w w w . r b o . o r g . b r
Artigo
Original
Uso
de
risedronato
na
consolidac¸ão
e
formac¸ão
do
calo
na
fratura
de
Colles
em
mulheres
na
pós-menopausa
–
Estudo
Solid
Lindomar
Guimarães
Oliveira
a,∗,
Sérgio
Ragi
Eis
b,†,
Henrique
Mota
Neto
c,
Frederico
Barra
de
Moraes
d,
Luiz
Antônio
Silveira
Simões
Pires
ee
José
Wanderley
Vasconcelos
f aClínicadeOrtopediaeFraturas,Goiânia,GO,BrasilbClínicadeDiagnósticoePesquisadaOsteoporosedoEspíritoSanto,Vitória,ES,Brasil
cUniversidadeEstadualdoCeará,Fortaleza,CE,Brasil
dFaculdadedeMedicina,UniversidadeFederaldeGoiás,Goiânia,GO,Brasil
eServic¸odeOrtopediaeTraumatologia,HospitalSãoLucas,PontifíciaUniversidadeCatólica,PortoAlegre,RS,Brasil
fCentrodePesquisaSOSTrauma,SãoLuiz,MA,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem3dejunhode2014 Aceitoem25dejunhode2014
On-lineem20desetembrode2014
Palavras-chave:
Consolidac¸ãodafratura FraturadeColles Difosfonatos
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Esteestudomulticêntrico,randomizado,aberto,grupoparalelo avalioua eficá-ciadeActonel® 35mgmaiscálcio/vitaminaDversuscálcio/vitaminaDisoladamentena preservac¸ãodadensidademineralóssea(DMO)emmulherespós-menopausadascom fra-turadeColles.
Métodos:PacientescomfraturadeCollesemsetediasforamaleatoriamentedesignadas parareceberActonel®35mgsemanalmentemaiscálcio/vitaminaD(GrupoAO[GAO])ou cálcio/vitaminaD(grupoO[GO])isoladamente.Aspacientesforamavaliadas após90 e 180diasdetratamento.
Resultados:Completaramasavaliac¸ões59pacientesnoGAOe56noOG.Nofimdoestudo,a DMOdorádionolocaldafraturamostrouvariac¸ãonegativanoGO(32,8%)quefoi discreta-mentemenornoGAO(20,8%),assimcomoumaperdamenornaDMOnoGAOcomparado comoOG.Houvediferenc¸anaproporc¸ãodepacientecomperdadaDMOnofimdoestudo nosdoisgruposdetratamentoemfavordoGAO,apesardenãoestatisticamente signifi-cante.Nãohouvediferenc¸asignificativanaidentificac¸ãoradiológicadaformac¸ãodocalo entreos gruposdetratamento.Na maioriadaspacientesaidentificac¸ão radiológicado caloocorreudepoisde90dias.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mail:Lindomar@terra.com.br(L.G.Oliveira).
† Inmemoriam.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.06.012
Conclusão: Mulheres pós-menopausadas comfraturade Collesquereceberam risedro-natosódico,alémdocálcio/vitaminaD,comparadocomcálcio/vitaminaDnãomostraram diferenc¸asignificativanaperdadaDMOnafraturadoantebrac¸o,comtendênciadeefeito protetordorisedronatonaperdadaDMOdevidoàimobilizac¸ão.Otempoatéaconsolidac¸ão dafraturanãofoiafetado.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.
Use
of
risedronate
for
consolidation
and
callus
formation
in
Colles
fractures
in
postmenopausal
women:
SOLID
study
Keywords:
Fractureconsolidation Collesfracture Bisphosphonates
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective: Thisopen,randomizedandblindedparallel-groupmulticenterstudyevaluated theefficacyofActonel®(35mg)pluscalcium/vitaminDversuscalcium/vitaminDalonefor preservingbonemineraldensity(BMD)inpostmenopausalwomenwithCollesfractures.
Methods: PatientswithaCollesfractureforsevendayswererandomizedtoreceiveeither Actonel®(35mg)onceaweekpluscalcium/vitaminD(ACDgroup)orcalcium/vitaminD alone(CDgroup).Thepatientswereevaluatedafter90and180daysoftreatment.
Results: Completedalltheevaluations59ACDpatientsand56CDpatients.Attheendof thestudy,theBMDoftheradiusatthefracturelocationshowedanegativechangeinthe CDgroup(32.8%).ThelossofBMDintheACDgroup(20.8%)wasslightlylessthanintheCD group.TherewasadifferenceintheproportionsofpatientswithBMDlossesattheendof thestudyperiodinthetwotreatmentgroups,infavoroftheACDgroup,althoughthiswas notstatisticallysignificant.Therewasnosignificantdifferenceinradiologicalidentification ofcallusformationbetweenthetreatmentgroups.Inthemajorityofthepatients,thecallus couldberadiologicallyidentifiedafter90days.
