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A morte no hospital e seu significado para os profissionais.

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Academic year: 2017

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A MORTE NO HOSPITAL E SEU SIGNIFICADO PARA OS PROFISSIONAIS·

Thelma Splndola··

Maria do Carmo dos Santos Maedo···

RESUMO: O presente estudo pretende deselar o signiicado do morer dos pacientes aos olhos de profissionais de saúde. Para tanto, ecorremos à metodologia qualitativa com abodagem fenomenológica que permite a ompreensão do fenômeno a patir das falas dos proissionais de saúde. Os depoimentos foram coletados na Clínica Médica e de Doenças Infecto-Parasitárias do Hospital Univesitário Garée e Guinle, no Rio de Janeiro. A análise das conegências possibilitam a identiicação de algumas unidades de significação que podem seir como facilitadores para os proissionais no enfrentamento do morer dos pacientes.

ABSTRACT: This paper intends to uncover the signiicance of the pacients' death in the eyes of health pofessionals. Therefore, we resoted to qualitative methodology with phenomenological approaching, that allows the undestanding of phenomenon based in opinions of health professionals. The depositions were colleted at Medic and Infetive Parasitic Clinics at Gafrée and Guinle Univesity Hospital, Rio de Janeiro. The analysis of convegences facilitates the identiication of some signiiation which can seve as facilitates to pofessionals in the conront to pacients' death.

UNITERMOS: Mote - Significado - Proissionais de Saúde.

1 . INTRODUÇÃO

O tema mote vem sendo discutido ao longo

dos anos. Ultimamente te-se obsevado um aumento crescente de estudos relativos a esta temática. Apesar de compor o ciclo biológico dos seres vivos (nascer, crescer e morer), o homem modeno tem procurado manter-se afastado de sua evidência, em razão das mudanças de cos­ tumes que se processaram com o corer dos tempos.

Nos dias atuais, doença e mote residem no hospital deixando de ocupar, como outroa, o aconchego do lar. Graças à valorização do ho­ mem enquanto ser'produtivo, exaltado pelo re­ gime capitalista, s6 merece consideração aquele

que contibui com sua força de trabalho. Assim, o sentimento de união e oletividade, comuns no passado, acaba sendo penalizado e substituído pelo individualismo.

Em nossos dias, a patir do instante em que o homem adoece e perde sua apacidade de produzir, passa a ser um personagem indesejá­ vel, sendo neessário o seu confinamento em algum local. O hospital apresenta-se então, como o lugar ideal para realizar este cuidado, antes vivido junto aos familiares e amigos em seu lar. Sugem pofissionais qualificados para o desempenho destas unções, ou seja cuidar do doente para que recupere seu equilíbriO geral e retome às suas atividades. Esta pespetiva é conirmada por Pln A(1 O) esclarecendo que

Trabalho apreentado omo Tema Livre no 5 ° Congreso Brasileiro de Enfermagem. Olinda-Recife, 28 de novembro a 3 de dezembro de 1 93.

Enfermeira, Metre em Enfermagem ela UNI-RIO, Coordenadora da Aesoria de Estágios e Atividades Cientrias do Hospital Universitário Garée e Guinle, Profesora Auxiliar ontratada no Depatamento de Enfermagem Fundamental da Faculdade de Enfermagem da UERJ.

Enfermeira, Mestre em Enfermagem ela UNI-RIO, Sueviora do Hospital Universitário Garée e Guinle, Profesora Asitente no Depatamento de Fundamentos de Enfermagem da Faculdade de Enfermagem da UERJ.

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adoeer, nesta sociedade, é vergonhoso, é dei­ ar de produzir, de ser. O doente deve ser ex­ luído, ocultado paa não impedir que familiares e amigos poduzam. O papel do hospital seria o de reuperá-lo para deolvê-lo à sua situação anteior.

Distinto dos piódios dos séculos, onde a mote era ienciada or toda a comunidade, o homem modeno aotumou-se a isualizá-Ia bem distante de si, atingindo apenas os mais elhos em deorência dos avanços tecnológi­ os e ao aumento da expetativa de vida. Criam­ se pertos paa cuidarem dos doentes agonizan­ tes, omo o médico e os proissionais de enfer­ magem, e dos cadávees como: o agente fune­ rário e o coeio. A comunidade e os familiares aabam sendo poupados e, em ambientes es­ peciais, estes proissionais assumem seus pa­ péis permitindo una paticipação mais periférica no morer e impedindo, desta maneira, o des­

gate do envolvimento total. A cei6nia da

ote fica assim entregue a proissionais, o que despesonaliza, neutraliza, especializa e rag­

menta o assunto(5:1 65-1 69).

