• Nenhum resultado encontrado

Concordância intra e interobservadores das diferentes classificações usadas na doença de Legg-Calvé-Perthes.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "Concordância intra e interobservadores das diferentes classificações usadas na doença de Legg-Calvé-Perthes."

Copied!
6
0
0

Texto

(1)

w w w . r b o . o r g . b r

Artigo

original

Concordância

intra

e

interobservadores

das

diferentes

classificac¸ões

usadas

na

doenc¸a

de

Legg-Calvé-Perthes

André

Cicone

Liggieri

,

Marcos

Josei

Tamanaha,

José

Jorge

Kitagaki

Abechain,

Tiago

Moreno

Ikeda

e

Eiffel

Tsuyoshi

Dobashi

DisciplinadeOrtopediaPediátrica,EscolaPaulistadeMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),SãoPaulo,SP,Brasil

informações

sobre

o

artigo

Históricodoartigo:

Recebidoem2desetembrode2014 Aceitoem26desetembrode2014

On-lineem16dejaneirode2015

Palavras-chave:

Quadril/radiografia Doenc¸ade

Legg-Calvé-Perthes/classificac¸ão Doenc¸ade

Legg-Calvé-Perthes/radiografia Osteonecrose

r

e

s

u

m

o

Objetivo:Determinaroíndicedeconcordânciaintraeinterobservadoresdasclassificac¸ões deWaldenström,CatteralleHerringnadoenc¸adeLegg-Calvé-Perthes.

Métodos:Foramselecionadas100radiografiasdabacia,nasincidênciasanteroposteriore deLauensteindepacientesportadoresdadoenc¸a.Asradiografiasforamclassificadaspor quatromédicoscomdiferentesníveisdeexperiência,previamenteorientadosarespeito dasclassificac¸õesusadas,paraminimizarqualquerviésdeinterpretac¸ão.Asradiografias foramexaminadaspelosmesmosobservadoresemdoismomentosdistintosparaavaliar asconcordânciasintereintraobservadores.Aanálisedareprodutibilidadefoiavaliadapelo índicedeKappa.

Resultados:Aanálisedeconcordânciafoiestratificadaemníveis(ruim,pequena,regular, moderada,boaeexcelente)eevidenciouparaaconcordânciaintraobservadores: concordân-ciamoderadaparatrêsexaminadoreseumaregularparaaclassificac¸ãodeWaldenström; excelenteparaumexaminadoreboaparatrês,naclassificac¸ãodeHerring;naclassificac¸ão deCatterall,aconcordânciafoiconsideradaboaentretodososexaminadores.Emrelac¸ãoà análisedeconcordânciasinterobservadoresforamobtidas:nenhumaconcordância exce-lente para os três sistemasde classificac¸ão; quatro regulares, uma moderada e uma pequenaparaaclassificac¸ãodeWaldenström;quatromoderadas,umaboaeumaregular naclassificac¸ãodeHerringe,pelosistemadeCatterall,quatroconcordânciasmoderadase duasregulares.

Conclusão:Asclassificac¸õesestudadassãoasmaisusadasparaguiarotratamentodaDLCP, porémograudeconcordânciaintraeinterobservadoresnãoéidealesistemas complemen-taresdeestadiamentodevemserlevadosemconsiderac¸ão,paraumamaiorassertividade notratamento.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublicadoporElsevierEditora Ltda.Todososdireitosreservados.

TrabalhofeitoapartirdobancodedadosdeimagensdospacientesatendidospelaDisciplinadeOrtopediaPediátrica,EscolaPaulista deMedicina,UniversidadeFederaldeSãoPaulo(Unifesp),SãoPaulo,SP,Brasil.

Autorparacorrespondência.

E-mail:acliggieri@hotmail.com(A.C.Liggieri). http://dx.doi.org/10.1016/j.rbo.2014.09.010

(2)

Intra

and

interobserver

concordance

between

the

different

classifications

used

in

Legg-Calvé-Perthes

disease

Keywords:

Hip/radiography Legg-Calvé-Perthes disease/classification Legg-Calvé-Perthes disease/radiography Osteonecrosis

a

b

s

t

r

a

c

t

Objective: Theaimofthisstudywastodeterminetheintraandinterobserverconcordance ratesoftheWaldenström,CatterallandHerringclassificationsforLegg-Calvé-Perthes dise-ase.

