Revista
da
ASSOCIAÇÃO
MÉDICA
BRASILEIRA
w w w . r a m b . o r g . b r
Artigo
original
Impressões
de
pacientes,
médicos
e
estudantes
de
Medicina
quanto
a
aparência
dos
médicos
夽
Cláudia
Leiko
Yonekura
a,
Lucas
Certain
a,
Suen
Ka
Kee
Karen
a,
Guilherme
Augusto
Sousa
Alcântara
a,
Lucas
Gaspar
Ribeiro
a,
Antonio
Luiz
Rodrigues-Júnior
be
José
Baddini-Martinez
c,∗ aFaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo,RibeirãoPreto,SP,BrasilbDepartamentodeMedicinaSocial,FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo,RibeirãoPreto,SP,Brasil
cDepartamentodeClínicaMédica,FaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo,RibeirãoPreto,SP,Brasil
informações
sobre
o
artigo
Históricodoartigo:
Recebidoem18demarçode2013
Aceitoem14deabrilde2013
On-lineem9deoutubrode2013
Palavras-chave:
Vestuário
Práticaprofissional
Medicinageral
r
e
s
u
m
o
Objetivo:Investigarasimpressõescausadasempacientes,estudantesdeMedicinae
médi-cosbrasileirospordiferentesestilosdevestimentaeaparênciaadotadospelosmédicos.
Métodos:Participaramdapesquisa259pacientes,119estudantese99médicos,respondendo
questõesrelativasaumpaineldefotosdemédicoemédicavestidosnosseguintesestilos:
roupabranca,aventalbranco,aventalsocial,formal,informal,casualecentrocirúrgico.Eles
aindaregistraramseugraudedesconfortofrenteumalistade20itensdeaparênciapara
profissionaisdeambosossexos.
Resultado:Amaioriadasrespostasdosvoluntáriosenvolveuousoderoupabrancaou
aven-talbranco,eemmuitasquestõesospercentuaisdepreferênciareferidosparaessesestilos
forammuitopróximos.Médicoseestudantespreferiramprofissionaisemtrajedecentro
cirúrgicoparaconsultasdeurgência,eoestiloinformalparadiscutirproblemas
psicoló-gicoscomprofissionalmasculino.Ospacientesescolherammaisfrequentementearoupa
brancaemrespostaàsquestões.Notocanteaosprofissionaismasculinos,ostrêsgrupos
referiramelevadograudeincômodoparaousodeshortsebermudas,muitosanéis,
pier-cingfacial,sandálias,cabelosdecorextravagante,cabeloscompridosebrincos.Paraosexo
feminino,níveiselevadosdedesconfortoforamassinaladosparashorts,blusasmostrando
abarriga,piercingfacial,bermudas,muitosanéis,cabelosdecorextravaganteemaquiagem
carregada.
Conclusão:Pacientes,médicoseestudantesdeMedicinabrasileirosdesenvolvemmelhor
impressãoinicialdemédicosqueutilizamtrajestradicionalmenteassociadoscoma
profis-sãoedeaparênciamaisconvencional.Ousodavestimentainteiramentebrancapareceser
opc¸ãosatisfatórianoBrasil.
©2013ElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.
夽
TrabalhorealizadonaFaculdadedeMedicinadeRibeirãoPreto,UniversidadedeSãoPaulo,RibeirãoPreto,SP,Brasil.
∗ Autorparacorrespondência.
E-mails:baddini@fmrp.usp.br,baddini@live.com(J.Baddini-Martinez).
0104-4230/$–seefrontmatter©2013ElsevierEditoraLtda.Todososdireitosreservados.
Perceptions
of
patients,
physicians,
and
Medical
students
on
physicians’
appearance
Keywords:
Clothing
Professionalpractice
Generalpractice
a
b
s
t
r
a
c
t
Objective: Toinvestigatetheimpressionsmadebydifferentstylesofdressandappearance
adoptedbyphysiciansonpatients,medicalstudentsandotherphysiciansinBrazil.
Methods:Twohundredfiftyninepatients,119students,and99physiciansanswered
questi-onsrelatedtoapanelofmaleandfemalephysicians’picturescoveringthefollowingstyles:
whiteclothing;whitecoat;formal,informal,andcasualgarments;andsurgicalscrubs.They
alsoreportedtheirlevelofdiscomfortwithalistof20itemsforprofessionalappearanceof
bothgenders.
Results: Mostoftheanswersofthevolunteersinvolvedusingwhiteclothesorwhitecoat,
andinmanysituationsthepercentagesofpreferencereferredforthesestyleswereclose.
