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Efeitos determinados pela administração subaracnoidea de dexmedetomidina, em dose única, sobre a medula espinal e as meninges de coelhos

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(1)

Efeitos determinados pela administraçã subaracnoidea de

dexmedetomidina, em dose

́

nica, sobre a medula espinal e as

meninges de coelhos

Tese apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Câmpus de Botucatu, para obtenção do título de Doutor em Anestesiologia.

Orientadora: Profa. Titular Eliana Marisa Ganem

(2)

preferível arriscar coisas grandiosas. Alcançar

triunfo e glória mesmo expondo-se à derrota, do que formar filas com os pobres de espírito, que nem gozam

muito e nem sofrem muito porque vivem nesta penumbra cinzenta que não conhece vitória e nem derrota".

Theodore Roosevelt

É

(3)

Dedico este trabalho a três pessoas muito especiais, três mulheres:

à Elvira, minha mãe, sem a qual nada disso existiria, sendo elemento principal da minha formação;

à Iara, minha irmã, pode-se dizer uma segunda mãe;

(4)

AGRADECIMENTO ESPECIAL

À Prof. Titular Eliana Marisa Ganem,

(5)

Esse trabalho não seria possível sem o apoio de pessoas, que foram de fundamental importância ao longo da minha vida. Um muito obrigado!

Ao meu pai, que se aqui estivesse estaria radiante.

À Ticiana pelo apoio, compreensão, carinho e companheirismo.

À minhas irmãs, Maria Teresa, Ana, Iara e Regina, pelo exemplo e apoio ao longo do tempo.

Ao Jeconias Neiva Lemos, pelo apoio, amizade e exemplo de vida.

Ao Bruno Gardélio Pedreira de Cerqueira, pelo incentivo e amizade.

Ao Anderson Cardoso Gazineu, que levou todos nós para Unesp.

Ao Rodrigo e Jonga, pela amizade e companheirismo nessa jornada.

Ao Luciano Garrido, pela amizade e oportunidades.

Ao Carlos Eduardo, pela amizade e exemplo, sem falar no apoio durante essa jornada.

Ao José Admirço Lima Filho, pelo apoio incondicional nesses anos, seja de forma direta ou indireta, você foi fundamental.

À Stela, pela ajuda e colaboração.

(6)

À dona Joana Jacirene Costa Teixeira, secretária do Departamento de Anestesiologia, pela presteza e pelo trabalho gráfico.

À Nelí Aparecida Pavan e demais funcionários do Departamento de Anestesiologia da Unesp, pela disponibilidade e auxílio.

À aluna de graduação da Faculdade de Medicina de Botucatu Natália Castro Fim, pelo auxílio na execução da pesquisa experimental.

À Profa. Dra. Vânia Maria Vasconcelos Machado, do Departamento de Reprodução Animal e Radiologia Veterinária, pelo auxílio com a ultrassonografia.

À Profa. Adjunta Mariângela Esther Alencar Marques, do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu, pelo auxílio na leitura das lâminas histológicas.

Ao Prof. Dr. Hélio Miott, do Departamento de Dermatologia e Radioterapia da Faculdade de Medicina de Botucatu, pelo auxílio na avaliação dos marcadores imuno-histoquímicos.

(7)
(8)

Figura 1 Segmento da região posterior da medula espinal. GFAP

40x... 33 Figura 2 A. Área selecionada do tecido neural. B. Área binarizada

após o processamento da imagem, resultando em 45% do

tecido marcado... 34

Figura 3 Tecido nervoso (A), vasos sanguíneos (B) e meninges (C)

normais de animal do G1 (C5). H&E 2... 39 Figura 4 Tecido nervoso (A), vasos sanguíneos (B) e meninges (C)

normais de animal do G1 (C5). H&E 10... 39

Figura 5 Tecido nervoso normal (A), vasos sanguíneos normais (B) e

discreto infiltrado inflamatório linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (C) de

animal do G2 (C6). H&E 3,5... 40 Figura 6 Tecido nervoso normal (A) e discreto infiltrado inflamatório

linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (B) de animal do G2 (C6). H&E

18... 40 Figura 7 Tecido nervoso normal (A) e discreto infiltrado inflamatório

linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas

focais de adesão (B) de animal do G2 (C6). H&E 30... 41 Figura 8 Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário

perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da

aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 6... 41 Figura 9 Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário

perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da

aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 20... 42 Figura 10 Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário

perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da

aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 40... 42 Figura 11 Box-Plot da mediana e 1º e 3º quartis do percentual das

células do tecido nervoso marcadas pelo GFAP dos grupos

(9)

expressos em média ± desvio padrão (dp)... 37 Tabela 2 Resultados histológicos do tecido nervoso e das meninges dos animais

dos animais pertencentes ao G2... 38

Quadro 1 Algoritmo de processamento das imagens para quantificação

(10)
(11)

3 MÉTODO... 22

3.1 Animais utilizados... 23

3.2 Grupos experimentais... 23

3.3 Sequência experimental... 23

3.4 Técnicas utilizadas... 25

3.4.1 Preparo do animal... 25

3.5 Punção subaracnóidea... 25

3.5.1 Técnica de punção... 25

3.5.2 Volume injetado... 26

3.5.3 Solução administrada... 26

3.6 Observação clínica... 27

3.7 Sacrifício... 27

3.8 Exame histológico... 28

3.8.1 Técnica imuno-histoquímica para GFAP... 28

3.9 Comissão d Ét ca em Experimentaç̃o em Animal... 34

3.10 Modelo de estudo... 35

3.11 Método estatístico... 35

4 RESULTADOS... 36

5 DISCUSSÃO... 44

5.1 Discussão da metodologia... 45

5.1.1 Ultrassonografia como guia de punção... 45

5.1.2 Grupos experimentais... 46

5.1.3 G F A P... 47

5.1.4 Tempo de observação clínica no cativeiro... 48

5.1.5 Dexmedetomidina... 48

5.2 Discussão dos resultados... 50

6 CONCLUSÃO... 52

(12)
(13)

(Doutorado em Anestesiologia), Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, câmpus de Botucatu.

