UNIVERSIDADE
DE
SAO
PAULO
INSTITUTO
DE
GEOCIÊNCIAS
A
ORIGEM
DOS
DOBRAMENTOS
EM
CROSTAS
FERRUGINOSAS
DE
PIRAPORA DO BOM JESUS-SP
E
DA
BACIA TERCIÁNIN
DE
SÃO
PAULO
Marcelo
Altafini
Orientador
Prof, Dr,
Joel Barbujiani SigoloDISSERTAçAO DE MESTRADO
Área de
Concentração: GeoquÍmicae
GeotectônicaLJNIVERSIDADE
DE SAO
PATJLO
t N
srtruro
DE
c EoctÉrucl¿s
A
ORIGEM DOS DOBRAMENTOS EM CROSTAS
FERRUGINOSAS DE PIRAPORA DO BOM JESUS-SP
E DA BACIA
TERCÉRN
DE
SÃO PAULO
MARCELO
ALTAFINI
Orientador: Prof.
Dr.
Joel Barbujiani
Sígolo
:
,'
'DISSERTAÇAO
DE
MESTRADO
'
.1 211a,,.
coMrssno
¡ul-cADoRA
Nome
Presidente:
Prof. Dr. Joel BarbujianisígotoExaminadores: Prof. Dr. Claudio Riccomini
,46sinaturd
ProF DÉ Sonia Maria Barros de Oliveira
Vt"ntt,I.'\*---SAO PAULO
UNIVERSIDADE
DE
SÃO PAULO
INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS
DEDALUS-Acervo-lGC
t llill lllilllill lllil
llilllilllil
llil lllillllÏl ltill lilllil30900004462
A
ORIGEM DOS DOBRAMENTOS EM CROSTAS
FERRUGINOSAS DE PIRAPORA DO BOM JESUS
-
SP E DA
BACIA TERC¡ÁRIA
DE
SÃO PAULO
Marcelo
Altafini
Orientador: Prof. Dr. Joel Barbujiani Sígolo
l-'21'lr'
DISSERTAçÃO DE MESTRADO
Área de Concentração: Geoquímica e Geotectônica
ERRATA
Página 4, linha 17 onde se lê (Suguio, 1980) leia-se Suguio, K. 1980 (1).
Página
8,
legendada figura
lll.2
onde
se
lê
Mapa
Geológico Regional(simplificado do Mapa Geológico do Estado de São Paulo), escala 1:500.000,
1984
-
IPT-PRÓ MINÉR|O leia-se Mapa Geológico Regional (simplificado doMapa
Geológicodo
Estadode
Säo
Paulo,
escala
1:500.000, IPT-PRÓMtNÉRlO, 1981 .
Página 17, linha 23 onde se lê Observam-se, neste afloramento, quatro grupos
distintos
de
fraturas
ou
eventuais
falhas
leia-se
Observam-se nesteafloramento quatro grupos distintos de fraturas e falhas, G1, G2, G3 e G4.
Página 18, linha 4 onde se lê O quarto conjunto leia-se O quarto grupo (G4)
Página
22,
linha6
onde se lê Para designar as amostras correspondentes àmatriz foi utilizada leia-se Para designar as amostras correspondentes a matriz
foi utilizado.
Pág24, linha27
onde se lê segundo- Bol. Cient.IG-USP Série Cient. Vol 26,pp 45-58, 1995) leia-se Janasi et al. (1996).
Pág
25,
linha 19 ondese lê
(crostas, couraça, matrize
rocha mäe) leia-se(crostas ferruginosas, matriz e sedimentos encaixantes).
Página
28,
legenda da figura V.2, linha4
ondese
lê reprecipitaçäo de ferro leia-se reprecipitação de hidróxidos de ferro.Página 64, linha 7 onde se lê analizados leia-se analisados.
Página 65 desconsiderar linhas 1 e 2.
Página 66, linha
3
onde se lê enriquecidas em ferro leia-se enriquecidas emhidróxidos de ferro.
Página
66,
linha4
ondese lê
aparecendo como manchas esbranquiçadas.leia-se aparecendo como manchas esbranquiçadas na figura V.65.
Página 94, linha 13 onde se lè Suguio, K. 1980 leia-se Suguio, K. 1980 (1 ).
íruorce
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
caritulo
r
t.
trufnOOUçÃOObjetivos
Proposta de lnvest¡gação
capirurotr
2. DEFORMAçÖeS Oe ORIGEM ATECTONICAcapfturo
rr
3. ÁREAS ESTUDADASLocalização
Geologia Regional
Geologia Local
DescriCão dos Afloramentos
Rodovia Pres. Dutra (Área
l)
Rua Girassol, Vila Madalena (Área 2)
Estrada dos Romeiros, P¡rapora do Bom Jesus (Área 3l
capíúulotV 4. METODOLOGIA EMPREGADA
Amostragem
Análise Estrutural
Análise Macroscópica
Análise em Microscópio Óptico
Pág
x
xi
x¡i¡
0t
02
02
03
06
06
07
't1
12
12
15
17
21
21
22
23
Anál¡ses Ouímicas
Totais
24 Análises Químicas Pontuais Qualitativas e semi-quantitativas em MEV/EDS 25Anál¡se de M¡nerais Pesados nos Diferentes
Fácies
26 Determ¡nação Mineral por Difração de Raios-X (DRX) das FraçöesArgilosas
26caÞitulov
5. RESULTADOS OBTIDOSRODOVIA PRES. DUTRA (ÁREA - 1)
Caracterização M¡neralóg¡ca dos Materiais
C aracte r¡zaç ão M ¡ cro scÓ Pi ca
27
27
27
27
28
ZE
3l
33
33
33
35
37
39
39
43
46
46
Comportamento Químico dos Elementos
Análises Químicas Totais
Anállses Quím¡cas Pontua¡s
RUA GIRASSOL, VILA MADALENA, SP (ÁREA - 2)
caracterização Mineralógica dos Materiais
C ar acteri zaç ão M ic ro scó P ica
Determinaçöes em DRX
Análise de M¡nerais Pesados
Comportamento Quím¡co dos Elementos
Análrses Químicas Totais
Análises Químicas Pontuais
ESTRADA DOS ROMEIROS, PIRAPORA DO BOM JESUS, SP (ÁREA - 3)
Anál¡se de Minerais Pesados
comportamento Químico dos Elementos
Anál¡ses Qulmicas Tota¡s
Anál,ses Qulmicas Pontuais
5.1 ANÁLISE ESTRUTURAL
Rua Girassol, Vila Madalena (Área - 2)
Estrada dos Romeiros, P¡rapora do Bom jesus (Área - 3)
capitulovl
6.DISCUSSÖEScapitulovrl 7. CONCLUSÕES
capitulovm 8. BIBLIOGRAFIA
53
58
58
64
70
70
71
FIGURAS
Figura
III.I:
Figura III.2:
Figura III.3:
Figura III.4:
Figura III.5:
Figura III.6:
Figura III.7:
Figura III.8:
Figura III.9:
Figura III.10:
Figura
III.ll:
Figura IIL 12:Figura III.13:
Figura
III.l4:
Figura III.15:
Figura
III.l6:
Figura
IILl7:
Figura
III.l8:
Figura V.l:
Pá9.
Mapa de Localização das Áreas
Estudadas.
06Mapa Geológico Regional (simplif¡cado .do Mapa Geológico do Estado de
São
0a Paulo), escala 1:500.000, 1984 IPT-PRÓ-MINÉR|O.Fotografiã do afloramento do Km 214,5 da Rodov¡a Presidente Dutra (Área
1).
l3 Fotografìa de estruturas circulares tipo Anéis de Liesegang, formadaspor
/t1percolação de h¡dróxido de ferro do afloramento do Km 214,5 de Dutra (Ärea 1).
Fotografia
-
Vista geral do afloramento do Km 214,5 da Dutra (,Área1).
13Fotografia de couraça fragmentada do afloramento do Km 214,5 da Dutra
(Área
13 1).Fotografìa exibindo crostas ferruginosas deformadas, semelhantes a estruturas ,14 sedimentares pr¡márias da Dutra (Área 1).
Folografia de detalhe das crostas deformadas. Afloramento do Km 211,5
da
j4
Dutra (Area 1).