Physiciansandstudentspreferredphysicianswearingsurgicalscrubsforemergencyvisits,
anddoctorswithinformalstylefordiscussingpsychologicalproblemswithmale
professi-onals.Patientsmostoftenchosewhiteclothinginresponsetoquestions.Regardingmale
professionals,allthreegroupsreportedhighdegreeofdiscomfortfortheuseofshortsand
bermudashorts,multiplerings,facialpiercing,sandals,extravaganthaircolor,longhair,and
earrings.Forfemales,highlevelsofdiscomfortwerereportedtoshorts,blousesexposing
thebelly,facialpiercing,multiplerings,extravaganthaircolor,andheavymakeup.
Conclusion:Brazilianpatients,physicians,andmedicalstudentsformabetterinitial
impres-sionofphysiciansusingclothingtraditionallyassociatedwiththeprofessionandexhibiting
moreconventionalappearance.Theuseofentirelywhitegarmentsappearstobea
satis-factoryoptioninthiscountry.
©2013ElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.
Introduc¸ão
Apesardosavanc¸ostecnológicosedasmudanc¸asqueaprática
médicatemsofridonasúltimasdécadas,questõesrelativasa
aparênciaevestuáriodosmédicosaindanãoforam
comple-tamenteesclarecidas.Otipoderoupaeacessóriosutilizados
pelosmédicosguardapotencialdeinfluenciaromodocomoa
relac¸ãomédico-pacienteseestabelece.
Vários estudos têm sido concentrados nesse tema em
diversospaíses,empregandoabordagensmetodológicas
vari-adas em cenários de atendimento clínico distintos.1–12 De
ummodo geral, os resultados indicaram que os pacientes
preferemmédicosemédicasqueutilizamestilosmais
con-servadores,emespecial ousodeavental branco.13 Estudos
mostraramqueumaparcelaexpressivadepacientesassocia
oaventalbrancoàfigurademédicoscomatitudeprofissional,
maisbempreparados,maispreocupadoscom ospacientes
emaishigiênicos.13,14 Contudo,parapelomenosumautor,
aanálisecriticadosresultados disponíveisnão suportade
maneiradefinitivaessasconclusões.15
Oiníciodousodeaventalbrancopelosmédicosremonta
aocomec¸odoséculoXXempaísesdohemisférionorte.13 A
tradic¸ãoacabouporassociaraoaventalbrancoousode
gra-vatapormédicosempaísesdelínguainglesa.Asrazõesque
levamosmédicosausaroaventalbrancosãovariadas,masas
maiscomumentereferidassãomelhoridentificac¸ãopor
paci-entesecolegas,protec¸ãodasprópriasroupascontralíquidos
esecrec¸õesepossibilidadedecarregarutensíliosnosbolsos.16
Umgrandenúmerodemédicosbrasileirosprefereousode
vestimentatotalmentebrancaparadesenvolvimentodesua
atividadeclínica.Asrazõesparaessaopc¸ãonãosãoclaras,
assimcomonãoencontramosnaliteraturareferênciaaesse
hábitoemnenhumoutropaís.
Apesar dointenso interesse profissionaldespertadopor
essetema,nãohánaliteraturanenhumestudopublicado
ava-liandoasopiniõesdepacientesbrasileirossobreomodode
sevestireaaparênciadeseusmédicos.Alémdisso,existem
poucosartigosnaliteraturainternacionalquepesquisaram
os médicos diretamente sobreessas questões,e nenhuma
investigac¸ãoquetenhaouvidoestudantesdeMedicina.
Opresenteestudotevecomoobjetivoinvestigaropiniões
de pacientes, médicos e estudantes de Medicina
brasilei-ros,todosenvolvidosematividadesnomesmohospitalgeral
universitário,sobreaimpressãotransmitidaporestilosde
ves-timentadiversos,possíveisdeseremadotadospormédicose
médicas.Domesmomodo,tambémseprocurouinvestigaro
graudeincômodopotencialemcadavoluntáriopelautilizac¸ão
dediferentesaderec¸oseacessóriosdevestimentapormédicos
oumédicasqueosatendessem.
Métodos
Oestudoenvolveuamostradeconveniênciaobtidajuntoao
HospitaldasClínicas daFaculdadedeMedicinadeRibeirão
Preto, da Universidade de São Paulo(HCFMRP-USP). Foram
incluídosestudantesdeMedicinadeambosossexos,
matri-culadosapartirdaterceirasériedocursomédico(GrupoE),
assim como médicos e médicas atuantes no hospital com
qualquertempodegraduac¸ão(GrupoM).Ogrupodepacientes
(Grupo P) foi constituído por indivíduos com idade
supe-riora18anos,abordadosenquantoaguardavamporconsulta
A
B
C
D
E
F
G
A
B
C
D
E
F
G
Figura1–Estilosdevestimentaavaliadospelosvoluntáriosdoestudo.A)Roupabranca;(B)Aventalbranco;(C)Avental social;(D)Formal;(E)Informal;(F)Casual;e(G)Centrocirúrgico.