Num passado recente, o homem enfentava a mote quase sempe em casa, junto aos seus familiares e amigosJ ecebendo arinho, atenção e tendo seus últimos desejos atendidos. Era diícil encaminhar o doente para morer no hos­ pital , onde o doente pemanece isolado, distante dos seus entes, sentindo-se sozinho e abando­ nado. A estrutura familiar na sociedade capita­ lista não difere muito da situação do doente hospitalizado transformando-se em muitos ca­ sos, também, em um local de solidão e abando­ no. Todavia, no hospitat, o homem more cerca­ do de estranhos, de pesoas com as quais nao tem ainidade, tomando-se o leto X ou a doença (1 3).

Dentre aqueles q ue trabalham na área da saúde, diretamente envolvidos com a situação de vida e mote em seu dia-a-dia, destaca-se o médico e os proissionais de enfermagem. O médico , alvo de todas as expectativas da comu­ nidade, exerce grande influência no clima geral de sentimentos e pensamentos sobre os de­ mais homens, em especial seus pacientes e familiares. Sua relação com a mote, na maioria das vezes, é impessoal , fria e objetiva , em unção de sua caraterística proissional. Dota­ dos de grande responsabiidade pela

socieda-de, a mote não deixa de ser aquele inconvenien­ te que os surpreende e derrota(5:177-1 81 ).

O enfermeio e demais poissionais de en­ femagem desempenham impotante papel jun­ to aos pacientes hospitalizados. Em vitude de conviveem um período maior com os mesmos, geralmente, iniciam os cuidados aos pacientes com fotes sentimentos, mantêm as sensações durante o decuso da doença e com o chegar da mote vêe-se impelidos a conter seus seni­ mentos, demonstrando fotaleza de ânimo(5:1 81 -1 89). Os omponentes sócio-culturais destes proissionais interagem no seu enfrentamento do morrer porém, com frequência, é mencionado pelas demais pessoas a frieza e distanciamento destes para com esta problemátia.

Em estudo reente com proissionais de en­ femagem do CTI de um hospital geral público no Rio de Janeiro, obtivemos depoimentos onde foi citada a aparente insensibidade destas pes­ soas diante do morer dos pacientes a quem assistem, tendo sido revelado que empregavam este mecanismo de deesa para supotarem me­ lhor o seu cotidiano(1 4).

Sendo enfemeira de um hospital univesitá­ rio e convivendo om situações de vida e mote, feqüentemente questionava como nós, profis­ sionais de saúde, estávamos paticipando do morer dos pacientes? Em nossa ivência em CTI , o contato com o morrer era constante e sempre, nestes momentos, ficava om uma sen­ sação de vazio, de racasso. . . A abordagem deste tema sempre nos inquietava e sempre quizemos entender o que os demais proissio­ nais sentiam a respeito. Em um plantão de inal de semana, ao assistirmos o morrer de umjovem paciente de 24 anos com tuberculose pulmonar,

e presenciarmos o desamparo daqueles que o assistiam, começamos a questionar qual seria o nosso papel e como estávamos reagindo diante do morrer dos pacientes. Patindo desta inquie­ tação, juntamente om outra enfermeira, decidi­ mos investigar o signiicado do morer para po­ issionais como o médico, o enfermeiro e o au­ xiliar de enfermagem que, em seu dia-a-dia, convivem om esta questão.

Desta foma, o presente estudo pretende o­ preender o sgniiado do morer para os profissiO­ nais de saúde, acrditando que este desvelamen­ to nos oneerá subsídios que ossibilitarão a ompreensão melhor desse fenômeno.

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2. O TEMA MORTE E SUA TRAJETÓRIA ATRAVÉS DOS EMPOS

A mote é um desafio para os homens. A fata de explicaões sobre o que aontece após a mote sempe despetou interesse e, ao mesmo tempo, grande temor entre os homens em razão de nossa dificuldade em lidar com este tema.

No entender de KASTENBAUM e AISEM­ BERG(5:1 49-1 51 ) existem algumas condições bá­ sicas de existência que inluenciam sobre como encarar a mote, sendo comuns entre as socie­ dades, desde as primitivas até algumas do co­ meço de nosso século, tais como:

- expetativa de vida limitada; - er-se em presena da mote;

- ontrole reduzido sobre as foças da nature-za;

- o status do indivíduo.

