MÉTODOS CONTRACEPTIVOS E EPILEPSIA
C O N S I D E R A Ç Õ E S S O B R E A F I S I O P A T O G E N I A
JOSÉ GERALDO SPECIALI* ARTHUR OSCAR SCHELP **
A influência dos hormônios exógenos administrados com finalidade
contra-ceptiva sobre as síndromes epilépticas é controvertida, não existindo ainda
critérios consistentes para sua utilização em pacientes epilépticos
3»
5'
6.
8. Não
há relato na literatura sobre modificações no quadro da epilepsia, relacionadas
com a aplicação do Dispositivo Intra-Uterino (DIU).
O papel dos hormônios ovarianos na determinação da epilepsia catamenial
está bem determinado
1. Cerca de 10 a 30% das mulheres epilépticas têm
crises exacerbadas no período menstrual
9^
2*
2 6. Essa porcentagem aumenta com
o tempo de seguimento. Laidlaw
1 1 6, acompanhando mulheres epilépticas por 25
anos, observou exacerbações no período catamenial em 72% das pacientes. Os
tipos clínicos das crises epilépticas que ocorrem durante o período menstrual
são os mesmos que ocorrem fora desse período, como já demonstraram Schelp
e Speciali
2 6. Aquele período facilita, em certos ciclos menstruais, o
apareci-mento de manifestações epilépticas que são peculiares a cada paciente.
M A T E R I A L , M É T O D O S E R E S U L T A D O S
R e l a t a r e m o s a i n f l u ê n c i a s o b r e a s c r i s e s e p i l é p t i c a s d o u s o d e c o n t r a c e p t i v o s ( h o r m o n a i s e D I U ) , a m 6 p a c i e n t e s s e g u i d a s n o a m b u l a t ó r i o d e n e u r o l o g i a d o H o s p i t a l d a s C l i n i c a s d e R i b e i r ã o P r e t o .
N o s s a c a s u í s t i c a foi s e l e c i o n a d a e n t r e 36 p a c i e n t e s e p i l é p t i c a s c o m c r i s e s e x a c e r b a -d a s n o p e r í o -d o m e n s t r u a l , q u e f o r a m a c o m p a n h a -d a s m e n s a l m e n t e p o r u m p e r í o -d o m é -d i o d e 6 m e s e s . A s p a c i e n t e s t i n h a m d i a g n ó s t i c o d e e p i l e p s i a c a t a m e n i a l n ã o c o n t r o l a d a
( i s t o é, a p r e s e n t a n d o p e l o m e n o s u m a c r i s e a o m ê s , r e s t r i t a s o u e x a c e r b a d a s n o p e r í o d o p r é - m e n s t r u a l e i n i c i o d o f l u x o m e n s t r u a l ) .
Q u a t r o m u l h e r e s f a z i a m u s o d e a n o v u l a t ó r i o s h o r m o n a i s . U m a d e s t a s p a c i e n t e s , c o m e p i l e p s i a parcial c o m s i n t o m a t o l o g i a c o m p l e x a , r e l a t o u p i o r a d a s m a n i f e s t a ç õ e s e p i l é p t i c a s d e s d e o i n i c i o d o u s o d e N e o v l a r R. A s o u t r a s t r ê s n ã o r e l a t a r a m m o d i f i
c a ç õ e s n a s í n d r o m e e p i l é p t i c a a p ó s i n í c i o d o u s o d e a n o v u l a t ó r i o s . E m u m a d e l a s houvt n e c e s s i d a d e d e s u b s t i t u i r o a n o v u l a t ó r i o p o r o u t r o c o m d o s a g e n s h o r m o n a i s m a i s e l e v a -d a s ( N o r -d e t t e R — E v a n o r R ) -d e v i -d o à o c o r r ê n c i a -d e s a n g r a m e n t o i n t e r m e n s t r u a l , o q u e l e v o u a u m r e c r u d e s c i m e n t o d a s m a n i f e s t a ç õ e s e p i l é p t i c a s . U m a p a c i e n t e u t i l i z o u p r o g e s t á g e n o ( M i c r o n o r R ) , c o m f i n a l i d a d e a n t i e p i l é p t i c a , s e m a p r e s e n t a r , n o e n t a n t o , m o d i f i c a ç õ e s n a i n t e n s i d a d e o u n ú m e r o d a s m a n i f e s t a ç õ e s e p i l é p t i c a s . E m u m a p a c i e n t e q u e f a z i a u s o d o D I U , n ã o h o u v e m o d i f i c a ç õ e s n a s c a r a c t e r í s t i c a s d a e p i l e p s i a , m a s a s c r i s e s p a s s a r a m a s u r g i r d u r a n t e o f l u x o m e n s t r u a l , a o i n v é s d e o c o r r e r e m n a f a s e p r é - m e n s t r u a l , c o m o v i n h a a c o n t e c e n d o a n t e s d a c o l o c a ç ã o d o D I U .