Methods: OnehundredradiographsofthepelvisinanteroposteriorandLauensteinviews, frompatientswiththisdisease,wereselected.Theradiographswereclassifiedbyfour physi-cianswithdifferentlevelsofexperiencewhohadpreviouslybeengivenguidanceregarding theclassificationsused,inordertominimizeanybiasofinterpretation.Theradiographs wereexaminedbythesameobserversattwodifferenttimesinordertoevaluatetheintra andinterobserverconcordance.Reproducibilitywasassessedusingthekappaindex.

Results: Theconcordanceanalysiswasstratifiedintolevels(poor,slight,fair,moderate, goodandexcellent).Theintraobserveranalysisshowed,fortheWaldenström classifica-tion,moderateconcordanceforthreeexaminersandfairforone;forHerring,excellentfor oneexaminerandgoodforthree;andforCatterall,goodforalltheexaminers.The inte-robserveranalysisshowed:forthethreeclassificationsystems,nosituationsofexcellent concordance;forWaldenström,foursituationsoffairconcordance,onemoderateandone slight;forHerring,foursituationsofmoderateconcordance,onegoodandonefair;andfor Catterall,foursituationsofmoderateconcordanceandtwofair.

Conclusion: Theclassificationsstudiedaretheonesmostusedforguidingthetreatment forLegg-Calvé-Perthesdisease,butthedegreeofintraandinterobserverconcordanceisfar fromideal.Complementarystagingsystemsneedtobetakenintoconsideration,sothat therecanbegreatercertaintyregardingthetreatment.

©2014SociedadeBrasileiradeOrtopediaeTraumatologia.PublishedbyElsevierEditora Ltda.Allrightsreserved.

Introduc¸ão

Em1910,adoenc¸adeLegg-Calvé-Perthes(DLCP)foidescrita pelaprimeiraveze,desdeentão,despertouumgrande inte-resseporpartedospesquisadoresepassouafigurarentreos temasdemaiorcontrovérsianaliteraturaortopédica.Diversos aspectosdessaentidadeclínicaaindapermanecemsem escla-recimento,comosuaetiologiaeamelhorformadetratamento nafaseativadadoenc¸a.

Durante muito tempo, a quase totalidade dos autores concentrou-senaanálisedosaspectosradiográficosdaDLCP. As fases evolutivas foram pela primeira vez descritas por Waldenström,1cujaclassificac¸ãofoiposteriormente

simpli-ficadaecorrelacionadacomosachadosanatomopatológicos porJonsäter.2 A avaliac¸ãodo comprometimento donúcleo

de ossificac¸ão da cabec¸a femoral veio a ser sistematizada porCatterall,3 com base na análiseda radiografia simples

feitaduranteafasedefragmentac¸ãomáxima.Como obje-tivo de determinar as proporc¸ões da lesão na fase inicial ou de necrose, Salter e Thompson4 demonstraram que o

tamanhodafraturasubcondralnaincidênciadeLauenstein reflete com precisão o quanto da epífise proximal femoral foiafetadapeladoenc¸a.Maisrecentemente,Herringet al.5

propuseram uma nova classificac¸ão baseada na altura da colunalateraldaepífisefemoral.Outrasclassificac¸õesforam propostas,porém,asacimacitadassãoatualmenteasmais usadas.

Todos esses autores, a partir das análises radiográficas dos quadris dos pacientes comprometidos, desenvolveram classificac¸õesparaseremusadasnaDLCPeprocuraram,com isso,sistematizarotratamento.Porém,paraqueuma deter-minadaclassificac¸ãopossaserconsideradaadequadaeladeve serreprodutível,ouseja,éprecisoqueexistaconcordância intereintraobservadorese,alémdisso,auxiliarnaorientac¸ão dodesfechodadoenc¸a.

EmboraotratamentodaDLCPsejaobjetodeexaustivas dis-cussõesentreosortopedistas,aindanãoexistemevidências clarassobreomelhormétodoterapêuticoparaessespacientes enãoseráoescopodestetrabalho.