Folografìa
das
crostas ferruginosas dobradasda
porção esquerdado
15 afloramento da Vila Madalena (Area 2).Croqui esquemático do afloramento da Vila Madalena (,Área 2), exibindo
a
16 localização dos pems de amostragem.Fotografìa das crostas ferruginosas dobrades da po¡çäo direita do afloramento 16
da Rua G¡rassol, Vila Madalena (Ãrea 2).
Folografìa
das
crostas ferruginosas dobradasda
porção esquerdado
16 afloramento dâ Vile Madalene (Area 2).Croqui esquemático do afloramento de Pirapora (Área 3), exib¡ndo a localizaçäo 19 dos perfis de amostragem e os grupos de fraturâs.
Fotografìa
-
Vista geral do afloramento de Pirapora (,Área3).
19Fotografìa da porção do afloramento de Pirapora (Área 3) onde ocorrem
as
20 "dobras" nas crostas ferruginosas.Fotografia (detalhe) exibindo nódulos maciços amareledos de.argila e "condutos"
preenchidos por material argiloso esbranquiçado (Pirapora - Area 3).
Fotografìa des crostas ferruginosas deformades intercaladas por sed¡menlo
argilo-arenoso (Pirapora - ,Area 3).
Fotografia de parte do afloramento de Pirapora (,Área 3), exrbindo três conjuntos de fraluras.
Fotomicrografìa (LN) da regiåo de contato entre o plasma marrom avermelhado
20
20
z0
Figura V.3:
Figura V.4:
Figura V.5:
Figura V.6:
Figura V.7:
Figura V.8:
Figura V.9:
Figura V.l0:
Figura V.11:
Figura V.12
Figura V.13:
Figura V.14:
Figura V.15:
Figura V.l6:
Figura V.17:
Figura V.l8:
Figura V.19:
Figura V.20:
Figura V.21:
Figura V.22:
Figura V.23:
Figura V.24:
Comportamento geoquímico do Si, Al e do Fe ao longo dos perfis estudados
-
29
(Dutra
-
Área 1).D¡agrame geoquímico d¡scriminativo Fe2O3 x Al2O3 x SiO, (%)
-
Distribuiçãodos
Zgcampos de agrupamento das amostras (Dutra
-
Área 1).Diagreme geoquímico discriminativo Fe2o3 x sio2 (%) (Dutra
-
Área1).
29Diagrama geoquímico discriminativo Fe2o3 + Al2O3x Sio2 (%) (Dutra
-
Área1).
29Espectro.de EDS com análise química qualitativa da região da crosta ferruginosa Jz (Dutra - Área -1).
Espectro de EDS com anál¡se quÍmica qualitativa da regiåo da matnz (Dutre
-
32
Area - 1).
Fotomicrograf¡a (LP) do plasma da região da matriz, grãos de quartzo
e
34fragmentos de mice 0/ila Madalene - Aree 2).
Fotomicrografa
(LP)
de grão de.quartzo cortado por fissura preechidapor
34
hidróxidos de ferro (Vila Madalena - Area 2).
Folomicrografia (LN)
-
Contato entre plasma da crosta ferruginosa e.plasmada
:l1r malriz. Fissuras preench¡das por meterial granuledo (Vila Madalena - Area 2).Fotomicrografia (LN)
-
Estruturas de preenchimento esferoidâis (Vila Madalena-
34Ãrea 2).
Fotom¡crografia (LN)
-
Estrutura de preenchimento esferoidal-
Materialargilo-
J4 fenuginoso (ferriargilan) (Vila Madalena - Area 2).Fotomicrografia (LN)
-
Cavidade preenchida por material argilo-ferruginoso,34
formando estrulura concêntrica (Vila Madalena Área 2).
Fotomicrografia (LN)
-
Estrutura de preenchimenlo com fragmentaçäode ir
feriargilans e redeposição de hidroxidos de ferro Cy'ila Madalena
-
Ãrea 2).Fotom¡crografia (LN)
-
Aspecto geral do plasma da crosta ferruginosa, exibindo âÊ fissura preenchida por hidróxido de ferro (Vila Madalena - Área Z¡.Resultados da análise por DRX da amostra da matriz (Vila Madalene - Area
2)-
36Resultados da análise por DRX da amostra da crosta (Vila Madalena - Área
2).
36Comportemento geoquímico. dos elementos Si, Al e do Fe ao longo dos
perfis
39estudados (Vila Madalena - Area 2).
Diagrama geoquímico d¡scnm¡nat¡vo Fe2O3 x SiO, (%), exib¡ndo a d¡stribuição dos campos de agrupamento das amostras (Vila Madalena - Ãrea 2).
D¡agrame geoquímico d¡scrim¡nativo Fe2O3 x Al2O3 (o/o), exibindo a dislribuiçåo aî
dos campos de agrupamento das amostras (Vila Madalena - Ãrea 2).
Diagrama geoquímico discriminativo SiO2 x Alcal¡nos, exibindo a distribuição
dos
À.1 cempos de agrupamento das amostras (Vila Madalena - Area 2).Diagrama geoquímico discriminativo S¡O2 x TiO2 (%), exibindo a distribuição
dos
^)
campos de agrupamento das amostras (Vila Madalena - Area 2).
Figura V.25:
Figura V.26:
Figura V.27:
Figura V.28:
Figura V.29:
Figura V.30:
Figura V.31:
Figura V.32:
Figura V.33:
Figura V.34:
Figura V.35:
Figura V.36:
Figura V.37:
Figura V.38:
Figura V.39:
Figura V.40:
Figura V.4l:
Figura V.42:
Figura V.43:
Figura V.44:
lmagem em MEV
-
Aspecto geral dâ crosta ferruginosa (Vila Madalena - Área2).
43Espectro de EDS do ponto 1 da figura V.24, com análise química qualitativa
(Vila
44 Madalena - Área 2).Espectro de FDS do ponto 2 da figura V.24, com análise quím¡ca qualitâtiva
(Vila
44 Madalena - Area 2).Espectro de FDS do ponto 3 da figuîa V.24, com análise química qualitativa
(Vila
44 Madalena - ,Área 2).Espectro deEDS
-do ponto 4 da fìgura V.25, com análise química qualitativa
(Vila
44Madalena - Area 2).
Espectro de FDS do ponto 5 da fìgura V.25, com análise química qualitativa
(V¡la
44 Madalena - Área 2).lmagem em MEV. de gråo metálico constituído principalmente de titânio e
feno.
45 (Vila Madalena - Area 2).Espectro de EDS do grão metálico da figura V.31, com análise química 45
qualitativa (Vila Madalena - Area 2).
Fotomicrografìa (LN)
de
grão de. quartzo envolto-em plasma goethítico, 4g
parcialmente corroído e microfissurado (Pirapora - Areâ 3).
Fotomicrografia (LN) de litorelíquia, microfissurada. no contato entre o plasma âA caulinítico da matriz e o plasma goethítico da crosta (Pirapora Area 3).
Fotomicrografia (LN) de l¡torelíquia (fragmento de rocha f¡lítica), cortada
por
48fìssura (Pirapora - Area 3).
Fotomicrografia (LN) de fragmento de couraça ferruginosa dentro do plasma
da
4g
porção do afloramento sem "dobras" (Pirapora - Área 3).
Fotomicrografia (LN) contato entre o plasma caolinítico da matriz e o plasma 4g goethítico da crosta ferruginosa (Pirapora - Área 3).
Fotomicrografìa (LN) de fissura, parcialmente preench¡da por hidróxidos de
ferro
4g (Pirapora-
Area 3).Fotomicrografia (LP) exibindo região de concentração de plasma caolinítico
e
49 litorelíquia circundada borda fenuginosa (Pirapora - Área 3).Fotom¡crografie (LN) Fissuras preenchidas por hidróxidos de ferro (Pirapora
-
49
Area 3).
Fotomicrografia (LP) de f ssura parcialmente preenchida por material caolinítico 49 (Pirapora - Área 3).
