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Acute abdomen: spontaneous bladder rupture as an important differential diagnosis.

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Rev. Col. Bras. Cir. 2009; 36(4): 364-365

G o m e s G o m e s G o m e s G o m e s G o m e s Abdome agudo: ruptura espontânea de bexiga como um importante diagnóstico diferencialRelato de CasoRelato de CasoRelato de CasoRelato de CasoRelato de Caso

Abdome agudo: ruptura espontânea de bexiga como um

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importante diagnóstico diferencial

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Acute abdomen: spontaneous bladder rupture as an important differential

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diagnosis

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CARLOS AUGUSTO GOMES, TCBC-MG1; ANDRÉ AVARESEDE FIGUEIREDO2; CLEBER SOARES JÚNIOR, TCBC-MG3; JOSÉ MURILLO BASTOS

NETTO4; FABRÍCIO RODRIGUES TASSI5

Trabalho realizado na Universidade Federal de Juiz de Fora – MG -Hospital Monte Sinai – Juiz de Fora – MG – BR.

1. Professor Adjunto Doutor do Departamento de Cirurgia da UFJF – MG - BR; 2. Professor Adjunto Doutor do Departamento de Morfologia da UFJF – MG - BR; 3. Médico Assistente Mestre do Departamento de Cirurgia da UFJF – MG - BR; 4. Professor Adjunto Doutor do Departamento de Morfologia da UFJF – MG - BR; 5. Médico Residente da Santa Casa de Belo Horizonte – MG - BR.

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A

ruptura espontânea intraperitoneal de bexiga é rara e pode ter evolução grave e letal caso o diagnóstico e o tratamento precoce sejam omitidos1. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de ruptura espontânea de bexiga com diagnóstico intra-operatório e má evolução clí-nica.

RELATO DO CASO

RELATO DO CASO

RELATO DO CASO

RELATO DO CASO

RELATO DO CASO

Mulher de 79 anos, diabética, com antecedente de infecção urinária de repetição e incontinência urinária, procurou o hospital com dor hipogástrica e febre há dois dias. Ao exame físico, apresentava com dor hipogástrica sem sinais de irritação peritoneal. Exames laboratoriais mos-traram anemia, uréia sérica de 54mg/dl e creatinina sérica de 1,3mg/dl, hematúria microscópica e urocultura positiva para E. coli.

A paciente evoluiu após 24 h com distensão ab-dominal, oligúria e sinais de sepse, sendo transferida para a Unidade de Terapia Intensiva. A tomografia computadorizada de abdome não evidenciou líquido livre peritoneal ou outras alterações significativas (Figura 1). Apesar da antibioticoterapia, houve piora progressiva do quadro séptico sendo indicado laparotomia exploradora, tendo como principal suspeita isquemia mesentérica. Du-rante o procedimento, foi evidenciado peritonite, com necrose e ruptura da cúpula vesical peritoneal bloqueada pelas alças de íleo. Foi então realizado desbridamento do tecido necrótico perivesical, cistostomia e rafia do segmen-to perfurado da bexiga. O exame hissegmen-tológico de segmensegmen-to vesical próximo ao local da perfuração não mostrou doen-ça maligna.

A paciente evoluiu com manutenção do quadro séptico a despeito das medidas clínicas adotadas, má evo-lução clínica e óbito no nono dia após o tratamento opera-tório.

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO

DISCUSSÃO

A ruptura espontânea de bexiga ocorre em pacientes com retenção urinária, diminuição da sensi-bilidade vesical, infecção urinária e isquemia da pare-de vesical, consequente ao aumento da pressão intravesical. Os mecanismos fisiopatológicos levam ao seu rompimento no ponto mais frágil, que, via de re-gra, é o segmento peritoneal1. Desta forma, pacientes c o m b e x i g a n e u r o g ê n i c a , a n t e c e d e n t e s d e enterocistoplastia, após radioterapia pélvica e com tu-mores malignos de bexiga são os mais propensos ao desenvolvimento da complicação1. No presente caso, a paciente apresentava diabetes e antecedente de incon-tinência urinária. Na cistopatia diabética, ocorre dimi-nuição da sensibilidade vesical e hipocontratilidade detrusora, provocando permanente alto resíduo

pósFigura 1 -Figura 1 -Figura 1 Figura 1

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G o m e s G o m e sG o m e s G o m e sG o m e s

Abdome agudo: ruptura espontânea de bexiga como um importante diagnóstico diferencial 365

Rev. Col. Bras. Cir. 2009; 36(4): 364-365

miccional e incontinência por transbordamento. A re-tenção urinária crônica e a infecção urinária podem ter sido os fatores que contribuíram pela ruptura vesical verificados nesta paciente. São também citados como fatores implicados na ruptura da bexiga, a ingestão al-coólica, por determinar alteração da sensibilidade vesical, poliúria com hiperdistensão vesical e maior suscetibilidade a pequenos traumas2.