Oobjetivodestetrabalhofoiavaliaraconcordânciaintra e interobservadores das classificac¸ões de Waldenström,1

Catterall3eHerringetal.,5tentarestabelecerqualdelastem

maiorgraudereprodutibilidadeefacilitar,assim,atomadade decisõesterapêuticas.

Material

e

métodos

EsteprojetodepesquisafoisubmetidoaoComitêdeÉticaem PesquisadaPlataformaBrasileaprovadoparaexecuc¸ãosobo númeroCAAE33513214.7.0000.5505eCEP:418466.

(3)

foramselecionadosapartirdeumbancodedadosda Disci-plinadeOrtopediaPediátrica,depacientesprovenientesdo ambulatóriode OrtopediaeTraumatologia doHospitalSão Paulo.Os radiogramasforam selecionadospordois ortope-distasquenãoparticiparamdoprocessodeclassificac¸ãoda doenc¸a,deformaqueforamincluídosexamescomboa qua-lidade econsiderou-se um amplo espectrode lesões. Com o intuito de minimizar o viés, devido às dificuldades de interpretac¸ãodosexames, osobservadoresforam submeti-dosaumaexplanac¸ãoinicialdossistemasdeclassificac¸ão queforamusadosnesteestudo.Alémdisso,oprotocolousado parapreenchimentodosdadoscontinhaumdiagramacomas imagensdasclassificac¸õesdeWaldenström1modificadapor

Jonsäter,2Catterall3eHerringetal.5

Paradeterminar aconcordância interobservadores,cada umdosquatropesquisadoresavalioudeformaindependente os exames radiográficos. Não foi permitido aos diferentes examinadoressaberpreviamenteinformac¸õesarespeitoda históriadospacientesouqualquerinformac¸ãoclínicasobre como a doenc¸a foi abordadaou tratada. Os examinadores puderamusarotempoquefossenecessárioparaavaliartodas asradiografias.Apósterfeitoasclassificac¸ões,foram orienta-dosafazerumanovaclassificac¸ãodetodososexamesapós 30diasdaprimeiraanálise,semquepudessemteracessoà primeirarodadadeavaliac¸ões.

Osparticipantesforaminstruídosanãodiscutiros siste-masdeclassificac¸ãoentreelesatéquefosseencerradaacoleta domaterialaseranalisadonestetrabalho.

Aanáliseestatística dosresultados obtidosfoi feita por profissionaldaáreadeestatísticamédica.Osdadoscoletados foramanalisados,quantoàconcordânciaintere intraobserva-dores,pormeiodoíndicedeKappa.Otestefoiinterpretadode acordocomAltman6como“concordânciaproporcionalcom

correc¸ãodoacaso”.Kappaéocoeficientedeconcordânciaque temovalorquevariade+1(concordânciaperfeita),passando por0(concordânciaigualaoacaso)até-1(discordância com-pleta).Nãohádefinic¸õesquantoaosníveisdeconcordância aceitos,masosestudosdeSvanholmetal.7indicamqueuma

concordânciaacimade 0,75é excelente,de 0,5-0,75é con-sideradaboaemenoresdoque0,5sãoconsideradas ruins. Porém,usaremososseguintesintervalosparaoíndiceKappa (tabela1).

Resultados

Na tabela 2 demonstramos a frequência absoluta das

classificac¸õesfeitaspelosexaminadoresnosdoismomentos diferentesdeavaliac¸ãodasradiografiasestudadas.

Natabela3estão distribuídososvaloresde Kappa pon-derado e os intervalos de confianc¸a a 95% da análise de concordância intraobservadores. Nessa análise foram obti-das:umaconcordânciamoderadaparatrêsexaminadorese umaregularquandoaplicadaaclassificac¸ãodeWaldenström. Noqueconcerneàclassificac¸ãodeHerringencontramosum resultado excelente para umexaminador etrês resultados comboaconcordância.Emrelac¸ãoàclassificac¸ãodeCatterall todososresultadosforamcomboaconcordância.