Pacientespsiquiátricos,pediátricos,obstétricos,portadoresde
deficiênciaauditivaouvisual,internadosemleitosdeterapia
intensiva,emisolamentoouexibindomalestadogeralnão
foramabordadospara entrevistas.Domesmomodo,foram
excluídosdoestudopacientesanalfabetos.
Dois médicos voluntários, de sexo feminino e
mascu-lino,foramfotografadosusandotiposdiferentesdevestuário
paraodesenvolvimentodoinstrumentodepesquisa(fig.1).
Procurou-semanterasmesmascaracterísticasemtodas as
fotos,anãoserpelostrajesutilizados.Seteestilosde
vesti-mentasforamempregadosporambososmodelos:(A)roupa
branca, (B) avental branco, (C) avental social, (D) formal,
(E)informal,(F)casuale(G)centrocirúrgico.Asfotos
impres-sasforammontadasempainéiseapresentadas,semprena
mesmaordem,paratodososvoluntáriosdecadagrupo.Os
pesquisadorespediamparaosvoluntáriosescolherementre
asfotosexibidasdecadasexo:
1) Qualdessesmédicos(as)vocêesperaqueseja:
a. Maisinstruídoecompetente
b. Maisresponsável
c. Maispreocupadocomospacientes
d. Maishigiênico
2) Emqualdessesmédicos(as)vocêteriamaisconfianc¸ano
diagnósticoetratamentopropostos?
3) Qualdessesmédicos(as)vocêiriapreferirpara:
a. Umaconsultamédicaderotina
b. Umaconsultamédicadeurgência
c. Conversarsobreproblemaspsicológicos
d. Conversarsobreproblemassexuais
Umavezcompletadaessa fasedaentrevista,o
voluntá-rioeraorientadoaassinalaremumaficha“comosesentiria
caso omédico oua médicaquelhe atendesseusasse” um
entre20itensrelacionadoscomaaparência.Ositens
avalia-dosemambosossexosforam:shorts,bermudas,piercingfacial,
anéis,muitosanéis,cabelostingidos,cabelostingidoscomcor
extravagantecomoverdeouvermelho,tênis,sandálias,usode
camiseta,mangascurtasemangaslongas.Ositensavaliados
exclusivamenteparaosmédicosforam:usodebrincos,barba,
bigode,cabeloscompridos,paletó,gravata,jeanseausência
degravata. Itensavaliadosapenasparaasmulheresforam:
usodemaquiagemcarregada,brincosgrandes,casacosocial,
cabelossoltos,vestidolongo,blusasemmangas,blusa
com-pridaeblusamostrandoabarriga.Asopc¸õespararespostas
eram(i)incomodado,(ii)tantofaze(iii)àvontade.
Os resultados relativos à preferência de estilos de
vestimentaestãomostradosnaformadefrequênciase
por-centagens. Paracomparac¸ãodas preferências apresentadas
pelostrêsgruposquantoaos20itensdevestuários,as
respos-tas“tantofaz”e“àvontade”foramcombinadasnumamesma
categoria, “não incomodado”,ecomparadas com a
catego-ria“incomodado”pelotestedoChi-quadrado.Asignificância
estatísticafoiestabelecidaemumvalordep<0,05.
Todasasentrevistasforamrealizadaspelomesmogrupo
depesquisadoresenvolvidoscomoprojeto.Todosos
pesqui-sadorescoletaramdadosdevoluntáriospertencentesaostrês
grupos.OpresenteestudofoiaprovadopeloComitêdeÉtica
emPesquisadaInstituic¸ão(Processo11/4975)etodosos
volun-táriosassinaramtermodeconsentimentoinformado.
Resultados
Aolongode12mesesumtotalde509entrevistasforam
Shorts Shorts
Blusa mostrando a barriga
Piercing na face
Bermudas Muitos anéis Cabelo de cor extravagante Maquiagem carregada Brincos grandes camiseta Sandálias Casaco social Anéis Bermudas Sandálias Piercing na facc Muitos anéis Cabelo de cor extravagante Cabelos compridos Brinco camiseta Barba Paletó Anéis Tênis Tênis Gravata Bigode Jeans Cabelo tingido Cabclos soltos Vestido longo
Blusa sem manga
Mangas curtas Blusa comprida Mangas longas Cabclo tingido Mangas curtas Mangas longas Sem gravata 100 95 98,3* 100 92,7 96,3* 87,6 96* * * * * * 93,3 87,6 91,9 82,4 80,7 96 79 79,5 92,9 73,4 76,8 68,9 71,8 73,7 81,5 71,7 72,3 43,6 41,4 28,6 32,9 34,3 10,9 28,3 29,3 31,1 27,8 * 26,3 * 31,3 * * * 23,2 10,2 8,4 16 24,7 11,813,1 16,2 14,3 22,4 12,1 16,8 17,8 10,4 8,2 9,2 9,1 2,5 7,7 2,5 5,8 2 2,5 4,4 7,1 4,2 4 68 94,1 94,9 84,6 81,5 87,9 84,975,3 * * 79,8 86,6 65,7 64,5 63,3 47,5 37 40,4 48,1 13,4 26,1 26,3 42,5 31,3 40,9 30,3 33,6 21 8,1 32 13,4 26,3 15,1 27,3 25,9 10,9 12,1 25,1 8,4 11,1 17,8 22,7 10,1 9,3 4,2 3 7,4 2,5 0 2,3 0,8
0 20 40 (%) 60 80 100 0 20 40 (%) 60 80 100
27,4 43,7 49,6 71 * * * * * * * * * * 90,9 86,1 87,4 Pacientes Médicos Estudantes Médicos Médicas
Figura2–Percentualdevoluntáriosquerelataramficarincomodadoscomdiferentesitensdeaparênciapossíveisdeserem usadospormédicosoumédicas.