Conclusion: PostmenopausalwomenwithCollesfractureswhoreceivedrisedronatesodium pluscalcium/vitaminDdidnotshowanysignificantdifferenceinBMDlossinforearm fractures,incomparisonwiththosewhoreceivedcalcium/vitaminDalone.Risedronate presentedatendencytowardsaprotectiveeffectregardingBMDlossduetoimmobilization. Thetimetakenforfractureconsolidationtobeachievedwasunaffected.
©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Opotencialparaaceleraroumelhoraraformac¸ãodocaloe prevenira progressãodas fraturas para pseudoartrosetem sidovinculadoaprocedimentosmecânicosdeestabilizac¸ão dosfragmentosósseos,porémessarealidademudoufrenteà comprovac¸ãodaeficáciadosmétodosfísicosoumedicac¸ões.1 Osbisfosfonatos(BFS)foramestudadosquantoàpossível influênciapositivaounegativanaformac¸ãodocaloósseoe originaramquestõesdotipocomoosBFSspodeminterferir naconsolidac¸ãoóssea,qualsuainfluêncianahistologia, mor-fologiaebiomecânicadocalo,qualomelhormomentopara iniciaramedicac¸ãoapósafraturaeseosBFStêmalgumefeito naconsolidac¸ãoempacientesquefizeramusoprévio,antes dafratura,esetodosostiposdeBFSagemdamesmaforma naformac¸ãodocaloósseo.2–4
Em doses terapêuticas para osteoporose, os diferentes BFS nãomostram efeitos negativos naconsolidac¸ão óssea,
com melhoria dosaspectosbiomecânicos doosso.5–9 Estu-dosexperimentaiscomrisedronatomostraramconsolidac¸ão, semalterarotempo,porémcaloósseodemelhorqualidade histológica.10,11
Os objetivos do estudo Solid foram: 1 – primário: ava-liar a eficácia na preservac¸ão da densidade mineral óssea (DMO)proporcionadaporActonel® 35mgnoantebrac¸o
pro-ximal(denominadoregiãodeinteresse[RI33%])após90dias detratamento,combasenadiferenc¸aentreostratamentos (risedronatosódicomaiscálcioevitaminaDoucálcioe vita-minaDisoladamente);2–secundário:avaliaraeficáciana preservac¸ãoda DMOproporcionada porActonel® 35mgno
antebrac¸o proximal([RI33%]) após180 diasdetratamento; avaliarasdiferenc¸asnaDMOultradistal entreosgruposde tratamento,naregiãodaformac¸ãodocaloapós90e180dias detratamento;avaliaraidentificac¸ãoradiológicadocalo, defi-nidapelaidentificac¸ãodeponteósseaemtrêsdasquatroáreas corticaisidentificáveisnasincidênciasAPelateralaoraios-X
Material
e
métodos
Desenhodoestudo
EsteestudodeFaseIV,multicêntrico,randomizado,aberto,de grupoparalelo,comparativofoifeitoemseiscentrosdeestudo noBrasil[Goiânia(um),Fortaleza(um),Niterói(um),SãoLuís doMaranhão(um)eSãoPaulo(dois)].Oestudofoiaprovado peloscomitêsdeéticaapropriadoseaspacientesforneceram consentimentoinformadolivreeesclarecidoporescrito,antes de quaisquer procedimentosrelacionados ao estudo.Além disso,oestudofoifeitodeacordocomaboapráticaclínica eosprincípioséticosoriginadosnadeclarac¸ãodeHelsinque.
Cadapacientefoiavaliadadurante180diasemsete visi-tasdeavaliac¸ão:VO(basal):feitasetediasapósafraturade Colles;VR,Visitaderandomizac¸ão(dia0),queocorreusete diasapartir dobasal;easvisitassubsequentesocorreram 15(V1),30(V2),45(V3),90(V4)e180(V5)diasapartirdadata darandomizac¸ão.Entreasvisitaserapermitidoumintervalo detrêsdias.
Pacientes
Mulheres pós-menopausadas havia pelo menos dois anos eramelegíveisparaparticiparcasoapresentassemuma fra-tura de Colles confirmada no prazo de sete dias antes da entradano estudo.Aspacientesforamestratificadas numa razão1:1poridade(<65e≥65anos)eumescoreT≤–2,0 des-viospadrãodacolunalombar(L1-L4e/ouL2-L4)e/oucolodo fêmure/oufêmurtotale/ourádio33%.
