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O desgaste do trabalhador de enfermagem: relação trabalho de enfermagem e saúde do trabalhador.

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Academic year: 2017

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o

D ES GASTE

DO TRABALHADO R

D E

E N F E R MAG E M :

R E LAÇÃO TRABALH O D E

E N F E R M AG E M

T RA BA L H A D O R

E SAÚD E DO

THE 'TRAINED PROCE) OF THE NURiING WORI(ERi:

THE RELATIONiHIP OF NURiING WORI( AND NURiING HEALTH

EL DEiGA'TE DEL TRA8AJADOR DE ENFERMERíA: RELAClÓN ENTRE EL TRA8AJO

DE ENFERMERíA Y EL TRA8AJADOR DE DICHA ÁREA

Vanda Elisa Felli da Silva 7 Paulina Kurcgant2 Vilma Machado de Queio;

R ES U M O : O estudo busca a compreensão do processo saúde-doença, vivenciado pelos trabalhadores de enfermagem no desempenho de seu trabalho, fundamentado na determinação social desse processo. Evidencia as particularidades da relação trabalho-saúde de uma realidade concreta, decompondo e recompondo as intermediações p rocesso de valorização, processo de trabalho, cargas de trabalho e desgaste, o que permitiu explicitar o perfil de morbidade desses trabalhadores. Nesse perfil, os ferimentos pérfu ro-cortantes e as doenças ósteo-músculo-articulares aparecem como danos característicos desse g rupo de trabalhadores de enfermagem.

PALAVRAS-CHAVE: E nfermagem, Saúde do trabalhador, P rocesso saúde-doença

ABSTRACT: The study aims the understanding of the process health-ilness, as it is experienced by n u rsing workers in the acting of its work, being bases in the social determination of that processo It evidences the particularities of the relationship between labor and health of a concrete reality. The adopted methodology perm ited to establish the link between the valorization process, work process, loads and strai n. This relationship of determination permit to show the unhealthy p rofile of those n u rsing workers . The sharp accidents, bones, muscles and joint deseases are characteristics damages of in this profile.

K EYWO R D S : N u rsing, The worker's of n u rsing health, The health-ilness process

R E S U M E N : E I estudio busca la comprensión dei proceso salud-enfermedad , vivenciado por los trabajadores de enfermería en el desempeno de su trabajo, fundamentado en la determinación social de ese proceso. Se evidencia las particularidades de la relación trabajo-salud de una realidad concreta, descomponiendo y recomponiendo las intermediaciones proceso de valorización, proceso de trabajo, cargas de trabajo y desgaste, lo que permiti0 explicitar el perfil de morbilidad de estos trabajadores. En este perfil, los accidentes pérfu ro-cortantes y las enfermedades osteo-músculo-articulares aparecen como danos característicos en este g rupo de trabajadores de enfermería.

PALAB RAS C LAV E : Enfermería, Salud dei trabajador, P roceso salud-enfermedad

1 Enfermeira . Profª Drª do Departamento de Orientação Profissional da Escola de Enfermagem da USP.

2 Enfermeira . Profª itular do Depa rtamento de Orientação Profissional da Escola de

Enfermagem da USP.

3 Enfermeira. Profª Drª do Departamento de Sa úde Coletiva da Escola de Enfermagem da USP.

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S/L VA, Fell; Vanda et alo

INTRODUÇÃO

1 . 1 A CONSTR UÇÃO DO OBJ ETO DE ESTUDO

N as d uas últimas décadas , observamc::: U , l i lC re;'nl?nm dE� publicações

relacionados à saúde dos trabal hadores de eniel r·:,aye m . 'l c efltunto , '2stas não são suficientes para caracterizar q uanti-qualitativan l?nt � Do p:',jblenaf, específicos que

emergem da relação entre trabalho de enferma;E r o ,a8de 85 trahalhadores.

A maioria dos estudos que abordam e S S E . tbhica 8sió rra nos l i m ites do paradigma positivista, fundamentados na conC(;,JçRO regemên icél multifatorial do processo saúde-doença - PSD. Ass i m , registra,n a s i r,ples ocorrê ncia da doença e exploram os riscos ocupacionais como 3mtes existen tes n o ambiente de trabalho, portanto, buscando identificar uma relé.ç:iio 08 c!u s a e (�f(� i tc . Os estudos que buscaram ir alé m , ou não evidenciaram a génese no coletivo de trabalhadores ou não abarcaram a totalidade da relação trabalho ae enfermagem e saúde dos trabal hadores .