Clinicamente, os pacientes com ruptura vesical apresentam dor abdominal difusa, mais intensa no andar inferior do abdome, ascite urinária, distensão abdominal, retenção urinária e oligúria ou anúria após cateterismo vesical2. Uréia e creatinina estão aumentadas em 45% dos casos já nas primeiras 24h, e em praticamente 100% após 24h de ruptura, com maior aumento da uréia pela sua maior absorção peritoneal3.

O método de imagem de escolha é a cistografia, que demonstra vazamento intraperitoneal do contraste. A acurácia é próxima de 100%, porém, algumas lesões podem passar despercebidas se houver bloqueio da perfuração pelas alças de intestino delgado4. A tomografia computadorizada

pode mostrar líquido livre intraperitoneal, apesar de isolada-mente não permitir o diagnóstico definitivo.

O tratamento da ruptura intraperitoneal de bexi-ga é cirúrgico, por meio do desbridamento operatório, rafia da perfuração vesical e lavagem da cavidade abdominal com solução salina a 0,9%. A laparoscopia é excelente alternativa para o esclarecimento diagnóstico, após a reali-zação dos métodos de imagem e deve ser indicada nos casos de persistente dúvida diagnóstica5.

O conhecimento desta grave afecção, com alta taxa de mortalidade (47%) e a instituição precoce do trata-mento operatório são os pré-requisitos para se evitar a in-desejável evolução para sepse abdominal e óbito1.

Apesar de doença urológica, os cirurgiões gerais devem ser alertados para a possibilidade da ruptura espon-tânea de bexiga. Quadros de abdome agudo com dor hipogástrica, infecção e sintomas urinários em pacientes diabéticos ou portadores de neuropatia ou doença vesical, fazem pensar na possibilidade da afecção. O diagnóstico precoce por meio de cistografia ou exploração cirúrgica, podem impedir sua má evolução clínica.

A B S T R A C T A B S T R A C T A B S T R A C T A B S T R A C T A B S T R A C T

A case of spontaneous perforation of the bladder in a diabetic female patient is reported. It is a rare clinical condition, that should be suspected in patients with a past history of radiotherapy to the pelvis, enterocystoplasty and those suspected of having a tumor in the bladder. A general surgeon should be aware of this possibility in the differential diagnosis of an acute abdomen.

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Key words: Urinary Bladder. Rupture, Spontaneous. Abdomen, acute. Diagnosis, differential.

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

REFERÊNCIAS

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REFERÊNCIAS

1. Basavaraj DR, Zachariah KK, Feggetter JGW. Acute abdomen -remember spontaneuous perforation of the urinary bladder. J R Coll Surg Edinb. 2001; 46(5):316-7.

2. Rackley R, Vasavada SP, Battino BS. Bladder trauma [Internet]. Omaha: EMedicine; 2004. Available from: http:// www.emedicine.com/med/topic2856.htm

3. Ekuma-Nkama EN, Garg VK, Barayan S. Spontaneous rupture of bladder in a primipara. Ann Saudi Med. 1997; 17(6):646-7. 4. Santucci RA, Mcaninch JW. Bladder injuries: evaluation and

management. Braz J Urol. 2000; 26(4):408-14.

5. Platter DL, Vaccaro JP, Nelson LE. Bladder trauma [Internet]. Omaha: EMedicine; 2008. Available from: http:// www.emedicine.com/radio/topic81.htm

Recebido em 22/04/2006

Aceito para publicação em 30/06/2006 Conflito de interesse: nenhum Fonte de financiamento:nenhuma

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Tassi FR, Figueiredo AA, Gomes CA,Soares Júnior C,Bastos Netto JM. Abdome agudo: ruptura espontânea de bexiga como um importante diagnóstico diferencial. Rev Col Bras Cir. [periódico na Internet] 2009; 36(4). Disponível em URL: http://www.scielo.br/rcbc

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