RESUMO

Introdução: a dexmedetomidina é um enantiômero dextrógiro da medetomidina, possui importantes ações sedativas e analgésicas. A dexmedetomidina é empregada como medicaç̃o pré-anestésica ou associada ̀ anestesia pelas vias intravenosa, muscular, peridural ou subaracnoidea. Estudos clínicos mostram que quando utilizada no espaço peridural de seres humanos a dexmedetomidina não desencadeou lesões neurológicas. Pela via subaracnoidea a associação de pequenas doses do fármaco (3-10 g) com o anestésico resultou em aumento no tempo dos bloqueios sensitivo e motor, com manutenção da estabilidade hemodinâmica e algum grau de sedação. Os estudos sobre os efeitos da dexmedetomidina introduzida no espaço subaracnoideo, além de escassos, não asseguram que o agente não causa lesões neurológicas.

Objetivo: avaliar os efeitos que a dexmedetomidina, administrada pela via subaracnoidea em dose única, determina sobre a medula espinal e as meninges de coelhos. Método: vinte coelhos adultos jovens, fêmeas, pesando entre 3200 a 4900 gr com comprimento de coluna vertebral entre 36 e 40 cm foram divididas, por sorteio, em dois grupos (G): G1 solução fisiológica 0,9%, G2 dexmedetomidina (10 μg). Após anestesia venosa com cetamina e xilazina foi realizada punção subaracnoidea em S1-S2 guiada por ultrassom e injetada a solução sorteada. Os animais permaneceram em cativeiro por 21 dias sob observação clínica e foram sacrificados por decapitação e retirada a porção lombo-sacral da medula espinal para exame histológico [Hematoxilina e eosina (HE) e imuno-histoquímica para proteína glial fibrilar ácida (GFAP)].

Resultados: nenhum animal apresentou lesão histológica de tecido nervosa, entretanto 9 animais apresentaram alterações em meninges. Conclusão: neste modelo experimental em coelhos, a dexmedetomidina administrada no espaço subaracnoideo em dose única, não desencadeou alterações histológicas sobre o tecido medular, entretanto foram encontradas alterações histológicas em meninges.

(14)

Cardoso HEDP. Effects of dexmedetomidine, administered by the intrathecal route in single puncture, determines on the spinal cord and meninges of rabbits. Botucatu, 2015. 60p. Thesis (PhD degree in Anesthesiology), Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, câmpus de Botucatu.

ABSTRACT

Background: dexmedetomidine is a dextrorotatory enantiomer of medetomidine, has important sedative and analgesic actions. This drug is used as premedication or associated with anesthesia by intravenous, muscular, epidural or subarachnoid. Clinical studies show that when used in the epidural space of human’s dexmedetomidine did not cause neurological damage. By subarachnoid way the association of small drug doses (3-10 μg) with the anesthetic resulted in an increase in the time of sensory and motor block, maintaining hemodynamic stability and some degree of sedation. Studies on the effects of dexmedetomidine introduced into the subarachnoid space, besides scarce do not ensure that the agent does not cause neurological damage. Objective: to evaluate the effects of dexmedetomidine, administered by the intrathecal route in single dose, determines on the spinal cord and meninges of rabbits. Method: twenty young adult female rabbits, weighing 3200-4900 g with 36 spine length and 40 cm were divided by lot into two groups (G ): 0.9% saline G1 , G2 dexmedetomidine (10 μg). After intravenous anesthesia with ketamine and xylazine spinal puncture was performed in S1 - S2 ultrasound guided and injected a random solution. The animals remained in captivity for 21 days under medical observation and were sacrificed by decapitation and removal of the lumbosacral portion of the spinal cord for histologic examination [hematoxylin and eosin (HE)] and immunohistochemistry for glial fibrillary acidic protein (GFAP). Results: no animal showed histological lesions of nerve tissue; however 9 animals showed changes in meninges.

Conclusions: in this experimental model in rabbits dexmedetomidine triggered no histological lesions of nerve tissue, but showed changes in meninges.

(15)
(16)

Introdução  16

A dexmedetomidina, enantiômero dextrógiro da medetomidina, é um

agonista 2 adrenérgico super-seletivo, apresentando relaçã de seletividade entre os

receptores 2: 1 de 1600:1. Apresenta importantes ações sedativa e analgésica podendo

reduzir em até 95% a concentração alveolar ḿnima (CAM) do halotano, resultados

observados em estudo experimental1. O efeito sedativo, mesmo em doses elevadas, ño

é acompanhado de depressão respiratóri , sendo que o fármaco também possibilita que

os pacientes sejam facilmente despertados, permanecendo cooperativos promovendo

analgesia e sedação no peŕodo ṕs-operat́rio e na unidade de tratamento intensivo2.

Os 2-agonistas foram sintetizados no ińcio da década de 60 e utilizados,

inicialmente, como descongestionantes nasais e, posteriormente, como agentes

anti-hipertensivos3. Pesquisas subsequentes mostraram que esse grupo farmacológico

apresentava ação ansiolítica e a simpaticolítica4 podendo ser empregado com o objetivo

de reduzir o consumo de anestésicos e opioides e diminuindo o risco de eventos

cardiovasculares adversos no período perioperatório5,6.