De uma maneira geral, as sociedades de­ senvolveram costumes ou rituais de como con­ viverem com a mote. Durante muitos séculos foi considerada como um acontecimento natural esperado, sendo possível ao homem morer e

seu leito, cercado de familiares e amigos, man­ tendo um contole sobre suas últimas vontades. Temia-se a mote inesperada porque privava o homem de preparar-se para este momento(3).

Desde a Antigüidade, os egípcios possuíam um sistema otuáio explícito e detalhado em seu Liro dos Motos, no qual eram traçadas ações indiiduais a serem desempenhadas diante da mote. Assim, acreditavam no conrole mágico sobre as podeosas forças da mote e a pós-vida estimulando-se com esta crença. Neste período, a mote era visualizada como algo agressivo que geava a sensaão de peda. Os homens apoiavam-se em crenças e mitos com o intuito de superá-Ia ou aeitá-Ia com mais resignação(5:1 49-1 54) .

No entender de ARIES(1 :1 03-31 O), dos sécu­ los V e VI até o século XI I, a mote fazia pate do cotidiano dos homens. Não havia individualiza­ ção da mote e quando alguém monia ea enter­ rado em valas ou fossas comuns. Todos os corpos icavam amontoados sem a preocupação de individualização, ou seja, de dar um túmulo especial para cada um. Apenas os sacedotes e reis, gandes pesonalidades, possuíam um lo­ cai resevado em igrejas ou catedais. A mote,

nesta época, ea encaada com naturalidade, não sendo interpretada de maneira dramática.

Do século XII ao século XVIII, ARIES(1 :353-42,2:81 -92) cita o apaecimento do apitalismo europeu na Europa Ocidental, e com ele, a q

u

es­ tão do individualismo. Começam a ocorertans­ formações e a mote passa, então, a ser peso­ nalizada, sugindo inscições em túmulos ou placas no chão. Entretanto, ainda não havia a noção de sepultua individual. Nesse período, a mote era desejada, solicitada em prees a Deus e aos santos, pedindo que se morresse de doen­ ça, cerado de familiares e amigos. Temia-se a mote inespeada, acidental ou por epidemias, sendo esta considerada um castigo de Deus. Na mote esperada, o póprio indivíduo preparava sua mote, procuava confessar-se, eliminando suas culpas, dizia seus últimos desejos e pati­ lhava seus bens ente seus familiares. A salva­ ção da alma ea a gande preocupação, sendo ao corpo dada pouca impotância, o fundamen­ tai ea a vida após a mote, conforme preconi­ zam as idéias da Igreja.

No início do Cistianismo, a mote era consi­ derado um fenômeno de peda, mas acreditava­ se na vida após a mote. Nesse momento, ape­ sar desta crença, já se inicia o sentido do indivi­ dualismo, omeçando a se desejar o adiamento da mote.

No século XVI II, deorrentes da Revolução Industial, surgem mudanç; essenciais a nível econômico, social e político na Europa Ociden­ tal. Realiza-se a urbanização, apareendo as cidades e os operários, sendo exaltado o indiví­ duo. A mote passa então, a ser dramatizada, começando os períodos de luto, os enterros e as cenas das choradeiras. Nesse momento, com a ampliação das populaões, sugem os cemité­ rios públicos, em decorência do sanitarismo e pelas mudanças na foma de pensar. O cemité­ rio assume a araderístia de um loal sagrado e de reveência onde residem os motos(1 :518-6, 2:81 -92).

Das déadas de 30-40 deste século aos nossos dias, as sociedades mais avançadas transformaam-se e, graças à industialização e à tecnologia, os homens passaam a controlar os fenômenos da ida e mote, através de me­ canismos que visam prolongar a ida ou impedir a oorência da mote. Através da utilização de modemos reusos, aumenta a epetativa de

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ida e, em consequência, diminui o convívio do homem com a mote, que passa a ser, então, indesejável, devendo ser ocultada, escondida. Surgem instituições para impedir o convívio com a mote, deslocando-a das casas para os hospi­ tais.

Assim, a mote passa de algo esperado e cultuado a um fenômeno indesejável, devendo ser escondida. O enfrentamento da mote, com o passar dos anos, modificou-se, deixando de ser um cerimonial cultuado entre familiaes e amigos, para ser vivenciado ao lado de estra­ nhos.

Nos dias atuais, doença e mote são uma realidade das instituições de saúde. Estas, inse­ ridas no sistema para o qual foram preparadas, icam alicerçadas a uma estrutura muitas vezes desumana, separando o homem do conteto em que ele vive, levando-o a encontrar dificuldades no adoecer e morrer.