A s s i m , p ro p o m o s a r e a l i za ç ã o d e s s a i n v 3 s t i g a ç ã o ( Sil va , 1 9 9 6 ) , fundamentando-nos no referencial teórico-met::'GGlj�.cú oJe (aciclnai desenvolvido por L a urel!; Noriega ( 1 9 8 9 ) , tomando como O bJ 2 �0 Jc ! s , �l d ) a re l ação trabal ho­ s a ú d e , expressa nos trabalhadores de e nfe ri'l a �r l de I''' cspital U n ivers itário da U n i ve rs idade de São P a u l o - H U - U S P , e m prt i l ' I� (

Essa re lação expressa-se n o corpo b i c dq :j i'� dos trabalhadores de enfermagem pelo desgaste por eles sofrido, proJc cód, pGla exposir;:ão às cargas de trabalho, geradas nos processos de trabalho, subm )tirios q lJ e estão aos processos de valorização da produção em saúde na sociedade cã�<ilalista.

Esse objeto é resgatado do contexto social ond' es1 á inserido, isto é , da produção em saúde articulada ao setor terciário de produção, especificamente na p restação de s e rv i ç o s . E s s e s e rv i ço i n sti t L; i o l . l i z1 ch é p restado e m estabeleci mentos hospitalares e n ã o hospitalares, cnce a s práticas de saúde, tanto do setor públ ico como privado, são legitimadas pelH pol ítica (;H 5<l�:Ije, no contexto das pol íticas sociais . Essas práticas são executadás i61a "rc rça de trabal ho em saúde q u e o p e rac i o n a l i za a pol ítica de saúde .

Nesse contexto, buscamos apreender o trabaih{) e l n sôlk.e articulando às demais práticas sociais e dessa articulação extrai r 6 r, :(!I'é t j u i t ús determinantes do processo trabalho-saúde vivenciado em par::L,lu:' pe l �.; trabalhadores de enfermagem .

Esse estudo, portanto, tem por objetivo 8\/idr,c ial . S �Ialticularidades da relação de determinação trabalho-saúde que se 13X9;'f,S2 110S trabalhadores de enfermagem do H U- U S P , no desenvolvimento de seu tr,bal ho.

1 . 2 A FU N DAM ENTAÇÃO TEÓ R I CA PARA CC'I" ; iJ i c , ,I S AO DA R E LAÇÃO

TRABALHO-SAÚDE

Evidenciar como o trabal ho gera processos sa'k1'-j)e r'a i'1li:a em explicitar como o social se traduz no biológico e como esse se suhmete ao [iocial, como é

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o Desgaste do Trabalho .. .

explicado p o r La urel! ( 1 983) .

O P S B enquanto processo coletivo e social que se expressa no corpo h umano e adqu i re historicidade é concebido como nexo biopsíq u i co h u mano. Esse nexo manifesta-se a parti r da atividade h u mana no trabalho e sua historicidade é apreendida pelo conceito de adaptação : "capacidade do corpo responder com plasticidade diante de condições específicas de desenvolvimento nos processos corporais, que se expressam como formas biológicas características" . Essas formas características , como os processos de adaptação que ocorrem nas disti ntas coletividades h u manas, constituem os estereóti pos de adaptação ou "modos de andar a vida" .

Esses processos de adaptação sign ificam a transformação de processos biológicos e ps íquicos com o desenvolvimento ou a destru ição de capacidades e potencialidades . Podem ser processos fisiologicamente normais , capazes de proteger o organismo para a sobrevivência, assim como podem transformar-se em destruidores da i ntegridade corporal . É no estudo dos g rupos h umanos que esses processos são revelados , não porq ue opõem o indivíduo (pouco) ao grupo ( m uitos) , mas porque o grupo é visto a parti r de sua inserção social , portanto , de sua h istória. Os processos da adaptação caracterizam os grupos sociais ao emergir do modo específico de como esses homens apropriam-se da natu reza por meio de uma determinada organização social . Sendo os grupos homogêneos no i nterior e heterogêneos no exterior, por comparação a outro grupo, é no grupo que se caracterizam os "modos de andar a vida" e não no "i ndivíduo".

Para compreender o trabalho, como determinante do PSD coletivo, é necessário anal isar as formas h istóricas que assume no capitalismo. N essa análise, as i ntermediações explicitadas por La urel!; Noriega ( 1 989) : p rocesso de valorização­ PV, p rocesso de trabalho-PT, cargas-CA e desgaste-DE permitem articular essa relação. No pólo trabalho (dando destaque ao processo de produção-PP) é evidenciado o PV e o PT e, no pólo saúde , as CA e o D E .

Assim , o trabalho realizado modo d e produção capitalista, desenvolve-se com a finalidade de gerar lucro ou mais valia. O processo de geração de mais-valia é o

processo de valorização do capital. Esse ocorre simultaneamente e somente pode materializar-se no momento concreto da produção de bens e serviços - processo de trabalho. Ocorrendo os processos de adaptação que são destrutivos da integridade corporal, depreende-se que existem nos processos de trabalho "elementos que interatuam dinamicamente entre si e com o corpo do trabalhador que se traduzem em desgaste" - cargas de trabalho. As transformações negativas dos processos biopsíquicos que se originam na interação com as cargas de trabalho que geram "a perda da capacidade efetiva e/ou potencial e psíquica" é definida como processo de desgaste . Esses processos de adaptação destrutivos que caracterizam os g rupos sociais conformam o perfi l patológico desses grupos.

