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Equinococose policística na Amazônia oriental brasileira: atualização da casuística.

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Academic year: 2017

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Equinococose policística na Amazônia oriental brasileira:

atualização da casuística

Polycystic echinococcosis in the Eastern Brazilian Amazon: an update

Manoel do Carmo Pereira Soares

1

, Carlos Augusto Moreira-Silva

1

, Max Moreira Alves

1

, Heloisa

Marceliano Nunes

1

, Ivanete Abraçado do Amaral

2

, Lizomar de Jesus Maués Pereira Móia

2

,

Simone Regina Souza da Silva Conde

2

, Fernanda Barbosa Almeida

3

Rosângela Rodrigues-Silva

3

e José Ângelo Barletta Crescente

4

RESUMO

Me d i a n te c ri té ri o s e p i d e m i o ló gi c o s, c lí n i c o s e la b o ra to ri a i s, f o i le va n ta d a a c a su í sti c a d e e q u i n o c o c o se p o li c í sti c a n o p e rí o d o d e 1 9 6 2 a 2 0 0 3 , n o â m b i to d a Am a zô n i a o ri e n ta l b ra si le i ra , i n c lu i n d o c a so s i n é d i to s e a q u e le s já p u b li c a d o s. De ssa f o rm a , f o ra m i d e n ti f i c a d o s 4 0 c a so s d a d o e n ç a n o re f e ri d o p e rí o d o , c o m p re e n d e n d o c a so s p ro c e d e n te s d o s e sta d o s d o Pa rá e Am a p á , Bra si l. A a m p li tu d e d a s i d a d e s f o i d e 1 0 a 7 2 a n o s. Do to ta l 4 7 ,5 % p e rte n c i a m a o se x o m a sc u li n o . O f í ga d o f o i o ó rgã o m a i s a c o m e ti d o ( 8 2 ,5 % d o s c a so s) . O Ec hinoc oc c us vogeli ( Ra u sc h e Be rn ste i n , 1 9 7 2 ) , a p re se n to u - se c o m o o p ri n c i p a l a ge n te e ti o ló gi c o e n vo lvi d o . A p a rti r d o re c o n h e c i m e n to d a i m p o rtâ n c i a e d a s i m p li c a ç õ e s d o m a n e jo d a e q u i n o c o c o se p a ra a re gi ã o tro p i c a l, a c re d i ta - se q u e d e ve rá o c o rre r u m a i m p le m e n ta ç ã o d o d i a gn ó sti c o p re c o c e , tra ta m e n to a d e q u a d o e d e u m m e lh o r re gi stro d a d o e n ç a .

Pal avr as-chave s: Eq u i n o c o c o se . Hi d a ti d o se . Ec hinoc oc c us vogeli.

ABSTRACT

By m e a n s o f e pide m io lo gic a l a n d c lin ic a l- la b o ra to ria l a ppro a c he s wa s c o n so lida te d a n u pda te o f po lyc ystic e c hin o c o c c o sis i n th e Ea ste rn Bra zi li a n Am a zo n , p e ri o d f ro m 1 9 6 2 to 2 0 0 3 , i n c lu d i n g u n p u b li sh e d c a se s a n d th o se a lre a d y p u b li sh e d . In th a t wa y, th e y we re i d e n ti f i e d 4 0 c a se s o f th e d i se a se i n re f e rre d p e ri o d , u n d e rsta n d i n g c a se s c o m i n g f ro m th e Sta te s o f Pa rá a n d Am a p á , Bra zi l. Th e wi d th o f th e a ge s we n t f ro m 1 0 to 7 2 ye a rs a n d 4 7 ,5 % b e lo n ge d to th e m a sc u li n e se x . Th e li ve r wa s th e a tta c k e d o rga n ( 8 2 ,5 % o f th e c a se s) . Th e Ec hinoc oc c us vogeli ( Ra u sc h a n d Be rn ste i n , 1 9 7 2 ) , c o m e s a s th e m a i n a ge n t i n vo lve d . Sta rti n g f ro m th e re c o gn i ti o n o f th e i m p o rta n c e a n d o f th e i m p li c a ti o n s o f th e h a n d li n g o f th e e c h i n o c o c c o si s f o r th e tro p i c a l a re a , i t i s b e li e ve d th a t sh o u ld h a p p e n a n i m p ro ve m e n t o f th e d i a gn o si s, a p p ro p ri a te tre a tm e n t a n d o f a b e tte r re gi stra ti o n o f th e d i se a se .