Na tabela 4 estão demonstrados os resultados obtidos

para aconcordânciaentre observadorespor meio dovalor

Tabela1–Correlac¸ãoentreovalordeKappaeograu deconcordância

ValordeKappa Concordância

0 Ruim

0-0,20 Pequena

0,21-0,40 Regular

0,41-0,60 Moderada

0,61-0,80 Boa

0,81-1 Excelente

Ruim(R);Pequena(P);Regular(Re);Moderada(M);Boa(B);Excelente (E).

deKappacomintervalodeconfianc¸ade95%.Deacordocom a análise estatística nãofoi obtidaconcordância excelente interobservadores.Foramobtidosquatroresultadosemquea concordânciafoiregular,umamoderadaeumapequenapara aclassificac¸ãodeWaldenström.Comrelac¸ãoàclassificac¸ãode Herring,foramobtidasquatroconcordânciasmoderadas,uma boaeumaregular.Quandofoiconsideradaaclassificac¸ãode Catterall,foramobservadosquatroíndicescomconcordância moderadaedoiscomconcordânciaregular.

Discussão

Odesafioparaoortopedistaemrelac¸ãoàDLCPencontra-se notratamentodessaafecc¸ão,poissãomuitasasdiscussões sobreapossibilidadedefinitivadepodermosounãoalteraro queCaterall3chamoudehistórianaturaldadoenc¸a.

Muitotemsediscorridoarespeitodotratamentoaserfeito e,pelaausênciadeevidênciasconvincentesquantoà efetivi-dadedasterapias,osmesmosconceitostêmsidoaplicados aolongodosanos,combasenaexperiênciadecadaautorem diagnosticar,classificaregerenciaraDLCP.

Estamosconvencidosdeque,paralidarcorretamentecom a DLCP, devemos sistematizar o diagnóstico e prosseguir comascondutas,baseadosespecialmenteemclassificac¸ões que nos dirijama umaterapêutica adequada,o que até o momentoéfeitocombasenasclassificac¸õesestudadasneste trabalho.

Portanto,achamosqueoprimeiropassoaserdado,uma vez estabelecidoo diagnóstico da DLCP,étentarestadiá-la adequadamente,commetodologiasclássicas,combasenas análisesradiográficaseressonânciamagnética,artrografiae cintilografiaquandonecessárias.

Comafinalidadedeabordar,sobopontodevista terapêu-tico,aDLCP,encontramosnaliteraturaváriosautoresquese propuseramafazerumaclassificac¸ãoquepermitisse sistema-tizaressadoenc¸a,deformaapoderpreverqualseriaamelhor condutaaseradotada,comaexpectativadeobterosmelhores resultados.

A classificac¸ão de Waldenström1 apresentou em nossa

pesquisaumaconcordânciaqueconsideramosinadequada. Comoasfasesdadoenc¸asesobrepõem,onãoconhecimento do tempo evolutivo da doenc¸a torna ainda mais difícil a definic¸ãodoestágioemqueadoenc¸aseencontra.

Inicialmente,aclassificac¸ãoquemaispolarizouaatenc¸ão dosdiversosautoresdaliteraturaortopédicafoiadeCatterall,3

(4)

Tabela2–ValoresdeKappaponderadoedoICa95%paraoestudointraobservador

Observador Waldenstron Herring Caterral

A 0,44(M) 0,82(E) 0,79(S)

(0,31;0,58) (0,74;0,90) (0,70;0,88)

B 0,32(C) 0,73(S) 0,69(S)

(0,18;0,45) (0,63;0,83) (0,59;0,78)

C 0,53(M) 0,77(S) 0,72(S)

(0,38;0,69) (0,67;0,87) (0,62;0,81)

D 0,52(M) 0,71(S) 0,65(S)

(0,38;0,65) (0,62;0,80) (0,55;0,75)

fragmentac¸ão,ocomportamentodonúcleodeossificac¸ãoda cabec¸afemoralduranteaprogressãodadoenc¸a.

Essaclassificac¸ãofoi objeto decontestac¸ão pordiversos pesquisadoresqueausaram,unsacharam-nadefundamental importânciaparaaindicac¸ãodaterapiaaserseguidae corre-lacionarampositivamentecomosresultadosfinais.8-10Outros

acriticaram,poiséaplicadanumafaseavanc¸adada enfermi-dadeetemumaconcordânciaquestionávelquandousadapor diferentesobservadores,todoscitadosporTerjensenetal.11

Apesar das discordânciasrelatadas entre os observadores, muitosautoresusamessasistemáticaparaguiaraterapêutica aserinstituída.Entretanto,comonãoencontramos concor-dância excelente ou boa, a indicac¸ão terapêutica poderia

sofrerdedistorc¸ãodeacordocomagraduac¸ãoimpostapor essesistema.