Osprincipaiscritériosdeinclusãoeexclusãoforam:
Critérios deinclusão: pós-menopausahaviapelo menos doisanos;fraturadeCollesconfirmadacomocorrênciasete diasantesdaentradanoestudo;escoreT≤–2,0desviospadrão nacolunalombar(L1-L4e/ouL2-L4)e/oucolodofêmure/ou fêmurtotale/ourádio33%.
Critérios de exclusão: fratura prévia no mesmo punho ou antebrac¸o; fratura que, na opinião do cirurgião orto-pedista/responsável, deveria ser tratada unicamente por cirurgia; fraturadistaldorádio oufratura deossos contra-laterais antesde, ouconcomitante, quepudesse impedir a comparac¸ãodasavaliac¸õesdaDMOaolongodoestudo;uso demedicac¸õesconcomitantesquepudessemafetaro meta-bolismodocálcio;tratamento préviocom BFSpormaisde 12 meses nos últimos 36 meses; uso de BFS por qualquer períododetemponosúltimostrêsmeses;usocumulativode BFSpormaisde36mesesemqualquerocasião;artrite reuma-toideouqualqueroutradoenc¸acomenvolvimentodopunho; hiperouhipotireoidismoconhecidoinstáveltratadoounão; hipocalcemia,doenc¸ahepática,doenc¸arenaloudoenc¸as reu-máticas.
Tratamentosdoestudo
Navisitaderandomizac¸ãoaspacienteselegíveisforam desig-nadasparareceberumdosdoistratamentosdoestudo:Grupo Actonel®+Oscal® (GAO):risedronatosódico35mg(umavez
porsemana)maiscálcio1.000mgevitaminaD 400UIseis dias por semana (exceto no dia destinado à tomada de
risedronato);ouGrupoOscal®(GO):cálcio1.000mgevitamina
D400UI(diariamente),setediasporsemana.
Avaliac¸õesdeeficácia
Aeficáciabaseou-senasalterac¸õesdoEscoreTnaregião pro-ximaldoantebrac¸o(33%daregiãodorádio),dobasalatéaV4 (90dias)eV5(180dias)apósotratamentoefoiexpressaem porcentagemparaosdoisbrac¸os(fraturadoenãofraturado).
Adiferenc¸afoicalculadadaseguinteforma:EscoreTnaV4 menosEscoreTnobasal,divididopeloEscoreTnobasal.
Omesmocálculofoiusadonavariac¸ãodoEscoreTentre V5(180dias)ebasal,variac¸ãomédianoEscoreTdoantebrac¸o proximal(33%daregiãodorádio)nobasal,V4eV5nosdois brac¸os(fraturadoenãofraturado)eidentificac¸ãoradiológica daformac¸ãodocaloporraios-X.
Densitometriamineralóssea(DMO):ADMOfoimedidapor absortometriadeduplaenergiaaosraios-X(DXA),com den-sitômetrosGE/Lunar(DPXIQ,DPXNT,MD+Prodigy)ouHologic (QDR2000,QDR200+,QDR4500,DelphiouDiscovery)nacoluna lombar efêmur proximal(colo dofêmur equadril total)e regiãodistaldoantebrac¸o(fraturadoenãofraturado)nobasal edepoisde90e180dias.AsmedidasdaDMOforam repeti-dascomDXAparaaregiãodistaldoantebrac¸o(fraturadoe contralateral).
Raios-X:Imagensradiológicasdopunhoebrac¸ofraturado econtralateralforamobtidasemduasincidências (póstero--anterior oulateral), no basal,15, 30,45 e180dias após a fratura.Os principais parâmetrosaosraios-X para controle daconsolidac¸ãodafraturaforamaformac¸ãoeavisualizac¸ão depontesósseasnaslinhasdefraturaexistentesnocórtex identificadoemcadaincidência.Consolidac¸ãodafraturafoi definidacomoapresenc¸adepontesósseasemtrêsdequatro imagenscorticaisavaliadasnessasincidências.
Procedimentosdecontroledequalidadeforam estabeleci-dosmediantetreinamentoecertificac¸ãodaequipeenvolvida nousodosaparelhosdedensitometriaeraios-X,com aná-lisecentraldostestesfeitapelocentrocoordenador(Centro de Pesquisa e Diagnóstico em Osteoporose – Cedoes). Os examinadoreseramcegosparaotratamentodoestudo atri-buído.
Avaliac¸õesdeseguranc¸a
Aseguranc¸afoiavaliadadeacordocomotipoeagravidade doseventosadversosrelatadospelapacienteouobservados deoutromodopeloinvestigador.