Ke y-words: Ec h i n o c o c c o si s. Hi d a ti d o si s. Ec hinoc oc c us vogeli.

1 . Instituto Evandro Chagas da Sec retaria de Vigilânc ia em Saúde do Ministério da Saúde, B elém, PA. 2 . Ho spital da Fundaç ão Santa Casa de Miseric ó rdia do Pará, B elém, PA. 3 . Labo rató rio de Helminto s Parasito s de Vertebrado s do Departamento de Helminto lo gia do Instituto Oswaldo Cruz da Fundaç ão Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro , RJ. 4 . Ho spital Universitário Jo ão de B arro s da Universidade Federal do Pará, B elém, PA.

En d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c i a : Dr. Ma n o e l S o a r e s . S e ç ã o de He p a to l o gi a do I n s ti tu to Eva n dr o Ch a ga s . Av. Al m i r a n te B a r r o s o 4 9 2 , Ma r c o , 6 6 0 9 0 - 0 0 0 B e lé m, PA,

Telefax: 9 1 2 1 1 -4 4 1 8 .

e-mail: mano elso ares@ iec .pa.go v.br

Quatr o e spé c ie s do gê ne r o Ec h i n o c o c c u s ( Rudo lphi, 1 8 0 1 ) e c uj as lar vas po dem infec tar o ho mem, têm sido desc ritas: E. gra n u lo su s ( B atsc h, 1 7 8 6 ) , c ausa hidatidose uniloc ular e se distribui em todo o mundo; E. m u lti lo c u la ri s

( Leuc kart, 1 8 6 3 ) , c ausa a hidatidose alveolar e é enc ontrada e m a lgum a s r e giõ e s á r tic a s e a lgum a s á r e a s da Eur o pa ;

E. o li ga rth ru s ( Die sing, 1 8 6 3 ) , e xc e pc io nalme nte po de pr o duzir do enç a po lic ístic a no ho mem e E. vo ge li ( Rausc h e B e r nste in, 1 9 7 2 ), e spé c ie de de sc r iç ão mais r e c e nte , princ ipal implic ada na etiologia da hidatidose ( neotropic al)

polic ístic a que inc ide em regiões silvestres das Améric as Central e do Sul4 5 6.

(2)

Ta bela 1- Mo rfo m etria de gra ndes e pequeno s a cúleo s de a co rdo co m o s critério s de Ra usch et al21*.

Grandes acúleos Pequenos acúleos

Tamanho Amplitude Cabo/ Tamanho Amplitude Cabo/

médio (µm) (µm) Lâmina médio (µm) (µm) Lâmina

E. vo geli 42 38-46 35/65 33 30-37 41/59

E. o liga rthrus 32 29-38 43/57 26 23-30 43/57

E. gra nulo sus 23 20-25 • 19 15-21 •

• Variável, mas o aspecto é semelhante ao E. vo geli.

* Adaptado de D’Alessandro et a l7.

Fi gu r a 2 - Id e n ti f i c a ç ã o d e a c ú le o s d e E. vo ge li p o r m e i o d e m i c ro sc o p i a ó p ti c a d e p o la ri za ç ã o ( m a te ri a l d e lí q u i d o c í sti c o ) b a rra = 4 0 µ m.

