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Autismo no Brasil, desafios familiares e estratégias de superação: revisão sistemática.

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Academic year: 2017

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JPediatr(RioJ).2015;91(2):111---121

www.jped.com.br

ARTIGO

DE

REVISÃO

Autism

in

Brazil:

a

systematic

review

of

family

challenges

and

coping

strategies

,

夽夽

Paulyane

T.M.

Gomes

a

,

Leonardo

H.L.

Lima

a

,

Mayza

K.G.

Bueno

a

,

Liubiana

A.

Araújo

b

e

Nathan

M.

Souza

c,∗

aFaculdadedeCiênciasMédicas,UniversidadeJosédoRosárioVellano(UNIFENAS),BeloHorizonte,MG,Brasil bSetordePediatria,EscoladeMedicina,UniversidadeFederaldeOuroPreto(UFOP),OuroPreto,MG,Brasil

cSetordeSaúdeColetivaeMedicinadeFamíliaeComunidade,EscoladeMedicina,UniversidadeFederaldeOuroPreto(UFOP),

OuroPreto,MG,Brasil

Recebidoem18deagostode2014;aceitoem27deagostode2014

KEYWORDS

Autisticdisorder; Autism;

Familyrelations; Caregivers; BrazilianUnified HealthSystem

Abstract

Objective: Todescribethechallengesfacedbyfamiliescaringforchildrenwithautismspectrum

disorder(ASD)inBrazilandthecopingstrategiesemployed.

Sources: SystematicreviewofarticlespublisheduntilSeptemberof2013, withoutlanguage

restrictions,usingqualityappraisal(AmstarandCasp/Oxfordinstruments).

Summaryofthefindings: Theliteratureshowsparentalemotionaloverloadasoneofthemain

challengesfacedbyfamilies,especiallymothers.Themainstressorswerediagnostic

postpo-nement, difficultydealing with thediagnosis andassociated symptoms, andpoor access to

healthservicesandsocialsupport.Thepredominantcopingstrategiesfoundincluded

informa-tion exchangebetweenaffectedfamiliesandintegratedhealthcarenetworkfor patientand

familysupport.

Conclusion: ASDexerts stronginfluenceonfamilydynamics,resultingincaregiveroverload,

especially inmothers.TheBrazilian UnifiedHealthSystemneedstoprovidecomprehensive,

continuous,andcoordinatedcaretostrengthenthepatient-familydyadandpromotethefull

developmentandsocietalinclusionofchildrenwithASD.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Allrightsreserved.

DOIserefereaoartigo:http://dx.doi.org/10.1016/j.jped.2014.08.009

Comocitaresteartigo:GomesPT,LimaLH,BuenoMK,AraújoLA,SouzaNM.AutisminBrazil:asystematicreviewoffamilychallenges andcopingstrategies.JPediatr(RioJ).2015;91:111---21.

夽夽EstudoconduzidonaUniversidadeJosédoRosárioVellano(Unifenas),BeloHorizonte,MG,Brasil.Autorparacorrespondência.

E-mail:nathanmendes@hotmail.com(N.M.Souza).

(2)

112 GomesPTetal.

PALAVRAS-CHAVE

Transtornoautístico; Autismo;

Relac¸õesfamiliares; Cuidadores; SistemaÚnico deSaúde

AutismonoBrasil,desafiosfamiliareseestratégiasdesuperac¸ão:revisãosistemática

Resumo

Objetivo: Descreverosdesafiosencontradospelasfamíliasnaconvivênciacomcrianc¸as

por-tadoras de transtorno do espectro autista (TEA) no Brasil e as estratégias de superac¸ão

empregadas.

Fontedosdados: Revisão sistemática da literatura com inclusão de artigos publicados até

setembrode2013,semrestric¸õesdeidioma.Osartigosincluídosforamsubmetidosàavaliac¸ão

dequalidademetodológicapormeiodoAmstareCasp/Oxford.

Síntesedosdados: Incluem-seestudosprovenientesdeSãoPauloeRioGrandedoSulcomalta

emoderadaqualidademetodológica.Aliteraturamostrasobrecargaemocionaldospaiscomo

um dosprincipaisdesafiosencontradospelasfamílias, inclusivecomgrandetensãosobreas

mães.Dentreosfatoresrelacionadosao estresseestão:postergac¸ãodiagnóstica,dificuldade

delidarcomodiagnósticoecomossintomasassociados,acessoprecárioaoservic¸odesaúde

eapoiosocial.Dentreasestratégiasdesuperac¸ãodestacaram-se:trocadeinformac¸õesentre

asfamíliasafetadaseassistênciaintegralizadadarededesaúdenoatendimentodopaciente

esuporteàfamília.