Com o desenvolvimento de agentes com maior especificidade pelos

receptores 2-adrenérgicos, como a dexmedetomidina, que por apresentarem ação mais

intensa sobre a vigí ia, proporcionar bom controle hemodinâmico desencadeado pelo

estresse e produzir, por si só, anestesia7, tornaram-se nova opção de fármaco utilizado

em Anestesiologia7,8.

A dexmedetomidina é empregada como medicaç̃o pré-anestésica ou

associada ̀ anestesia pelas vias intravenosa9,10, muscular9, peridural11 ou

subaracnoidea12 .

Os efeitos antinoceptivos dos agonistas α213 são decorrentes de ação nos

(17)

promovem antinocicepção local efetiva no interior do sistema nervoso central após

serem administrados pelas vias peridural e subaracnoidea, com efeitos colaterais

mínimos14.

Está descrito que a dexmedetomidina injetada no espaço peridural é cinco

vezes mais efetiva em produzir efeitos antinociceptivos do que aqueles produzidos após

administração sistêmica15.

Quando introduzida no espaço peridural de seres humanos a

dexmedetomidina não desencadeou lesões neurológicas16. Pela via subaracnoidea a

associação de pequenas doses do fármaco (3-10 g) com o anestésico resultou em

aumento no tempo dos bloqueios sensitivo e motor17,18, com manutenção da estabilidade

hemodinâmica e algum grau de sedação19.

O mecanismo de ação pelo qual a administração subaracnoidea de agonistas

α2 adrenérgicos prolonga o bloqueio sensitivo e motor dos anestésicos locais não é

conhecido. O anestésico local atua nos canais de sódio enquanto os agonistas α2 atuam

pela ligação nas fibras C pré-sinápticas e nos neurônios pós-sinápticos do corno dorsal.

As ações analgésicas deste grupo de fármacos poderia ser decorrente da depressão da

liberação de neurotransmissores da fibra C e da hiperpolarização dos neurônios do

corno dorsal da medula20. Como os mecanismos de ação dos anestésicos locais e α2

agonistas são diferentes, quando ambos são utilizados em associação podem apresentar

efeitos aditivos ou sinérgicos21.

Em ratos, o emprego da dexmedetomidina pela via subaracnóideamostrou

efeitos antinociceptivos importantes17,18. Em ovelhas, nas quais foram administradas

(18)

Introdução  18

ou sinais de comprometimento neurológico após a observação clínica que durou período

de 7 dias 22.

Os estudos sobre os efeitos da dexmedetomidina introduzida no espaço

subaracnoideo, além de escassos, não asseguram que o agente não causa lesões

neurológicas. E, quando o fármaco foi administrado pela via peridural, por meio de

cateter, em coelhos, associado ou não ao anestésico local, foram observadas lesões

histológicas compatíveis com toxicidade do tecido nervoso, tanto no grupo que recebeu

apenas anestésico local quanto naqueles que receberam a dexmedetomidina14.

Quando se propõ estudar neurotoxicidade, a seleção da espécie animal

deve ser realizada com cuidado, especialmente se os resultados obtidos ser̃o

extrapolados para os seres humanos23. Por exemplo, no rato o espaço subaracnoideo

possui tamanho limitado, o que provoca menores diluições e misturas dos fármacos no

líquor, favorecendo o maior contato da substância estudada com o tecido nervoso,

podendo induzir resultados superestimados. Já o c̃o, cujo espaço subaracnoideo é

comparável ao dos seres humanos, é uma boa espécie para estudar neurotoxicidade24.

Coelhos são utilizados para o estudo de neurotoxicidade desde meados do

século passado. Diversos autores pesquisaram, nesta espécie, os efeitos de anestésicos

locais25-26, dos benzodiazepín cos27,28, de anticolinesterásicos28, de antagonistas do

receptor N-metil-D-apartato29,30, dentre outras soluçõ s31.

Na grande maioria destas pesquisas, a solução foi introduzida no espaço

subaracnoideo por meio de cateter implantado de forma crônica23-26,28-31 e, em alguns

estudos, foram observadas, nos animais do grupo controle, células inflamatóri s nas

(19)

alterações neuroimunes que se manifestaram pelo aumento de marcadores gliais e pela

expressão d citocinas específi as32 .

A presença de um cateter no espaço subaracnoideo e o tempo de

implantação do mesmo podem comprometer a administração do fármaco e as respostas

desencadeadas pelo agente estudado33,34. Somando-se a isto, a cateterizaç̃o crônica do

espaço subaracnoideo e do peridural produz alteraçõ s histoĺgicas no tecido nervoso

medular, em torno do cateter35,36. Alguns autores29 afirmaram que estas alterações o

facilmente distinguí eis daquelas determinadas pelos efeitos tó icos das soluçõ s

estudadas e que a técnica de injeção subaracnoidea com punção única também induziu

ao edema das raí es nervosas, em macacos37.

Estudos experimentais utilizando a injeção subaracnoidea com punção única

para a introduç̃o subaracnoidea de soluções s̃o aqueles cuja técnica mais se aproxima

(20)

Objetivo  20

(21)

O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos que a dexmedetomidina,

administrada pela via subaracnoidea, em dose única, determina sobre a medula espinal e

(22)

Método  22

(23)

3.1 Animais utilizados

Após a aprovação da Comissão de Ética em Experimentação Animal da

Faculdade de Medicina de Botucatu (Protocolo CEEA 918/2012), foram utilizados 20

coelhos adultos jovens, fêmeas, da raça Grupo Genético de Botucatu, com pesos entre

3200 gramas e 4900 gramas e comprimento de coluna entre 36 e 40 cent́metros,

fornecidos pelo Biotério do Campus de Botucatu da Universidade Estadual Paulista

“Júlio de Mesquita Filho”.