Explicitamos a seguir a decomposição dessas intermediações que estruturam a relação trabalho-saúde em particular.

1 .2 . 1 Processo de Valorização

A geração de mais-valia pode ocorrerde duas formas: absoluta (aumento da jomada

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S/L VA, Felli Vanda et alo

ou redução do salário) e relativa (por mudanças tecnológicas ou intensificação do trabalho) .

N o trabalho e m saúde o p rod uto gerado é u m serviço q u e é cons u m ido no m o m e nto da p rodução e como tal não p roduz mais-va l i a d i retamente mas n e m por isso deixa de rep rod u z i r a lóg ica p rodutiva . ( Gonçalves, 1 994) . Ao p rod u z i r um efeito útil q u e é con s u m ido no mesmo momento, toma a forma de u m a m e rcadoria e u m valor a s e r com e rcial izad o .

1 .2.2 Processo de Trabalho

O trab a l h o é co n c e b i d o c o m o u m a atividade e m q ue o trabal h a d o r o r i e ntado por u m a f i n a l idade , tran sfo rma um dete r m i nado obj eto de traba l h o e m um p rod uto f i n a l , u ti l i za n d o m e i os e i n st ru m e ntos , sob dete r m i nada o rg a n i zação e d iv i s ã o .

( Ma rx, 1 9 88) .

O trabal h o e m saúde como u m serviço p restad o , confo rme concebido por Gonçalves ( 1 994) dese nvolveu-se n o capita l i s m o com a fi nalidade de controlar as doenças e m escala social e recupera r a fo rça de trabalho i n capacitada , i sto pelo s i g n ificado que os corpos h u manos adq u i re m como sede da força de trabalho, p recisando esta r r íg ida para pod e r ser ven d i da e cons u m id a . Toma com o objeto o corpo h u m ano i nvestido social me nte nas d i me nsões i n d ividual e col etiva . Para a transform ação desse objeto uti l iza meios e instru mentos: força de trabalho em saúde (trabalho coletivo) , saber, materiais específicos , eq u i pame ntos de d iagnóstico e terapêutica e o local de trabalho com destaque ao hospita l . As formas de organização e d ivisão adotadas no trabal h o em saúde s u bo rd i nam-se a dois modelos abstratos e com p l e m e ntares : cl ínico e epide m iológico.

O trabalho de enfermagem i nsere-se no trabalho coletivo e m saúde, como s u b s i d i á ri o e com p l e m e ntar. ( Castel/anos, 1 989) . D iante da m e s m a fi n a l i dade , transforma o mesmo objeto , parti c u l a ri zando-se pelos me i os e i n stru me ntos q u e e m p rega (fo rça de traba l h o , sabe r, l ocal de trabal h o e i nstru m e ntos específicos) e pelas fo rmas específicas de o rgan i zação e d ivi são (d ivisão por catego rias com q u a l ifi cações d iferenciadas e p rocessos de trabalho também d ife renciados entre assisti r e g e re n c i a r) .

1 .2.3 Cargas de Trabalho

Para a p reendê-Ias é necessário decompor o trabalho e m seus e l e m entos básicos . ( La urel!; Noriega, 1 989) .

Ao transformar o objeto no p rocesso de trabalho de enfe rmagem , o trabal hador i nterage com a sua natu reza , ou sej a , os corpos i n d ividuais/col etivos e doe ntes dos p a c i e n tes/c l i e n tes são tomados em s u a n at u reza b i o l ó g i ca/p s í q u i c a como dete rm i nante do P S D desses trabal hadore s . N a i nte ração com os meios e

instrumentos , a sofisticação técnica destes e as relações sociais q u e determ i nam a manei ra específica de trabalhar, são ge radoras das cargas. O hospital é relacionado a local de doença e m o rte , ao qual se associa o risco de contrai r essas doenças e sofre r desgaste emocional . Na i nte ração com as formas de organização/divisão do trabal ho p ropriamente d ito , o trabal hador expõe-se pelas d ife re ntes formas de con s u m o da fo rça de trabal h o , que i m p l i cam em d i sti ntas formas de desgasta r-se ,

(5)

o Desgaste do Trabalho . . .

v i n c u ladas à extração d e mais-va l i a , p ri nci pal m e nte re lativa , pelo a u m ento d a p rodutividad e .

C o m isso, d i sti n g ue-se d o i s t i p o s de cargas . As cargas de materialidade

externa, rep resentadas pelas cargas b i ológ icas, f ís i cas , q u í m i cas e mecânicas. ( La urel!; Noriega, 1 989, Silva, 1 989) . As cargas de material idade i nterna constitu e m a s cargas fisiológicas e p s íq u i cas. ( La urel!; Noriega, 1 98 9 , Silva, 1 989) .