Conclusão: Observou-sequeoTEAexerceforteinfluêncianadinâmicafamiliarcomsobrecarga

doscuidadores,geralmentedamãe.OSistemaÚnicodeSaúdenecessitaprovercuidado

inte-gral,longitudinalecoordenadocomvistasaofortalecimentodobinômiopaciente-famíliaeo

plenodesenvolvimentoeaplenainserc¸ãodessascrianc¸asnasociedade.

©2014SociedadeBrasileiradePediatria.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Todososdireitos

reservados.

Introduc

¸ão

O transtorno do espectro autista (TEA) é conside-rado uma síndrome neuropsiquiátrica caracterizada por manifestac¸õescomportamentaisacompanhadaspordéficits nacomunicac¸ãoe interac¸ãosocial, padrões de comporta-mentosrepetitivoseestereotipadoseumrepertóriorestrito deinteresseseatividades.1Asanormalidadesno desenvol-vimentotambém são características doautismo, asquais podem ser detectadas nos primeiros três anos de vida e persistiraté aidade adulta.2 Apesar darelevância, a eti-ologiadoTEAaindapermanecedesconhecida. Acredita-se quesejamultifatorial,associadaafatoresgenéticose neu-robiológicos,isto é, anomalia anatômicaou fisiológica do sistemanervosocentral,problemasconstitucionaisinatose interac¸ãoentremúltiplosgenes.2,3

O autismo é um tipo de transtorno global do desen-volvimento de maior relevância devido a sua elevada prevalência.Dados epidemiológicosmundiaisestimamque umacada 88nascidosvivosapresentaTEA, queacomete mais o sexo masculino. No Brasil, em 2010, estimava-se cercade500milpessoascomautismo.3

O diagnósticode TEAé essencialmente clínico, feitoa partirdasobservac¸õesdacrianc¸a,entrevistas comospais eaplicac¸ãodeinstrumentosespecíficos.Oscritériosusados paradiagnosticaroTEAsãodescritosnoManualEstatístico e Diagnóstico da Associac¸ão Americana de Psiquiatria, o DSM.4Essescritérios têmevoluído comopassardosanos. ODSM-V, lanc¸ado em maio de2013, compõe o maisnovo instrumentoparaguiarodiagnósticomédicodosindivíduos portadoresdeTEA.1,5 Além doDSM-V, outrostestesde rastreamentoparaoTEA,como,porexemplo,aEscalade Classificac¸ão de Autismo na Infância, Indicadores Clínicos

de Risco para o Desenvolvimento Infantil e Modified ChecklistforAutisminToddlers.3,6

Oautismoinfantilenvolvealterac¸õesseveraseprecoces nasáreasdesocializac¸ão,comunicac¸ãoecognic¸ão.Os qua-drosresultantessão,emgeral,severosepersistentes,com grandesvariac¸õesindividuais,masfrequentementeexigem dasfamíliascuidadosextensosepermanentes períodosde dedicac¸ão.7

Os pais da crianc¸a com diagnóstico de TEA são con-frontadosporumanovasituac¸ãoqueexigeajustefamiliar. Odesejofantasiadodagestac¸ãoprecisadeumaadequac¸ão àquele que nasce e que tem características próprias.8 As crianc¸asdiagnosticadascomTEAfrequentemente apresen-tammaiorgrau deincapacidadecognitivaedificuldadeno relacionamento interpessoal. Consequentemente, exigem cuidado diferenciado, incluindo adaptac¸ões na educac¸ão formal e na criac¸ão como um todo. Essas peculiaridades levamàalterac¸ãodadinâmica familiar,queexigeum cui-dado prolongado e atentoporparte de todososparentes que convivemcom umacrianc¸a com TEA.Logo, são rela-tadoscomfrequêncianíveisdeestresseaumentado,oque podeimpactarnaqualidadedevidadetodososmembrosda família.9,10Acondic¸ãoespecialdacrianc¸arequerqueospais encaremaperdadofilhoidealizadoedesenvolvam estraté-giasdeajustesànovarealidade.Oconvíviodospaiscomas manifestac¸õesespecíficasdoTEAemseusfilhospode culmi-nar,muitasvezes,como próprioafastamentofamiliarem relac¸ãoàvidasocial.8

(3)

AutisminBrazil:systematicreview 113

Apesardarelevânciadotema,aindaéescassoonúmero depublicac¸õescientíficassobreocuidadocomascrianc¸as comTEAdesdeasperspectivasdeseusparentes.4Velloso,12 emumarevisãosistemática,observouqueapenas93 arti-goscientíficosbrasileirossobreTEAforamproduzidosentre 2002e 2009.Dentreesses,apenas21fazemreferênciaàs habilidadesdecomunicac¸ãodacrianc¸acomTEAe convivên-ciaentreessaeseusparentes. Essemesmoestudoaponta quea produc¸ão científicabrasileirasobreTEA não corres-pondeàdemandadopaís.