*p<0,05nacomparac¸ãoentregruposparaummesmoitempelotestedoChi-quadrado.
Apósanálisedasfichasobtidas,32foramdescartadasdevido
aerrosdepreenchimentoounúmeroexcessivodequestões
nãorespondidas.Aanálisefinalenvolveu259pacientes(57,1%
mulheres;52,9%internados),119estudantes(64,7%homens)
e99médicos(62,6%homens).Aidademédiadospacientesfoi
de47,8±17,4anos,adosestudantes23,1±2,9anoseados
médicos37,4±12,4anos.
Asfrequênciasdasescolhasdosgruposdevoluntáriospor
estilosdevestimentaselecionadosemrespostaàsnove
per-guntasestãolistadasnatabela1.Amaioriadasrespostasdos
voluntários,tantoparaoprofissionalmasculinoquantoparao
feminino,envolveuousoderoupabranca(estiloA)ouavental
branco(estilosBeC),eemmuitasquestõesospercentuaisde
preferênciareferidosparaessestrêsestilosforampróximos.
Excec¸õesànormaforamasrespostasdosGruposEeM
rela-tivasàpreferênciadoprofissionalparaconsultasdeurgência,
paraaqualotrajedecentrocirúrgico(estiloG)foiaopc¸ão
maiscomumparaambosossexos.
Entreospacientes,oestilomaisfrequentementeescolhido
emrespostaàsquestõesfoiousoderoupabranca(estiloA),
opc¸ãopredominanteem17 das 18respostas possíveis,em
umaúnicaocasiãoassociadaemigualporcentagemao
aven-talbranco(estiloB) (tabela1).Jáentreos médicos,oestilo
aventalsocial(C)foiselecionadomaisfrequentementecomo
preferidoparaasrespostasrelativasaoprofissional
mascu-lino(6em9),enquantooaventalbranco(estiloB)foiaopc¸ão
maiscomumpara asquestõesrelacionadas aoprofissional
feminino(8em9).Ocomportamentodaspreferências
exibi-das pelosestudantesdeMedicinafoi muitosemelhanteao
apresentadopelosmédicos.
Osestilosformal(D)ecasual(F)nãoforamopc¸ão
prefe-rencial denenhum dosgruposemnenhumadas situac¸ões
propostas.Jáoestiloinformal(E)foiaopc¸ãopreferidapela
maioriadosintegrantesdoGrupoMparaconversascom
pro-fissionaldosexomasculinoacercadeproblemaspsicológicos.
Afigura2mostraopercentualdevoluntáriosquese
senti-riamincomodadosnaeventualidadedeseumédicooumédica
exibirdeterminadoitemrelacionadocomaaparência.Ositens
quecursaramcomreferênciaaoincômodonumafrequência
superiora50%empelomenosumdostrêsgrupospara
pro-fissionaisdosexomasculinoforam:usodeshortsebermudas,
muitosanéis,piercingfacial,sandálias,cabelosdecor
extra-vagante,cabeloscompridosebrincos.Jáparaosprofissionais
dosexofemininotaisitensforamshorts,blusasmostrandoa
barriga,piercingfacial,bermudas,muitosanéis,cabelosdecor
extravaganteemaquiagemcarregada.
Aproporc¸ãodeincômodoreferidopelostrêsgrupos
mos-troudiferenc¸assignificativasnascomparac¸õesefetuadaspara
amaioriadositensdeaparênciadoprofissionalmasculino,
excec¸ãofeitaaousodepaletó,cabelotingido,mangascurtas,
mangaslongaseausênciadegravata.Diferenc¸assignificativas
Tabela1–Preferênciasinformadasporpacientes,médicoseestudantesdeMedicinarelativasàimpressãotransmitida pordiferentesestilosdevestimentaadotadospormédicosemédicas.