Talvez aclassificac¸ão propostapor SaltereThompson,4

porserusadanumafaseinicialdadoenc¸a,poderiapermitir umtratamentoprecoce,porémapresentaumalimitac¸ão,pois somente25%dospacientesportadoresdaDLCPtiveramuma fraturasubcondralreconhecívelnasradiografias.5,12

Quando comparada com a classificac¸ão de Catterall,3 a

de Herringet al.5 édemaisfácilinterpretac¸ão,mas, como

tambémsópodeserusadanafasefinaldefragmentac¸ão, con-sideramosquenãosejaaidealparaseindicarotratamento precoce.12Desdeadescric¸ãoinicialdaclassificac¸ão,

apresen-tadaem1994,emvirtudedadificuldadededefinirospacientes

Tabela3–ValoresdeKappaponderadoedoICa95%paraoestudointerobservadores

Classificac¸ão

Obs1 Obs2 Waldenstrom Herring Caterral

A B 0,30(C) 0,63(S) 0,41(M)

(0,15;0,45) (0,52;0,74) (0,31;0,52)

C 0,35(C) 0,49(M) 0,30(C)

(0,20;0,50) (0,35;0,63) (0,18;0,42)

D 0,38(C) 0,53(M) 0,32(C)

(0,25;0,52) (0,40;0,65) (0,21;0,44)

B C 0,29(C) 0,41(M) 0,46(M)

(0,14;0,45) (0,28;0,54) (0,34;0,57)

D 0,47(M) 0,54(M) 0,47(M)

(0,33;0,61) (0,41;0,66) (0,36;0,58)

C D 0,23(Pq) 0,39(C) 0,44(M)

(5)

Tabela4–Frequênciasabsolutasdasclassificac¸õesdosobservadoresnasduasavaliac¸ões

Observadores

A B C D

Classificac¸ão Aval1 Aval2 Aval1 Aval2 Aval1 Aval2 Aval1 Aval2

1 24 14 14 9 14 10 13 8

Waldenstrom 2 44 29 35 27 38 32 33 33

3 16 38 23 30 30 40 22 31

4 17 20 29 35 19 19 33 29

1 29 29 23 25 26 24 28 23

Herring 2 48 45 51 46 55 56 34 39

3 9 12 8 13 14 13 23 21

4 15 15 19 17 6 8 16 18

1 48 42 31 27 24 20 41 35

Caterral 2 26 31 30 38 31 22 21 21

3 17 18 29 20 27 35 25 28

4 10 10 11 16 19 24 14 17

pertencentesaogrupoB,foramcriadosoutrostrêssubgrupos, oquepermitiuumaabrangênciamaiordaclassificac¸ão.

Em nosso trabalho, foram obtidas quatro concordân-ciasmoderadas,umaboaeumaregular,quandotestada a sistemáticadeHerringetal.,5oquesugerequedificuldades

desedefinirprecisamentecadaumdosgruposesubgrupos. Outraquestãorelevanteéquearadiografiasimplesnão espelhaprecisamenteoqueacontececomaepífisefemoral, poisotecidocartilaginoso,ondetambémocorremalterac¸ões nadoenc¸a,apresenta-seemmaiorproporc¸ãodoqueotecido ósseo.13-15Diantedisso,emalgunscasos,principalmenteno

início da doenc¸a, o estudo dessa cartilagem com exames comoaressonânciamagnética2,16,17eapneumoartrografiada

articulac¸ão13,14podesermaisesclarecedorenorteardeforma

maiseficazotratamentoaserinstituído.4,14,15,18-20

Portanto, consideramos que o conhecimento do com-portamento das estruturas cartilaginosas do quadril é fundamental para estadiar a DLCP eindicar o tratamento adequado.4,14,15,18-20

Acreditamos queno momento aressonância magnética apresentadiversasvantagenssobreosdemaisexames,oque édefendidoemdiversostrabalhos,nosquaisalgunsautores desenvolveramclassificac¸õesprópriascomointuitodeindicar commaiormargemdeacertoaterapia.