Mediante a conceitualizac¸ão psicodinâmica do TEA e reconhecendoacomplexidadedasituac¸ão familiar,o pre-sente estudo consiste em uma revisão sistemática da literaturacientíficasobreosdesafiosvivenciadospor paren-tes de crianc¸as com diagnóstico de TEA no Brasil e as estratégiasusadasparasuasuperac¸ão.

Metodologia

Revisãosistemáticadaliteraturacientíficasobreosdesafios encontrados pela família na convivência e no cuidado de crianc¸ascomdiagnósticodeTEAnoBrasilesuasestratégias de superac¸ão. Fizeram-se buscas derevisões sistemáticas enãosistemáticasdaliteratura,estudosquantiqualitativos e qualitativose relatosde casospublicados atésetembro de2013noPortalBVS(BibliotecaVirtualemSaúde),Scielo (Scientific Electronic Library Online), Cochrane, Periódi-cos Capes (Coordenac¸ão de Aperfeic¸oamento de Pessoal deNívelSuperior),periódicoscientíficosdaárea,sítiosdo

Ministério da Saúde, Datasus (Departamento de Informá-ticadoSistemaÚnicodeSaúde),IBGE(InstitutoBrasileiro de Geografia e Estatística) e nas referências dos artigos incluídos. Usou-se modelo Pico [acrônimo para Paciente, Intervenc¸ão, Comparac¸ão e Outcomes (desfecho)] para a formulac¸ão daperguntade pesquisa, asaber: ‘‘Quaissão os desafios encontrados pelos parentes de crianc¸as com diagnósticodeTEAesuasestratégiasdesuperac¸ãono Bra-sil?’’ Os descritores em saúde para a pesquisa e termos correlatosderivaram-sedosDeCSeMeSH:transtorno autís-tico,autismo,família,pais,transtornodoespectroautista, crianc¸asautistas,epidemiologiadoautismo,epidemiologia, autisticdisorder,autismspectrumdisorder,family,family relations,child,autistic,autismspectrumdisorders, relati-ves.Osprimeirosforamusadosnaconstruc¸ãodeestratégias debuscasaplicáveisnoPortalBVSeScielo,enquantoos des-critoresobtidosnoMeSHconformaramaestratégiadebusca aplicávelnoMedline(viaPubmed).Osdescritores encontra-dosnoMeSHeDeCScompuseramestratégiasdebuscausadas noPortalCapes,nosanaisdoCongressoBrasileirode Medi-cinadeFamília eComunidade (CBMFC), jornaise revistas específicas,comooJornaldePediatria(JPED),Pediatricse JornalBrasileirodePsiquiatria(JBP)viaScielo(tabela1).

Apósatabulac¸ãodos dados,selecionaram-se osartigos relevantesvialeituradostítulos eresumos, combasenos seguintescritériosdeinclusão:estudosbrasileiroscomfoco emcrianc¸ascomdiagnósticodeTEAe/ouqueabordassem aconvivênciafamiliarcomessascrianc¸aseosseguintes cri-térios deexclusão: estudosque envolveram crianc¸as com

Tabela1 Estratégiasdebuscadapesquisa

Estratégias Pubmed Scielo Cochrane BVS Periódicos

Capes

AutisticDisorderORAutismSpectrum

DisorderANDFamilyORFamily

Relations

8 - - -

-AutisticDisorderANDChildORFamily

RelationsORFamilyANDBrazil

- 19 - -

-AutisticANDFamilyRelation - - 13 -

-Autismo[Título]ANDFamília[Título] - - - 9

-TranstornoAutísticoORAutismoAND

FamíliaORPais

- - - - 30

Estratégias CBMFC Pediatrics JPED JBP(via

Scielo)

Autismo 3 - - 1

AutismSpectrumDisorders

[Text/Abstract/Title]ANDRelatives

[Text/Abstract/Title]

- 2 -

-AutismoORTranstornodoEspectro

AutistaORCrianc¸asAutistas[todos

osíndices]

- - 1

-Estratégias Ministério

daSaúde

Datasus IBGE

Transtorno[Título]ANDAutístico

[Título]ANDBrasil

11 -

-‘‘Epidemiologiadoautismo’’ - 2

(4)

-114 GomesPTetal.