1 .2.4 Desgaste

A expos ição dos trabal hadores de enfermagem às cargas g e ra p rocessos de desgaste parti culares (como p rocessos de adaptação destrutivos da i nteg ridade corp o ral biops íq u ica) . ( La urel!; Noriega, 1 989) . O p rocesso de desgaste não se refe re s o m e nte a p rocessos i rreve rs ívei s j á que é poss ível rec u p e ra r as perdas da capacidade efetiva e dese nvolve r pote n c i a l i dades antes h i potrofi adas . Podem não se exp ressar e m uma pato l o g i a específica . Ass i m , a l g u n s i n d i cadores globais vêm sendo mais freq ü e nte m e nte uti l i zados para o reco n h e c i m e nto do desgaste de dete r m i nado g ru p o de trabalhadores com o : s i nais e s i ntomas i nespecíficos , p e rf i l de m o rbidade, a n os de vida úti l p e rdidos, e nvel heci m e nto ace l e rado e m o rte p re m at u ra .

( La urel!; Noriega, 1 989) . N o trabal h o de enfe rmagem esses i nd i cadores não têm sido captados , tornando m enos vis ível o p rocesso de desgaste a que os trabalhadores são s u b m etidos .

O desgaste deve ser consi d e rado j u nta m ente com os p rocessos rep rodutivos . A s u a co m b i nação com esses p rocessos dete r m i n a m a constitu ição caracte rística de doe nças p a rti c u l a res con hecido como perfil patológico desse g rupo social . ( La urel!; Noriega, 1 989) .

2 A CONSTR U ÇÃO DO ESTU DO DA R E LAÇÃO TRABALHO-SA Ú D E DOS TRABALHADO RES D E E N F E R MAG E M DO H U-USP.

Ao estudo dessa relação está i m p l ícito u m camin h o m etodológ i co orie ntador. N esse cam i n h o , b u s co u -se rep ro d u z i r a s i stematização teó rico-metodo l ó g i ca constru ída por Laurel!; Noriega ( 1 989) , com os devidos aj ustes p a ra a rea l i dade em estud o .

O p resente estudo conte m p l a u m a abordagem q u anti-qual itativa, uti l i zando várias técn icas de a p reensão dos dados que constituem a trian g u lação de dados e

p e r m i te m a comparação e val i d ação da i nform ação g e ra d a .

O conceito "processo de produção" foi o p e racio n a l izado e m s u as 2

ve rtentes : PV e PT. P a ra a o p e racionalização do P V , os dados foram extra ídos de várias fontes de regi stro refe rentes à u n ive rs idade , ao HU e ao Departam e nto de Enfe rmage m . P e rm iti ra m a p ree nder a lóg ica do p rocesso p roduti vo n a q u a l o H U está i nserido e a evol ução q u a ntitativa das ativi dades rea l i zadas ( n º d e l eitos , composição n u m é rica da fo rça e traba l h o de e nfe rmagem por categ o rias e a evol u ção q uantitativa no período de 4 anos ( 1 990/94) . O PT foi decomposto e n q uanto p rocesso técnico e social em seus e l e m entos constitu i ntes : obj eto , p roduto final , m e i os/i nstru m e ntos e organi zação/d ivi são do trabalho de e nfermage m . Os dados foram a p reendi dos pela e n q u ete coletiva e com p l e m e ntada por i nform ações dos

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SIL VA, Felli Vanda et ai.

enfe r m e i ro s . Ass i m , o PT foi decom posto/recom p osto segundo a abstração da pesq u i s ad o ra , fundamentada na concepção do trabal h o coletivo em saúde.

P a ra a operacional i zação do conceito "cargas " , os dados foram captados basica m e nte pela e n q u ete col etiva . A e n q u ete foi constru ída com base no modelo p roposto por ( La ure!; Noriega, 1 989) , que tem s u as origens no Modelo Operacional I tal i a n o ( Oddone, 1 986) e especificada para o trabal h o de e nfe rmage m . Para sua a p l i cação foi formado u m grupo homogêneo- G H (se m e l hantes p rocessos de trabalho e ativi dades , con d i ções de traba l h o e riscos e p rob l e m ática de saúde) . O grupo foi composto com 1 5 trabal h adore s , sendo 4 enferm e i ras , 4 téc n i cos , 3 auxi l iares e 3 atendentes . Com a informação gerada nesse grupo, foram elaborados m apas de risco das u n idades n e l e rep resentadas .