Definic¸ãodapopulac¸ãodoestudo
Tabela1–Demografiaecaracterísticasclínicasnobasal
Demografia GAO
n=71
GO n=70
Valordep (GAOvsGOa)
Idade,anos
Média±DP 67,1±10,9 64,9±10,4 0,224a
Limites 44-90 44-92
Estratodeidade,n(%)
<65anos 33(46,5) 34(48,6)
≥65anos 38(53,5) 36(51,4)
Etnia
Branca 50(70,4) 57(81,4) 0,389b
Negra 6(8,5) 4(5,7)
Mista 15(21,1) 9(12,9)
Peso(Kg)
Média±DP 58,5±11,5 61,3±12,0 0,1502a
Limites 36-88 34-89
Altura(cm)
Média±DP 150±6 152±6 0,0482a
Limites 137-165 140-174
Tempodesdeamenopausa(anos)
Média±DP 19,8±12,1 18,3±9,8 0,4392a
Limites 3-55 2-43
TempodesdeafraturadeCollesatéobasal,dias
Média±DP 3,5±1,7 3,4±1,8 0,580a
a Testetparavariáveisindependentes.
b Testedoqui-quadrado.
Planoestatístico
Todos os testes aplicados foram feitos com o SAS v 9.1 e foi adotado um nível de significância estatística de5%.
O cálculose baseou na comparac¸ãodos grupos quanto à média, expressa emporcentagem, da alterac¸ão da DMO após90diasdetratamento.Adotou-seumpoderde80%,um níveldesignificânciade5%eumataxadedescontinuac¸ãode 10%.Assumiu-seumdesvio-padrãode0,08eumadiferenc¸a deinteressede4%entreosgrupos(porcentagemmédiade alterac¸ãoda DMOapós 90 dias detratamento). Portanto,o númerototalestimadoparaserrecrutadoerade140pacientes (70porgrupo).
A variac¸ão percentual (%) na DMO após 90 dias (V4) e 180diasdetratamentofoicalculadadaseguinteforma:
Variac¸ão%naV4=[(TscoreV4−TscoreV0)/|TscoreV0|]*100 Variac¸ão%naV5=[(TscoreV5−TscoreV0)/|TscoreV0|]*100
Asvariáveisdemográficasdenaturezacontínuaforam des-critasseparadamenteparaosdoisgruposdetratamentopela média,desviopadrãoeintervaloeacomparac¸ãodosgrupos detratamentofoiindicadapelovalordotestetdeStudent. As variáveis demográficas discretas foram resumidas nas tabelasdefrequênciaeacomparac¸ãoentreosgruposde tra-tamentofoibaseadanovalordepdotestequi-quadradoou dotestedeFisher,adependerdafrequênciadoseventos.
Tabela2–Variac¸õesnoEscoreTnoantebrac¸oproximal(33%)noladofraturado,expressoemporcentagem,populac¸ão ITTmodificada
V4 V5 Valordepa
GAO
N◦depacientes n=59 n=59
Média±DP −25,7±40,7 −20,8±39,5
Min./Mediana/Max. −200/−15,2/27,8 −200/−9,1/15,4 0,727
GO
N◦depacientes n=57 n=56
Média±DP −31,9±62,5 −32,8±68,0
Min./Mediana/Max. −400/–21,4/75 −366,7/−18,9/90 0,769
Valordepb(Grupos) 0,352 0,069
a TesteWilcoxonsigned-rank.
FoiaplicadootesteUdeMann-Whitney(observac¸ões inde-pendentes)paraacomparac¸ãoentreosgruposdetratamento quantoaalterac¸õesdeEscoreT(%)desde avisitaV0até a visitaV4edavisitaV0atéavisitaV5.
Foi aplicado o teste de postos sinalizados de Wilcoxon (Wilcoxonsignedranktest[observac¸õesdependentes])para compararasvisitas(V4eV5)quantoàsalterac¸õesdeEscore T(%),emcada grupodetratamento.Paracompararos gru-posdetratamentoentreasvisitasquantoàmédiadoEscore T,aplicou-seummodelodeanálisedavariância(Anova),com osfatoresdegrupodetratamento(Actonel+OscaleOscal), visitas(V0,V4eV5)earespectivainterac¸ãoentreeles.Para compararosgruposdetratamentoquantoàidentificac¸ão radi-ológicadocalo,aplicou-seotestequi-quadradoouotesteF deFisher,deacordocomafrequênciadoseventos.
Resultados
Pacientes
Adisposic¸ãodaspacienteséapresentadanafigura1.Nofim doestudo59pacientesnoGAOe56noOGcompletaramtodas asavaliac¸õesconformeplanejado.Umtotalde137pacientes (70noGAOe67noGO)recebeupelomenosumadosedo medi-camentodoestudoefoiavaliadaparaeficáciaeseguranc¸a.Os grupossemostraramhomogêneosnobasalquantoà demo-grafiaeàscaracterísticasclínicas(tabela1).