Pesquisa primária: • Scielo (19) • BVS (9) • PubMed (8) • COCHRANE (13) • CBMFC (3) • CAPES (4)

• Ministério da Saúde (11) • IBGE (0)

• DATASUS (2) • Pediatrics (2)

Total: (71)

Artigos recuperados:

• Scielo (16) • BVS (8) • Pubmed (8) • COCHRANE (13) • CBMFC (3) • CAPES (4)

• Ministério da Saúde (11) • DATASUS (2)

• Pediatrics (2)

Total: (67)

Eliminação dos artigos duplicados:

Total: (4)

• Critérios de inclusão:

o Estudos cujo foco seja crianças com diagnóstico de autismo e/ou seus familiares (12)

o Estudos que abordem a convivência familiar com crianças autistas (13)

• Critérios de exclusão

o Crianças portadoras de outros distúrbios neurológicos/psiquiátricos que não o autismo (9) o Estudos realizados em outros países que não o

Brasil (16)

• Pesquisa em lista de referências (1) • Indicação de expert (1)

Total de artigos incluídos: (10) Total de artigos excluídos: (20) Artigos incluídos:

Total: (10)

Artigos recuperados: • Scielo (8) • BVS (8) • Pubmed (3) • COCHRANE (1) • CBMFC (1) • CAPES (4) • DATASUS (1) • Pediatrics (2)

Total: (25)

Eliminação dos artigos segundo título e resumo:

Total: (42)

Seleção segundo critérios de inclusão e exclusão:

Figura1 Fluxograma.

outrosdiagnósticosneurológicos/psiquiátricosalémdoTEA eestudosfeitosforadoBrasil.Quandoaleituradotítuloe resumo não foi suficiente para determinar sua inclusão, procedeu-seàleituradoartigocompleto(fig.1).

(5)

AutisminBrazil:systematicreview 115

artigos restantes, o que resultou na exclusão de 42 arti-gos e na obtenc¸ão de 25. Na terceira e última etapa de selec¸ão,aplicaram-seoscritériosdeinclusãoeexclusãoaos textoscompletosdos25artigosremanescentese,dototal, oito artigos foram selecionados. Adicionou-se um artigo encontradopormeiodebuscaemlistadereferênciasdos artigospreviamenteincluídos.Adicionou-seumartigo indi-cadoporexpertetotalizaram-se10artigos.Abusca,selec¸ão eextrac¸ãodedadosdosartigosincluídosforamfeitaspor doispesquisadoresindependentesqueresolveram divergên-ciasporconsensoe,quandonecessário,usou-seoparecer deumterceiropesquisador.Usou-seo conjuntode instru-mentosCasp/Oxford13(CriticalAppraisalSkillsProgramme) eoinstrumentoAmstar14(AssessmentofMultipleSystematic Reviews)paraavaliaraqualidademetodológicadosestudos qualitativosequaliquantitativosedasrevisõessistemáticas, respectivamente. O relato de caso e a revisão não siste-mática nãoforamavaliadosquanto aorigor metodológico devidoàfaltadeinstrumentosválidosparatalfinalidade.

Resultados

Incluíram-se 10 artigospublicados em português, inglêse espanhol:umarevisãosistemáticaeumarevisãonão siste-mática,seteestudosqualitativosequantiqualitativoseum relato de caso. Os artigos contam com a participac¸ão de irmãos,paisemãesdacrianc¸acomoTEA.Dosseteestudos qualitativose quantiqualitativos incluídos,três (30%) usa-ramumasériedecincoa20casoscomoamostra,três(30%) usaram 21a 45casos e um(10%)usou maisde100 parti-cipantes. Dos 10artigos incluídos,100% foramproduzidos nasregiõesSuleSudeste,quatronoRioGrandedoSuleos demaisemSãoPaulo.

DosestudosavaliadospeloCasp,dois(20%)9,15 apresen-taram pontuac¸ão menor do que 5 (4/10 e 2/10) e cinco (50%)3,8,10,16,17 apresentaram pontuac¸ão maior do que 5 (entre7/10e10/10).Arevisãosistemática2incluída rece-beu 5/11 pelo Amstar. Osprincipais objetivos dos artigos incluídosforam:avaliaraqualidadedevidadosportadores deTEA,bemcomodaspessoasqueconvivemcomeles(50% dosartigos)eanalisaroimpactodabuscapelodiagnóstico, dodiagnóstico e das estratégias terapêuticas nasfamílias dosportadoresdeTEA(30%dosartigos)(tabela2).

Aliteraturamostrasobrecargaemocionaldospaiscomo um dos principais desafios encontrados por famílias com crianc¸as com diagnóstico de TEA.8 Ressalta-se que cinco (50%) artigosincluídos revelamumamaiortensão físicae psicológicaporpartedasmães.Osprincipaisfatores respon-sáveispelasobrecargaemocionalaumentadadospaisdessas crianc¸asforamclassificadosemseiscategorias,asaber:

Postergac¸ãodiagnóstica

Observa-seaperegrinac¸ãodefamíliasahospitaiseconsultas aváriosprofissionaisdesaúdeparaaobtenc¸ãodo diagnós-tico.NoBrasil,odiagnósticoduranteosanospré-escolares é aindamuitoraro.Entretanto,aostrêsanos, ascrianc¸as tendemapreencheroscritériosdeautismo.7,11Importante ressaltarqueumdiagnósticoprecocesignificaintervenc¸ões eplanosdetratamentomaisadequadosquepermitirãouma melhorqualidadedevidaparaacrianc¸adiagnosticadacom