Fotomicrografìa (LN) exibindo região de contato entre o plasma caolinít¡co
da
49 metr¡z e o plasma goethítico da croste (Pirapora - Área 3).Fotom¡crografia (LN) de estrutura de peenchimento concêntrico ¡ndicativa
de
A6 segregação de hidróxidos de ferro e argila (feniarg¡lan) (Pirapora -,Area 3).Figura V.46:
Figura V.47:
Figura V.48:
Figura V.49:
Figura V.50:
Figura V.51:
Figura V.52:
Figura V.53:
Figura V.54:
Figura V.55:
Figura V.56:
Figura V.57:
Figura V.58:
Figura V.59:
Figura V.60:
Figura V.61:
Figura V.62:
Figura V.63:
Figura V.64:
Figura V.65:
Figrrra V.66:
Fotomicrografia (LN) exibindo região de concentração de plasma goethítico e
resto de couraça (Pirapora - Area 3).
Resultado da análise por DRX para a amoslra D1M1 (Pirapora
-
Area 3).Resultado de análise por DRX para a amostra D1C1 (Pirapora - Área 3).
Resultado da análise por DRX para a amostra D1M6 (Plrapora
-
Area 3).Resultado da análise por DRX pare a amostre D1c6 (Pirapora - Área 3).
Resu¡tâdo de análise por DRX pare amostra CP (porçäo sem dobras do
afloramento de Pirapora - Área 3).
Comportamento geoquímico dos elementos Si, Al
e
Fe ao longo dos perfis estudados-
(P¡rapora-
Area 3).Diegrama geoquímico discriminativo Fe2O3
x
AlzO:x
SiOz (%), exibindo a distribuição dos campos de agrupamento das amostras (P¡rapora-
Area 3), Diagrama geoquímico d¡scriminativo Fe2O3 x SiO2 (%), exibindo a distribuição dos campos de agrupamenlo das amostras (Pirapora-
Area 3).Diagrama geoquímico d¡scriminativo Al203 x SiO2 (%), ex¡bindo a distñbuiÇão dos
campos de agrupamento das amostras (Pirapora
-
Área 3).Diagrama geoquímico discriminat¡vo (AlzO3+Fe2O3)
x
SiOz (%), ex¡bindo a distribu¡ção dos campos de agrupamento das amostras (Pirapora-
Area 3).Diagrama geoquímico discriminativo S¡O2
x
(Alcalinos) (%), exibindo a distribuiçåo dos campos de agrupamento das amostras (Pirapora-
Área 3).D¡agrama geoquímico discriminativo SiOz x TiOz (7o), exibindo a distribuição dos
campos de agrupemento das amostrâs (Pirepore
-
Area 3).Diagrama geoquímico d¡scriminativo SiO, (%) x Ni (ppm), exib¡ndo a distribuição dos campos de agrupamento das amostras (P¡rapora - Area 3).
lmagem em MËV - Aspecto geral do plasma das crostas ferruginosas (Pirapora -Area 3).
Espectro de EDS do ponlo
I
da imagem V.60, com análise química qualitaliva (Pirapora- Área 3),Espectro de EDS do ponto 2 da ¡magem V.60, com análise química qual¡tativa
(Pirapora- Area 3).
Espectro de EDS do ponto 3 da imagem V.60, com análise química qualitativa
(Pirapora- Área 3).
Espectro de EDS do ponto 4 da imagem V.60, com análise química qualitativa
(Pirapora- Area 3).
lmagem em MEV - Aspecto geral da matriz (Afloramento de P¡rapora - Area 3).
Especlro de EDS com anál¡se química qual¡tetiva da regiäo da matriz (Figura
V.65) (Pirapora - Área 3),
Figura V.67:
Figura V.68:
Figura V.69:
Figura V.70:
Figura V.71:
Figura V.72:
Figura V.73:
Figura V.74:
Figura V.75:
Figura V.76:
Figura Vl.1:
Figura V1.2:
Figura Vl.3:
Figura Vl.4:
Figura Vl.5:
Figura V1.6:
Figura V1.7:
Figura Vl.8:
Figura V1.9:
Figura Vl.10:
lmagem em MEV exibindo concentraçãos de plasma argiloso deferruginizado (nódulos de fuga de hidróxido de ferro) (Pirapora - Area 3),
Espectro de EDS com análise química pontual qualitativa da região escura no
centro de ¡magem V.67 (Pirapora
-
Area 3).Espectro de EDS com análise química pontual qual¡tativa da reg¡ão mais clara da
imagem V.67 (Pirapora - Area 3).
Espectro de EDS com análise química qualitativa.do plasma esbranquiçado da
porção sem "dobras" do afloramento de Pirapore - Area 3.
Espectro de EDS com análise química qualital¡va do plasma escuro da porção
sem "dobras" (Pirapo[a - Area 3).
lmagem em MEV
-
Aspecto geral do plasma da porção sem "dobras" doafloramento de Pirapora - Área 3).
Espectro de EDS com análise química qualitativa do material que preenche a fìssura no ponto
I
da imagem V.72 (Pirapora - Área 3).Espectro de EDS com análise quím¡ca qualilativa do material que preenche a fìssura no ponto 2 da imagem V.72 (Pirapora - Área 3).
Espectro de EDS com análise química qualitativa do material que preenche a
f¡ssura no ponto 3 da imagem V.72 (Pirapora - Area 3).
Espectro de EDS com análise quÍmica qualitativa do matenal que preenche a
f¡ssura no ponto 4 da imagem V.72 (Pirapora - Area 3).
Estereogramas Sch¡mdt Lambert construidos com os dados levantados no
afloramento da Vila Madalena (Area-2).
Estereograma para dados de fraturas do afloramento (Pirapora - Área 3).
Estereograma schimdllambert para a clivegem tardia pós S3 no domínio E. (Extraído de Bergmann, 1988) (Pirapora - Area 3).
Estereograma Schimdt Lambert para clivagens de fratura, confecc¡onados a partir de dados extraidos de Bistr¡chi (1982) (Pirapora - Area 3).
D¡agrama de SchimdþLambert (pólos de clivagem de crenulação), dados de
Bistrichl (19S2) (Pirapora - Area 3).
Estereograma de Schimdt-Lambert para os pólos dos flancos de dobras do
afloramento (Pirapora - Area 3).
Curvas de contorno, guirlanda e eixo construído para Figura V.1.6. (Pirapora -Área 3).
Estereograma
de
Schimdt-Lambert paraos
pólos dos flancos de dobras anticlinais do afloramento (Pirapora - Área 3).Curvas de contorno, guirlanda e eixo construído para Figura V.1. 8. (Pirapora
-Area 3).
Estereograma
de
Schimdt-Lambert paraos
pólos dos flancos de dobras s¡nclinais (Pirapora - Area 3).Figura V1.13:
Figura Vl.14:
Figura Vl.15:
Figura VI.l:
TABELAS
Tabela V.l:
Tabela V.2: Tabela V.3: Tabela V.4: Tabela V.5: Tabela V.6: Tabela V.7: Tabela V.8:
Tabela V.9:
Tabela V.10:
Tabela V.l
l:
Tabela V.12:
Tabela V.13:
Tabela V.1.1:
Tabela V.1.2:
Curvas de conlorno, guirlanda e eixo construído para Figura V.1.12. (P¡rapora -Area 3).
Eslereograma Schimdt-Lambert para os pólos dos flancos de dobras anticlinais,
contidal na área delimitada por FA e D1 (Figura lll.3) (Pirapora - Área 3).
Curvas de contorno, guirlanda e eixo conslÍuído para Figura V.1.14. (Pirapora
-Area 3).
Esqueme evolutivo das crostas deformedas de Pirapore do Bom Jesus, baseado
na proposta de origem geoquímica para estas estrutures
Resultados das análises quím¡cas totais por ICP-AES pare âs amostras coletadas nos perfis da Dutra (Area 1).
Resultados da análise mineralógica semi quentitativa dos minera¡s pesados
para a amostra das crostas (Vila Madalena
-
Área-
2).Resultados da análise mineralógica semi quantitativa dos minerais pesados
para a amostra da matriz (Vila Madalena
-
Area-
2).Resultados das análises químicas totais para as amostras coletadas nos
perfis do Afloramento da V¡la Madalena (,Área-2).