Não houvediferenc¸aestatisticamente significativaentre os grupos em relac¸ão ao lado da fratura: 36/71 (50,7%) e 38/70(54,3%)pacientestiveramfraturadeCollesnoantebrac¸o esquerdono GAO eOG(p=0,670),respectivamente. Para a maioriadaspacientes,aclassificac¸ãouniversaldafraturade Colles foiI ouII/IIa:15/71(21,1%)e46/71 (64,8%), respecti-vamente,noGAOe16/70(22,9%)e43/70(61,4%)pacientes, respectivamente,noGO(p=0,917).
AmedidadaDMO (avaliadapeloEscoreT)nãomostrou diferenc¸aestatisticamentesignificativaentreosgruposde tra-tamento,nobasal,nodiagnósticodoantebrac¸ocomfratura, noantebrac¸osemfratura,nacolunalombar,nocolodofêmur enofêmurtotal.Amaioriadaspacientesnosdoisgruposde tratamentousoupelomenos80%donúmerototalde compri-midosplanejadosporvisita.
Achadosnoladodoantebrac¸ofraturado
Noladodoantebrac¸ofraturadofoiobservadaumareduc¸ãona DMO(avaliadapelo%doEscoreT)desdeV0atéV4(90dias)e V5(180dias)nosdoisgruposdetratamento,comvariac¸ãode 20,8%a32,8%(tabela2).
Houveumatendência demaiorreduc¸ão naDMO (avali-adapeloEscoreT)naspacientesdoGO.NaV4essareduc¸ão foideaproximadamente15%noGAOede21%noGO.NaV5 essaperdadeDMOfoideaproximadamente9%noGAOede 19%noGO,sematingirsignificânciaestatísticaentreosgrupos emambasasvisitas,p=0,352e0,069paraV4eV5, respecti-vamente(tabela2).Damesmaforma,nãoforamdetectadas diferenc¸as estatisticamente significantes nas variac¸ões do EscoreTquandoforamcomparadasV4eV5nosdoisgrupos (p=0,727e0,769paraGAOeGO,respectivamente).
Tabela3–Variac¸õesnoEscoreTnoantebrac¸oproximal (33%)noladofraturado,expressoemporcentagem, populac¸ão,populac¸ãoPP
Grupos V4 Valordep
(grupos)a
GAO
N◦depacientes n=45
Média±DP −24,6±41,9 Min./Mediana/Max. −200/−15,2/27,8
GO
N◦depacientes n=46
Média±DP −27,4±30,8
Min./Mediana/Max. −166,7/−23,0/20% 0,110
a TestedeMann-WhitneyU.
Amesmatendênciadereduc¸õesmaioresnaDMOfoi obser-vadanapopulac¸ãoperprotocolo(PP)paraoGOcomparado com oGAO enãohouvediferenc¸aestatisticamente signifi-canteentreosgrupos(p=0,110)(tabela3).
ApartirdaV0atéaV4(Dia90),amaiorpartedas pacien-tesnosdoisgruposdetratamentoteveumaperdadaDMO, 46/63(73,0%)noGAOe46/60(76,7%)noGO.Amédia±DPda perdanaDMOfoide-0,5(0,4)noGAOe-0,7(0,4)noGO. Com-parandoV0aV5(dia180),foipossívelobservarumaperdada DMOem39/59(66,1%)pacientesnoGAOeem43/56(76,8%) pacientesnoGO.Amédia±DPdadiferenc¸anaDMOentreV5 eV0foide-0,5(0,4)paraGAOe-0,7(0,4)paraGO.
Achadosnoladonãofraturado
Noantebrac¸onãofraturado,aDMOavaliadapelavariac¸ãono EscoreT(%)desdeV0atéasvisitasV4eV5varioude4,2%(um aumentodesdeaV0atéaV4[dia90])atémenos6,0%(uma reduc¸ãodesdeaV0atéaV5[dia180])(tabela4).
NaV4,houveumaumentomaiornaDMO(avaliadapelo EscoreT)noGO(4,2%)doquenoGAO(1,9%)enaV5houve umareduc¸ãonaDMO(avaliadapeloEscoreT)nosdois gru-pos.FoimaiornoGO(-5,7%)doquenoAOG(–2,2%).Nenhuma diferenc¸aestatisticamentesignificativafoiobservadaentreos gruposdetratamentonasduasvisitaseentreasvisitaspara osdoisgruposdetratamento(tabela4).