TEAatéatingiraidadeadulta.1ConformeaDiretriz Brasi-leiradeAtenc¸ãoàReabilitac¸ãodaPessoacomTEA(2013), asrespostasterapêuticassãomaissignificativasquantomais precocemente o tratamento for iniciado. Para auxiliar na identificac¸ãoprecocedoTEA,oMinistériodaSaúde desen-volveu uma tabela com indicadores do desenvolvimento infantile sinais de alerta.11 Apesar disso, observa-se que adecisãoterapêuticaeapostergac¸ãodiagnósticaaindasão fontesdeestresseparaosparentesecuidadoresdacrianc¸a comTEAeinduzsentimentosdeimpotênciaedesesperanc¸a porpartedospais.9Trêsestudos(30%),incluindoumdealta qualidademetodológica,8evidenciaramapostergac¸ão diag-nósticacomofatordesencadeantedoestressefamiliar.7---9

Dificuldadedelidarcomodiagnósticoecomos sintomas

OdiagnósticodeTEAdesencadeiasentimentosdedesvalia nos pais pela perdada crianc¸a saudável.18 Foi observado em três (30%) estudos, incluindo um de alta qualidade metodológica,17 que o comportamento, a comunicac¸ão insuficienteeodéficitcognitivosãoossintomasmais rela-cionadosaoestresseparental.2,15,17

Deficienteacessoaoservic¸odesaúdeeapoio social

O deficiente acesso a servic¸os de saúde e apoio social emergiu em três (30%) artigos, incluindo um de mode-rada qualidade metodológica,3 como contribuinte para o aumentodoestressee adiminuic¸ão daqualidade devida decuidadoresdecrianc¸ascomTEA.3,7,9

Escassezdeatividadesdelazereeducacionais

Pais relataram em dois estudos (20%),3,9 incluindo umde moderadaqualidademetodológica,3aausênciade ativida-desdelazere educac¸ãodisponíveisparaseusfilhoscomo fatorcomprometedor da qualidade de vida dos responsá-veispelacrianc¸a,quesetornamosprincipaisprovedoresde educac¸ãoerelac¸õessociaisdosfilhos.

Situac¸ãofinanceira

(6)

116

Gomes

PT

et

al.

Tabela2 Principaisdesafioseestratégiasdesuperac¸ãoporfamíliasdecrianc¸ascomTEA

Artigo Objetivosdoestudo Metodologias/

Participantes/Região

Avaliac¸ão

metodológica (Instrumento)

Desafiosencontradospelos

parentesdecrianc¸asportadores

deTEA

Estratégiasdesuperac¸ão

usadaspelosparentesde

crianc¸asportadoresdeTEA

SchmidtC,BosaC.

20032

Revisarpesquisas sobreoimpactodos TranstornosGlobais doDesenvolvimento, emespecialdo autismo,nafamília.

Revisão

sistemática/nãofoi informadoonúmero exatode participan-tes/Universidade FederaldoRio GrandedoSul,RS

5/11(Amstar) Altoníveldeestresseemfamílias decrianc¸ascomTEA,sendoamãe oprincipalalvo;

Sentimentosdedesamparodas mãesemrelac¸ãoàfaltadeapoio dosmaridosnasresponsabilidades doscuidadoscomofilho;

Tensãoemocionaldos maridos/paisfrenteàs dificuldadesfinanceirase ocupacionais(importantes garantiasparaocuidadoda crianc¸a);

Dificuldadesdafamíliadelidar comossintomas(déficits cognitivosedecomunicac¸ão)

Crenc¸asreligiosasporparte dospaisauxiliamna superac¸ãodedificuldades nomomentodaimposic¸ão dodiagnósticoedurantea realizac¸ãodaterapêutica.

BosaCA.20067 Revisaraliteratura

sobreasdiferentes intervenc¸õesusadas notratamentodo autismo,comênfase naquelasquetêm baseempírica.

Revisãonão sistemática/nãofoi informadoonúmero deartigose participantes incluídos/Porto Alegre,RS

Nãoseaplica Identificamãescommaisestresse edepressãopelasobrecargade responsabilidadesemrelac¸ãoao filho;

Sofrimentodosgenitoresdevido àpostergac¸ãodiagnóstica;

Observou-seque

intervenc¸õespsicossociais (estimularo

desenvolvimentosociale comunicativo)sãoeficazes. Forteinfluênciadoapoio socialedosistemadesaúde sobreareduc¸ãodoestresse familiar.

BarbosaMR, FernandesFD. 20093

Avaliaraqualidadede vidadoscuidadores decrianc¸as

portadorasdeTEAe determinarsehá algumtipoderelac¸ão entreosdiferentes domínioseaspectos demográficoscomo escolaridadedospais eclassesocial

Estudoqualitativo comavaliac¸ãoda qualidadedevidade 150cuidadoresde crianc¸asautistas/ Regiões

Metropolitanasdo Sudestebrasileiro

7/10(Casp) Dificuldadesdeacessoaos servic¸osdesaúdecontribuem paraoaumentodoestresseem cuidadoresdecrianc¸ascomTEA; Dificuldadesdelidarcoma escassezdeatividadesdelazer eeducac¸ãoparaosfilhos.