Perguntas Gênero Grupos Estilodevestimenta
A B C D E F G
Maisinstruído ecompetente
Médico P 92(35,5%) 57(22%) 73(28,2%) 12(4,6%) 3(1,2%) 0 19(7,3%) M 4(4%) 30(30,3%) 55(55,6%) 8(8,1%) 2(2%) 0 0 E 8(6,7%) 25(21%) 79(66,4%) 5(4,2%) 1(0,8%) 1(0,8%) 0 Médica P 93(35,9%) 75(29%) 62(23,9%) 12(4,6%) 1(0,4%) 2(0,8%) 13(5%)
M 6(6,1%) 68(68,7%) 24(24,2%) 1(1%) 0 0 0
E 12(10,1%) 70(58,8%) 32(26,9%) 4(3,4%) 0 1(0,8%) 0 Maisresponsável Médico P 64(24,7%) 52(20,1%) 75(29%) 45(17,4%) 2(0,8%) 1(0,4%) 19(7,3%)
M 10(10,1%) 24(24,2%) 59(59,6%) 3(3%) 2(2%) 1(1%) 0 E 16(13,4%) 27(22,7%) 63(52,9%) 11(9,2%) 1(0,8%) 0 1(0,8%) Médica P 82(31,7%) 82(31,7%) 54(20,8%) 24(9,6%) 0 1(0,4%) 15(5,8%)
M 12(12,1%) 58(58,6%) 28(28,3%) 1(1%) 0 0 0 E 21(17,6%) 62(52,1%) 30(25,2%) 4(3,4%) 0 0 2(1,7%) Maispreocupado
comospacientes
Médico P 91(35,1%) 56(21,6%) 58(22,4%) 11(4,2%) 0 2(0,8%) 41(15,8%) M 25(25,3%) 34(34,3%) 31(31,3%) 1(1%) 5(5,1%) 0 1(1%) E 44(37%) 29(24,4%) 35(29,4%) 1(0,8%) 5(4,2%) 1(0,8) 4(3,4%) Médica P 94(36,3%) 66(25,5%) 49(18,9%) 14(5,4%) 0 4(1,5%) 32(12,4%)
M 25(25,3%) 50(50,5%) 18(18,2%) 0 3(3%) 3(3) 0 E 48(40,3%) 59(49,6%) 8(6,7%) 1(0,8%) 0 2(1,7%) 1(0,8%) Maishigiênico Médico P 110(42,5%) 43(16,6%) 59(22,8%) 16(6,2%) 3(1,2%) 6(2,3%) 22(8,5%) M 23(23,2%) 29(29,3%) 39(39,4%) 1(1%) 1(1%) 0 6(6,1%) E 36(30,3%) 26(21,8%) 41(34,5%) 1(0,8%) 0 14(11,8%) 0 Médica P 140(54,1%) 50(19,3%) 38(14,7%) 10(3,9%) 3(1,2%) 2(0,8%) 16(6,2%)
M 23(23,2%) 47(47,5%) 24(24,2%) 0 0 0 5(5,1%)
E 42(35,3%) 44(37%) 10(8,4%) 0 0 0 22(18,5%)
Maiorconfianc¸a nodiagnóstico etratamento
Médico P 84(32,4%) 62(23,9%) 78(30,1%) 14(5,4%) 2(0,8%) 4(1,5%) 15(5,8%) M 18(18,2%) 31(31,3%) 47(47,5%) 1(1%) 1(1%) 0 0 E 8(6,7%) 29(24,4%) 70(58,8%) 4(3,4%) 3(2,5%) 1(0,8%) 3(2,5%) Médica P 84(32,4%) 77(29,3%) 66(25,5%) 9(3,5%) 0 5(1,9%) 18(6,9%)
M 11(11,1%) 56(56,6%) 31(31,3%) 0 0 0 0
E 18(15,1%) 62(52,1%) 35(29,4%) 0 0 0 0
Consulta derotina
Médico P 116(44,8%) 68(26,3%) 59(22,8%) 3(1,2%) 4(1,5%) 4(1,5%) 5(1,9%) M 14(14,1%) 38(38,4%) 43(43,4%) 1(1%) 1(1%) 2(2%) 0 E 21(17,6%) 48(40,3%) 34(28,6%) 3(2,5%) 8(6,7%) 4(3,4%) 1(0,8%) Médica P 119(45,9%) 79(30,5%) 40(15,4%) 5(1,9%) 4(1,5%) 2(0,8%) 10(3,9%)
M 13(13,1%) 60(60,6%) 25(25,3%) 0 0 1(1%) 0 E 32(26,9%) 68(57,1%) 13(10,9%) 1(0,8%) 3(2,5%) 0 2(1,7%) Consulta
deurgência
Médico P 84(32,4%) 65(25,1%) 53(20,5%) 6(2,3%) 4(1,5%) 1(0,4%) 46(17,8%) M 14(14,1%) 23(23,2%) 28(28,3%) 0 1(1%) 1(1%) 32(32,3%) E 18(15,1%) 11(9,2%) 11(9,2%) 0 4(3,4%) 0 75(63%) Médica P 83(32%) 65(25,1%) 53(20,5%) 0 4(1,5%) 5(1,9%) 49(18,9%)
M 14(14,1%) 34(34,3%) 5(5,1%) 0 0 1(1) 45(45,5%) E 18(15,1%) 24(20,2%) 5(4,2%) 0 0 1(0,8%) 71(59,7%) Conversarsobre
problemas psicológicos
Médico P 79(30,5%) 55(21,5%) 48(18,5%) 25(9,7%) 22(8,5%) 24(9,3%) 6(2,3%) M 12(12,1%) 22(22,2%) 26(26,3%) 5(5,1%) 30(30,3%) 4(4%) 0 E 15(12,6%) 25(21%) 26(21,8%) 3(2,5%) 34(28,6%) 16(13,4%) 0 Médica P 74(28,8%) 60(23,3%) 52(20,2%) 27(10,5%) 21(8,2%) 17(6,6%) 6(2,3%)