Na seleção dos animais foram exclúdos aqueles que ño apresentaram

aspecto sadio e que tiveram necessidade de mais de uma punção subaracnoidea.

Os animais foram randomizados em dois grupos experimentais.

3.2 Grupos experimentais

Os animais foram distribuíd s por lista gerada por computador e envelopes

selados em dois grupos experimentais, com 10 animais em cada grupo, submetidos,

inicialmente, ̀ anestesia intravenosa com xilazina e cetamina e, em seguida, ̀ punç̃o

subaracnoidea. Os grupos diferenciaram-se pelo tipo de solução administrada, ou seja:

Grupo 1 (G1) – solução fisioló ica a 0,9%

Grupo 2 (G2) – dexmedetomidina (10 μg)

3.3 Sequência experimental

Em todos os animais foi realizada a sequência experimental que se segue:

 Jejum alimentar de 12 horas com livre acesso à água.

(24)

Método  24

 Anestesia com xilazina e cetamina.

 Posicionamento do animal em decúbito ventral em mesa cirúrgica.

 Medida do comprimento da medula espinal.

 Limpeza local com água e sabão.

 Tricotomia.

 Limpeza do local com solução salina fisiológica estéril.

 Antissepsia com gluconato de clorexidina a 2%.

 Colocação de campo estéril.

 Palpação e identificação dos espaços intervertebrais.

 Punção subaracnoidea sob orientação de ultrassom.

 Injeção da solução sorteada.

 Retirada do animal da mesa.

 Observação clínica até recuperação da anestesia venosa.

 Manutenção em cativeiro durante 21 dias sob observação clínica.

 Sacrifício do animal.

 Remoção da medula espinal em sua porção lombar e sacral.

 Fixação da peça anatômica.

(25)

3.4 T́cnicas utilizadas

3.4.1 Preparo do animal

Após período de jejum de 12 horas com livre acesso à água, os animais foram

pesados e anestesiados com injeção intravenosa de cloridrato de xilazina, na dose de 3

mg.kg-1 de peso corporal, e cloridrato de cetamina, na dose de 10 mg.kg-1 de peso

corporal.

Após a anestesia venosa, os animais foram posicionados em decúbito ventral

sobre a mesa cirúrgica e obtido o comprimento da medula espinal, medida pela

distância entre a base do crânio e o espaço lombossacral25.

Foi realizada a limpeza da pele e pêlos da região da coluna vertebral com água

e sabão seguida de tricotomia em área de 10 cm ao redor do local onde foi realizada a

punção, correspondente ao espaço intervertebral S1 – S2. Esta região foi lavada com

solução fisiológica a 0,9% e, após a antissepsia com solução tópica de gluconato de

clorexidina a 2%, foram colocados os campos estéreis.

3.5 Punção subaracnoidea

3.5.1 T́cnica de punção

No coelho o espaço mais caudal que permite a abordagem do espaço

subaracnoideo se encontra entre as vértebras S1 e S2. Para a identificação deste espaço

e a determinação do local da punção subaracnóidea, palpam-se as cristas ilíacas e se

(26)

Método  26

a 2 cm em direção caudal. O espaço S1-S2 se localiza 1 cm caudal ao processo

espinhoso da primeira vértebra sacral25.

O bloqueio subaracnoideo foi guiado com auxí io da ultrassonografia,

utilizando o aparelho da marca SonoSite (USA), modelo M-turbo, que possui o recurso

de Doppler tecidual de parede (TDI). Foi utilizado o transdutor micro-linear com

frequência de 6.0 a 13 MHz

A punção subaracnoidea foi realizada com agulha de Quincke de calibre

25G x 50 mm, por acesso mediano, com ângulo de inclinação de aproximadamente 45o.

A agulha foi introduzida lentamente, em direção cefálica, guiada por ultrassom, até

penetrar o espaço subaracnoideo.

Apó a identificação do espaço, os animais de G1 e G2 receberam as

soluções correspondentes. Foram registradas as dificuldades na realização da punção.

3.5.2 Volume injetado

Foram administrados 5 μL por cent́metro de medula espinal (0,2 mL)25,

injetados em 1 segundo, em seringa de 1 mL, descartável.

3.5.3 Solução administrada

A soluç̃o fisioló ica 0,9% (Grupo 1) foi sintetizada pela indústria

farmacêutica Hipolabor e o cloridrato de dexmedetomidina (Precedex®) sem

conservante em 10 g (Grupo 2) sintetizada pela indústria farmacêutica Abbott, foram

(27)

3.6 Observação cĺnica

Após a punção subaracnoidea ou a injeção da solução sorteada, os animais

foram retirados da mesa cirúrgica e, quando recuperados da anestesia intravenosa,

foram avaliados clinicamente quanto à motricidade e à sensibilidade dolorosa. A

motricidade foi avaliada pela observação clínica, baseado no critério estabelecido por

Drummond e Moore38,ou seja: 0 - movimento livre das extremidades inferiores; 1 -

assimetria e limitação para sustentar o corpo e para deambular por alteração nas

extremidades inferiores; 2 - inabilidade para sustentar o corpo pelas extremidades

inferiores; 3 - paralisia das extremidades inferiores. Na sequência, foi avaliada a

sensibilidade dolorosa por meio de preensão nas extremidades inferiores e superiores,

bem como da pele nas regiões dos dermátomos sacrais, lombares, torácicos e na orelha,

com auxílio de pinça dente de rato.

Os animais permaneceram em cativeiro durante 21 dias, sob observação

clínica. Foram verificadas as alterações de motricidade baseadas no critério de

Drummond e Moore38. A sensibilidade dolorosa foi avaliada pela observação dos

seguintes sinais indicativos de dor: retração da pata, mudança de postura e gemência

após a aplicação dos estímulos dolorosos descritos acima.