(7)

Autism

in

Brazil:

systematic

review

117

Tabela2(Continuac¸ão)

Artigo Objetivosdoestudo Metodologias/

Participantes/Região

Avaliac¸ão

metodológica (Instrumento)

Desafiosencontradospelos

parentesdecrianc¸asportadores

deTEA

Estratégiasdesuperac¸ão

usadaspelosparentesde

crianc¸asportadoresdeTEA

VieiraCB,

FernandesFD.

201316

Avaliaraqualidade devidaemirmãosde crianc¸ascomTEApor meiodoquestionário daWorldHealth OrganizationQuality ofLife(WHOQOL-A).

Estudo

quanti-qualitativo/ 21irmãosdecrianc¸as autistas/SãoPaulo, SP.

8/10(Casp) Nãohouvereduc¸ãosignificativa daqualidadedevidadosirmãos. Amesmaéinfluenciadapelas estratégiasdeenfrentamento, individualidadefamiliareapoio social.

Omeioambienteea assistênciamédica influenciamnamelhoria daqualidadedevidada crianc¸aportadoradeTEA edosparentes.

Favero-NunesMA, dosSantosMA. 20109

Examinaroitinerário percorridopelasmães decrianc¸ascomTEA nabuscado

diagnósticoe tratamento,

relacionando-ocoma convivênciacomo filhoacometido.

Estudo

qualiquantitativo/ 20mãesdecrianc¸as portadorasdeTEA /interiordeSão Paulo.

4/10(Casp) Dificuldadedafamíliadelidar comaperegrinac¸ãoporservic¸os desaúdeeeducac¸ão,coma postergac¸ãodiagnósticaedo planoterapêutico;

Dificuldadedeaceitaraperda dofilhoperfeito;

Sobrecargafísicaeemocional, principalmente,sobreasmãesao dedicarem-seintegralmenteàs crianc¸as;

Preocupac¸ãoemrelac¸ãoaofuturo dosfilhos.

Oacessoaatendimento médicoespecializadoea disponibilidadedeuma equipemultiprofissional, compostaprincipalmente porpsicólogose

educadores,contribuem parareduc¸ãodasobrecarga físicaeemocional

dasmães.

BragaMR,Ávila LA.20048

Apreender,atravésda perspectivamaterna, comosedeuo processodedetecc¸ão dosTranstornos Invasivosdo Desenvolvimento.

Estudo

qualiquantitativo/ 20mãesdecrianc¸as comcaracterísticas deTEA/Catanduvae SãoJosédoRioPreto, SP

10/10(Casp) Ansiedadedospaisemrelac¸ão àpostergac¸ãodiagnóstica; Dificuldadedeaceitac¸ão dodiagnóstico,pelospais.

(8)

118

Gomes

PT

et

al.

Tabela2(Continuac¸ão)

Artigo Objetivosdoestudo Metodologias/

Participantes/Região

Avaliac¸ão

metodológica (Instrumento)

Desafiosencontradospelos

parentesdecrianc¸asportadores

deTEA

Estratégiasdesuperac¸ão

usadaspelosparentesde

crianc¸asportadoresdeTEA

BagarolloMF,

PanhocaI.

201010

Analisarprocessos dialógicosdecinco adolescentesautistas enfocando:indícios deexperiênciasque elesvivenciamno cotidianoedizeres sociaisimpregnados emseusdiscursos orais,buscando subsídiosparao processoterapêutico detaissujeitos.

Estudoqualitativo/ 5adolescentes portadoresdeTEA./ Campinas,SP

7/10(Casp) Maiorresponsabilidadedospais pelaofertaculturalepelas relac¸õessociaisdofilho. Identificaafamíliacomoumdos meiosinfluentesno

prolongamentodainfânciado portadordeTEA.

Otrabalhoterapêutico fonoaudiológicoé fundamental,poiso funcionamento sociocognitivodos portadoresdeTEAestá associadoaoperfil comunicativo,auxiliandoa convivênciacomospais.

SifuentesM,Bosa CA.201015

Examinara coparentalidade decincocasais (pai/mãe)comfilhos comautismo,cujas crianc¸astinhamentre 4e7anos.

Estudodecaso coletivo/cincocasais comfilhos

autistas/PortoAlegre eRegião

Metropolitana,RS

3/10(Casp) Asmãessãoasprincipais responsáveispelocuidadodos filhosautistaseoprincipalfator deestresserelatadoporelaséa dificuldadedosfilhosdefazer tarefasdiárias.

