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Estudos sobre a nutrição mineral do arroz: VII. exigências nutricionais das variedades IAC-25 e IAC-47.

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Academic year: 2017

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ESTUDOS SOBRE A NUTRIÇÃO MINERAL DO ARROZ.

VII. EXIGÊNCIAS NUTRICIONAIS DAS VARIEDADES

IAC

-25 Ε IAC-47 *

Ε. MALAVOLTA **,

J.C.A. SILVA***, Τ.Ε. RODRIGUES*** J.C. SABINO***, I.A. GOMES,***

Α.P. CRUZ***, F.A. OLIVEIRA***

C. DAGHLIAN ***, I.A. G U E R R I N I * * * , J.A. MAZZA***, L.S. CORRÊA***

M.A. SCHIAVUZZO***, M . P . COSTA***, C.P. CABRAL****, L.A. DARIO****,

F . C ANTONIOLLI*****, L.H.S. PAVAN*****

RESUMO

As exigências nutricionais das variedades de arroz IAC 25 e IAC kj foram determinadas analisando-se os diferentes órgãos de

plan-tas cultivadas em solução nutritiva até o fim do ciclo.

Verificou-se serem distintas as exigências, maior na IAC 47 (mais tardia) que deu

tam-bém maior produção de grãos com casca.

* Com ajuda da FAPESP e do CNPq. Recebido para publica-ção em 14/12/1981.

** Departamento d e Química, E.S.A. "Luiz de Queiroz", USP

*** Estudantes de Pós-Graduação.

**** Auxiliar de laboratório, CENA-USP

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INTRODUÇÃO

Como fonte de carboidrato, o arroz é das mais importan tes culturas para a população brasileira. Sua produtividade no País é pequena: 1 t/ha para o d e sequeiro e cerca de 3 para o

irrigado (uns 10¾ do total). Os rendimentos variam, nas dife-rentes regiões dentro dos seguintes limites: 3~6 t/ha no J a -pão, Coréia, Formosa, Austrália, E.U.A., Países do Mediterra neo; 1-2 t/ha na Asia Tropical, Africa (excluído o Egito) e América Latina (MALAVOLTA, 1979).

Pelos dados da Tabela 1 , verifica-se que o arroz é rela tivamente exigente em elementos minerais. As explorações para o grio são de cerca de 1/3 e 3/k dos totais de Ν e Ρ absorvi-dos; apenas 20¾ do Κ total e cerca de 15¾ do Ca e do M g .

FURLANI et alií (1977) concluíram que para uma produção média de 8513 kg/ha de m . s . na parte aérea sao extraídas dos

solos as seguintes quantidades (gm g/ha de micronutrientes) :

77,7 de B, 38,1 de C u , 1 1 3 M de F e , 430,6 de Mn e 308,3 de

Zn.

No presente,trabalho determinou-se as exigências mine-rais comparadas de duas variedades brasileiras cultivadas em condiçoes controladas.

MATERIAIS Ε MÉTODOS

0 ensaio foi realizado em casa de vegetação no Centro de Energia Nuclear na Agricultura - CENA/USP, período de feve

reiro a julho de 1981, uti1izandi-se arroz, cultivares IAC 25 e IAC k7 de ciclos precoces e médio respectivamente, como plantas de estudo, cultivadas em solução nutritiva.

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por 10 d i a s , f i xadas pel o col o com espumas plást i cas e com a sol u-çao arejada 14 dias após a germinação as plantas foram transplanta das para vasos pl ást i cos de 1 1 i t ro contendo a sol uçao nutr i t i va permaneceram mais 9 dias quando transferidas para vasos plásticos

individuais (2 pl anta/vaso), com arejamento contínuo e solução* nutritiva, conforme Tabela 2, completada a 11 com água destila da. Empregou-se 10 repetições.

Tabela 2 - Composição das soluções nutritivas

Condução do ensaio

Os vasos tinham a solução completada diariamente, bem como manutenção do sistema de aeração. Perfi1hamento e n? de folhas eram anotados semanalmente. Observou-se ataque de áca-ro, 30 dias após a germinação que se prolongou necessitando e 6 aplicações com defensivo específico, espaçadas de 15 dias.