3. METODOLOGIA

O estudo foi realizado segundo a metodolo­ gia qualitativa, utilizando a investigação fenome­ nológica, com a inalidade de compreender o signiiado do morrer de um paciente aos olhos dos proissionais de saúde, ou seja o médico, o enfermeio e o auxiliar de enfemagem.

Conduzir uma investigaão no referencial fenomenológico onsiste em estudar o fenôme­ no situado tal como ele se apresenta aos olhos de quem experiencia a situação. A fenomenolo­ gia, preocupando-se com a essência do fenôme­ no, volta-se para a vivência do viido e os signi­ icados atribuídos pelo sujeito que vive a expe­ iência.

Nessa pespectiva, o significado do morrer de um paciente deverá ser buscado nas pessoas que o assistem, ou seja, os poissionais de saúde, por serem eles que vivenciam esse as­ sistir e, através de seus depoimentos, podere­ mos chegar à essência do fenômeno.

Para que a compreensão do fenômeno si­ tuado assistir o mOfer do paciente no conteto

hospitalar possa ser desvelado, é necessário buscar nas falas daqueles que vivenciam esta experiência o signiicado deste momento. Para tanto, elaboramos a questão oientadora: Para ocê, o que signiica o mofer de um paciente? - que facilitaria o seu dizer e, por conseguinte, a

elaboração da descrição.

3.1 O local e os sujeitos da pesquisa

O estudo foi realizado no Hospital Univesi­ tário Gafrée e Guinle no município do Rio de Janeiro.

Os depoimentos foram coletados no período de janeio a março de 1 993 e abrangem prois­ sionais de saúde como: médicos, enfermeiros e auxiliares de enfemagem, lotados na Clínica Médica e de Doenças Infecto-Parasitárias (DIP), após a autorização da direção do Hospital e cheia da Divisão de Enfermagem para sua rea­ lização.

3.2 Coleta dos depoimentos

Enquanto enfermeiras na Instituição onde o estudo se realizou e responsáveis, respectiva­ mente, ela Educação Continuada e Supervisão de Enfemagem, temos livre acesso aos divesos poissionais de saúde.

Em conversas informais, expusemos nossas inquietações e interesse na realização de um estudo com esta temátia. Esclarecemos que gostaríamos de entender este fenômeno e ques­ tionamos se estavam dispostos a paticipar. Ex­ pliamos que a paticipação seria voluntária e que o depoimento teria um aráter conidencial não havendo necessidade de identiiação. To­ dos aqueles que abordamos mostraram-se inte­ ressados em colaborar.

Dada a complexidade do tema, achamos que seria necessário conceder um período maior para que a pessoa refletisse e respondesse. Assim, entregamos uma folha de papel onde havia a questão orientadora: Para você, o que signica o mOfer de um paciente ? Deixávamos com o profissional e solicitávamos que nos de­ volvesse quando tivesse respondido.

Dos profissionais envolvidos na pesquisa, alguns não devolveram alegando esquecimento ou falta de tempo. Assim, foram coletados 25 (vinte e cinco) depoimentos que se encontram à disposição, com as autoras.

4. ANÁLISE COMPREENSIVA DOS DEPOIMENTOS

Buscamos na leitura atentiva dos

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tos os aspectos convergentes destas falas, ou seja, aquilo que se apresentava com a caracte­

rística de repetitividade. Esse invariante que conduz à essência do pensar fenomenológico possibilitou a construção das unidades de signi­ icação e a compreensão da estrutura do fenô­ meno, situado conforme preconizam MARTINS e BICUDO(8) e MARTINS et al(9).

Desta foma, a análise dos depoimentos dos profissionais de saúde nos permitiu alcançar as unidades de significação que expressam a es­ sência do assistir o morer do paciente.

A análise compreensiva dos depoimentos nos revela que aos olhos dos profissionais de saúde, assistir o morrer do paciente se mostra como:

4.1 Uma sensação de frustração, tristeza e perda

Os fragmentos dos depoimentos revelam que os proissionais de saúde, ao assistirem o morrer dos pacientes, ficam fustrados tendo uma sensação de tristeza, lamentando a peda daquele alguém com quem se acostumaram a conviver. Podemos constatar esta percepção nas seguintes falas:

João:* Ao iniciar a cafeira . . . a mote ... signiica­ va um sentimento ote de incapacidade, rus­ tração e culpa. Com o passar de tempo . . . a idéia de culpa e incapacidade oram se dissi­ pando. Poém, o sentimento de isteza e perda de alguém ainda bate fote em nosso ser .. .

Ana: Uma gande rusração.