C O M E N T Á R I O S
Já em 1909, Gordon
1 2afirmava não haver dúvidas sobre os efeitos diretos
das secreções ovarianas sobre a córtex motora. L a i d l a w e m 1956,
demons-trou diminuição no número de crises epilépticas na fase médio lútea do ciclo
menstrual. As propriedades anticonvulsivantes da progesterona têm sido
de-monstradas em animais de experimentação e em ensaios clínicos isolados, no
homem. Por outro lado, está comprovada a ação convulsiógena dos
estróge-nos
7,13,14,15,19,21,27,28.O recrudescimento das manifestações epilépticas no
pe-ríodo pré-menstrual, pode ser explicado pela perda dos níveis plasmáticos da
progesterona
zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA hw&o 0u pela ação direta dos estrógenos sobre a córtex
cere-bral
l 9. No período imediatamente anterior à menstruação, há relativo
predo-mínio da ação estrogênica. Bãckstrõm \ dosando os níveis plasmáticos de
estrógeno e progesterona, encontrou relação positiva entre o número de crises
epilépticas e a razão estrógeno/progesterona, bem como com os picos de
estró-geno circulantes.
Estudos eletrencefalográficos (EEG) seqüenciais durante ciclos menstruais,
evidenciam aumento na incidência de descargas paroxísticas generalizadas
du-rante os dias do fluxo menstrual, em relação aos outros dias do ciclo
1 7.
Ros-ciszwiuska (comunicação pessoal a Newmark e P e n r y
2 3) observou aumento do
número de descargas paroxísticas também na época da ovulação. Portanto,
observa-se aumento na incidência de crises epilépticas e dos paroxismos EEG
durante as fases em que a relação estrógeno/progesterona está elevada —
ovulação e período pré-menstrual. Para os hormônios atuarem em nível
cere-bral há necessidade de ultrapassarem a barreira hemo-liquórica (BHL).
Tra-balhos experimentais de Marcus e c o l s .
2 1indicam que a passagem dos
hormô-nios pela BHL depende de algumas variáveis: dose de hormônio administrado;
estado da BHL; ligação do hormônio às proteínas plasmáticas. Pardridge
2 4de ratos machos
3 1. Uma vez atravessada a BHL, os hormônios têm de atuar
em nível celular. Timinas e c o l .
2 9admitem a presença de receptores
especí-ficos de estrógenos em nível encefálico. Uma das hipóteses de trabalho destes
autores, foi a de que os receptores hormonais específicos podem ser mais
abundantes ou mais sensíveis durante o período crítico do desenvolvimento
cerebral. A ausência do hormônio durante o período de maturação, leva os
receptores a um contínuo estado de hipersensibilidade ou abundância. Uma
exposição subseqüente ao hormônio, poderia superativar esses receptores
sen-síveis e induzir crises convulsivas. O mecanismo de ação da progesterona, que
não tem receptores específicos demonstrados, pode ser através da inibição da
ligação estrógeno-receptor. Os estrógenos no encéfalo alteram o "turnover"
da dopamina e da norepinefrina, influindo nos processos de neurotransmissão
e podendo estar assim relacionados com a atividade convulsivante deste
hor-mônio
1 X. Estudos sobre o efeito dos estrógenos sobre os sistemas
GABAérgi-cos ainda não foram estudados. A relação entre esses sistemas e a epilepsia
já é bem definido
2 9. Os efeitos dos estrógenos e progesterona em nível
ence-fálico dependem do estado da BHL, da sensibilidade dos receptores proteicos
e, talvez, dos níveis de neurotransmissores. Tais achados experimentais
extra-polados para o homem, explicariam a relativa inconstância das pioras das
manifestações epilépticas durante sucessivos ciclos menstruais. Para alguns
autores como Zimmerman
3 2, Groff
1 3, Hall e Livingston
l s, os contraceptivos
hormonais combinados ou à base de progesterona podem reduzir ou mesmo
controlar as crises em pacientes com epilepsia catamenial. Outros autores
2 0,
no entanto, não encontraram um controle mais efetivo da epilepsia catamenial,
com o uso de anovulatórios orais combinados. A influência dos contraceptivos
hormonais sobre a epilepsia não catamenial parece melhor definida. Na maioria
das pacientes não provoca qualquer modificação significativa. Algumas, no
entanto, podem melhorar enquanto que outras pioram
4»
3 0.