3 semanas após a indiνidua1ização das plantas, procedeu-se ã

primeira renovação da solução nutritiva, com a composição pa-ra 2 1 (com substituição de vasos papa-ra esta capacidade). Mais duas renovações, deste modo foram feitas, 4? e 10? semanas após a 1? renovação.

Colheita e analises químicas

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Os teores dos elementos foram obtidos mediante os méto-dos analíticos seguintes: nitrogênio, por digestão e destila-çio Kjeldahl, fósforo e potássio, extraídos por digestão ni-tro-perclórica e determinados por colorimetria e fotometria e chama respectivamente; cálcio, magnésio, enxofre, cobre,

fer-ro, manganês e zinco, por digestão ηitro-perc1órica e determi

nadas-por absorção atômica; e o boro colorimetria, reação com curcumina no extrato clorídrico da cinza.

RESULTADOS Ε DISCUSSÃO

A Tabela 3 dá os teores de macro e mitronutrientes e n -contrados nas diferentes partes.

Os teores de Mo na variedade ICA 25 foram

A Tabela k mostra que os dados obtidos refletem as

exi-gências de nutrientes e produção de matéria seca, totais e por partes da planta das cultivares. Os valores estão apresen tados em kg/ha e g/ha respectivamente para macro e micronu-trientes, e para isso considerou-se 250.000 plantas por hecta re, em acordo com SOARES et alii ( 1 9 7 9 ) .

Esses dados permitiram calcular as exigências e exporta ção de nutrientes para a produção de 1 t de arroz em casca pe

los dois cultivares, mostradas na Tabela 5.

Para a produção de 1.197,5 kg de grãos e 3-562,5 kg de m.s. total por h a , pelo cultivar IAC 2 5 , a exigência nutricio nal refletida na Tabela k mantém certa coerência com os

valo-res obtidos por GARGANTIΝI & BRANCO ( 1 9 6 5 ) , FURLANI et alii ( 1 9 7 7 ) , MALAVOLTA é MEDEIROS ( 1 9 8 0 ) ; melhor aproximação de va

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urn total de m.s. de 8.007, 5 kg e 3.040 kg/ha de grãos em casca.

Pela Tabela 5 observa-se que os nutrientes exigidos e exportados para a produção de 1 t de arroz em casca pelos dois cultivares obedecem as ordens decrescentes seguintes:

Exigência IAC 25: Κ > Ν > Ca > Mg > Ρ > S > Fe = Mn >

Zn > Β > Cu

IAC 47: Ν > Κ > Ca > Mg > Ρ >S > Fe Ξ Μη > Zn > Cu > Β

Exportação: IAC 25: Ν » Κ > Ρ > Mg > Ca> S > Fe Ξ Mn > Zn > Β > Cu

Ν » Κ > Ρ > Mg > S > Ca > Fe > Zn > Mn >> Cu >> Β

Em função desses resultados, observa-se que a ordem

de-crescente obtida no caso das exigências nutricionais de am-bos os cultivares, está em acordo com o relato por outros au-tores. No entanto, esta mesma concordância não foi ontida pa-ra a exportação de nutrientes papa-ra o grão, uma vez que outros autores apresentam uma ordem diferente, por exemplo: Ν > Ρ > > S > Ca > Κ > Mg > Μη > Fe (MALAVOLTA, 1979).

A extração total , por partes da planta, para os cultivares

pode ser melhor visual izada através das Figuras 1 a 4, onde procu-rou-se representar, por meio de percentagens, a contribuição de cada nutriente ãs várias partes da planta para ambos culti vares. Comparou-se, para um dado elemento, entre os dois

cul-tivares a parte da planta contendo a maior quantidade desse elemento, e a este máximo correspondeu 100¾; de tal forma que a análise de cada uma destas figuras permite, além de conhe-cer em que parte de um dado cultivar há maior concentração de

se elemento, também a extração dele em termos dos dois culti-vares .