Ainda,aproximadamente30%e42%daspacientesnosdois gruposdetratamentomostraramperdadaDMOdesdeobasal atéaV4(dia90)eatéaV5(dia180),respectivamente.
Emrelac¸ãoàproporc¸ãodepacientescomperdadaDMOna V4,houveumadiferenc¸aestatisticamentesignificativaentreo ladofraturadoenãofraturadonosdoisgruposdetratamento (GAO e GO p<0,0001 para ambos). Esse padrão diferente observadoentreosladosdoantebrac¸ofoirelacionado prova-velmenteàimobilizac¸ãodoladofraturado(tabela5).
Incluídos N = 180
Randomizados N = 141
Descontinuados: n = 39 Razão para as descontinuações: Não atendeu os critérios de inclusão/exclusão: 35 Viagem: 2
Retirado :1
Perda de seguimento:1
Grupo GAO N = 71
Grupo GO N = 70
Visita 4 (90 dias) N = 63
Visita 4 (90 dias) N = 60
Visita 5 (completaram o estudo)
N = 59
Visita 5 (completaram o
estudo) N = 56
Descontinuados = 10
Razão para as descontinuações: Perda de seguimento: 3 Evento adverso: 2 Nova redução de fratura: 1 Morte: 1
Retirada do consentimento: 1 Decisão médica: 1
Falta de adesão*: 1 Descontinuados: n = 8
Razão para as descontinuações: Perda de seguimento: 6 Retirada do consentimento:1 Falta de adesão*:1
Descontinuados: n = 4 Razão para as descontinuações: Perda de seguimento: 2 Evento adverso: 1 Falta de adesão*: 1
Descontinuados: n = 4 Razão para as descontinuações: Perda de seguimento: 3 Violação do protocolo: 1
* Uso de menos de 80% do medicamento do estudo
Figura1–Disposic¸ãodaspacientes.
Tabela4–Variac¸õesnoEscoreTnoantebrac¸oproximal(33%)noladonãofraturado,expressoemporcentagem, populac¸ãoITTmodificada
V4 V5 Valordepa
(Visitas)
GAO
N◦depacientes n=59 n=59
Média±DP 1,9±17,4 −2,2±28,2
Min./Mediana/Max. −36,4/0/79,2 −133,3/0/75,5 0,223
GO
N◦depacientes n=57 n=56
Média±DP 4,2±37,4 −5,7±29,8
Min./Mediana/Max. −142,9/3,8/150 −142,9/0/34,6 0,128
Pvalueb(groups) 0,438 0,861
a TestedeWilcoxonsinged-rank.
b TestedeMann-WhitneyU.
Tabela5–PerdadaDMOnoantebrac¸oproximal(33%do rádio)entreasvisitasV0eV5(Dia180)–populac¸ãoITT modificada
GAO GO
Fraturado
n 59 56
PerdadeDMO 39(66,1%) 43(76,8%) Média±DP −0,5(0,4) −0,7(0,4)
Nãofraturado
n 59 56
PerdadeDMO 25(42,4%) 24(42,9%) Média±DP −0,3(0,3) −0,3(0,2)
Valordepa 0,010 0,0003
a Testedoqui-quadrado.
No lado com a fratura havia umadiferenc¸a estatistica-mentesignificativaentreasvisitas,comamédiadoEscoreT significativamentemenornaV4eV5apartirdeV0(p<0,001), apesarde nãoserencontradadiferenc¸aentreos gruposde tratamento(p=0,825)(fig.2).Noladocomafraturanãohouve evidênciadequalquervariac¸ãoestatisticamentesignificativa entreosgrupos(p=0,554)ouvisitas(p=0,081)(fig.3).
Avaliac¸ãoradiológica
–3,2 –3 –2,8 –2,6 –2,4
V0 V4 (D90) V5 (D180)
GAO GO
ANOVA P = 0,825 (grupo) P < 0,001 (visita) P = 0,134 (grupo *visita)
*
Es
co
re
T
Figura2–ResultadosdomodeloAnovaparaoladofraturado.
–3,2 –3 –2,8 –2,6 –2,4
V0 V4 (D90) V5 (D180)
GAO GO
ANOVA P = 0,554 (grupo) P = 0,081 (visita) P = 0,982 (grupo *visita)
*
Es
co
re
T
Figura3–ResultadosdomodeloAnovaparaoladonãofraturado.
aidentificac¸ãodocaloporraios-Xfoi vistaemquasetodas aspacientes,emambososgrupos, enãofoifeita qualquer comparac¸ãoestatística.