José: A função reclpua da equipe de saúde em geral, e do médico em paticular, é salvar vidas. A mote de um paciente signiica paa ele o im, e para mim, uma perda total .. .

A sensação de frustração citada pelos pro­ fissionais está relacionada com o fato de que são preparados para salvar vidas. A presevação e o polongamento da vida é o objetio destes profissionais, por conseguinte, sentem-se inca­ pazes ou frustrados quando não obtêm êxito em suas tentativas. Por outro lado, a convivência

Os nomes dos deoentes ao itlcios.

diária, às vezes, por tempo prolongado com os pacientes, gera um ceto envolvimento, espe­ cialmente nos profissionais de enfermagem que acabam por sentir tristeza e uma sensação de vazio quando estes morem.

4.2 Interpretada de maneira distinta confome a idade, diagnóstico e prognóstico do paciente

Os paticipantes da pesquisa revelaram que sentem o morrer dos pacientes de maneira dife­ renciada, inteferindo diretamente sobre estes sentimentos a idade, o diagnóstico e o prognós­ tico dos mesmos. Podemos perceber esta cono­ tação nos discusos que se seguem:

Buna: ... de aordo com a idade, o pesar é maior ou menor. Quando joem, adolesente, om isteza que a mote está vindo cedo. Os velhos, que chegou a hora ois já viveam muito . . .

Robeto: Depende de váios atoes tais como: idade do paciente, pognóstico da doença, perlodo da assistência etc .. .

Luis: ... é ustrante perder-se um paciente viável ao passo que é um alívio peder-se um pa­ ciente teminal .. .

Vera: . . . existem algumas patologias que o mor­ rer deste paciente signiica descanso, alio, menos soimento, diminuição da dor .. .

O feqüente assistir ao morer dos pacientes desenadeia os meanismos revelados nesta unidade de signifiação, ou seja, a tentativa de racionalizar ou esquematizar ompotamentos e sentimentos confome a classificação da peda. Como estes momentos são vivenciados diver­ sas vezes, o desgaste destes profissionais é muito intenso, por isso é necessário instituir alguma estratégia para diminuir o impacto. De­ corente deste mecanismo de defesa, alguns proiSSionais erbalizaram que de acodo com a idade, o diagnóstico e o prognóstico sentem de maneia diferente, isto é , podem ontrolar seus sentimentos. A relevência que reebe na forma­ ção dos proissionais da área de saúde o contro­ le das emoções no tocante à temática da mote,

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tem sido revista, ultimamente, nos currículos das escolas, visando uma adequação para melhor prepará-los para este enfrentamento, já que con­ viverão em seu dia-a-dia com esta problemática. Também, porque começa a ser difundida a idéia de que a finitude humana é uma condição básica que dee ser trabalhada entre os homens, con­ forme salienta BOEMER(4).

4.3 Um momento difícil, de impotência e estresse para os profissionais

o morrer dos pacientes é percebido pelos pofissionais de saúde como um momento diícil, gerando impotência e estresse, como pode ser obsevado nos relatos que se seguem:

Thaís: Apesar de tentar encaar a mote de um paciente como uma oisa nomal, é paa mim muto diflcl, pois cada paiente que more me deixa com uma sensação de impotênia mui­ to gande . . .

Robeto: . . . todo óbito envolve uma séie de atoes estressantes para o poissional de saúde. Além de todos os cuidados pré-mote, temos ainda a assistência à famia, sem citar os cuidados ao ambiente.

Maria: Sendo eu uma rofissional de saúde . . . tendo o!tato direto e constante com o pa­ ciente, ainda não onsegui aeitar a mote omo algo natural da vida. Considero a mote o momento mais diflcl para o ser humano .. . a mote toca-me profundamente . . . é uma per­ da sem retomo.

A paticipação dos proissionais de saúde no morrer dos pacientes afeta-os diretamente e esta vivência despeta-lhes os mais diversos sentimentos. A sensação de impotência surge decorrente de sua própria formação, ou seja, foram preparados para manter e recuperar a ida. Ao pereberem que estão perdendo o con­ trole sobe a vida dos pacientes e que não conseguem presevá-Ia, sentem-se deprimidos e impotentes. A tentativa fustrada de manuten­ ção da vida através da utilização dos recursos tecnológicos, aaba provocando o estresse em azão da responsabilidade que assumem peran­ te a sociedade e, desta forma, a habidade poissional estará, de ceta forma, sendo testa­ da. Por isso, a expressão momento diflcil, reve­ lada pelos profissionais, é a sensação de que,