Fi gu ra 1 - Re p re se n ta ç ã o d a m e d i d a d o s a c ú le o s d e Ec hinoc oc c us

o b e d e c e n d o a o c ri té ri o p ro p o sto p o r Ra u sc h et al2 1. A mais recente revisão brasileira de equinococose policística

neotropical publicada em 1996 por D’Alessandro e t a l6,aponta 2 0 casos para o Brasil, sete casos para a Amazônia ocidental, procedentes do Estado do Acre e apenas seis casos para a Amazônia oriental, sendo, destes, cinco procedentes do Estado do Pará e um do Amapá.

Es te tr a b a lh o te m po r o b j e tivo r e s ga ta r e a tua liza r c asuístic a dessa parasitose, de elevada letalidade e c ertamente subdiagnostic ada, na Amazônia oriental brasileira.

MATERIAL E MÉTODOS

A casuística apresentada nesta atualização foi levantada no período de 1962 a 2003, no âmbito da Amazônia oriental brasileira, c o mpr e e nde ndo o s Estado s do Par á e Amapá. Co nfo r me consistência do diagnóstico epidemiológico, clínico, sorológico, de imagem ( ultra-sonografia, tomografia computadorizada e/ou ressonância magnética) e prova terapêutica, foram incluídos: a) c asos de equinococose já publicados, com ou sem a definição do agente etiológico; b) c asos publicados com revisão da etiologia; c ) c asos não public ados da doenç a. Nos c asos ainda não publicados e naqueles em que, embora já publicados, foi possível recuperar as lâminas histológicas da lesão, o diagnóstico etiológico baseou-se nas características dos acúleos rostelares ( Figura 1) do parasita5 6. Aspec tos histológic os c omplementares c omo morfologia e espessura das membranas laminar e germinativa foram considerados conforme descrito por Rausch e t a l2 1. Como rotina os tecidos foram corados por hematoxilina e eosina. Quando cabiam dúvidas, foi realizada coloração com PAS para melhor evidenciar as membranas.

Tanto o material a fresc o c omo aquele fixado e c orado em lâmina, foram examinados, mensurados e fotografados c o ntando c o m um mic ro sc ó pio Axio pho to Zeiss, tanto na mic rosc opia óptic a c onvenc ional c omo c om o c onc urso da m i c r o s c o p i a ó p ti c a p o l a r i za da . Ada p ta do do r e s u m o prec onizado por D´Alessandro e t a l7 , reproduz-se à seguir os c ritérios adotados para o presente estudo e referentes aos gr a n d e s e p e q u e n o s a c ú l e o s d o s Ec h i n o c o c c u s d e importânc ia nos trópic os ( Tabela 1 ) .

Para diagnóstic o sorológic o do gênero Ec hi n o c o c c u s, foi empregado teste tipo i m m u n o b lo t c om antígenos oriundos do E. gra n u lo su s, c onforme Romani22 e Ayadi

e t a l2.

RESULTADOS

Foram levantados 4 0 casos para o período estudado, 3 9 ( 9 7 ,5 %) procedentes do Estado do Pará ( em um desses casos não fo i po ssível o b ter a pr o c edênc ia pr ec isa da lo c alidade de o r ige m ) , um c aso ( 2 , 5 % ) pr o c e de nte do Estado do Amapá13 6 9 1 2 1 3 1 5 1 6 1 7 1 8 1 9 2 3 2 4 2 5 2 8 3 0 3 1. A amplitude das idades dos pacientes foi de 1 0 a 7 2 anos com média de 4 1 ,7 3 e mediana de 4 5 anos. No que se refere ao sexo, 4 7 ,5 % pertenciam ao sexo masculino. Quanto ao local da lesão cística, o fígado foi o órgão mais comprometido, com 3 3 ( 8 2 ,5 %) casos. Outros órgãos afetados foram pulmão, intestino, coração, estômago, baço além de lesões em mesentério e peritônio. Dos casos procedentes do Pará, em 2 3 ( 5 9 %) houve o registro da etiologia, sendo que, destes, em 1 4 ( 6 0 ,9 %) o diagnóstico foi de Echino co ccus sp,

nove ( 3 9 ,1 %) teve como etiologia o E. vo ge li. Em dois casos, originalmente com referência de etiologia para E. gra nulo sus,

foi possível a revisão da lâmina de um deles, redefinindo como agente etiológico o E. vo geli. O outro caso, devido a critérios clínico-epidemiológicos, e por persistirem dúvidas, diagnosticou-se como