3.7 Sacrifício

O sacrif́cio foi realizado por decapitação, após anestesia prévia com

xilazina e cetamina pela via intravenosa. A porç̃o lombar e sacral da medula espinal e

as raí es da cauda equina foram retiradas em tempo inferior a três minutos, para

(28)

Método  28

medular, as raí es e as meninges foram fixadas em soluç̃o de formalina a 10% para

posterior exame histoló ico e imuno-histoquímico.

3.8 Exame histoĺgico

As peças anatômicas permaneceram, durante sete dias, em soluç̃o de

formalina. Os cortes transversais do tecido nervoso e das meninges se iniciaram,

aproximadamente, dez cent́metros acima do local onde foi realizada a punç̃o

subaracnoidea, estendendo-se até o final da cauda equina, em intervalos de meio

cent́metro. Os cortes dos tecidos foram colocados em blocos de parafina e corados pelo

método de hematoxilina-eosina (HE) e de imuno-histoquímica pelo marcador glial -

proteína cida glial fibrilar (GFAP)42-45.

3.8.1 Técnica imuno-histoquímica para GFAP

A realização da técnica de imuno-histoquímica para GFAP as amostras

incluídas em parafina foram seccionadas na espessura de três micra em micrótomo

rotativo e estendidas em lâminas histológicas de vidro previamente tratadas com

organo-silano. Depois de permanecerem por 18 horas em estufa a 58oC, os cortes

passaram pelo processo de desparafinização em três cubas com xilol no tempo de cinco

minutos em cada cuba, então por quatro cubas de etanol absoluto e também por cinco

minutos em cada uma delas, hidratação em água corrente e destilada.

A próxima etapa realizada foi o bloqueio da peroxidase endógena por meio

da incubação em solução de peróxido de hidrogênio a 3% por 10 minutos em

(29)

foram submetidos à recuperação antigênica pelo calor em panela pressurizada Pascal

(Dako) por três minutos em temperatura de 117oC em solução Trilogy (Cell Marque).

Seguindo-se a lavagem em água corrente e água destilada, as lâminas foram

transferidas para bandejas especiais para imuno-histoquimica, sendo os cortes cobertos

por PBS (solução salina tamponada pH 7.2 – 7.4) e depois de retirado o excesso desta

solução, receberam o anticorpo primário GFAP, clone 6F2 (Dako) previamente diluído

a 1:400, permanecendo assim incubado por 30 minutos em temperatura ambiente. Os

anticorpos primários foram retirados por meio de lavagem em PBS e incubados com o

anticorpo secundário e o terciário Hidef Polímero (Cell Marque) durante 10 minutos,

cada uma das incubações, em temperatura ambiente.

Os cortes novamente lavados em PBS foram revelados pelo cromógeno

3,3-diaminobenzidina (Cell Marque) e, após a revelação, foram lavados em água corrente e

contra corados em hematoxilina segundo Harris (MERCK) por um minuto. Os cortes

então passaram pelo processo de desidratação em quatro cubas com etanol absoluto e

diafanização em três cubas com xilol. Por fim as lâminas foram montadas com

lamínulas 24x32 (KNITTEL) por meio de resina sintética Permount (FISHER – SP

15-500) e lidas em microscópio óptico.

O exame histológico das lâminas foi realizado pela microscopia óptica. Os

resultados obtidos pela análise dos cortes do tecido nervoso e das meninges corados

pelo HE foram classificados como normais, quando não apresentaram alterações, ou

lesados, determinando-se os achados observados, de acordo com os seguintes critérios:

 Tipo de lesão

1 - aracnoidite

(30)

Método  30

3 - lesão nervosa

 Localização da lesão

1 - região posterior (P)

2 - região lateral (L)

3 - região anterior (A)

4 - P+L

5 - L+A

6 - P+L+A

 Extensão da lesão

1 - <10%

2 - 10% - 50%

3 - >50%;

 Profundidade da lesão

1 - substância branca

2 - substância cinzenta

3 - substâncias branca e cinzenta

 Vaso sanguíneo

1 - normal

2 - espessamento fibroso

3 - trombose

Na presença de aracnoidite adesiva:

 Aderência

0 - ausente

(31)

2 - A+pia máter (P)

3 - D+A+P

 Espessamento de meninge

0 - ausente

1 - leve

2 - moderado

3 - intenso

 Infiltrado linfoplasmocitário

0 - ausente

1 - leve

2 - moderado

3 - intenso

 Fibrose

0 - ausente

1 - leve

2 - moderada

3 - intensa

Na presença de lesão de nervo

1 - vacuolização

2 - infiltrado linfoplasmocitário

3 - macrófagos

A avaliação dos resultados histológicos foi encoberta, realizada por três

(32)

Método  32

Organograma da avaliação histológica

Para análise aprofundada da celularidade medular foi estimada a

porcentagem de células a partir da avaliação da área imuno-histologicamente marcada

pelo GFAP nos cornos dorsais e ventrais da medula (Figura 1). Para tanto os cortes

histológicos corados pelo GFAP, após serem fotografados em resolução 1090 x 650 tipo

JPG, 96 dpi, 24 bits de cor, captada em microscópio Pannoramic MIDI 3DHISTECH,

sob objetiva 200x foram submetidos ao processamento digital segundo algoritmo abaixo

(Quadro 1), empregando o software Image J 1.46 e o plugin “Color Deconvolution”. Lesão

meníngea

localização vasos

sanguíneos

características celularidade

aderência espessamento

fibrose

infiltrado inflamatório

localização vasos profundidade características

(33)

Figura 1 - Segmento da região posterior da medula espinal. GFAP 40x. Exemplo de área utilizada para estimar o percentual de células marcadas.