neste instante, necessitam dominar seus pró­ prios sentimentos já que, cetamente, sua apa­ cidade pofissional estará em evidência. Sobre este aspecto SANTOS(1 2), tratando do enfrenta­ mento e negação da mote dos proissionais de saúde, afirma que os sentimentos mais comuns frente à mote são impotência, culpa e raiva, vividos com muita dor. Prossegue dizendo que o médico não acredita, inicialmente, que seu paciente tenha morido, icando aborrecido por tal fato ter ocorido, apesar de todos os seus esforços. Alguns, complementa, após refletirem sobre o que mais poderiam ter feito, e não veri­ ficando falhas em seu desempenho, aceitam a a mote como um fato inevitável. A mote, entre­ tanto, é negada pelos profissionais, em todos os níveis, até mesmo na forma de expressão, sen­ do comum dizer que o paciente foi a óbito ou teve parada cardíaca.

Por outro lado, não devemos esquecer tam­ bém que a paticipação dos familiares na mote do doente é outro momento de tensão e cons­ trangimento, já que fica previamente estabeleci­ da uma relação de coniança para com os po­ issionais, com a intenação de um doente.

4.4 Faz pate do cotidiano dos profissio­ nais de saúde, sendo esa uma con­ vivência natural

Se por um lado a mote é percebida pelos profissionais de saúde como um momento difícil, de rustração e tristeza, por outro aaba fazendo pate do cotidiano destes, sendo encarada com naturalidade. Os discusos que se seguem evi­ denciam este pensamento:

Nina: Eu costumo encarar a mote como coisa muito natural. O que, às vezes, me choca é a forma como se more .. . Porém não sou de icar lamentando, é coisa que logo passa. Procuro superar, pois se icaos levando tudo muito a sério . . . isso acaba rejudicando a saúde e o andamento do rabalho . . . Sonia: No tempo em que e u não conviia com

a mote, ela me assustava, me deimia. Depois de vivenciar tantas motes .. . é um fato que não me abala como antes . . .

Anita: Creio que om o tempo a mote choca de maneira diferente o proissional.

Fernando: No ontexto de algumas

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cias, esutou que a mote só se toma dife­ rente para o roissional de saúde orque faz pate do seu dia-a-dia e não se tem altena­ ivas como se espera.

Nota-se nesses depoimentos que o convívio quase q u e diário com o morrer dos pacientes afeta aos profissionais, sendo percebido de ma­ neira d iferenciada entre os mais antigos e os mais jovens.

Fia claro que, com o passar do tempo , acabam p o r criar u m mecan ismo que os auxilia neste enrentamento . Não devemos esquecer também q u e de ceta maneira , o d istanciamento obsevado pelos proissionais nestes momen­ tos , pode estar relacionado com o envolvimento existente entre eles, u ma vez que o sistema hospitalar no qual estão inseridos muitas vezes i ntefere no relaciona mento entre os profissio­ nais e destes para com os pacientes . A este respeito alg u n s a utores como ZIEGLER(1 5), LUZ(6), MALDONADO(7) , ao tratarem da ques­ tão dos pacientes h ospitalizados, revelam que estes enfrentam momentos de solidão e a ban­ dono, deixando de ser um homem para ser uma doença, pedendo a identidade de cidadão. Ao perceberem que o paciente morerá , mantêm u m jogo de a pa rências , falando por meias pala­ vras, omitindo ou d istorcendo a verdade e assim, acabam isolando-o, não penitindo que eterio­ rizem seus sentimentos.

Assi m, esta aparente aceitação do morrer como pate da poissão não deixa de ser uma i nd icação d a fa lta de preparo dos profissionais para estas oasiões, pois ao presenciarmos o morrer dos outros acabamos por lembrar da fin itude h u mana.

4.5 Sensação de culpa e falha na as­ sistência prestada

Os proissio n a is de saúde paticipam do morrer dos paciente questionando sua atuação. Alg u mas vezes, sentem-se culpados, acreditan­ do que fa lhara m na prestação da assistência , como mostram os depoimentos que se seguem:

Melissa: A mote, para mim, na atual situação é normal, mas quando se trata de um paciente ao qual eu me apegue eu me sinto até culpa­ da, ahado que se eu desse mais atenção não aconteceia dele falecer.

Thaís: . . . apesarde achar que iz tudo para evitar o óbito, semre ica a sensação de ter sido pouco o que eu iz . . .