Emboratenhamosencontradocertaconcordância intraob-servadoresnastrêsclassificac¸õesestudadas,eemduasdetrês classificac¸õesinterobservadores,nossosdadosnãoestãode acordocomoqueobservamosnaliteraturamundial.

Amaioriadosestudosobservados nãodemonstrouesse graudeconcordância.Umaprovávelcausaparaessa divergên-ciapodeestarrelacionadacomomenornúmerodepacientes estudadosemmédianaliteratura(40),21-23quando

compara-doscomaquantidadedepacientesnesteestudo(100). Infelizmente, apesar de a maioria dos cirurgiões expe-rientes24 usaras classificac¸õesestudadas paraadotar suas

condutas,aconcordânciaobservada,apósanáliseestatística, nãosemostrousuficientementeadequadaparatalenãodeve serlevada,únicaeexclusivamente,emcontaparaatomada dedecisõesterapêuticasfrenteaumpacientecomdoenc¸ade Legg-Calve-Perthes.

Conclusão

1. Aanálisedeconcordânciaintraobservadores,com inter-valodeconfianc¸ade95%,evidencioupeloíndicedeKappa: concordância moderada para três examinadores e uma regular paraaclassificac¸ão deWaldenström; concordân-cia excelente para um examinador e boa para três, na classificac¸ão de Herring; na classificac¸ão de Catterall, a concordânciafoiconsideradaboaentretodosos examina-dores.

2. Aanálisedeconcordânciainterobservadorescomintervalo deconfianc¸ade95%,após análiseestatística,evidenciou pelo índicede Kappa:nenhuma concordânciaexcelente para os três sistemas de classificac¸ão; quatro concor-dâncias regulares, umamoderada euma pequena para a classificac¸ão de Waldenström; quatro concordâncias moderadas,umaboaeumaregularnaclassificac¸ãode Her-ringe,pelosistemadeCatterall,foramencontradasquatro concordânciasmoderadaseduasconcordânciasregulares. 3. Apesar de essas classificac¸ões serem os sistemas mais usados pelos ortopedistas para guiar o tratamento da doenc¸a de Legg-Calvé-Perthes, oíndice deconcordância intraeinterobservadoresencontradonopresenteestudo foimelhordoqueoencontradonaliteraturamundial,mas aindaestálongedoideal.Sendoassim,sistemas comple-mentaresdeestadiamentodadoenc¸adevemserlevados emconsiderac¸ão,paraumamaiorassertividadeno trata-mentodadoenc¸a.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

r

e

f

e

r

ê

n

c

i

a

s

(6)

2. JonsäterS.Coxaplana:ahistopathologicandarthrographic study.ActaOrthopScandSuppl.1953;12:5–98.

3. CatterallA.ThenaturalhistoryofPerthes’disease.JBone JointSurgBr.1971;53(1):37–53.

4. SalterRB,ThompsonGH.Legg-Calvé-Perthesdisease.The prognosticsignificanceofthesubchondralfractureanda two-groupclassificationofthefemoralheadinvolvement. JBoneJointSurgAm.1984;66(4):479–89.

5. HerringJA,KimHT,BrowneR.Legg-Calve-Perthesdisease PartI:classificationofradiographswithuseofthemodified lateralpillarandStulbergclassifications.JBoneJointSurg Am.2004;86(10):2103–20.

6. AltmanDG.Somecommonproblemsinmedicalresearch.In: Practicalstatisticsformedicalresearch.London:Chapman andHall;1991.p.403–9.

7. SvanholmH,StarklintH,GundersenHJ,FabriciusJ,BarleboH, OlsenS.Reproducibilityofhistomorphologicdiagnoses withspecialreferencetothekappastatistic.APMIS. 1989;97(8):689–98.

8. KamhiE,MacEwenGD.TreatmentofLegg-Calvé-Perthes disease.PrognosticvalueofCatterall’sclassification.JBone JointSurgAm.1975;57(5):651–4.

9. DickensDR,MenelausMB.Theassessmentofprognosisin Perthes’disease.JBoneJointSurgBr.1978;60(2):189–94. 10.GreenNE,BeauchampRD,GriffinPP.Epiphysealextrusionas

aprognosticindexinLegg-Calvé-Perthesdisease.JBoneJoint SurgAm.1981;63(6):900–5.