Nãofoiinformadanenhuma estratégiaespecífica. Destaca-seaimportânciade estudoseintervenc¸ões dirigidosaessasfamílias

SchmidtC,etal. 200717

Verificaras

estratégiasdecoping

maternasfrentea dificuldadesdos portadoresde autismoeas estratégiasdasmães paralidarcomas própriasemoc¸ões desencadeadaspor essecontexto

Estudoqualitativo/ 30mãescujosfilhos apresentam diagnósticode autismo/Porto Alegre,RS

10/10(Casp) Dificuldadedasmãesdelidarcom ossintomas(relacionadosà comunicac¸ão,dificuldadesem atividadescotidianas, comportamentoeatrasosdo desenvolvimento)

Foramusadas:ac¸ão agressiva,evitareignorar osestressores,distrac¸ão, buscadeapoio

social/religioso,ac¸ão direta,inac¸ão,aceitac¸ão, expressãoemocionale reavaliac¸ãodasac¸ões /planejamentodenovas ac¸ões.

(9)

AutisminBrazil:systematicreview 119

Preocupac¸ãocomofuturo

Um (10%) artigo,9 de moderada qualidade metodológica, indica notória preocupac¸ão dos pais com o futuro des-sascrianc¸as, devidoàsua limitac¸ãoem provero sustento próprio.9

Quandoodiagnósticoeoplanoterapêuticosão estabe-lecidos,asfamíliassesentemreconfortadas.9Paraqueum planoterapêuticosejabemdesenvolvido,alémdo diagnós-tico bem elaborado, são necessárias sugestões da equipe e decisões da família.11 Entretanto, existe demanda por maiorfacilidadedeacessoaosistemadesaúde,em busca damelhorqualidadedevidaeamenizac¸ãodosanseiosdos pais.Torna-senecessárioqueoatendimentosejafeitonos três níveis do sistema de saúde por profissionais capaci-tadosparaidentificare avaliarprecocemente ossintomas apresentados pela crianc¸a com TEA. Recursos humanos (capacitac¸ão e sensibilizac¸ão de profissionais da saúde:8 enfermeiros,8psicólogos,9fonoaudiólogos,10 médicos espe-cializados e demais profissionais,9,16 todos esses dispostos emequipesinterdisciplinares,alémdegrupossociais coor-denadosporprofissionaisparaauxiliarospais7eprofessores maispreparados7nasescolas)emateriais(investimentosem pesquisasparavalidac¸ãoecriac¸ãodeinstrumentos diagnós-ticosmaisespecíficos7evalorizac¸ãodoCartãodaCrianc¸a)8 devem serdespendidos para o atendimentoàs necessida-desdessascrianc¸asedasfamíliasquebuscamdiagnósticoe acompanhamentodofilho.

Oiníciodoconvíviocomumacrianc¸acomodiagnóstico deTEAcolocaafamíliadiantedeumarealidadequeainda lheédesconhecida20eindicaodesafiodeajustarseusplanos esuasexpectativasquantoaofuturo,alémdanecessidade deadaptar-seàintensadedicac¸ãoeprestac¸ãodecuidados das necessidadesespecíficas dofilho.2 Segundoo Ministé-riodaSaúde(2013),11oprojetoterapêuticoédesenvolvido paraatendernãosóàsnecessidades dacrianc¸acom diag-nósticodeTEA,mastambémàsdemandase interessesde seusparentes.Osartigosincluídosapontamestratégiasque auxiliam no convívio com os sintomas apresentados pela crianc¸a com TEA, com vistas a aumentar a qualidade de vidadospaiseparenteseaprimoraraformulac¸ão diagnós-tica.Entreelas,destacam-se:assistênciamédicaadequada e multidisciplinar,9,10,16 busca de apoio social7,9,17 (como inserc¸ãoemgruposdeapoioparapais,21acessoaatividades delazereentretenimento3ecrenc¸areligiosa).1,10

Nos países de alta renda, as famílias de crianc¸as com diagnósticodeTEAsãoavaliadase,quandonecessário,são feitasintervenc¸ões.Conformeasnecessidadesprópriasdos cuidadores ou dos parentes da crianc¸a com TEA, lhes é ofertado:apoio pessoal,social e emocional,apoionoseu papeldecuidador(incluindoplanosderepousoe emergên-cia), planejamentodeintervenc¸ões futuras,fornecimento deinformac¸õeseaconselhamentocomvariadosgrupos de apoio.22Entretanto,intervenc¸õesefetivasparaadetecc¸ão precocenecessitamaindadeconfirmac¸ão.23