Quadro 1 - Algoritmo de processamento das imagens para quantificação imuno-histoquímica

macro [1]" {

run("Colour Deconvolution", "vectors=[H&E DAB]"); }

macro [2]" { run("Crop");

run("Enhance Contrast", "saturated=0.5"); run("Make Binary");

run("Measure"); run("Open Next"); }

(34)

Método  34

As imagens foram, inicialmente, separadas por seus vetores componentes da

hematoxilina e DAB pelo plugin “Color deconvolution” (H-DAB). Após isso, foi

selecionada uma área retangular do tecido e realizado o aumento do contraste, de forma

padronizada, para a binarização da imagem.

Foi avaliado o percentual da área da imagem binarizada equivalente aos

pixels do tecido marcado pelo DAB (Figura 2), e comparadas as amostras entre os

grupos39-41.

A

B

Figura 2 - A. Área selecionada do tecido neural. B. Área binarizada após o processamento da imagem, resultando em 45% do tecido marcado.

3.9 Comiss̃o de ́tica em Experimentaç̃o em Animal

A presente pesquisa foi aprovada pela Comissão de Étic em

Experimentação Animal da Faculdade de Medicina de Botucatu (protocolo CEEA

(35)

3.10 Modelo de estudo

Este estudo foi controlado e randomizado. A análise histoló ica dos

resultados foi encoberta.

Os grupos foram randomizados a partir de lista gerada por computador e por

envelopes selados. A preparação das soluçõ s administradas nos animais de G1 e G2foi

realizada por pesquisador não envolvido diretamente na realização da técnica.

3.11 Ḿtodo estat́stico

Tendo como objetivo avaliar a homogeneidade dos grupos com relação ao

peso, ao comprimento da medula espinal e ao volume da solução administrada no

espaço subaracnoideo, foi realizado, como método estatístico, o teste t de Student

(resultados expressos em média e desvio padrão), e para comparar os resultados dos

percentuais das marcações histológicas das células pelo método do GFAP o teste não

paramétrico de Mann-Whitney (resultados apresentados em mediana e 1º e 3º quartis)

sendo considerados significativos os valores de p < 0,05.

Pressupondo-se uma estimativa de taxa de lesão do tecido nervoso de 70% e

de taxa induzida de 1%54 para a soluç̃o fisioló ica, para um valor α de significância de

5% (limite para detecção de erro tipo I) e um poder de 95%, foram necessários oito

(36)

Resultados  36

(37)

Os dois grupos foram homogêneos quanto ao peso (p=0,28) e ao

comprimento da medula espinal (p=0,23) (Tabela 1).

Não houve dificuldade na identificação e na abordagem do espaço

subaracnoideo em nenhum animal.

Todos os animais permaneceram clinicamente normais durante o período de

cativeiro.

Não foram encontradas alterações histológicas no tecido nervoso e nas

meninges dos animais pertencentes ao G1 (Figuras 3 e 4).

Em nove coelhos do G2 foram encontradas alterações histológicas nas

meninges, em áreas focais (inferiores a 5%). Não houve alterações histológicas no

tecido nervoso (Tabela 2; Figuras 5, 6, 7, 8, 9 e 10).

Não houve diferença estatisticamente significativa entre grupos quanto à

quantificação do marcador imuno-histoquímico (p=0,05) (GFAP). O box-plot da média

e desvio padrão dos valores de marcação do GFAP estão representados na figura 11.

Tabela 1 – Peso (g) e comprimento de medula espinal (cm). Valores expressos em média ± devio padrão (dp).

G1 G2 ESTATÍSTICA

Peso (g) 4,1 ± 0,44 4,3 ± 0,37 p = 0,28

C medula (cm) 39,2 ± 1,4 39,8 ± 0,37 p = 0,23

(38)

Resultados  38

Tabela 2 - Resultados histológicos do tecido nervoso e das meninges dos animais pertencentes ao G2. (Porcentagem do campo histológico comprometido)

C T N MENINGES

1 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular focal na pia-máter e aracnóide (<%5),

2 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular focal na pia-máter e aracnóide (<%5)

3 normal normal

4 normal aracnoide com espessamento discreto aderida à dura-máter (<%5)

5 normal áreas focais de infiltrado inflamatóriolinfoplasmocitário com adesão da pia-máter na aracnoide (<%5)

6 normal discreto infiltrado inflamatório linfoplasmocitário da pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (<%5)

7 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular com áreas de espessamento da pia-máter e aracnoide (<5%)

8 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular focal na pia-máter e aracnoide (<%5)

9 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular focal na pia-máter e aracnoide (<%5)

10 normal infiltrado inflamatório linfoplasmocitário perivascular focal na pia-máter e aracnoide (<%5)

(39)

Figura 3- Tecido nervoso (A), vasos sanguíneos (B) e meninges (C) normais de animal do G1 (C5). H&E 2.

Figura 4 - Tecido nervoso (A), vasos sanguíneos (B) e meninges (C) normais de animal do G1 (C5). H&E 10.

A

B

C

A

B

B

C

(40)

Resultados  40

Figura 5 - Tecido nervoso normal (A), vasos sanguíenos normais (B) e discreto infiltrado inflamatório linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (C) de animal do G2 (C6). H&E 3,5.

Figura 6 - Tecido nervoso normal (A) e discreto infiltrado inflamatório linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (B) de animal do G2 (C6). H&E 18.