Seguranc¸a
NoGAO23/71(32,4%)pacientesrandomizadasrelatarampelo menosumeventoadverso(EA)duranteoperíododoestudo, numtotalde 34EAs.NoGO23/70(32,9%)pacientes rando-mizadas relataram EAs durante o período doestudo, num totalde 41 EAs. Trêseventos adversosforam considerados sériospeloinvestigador.NoGAOfoirelatadaumarefratura dopunho.Essafoiconsiderada deintensidademoderada e precisoudehospitalizac¸ãoecirurgiaparafixac¸ãoexterna.Foi relatadoqueapacientehaviaserecuperado.NoGO,ocorreram doisEASs,foirelatadaumacolec¸ãohipoecoicanapanturrilha direita.O eventofoiconsideradodeintensidade moderada, precisoudehospitalizac¸ãoeapacienteestavaserecuperando nomomentodesserelato.OsegundoEASfoiumaparada car-diorrespiratóriaqueocorreuemcasa, deintensidade grave queresultouemóbito.
Nenhum dos três EASs foi considerado relacionado ao medicamento do estudo pelo pesquisador. No GO ambos
os EASs levaram à interrupc¸ão do tratamento. Para as pacientes do GAO, o medicamento do estudo não foi imediatamente interrompido devido ao EAS, mas levou à descontinuac¸ãodoestudo.
No geral, três pacientes descontinuaram o tratamento devidoaeventoadversorelacionadoaotratamento:1/71 paci-ente(1,4%)noGAOapresentougastriteagudaenoGOuma paciente(1,4%)apresentouqueimac¸ãoedesconforto epigás-trico eoutrapaciente (1,4%)apresentou dorgástrica. Além disso,duasoutraspacientesforamdescontinuadasdoestudo, masnãohaviarelac¸ãocomotratamentodoestudo.NoGOum casodeparadacardiorrespiratóriafoirelatadoeoutrapaciente foirelatadacomotendoumepisódiopsicóticoeumacolec¸ão hipoecoicanapanturrilhadireita.
Discussão
o que sugere um efeito protetor do risedronato devido à imobilizac¸ão.
Diversosmedicamentosestãosendousadosparamelhorar aconsolidac¸ãoóssea,tantonosentidodeaceleraroprocesso comotambémmelhoraraqualidadedocaloósseo(melhoria damicroarquitetura,dovolumedocaloedesuaforc¸a bio-mecânica),entreeles oranelatode estrôncioedrogasque atuamno sistemadesinalizac¸ãoWnt,como ateriparatida eosanticorpos antiesclerostinaeDKK-1.12–15 Alguns medi-camentossãoreconhecidamenteprejudiciaisàformac¸ãodo calo, entre eles os corticoides, quimioterapia, antibióticos, anti-inflamatórios,anticoagulanteseanticonvulsivantes.16
JáosmaisestudadossãoosBFN,quefavorecemaformac¸ão deumcalomaisvolumosoesuamineralizac¸ãoeotornam mecanicamentemaiscompetente,mascomritmomaislento deremodelac¸ão.17–22 Outrofatordiscutido naliteraturaéo tempo de início dos BFN após a fratura. Existem evidên-ciasa favor de se iniciar após 15 dias da fratura eoutras de que, independentemente do tempo de administrac¸ão, eles nãointerferem naconsolidac¸ão ósseaetampouco no pós-operatóriodas fraturas osteoporóticas.23,24 O tempode consolidac¸ãonãoestárelacionadocomaseveridadeda osteo-poroseoucomotipodefratura.25AterapiacomBFNpodeser continuadaapósfraturadorádiodistalsemefeitosclínicos deletériosnaconsolidac¸ão.26
QuandousadosporlongosperíodososBFNpodem aumen-tarasmicro emacrofraturas em animaise humanos.Eles têmaindapredilec¸ãopelosítiodafratura.Porém,são observa-dosganhosbiomecânicosdocaloósseo(tamanhoediâmetro externo).Parecequeoorganismocompensaoefeitonegativo domedicamentoemodulaamorfologiadocaloparaobtera melhorfunc¸ãobiomecânica(mecanostat).27
Orisedronatofoitambémestudadoquantoaosseusefeitos tantonamelhoriadadensidademineralósseaenaprevenc¸ão de fraturas em pacientes com osteoporose quanto no seu usoduranteaconsolidac¸ãoóssea.Oqueseobservouéque orisedronatonãointerferedeforma negativanaformac¸ão do calo ósseo e pode ser usado sem efeitos deletérios na consolidac¸ão.Pelocontrário,aumentaovolumedocaloesua resistênciabiomecânica.28,29
A DMO do rádio 33% do lado fraturado no fim dos seismeses(V5)apresentouumavariac¸ãonegativade32,8%no grupoOscaledeapenas20,8%nogrupoActonel+Oscal,oque demonstraumatendênciaaumefeitoprotetordorisedronato àperdadeDMOdevidoàimobilizac¸ãopós-fratura(p=0,069). Mesmonãohavendosignificânciaestatísticaentreosdois gru-pos,evidencia-seumamenorperda deDMO (avaliadapelo EscoreT)nogrupotratadocomActonel+Oscal(diminuic¸ão médiade-0,5)emrelac¸ãoaogrupoqueusouoOscal isola-damente(diminuic¸ãomédiade-0,7),conformedemonstrado natabela5,possivelmentedevidoàgrandevariabilidadedos dados.