11.TerjesenT,WiigO,SvenningsenS.Thenaturalhistory ofPerthes’disease.ActaOrthop.2010;81(6):708–14. 12.IsmailAM,MacnicolMF.PrognosisinPerthes’disease:a

comparisonofradiologicalpredictors.JBoneJointSurgBr. 1998;80(2):310–4.

13.LaredoFilhoJ,IshidaA,Lourenc¸oAF,KuwajimaSS,JorgeSR. Avaliac¸ãoradiográficadacoberturaacetabulardacabec¸a femoralempacientesportadoresdadoenc¸ade

Legg-Calvé-Perthesunilateralsubmetidosàosteotomiade Salter.RevBrasOrtop.1993;28(5):299–303.

14.LaredoFilhoJ.Doenc¸adeLegg-Calvé-Perthes.Classificac¸ão artrográfica.RevBrasOrtop.1992;27(1):7–15.

15.DucoulePointeH,HaddadS,SilbermanB,FilipeG,MonrocM, MontagneJP.Legg-Calvé-Perthesdisease:stagingbyMRI usinggadolinium.PediatrRadiol.1994;24(2):

88–90.

16.KatzJF.FemoraltorsioninLegg-Calvé-Perthesdisease.JBone JointSurgAm.1968;50(3):473–5.

17.SalesdeGauzyJ,KerdilesN,BauninC,KanyJ,DarodesP, CahuzacJP.Imagingevaluationofsubluxationin Legg-Calvé-Perthesdisease:magneticresonanceimaging comparedwiththeplainradiograph.JPediatrOrthopB. 1997;6(4):235–8.

18.HendersonRC,RennerJB,SturdivantMC,GreeneWB. Evaluationofmagneticresonanceimagingin

Legg-Calvé-Perthesdisease:aprospective,blindedstudy. JPediatrOrthop.1990;10(3):289–97.

19.BosCF,BloemJL,BloemRM.Sequentialmagneticresonance imaginginPerthes’disease.JBoneJointSurgBr.

1991;73(2):219–24.

20.HiehleJFJr,KneelandJB,DalinkaMK.Magneticresonance imagingofthehipwithemphasisonavascularnecrosis. RheumDisClinNorthAm.1991;17(3):669–92.

21.MahadevaD,ChongM,LangtonDJ,TurnerAM.Reliability andreproducibilityofclassificationsystemsfor

Legg-Calvé-Perthesdisease:asystematicreviewofthe literature.ActaOrthopBelg.2010;76(1):48–57.

22.PodeszwaDA,StanitskiCL,StanitskiDF,WooR,MendelowMJ. Theeffectofpediatricorthopaedicexperienceon

interobserverandintraobserverreliabilityoftheherring lateralpillarclassificationofPerthes’disease.JPediatr Orthop.2000;20(5):562–5.

23.RajanR,ChandrasenanJ,PriceK,KonstantoulakisC,Metcalfe J,JonesS.Legg-Calvé-Perthes:interobserverandintraobserver reliabilityofthemodifiedHerringlateralpillarclassification. JPediatrOrthop.2013;33(2):120–3.

Referências

Documentos relacionados

The main objectives of this data analysis are divided into two classes: i) General Statistics: give an overview of structured information on Wikipedia as a whole, showing raw numbers

In this study clay mineral assemblages, combined with other palaeoenvironmental data, were studied in a core recovered from the outer sector of the Ria de Vigo, a temperate

Dessa forma, a partir da perspectiva teórica do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o presente trabalho busca compreender como a lógica produtivista introduzida no campo

Após a colheita, normalmente é necessário aguar- dar alguns dias, cerca de 10 a 15 dias dependendo da cultivar e das condições meteorológicas, para que a pele dos tubérculos continue

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

O primeiro passo para introduzir o MTT como procedimento para mudança do comportamento alimentar consiste no profissional psicoeducar o paciente a todo o processo,

Stédile (2012) afirma que, nas duas últimas décadas, dois principais debates têm surgido acerca da natureza dessa concentração de terra e quais as consequências disso para

O CES é constituído por 54 itens, destinados a avaliar: (a) cinco tipos de crenças, a saber: (a1) Estatuto de Emprego - avalia até que ponto são favoráveis, as