. O aquecimento de 30 litros de colostro a 60°C por 30 minutos parece também ser capaz de diminuir a carga microbiana do colostro. Godden et al. (1999) relataram que não foi possível recuperar amostras de Mycoplasma bovis, Liesteria monocytogenes, E. coli O157:H7 e Salmonella enteritidis adicionadas ao colostro após otratamento. Além disso, os resultados deste estudo indicam que o aquecimento a 60°C por 60 minutos pode ser eficaz contra Mycobacterium avium subsp. paratuberculosis.

Neste casos, é indicado que o colostro a ser congelado seja de qualidade, com concentração de Ig maior que 50 g/L. A qualidade do colostro, o qual poderá ser armazenado por até um ano sem perda significativa de Ig, pode ser facilmente verificada pelo produtor com o auxílio de um colostrômetro (Arthington, 2001). As propriedades imunes do colostro podem ser melhoradas pela vacinação das vacas no período seco. A escolha da vacina apropriada deve ser baseada na prevalência das doenças entre os bezerros da propriedade (Moran, 2002).

2.3. Cuidados com o umbigo

A onfalite é a inflamação das estruturas umbilicais que pode incluir as artérias umbilicais (onfaloarterite), a veia umbilical (onfaloflebite), o úraco e os tecidos adjacentes ao umbigo. Secundariamente, pode produzir infecções em outros órgãos (Smith, 2006; Riet-Correa, 2007).

Após a ruptura espontânea do cordão umbilical, o úraco e os vasos sanguíneos retraem em direção ao abdomen, protegendo a estrutura de contaminação ambiental (Mee, 2008). No entanto, a onfalite geralmente ocorre na primeira semana de vida (Riet-Correa, 2007), estando frequentemente associada à presença de ambiente externo contaminado, servindo como fonte de infecção, e à falha na transferência de imunidade passiva (Smith, 2006).

Nas onfalites bacterianas geralmente encontra-se uma flora mista, a qual inclui

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As miíases por Cochliomya hominivorax também são fatores predisponentes para o estabelecimento de infecções umbilicais (Riet-Correa, 2007), sendo mais prevalentes em bezerros machos do que nas fêmeas, possivelmente devido ao comportamento da mãe em lamber o umbigo, e também à urina, que irrita o local (Blanchin et al., 1991).

Os sinais de onfalite incluem cordão umbilical úmido e friável, com secreção serosa ou purulenta (Rengifo et al., 2006; Riet-Correa, 2007). À palpação, as estruturas externas e internas do umbigo podem apresentar aumento na espessura e na sensibilidade (Belo Reis et al., 2005). Em alguns animais há a presença de miíase e, nestes casos, a inflamação é mais evidente, havendo sangramento e a presença de larvas (Belo Reis et al., 2005; Riet-Correa, 2007). No entanto, em alguns casos, não há evidências de processo inflamatório local (Rengifo et al., 2006). Sistemicamente, alguns animais também podem apresentar apatia, anorexia, taquicardia e taquipnéia, hipertermia, estado nutricional ruim, pelos longos e sem brilho, aumento de volume nas articulações com sensibilidade aumentada à palpação, dificuldade de locomoção e diarréia (Belo Reis et al., 2005). Além disso, em alguns casos, o bezerro se isola do rebanho e permanece deitado por longos períodos (Riet-Correa, 2007).

Rengifo et al. (2006) observaram crescimento microbiano em 100% das amostras obtidas a partir das estruturas umbilicais curadas com solução de iodo a 10% 24 horas após o nascimento. Os microrganismos isolados com maior frequência foram Bacillus spp,

Enterobacter spp, Micrococcus spp., Escherichia coli. Outros agentes identificados foram

Staphylococcus spp., Estafilococos coagulase-negativos (ECN), Serratia marcescens,

Citrobacter freundii, Klebsiella pneumoniae e leveduras. Infecções mistas, com três ou mais agentes isolados, foram registradas em seis das nove amostras estudadas. Por outro lado, isolamento de um único microrganismo (ECN e E.coli) ocorreu em três amostras. O cultivo de amostras de sangue coletadas destes animais foi positivo em 30% dos casos, sendo todas culturas únicas de Bacillus spp, Micrococcus spp, ECN ou E. coli. Os resultados sugerem uma prevalência alta de bacteremia em bezerros neonatos, sobretudo naqueles com processos inflamatórios das estruturas umbilicais e evidenciam a importância de boa transmissão de imunoglobulinas através do colostro, uma vez que abscessos ou infecções umbilicais de qualquer dos componentes do umbigo podem produzir infecção local ou ser uma fonte de septicemia.

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e metacarpo-falangeana. A doença pode produzir sequelas, entre elas claudicação em diversos graus, deformação articular e atrofia muscular (Riet-Correa, 2007).