O conce ito "desgaste" foi apreendido a parti r da e n q u ete coletiva e de outros p roced i m e ntos com p l e m e ntares , segundo três formas ou vertentes pelas q uais se express a . C o m os dados da e n q u ete coletiva foi reconstru ída a morbidade referida. C o m os dados dos p rontuários dos trabal h adores e n cam i n h ados para exame méd ico em 1 99 3 , foi reconstru ída a morbidade registrada. Com os reg istros de acidentes de traba l h o , n o ano de 1 99 3 , foram reconstru ídos os acidentes de

traba l h o .

3 A EXPR ESSÃO D A R E LAÇÃO TRABALHO-SAÚ D E N O S TRABALHADORES DE E N FE R MAG E M DO H U-USP

3 . 1 A P R O D U ÇÃO E M SAÚ D E N O H U - U S P

O H U , e n q u a nto p restado r de serviço de saúde , está i ns e rido e m u m a i n stitu i ção formadora . Também está i nteg rado a o S U S como hospital de refe rê ncia. Nessa i nserção , ate nde as com u n idades : B utantã , USP e de pacie ntes de convê n ios e parti c u l a re s . ( To/asa , 1 994) .

Os trabal hadores de e nfermagem estão i n s e ridos n o Departame nto de Enfe rmage m , que é s ubord i n ado à s u p e ri nte ndência. Nessa i n s e rção, não está favorecida a partici pação dos trabal hadores n a rep rese ntatividade fre n te aos ó rgãos decisórios , no p rocesso decisório p ropriamente d ito e na conce pção do trabal h o que real izam .

3 . 1 . 1 O Processo de Valorização

A expressão da produtividade do trabalho de enfermagem foi a p reendida pelo i n c re m e nto s i g n ifi cativo verifi cado e m 8 d a s 1 1 atividades e l e itas p a ra essa a n á l i s e . O n ú m e ro d e c o n s u ltas d e e nfe r m a g e m teve o m a i o r i n c re m e nto no p e r ío d o ( 1 2 5 % ) e o n ú m e ro de m ateri a i s p rocessados foi a ativ i d a d e de m e n o r i n c re m e nt o ( -2 9 % ) , p o s s i ve l m e nte p e l o u s o de mate ri a i s d e s c a rtáve i s . O n ú m e ro real d e l e i tos , a u m e nt o u e m ce rca d e 1 7% . Ass i m , res g ato u - s e q u e h o uve u m i n c re m e nto p a ra a m a i o r i a d a s atividades d e s e n v o l v i d a s , ao q u e co rre s p o n d e u m i m pacto n a s ati vidades de e nfe rm ag e m . I sso evid e n c i a o a u m e nto d a p rodutividade d o tra b a l h o d e e nfe r m ag e m .

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o Desgaste do Trabalho .. .

A expressão da i ntensificação do trabalho d e enfermagem foi a p reen d i d a pela a n á l i s e dos dados e m p íricos sobre o g e renciamento da força de trabalho de enfe rm agem , pela com posição da força de traba l h o e pela rotatividad e .

E m re l ação à com posição da força de traba l h o , h ouve u m a defasagem de 1 1 a 1 7% entre o q u a d ro de pessoal de enfermagem auto rizado e o rea l m e nte existe nte n o p e r íodo e a d i m i n u i ção da p ropo rção entre trabalhadores de enfe rmagem e o total de trab a l h ad o res de 40% para 37% . I sso evidencia q u e ocorreu um aj uste q u e red u z i u o n ú m e ro de trabal h adores q u e poderiam t e r sido adm itidos caso se m a ntivesse o q uad ro autorizado para 1 99 0 . Os trabalhadores de enfermagem rep resentara m , n o p e r íodo e m estu d o , ce rca de 37% da fo rça de trabal ho da i nstitu ição, o que é considerada uma baixa p roporção . S e g u n d o dados da AMS92 ( B RAS I L , 1 994) , con s i d e rando todos estabe leci m e ntos de saúde do P a ís , essa p ropo rção é de 4 3 , 6 7 % . N o hospita l , espera-se que essa po rcentagem seja s i g n ifi cativamente maior, pela necessidade de c u i dado às 24h do d i a . Foi , tam bé m , verificado u m i nc re m e nto de 5% da força de trabal h o de e nfe rmage m , q u e não pareceu s i g n ifi cativo para o i ncre m e nto das atividades n o p e r íodo na tota l i d ade das u n idades .

Quanto à rotatividad e , os índices são m ascarados pelos trabal hadores adm itidos . O n ú m e ro de des l igamentos e m 1 99 3 rep resentou uma média de 1 2 , 9 1 %. Os e nfe r m e i ros foram os que mais sa íram da I nstitu i ção (ce rca de 24%) , seguidos dos auxi liares ( 1 9%) . Os motivos citados foram o baixo salário e i nsatisfação pelas cond i ções de trabal h o . Os repetidos p rocessos seletivos de alto custo, o te m po decorrido até a repos ição do trabal hador devido ao te m p o necessário para s e u p reparo, rep resentam u m desgaste para os trabalhadores q u e permaneceram na I n stitu i ção . A alta rotatividade tam bé m não favorece a v i s u a l i zação de p roble mas de saúde re lacionados com o trabal h o , que i m p l icam e m um "efe ito sad io" dos q u e permanecem e a a rti cul ação de res istê ncias coletiva s .