Decorrentes d e toda u m a fonação, o s pro­ issionais de saúde são prepa rados para a ma­ nutenção, presevação e recuperação da vida. Foram treinados para tal. O morrer, nesta con­ juntura, aparece como fraasso, o u seja, falha­ ram tecniamente. Não obtivera m êxito em suas tentativas e, potanto, neste momento, a compe­ tência proissional está sendo testada, por isso a sensação de culpa. Sentem-se cul pados por­ que acreditam que falhara m e não utilizaram todas as alternativas para recuperarem a vida do paciente. Questionam a conduta tera pêutica e que outros recusos poderiam ter utilizado para manter o paciente vivo. Nesta análise da situa­ ção passam por momentos de angústia , dúvid a , raiva e, s e m outra alternativa , acabam p o r acei­ tar o fato.

4.6 Um oponente que contraria seus propósitos (salvar vidas)

A mote é percebida pelos profissionais de saúde como um inimigo que contraria seus pro­ pósitos, salvar vidas, derotando-os . Os discu r­ sos que se seguem evidenciam este pensar:

Leonardo: Já i ou ouvi dizer . . . que o poissional de saúde nunca deve se acostumar com a mote. Ele deve sempe lutar ontra ela, ou seja, ser o seu eteno adversáio . . .

José: A clara demonstração das limitações da minha roissão (omo médico), da medicina (omo ciência) e da pessoa humana me raz a angústia da necessidade de diminuir essas imitaões e, quem sabe ?, �voluir.

Buna: . . . omo poissional de enfenagem e como pessoa jamais aceitarei a mote, por­ que é conra ela que eu luto todos os dias, e o dia que eu me acostumar com a mote, não seNirei mais para ser enfeneira . . .

Pelas descições, nota-se que a mote é visualizada pelos proissionais como u m mo­ mento de derrota . É como se travassem u ma luta imaginária e quando o paciente morre, signiica que perderam a batalha. Em suas falas deixam clara a intenção de serem os etenos advesá­ ios da mote, refletindo quanto às l imitações de suas pofissões, eternando que se aceitarem o

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morrer com natura l idade, significa que não mais estarão aptos a exercerem suas profissões .

M a is u ma vez, a fomação destes pofissio­ nais atua diretamente sobre este pensar. Foram preparados pa ra salvar vidas, vê-Ia escapando de seu controle é sinôni mo de fracasso, de der­ ota , e m outras palavras - de fa/éncia poissio­ nal.

4.7 Um momento de reflexão que lhes lembra a finitude humana

o convívio contínuo com o morrer dos pa­ cientes faz com que os profissionais relita m sobre a initude h u ma n a , como obsevamos nos depoimentos a seg u i r.

Edu a rd o : . . . para mim, falar da mote de um paciente é lembrar futuramente a minha pró­ pia mote.

Leonado: .. . em todas as motes assistidas por

mim, medito e chego à óbvia conclusão: to­ dos chegaemos a este momento.

Carolina: Estamos semre pocurando evitar onversar sobe este assunto, mas não po­ demos nos esquecer de que a mote é inevi­ tável .. .

Como revelam estes d iscusos, o assistir ao morrer dos pacientes conduz os profissionais à meditação, refletindo em relação à fin itude hu­ man a . Apesar de d is porem de vários recu rsos tecnológ icos que perm item o prolongamento da vida bioisiológ ica do doente para a lém do ins­ tante em que se extingue a n ítida consciência de sua existência , no momento em que a mote cheg a , percebem não ter o que fazer para impe­ dir sua chegad a , despem a couraça de detento­ res do poder, rendendo-se às evidências, ou sej a , da fin itude h u ma n a . Em muitos momentos , tão envolvidos q u e estão e m suas funções , in­ sistem nas manobras de ressuscitação porque não aceitam o fato d o paciente ter morrido , a pe­ sar de todo o seu empenho. Nestes momentos , a pós aceitarem o fato do morrer, ficam pensati­ vos , refletindo sobre a condição h u mana de que somos i n itos. A fin itude constitui, potanto , o problema central d a existência h u mana , já que não somos etenos. U m d i a , tudo acaba e o vivenciar o morrer dos outros acaba por lembra r­ nos a nossa pró pria initude .

4.8 Uma melhor aceitação quando ampara­ dos por crenças religiosas

Os proissionais de sa úde, em seus depoi­ mentos , revelaram que acred ita m na força de u m ser su perior e , desta forma , conseg uem s u potar melhor o morrer dos pacientes, como demons­ tram os d iscu rsos que se seg uem:

Mário: ... toma-se mais fácl de aceitar tal fato, principalmente quando se acredita que esta vida é apenas uma passagem para evolução de ouras vidas.