M 8(8,1%) 44(44,4%) 22(22,2%) 4(4%) 17(17,2%) 4(4%) 0 E 20(16,8%) 50(42%) 10(8,4%) 3(2,5%) 18(15,1%) 18(15,1%) 0 Conversarsobre
problemas sexuais
Médico P 85(32,8%) 56(31,6%) 62(23,9%) 12(4,6%) 16(6,2%) 19(7,3%) 8(3,1%) M 13(13,1%) 23(23,2%) 38(38,4%) 5(5,1%) 15(15,2%) 5(5,1%) 0 E 22(18,5%) 24(20,2%) 34(28,6%) 5(4,2%) 15(12,6%) 8(6,7%) 0 Médica P 87(33,7%) 63(24,4%) 46(17,8%) 17(6,6%) 20(7,8%) 20(7,8%) 5(1,9%)
M 17(17,2%) 53(53,5%) 20(20,2%) 1(1,1%) 6(6,6%) 2(2,2%) 0 E 31(26,1%) 50(42%) 16(13,4%) 4(3,4%) 10(8,4%) 8(6,7%) 0
foramobservadascomasperguntasrelativasaoprofissional
feminino,excetoparaositensblusamostrandoabarriga,
mui-tosanéis,cabelosdecorextravagante,maquiagemcarregada,
blusacomprida,mangaslongasecabelostingidos.
Discussão
Esteéoprimeiroestudoqueabordouaspectosrelativosa
jul-gamentosde valorsobreomododesevestireàaparência
dosmédicos feito noBrasil. Além disso, este é o primeiro
estudorealizadoemnívelmundialquetambémabordouas
opiniõesdosestudantesdeMedicinasobreotema.Os
resulta-dosobtidosmostramquetodososgruposconsultadosavaliam
melhorprofissionais queadotamestilosdevestimenta
tra-dicionalmenteligadoscom apráticada Medicina.Todosos
gruposreferiramelevadograudedesconfortocom
profissio-naisqueexibissemelementosdeaparênciaexcessivamente
liberais.
Aanálisedoperfildeestilosdevestimentaselecionados
pelospacientesemfunc¸ãodasquestõesefetuadasmostraque
amaioriadasrespostasseconcentrouemaparências
classi-camenteidentificadascomaprofissãomédicaemnossomeio
(estilosA,BeC),tantoparaoprofissionalmasculinoquanto
paraofeminino.Issofoiverdademesmoparaperguntas
liga-dasaoatendimentodesituac¸õesdeurgênciaouàabordagem
detemasíntimosedenaturezapsicológica.Essesresultados
sugeremfortementeque,àsemelhanc¸adojádescritono
exte-rior,aadoc¸ãodeuniformesprofissionaispelosmédicosgera
maiorconfianc¸aeidentificac¸ãotambémporpartedos
pacien-tesbrasileiros.
Entreosestilosindividuaisselecionadospelospacientes,
avestimentainteiramente branca foi escolhidacom maior
frequência,tantoparaoprofissionalmasculinoquantopara
ofeminino.Issofoiparticularmenteverdadeparaa
aparên-ciade higieneecomo opc¸ãopara consulta de rotina.Esse
achadoindicaquetalestilodevestimentaéumaboaopc¸ão
aseradotadapelosmédicosbrasileiros,poisalémdeagradar
umnúmerosubstancialdepacientes,trazmaiorconfortonum
paísondetemperaturaselevadasocorremboapartedoano.
Quandoospercentuaisderespostasenvolvendoosestilos
aventalbrancoeaventalsocialsãocomparados,observa-se
queospacientesbrasileirosnãoexibemclarapreferênciapor
médicoscomgravatas.Jáentreasmulheres,ousolimitado
apenasaoaventalpareceseratémaisbemaceitodoqueo
estiloaventalsocial.Énecessário reconhecerainda que,se
osestilosavental brancoe aventalsocialfossem
combina-dosemumaúnicacategoria,apreferênciamaiscomumente
expressa pelos pacientes seria o avental (16/18). Porém,
mesmonessecenárioousoderoupabrancaaindase
mante-riaassociadocomaaparênciadeprofissionalmaishigiênico
emambosossexos.