ADMOdorádio33%doladonãofraturadonofimdosseis meses(V5)apresentouumavariac¸ãonegativade5,7%noGO edeapenas2,2%noGAO,com diferenc¸ade 3%afavordo risedronato.Nãohouve,entretanto,umadiferenc¸a estatisti-camentesignificativa(p=0,861)(tabela4).
Comomostradonafigura2,aDMOinicialdorádio33%no ladofraturado(medidopeloEscoreT)diminuiu significativa-mente(p<0,001)duranteotratamento(deV0aV5),enquanto
noladonãofraturadonãohouveessadiferenc¸a.Isso demons-tra aimportanteinfluênciadaimobilizac¸ãodeumafratura para a perda óssea.Quanto à proporc¸ão de pacientes com perdadeDMOnaV5,houveumadiferenc¸aestatisticamente significativa entre o lado fraturado e o lado não fraturado paraambososgruposdetratamento(GAO,valordep=0,010; GO,valordep=0,0003)(tabela5).Esse padrãodediferenc¸a observado entreosgruposfoi relacionadoprovavelmenteà imobilizac¸ãodolado fraturado(tabela5).Essesdados mos-tram umaprotec¸ão de risedronato emrelac¸ão à perda da densidademineralósseaduranteaimobilizac¸ãodeum mem-bro (osteoporose de desuso), o que é discutido em outros trabalhos.30
Não houve diferenc¸a significativa na identificac¸ão radi-ológica do calo ósseo durante as visitas (V1 a V5) nem entreosgruposdetratamento.Assim,ousodorisedronato em nosso trabalho não apresentou efeito clínico negativo sobre aconsolidac¸ão óssea.Na maior partedas pacientes, a identificac¸ãoradiológica docaloocorreu naV3,com um padrãosemelhanteemambososgrupos.Alémdisso,o per-fildeseguranc¸adorisedronatosemostrousemelhanteaodo grupocontrole.
Limitac¸õesdoestudo:Considerandoodesenhooestudo semcomparac¸ãocomplacebo,osautoresacreditamque pode-riahaverumefeitoimportantenaDMO,poisostestesforam avaliados centralmente como descrito na metodologia.No entanto,combasenosefeitoscolateraisbemestabelecidos, previamentedescritosparaessaclassedemedicamentos,um efeitonainterpretac¸ãodosdadosdeseguranc¸anãopodeser totalmenteexcluído.
Conclusões
Mulheres na pós-menopausa com fratura de Colles que recebem risedronatosódico emadic¸ão acálcio/vitamina D comparadocomcálcio/vitaminaDnãomostraramdiferenc¸a significativanaperdadeDMOnoantebrac¸ofraturadoenonão fraturadoapós90dias(objetivoprimário)e180dias(objetivo secundário).Foidemonstradaumatendênciadeefeito prote-tordorisedronatonaperdadaDMO devidoàimobilizac¸ão. O tempo até a consolidac¸ão da fratura não foi afetado e ambos os grupos mostraram um padrão de seguranc¸a semelhante.
Conflitos
de
interesse
Dr.LindomarG.Oliveira,Dr.FredericoBarradeMoraes,Dr.Luiz AntônioSilveiraSimõesPireseDr.JoséWanderley Vasconce-losdeclararamnãohaverconflitodeinteresses.Dr.Henrique MotaNetoJúnior recebeuhonoráriosdaNovartis,Serviere GlaxoSmithKline eparticipou de estudos patrocinadospor Servier Laboratories,Sanofi-Aventis, LillyeBlau Farmacêu-tica.
Agradecimentos
NossosagradecimentosespeciaisaosDrs.BenHurAlbergaria, MárcioPassinideSouza,JorgedosSantosSilvaeEdson Cer-queiraGarciadeFreitaspelavaliosacontribuic¸ãonodesenho, nacolaborac¸ãoenadiscussãodesteprojetodepesquisa,bem comonaelaborac¸ãodotextofinaldestemanuscrito.
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