Echino co ccus sp. Dois casos, originalmente diagnosticados como

Echino co ccus sp, foram revistos e confirmados como E. vo geli. Ao caso procedente do Amapá foi atribuída a etiologia de E. vo geli17. O diagnóstico associando a microscopia óptica convencional e microscopia óptica de polarização, mostrou-se adequado na detecção de acúleos ( Figuras 2, 3 e 4) , protoescóleces ( Figura 4) e membranas císticas ( Figura 5) .

Na Tabela 2 , estão discriminados os casos levantados e as principais características consoantes aos critérios padronizados

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Fi gu ra 5 - De ta lh e d a m e m b ra n a la m i n a r m u lti p li c a d a e m d i re ç ã o a o i n te ri o r d o c i sto ( a sp e c to c e re b ró i d e ) , tí p i c o d e Ec hinoc oc c us vogeli. Le sã o d e f í ga d o . He m a to x i li n a - Eo si n a . Fi gu ra 4 - Id e n ti f i c a ç ã o d e p ro to e sc ó le c e s e a c ú le o s i n va gi n a d o s ( A) e d e si n va gi n a d o s ( B) de Ec hinoc oc c us vogeli po r m e i o de m i c ro sc o pi a ó pti c a de po la ri za ç ã o . He m a to xi li n a - Eo si n a ( b a rra = 4 0 µ m ) .

Figu ra 3 - Pre se n ç a de do is a c ú le o s típic o s de Ec hinoc oc c us vogeli, u m m a io r ( à e sq ue rda ) e o utro m e no r ( à dire ita ) . Le sã o de linfo no do m e se nté ric o . He m a to xilina -Eo sina ( b a rra = 40µm ) .

(4)

Ta bela 2 - Ca so s hum a no s co m pa tíveis co m equino co co se po licística pro cedentes da Am a zô nia o rienta l bra sileira . Perío do 1962 a 2003.

9,17

9,16

1,9

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 3 7 ( Suplemento II) , 2 0 0 4

HEPATOLOGIA TROPICAL

(5)

Ta bela 2 - Co ntinua çã o .

(6)

de c o r r e n te da s ua b a s e e pide m io ló gic a e n r a iza da e m situaç ões de ordem sóc ioec onômic a e c ultural na relaç ão do homem c om o seu ambiente.

A r e visão o r a apr e se ntada am plia par a 4 0 o s c aso s compatíveis com equinococose policística na Amazônia oriental brasileira e para 3 9 os c asos proc edentes do Estado do Pará. Co nsider ando que a mais r ec ente r evisão mundial so b r e equinoc oc ose neotropic al realizada por D’Alessandro e t a l6, r e fe r e 7 2 c aso s da do e nç a, c o m a pr e se nte atualizaç ão , e le va r- se -ia e ssa c asuístic a par a, no mínimo , 1 0 6 c aso s ( desc ontados os seis da Amazônia oriental já inc luídos em ambas as c asuístic as) . Rec onhec e-se, todavia, que há muita subnotific aç ão dos c asos amazônic os e que vários grupos de pe sq uisado r e s e stão pub lic ando no vo s c aso s c o m maio r freqüênc ia, o que tende a tornar obsoleto o número de c asos in ic ia lm e n te a pr e s e n ta do . Um a s pe c to de m o gr á fic o de avaliação interessante é a não predileção por sexo nos pacientes ac o metido s. Tal fato ,c o nc o r dando c o m o utr as c asuístic as brasileiras1 3, c línic a e etiologic amente bem doc umentadas, suge r e q ue a tr ansm issão do m é stic a e pe r ido m ic iliar é fundamental na manutenç ão dessa endemia neotropic al.