Resultados da análise mineralógica semi-quant¡taliva dos minerais pesados
para a amostra DlMl , Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise mineralóg¡ca semi-quant¡tat¡va dos m¡nera¡s pesados
para a amostra DlCl , Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise mineralógica semi-quantitat¡va dos minera¡s pesados
para a amoslra DlM3, Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise mineralógica sem¡-quantitat¡va dos minerais pesados
para a amostra DlC3, Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise m¡neralógica semi-quantitativa dos minerais pesados
para a amostra DlM6, Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise m¡neralógica semi-quantitativa dos minerais pesados
para a amostra DlC6, Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise minerelógicâ semi-quantitativa dos minerais pesados
para a amostra DlC7, Pirapora (Area
-
3).Resultados da análise mineralógica semi-quântitativa dos minerais pesados
para a amostra da porção sem "dobras", Pirapora (Area
-
3).Resultados das análises químicas_ toteis para as amostras coletadas nos
perfìs do Afloremento de Pirapora (Area
-
3).Medidas Estruturais das Dobras Levantadas em Campo. (Vila Madalena
-Area 2).
Medidas das dobras do afloramento de Pirapora (Área
-
3).AGRADECIMENTOS
Gostaria de expressar meus agradecimentos:
Ao Prof. Dr. Joet B. Sígolo, pela orientação e amizade;
À
Cnpf
S, pelo financiamento da bolsa de estudo do mestrando;À
fnpfsp,
pelo financiamento do proieto através do Processorf
sztoolala;
Agradeço às pessoas que, me deram apoio durante todo o período de pesquisa:
Ao Samuet, pelo apoio nas efapas de campo e na preparação das amostras;
À
bolsisfade
lniciação Científica Daniela Goulios, pelo apoio nos trabalhos decampo e nas anállses estruturais;
À Verônica, do Laboratorio
de
Anéttises Mineralógicas,do
IG-USP, pelo apoio napreparação das amosfras indeformadas;
À
Sandra, do Laboratóriode
Químicae
Plasma ICP-AES do GMGdo
IG-USP'pel as an álise q uí micas;
Ao Ftávio,
do
DRX, pelas anállses, pela orientação na preparação das amostrase na interpretação dos resultados;
Ao
lsaac, do Laboratório de Microscopia Eletrônica de Varredurado
GSA dolG-I,JSP, pelas análrses em MEV/EDS e pela orientação durante esta etapa;
Ao José Carlos B. de Assunção, peias análrses de Minerais Pesados ,
Ao colega Mauro Geraldes, peta aiuda na elaboração e revisão do abstract;
À
Patrícia,pela
revisãodo
texto
e
pelo
apoioe
paciênciadurante todo
oRESUMO
São descritos e caracterizados neste trabalho dobramentos em crostes ferruginosas, tomando-se para estudo três áreas d¡stintas. Duas inseridas no conle)Íto geológico de Bacia Terciária de São Paulo. Uma local¡zada na Rodovia Presidente Dutra, próximo ao município de Santa lsabel, SP e
outra no bairro Vila Madalena, na cidade de São Paulo, SP. A terce¡ra, encontra-se na região de Pirapora do Bom Jesus, SP, no contefo geológico do Grupo São Roque.
Este estudo objetivou verifìcar a gênese dos dobramentos nas crostas ferruginosas, baseando-se nas hipóteses de origem tectônica e/ou geoquímica. Foram empregadas análise micromorfológica de seções delgadas confeccionadas a partir de 50 amostras ¡ndeformadas, análises químicas totais em 46 amostras, e pontuais em MEV/EDS em 10 seçöes delgadas, Difratometria de Raio X
(DRX) em 7 amostras da fração argilosa e separação de minerais pesados em 10 amostras nas
frações 16, 35 100 e 200 mesh. As amoslras foram coletadas a partir de 11 perfis locados nos
afloramentos das diferentes áreas de estudo.
Associadas
as
análises acima mencionadas, efetuou-se levantamento estruturale
análisecomparativa entre feições estruturais regionais e as dobras nas crostas ferruginosas encontradas.
Através da aplicaçäo de diagramas de SchimdlLambert, foram analisados os parâmetros geométricos, morfológicos e as or¡entaçöes preferenciais das dobras e fraturas.
As crostas ferruginosas dos afloramentos da Dutra, da Vila Madalena e de Pirapora do Bom Jesus,
epresentam organização texturel, compos¡çäo química
e
mineral semelhantes, embore seencontrem encaixadas em litologias diferentes e inseridas em contextos geológicos distintos. São
constituídas basicamente por óxidos e hidróxidos de ferro (domínio da goethita) e quartzo. Foi
possível reconhecer nestes materiais a origem e o desenvolvimento de produtos secundários como nodulações e feições de preenchimento de poros e fissuras, pr¡ncipalmente por hidróxidos de ferro
e secundariamente por hidróxidos de alumínio e argilas.
Os sedimentos encaixantes dos afloramentos da Dutra e da Vila Madalena são constituídos por material alterado, argiloso e areno-argiloso respectivamente. As análises mineralógicas em DRX e
separação de minerais pesados, indicaram que o sedimento do afloramento da Vila Madalena, é
constituído predominantemente por quartzo e caolinita. Biotita, ilmenita, lurmal¡na, zircão e rutilo
ocorrem secundariamente nestes materiais.
No afloramento de Pirâpora a litologia é careclerizada por conjugação de ergilas avermelhadas e amaleladas fornecendo aspecto de argila ver¡egada para o sedimento encaixante. As análises mineralógicas em DRX indicaram que o sedimento é constrtuído predominantemente por argilas
fenuginosas, argilas do grupo da caolin¡ta, subordinadamente quertzo e secundar¡amente biotita
Grupo São Roque. Na separaçäo de minerais pesados identifìcou-se turmalina, zircão, rulilo e goethita na forma de agregados.
As crostas ferrug¡nosas dobradas são de or¡gem genuinamente geoquímica, comprovada pelos diferentes diagramas geoquímicos d¡scriminat¡vos que exibem frends de evoluçäo geoquímica partindo do sed¡mento encaixante até es cÍostas ferruginosas. Estes formadas
a
pertir de processos de remob¡lização e concentraçäo de óxidos e hidrÓxidos de ferro, promov¡dos pelo deslocamento descendente do fluxo d'água e oscilações do nível hidrostático (NH), relacionadas a variações climáticas sazonais e movimentações ascendentes do relevo (no caso do afloramento de Pirapora).A constituição mineral, a organizaçäo textural e a composiçäo química total e pontual das crostas fenuginosas das três áreas estudadas, ¡ndicam que estas se or¡ginarem a partir da cimentação de
óxidos e hidróxidos de ferro remobil¡zados do próprio sedimento encaixante. A diferença entre esses mater¡ais reflete-se apenas no empobrecimento em Fe2O3 e enriquecimento em SiOz, AlzO¡
e elementos âlcalinos no sedimento, contrariamente ao observado nas crostas ferruginosas
A
ofigem das crostas ferruginosas pseudo-dobradas, não está diretâmente relacionada aprocessos tectônicos. Não foi possível estabelecer correlaçåo entre os dados estruturais extraídos
dos afloramenlos estudados com padrões de dobras de origem tectônica, nem com padrões de deformação reg¡onais das litologias circundantes.
No afloramento
de
Pirapora,a
instalaçãode
fraturas por provável reativaçäo teclôn¡ca (Quaternária) de sistemas de falhas regionais, teÍia condic¡onado o fluxo d'água, permitindo queóx¡dos e hidróxidos de ferro se precipitassem no interior das mesmas. Estruturas tipo "pena" se
ABSTRACT
Folds in iron crusts are described and character¡zed in this work, for three different sludy areas.
Two ¡nserted ¡n the Tertiary São Paulo Basin, the first located ¡n the H¡ghway President Dutra,
near the municipal d¡strlct of santa lsabel-sP; the second in vila Madalena, são Paulo- sP;
and the third located in Pirapora do Bom Jesus-SP, in the geologic setting of the são Roque
Group.
The objective of this study was to verify the folded iron crust genesis, checking the hypotheses of origin þy tecton¡c or geochemistry process. The follow¡ng analysis wefe done: 50 samples of
tin sections; 46 whole rock chemical analysis; 10 tin sect¡ons were used for punctual analysis in
Scanning Electronic Microscopy (SEM-EDS); 7 samples in X-Ray Difratometry (XRD) of clay fractions; and heavy minerals separat¡on in 10 samples in the fractions 16, 35 100 and 200
mesh. The samples were collected from 11 profiles located in the outcrops of the different studied areas.
ln parallel to the analysis above mentioned, it was made comparative structural analysis between regional structural and the folded iron crusts patterns. Through the application of schimdt-Lambert diagrams, the geometric, morphologic parameters and the preferential orientalions of the folds end fractures were defined.
