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Gastos per capita com servidores municipais subiram 210,5% desde 2000

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Gastos per capita com

servidores municipais

subiram 210,5% desde

2000

Disparasa sa folha se pagamento é reflexo sa

municipalização se serviços

POR ALESSANDRA DURTE

05/09/2016 4:30 / atualizaso 05/09/2016 11:40

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econômica e a frigideira da demanda do eleitor por melhores

serviços. Desde 2000, os gastos anuais per capita com os

servidores municipais subiram 210,5%: para cada brasileiro, o

gasto por ano com o funcionalismo municipal passou de R$ 216

para R$ 671. Apontada em estudo inédito da Diretoria de

Análise de Políticas Públicas da Fundação Getulio Vargas

(FGV-Dapp), numa parceria com O GLOBO para as eleições deste

ano, a disparada da folha de pagamento municipal é reflexo da

municipalização de serviços desde a Constituição de 1988.

Com mais atribuições, os municípios precisaram

contratar mais gente e comprometeram o

orçamento com a folha, deixando pouco espaço

para investir. Soma-se a isso a crise fiscal dos

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estados e da União, de onde vem boa parte do

dinheiro repassado a prefeituras. Está criado o

quadro de municípios quebrados que aguarda os

próximos prefeitos.

Baseada em dados da Relação Anual de

Informações Sociais (Rais) de 2014 e coordenada

pelo diretor da FGV/Dapp, Marco Aurélio

Ruediger, a pesquisa mostra que, apesar de

também terem subido, os gastos per capita com

funcionalismo estadual e federal cresceram bem menos no período

(85,7% e 74,2%).

No mesmo intervalo, os gastos totais com vínculos de servidores

municipais (sem a divisão per capita), por ano, subiram de R$ 37,4

bilhões para R$ 136 bilhões, um aumento de 263% — também maior do

que a elevação de gastos totais nos níveis estadual e federal.

— Das três esferas, a municipal foi a mais sobrecarregada. Ganhou

responsabilidades em áreas como Saúde e Educação; no entanto, muitos

municípios não têm capacidade de gerar receita e dependem de repasses

dos outros níveis de governo, que também enfrentam crise — diz Amaro

Grassi, um dos pesquisadores do estudo, ao lado de Miguel Orrillo e

Wagner Oliveira. — Essa demanda não diminuirá. Desde os protestos de

2013, tem sido uma pressão crescente por acesso e qualidade.

REPASSE DE RESPONSABILIDADES AOS MUNICÍPIOS

Presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo

Ziulkoski exemplifica a situação atual das prefeituras:

— Em 1988, havia cerca de 40 mil servidores municipais na Saúde.

Hoje, são cerca de um milhão e meio, com os profissionais, por exemplo,

do programa Saúde da Família. Ao longo desse período, a União foi se

eximindo das ações na área social e repassando para as prefeituras.

Criam piso para o magistério. Quem tem de arcar é a prefeitura.

Grassi destaca que, apesar de sobrecarregados, os municípios são o nível

de governo que paga os salários mais baixos, o que dificulta que se

mantenha pessoal qualificado:

— As prefeituras são as que mais recorrem a terceirizações e

outras contratações não efetivas. Foi como muitos municípios

fizeram crescer sua estrutura de pessoal para atender às novas

responsabilidades que ganharam.

A diferença entre salários dentro das administrações

municipais nas capitais também foi pesquisada, apontando as

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que têm o funcionalismo mais desigual — numa espécie de

Índice de Gini dos servidores. A capital com rendimento mais

desigual é Cuiabá. Ao GLOBO, a prefeitura afirmou que a atual

gestão realizou uma “organização da estrutura da carreira dos

profissionais, buscando mais reconhecimento para os

servidores”, e que “aprovou na Câmara Municipal novos Planos

de Cargo e Carreira do Servidor para algumas categorias”.

O estudo da FGV-Dapp mostra ainda o número de servidores

por mil habitantes nas capitais. Das dez capitais com mais servidores

em relação à sua população, nove são municípios que tiveram em 2015

conceito D em investimentos no índice de gestão fiscal dos municípios

da Firjan; o conceito D significa gestão crítica da área.

— Quanto mais se gasta com uma determinada área, no caso, pessoal,

menos se tem para outras. A questão é que as prefeituras assumiram

serviços, mas muitas têm baixa capacidade de gerar receita de tributos,

não têm uma atividade econômica intensa, principalmente as cidades

menores e em regiões pobres, onde há grande demanda por mais e

melhores serviços públicos — analisa o pesquisador da FGV.

Uma melhor seleção de prioridades pelos prefeitos está entre os

caminhos apontados por Grassi como possível saída desse quadro de

dificuldades financeiras das prefeituras:

— Como reorganizar a gestão das contas vai ser o desafio para este

próximo ciclo de prefeitos, vão ter de pensar em um processo de escolha

de prioridades e como essa escolha será feita, quem vai participar desse

processo. Vai ser fundamental para que essas novas prioridades tenham

êxito.