Thaís: .. . acredito numa outra vida após a mote, logo tento encarar que chegou o momento do paciente e a sensação de impoténcia tende a diminuir.

Yasmin : ... em todos os casos, por formação reigiosa, com ceteza é a vontade suprema de Deus.

Os profissionais de saúde, como seres hu­ manos que são, procu ra m se apoiar em crenças religiosas para aceitar melhor a perda dos pa­ cientes. Nota-se que, de uma maneira gera l , quando a s pessoas possuem a lguma crença , costumam supotar melhor perdas, saindo fota­ lecidas destes momentos de crise. Assim, tam­ bém quando os profissionais de saúde acredi­ tam na vontade de um ser su perior, compreen­ dem e tendem a aceitar melhor o morrer dos pacientes já que o relacionam à vontade supre­ ma, ou seja , que chegou o seu momento . Entre­ tanto , não deixam de, n u m momento in icial , questionar a sua competência profissional e atuação diante daquele paciente , fazem u m exa­ me de consciência e, por im, rendem-se às evidências; entretanto , busca m n u m ser s u pre­ mo a justificativa para aquele desfecho e aca­ bam por aceitá-lo.

Desta forma , os valores cu ltu ra is inerentes a cada pessoa , atuam como elementos de a mparo e confoto para os proissionais de sa úde, sendo impotantes na sua reestrutu ração e possibilitan­ do a compreensão do morrer como parte inte­ grante da existência humana.

5.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A mote é um desaio que a meaça os ho­ mens desde o começo dos séculos . Através de uma longa trajetória , foi assumindo conotações

(9)

distintas, sendo percebida conforme as idéias dos homens de cada época .

Nos dias atuais, doença e mote , g raças à modern idade e às mudanças que se processa­ ram na sociedade, passaram a ocu par os hospi­ tais deixando os lares, como outrora . Ao ocu par os hospita is, a mote passa a ser vivenciada por outras pessoas, além dos fa miliares, e a fazer pate do cotid iano dos proissionais de saúde.

O contato freqüente com a mote conduz estas pessoas a reletirem, passando a questio­ nar seus pro pósitos, como o de salvar vidas, e possibilitando o enfrentamento do assistir ao moer do outo , lembra ndo-lhes a condição hu­ mana de i n itude .

O s valores cu lturais ind ivid uais destes pois­ sionais atuam no seu pensar, sendo d istinta a conotação para aqueles que se apoiam em algu­ ma crença relig iosa . Estes visualizam com ma is aceitação, percebendo as limitações de sua con­ d ição h u mana e acred ita ndo na força de um ser supremo . Por outro lado, com esta crença , ame­ n izam a sensaçã o de cu lpa e perda que perpassa nestas ocasiões , já que fora m preparados para a presevação e recuperação da vida . No entender de BOEMER(4) , a situação é problemática para os proissionais pois não se deve esquecer que

na realidade, ica diícil manter o paciente vivo a todo custo e, simultaneamente, ajudá-lo a mor­ rer de orma digna .

Os proissionais de saúde, em sua maioria, ica m preocu pados e presos a deta lhes técnicos ,

cetamente porque isto faz com que se sintam competentes dando u ma res posta técnica e ob­ jetiva . Todavia , a assistência ao morrer dos pa­ cientes implica em envolvimento , con hecimento sobre as pessoas e manifestações frente ao viver e ao morre�l l ) .

É

impotante ressaltar que como o s prois­ sionais de saúde são preparados para a manu­ tenção da vida, sentem d iiculdade n a aceitação do morrer porque este revela-lhes a condição da i n itude huma n a . Preparar-se pa ra a própria mote sign iia conhecer-se a si próprio u ma vez que, para os proissionais , a possibilidade da mote é percebida, mas não de forma clara . Suge como eventualidade e n ã o como algo esperado, já que se sentem compromissados com a vida e é em sua preservação que se sentem gratiicados(4) .

Na verdade, nós proissionais de saúde -que lidamos com o morrer dos pacientes , deve­ mos incluir a perspectiva da mote na vida pa ra darmos conta da própria i n itud e , já que a mote é um processo natura l da existência humana com o qual temos de a prender a conviver. As­ sim, a compreensão da mote como possibilida­ de inseparável da vida do homem, enquanto ser-no-mundo , pode constituir-se n u m momento rico de reflexões pa ra os proissionais de sa úde , auxiliando-os no cu idar dos pacientes e permi­ tindo um enfrenta mento deste instante com ma ior ampl itude.

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Recebido para publicaç!o em 1 8.03.94

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