No Brasil, o Ministério da Saúde oferece opc¸ões tera-pêuticas nos pontos de atenc¸ão da Rede de Cuidados à SaúdedaPessoacomDeficiência,integradosàredepública. Neles, são oferecidos atendimentos individualizados de reabilitac¸ão/habilitac¸ão com acompanhamento médico e odontológico e intervenc¸ão nas dimensõesde linguagens,

comportamental,emocional e atividades de vida prática. Também aos pais e cuidadores são oferecidos espac¸osde escutaeacolhimento,deorientac¸ãoeatédecuidados tera-pêuticos específicos, visto a grande situac¸ão de estresse supracitada.Porém,nota-sequeessaassistênciaéfontede insatisfac¸ãoporpartedas famíliasassistidas,o queindica anecessidadedemelhoriadoacessoedaqualidadedesses servic¸os.11

É essencialque profissionais desaúdeauxiliem sempre essasfamíliascomapoioeorientac¸ãoparaaconvivência diá-riacomacrianc¸adiagnosticacomTEAeintervenhamsempre quenecessário(atécomofertadepráticascomplementares eopcionais),24 umavezqueosextensose/oupermanentes períodosde dedicac¸ão exigidosdafamília paracomessas crianc¸as,emmuitoscasos,resultamnadiminuic¸ãodas ativi-dadesdetrabalho,delazereatédenegligêncianoscuidados dasaúdedosdemaismembrosdafamília.11

Foiobservadonaliteraturaqueaatuac¸ãointegradade profissionaiscomopsicólogos,enfermeiros,médicos, fono-audiólogose professoresna dinâmica familiarproporciona umamelhorianaqualidadedevidaenacapacidadedos cui-dadoresde lidaremcom ossintomas doportador deTEA. Nessesentido,a articulac¸ão em rede,a integralidadee a continuidadedosservic¸osdesaúdepodemcomporum con-juntodereferênciascapazesdeacolheressascrianc¸asesuas famílias.

(10)

120 GomesPTetal.

psicossociaisedesenvolvimentodashabilidades,comvistas a expandir a habilidade de comunicac¸ão social e o ingressodacrianc¸acomdiagnósticodeTEAnacomunidade; prevenc¸ão de comportamentos e situac¸ões que os intimi-dem,istoé,avaliarfatoresquepodemcausardesconforto aopacienteetratamentodeoutrosproblemasdesaúde.28,30

Conclusão

Crianc¸as portadoras de TEA podem apresentar sintomas severoseprecocesnasáreasdasocializac¸ão,comunicac¸ãoe cognic¸ão.Antesdodiagnóstico,suasfamíliasconvivemcom odesafiodabuscapelaidentificac¸ãodotranstornoeapóso diagnósticosurgem novasdificuldades, como lidarcom os sintomase ainsuficiência deservic¸osdesaúde,educac¸ão e lazer. O convívio inicial dacrianc¸a com diagnóstico de TEAexigereestruturac¸ãodearranjosfamiliaresque,muitas vezes,sobrecarregam emocionale fisicamente seus mem-bros --- em especial a mãe --- e diminuem a qualidade de vidade todosos membros dafamília.A sobrecarga fami-liarpodeseramenizadacomefetivoeoportunodiagnóstico, promoc¸ãodaliteracia acerca daenfermidade,construc¸ão compartilhadadeplanosdecuidadosapropriadose melho-rias na rede social de apoio as crianc¸as com TEA e as suasfamílias.Noqueserefere aosprofissionais desaúde, sãonecessárias permanentes sensibilizac¸ão, preparac¸ão e atualizac¸ãodepediatras,médicosdefamíliaecomunidade edosdemaisprofissionaisdesaúdesobreotema.

Noqueserefereaossistemaseservic¸ospúblicos,oSUS avanc¸ouaopublicaradiretriz11quedevenortearaatuac¸ão profissionaleinformar osparentesdascrianc¸as com diag-nósticodeTEA.Suaimplementac¸ãoemescalanacional,no entanto, exige mais dos atores envolvidos. No momento, suainsuficienteimplementac¸ãoprejudicaseupotencialde apoio às pessoas com TEA e seus cuidadores e dificulta ainda mais o convívio familiar e a superac¸ão dos desa-fiosencontradas.Nessecontexto,torna-seessencialaoSUS prover assistênciaaos pacientes com diagnóstico deTEA, orientac¸ões àssuas famílias e estratégias de apoio social medianteprofissionais preparados, acesso aatividades de lazereentretenimento,comconsequenteganhonasaúdee qualidadedevidadessesindivíduos.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

Agradecimentos

AgradecemosaRosaMalenaDelbonedeFaria,JoséBarbosa JunioreKelyA.Alvespeloapoioinstitucionalparaafeitura destapesquisa. AgradecemosaMariana Pacellie PaulaC. Caetanopeloapoioinicialdaconcepc¸ãodarevisão.

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Tabela 1 Estratégias de busca da pesquisa
Figura 1 Fluxograma.
Tabela 2 Principais desafios e estratégias de superac ¸ão por famílias de crianc ¸as com TEA Artigo Objetivos do estudo Metodologias/

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