RESUMO Ε CONCLUSÕES

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nu-tricionais da cultura de arroz (Oryza sativa L . ) , cultivares

IAC 25 e IAC 47, em solução nutritiva. Os resultados obtidos permitiram as seguintes conclusões principais: a) a produção total da IAC 25 (produção total de matéria seca: 3.562,5 kg / ha, produção de grãos com casca: 1.197,5 kg/ha) foi menos de 50¾ da obtida pela IAC 47 (produção total de matéria seca: 8.007,5 kg/ha, produção de grãos com casca: 3.040 kg/ha).

Co-mo a produção de grãos foi de 40¾ da matéria seca acumulada e cada cultivar, a produção de grãos da IAC 47 foi

aproximada-mente o dobro da IAC 2 5 ; b) a) a exigência nutricional dos cultivares foi distinta, sendo a maior exigência da IAC 47 acompanhada de maior produção de grãos. Observou-se no

entan-to, semelhança nas tendências de exigências e exportação para o grão de nutrientes, para a produção de 1 t de arroz em cas-ca, como se vê abaixo:

Exigência: IAC 25: Κ > Ν > Ca > Mg > Ρ > S > Fe > Mn > Zn Ξ Β > Cu

IAC 47: Ν > Κ > Ca > Mg > Ρ > S > Fe > Μη Ξ

Zn > Cu > Β

Exportação: IAC 25: Ν > Κ > Ρ > Mg > Ca > S > Fe Ξ Mn > Zn > Β > Cu

IAC 47: Ν > Κ > Ρ > Mg > Ca > S > Fe > Zn > Mn > Cu » Β

SUMMARY

STUDIES ON THE MINERAL NUTRITION OF THE RICE PLANT. VII. NUTRITIONAL REQUIREMENTS OF THE VARIETIES IAC-25 AND IAC-47

Rice p l a n t s , varieties IAC 25 and IAC 4 7 , w e r e grown in nutrient solution till the end of the life cycle when they were analysed both for macro and m i c r o n u t r i e n t s . Main conclu¬

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Co-autores: Estudantes de pós-graduação A. Penna, Α. Fló¬

rio, A.A. Frenhani, Α. Costa Filho, B.N. Rodrigues, Ε.Μ. Pau-lo, Ν.Α. Costa, P.M. Santos, P.S. Katayama, R.V. Naves, R.A. Arevalo, W. Amaral, C. Nóbrega, D.F. Azaredo, J.S.T. Leite, H.H.G. Pereira, I.F. Carneiro, J.V. Ramos, J.C.D. Chaves, L. H.G. Chaves, L.A. Daniel, P.N.A. Berto, R.L. Rufino e S.R.C.

Stipp.

LITERATURA CITADA

FURLANI, P.R.; BATAGLI A, O.C.; FURLANI, A . M . C . ; AZZINI, L.E. SCHMIT, N . C . , 1977. Composição química de três cultiva-res de arroz. Bragantia 3 6( 8 ) : 1 0 9 - 1 1 5 .

HOAGLAND, D.R.; HARNON, D.I., 1 9 5 0 . The water culture method for growing plants without soil. Calif. Agr. Exp. Sta. C i r c .

3 4 7 .

MALAVOLTA, E.; HAAG, H.P.; MELLO, F.A.F.; BRASIL S0BRº, M.O.C.

1974. Nutrição mineral e adubação de plantas, Pioneira Ed.

MALAVOLTA, Ε . , 1979. Nutrição mineral e adubação do arroz se-queiro, Ultrafertil, Ed. Franciscana, S.Paulo, 3 7 p .

MEDEIROS, A.A., 1980. Exigências nutricionais e correção de deficiências minerais em dois cultivares de arroz (Oryzae sativa L., cv. IAC k7 e IAC 435), Piracicaba, E.S.A. "Luiz de Queiroz", tese de mestrado, 9 9 p .

SOARES, P.C.; MORAES, O.P.; SOUZA, A . F . ; GIUDICE, R.M., 1 9 7 9 .

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