The ¡ron cfusts outcrops of Dutra, vila'Madalene and Pirapora do Bom Jesus, present texlural
organization, similar chemical and mineral composition, although they ere located in d¡fferent
rocks and in different geologic setting. They are constituted basically by iron oxides and
hydroxides (goethite) and quartz. lt was possible to recognize the origin and the secondary development of these materials as nodules and pore and fissures filling features, mainly by iron
hydroxides and secondar¡ly by aluminum hydroxides and clays.
The sedimentary host-rocks in Dutra and vila Madalena outcfops are comprised by altered material, clay end sand + clay, respectively. The mineralogical analyses in XRD and separation of heavy minerals, ¡ndicated the sedimentary rocks of Vila Madalena outcrop is constituled predominantly by quartz and caolinita. Biotite, ilmenite, turmaline, zircon and rutile occur
secondar¡ly.
The litology ¡n Pirapora outcrop is character¡zed by red and yellow clays hosted by sedimentary rocks. The mineralogical analyses in XRD ind¡cated the sedimentary host-rocks are constituted
mainly by iron clays, caolinite group clays, and secondarily quartz, biotite, gibbsite and
ilmenite. They also occur constituted by l¡thorelics fragments rocks from São Roque Group ln
the heavy m¡nerals separation were idenl¡fied turmaline, z¡rcon, rutile and goethite.
The iron crusts have geochemical origin, checked by the geochemistry diagrams which show
trends of geochemicel evolution linking sedimentary host-rocks and iron crusts. These iron
hydroxides, origined by the descending meteoric water and groundwater level oscillation, related to seasonal cl¡matic variations and relief ascending movements (in Pirapora case).
The m¡neral constitution, the textural organization and the total and punctual chemical iron
crusts composition in the three studied afeas, indicated they ofiginated from the iron oxides and
hydrox¡des precipitat¡on from sedimentary host-rocks. The difference between both material is only result of depletion in Fe2o3 and enhance in sio2, Al2o3 and alkaline elements in the sedimentary rocks, contrarily to the observed in the iron crusts
The origin of iron crusts pseudo-folded is not directly related to tectonic processes. lt was not possible to establish correlation between the studied areas structural data with tectonic fold or regional deformation patterns.
Frectures in Pirapora outcrop are due regional lineaments tectonic reactivation (Quaternary), which were conditioned by water flow, allowing iron ox¡des and hydrox¡des precipitation insìde
Capítulo I Iotrodução
1-
TNTRODUçÃO
Três áreas distintas com dobramentos em crostas fenuginosas
são
descr¡tas nestetrabalho. Parte destas encontram-se enca¡xadas em sedimentos da Bacia Terciária de
São Paulo. Uma, localizada
na
Rodovia Presidente Dutra próximoao
Município deSanta
lsabel,e
outra
no
bairroVila
Madalena,na
cidadede
São
Paulo; ambasencaixadas em sedimentos argilo-arenosos da Formação São Paulo.
O terceiro local que exibe tais estruturas encontra-se na região
de
Piraporado
BomJesus - SP, encaixadas em rochas do Grupo São Roque.
A
ocorrência destas "dobras" em crostas ferruginosas, durante mu¡tos anos tem sidoexplicada sob diferentes hipóteses quanto a sua origem. Por um lado, há propostas de
interpretação sugerindo origem tectônica (proveniente
de
deformações modernasQuaternárias/Terciárias).
Por
outro,há
quemas
interprete como sendode
origemgenuinamente geoquímica, através de processos de remobilização e concentração de
hidróxidos de feno diante das oscilações do lençol freático.
O estudo dessas estruturas e sua análise científica, na tentativa de confirmar uma ou
outra hipótese acima levantada, tornou-se ob¡eto desta dissertação.
A gênese destas estruturas representa um fenômeno geológico que pode ser explicado
a
luz de uma investigação fundamentada na geologia estruturale
na geoquímica desuperfície.
O
esclarecimento dessas feições pode ser obtido através de estudo comparativo docomportamento químico
e
geoquímicodos
materiaisdas
crostas
e
das
rochasassociadas.
Por outro lado, a confirmação de uma origem tectônica para estas estruturas, pode ser
definida com
a
aplicação de análise estrutural dos parâmetros morfológicos (direçãopreferencial
de
flancos, charneiras, planos axiais, etc.)e
comparação com feiçõesCâpftulo I Inaodução
Objetivos
O objetivo deste trabalho é verificar a origem de dobramentos em crostas ferruginosas'
com
base
em
hipóteses tectônica
e/ou
geoquímica.Para tanto,
foi
utilizadolevantamento estrutural convencional
e
análise geoquímicados
diferentes materiaisassociados,
cuja base
compreende análises químicastotais
e
análises químicaspontua¡s qualitativas e semi - quantitativas.
Proposta de investigação
Para
a
realização
dos
obietivos
propostos
foram
empfegadas
análisesmicromorfológica, químicas (totais
e
pontuais)e
mineralógicas (Difraçãode
Raios-X(DRX) e separação de minerais pesados), associadas a análise estrutural comparativa
entre
as
feições
regionaise a
morfologiadas
dobras encontradasnas
crostasfenuginosas (flancos, charneiras, etc').
Havendo origem estrutural/tectônica
para
estas dobras, certamenteseráo
obtidospadrões estruturais nos estereogramas
de
análise estrutural destas, que configuremprocessos de deformação mecânica. Caso possuam origem geoquímica (proveniente
da
mobilidadede
hidróxidosde
ferrono
intetiorda
litologia),os
estereogramas deanálise estrutural, muito provavelmente não exibirão padrões claros de comportamento
estrutural.
caso
a
origemseja
diferenteda
acima
apontada,o
empregode
diagramas dediscriminação geoquímica poderá demonstrar, através
de
"trends"de
evoluçâo demaler¡ais parentais
e
das
crostas fenuginosas, uma origem evolut¡va provinda deprocessos intempéricos
e
da
transferênciados
compostos secundários durante aalteração da própria rocha portadora das estruturas'
Feições texturais e mineralógicas como porosidade, composição mineral, assembléias
Câpltulo II Deforffr¿ções de Origem Ate4tôÍicâ
2. DEFORMAçOES
DE
ORTGEMATECTÔNICA
Baseado
na
propostade
interpretaçãode
origem atectônica paraas
deformaçõesencontradas nas crostas ferruginosas estudadas, torna-se pertinente que alguns dos
principais processos geológicos formadores dessas estruturas sejam aqui abordados.
As deformações em rochas formam-se graças a esforços ocasionados por diferentes
fenômenos geológicos, deformando
a
rocha originale
proporcionandoassim
umamorfologia secundária nestas e, em alguns casos, até modificações de ordem química
(transformações
minerais)
no
material original. Quando
relacionadas
essasdeformações
a
fenômenos geológicos,há
que
se
creditara
origem
das
forçasmodificadoras
dos
mater¡aisàs
diversas
possibilidadesde
ocorrência,ou
seja,desenvolvimento
e
ativaçâo de falhas, diferentes movimentos tectônicos ocasionadospela movimentação dos continentes, onde esforços orientados ocasionam mudanças
no comportamento original das estruturas das rochas.
Os processos de origem atectônica não eslão relacionados
à
deformações tectônicasque envolvem propagação de forças internas da terra
e
afetam nfveis profundos dacrosta,
e
sim por processos superficiais como intemperismo, erosãoe
deposição desed¡mentos. Estas deformações apresentam-se como dobras e falhas, e são em geral
de
menores dimensões podendoou
não
exibir
conelaçãocom
a
orientação doarcabouço tectônico regional.
As deformações atectônicas podem ser originadas, por diferentes processos, sendo os
principais, descritos a seguir de forma resumida:
Compactação Diferencial
Quando
a
compactaçãopor
gravidadeatua sobre
sedimentos homogêneos deconsiderável e)ûensão
lateral,
depositadossobre uma
superfície
plana,
quasehorizontal, os únicos efeitos que poderão ser notados serão a redução em espessura e
Cåpftulo II DeforÍ¡ações de Origem Atectônics
No entanto, se os sedimentos se acumularem em uma superfície que apresente relevo
acentuado ou se houver mudança lateral no caráter dos sedimentos, poderá ocorrer
sua compactação diferencial.