C

B

A

C

B

B

(41)

Figura 7- Tecido nervoso normal (A) e discreto infiltrado inflamatório linfoplasmocitário entre na pia-máter e aracnoide com áreas focais de adesão (B) de animal do G2 (C6). H&E 30.

Figura 8- Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 6.

B

B

A

A

B

C

(42)

Resultados  42

Figura 9- Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 20.

Figura 10- Tecido nervoso normal (A), infiltrado linfoplasmocitário perivascular com áreas de espessamento da pia-mater e da aracnoide (B e C) de animal do G2 (C7). H&E 40.

B

C

C

C

C

A

C

C

B

(43)
(44)

Discussão  44

(45)

5.1 Discussão da metodologia

5.1.1 Ultrassonografia como guia de punção

Em modelos experimentais com objetivo de estudar alterações que soluções

introduzidas no espaço subaracnóideo determinam sobre o tecido nervoso e as meninges

é importante excluir a possibilidade de a punção subaracnoidea ser o fator determinante

de lesões. Citam-se como exemplo lesões consequentes ao trauma desencadeado pela

agulha utilizada na punção e administração de soluções no interior da raiz nervosa.

Em duas pesquisas realizadas em coelhos25,43, nos quais os fármacos foram

administrados no espaço subaracnoideo com punção única, não foram observadas, à

microscopia óptica, alterações histológicas do tecido nervoso medular da maioria dos

animais que receberam solução fisiológica (doze coelhos). Em apenas um deles foi

constatada laceração intensa da medula espinhal no local da punção43, que foi realizada

entre a última vértebra lombar e a primeira vértebra sacral.

Ready et al25 descreveram que, no coelho, o espaço subaracnoideo pode ser

abordado entre a primeira e a segunda vértebras sacrais, pela via paramediana, e que o

volume do líquor é pequeno e não refluiu através do canhão da agulha. Para diminuir a

manipulação da agulha e a possibilidade de trauma do tecido nervoso desencadeado

pela punção, o espaço subaracnoideo foi identificado com auxílio de estimulador de

nervo periférico.

Estudo anatômico do sistema nervoso central do coelho (Orictolagus

cuniculus) mostra que o comprimento do cone medular pode estender-se da segunda à

(46)

Discussão  46

Quando se pretende estudar neurotoxicidade em animais vivos, a

identificação e o posicionamento corretos da agulha, no espaço subaracnoideo, são

fundamentais para que haja confiabilidade nos resultados obtidos. Tal fato exclui a

possibilidade de que o trauma do tecido nervoso, a lesão dos vasos sanguíneos e a

injeção intraneural da solução sejam os responsáveis pela agressão ao tecido nervoso.

A utilização do ultrassom em anestesia regional facilitou a realização da

técnica anestésica, permitindo a melhor visibilidade das estruturas a serem abordadas

(nervos), assim como das adjacentes (vasos sanguíneos, pulmão, pleura). Possibilitou o

posicionamento adequado da agulha, evitando-se lesão de nervo e injeção intravascular

de anestésico local, alem de possibilitar a observação da área de dispersão da solução

injetada45.

Assim sendo, na presente pesquisa, a utilização do ultrassom como guia de

punção permitiu a visibilização do espaço subaracnoideo e a dispersão da solução

administrada no interior deste espaço, mostrando que técnica para a realização da

punção não foi o fator que determinaria possíveis alterações no tecido nervoso da

medula e nas meninges.

5.1.2 Grupos experimentais

O grupo 1, que recebeu a solução salina por via subaracnoidea, teve por

finalidade estudar os efeitos que o volume de solução administrada determinaria sobre o

tecido nervoso.

Como o espaço subaracnoideo do coelho, no local onde foi realizada a

punção, que é o mais caudal que permite a passagem da agulha, é pequeno, visto que

(47)

não fosse o fator desencadeador de lesões nervosas. Alguns autores aventaram a

hipótese de que aumentos agudos no volume do líquor poderiam levar ao aumento na

pressão liquórica, comprometer o fluxo sanguíneo medular e causar isquemia medular

com o surgimento de lesões neurológicas46. Somando-se ao que já foi descrito, este

grupo serviu, também, para excluir eventual injeção intraneural da solução. Está

descrito, na literatura, que a injeção de solução salina, em volume de 0,05 mL, no

interior dos fascículos de nervos periféricos de coelhos foi suficiente para degenerar os

axônios47,48.

Já o grupo 2, que recebeu a dexmedetomidina, teve por objetivo avaliar os

efeitos que o fármaco determinaria sobre o tecido nervoso.

5.1.3 G F A P

A ativação glial é muito estudada em decorrência de seu papel na lesão e

reparação do sistema nervoso central (SNC). Há muito se reconhece que a resposta

microglial a quase todas as formas de lesão do SNC pode ser considerada como um dos

primeiros indicadores da doença latente. A ativação microglial envolve um padrão

estereotipado de respostas celulares que incluem proliferação, recrutamento no local da

lesão e aumento da expressão de imunomoléculas49. Os astrócitos estão entre as

primeiras células que respondem à lesão do SNC. A hipertrofia e, em menor extensão, a

proliferação de astrócitos são as primeiras respostas observadas. Os astrócitos

aumentam de tamanho porque contêm grandes quantidades de organelas citoplasmáticas

(48)

Discussão  48

Existem evidências de que a microglia pode contribuir diretamente para ou

exacerbar a degeneração neuronal51,52. Assim sendo, a dosagem do GFAP serviu de

marcador precoce da lesão neural32.