No âmbito da distribuiç ão geográfic a da proc edênc ia da Amazônia oriental, c hama a atenç ão, a grande c onc entraç ão junto à Ilha de Marajó ( Figura 6 ) . É possível que a prátic a da

Ta bela 2 - Co ntinua çã o .

PA = Estado do Pará, E.v. = Echinococcus vogeli,AP = Estado do Amapá, E.sp. = Echinococcus espécies, M = masculino, F = feminino, Ref = Referência bibliográfica, HD = Hipocôndrio

direito, PT = presente trabalho, - = Informação não obtida, TCA = Tomografia computadorizada abdominal, RMA = Ressonância magnética abdominal, USA = Ultra-sonografia abdominal.

12

25

25

26

PT

PT

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HEPATOLOGIA TROPICAL

pa r a a in c lus ã o n e s ta r e vis ã o /a tua liza ç ã o . A Figur a 6 de m o nstr a a distr ib uiç ão da c asuístic a na ár e a ge o gr áfic a e s tuda da . So b r e s s a i- s e a c a s uís tic a da I lh a de Ma r a j ó ( m unic ípio s de Anaj ás, Po nta de Pe dr as, Muaná, B r e ve s, Afuá, e Cur r alinho ) . Só fo r am inc luído s c o m o c r ité r io de p r o va t e r a p ê u t i c a o s c a s o s a c o m p a n h a d o s c o m o c o n t r o l e d e i m a g e n s p r é e p ó s - t r a t a m e n t o c o m alb e n da zo l ( Figur a 7 ) .

Não foram evidenc iadas c arac terístic as c ompatíveis c om

Ec h i n o c o c c u s gr a n u lo s u s o u E. o li ga r th r u s2 1 e ntr e o s espéc imes examinados ou reavaliados na presente atualizaç ão. De n tr e 1 7 p a c i e n te s c o m di a gn ó s ti c o c l í n i c o -epidemiológic o c ompatível c om equinoc oc ose, examinados sorologic amente por im m u n o b lo t, 1 5 ( 8 8 ,2 % ) mostram-se positivos.

DISCUSSÃO

(7)

58o

54o 50o 46O

0O

4O

8O

OCEANO ATLÂNTICO

SURINAME

GUIANA

AMAPÁ

PARÁ

MATO GROSSO

MARANHÃO

TOCANTINS

AMAZON

AS

Santana do Araguaia Aldeia Kaiapó / Xingu

Marabá Itupiranga (Aldeia Parakanã)

Paragominas

Dom Eliseu Marituba Ponta de Pedras Muaná

Curralinho Anajás

Afuá

Breves

Portel

Moju Oeiras

Cametá

Altamira Macapá

3

1

1

1 1 1

1 1

1

1

1

1

1

3 5

5

1

Capitão Poço Bragança

Barcarena Curuçá

2

4 1

1 1

1

Rio

Amazonas

Rio

Tapajós

Rio

Xingu

Rio

Araguaia

Rio

Tocantins

Localidade (número de casos)

Fi gu ra 6 - Di stri b u i ç ã o ge o grá f i c a d o s c a so s d e e q u i n o c o c o se , c o m p ro c e d ê n c i a s d e f i n i d a s n a Am a zô n i a o ri e n ta l b ra si le i ra .

Fi gu ra 7 - To m o gra f i a c o m p u ta d o ri za d a m o stra n d o le sõ e s c í sti c a s h e p á ti c a s i n i c i a i s ( A) e a re gre ssã o d a s m e sm a s ( B) a p ó s tra ta m e n to c lí n i c o c o m a lb e n d a zo l n a d o se d e 1 0 m g/k g/d i a ( p ro va te ra p ê u ti c a ) .