Ass i m , evidencia-se q u e houve i nc re m ento q u antitativo das atividades s e m o i nc re m e nto co rrespondente da força de trabal h o , ocorrendo a i nten s ificação do ritmo de traba l h o , como estraté g i a para dar conta do i nc re m ento dessa p rodutividad e . 3 . 1 .2 O Processo de Trabalho de E nfermagem

O traba l h o de enfermagem é resgatado do p rocesso ass isti r do'H U e m sua especificidade e decom posto e m seus e l e m e ntos bás i cos : obj eto/p rod uto final , m e i os/i nstru m e ntos e o rgan i zação/d ivisão.

E m re lação ao objeto/produto final , é evidenciado que, p o r esta r i n s e rido n o p rocesso assi ste ncial do H U , o trabal hador de e nfe rmagem transfo rma o m e s m o objeto , com a m e s m a final idade do trabal h o col etivo do H U . A transform ação desse obj eto (co rpo i nd i v i d u a l dos pacientes/clie ntes com d e m andas ass istenciais no P S D ) . I n i c i a-se com a entrada desse paciente/c l i e nte no A m b u l ató rio o u P ronto Ate n d i m e nto e d a í para u m a u n i dade de i nternação . N as u n idades, as i nte rven ções de e nfe rm agem são rea l i zadas seg u n d o as necessidades de transformação do PSD do paciente . Ass i m , o obj eto e o p rod uto f i n a l ocupam o m e s m o espaço : o co rpo do pacie nte/c l i e nte . No centro de m ate rial e esteril ização , o objeto é diferenciado e material e a final idade do trabal ho a í realizado é instrumentalizar processos assistenciais,

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S/L VA, Felli Vanda et alo

s e rvi ndo à m a n ute n ção do p rocesso ass istir no H U . A caracte r ística de alguma i nterdependência e ntre as u n idades pode favorece r a i ntens ificação do traba l h o nas u n i dades q u e se i nterre l acion a m , de forma s i m u ltânea ou conseq ü e ntemente . A força de trabalho de e nfe rmagem permitindo a conti n u idade do p rocesso assiste ncial , evidencia a com p l e m entaridade e i nte rdependência desse trabal h o a rticulando às demais p ráticas .

Os meiosli nstrumentos caracte rizam u m trab a l h o p redo m i nante m e nte m a n u a l . O traba l h ador deté m um controle re lativo dos i nstru me ntos , o q u e poss i b i l i ta tom a r decisões de pequena com p l exidade. G e ral m e nte , os i nstru m e ntos não são tecnologicamente avan çados e viab i l i zam a i nten s ificação do traba l h o . O saber, q u e perm i te a a p re e n são do obj eto e a p rojeção de s u a transformação é d ifere nciado por categorias .

N as formas de organ ização e d ivisão, resgata-se a d e p e n d ê n c i a e com p l e m e ntaridade do trabalho de e nfermagem da p rática médica , rep rod uzi ndo o modelo cl ín ico cu rativo e i n d ividual . As i n te rvenções são s iste m atizadas pelo SAE que se conve rte e m i nstru m e nto de controle do enfe r m e i ro , pelo q ual fo rmal iza a parcia l i zação das atividades. O controle é efetivado pela s u p e rvisão (voltada para o conte ú d o das ta refas e m detrime nto do pólo educativ% rientador) pela qual se rep roduz o poder in stituci onal . Os modelos de o rganização e d ivisão do trabalho com gênese no taylorismo, ford i s m o , fayo l i s m o e b u rocracia fundamentam a parcialização das atividades e l evam à desartic u lação entre a concepção/ execução , s u p e rvisão/ contro l e , q u a l ificação/desqual ificação , à n ormatização e rot i n i zação do q u e fazer e como faze r. Os rod ízios de turno, o trabalho notu rno e a falta de pausas para descanso d u rante a jornada d ificu ltam a repos i ção da capacidade de trabal h o , além de favo recer a i ntensificação do ritm o .

3 . 2 AS C A R G A S D E TRABA L H O D E E N F E R MAG E M

As cargas de traba l h o a q u e estão expostos os trabal hadores de e nfe rmagem caracterizam-se pela dive rsidade (biológicas, f ísicas , q u ímicas , mecân icas , fisiológicas e p s íq u icas ) . Essa dive rs idade também está presente em todas as u n i dades estudadas e d ife re n ciam pela i nten s idade de exposi ção dos trabal hadores . Freq ü e nte m ente a

maioria dos trabalhadores das u n i dades está exposta a esse conj u nto de cargas , o que

evidencia que a fo rma de traba l h a r é geradora de cargas semel h antes .