Nossas observações foram feitas em pacientes com características
peculia-res: as síndromes epilépticas, nestas pacientes, parecem guardar estrita relação
com as flutuações hormonais do ciclo menstrual. Os contraceptivos hormonais
combinados pioraram a síndrome epiléptica em duas das quatro pacientes de
nosso estudo. Outra paciente que não apresentou modificação do quadro
epi-léptico, fez uso de anovulatório à base de progesterona. Em um dos poucos
relatos na literatura
1 4de paciente a qual fez uso de norethindrone indicou, ao
contrário da nossa observação, controle das manifestações epilépticas. Estes
achados, tão contraditórios, talvez possam ser explicados pelo desconhecimento
da atuação dos produtos de degradação dos hormônios exógenos na BHL, nos
receptores cerebrais específicos e mesmo das modificações dos níveis hormonais
endógenos induzidas pelos anovulatórios
2.
Na literatura encontramos referências apenas ao aparecimento de crises
quando da inserção do D I U
2 5, mas não há relato sobre modificações do quadro
epiléptico em pacientes portadoras de DIU. Em uma paciente de nossa
casuís-tica ocorreu modificação, com deslocamento da incidência de crises epilépcasuís-ticas
do período pré-menstrual para o período menstrual propriamente dito. Faundes
R E S U M O
Os autores apresentam seis casos ilustrativos de pacientes em uso de
métodos contraceptivos hormonais e DIU (dispositivo intrauterino). É feita
também uma revisão crítica dos aspectos fisiopatogênicos. Os autores
con-cluem que: 1 — Parece não haver dúvidas sobre a influência dos hormônios
ovarianos na epilepsia. 2 — Não há previsibilidade quanto às conseqüências
do uso de contraceptivos (hormonais e DIU) em pacientes com epilepsia
cata-menial. 3 — Há necessidade ainda de estudos complementares que elucidem
melhor os fatores de risco na utilização de métodos contraceptivos pelas
pa-cientes epilépticas.
alongamento da fase proliferativa, sem haver modificação na duração total do
ciclo. Estas mudanças levam a uma assincronia entre os eventos
endome-triais e a produção ovariana de esteróides, com níveis plasmáticos de
proges-terona e 17 beta-estradiol, ao tempo da menstruação, significativamente mais
elevados entre as portadoras de DIU. As modificações hormonais em pacientes
com DIU servem para justificar nosso achado. Lembramos ainda que não
determinamos os níveis plasmáticos das drogas antiepilépticas versus
anovula-tórios, o que pode alterar o comportamento da epilepsia *.
S U M M A R Y
Co n t r a c e p t iv e m e t h o d s a n d e p ile p s y .
The authors present six cases of patients with catamenial epilepsy, that
use contraceptive methods (hormonal and intrauterin device). A critical report
of the physiopathogenic aspects of hormones and epilepsy is also made. The
authors conclude that: 1 — It seems there is no doubt about the influence
of sexual hormones in epilepsy. 2 — There is no previsibility about the
conse-quence of the use of contraceptives (hormonal and IUD) in patients with
catamenial epilepsy. 3 — Further studies are still necessary to demonstrate
the risk factors of contraceptive methods in epileptic patients.