Além da poliartrite, os abscessos também podem ser observados como complicações nos casos de onfalite. Essas lesões podem ser encontradas no próprio umbigo, assim como nos trajetos da veia e da artéria umbilical, no úraco, no fígado e rins. Ocasionalmente ocorre endocardite e meningite (Riet-Correa, 2007), além de outras complicações decorrentes da septicemia, como pneumonia, diarréia, uveíte e osteomielite (Smith, 2006).

A profilaxia das infecções e das miíases umbilicais é, portanto, essencial ao bem-estar do neonato bovino. A prevenção das onfalites deve estar baseada na manutenção da higiene das instalações das maternidades e na redução do tempo em que os neonatos passam em maternidades mal higienizadas, na ingestão precoce de colostro de boa qualidade e na antissepsia do cordão umbilical (Mee, 2008).

A maioria das vacas que parem facilmente permanece deitada até o nascimento do bezerro. Ao final do parto a vaca se levanta, o que resulta no rompimento do cordão umbilical (Paranhos da Costa et al., 2006). Em seu estudo, Hammer et al. (1999) relatam que em partos assistidos nos quais o cordão umbilical é prematuramente rompido, ocorre, a longo prazo, diminuição na eficiência de trocas gasosas pulmonares em relação a situações em que o cordão umbilical se rompe espontaneamente, podendo ser vantajoso deixar que a estrutura se rompa sozinha.

Na maioria dos casos, em que apenas poucos centímetros do cordão umbilical continua ligado ao bezerro (Wattiaux, 2011), recomenda-se o tratamento do umbigo do neonato com solução de iodo a 3% ou 7% ou álcool iodado a 10% logo após o nascimento (Wattiaux, 2011; Blanchin et al., 1991). No entanto, Waltner-Toews et al. (1986) verificaram que a desinfecção do cordão umbilical com tintura de iodo pode não ser a melhor opção, uma vez que bezerros que tiveram seus umbigos curados com solução a base de clorexidine apresentaram chances significativamente maiores (1800 vezes mais chances) de viver em relação àqueles tratados com iodo.

Ocasionalmente, ocorre sangramento do cordão umbilical e, nestes casos, a utilização de um pedaço de algodão limpo é suficiente pra cessar a hemorragia. Qualquer acúmulo de sangue dentro do cordão deve ser retirado comprimindo-se a estrutura até que todo sangue retido saia, para que em seguida, possa ser aplicada a solução de iodo (Wattiaux, 2011).

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ivermectina via subcutânea não confere vantagem adicional ao uso do iodo na cura do umbigo. No entanto, quando combinada ao tratamento do umbigo com solução a base de iodo, confere maior redução no número de miíases em bezerros recém-nascidos (Blanchin et al., 1991).

3. CONCLUSÃO

Os cuidados essenciais aos bezerros recém-nascidos nas primeiras 24 horas de vida incluem manobras durante o parto e imediatamente após o nascimento. O estímulo ao início da respiração espontânea através da ativação de receptores nasais e da drenagem de fluídos no trato respiratório anterior e cavidade oral, o posicionamento do neonato em decúbito esternal e as técnicas de manejo para o auxílio da termorregulação são importantes para a adaptação dos bezerros ao ambiente extra-uterino. Além disso, o fornecimento de 3 a 4 litros de colostro de boa qualidade via mamadeira ou sonda esofágica, o mais rápido possível após o nascimento evita que o animal absorva quantidade insuficiente de imunoglobulinas, impedindo a ocorrência de falha de transferência de imunidade passiva. Por fim, os cuidados imediatos com o umbigo pelo uso de soluções a base de iodo ou de clorexidine e a aplicação de 1 mL via subcutânea de ivermectina evitam a ocorrência de onfalites e suas sequelas e de possíveis casos de septicemia.

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ANEXO 1.

Tabela 1. Valores indicativos de falha de transferência de imunidade passiva em bezerros segundo os diferentes autores – Adaptado de Feitosa et al. (2010).

Autor PT Gamaglobulina IgG GGT

Naylor et al. (1977) < 6,0 g/dL - - -

Halliwell & Gorman (1989) - - 800 mg/dL -

Paris et al. (1992) - - - < 300 UI/L

Heath (1992) < 5,5 g/dL - - -

Perino et al. (1993) 4,2 g/dL - < 800 mg/dL < 200 UI/L Biswal et al. (1993) 4,8 g/dL < 1,5 g/dL - -

Wittum & Perino (1995) <4,8 g/dL - < 800 mg/dL - Selim et al. (1995) - < 1,0 g/dL < 500 mg/dL -

Rea et al. (1996) 4,5 g/dL - - -

Feitosa et al. (2001) - - -

Smith (2002) 5,0 g/dL - - -

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