Por exemplo, quando elevações
ou
colinas constituídasde
uma rocha mais antiga(paleocolina), mais res¡stente
à
erosãoé
recoberta por sedimentos mais jovens, osestratos sedimentares, pelo efeito do mergulho original e compactação, amoldam-se à
elevação, formando um anticlinal amplo, de origem atectônica. Após
o
recobrimentototal da paleocolina, a sedimentação adicional aumentará a intensidade do dobramento
e
do
fechamentoacima
da
paleocolinae
falhas
normais podem também
sedesenvolver.
Escorregamentos e Desl¡zamentos Subaquosos
As
deformações originadaspor
escorregamentosão
resultantesde
deslocamentohorizontal
de
sedimentos inconsolidados, principalmentepor
ação
da
gravidade egeralmente exibem evidências de extensos movimentos laterais. Elas são associadas a
falhamentos penecontemporâneos
e
exibem planosde
deslizamentocom
pequenoângulo de mergulho. Feições desse tipo são comuns em sedimentos glacio-lacustres e
flúvio - glaciais (Suguio, 1980).
As
estruturasde
escorregamento associam-se,em
geral,
à
rápida deposição desed¡mentos lamosos em declives mais
ou
menos acentuados.O
esconegamento deuma
massa
sed¡mentarpode
resultar
no
rompimentoe
transportede
camadassedimentares, produzindo
mistura caótica
de
sedimentos.Em
outros
casos,
oescorregamento
pode
produzir camadas
contorcidas
sem
ou
com
pequenodeslocamento (Potter
e
Pettijohn, 1963).O
movimento lateral podeser
¡niciado porterremotos, tempestades
e
muitas vezes pelo próprio pesodos
sedimentos. Essascondições
são
frequêntemente satisfe¡tasem
frentes
deltaicas
em
bacias
deCapftulo If Defcmações de Origem AtÞctônic¿
Falhas
e
dobras
originadaspor
escorregamentose
deslizamentospodem
serdiferenciadas das ligadas a fenômenos tectônicos, pois os movimentos de deformação
penecontemporânea afetam apenas um determinado horizonte do pacote sedimentar.
Desse modo, os horizontes deformados por estes processos situam-se entre camadas
não perturbadas.
Deformações
originadas
em Materiais Altamente plásticos e/oupor
Mudanças deVolume
As
deformaçõesem
materiais ainda plásticos envolvem mov¡mentos verticaise
sãooriginadas geralmente em depósitos sedimentares constituídos por areias finas e siltes
laminados com le¡tos argilosos (ritmitos). Estes sedimentos podem exibir estruturas de
deformação penecontemporânea denominadas laminação convoluta.
A correlação dos eixos de dobras com as cristas de marcas onduladas e a presença de
superfícies
de
escavação intra-estratais sugeremque
o
movimentofoi
virtualmentesincrônico à deposição. A laminação convoluta deve ser originada por desidratação de
sedimentos ajudada por esforços de cisalhamento desenvolvidos pela própria corrente
de turbidez (Davies, 1965 ; Anketell et at.,1970).
Estruturas Formadas por Alteração lntempér¡ca das Rochas
Examinando-se
as
rochasem
profundidade atravésde
galeriasde
minas, pode-seobservar que estas não apresentam deformações como na superfície, evidenciando a
alteração supérgena como elemento gerador de algumas feições como juntas, fraturas e esfoliação esferoidal.
As juntas
e
fraturas podemse
desenvolver durante processosde
cristalização ouhldratação, nos quais a forma e o tamanho de alguns minerais são significativamente
modificados, podendo romper até blocos de rocha, devido à expansão destes minerais.
Na esfoliação esferoidal, matacões desenvolvem "cascas" superficiais como resultado
da
expansão superficial devidoao
crescimentode
minerais hidratados /durante oCapítulo III Á¡eas Estudadas
3.
ÁREAS ESTUDADAS
Localização das Áreas Estudadas
Foram estudados
nesta
dissertaçãotrês
afloramentosonde
ocorrem
estruturasdobradas formadas por crostas ferruginosas. Na Rodovia Presidente Dutra (sentido Rio
-
São Paulo), próximoao
municípiode
Santa lsabel-
SP
(Área-1),
ocorrem doislocais com dobramentos em crostas ferruginosas, um
no
Km 211,5e
outrono
Km214,5. O segundo afloramento localiza-se na Rua Girassol, bairro de Vila Madalena, na
cidade de São Paulo
-SP
(Área-
2) (Figura III.1).O terceiro afloramento localiza-se no Km 53 da Estrada dos Romeiros (SP-312) entre
os municípios de Santana
do
Parnaíbae
Piraporado
Bom Jesus-SP
(Área-
3), acerca de
50
Kmda
capital.O
acessoa
este afloramentoé
realizado pela RodoviaPresidente Castelo Branco
até
o
municípiode
Barueri-
SP
e
pela
Estrada dosRomeiros (Figura III. 1 ).
MAPA DE LOCALIZAçÃO DAS ÁREAS ESTUDADAS
\ r€dehrd,os'órrco lÃìlu,*o.**o
%T
-
rodo\,los Escolo I r6CO.Om
Cåpftulo IU Á¡e¿s Estudadás
Geologia Regional
Bacia de São Paulo
os
afloramentos da Rodovia Presidente Dutra emsanta
lsabel-
sp
(Área-1)
e
daRua Girassol na Vila Madalena
-
sp
(Área-
2) encontram-se inseridos em sedimentosda Formação São Paulo, Bacia Terciária de São paulo (Figura m.2).
os
sedimentosda
Bacia Terciária
de
são
paulo
distribuem-sepor
uma
áreaaproximadamente ovalada com cerca de 1.ooo Km2. Esta exibe a norte, borda retilínea,
marcada
pelo
sistemade
falhas
Taxaquara-.Jaguari.A
sul,
apresenta contatosirregulares com
o
embasamento pré-cambriano.seus
eixos maior (60Km)e
menor(25Km), dispõem-se respectivamente entre as localidades de Arujá e lnterlagos, santo
André
e
santana,sP.
são
a¡nda observadas ramificaçõesa
sul,de
lnterlagos paraBororé
e cipó,
e a leste,de
ltaquaquecetuba para Mogi das cruzese
palmeiras,sp
(Iakaiya,1997).
A Bacia de
são
Paulo insere-se no contexto do sistema de ,gÉs continentais da serrado
Mar, definido por Almeida (1976). Ricomini (19g9) modificou este termo para RiftContinental do Sudeste do Brasil para designar a feição tectônica desenvolvida como
estre¡ta
faixa
alongada
e
deprimida
de
direção
ENE,
com
extensão
deaproximadamente 800 Km, englobando
as
baciasde
curitiba,
são
paulo, Taubaté,Resende, Volta Redonda, ltaboraí e Barra de são João, e os grabensde sete Barras e
da Guanabara.
Riccomini (1989), elaborou quadro relacionando os eventos tectônicos
e
estabeleceucoluna estratigráfica revisada, onde no paleógeno (Eoceno
-
oligoceno) teria ocorridoa formação da depressão original, um hemi-graben contínuo na porção compreendida
pelas atuais
baciasde
são
Paulo, Taubaté, Resendee
Volta
Redonda,fruto
deesforços trativos
de
direçãoNNW-ssE.
No
Neógeno, possivelmente Mioceno, seiniciaria
o
tectonismo deformador, associadoa
um binário transcorrente sinistral dedireção
E-w,
responsávelpela
geraçãodo
alto
estruturalde
Arujá
separando asdrenagens dos rios Tietê
e
Paraíba dosul,
do alto estrutural de eueluz,e
de bacias(-'a¡rítulo Ill Ár'ca.s I istudadas
¡.4APA GEOLÓGICO SIMPTIFICADO DAS ÁREAS DE ËSIUDO lFlí¡rido (ar lV(T\,r (ì(t('rJ(ìÒ,b ldorrr ) (þ 9Jó P, Jul() lPl l,XJ I I
l---l Qtr"rooio (depódt6 otuviqas)
FT]l f."ttio (se.rrqics do Bæio de Soo FdrJo)
I srn"" er*ílicos fpó]tætðn¡cæ) I sril* er*fticos (sh o trord-iæìôrrico) ffi erwo sæ Roque (fitltos quortizìtos)
ffi c*ot"ro Erìbu (melasædimsils e gndss)
I r,o"n*u"tt"oLo.