3.2. 1 Cargas Biológicas

As cargas biológicas citadas fora m : o contato com pacientes portadores de

doenças i nfecciosas i nfecto-contagiosas e/o u com s u as secreçõe s , q u e ca racte rizam a i nteração c o m o obj eto de traba l h o , o u sej a , o corpo doente; o

contato com materiais contami nados ( i n stru mentos de trabal h o) e a presença de

peq uenos a n i mais (barata , mosca, m osq u ito, form iga) , q u e conta m i n a m os l a n c h es dos trabal h adore s , ressaltam a i nadeq u ação dos meios de traba l h o .

3.2.2 Cargas Físicas

Foram citadas e m re lação a (o) : R u ído -p rove n i e nte do ar condicionado, bip's

(9)

o Desgaste do Trabalho . . .

dos apare l hos , sons p ró prios dos i nstru m e ntos d e trabal h o ( m o n itore s , resp i radores , u s o de ar com p r i m i do) e de outros s e rvi ços (apare l h o de l i m peza) , concentração e trânsito de pessoas , paciente e m estado emocional alte rad o , reformas ; u m idade -exposição à ch uva ao sai r da u n i dade , t ransporte de m ate rial para central de gás , p isos m o l h ados e escoamento de água p o r t u b u l ações e l étricas , vapor de autoclaves , entu p i m e nto de ralos; i l u m i nação - a rtificial , defi c i ente o u excessiva ( reflexos

l u m i nosos , uso d e foco l u m i n oso p a ra a l g u n s p roced i m e n tos , exigência de acomodação visual pela claridade) ; mudanças bruscas de temperatura - uso do

a r condicionado, alte rnação cal o r/frio e ntre as salas e estações do ano (construção/ loca l ização) , falta de venti lação , situações c l i m áti cas à s a ída d a i nstitu ição ; eletricidade -choques e m e q u i pame ntos e l étricos e tomadas , escoame nto d'água

de c h uva e m tu b u lações , descarga de e l etri cidade estática e m contato com s u p e rfície metál ica e sobre o piso, risco de i ncêndio e explosõe s ; radiação ion izante - exames rad iológicos sem p roteção adequada ou s ituações q u e favoreçam à exposição.

3.2.3 Cargas Q u ímicas

A exposição às cargas q u ím i cas citadas foram re lativas às su bstâncias

q u ímicas de u m modo geral (óxido de eti l e n o , forma l d e ído e g l utara l d e ído) ; às

su bstân c i as de uso med icamentoso (gases a n estésicos, q u i m ioterápicos , anti b i óticos, antissépti cos e outros ) ; poei ras e fumaças ( reti rada de gesso, ar condicionado, talco e m l uvas c i r ú rg i cas e f u m o passivo dos trabal h adores) e

materiais de borracha ( l uvas) .

3.2.4 Cargas Mecânicas

Foram re l atadas e m re l ação à(s) : man ipu l ação de perfu ro-cortantes (ag u l has , tesou ras , b isturi) ; quedas ( p isos e n ce rados , escadas) ; ag ressões (pacie ntes confusos ou sedados , de vis itantes) ; prensão de dedos e mãos ( maca tranfe r, m onta carga) .

3.2.5 Cargas Fisiológicas

São citadas e m re lação à(o) : manipu lação de peso excessivo m a n i p u lação de pacientes (obesos , dependentes , anestes iados ) , de torpedos de gases , galões de s u bstâncias q u ím i cas , de p o rtas de autoclave s , macas , cade i ras de rodas defe ituosas , de m ate ria i s p e rmanentes e uso de ave ntais de c h u m b o ( m u l heres e

g rávidas) ; trabalho em pé ; posições i n adequadas e i n cômodas - ass u m idas d u rante o cu idado no l e ito, to rção de col u n a ao m a n i p u l a r eq u i pam entos , verifi cação de s i nais vitais e outros p roced i mentos e trabalho noturno e rodízios de turno.

3.2.6 Cargas Psíq u icas

As cargas p s íq u icas citadas pelos trabal h adores fo ram : atenção constante:

(pacie ntes sedados , i n consciente s , anestesiados e q u e necessita m de vigilância) ;

su pervisão estrita - (contro l e , falta de auto n o m i a e criatividade e não partici pação na tomada de decisões) ; ritmo acelerado; trabalho parcelado, monótono e

repetitivo (forma como o trabal h o é o rganizado e dividi do) ; comunicação dificultada

(10)

S/L VA, Felli Vanda et aI.