R E F E R Ê N C I A S
1. B A C K S T R Ö M , T. — E p i l e p t i c s e i z u r e s in w o m e n r e l a t e d t o p l a s m a e s t r o g e n a n d p r o g e s t e r o n e d u r i n g t h e m e n s t r u a l c y c l e . A c t a n e u r o l . s c a n d . 54:321, 1976.
2. B A L I N , H . — Oral c o n t r a c e p t i v e s . A m . f a m i l . P h y s . 13:109, 1976.
3. B E C K , W . W . — C o m p l i c a t i o n s a n d c o n t r a i n d i c a t i o n s of oral c o n t r a c e p t i o n . Clin, o b s t . G y n e c o l . , 24:893, 1981.
4. B I C K E R S T A T T , E . R. — N e u r o l o g i c a l C o m p l i c a t i o n s of Oral C o n t r a c e p t i v e s C l a r e n d o n P r e s s , O x f o r d , 1975, p g . 87-90.
5. CHICK, P . — P r e s c r i b i n g a n d oral c o n t r a c e p t i v e for t h e i n d i v i d u a l w o m a n . A u s t r . f a m i l . P h y s . 9 ( s u p l . 2 ) : 8 , 1980.
6. COULAM, C. B . & A N N E G E R S , J . F . — D o a n t i c o n v u l s i v a n t s r e d u c e t h e efficacy of oral c o n t r a c e p t i v e s ? E p i l e p s i a 20:519, 1979.
7. CRAIG, C. R . — A n t i c o n v u l s i v a n t a c t i v i t y of s t e r o i d s : s e p a r a b i l i t y of a n t i c o n ¬ v u l s i v a n t f r o m h o r m o n a l e f f e c t s . P h a r m a c o l , e x p . T h e r . 153:337, 1966.
9. D I C K E R S O N , W . W. — T h e e f f e c t of m e n s t r u a t i o n o n s e i z u r e i n c i d e n c e . J . nerv. m e n t . D i s . 94:160, 1941.
10. F A U N D E S , A . ; S E G A L , S. J . ; A D E J U W O N , C. A . ; B R A C H E , V . ; L E O N , P . & A L V A R E Z - S A N C H E Z , F . — T h e m e n s t r u a l c y c l e in w o m e n u s i n g a n i n t r a u t e r i n e d e v i c e . F e r t i l . Steril. 34:427, 1980.
11. F U X E , K . ; H O K F E L T , T. & N I L S S O N , O. — Castration, s e x h o r m o n e s a n d t u b e r o i n f u n d i b u l a r d o p a m i n e n e u r o n s . N e u r o e n d o c r i n o l . 5:107, 1969.
12. G O R D O N , A. — E p i l e p s y i n i t s r e l a t i o n t o m e n s t r u a l p e r i o d s . A s t u d y of t w e n t y -t h r e e c a s e s . N e w York J. Med. 90:733, 1909.
13. G R O F F , D . N . -— S u g g e s t i o n for c o n t r o l of e p i l e p s y . N e w Y o r k J . M e d . 62:3017, 1962.
14. H A L L , S. M. — T r e a t m e n t of m e n s t r u a l e p i l e p s y w i t h a p r o g e s t e r o n e o n l y oral c o n t r a c e p t i v e . E p i l e p s i a 18:235, 1977.
15. J U L I E N , R. M . ; F O W L E R , G. W . & D A N I E L S O N , G. — T h e e f f e c t s of a n t i e p i l e p t i c d r u g s o n e s t r o g e n i n d u c e d e l e c t r o g r a p h i c s p i k e w a v e d i s c h a r g e . J . P h a r -macol, e x p . T h e r . 193:647, 1975.
16. L A I D L A W , J . — C a t a m e n i a l e p i l e p s y . L a n c e t 271:1235, 1956.
17. L I N , T . ; G R E E N B L A T T , M. & SOLOMON, H . C. — A p o l y g r a p h i c s t u d y of o n e c a s e of p e t i t m a l e p i l e p s y : e f f e c t s of m e d i c a t i o n a n d m e n s t r u a t i o n . E l e c t r o e n ¬ c e p h a l o g r . clin. N e u r o p h y s i o l . 4:351, 1952.