N
+
Figura
escala
lll.2
- Mapa Geológico Regional.(simplificado do Mapa Geológico do Estado de São Paulo),
C¡pftulo lII l'¡e¡s Esodad¡s
Grupo São Roque
o
afloramento de Pirapora (Área-
B) está inserido nos domÍnios do Gruposão
Roque(Figura m.2).
segundo
Bistrichi (1982),as
litologiasna
regiãode
piraporado
Bom Jesus,
seconstituem de rochas pré-cambrianas, além de depósitos cenozóicos restritos.
o
pré-cambriano é representado por metamorfitos do Grupo
são
Roque e rochas granitóidesassociadas, relacionadas ao desenvolvimento do
ciclo
Brasiliano.o
Gruposão
Roqueexibe como rochas principais, quartzitos, diferentes tipos de xistos, filitos, calcários e
anfibolitos. Estas rochas afloram continuamente
na
formade
umafaixa
com poucomais de 180 Km de comprimento e 50 Km de largura, terminando em cunha no sentido
nordeste da região, até as proximidades de Monteiro Lobato - Sp.
Bergmann (1988), apresenta série de dados e estudos relativos a sequência
vulcano-sedimentar
do
Gruposão
Roque nas proximidadesda
áreade
estudo. Através dolevantamento de perfis estruturais e o emprego de estruturas geopetálicas (indicadoras
de topo e base), a autora propõe três unidades litoestratigráflcas formais compondo o
Grupo
são
Roque: Formação pirapora, basale
composta predominantemente porrochas metavulcânicas
/
sub-vulcânicas,e
rochas piroclásticas subordinadas, com ummembro carbonático: Formação Estrada
dos
Romeiros, acimana
estratigrafia, emcontato transicional com membro arenoso
na
basee
membro pelíticono topo
emcontato brusco
a
transicional coma
Formação Boturuna sobreposta, apresentandomembros ora vulcânicos, ora arenosos.
Em seu
trabalho,
Bergmann (1g8g),tece
consideraçõesà
paleogeografiae
aoambiente de deposição da sequência
são
Roque, associando-a à calhas rasas, do tipor,¡? intracontinental, com atividade vulcânica nos primeiros estágios de sua evolução.
Em
relação
a
geologia.estrutural, Bistrichi (1992),
identificou
três
fases
dedobramentos, sendo as duas primeiras bem caracterizadas, enquanto
a
terceira estárelacionada a dobramentos localizados. A fase principal de dobramento foi a segunda,
e
é
responsável pela estruturação regional, inclusive pelo estabelecimento daCspfrulo lII Á,re¿s Estudadas
Movimentações teriam afetado
tanto
os
metamorfitos comoas
rochas granitóidesgerando rochas cataclásticas
de
diversos tipos, desenvolvendo'se logo apósa
faseprincipal de dobramentos até o final dos últimos eventos do Ciclo Brasiliano (Bistrichi,
1982).
Bergmann (1988), também ressalta
em
seu trabalhoa
grande estrutura sinclinorial(Sinclinório de Pirapora), compreendendo rochas metamórf¡cas do fácies xisto verde e
identif
ica cinco fases
de
dobramentos,três sin
a
tardi-metamórficas
e
duas
pós-metamórficas.
Uma
articulaçãode
dobras
anticlinais recumbentesda
segundafase
controla ageometria
dos
contatosentre
as
unidades litoestratigráficas.
A
terceirafase
dedobramentos é tardia ao metamorfismo, com dobramentos apresentando traços axiais
e
eixos
orientadosquase
semprede
E
para
W
com
mergulhospara NE
e
W,desenvolvendo clivagem
axial
espaçada. DuaSfases
pós-metamórficas
a
fase
doSinclinório
de
P¡rapora, com eixosa
N60-70E,e
outra lase tardia em tornode
NS-NNW, não apresentando hierarquias (Bergmann, 1988).
Neste estudo
será
adotadaa
propostade
Bistrichi (1982),para
a
definição daslitologias.
Para
as
análises
estruturais comparativasforam
utilizadosos
dadoslevantados nos trabalhos de Bistrichi (1982) e de Bergmann (1988), como direções das
falhas, fraturas e lineações, além dos parâmetros morfométricos das dobras.
Quanto as idades, o grupo São Roque exibe contato com o grupo Serra do ltaberaba,
através de falhas transcorrentes e/ou falhas de baixo ângulo (Juliani et a/.' 1986).
Alguns autores consideram
o
grupo Serrade
ltaberaba como Proterozóico Médio alnferior,
e
o
Grupo São Roque comode
idade Brasiliana (Julianie
Beljavsks' 1995).Outros, consideram estes dois grupos como um único, com a sedimentação
iniciando-se a pouco mais
de
1,8 Ga, acompanhada de diferentes deformações, incluindo doisprováveis
eventos
metamórfico granitogênico ocorridosno
Proterozóico Superiorcâpftulo III í,reÄ EstudådÂs
Geologia Local
Afloramentos da Dutra (Área
-
1) e da Vila Madalena6rea
- 2)As crostas fenuginosas dobradas da Rodovia Presidente Dutra (Área
-
1), e no bairrode Vila Madalena (Área
-
2) em São Paulo, encontram-se encaixadas em rochas daFormação São Paulo, Bacia de São Paulo.
A
Formaçâo São Paulo exibe sedimentos fluviais, incluindo, arg¡litos, siltitos, arenitosargilosos finos
e,
subordinadamente, arenitos grossos, cascalhos, conglomerados eleitos
restritosde
argilas
orgânicas (lPT/Pró-Minério,1981).
Estes depósitos sãoconstltuídos por sedimentos pelíticos de planície de inundação, de coloração arroxeada
a amarelada, associados lateralmente a espessos pacotes de areias médias a grossa
com matriz argilosa, depositados em condições de maior energia, atribuídas a um sub'
amb¡ente de barra de pontal (Takiya, 1997).
Os
sedimentosda
FormaçãoSão
Paulo
encontram-se comumente associados acrostas
ferruginosas (Suguioe
Barbour,1969),
sustentandoaltas
colinas,
comoverificado no espigão central situado na regiäo da Av. Paulista e no bairro do Sumaré
na cidade de São Paulo (Takiya, 1991).
Washþurne (1930), descreveu equivocamente, as crostas limoníticas existentes
a
22Km
de
São
Paulo,na
Rodovia Presidente Dutra, como dobrasem
anticlinais pelaconfiguração sugestiva dessas crostas em forma de pseudodobras.
Segundo Sígolo e Ohnuma (1996), os horizontes ferruginosos encontrados na Bacia de
São Paulo, teriam sido gerados a partir da alternância de fases climáticas mais áridas
para mais úmidas, acompanhadas de soerguimento que conduziu
o
lençol freático aníveis mais profundos
em
relaçãoaos
sedimentosda
bacia, Este rebaixamento dolençol promoveu a dissolução de minerais contendo ferro, associados principalmente a
sedimentos argilo-ferruginosos.
Com
a
deferruginizaçãodestes níveis,
o
ferrosolubilizado deslocou-se
e
precipitou-se em zonas específicas, ondea
armadilha defixação
era
dada
por
uma
camada superiorde
sedimentos permeávele
porosa(horizontes areno-argilosos),
em
contato
com uma
camada inferior
impermeávelCapílulo III l,reäs Dstudad¡s
Afloramento de Pirapora (Área -
3)
+
As
crostas ferruginosas dobradasda
regiãode
Piraporado
BomJesus
(Área -3)enconiram-se encaixadas em rochas do Grupo São Roque. No local estudado, a rocha
é
caracterizada
por
sedimento argiloso, alterado,
com
nódulos
argilososesbranquiçados
e
fragmentosde
quartzoe
de
rocha filítica, conferindo aspecto debrecha sedimentar a rocha.
Na região, predominam metassedimentos rítmicos, quase sempre total ou parcialmente
alterados, assumindo
tons
róseo, amareladose
vermelhos.Há
uma alternància deleitos quartzosos, com espessuras variando de milímetros à centímetros.
Estruturas primárias são freqüentes no Grupo São Roque, definindo-se pelos menos
três diferentes direções de foliaçöes. Estas, em alguns pontos, atingem crenulaçöes
como as observadas no Km 44 da Estrada dos Romeiros, sentido Santana de Paraíba
à Pirapora (Bistrichi, 1982).