NO RIO, GASTO COM PESSOAL DA SAÚDE DIMINUIU

Os funcionalismo da prefeitura do Rio também foi analisado pela

FGV-Dapp, que olhou os gastos autorizados com pessoal de 2013 a 2016,

segundo a Lei Orçamentária Anual do município. Enquanto os gastos

com pessoal para o gabinete do prefeito tiveram aumento real (acima da

inflação) de 62,8%, a área que mais preocupa o eleitor, a Saúde, teve

queda real nos gastos com pessoal de 0,1%, seguida das ações voltadas

às pessoas com deficiência (queda de 1,5%) e de Habitação e Cidadania

(queda de 2,7%). A maior queda real foi nos gastos com pessoal de

Ciência e Tecnologia (21,4%). Em 2013, os gastos com pessoal

equivaliam a 44,5% do orçamento municipal do Rio, percentual que foi

para 50,5% este ano, segundo a FGV-Dapp.

A prefeitura afirmou que, “diante do quadro de mais de 160 mil

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levar em conta fatores, como movimentação de funcionários entre

órgãos, exonerações, aposentadorias, promoções e, até mesmo, criação e

extinção de pastas e órgãos. Não é possível fazer uma leitura linear e

uma comparação simples entre as secretarias”.

ANÁLISE DE TEMAS ELEITORAIS

Como nas eleições de 2014, O GLOBO fechou parceria com a equipe de

pesquisadores de políticas públicas da FGV-Dapp. A partir de hoje, ao

longo da campanha eleitoral, serão publicadas, no papel e no site,

reportagens com análises e pesquisas da instituição em áreas como

Saúde, Educação e Transportes. Uma das ferramentas é o

monitoramento da discussão de temas eleitorais nas redes sociais.

— É uma parceria que traz densidade de análise ao debate

político, algo essencial numa eleição que vai ocorrer

imediatamente após um processo traumático como o do

impeachment, que desgastou o mundo político e que mostra a

crise da própria representatividade que temos no país. Essa

frustração com a política tradicional começou nos protestos de

2013, mas ali o alvo eram os governos locais; isso migrou para o

nível federal, e agora, com uma eleição municipal, logo após o

impeachment, essa frustração volta a mirar os governantes

locais — afirma o diretor da FGV-Dapp, Marco Aurélio Ruediger. — O

resultado destas eleições vai mostrar quem colherá alguma credibilidade

após todo esse processo. Por isso, se torna tão importante o exame do

debate eleitoral e da consistência das propostas que virão. Os próximos

prefeitos não podem ser mais do mesmo; precisarão resgatar a

credibilidade da classe política depois de tudo isso.

A cobertura das eleições deste ano pelo GLOBO reforçará também a

interatividade com o eleitor por meio do WhatsApp. A partir de hoje,

leitores poderão enviar ao jornal, pelo número 21 9 9999-9114,

depoimentos e denúncias relativas às eleições; por exemplo,

aproveitando o tema da reportagem de hoje, depoimentos sobre o

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Samuel Sales Pessanha• 05/09/16 - 12:54

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Sérgio Baalbaki• 05/09/16 - 11:41

Correção (erro de digitação): "dos gastoS"

Sérgio Baalbaki• 05/09/16 - 11:39

O maior problema em âmbito municipal é a contratação sem concurso, fora das hipóteses constitucionais, com o objetivo de obtenção de votos ou de retribuição pelos mesmos. Por sua vez, se a matéria considera que o percentual dos gasto com servidor municipal impede investimentos, é preciso que seja feita, com urgência, uma reforma tributária, com o escopo de aumentar a arrecadação e os repasses aos municípios e não eleger o servidor municipal, especialmente o concursado, como "bode expiatório".

Iremar Negromonte• 05/09/16 - 09:26

E os gastos bilionários com salários dos secretários, juízes, defensores, promotores, serventuários, militares, não fazem parte das contas? E a ARRECADAÇÃO DO IPTU, de residências, escritórios, lojas, supermercados, pedágios, ISS, multas de trânsito bilionárias que a prefeitura do Rio arrecada da população? ISSO NÃO LEVA EM CONTA?

Carlos Ferreira Augusto• 05/09/16 - 08:41

Fernando: vc está correto. O estudo da FGV mostra o (pequeno) impacto que o necessário crescimento de mão de obra cara (medicina) trouxe para os municípios. No demais, é sensacionalismo de imprensa (no Brasil, só a "fofoca" vende. A notícia, interessa a pouquíssimas pessoas), além da eterna luta do lucro por espaço (quanto mais ineficiência na via direta, melhor para as terceirizações, a corrupção e o lucro). Lembre-se: nossa mídia é PAGA pelos anunciantes - todos ávidos por lucro.

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