5.1.4 Tempo de observação clínica no cativeiro

O tempo de observação clínica prolongada (21 dias) teve por objetivo

avaliar os efeitos tardios que a dexmedetomida poderia desencadear também sobre as

meninges, visto que resultados de pesquisas anteriores, realizadas em cães,

demonstraram que, quando o fármaco agride primariamente o tecido nervoso, as

alterações clínicas e histológicas são detectadas imediatamente após a administração do

agente42,53,54 porém, para detecção de lesões nas meninges, é necessário tempo maior

para que a inflamação e a aderência entre as meninges ocorram55-57.

5.1.5 Dexmedetomidina

A dexmedetomidina, agonista superseletivo dos receptores adrenérgicos α2,

possui efeitos sedativos e analgésicos2,58. Seus efeitos analgésicos são obtidos pela

ativação dos receptores α-2A do corno dorsal da medula4,19,59. Os neurônios da

superfície do corno dorsal da medula, especialmente de lâmina II (substância

gelatinosa), apresentam papel importante na modulação da transmissão nociceptiva

porque recebem fibras aferentes primárias mielinizadas Aδ e amieĺnicas C que

carregam informações nociceptivas da periferia para o sistema nervoso central60.

A administração subaracnoidea de dexmedetomidina inibe as respostas

evocadas pelas fibras C e lentifica o potencial de ação das raízes ventrais dos neurônios

do corno dorsal da medula61. O fármaco exerce antinocicepção espinal pela liberação de

(49)

aumenta os níveis de noradrenalina no liquor e induz a liberação de acetilcolina e óxido

nítrico62,63.

Estudo “in vitro” utilizando a substância gelatinosa dos neurônios da

medula espinal de ratos mostrou que a dexmedetomidina hiperpolariza o potencial de

ação dos neurônios do corno dorsal por meio da ativação dos canais de potássio

mediados pela proteína G nos receptores adrenérgicos64.

Em modelos experimentais de isquemia cerebral65,66 o fármaco apresentou

efeitos neuroprotetores mediados pela ativação de subtipos dos receptores α266. Em

decorrência destes efeitos especulou-se que a utilização da dexmedetomidina pelas vias

peridural e subaracnoidea poderia ser segura, desprovida de efeitos deletérios sobre o

tecido nervoso.

Quando administrada pela via subaracnoidea em animais a

dexmedetomidina mostrou ser agente antinociceptivo potente67. Por ser altamente

lipofílica liga-se mais eficientemente aos neurônios do corno da medula espinal22. A

lipofilicidade está relacionada à potência dos fármacos administrados no espaço

subaracnoideo e a potência à toxicidade22.

O fármaco (Precedex®) é sintetizado como solução isotônica, límpida, com

pH entre 4,5 e 7,0. Cada mililitro do Precedex® contém 118 µg de cloridrato de

dexmedetomidina (equivalente a 100 μg de dexmedetomidina) e 9 mg de cloreto de

sódio em água. A solução é livre de preservativos e não contém aditivos ou

estabilizantes químicos14.

E, embora dexmedetomidina esteja sendo utilizada como adjuvante do

anestésico local na anestesia subaracnoidea17-19, a sua apresentação farmacológica não

(50)

Discussão  50

5.2 Discussão dos resultados

Estudos experimentais abordaram os efeitos antinociceptivos da

dexmedetomidina, contudo pouco foi publicado sobre os efeitos sobre o tecido nervoso

e as meninges14. Konakci et al.14 estudaram os efeitos da administração peridural da

dexmedetomidina associada ou não à lidocaína em coelhos e observaram lesões

isquêmicas e edema leve e difuso da substância branca com ambas as drogas assim

como naqueles em que houve a associação entre elas, porém a desmielinização de

oligodendrócitos foi, somente, observada nos animais tratados com a dexmedetomidina.

Já Hou et al.68 investigaram os efeitos de diferentes doses de

dexmedetomidina introduzidas no espaço subaracnoideo de ratos e observou que

somente em doses elevadas (3 µg.kg-1) houve sinais de lesão neural, avaliada pelo

aumento na expressão de C Fos no corno dorsal, cujo aumento indica lesão da medula

espinal63.

Na presente pesquisa, na qual utilizamos a dose de 10 µg pela via

subaracnoidea, dose que promove efeito antinociceptivo intenso e prolongado67, pode-se

observar lesões inflamatórias focais da aracnoide e da pia máter com áreas de adesão

entre elas, alterações ausentes no grupo controle mostrando que de alguma forma o

fármaco comprometeu as meninges.

As alterações encontradas nas meninges são semelhantes às da fase inicial

da aracnoidite adesiva, ou seja, reação inflamatória da pia e aracnoide associado ao

edema e à hiperemia das raízes nervosas. Mais tardiamente as faixas de colágeno

começam a se formar entre a pia máter, a aracnoide e as raízes nervosas, culminando

com a aderência entre estas estruturas. Nesta fase o edema das raízes começa a

(51)

Muitas são as possíveis causas de aracnoidite adesiva, dentre elas a presença

de preservativos na solução, porém o fármaco utilizado na presente pesquisa

(Precedex®) não possui preservativos. Desta forma parece ser a dexmedetomidina o

fator desencadeante das lesões.

Na presente pesquisa não foram encontradas alterações histológicas do

tecido nervoso da medula e das raízes pelo método H&E, e também não houve aumento

do marcador glial (GFAP) nos animais do grupo tratados com dexmedetomidina. Este

fato vem demonstrar que o foco inicial de agressão não foi o tecido nervoso, mas sim

nas meninges.

Entretanto, outros estudos experimentais em outras espécies e doses devem

ser realizados para melhor elucidar os efeitos do fármaco quando administrado no

(52)

Conclusão  52

(53)

Neste modelo experimental, a dexmedetomidina administrada no espaço

subaracnóideo, em dose única, desencadeou alterações histológicas em meninges, mas

(54)

Referências  54

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