18. L I V I N G S T O N , S. — C o m p r e h e n s i v e M a n a g e m e n t of E p i l e p s y i n I n f a n c y , Child-h o o d a n d A d o l e s c e n c e . C. C. T Child-h o m a s , S p r i n g f i e l d , 1972, p g . 101-102.
19. L O G O T H E T I S , J . : H A R N E R , R . ; M O R R E L , F . & T O R R E S , F . — T h e role of e s t r o g e n s i n c a t a m e n i a l e x a c e r b a t i o n e p i l e p s y . N e u r o l o g y ( M i n n e a p o l i s ) 9:352, 1959. 20. LONGO, L . P . S. & S A L D A R A , L. E . G. — H o r m o n e s a n d t h e i r i n f l u e n c e in
e p i l e p s y . A c t a n e u r o l . lat. a m . 12:29, 1966.
21. M A R C U S , M. E . ; W A T S O N , C. W . & G O L D M A N , P . L . — E f f e c t s of s t e r o i d s on c e r e b r a l electrical a c t i v i t y . A r c h . N e u r o l . ( C h i c a g o ) 15:521, 1966.
22. M A R Q U E S - A S S I S , L. — I n f l u ê n c i a d a m e n s t r u a ç ã o s o b r e a s e p i l e p s i a s . A r q . N e u r o - P s i q u i a t . ( S ã o P a u l o ) 39:390, 1981.
23. N E W M A R K , M. E . & P E N R Y , J . K. — C a t a m e n i a l e p i l e p s y : a r e v i e w . E p i l e p s i a 21:281, 1980.
24. P A R D R I D G E , W . M. — T r a n s p o r t of n u t r i e n t s and h o r m o n e s t h r o u g h t h e b l o o d -b r a i n carrier. D i a -b e t o l o g i a 20:246, 1981.
25. R I C H A R D S O N , J . ; M O R R I S O N , J. ,& C H A N G , A. — E p i l e p t i f o r m c o n v u l s i o n s d u r i n g i n s e r c t i o n of i n t r a u t e r i n e d e v i c e . L a n c e t 2:148, 1977.
26. S C H E L P , A. O. & S P E C I A L I , J. G. — C o n t r i b u i ç ã o a o e s t u d o c l í n i c o d a e p i l e p s i a c a t a m e n i a l : t i p o s c l í n i c o s d a s c r i s e s c o n v u l s i v a s . A r q . N e u r o - P s i q u i a t . ( S ã o P a u l o ) 41:152, 1983.
27. S P I E G E L , E . & W Y C I S , H . — A n t i c o n v u l s i v e e f f e c t s of s t e r o i d s . J. L a b . c l i n . Med. 36:947, 1945.
28. S T I T T , S. L. & K I N N A R D , W . J. — T h e e f f e c t of c e r t a i n p r o g e s t i u s a n d e s t r o g e n s o n t h e t h r e s h o l d of e l e c t r i c a l l y i n d u c e d s e i z u r e p a t t e r n s . N e u r o l o g y ( M i n n e a p o l i s ) 18:213, 1968.
29. T I M I N A S , P . S. & H I L L , H . F . — H o r m o n e s a n d e p i l e p s y .zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA In: Glaser, G. H . ;
P a i r y , J . K. & W o o d b u r y , P . M. ( e d s . ) — A n t i e p i l e p t i c D r u g s : M e c h a n i s m s of A c t i o n . R a v e n P r e s s , N e w York, 1980.
30. T O I V A K K A , E . — Oral c o n t r a c e p t i o n i n e p i l e p t i c s . A r z n e i m . F o r s c h . 17:1085, 1967. 31. W O O L L E Y , D . E . & T I M I N A S , P . S. — T h e g o n a d b r a i n r e l a t i o n s h i p : e f f e c t s of
f e m a l e s e x h o r m o n e s on e l e c t r o s h o c k c o n v u l s i o n s i n t h e rat. E n d o c r i n o l o g y 70:196, 1962.
32. Z I M M E R M A N , A. W . ; H O L D E N , K. R . ; R E I T E R , E . O. & D E K A B A N , A . S. — M e d r o x y p r o g e s t e r o n e a c e t a t e i n t h e t r e a t m e n t of s e i z u r e s a s s o c i a t e d w i t h m e n s -t r u a -t i o n . J . P e d i a -t r . 83:961, 1973.