Asrespostasdadas pormédicos formadose estudantes
de Medicina relativas aos estilos investigados tenderam a
sermuitosemelhantes.Denota,os médicosoptarammais
frequentemente pelo estiloavental social (C), enquanto os
estudantespeloaventalbranco(B),paraconsultasderotina
comprofissionaismasculinos.Outrodadorelevantefoi
rela-cionadocomapreferênciaporprofissionaldesexomasculino
paraconversassobreproblemaspsicológicos.Nessasituac¸ão
tanto os médicos como os estudantes optaram mais
fre-quentementepelaadoc¸ãodoestiloinformal(E).Issosugere
que tanto médicos como estudantes se sentiriam mais a
vontade paradiscutirproblemaspessoaisconversandocom
alguémencaradocomosendodomesmonível,umapessoa
vistacomocolegaeamigo.Entretanto,esseprincípioparece
nãoseaplicaraosprofissionaisdesexofemininocuja
compe-tênciaaindapareceprecisarseimporpelousodoavental.
Asvisõesdemédicoseestudantesquantoaosestilosde
vestimentafoisubstancialmentediferentedaquelaexpressa
pelos pacientes.Grande percentualde médicos e
estudan-tesoptoupeloestiloaventalsocialparaprofissionaisdesexo
masculinoeaventalbrancoparaosexofeminino,diantede
diferentes cenários. Jáos pacientes mostraram maior
pre-ferência pela vestimenta brancado que os demais grupos
frente às mesmas perguntas. Um elemento que pode ter
contribuídoparataisresultadosseriaainfluênciade
estereó-tipostransmitidospormeiosdecomunicac¸ão,emparticular
séries televisivas produzidas na América do Norte. Nesse
contexto, principalmente os médicos formados desejariam
adotar,aindaqueinconscientemente,estilosvisuaisde
médi-cosmuitocompetentesedesucesso,aindaqueestesfossem
apenaspersonagensdeficc¸ãoorigináriosdepaíses
estrangei-ros.Umfatoquefalaafavordessahipóteseéanítidaopc¸ão
demédicoseestudantespelosprofissionaisusandoroupade
centrocirúrgicoparaatendimentodeconsultasdeurgência,
enquantooestiloprediletodospacientesparaesteitemfoi,
maisumavez,aroupabranca.
Noquedizrespeito àprevalênciadeincômodofrente a
itensdaaparênciaexibidospormédicosemédicas,todosos
grupos tenderama exibircomportamento bastante
conser-vador.Resultadossemelhantesjáforamobtidosemestudos
realizadoscompacientesemoutrospaíses.6,17,18Ositenscom
maior grau de reprovac¸ão foram uso de shorts, bermudas,
muitosanéis,piercingfacial,cabelos decoresextravagantes
e,paraosexomasculino,usodesandáliasecabelos
compri-dos.Para oprofissionalfemininotambémforam motivode
grandereprovac¸ãoblusasmostrandoabarrigaemaquiagem
carregada.
É interessante notar que comparac¸ões feitas entre os
três grupos, para cada um dos 20 itens analisados,
mos-tram diversas diferenc¸as no grau de desconforto exibido
pelostiposdistintosdevoluntários.Osprofissionaisformados
mostraram-semaisincomodadosdoqueospróprios
pacien-tesemmuitosaspectos,taiscomoousodebrincos,barbae
bigodepelosmédicos,eousodeshorts,blusasmostrandoa
barriga,piercingfacial,emuitosanéispelasmédicas.Poroutro
lado,estudantesmostraramgraudereprovac¸ãomenordoque
pacientesemédicosfrenteamuitositensdaaparência,tanto
paraprofissionaismasculinos,taiscomopiercingfacial,
cabe-loscompridos,barbaeusodebrincos,comotambémquanto
àsmédicas(blusasmostrandoabarriga,brincosgrandes,
pier-cingfacial, ecabelos soltos,porexemplo). Estudopréviojá
haviaconstatadoqueosmédicosfrequentementesãomuito
maisconservadoresdoqueospacientesemrelac¸ãoa
diver-sos aspectosdo vestuárioeesse seria umcomportamento
aprendidonoprópriocursomédico.19Omenorgraude
des-confortodosestudantesparamuitositensdeveserreflexoda
faixaetáriamaisbaixadessegrupo.Possivelmente,àmedida
aproximam a dos profissionais formados e atuantes na
profissãohámaistempo.20
Esteestudoinvestigouapenasaimpressãotransmitidapor
diferentesestilosdevestimentaeograudedesconforto
cau-sadoporelementosdistintosdaaparênciademédicossobre
pacientes,estudantesdeMedicinaecolegasdeprofissão.