(8)

caça de subsistência, ainda bastante presente naquela região, possa estar relacionada com a maior introdução do agente no ciclo doméstico da infecção. Neste particular, é freqüente o relato dos moradores sobre fígados de caça apresentando ca ro ço s, os quais são servidos como alimentos aos cães domésticos.

Existe m dive r sas dific uldade s e m afe r ir uma r e al o u aproximada incidência da equinococose policística na Amazônia. O fato de constituir doença de longa evolução e com pouca ou nenhuma sintomatologia nos anos iniciais, a carência de métodos laboratoriais definidos e difundidos visando o diagnóstic o etiológico, além do ainda insuficiente interesse da classe médica r e gio nal r e fe r e nte ao te ma, c o nstitue m e xe mplo s de ssas dificuldades.

A constatação, concordando com a vasta literatura sobre o assunto1 4 6 9 1 0 1 3 1 5 1 7 2 3 2 4 2 8 3 0 3 1, de que nesta casuística mais de 8 0 % do s c aso s apr esentavam lesõ es no fígado j ustific a a importânc ia dessa parasitose no diagnóstic o diferenc ial das hepatopatias regionais. Há coerência, por outro lado, na ausência

de E. o liga rthrus associado aos casos desta atualização, uma

vez que só existe, na literatura médico-científica, o registro de le s õ e s po lic ís tic a s e xtr a - h e pá tic a s a s s o c ia da s a e s s e

Ec hino c o c c us5 7. Fator adicional de singular importância na abordagem do problema é a atenção ao diagnóstico diferencial da equinococose policística, evitando dessa forma procedimentos r e tar dado s o u inade q uado s de diagnó stic o , c o m gr ave s conseqüências para o doente. Por razões diversas, o diagnóstico dife r e nc ial c o m o he pato c ar c ino ma assume impo r tânc ia fundamental na região sob estudo. Cerca de 1 5 % da presente casuística foram encaminhados ao hospital de referência em onc ologia, antes do diagnóstic o definitivo. Contribui para a necessidade do acurado diagnóstico diferencial a importância da associação do vírus da hepatite B em hepatocarcinomas de pacientes procedentes da área silvestre amazônica.

Quando foi possível a avaliação histológica sobressaíram-se, nas lesões hepátic as o aspec to “c erebróide” da c amada laminar, lesão típica da equinococose por E. vo ge li5 6 1 3 ( Figura 5 ) . Considerando-se a importância do achado do acúleo do parasita para confirmar a etiologia, foi de grande valia para este estudo o concurso da microscopia óptica de polarização. Por meio desse artifício foi possível otimizar o encontro de acúleos inteiros ou fragmentados ( Figuras 2 e 4 ) . Com efeito, todos os c asos c om c onfirmaç ão etiológic a/parasitológic a mostraram características de E. vo ge li, incluindo alguns com revisão de equivocados ou insuficientes diagnósticos prévios. Em verdade, não é de nosso conhecimento a constatação parasitológica, na Amazônia brasileira, de casos de equinococose policística com outra etiologia. Reveste-se de interesse aos médicos, a coleta para exame microscópico de materiais eventualmente drenados de lesões suspeitas ou decorrentes de vômica, oriunda de cistos pulmonares ou de fístula hepato-pulmonar. Nesses materiais pode-se identificar acúleos e protoescóceles que indiquem o gênero e a espécie do Echino co ccus.