(falta de te m po i m posto pelo ritmo o u por pro i b i ção de s u p e ri ores , dificu ldade de re l acio n a m e ntos , falta de re u n i ões e não autorização para uso do telefone d u rante a j o rnada) ; trabal ho fem i n i no ( d u p l a o u tri p l a jornada) ; desarticulação de defesas c o l eti vas ; ag ressão psíq u i ca (ve r b a l de p a c i e n tes/c l i e n t e s d oce n tes e d e s co n s i d e ração d e a l g u n s m é d i co s ) ; fad iga, tensão, estresse (tra b a l h o desgastante e pela exposi ção a tantas cargas) ; i nsatisfação ( p e rda salaria l , dobras de plantão e não reconhecimento do trabalho) e situações que levam ao consumo de álcool e d rogas.

3.3 O D E S G ASTE DOS TRABALHADO R E S D E E N F E R MAG E M DO HU - U S P A expos i ção d o s trabal hadores de e nfe rmagem a essa d ivers idade de cargas é g e radora de p rocessos de desgaste q u e não são fac i l m ente evidenciados , dada a sua com p l exidade e a conseq üe nte d ificu ldade de captar s u as man ifestações . Como não se refe re necessariamente a u m a patologia espec ífica, u m a forma de captá-lo é através de s i nais e s i ntomas. Os danos podem man ifestar-se e m um pe ríodo de te m p o variável e m q u e se dá o p rocesso de adaptação destrutiva . Ass i m , b uscamos captar o p rocesso de desgaste através de três form as : m o rbidade refe rida e reg istrada e acidentes reg i strados .

Os dados e m p íricos captados por essas três fo rmas de expressão do desgaste dos trabal hadores de e nfe rmagem do H U , p e rm iti ram conformar u m perfi l de m o rb i dade (Quadro 1 ) , onde sobressaem-se os feri m e ntos p é rf u ro-cortantes e os problemas ósteo-m úsculo-articulares .

4 CO N C LUSÃO

A s s i m , no refe re n c i a l teó r i co - m et o d o l ó g i co q u e s u ste nta o e s t u d o , a p ree ndemos q u e o p rocesso saúde-doença vive nciado pelos trabalhadores de enfe rmagem do H U - U S P evidencia s u a s u bordi nação ao modo de p rod u z i r da sociedade b ras i l e i ra .

N e s s e estudo , o mome nto p rod utivo f o i abordado com o p reponderante n a dete r m i nação do p rocesso saúde-doe n ça sem q u e , c o m i s s o , se desconsidere que são as cond ições de vida e trabal h o q ue determ inam o p rocesso de desgaste dos

trab a l h ad o res .

O p rocesso de desgaste evidenciado pelos trabal hadores de e nfe rmagem , ass i m apreen d i d o , coloca e m evidência a necessi dade de transform ação dessa realidade .

(11)

o QUADRO 1 - Pefil de morbil idade dos trabalhadores de Enfermagem, segundo a maior e menor freqüência dos danos nas dife rentes

O formas de expressão do desgaste . H U - U S P , 1 993-94.

� �

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o ... ) ) ) < 1 .... J ­ O ) o J , ) ­ o c ... .. .. o N O O l ) � w MORBIDADE REFERIDA

MAIS FREQÜ ENTES:

Ferimentos pérfuro-corto-contusos

Doenças infecciosas, infecto-contagiosas e parasitárias

Doenças ósteo-músculo-articu lares Problemas respi ratórios

Desequil íbrio mental e desgaste emocional Enxaqueca e cefaléia

Problemas de pele

Problemas oculares Problemas auditivos

I ntoxicação por substâncias químicas Estresse, estafa e cansaço

M ENOS FREQÜ E NTES:

Distúrbios do sono

Problemas gastroi ntestinais Dificuldade circulatória em M M I I I rritabilidade

Problemas de vias u rinárias Hipertensão arterial

Problemas psiquiátricos e trauma emocional Alcoolismo

Doenças psicosso máticos

MORBIDADE REGISTRADA

MAIS FREQÜ ENTES:

Ferimentos pérfuro-corto-contusos Doenças ósteo-músculo-articulares Problemas de vias urinárias Problemas respi ratórios

Alterações hematológicas

Doenças infecciosas, infecto-contagiosas e parasitárias

P roblemas gastroi ntestinais Enxaqueca e cefaléia Problemas ginecológicos Alterações glicêmicas

MENOS FREQÜ ENTES:

Estafa, fadiga e cansaço Problemas auditivos

Dificuldade circulatória em M M I I H ipertensão arterial

Doenças psicossomáticas e emocionais Alterações card íacas

Problemas de pele Estresse

Distú rbios do sono

ACIDENTES DE TRABALHO

MAIS FREQÜ ENTES:

Ferimentos pérfu ro-corto-contusos Doenças ósteo-músculo-articulares

M ENOS FREQÜENTES:

Contato com fluídos e secreções Conjuntivite

Queimadura ocular por substância q U l m lca

Queimadura de pele (calor, sub.qu ímica) o J

(12)

S/L VA, Felli Vanda et aI.

5 R E F E R ÊNCIAS B I B LI O G RÁFICAS

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Referências

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