Con-tudo,umaspectoquenãopodedeixardeserlevadoemconta
quandosediscutevestuáriomédicoéoriscodatransmissão
deinfecc¸ões.Estudosmostramqueoaventalbrancousado
continuamente acabapor setornar contaminado por
dife-rentestiposdemicro-organismos,especialmentenosbolsos
enospunhos das mangas longas.21,22 O mesmoéverdade
paragravatas,excetoasdotipoborboleta.23Acontaminac¸ão
seriaexplicadapelofatodasmangas longasegravatas
fre-quentementeentrarememcontatocomáreasdocorpodos
pacientes.Dessemodo,ocontatodeitensdevestuário
con-taminados poderia ser causa de transmissão de infecc¸ão
cruzadaentrepacientes,especialmentenoambiente
hospi-talar.Emfunc¸ãodessapossibilidadeedetemoresexistentes
naopiniãopública,oDepartamentodeSaúdedoReinoUnido
publicourecomendac¸õesparavestuárioeuniformesde
fun-cionáriosatuantes no campoda saúde daquelanac¸ão.24–26
Asorientac¸ões envolvem o uso semprede mangas curtas,
abolic¸ãodegravatas, unhascortadascurtaseasseadasea
nãoutilizac¸ãodeanéis erelógiosde pulso,excetoalianc¸as
decasamentoou,excepcionalmente,relógiosquepossamser
lavadoscom águaesabão.Éimportantesalientarqueessa
éumaquestãopolêmicaequeatéhojenãoexistem
evidên-ciasconclusivasacercadarealcontaminac¸ãodepacientespor
essasvias.27,28
Éinteressantenotarqueapreferênciaporroupas
bran-cas,expressaporpercentualsignificativodospacientesdeste
estudo,acabatambémcontemplandoasrecomendac¸ões
fei-taspelaagênciainglesa.Oestiloroupabrancapareceentão
conterumasériedevantagens:émaisconfortávelnocalor,
podeserusadosemmangaslongas,provocaimpressõesde
profissionalismo e higienenos pacientes e,ao ser trocado
elavado todososdias,minimizaoriscodatransmissãode
infecc¸ões.
A maioria dos estudos indicativos que a aparência dos
médicoséelemento importante parao estabelecimentode
relac¸ãomédico-pacientesatisfatória,empregoumetodologia
semelhante à utilizada nesta investigac¸ão, com
preenchi-mento de questionários em resposta a apresentac¸ão de
painelcomfotos.Quandoforamrealizadosestudos
prospec-tivos com médicos utilizando roupas diferentes como, por
exemplo,roupadecentrocirúrgicoouaventalbrancoem
uni-dadedeurgência,otipodevestuárionãoinfluenciouograude
satisfac¸ãomanifestadopelospacientesapósaconsulta.29–31
Esses dados sugerem fortementeque, embora a aparência
possaserimportanteimediatamenteantesenosmomentos
iniciaisdo contato,aatitude eo comportamento
demons-trados pelo profissionaldurante a consulta são os fatores
realmentedeterminantes paraaavaliac¸ãofinal docuidado
recebido.13,15
Vale ainda ressaltar que em todas as fotos utilizadas
no presente estudo o profissional exibia um crachá com
identificac¸ãoefotografia.Aidentificac¸ãoadequadadomédico
no ambientede trabalho, tanto para pacientes como
tam-bém para os demais profissionais da saúde e colegas, é
fundamental e independe do estilo de vestimenta a ser
utilizado.17
Apresenteinvestigac¸ãoexibeumasériedelimitac¸õesentre
asquaisacoletadedadosemumúnicocentromédicodo
inte-riorpaulista.Dessemodo,asopiniõesexpressasnãorefletem
obrigatoriamente outrasrealidadesregionaisdopaís. Além
disso, baseia-setotalmenteemrespostasfrente afotosea
apresentac¸ãodeumalistahipotéticadeopc¸õesdeaparência.
Épossívelqueosvoluntáriosreferissemopiniõesdiferentes
diantedesituac¸õesdeatendimentoreal.Finalmente,a
inclu-são dedois estilosenvolvendoaventais(B eC)dificultoua
identificac¸ãodepreferênciasclarasemrelac¸ãoàroupa
total-mentebranca(estiloA).
Apesar das limitac¸ões, os dados encontrados nesta
investigac¸ão permitem concluir que pacientes, médicos e
estudantes de Medicina brasileiros desenvolvem melhor
impressão inicial de médicos que utilizam trajes
tradicio-nalmente associados com a profissãoe de aparênciamais
convencional. O uso da vestimenta inteiramente branca
pareceseropc¸ãobemsatisfatóriaemnossomeio.
Conflitos
de
interesse
Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.
Agradecimentos
OsautoresagradecemaosDrs.FlávioCalilPeteaneIngridDick
dePaulaporsuaatuac¸ãocomomodelosparaasfotos.
r
e
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r
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