A sorologia tem sido utilizada sob metodologias diversas no diagnó stic o da e q uino c o c o se . Te ste s de inib iç ão da hemaglutinaç ão, enzimaimunoensaio, i m m u n o b lo t e outros

têm sido aplic ado s c o m espec ific idades, sensib ilidades e va l o r e s p r e di ti vo s va r i a do s2 5 6 1 1 2 0 2 2 2 6. O m é to do de

i m m u n o b lo t utilizado neste estudo, em 1 7 c asos, mostrou

se nsib ilidade de 8 8 ,2 % . Re c o nhe c e -se a ne c e ssidade de validar c omparativamente os diversos métodos sorológic os n o â m b i to d a c a s u í s ti c a b r a s i l e i r a p e l o s d i ve r s o s

Ec h i n o c o c c u s prevalentes. É sabido so bre o s fato res que po de m in fluir n o dia gn ó s tic o s o r o ló gic o ta is c o m o a loc alizaç ão e c resc imento dos c istos, a resposta imune do hospedeiro, a espéc ie ou c epa do parasito além, obviamente, da qualidade dos antígenos e demais reagentes.

Os profissionais da área de imagenologia têm prestado relevante serviç o ao diagnóstic o, uma vez alertados e após consolidarem experiência no padrão de imagem da equinococose policística. Ratifica-se que a presença de calcificações nas lesões císticas deve merecer devida atenção enquanto importante valor preditivo para equinococose13. Decorrente da estratégica condição exerc ida pela imageno lo gia alguns c o mentário s merec em lembrança na rotina do diagnóstico: o RX continua como excelente abordagem preliminar, pois detecta melhor as calcificações, além de poder avaliar diversos órgãos c om eventuais infec ç ões associadas, especialmente o pulmão; a ultra-sonografia constitui-se em abordagem mais acessível para os pacientes, incluindo a po ssib ilidade de e ve ntuais le vantame nto s da do e nç a nas populações rurais; a tomografia axial computadorizada, embora menos acessível e mais dispendiosa, agrega vantagens relativas à sua alta sensibilidade, incluindo a detecção de calcificações e a po ssibilidade de avaliar o s diverso s ó rgão s ( Figura 7 ) . A ressonância magnética merece abordagem especial para definir a sua utilidade, embora haja a referência de sua importância no acompanhamento das complicações da equinococose.

Sobre a ecoepidemiologia da doença para a Amazônia oriental e em apoio aos resultados ora apresentados, relatos preliminares referentes a duas áreas estudadas ( Ilha de Marajó e Área Indígena Parakanã) por Soares e t a l2 9 têm ratificado as observações de D’Alessandro et a l8 e Meneghelli et a l14, referentes, principalmente, às presenças da infecção por E. vo ge li em Ago uti pa ca ( paca) e

E. o liga rthrus em Da sypro cta a guti ( cutia) . Como contribuição original, entretanto, tem-se o registro de E. vo ge li em Da sypus no ve m cinctus ( tatu) , na Ilha de Marajó2 9. Por outro lado, Silva Junior e Soares, 1 9 9 9 , registraram a presenç a do Spe o tho s

ve n a tic u s ( c ac horro-do-mato-vinagre) , possível hospedeiro

definitivo do E. vo ge li, na Ilha de Marajó2 7.

A pa r tir do r e c o n h e c im e n to da im po r tâ n c ia e da s implicações do manejo da equinococose para a região tropical, ac r e dita- se q ue de ve r á o c o r r e r um a im ple m e ntaç ão do diagnóstic o prec oc e, tratamento adequado e de um melhor registro da doenç a.

AGRADECIMENTOS

A todos os servidores lotados na Seç ão de Hepatologia do Instituto Evandro Chagas, que pelas suas atividades tornaram po ssível o presente trabalho . Agradec imento espec ial ao s téc nic os Bernardo Farias da Conc eiç ão e Domingos Mac edo de Souza, pela dedic aç ão ao trabalho de c ampo.

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(9)

1 7 . No hmi N, So herzinger CM, B rasileiro Filho G, Albuquerque R. Hidatido se: primeiro c aso diagno stic ado em Mac apá, T. F. Amapá. B o letim do Ho spital Esc o la São Camilo e São Luis 1 3 /1 4 :8 3 -8 8 , 1 9 8 1 .

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