Descrição dos Afloramentos
Aftoramentos
da
Rodovia Presidente Dutra-
Santa lsabet - SP ( Area-
1)A
litologiado
afloramentodo
Km 214,5é
compreendidapor
sedimento argiloso, decoloração variada, constituído
por
porções esbranquiçadas caoliníticase
porçõesavermelhadas, conferindo aspecto
de
argila mosqueadaa
este sedimento. Ocorreminclusos fragmentos sub-arredondados e seixos de quartzo leitoso. Em alguns pontos,
formam-se "Anéis de Liesegang" e concreçöes avermelhadas. (Figuras trI.3 e III.4).
Do outro lado da rodovia, ocorre um único horizonte ferruginoso contínuo, avermelhado
e ligeiramente endurecido, constituído por material mais arenoso e couraça ferruginosa
totalmente fragmentada, encaixados
no
sedimento argiloso descrito acima. (FigurasCapltulo III Áreas Estudadâs
Figura III.3 - Fotografia exib¡ndo o afloramento do Km
214,5 da Rodovia Presidenle Dutra (sentido Rio
-
SãoPaulo).
Figura m.4
-
Fotografia exibindo em detalhe, estruturascirculares tipo Anéis
de
Liesegang, formadas porpercolação de hidróxido de ferro. - Afloramento do Km
214.5 da Dutra lsentido Rio
-
São Paulol.Figura III.5
-
Fotografia - Vista geral do afloramento do Km 214,5 daDutra (sentido São Paulo
-
Rio).Figura
III.6
Fotografia decouraça fragmentada
-
Porçãodireita do afloramento do Km 214,5
da Dutra (sentido São Paulo
-
Rio). i.' !i¡,
¡,i
Capftulo III Á¡eas Estudadas
O afloramento do Km 211,5 é dividido em duas porções. Uma porção basal (próxima ao
acostamento da rodovía) com 50m de extensão,
e
5m de altura, apresenta sequênciade espessas crostas ferruginosas (10 a 20 cm) horizontalizadas, encaixadas em matriz
areno-argilosa.
A outra porção, localizada no topo do corte da estrada, possui aproximadamente 20m
de
extensãoe
5mde
altura.É
constituída por finas crostas ferruginosas dobradas,encaixadas em matriz argilosa (Figura III.7).
Na
porção
localizadano
topo
do
afloramentoocorrem estruturas
deformadasconstituídas
por
crostaspouco
espessas(1
a 5
cm),
semelhantesa
estruturassedimentares primárias, tipo estratificação cruzada. São observadas também, crostas
verticalizadas truncando crostas horizontalizadas (Figu ra III.8).
A
litologia localé
caracterizadapor
sedimento alterado, argilo-arenoso (matriz) decoloraçäo amarelada, às vezes avermelhada, e grãos de quartzo milimétricos (0,1 a
0,5 cm). As crostas são constituídas por material ferruginoso (óxidos
e
hidróxidos deferro) que fornecem a este material cor marrom.
Flgura m.7
-
Fotografia exibindo crostas ferruginosas deformadas, semelhantesa
estruturas sedimentares primárias (Afloramento do Km 211,5 da Dúra-
sentidoRio
-
São Paulo).Flgura III.8 - Fotografia de
detalhe
das
crostas deformadas. Afloramento do Km 211,5 da Dutra-
sentidoCâpftulo III Áreås Erùdadrs
Afloramento da Rua Girassot
-
Vita Madalena-
São Paulo-
SP (Área - 2)O
afloramento estudado possui 40m de e)densãoe
5m de allura. Neste local ocorresequência rítmica de crostas ferruginosas dobradas com 2m de espessura, encaixada
em matriz areno-argilosa homogênea.
A
litologia localé
caracterizada por sedimento alterado, areno-argiloso (matriz) decoloração ocre-amarelada com grãos de quartzo de 0,2 a 1,5 cm. Feldspatos alterados
esbranquiçados ocoffem como parte
da
matr¡z. Ocorrem também ¡ntercalações deníveis quar-tzosos pouco espessos (0,5 cm).
As
crostas
são
constituídaspor
material fenuginosoe
quartzo,às
vezes
comgranulometria
grossa
(>
2
mm).
Aparecem deformadasna
porção
direita
doafloramento, constituídas por crostas mais finas (0,3 a 0,5 cm), tormando pacotes com
aproximadamente
20
cmde
espessura. Na porção esquerdado
afloramento, estascrostas
são
mais espessas(5
a
15cm)e
aparecemde
forma mais individualizada(Figuras III.9, III.10, m.11 e III.12).
As crostas säo constituídas por óxidos e hidróxidos de ferro que fornece as mesmas
cor marrom escura.
o
pacote possui aproximadamente 2m de espessura e é capeadopor uma camada de solo homogênea.
F¡gura trI.g
-
Fotografia das crostas ferruginosas dobradas do afloramenlo da Rua G¡rassol, VilaMadalena (Detalhe
-
Porção esquerda doCapltulo III l¡e¿s Estudadas
Flgura m.lO - Croqui esquemático do afloramento da Vila Madalena (Area 2), exibindo a localizaçäo
dos perfis de amostragem (VM).
Figura m.11
-
Fotografia das crostas ferruginosas dobradas da porção direita do afloramento da RuaGirassol, Vila Madalena.
Figura m.12- Fotografia das cros{as ferruginosas dobradas da porçäo esquerda do afloramenlo da Rua
Cåpítulo III I'reås Estudadas
Afloramento
da
Estrcda dos Bomeiros Km 53 - Pirapora do Bom Jesus, SP(Área' Q
O afloramento estudado possui aproximadamente 140m de e)densão e 20m de altura.
É d¡v¡Oido em uma porção dobrada com 12om de extensão e outra porção sem dobras com 20m (Figuras III.13 e III.14).
A litologia local é caracterizada por sedimento alterado, argiloso (matriz), de coloração
avermelhada, com matizes argilosos brancos, fragmentos de quartzo leitoso, angulosos
com
3 a 5
cme
clastos placóidesde
rocha filíticado
GrupoSão
Roque. Nódulosmaciços
amareladosde
argila
e
"condutos" preenchidospor
material
argilosoesbranquiçado,
ocorrem
como parte
da
matriz.
Esta
conjugação
de
argilasavermelhadas
e
amarelo-claras fornecem aspectode
argila variegada paraa
matriz(Figuras Itr.15 e Itr.16).
Neste local ocorrem estruturas deformadas, sendo uma das porções
do
afloramentoconstituída por uma única couraça ferruginosa indeformada, contínua, com 20 cm de
espessura localizada no topo do perfil.
Na outra
porção, ocorrem estruturas dobradas, organizadasnuma
sequência dehor¡zontes ferruginosos, constituídos
por
óxidose
hidróxidosde ferro
(domínio degoethita), fornecendo a esses horizontes cor marrom-avermelhada. A estes horizontes,
intercala-se sed¡mento areno-argiloso, de cor amarelo-clara (matr¡z) (Figura trI.17).
A
espessura das crostas dobradas variade
1a
10
centímetros. Estas crostas sãovisíveis
a
part¡r
da
base
do
perfil.
As
crostas dobradas
estendem-se atéaproximadamente 15m de altura e são capeadas por camada de solo homogênea, com
5m de espessura (Figura III.14).
Observam-se, neste afloramento, quatro grupos distintos
de
fraturasou
eventuaisfalhas.
O
primeiro grupo (G1) formado por fraturas individualizadas, sem preenchimentoê
osegundo (G2) formado por fraturas preenchidas por hidróxidos de ferro, com até 1O cm
de espessura, onde as dobras encontram-se "encaixadas". Ambos parecem ser mais
antigos (F2, F3, F4, F5, FB e F9 - Figura ltr.13).
Capftulo lll ,Áre.as Esudadas
O terceiro grupo (G3) é formado por con¡unto de fraturas pouco espessas (2 a 5 cm),
preenchidas por hidróxidos de ferro. Estas fraturas ora condic¡onam o fechamento das
"dobras", ora cortam as mesmas (CF - Figura m.13).
O
quarto con juntoé
constitu ídopor
falhasque
seccioname
deslocamas
crostasdeformadas (F7, F10