• Nenhum resultado encontrado

A www e o ensino de inglês.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2017

Share "A www e o ensino de inglês."

Copied!
24
0
0

Texto

(1)

R ev. B rasile ira d e L in g ü ís tic a A p licada, v .l , n. 1,93-116, 2001 93

A W W W e o E n s in o d e

Inglês

Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva

U niversidade Federal de M inas G erais

This article, theoretically supported by the social-cultural theory and the com m unicative approach, discusses the role of the Internet as a privileged environm ent for interaction and language learning. Positive and negative points of the web are presented and the potentialities of the new technology for language learning are exemplified. The last part of the text presents a large variety o f resources available on the net.

Introdução

Os velhos laboratórios de línguas estrangeiras estão em agonia acelerada. A s cabines que isolavam os alunos com seus fones de ouvido e gravadores individuais, im pedindo quase sem pre a interação com os dem ais colegas, cedem lugar aos laboratórios m ultim ídia com acesso à Internet. O s novos laboratórios rom pem as paredes da sala de aula ao propiciar a com unicação com o m undo, trazendo para dentro da escola possibilidades variadas de interação com nativos ou aprendizes da língua alvo. C om o dizem L einer at al (2000) “the Internet is at once a w orld­ wide broadcasting capability, a m echanism for inform ation dissem ination, and a m edium fo r collaboration and interaction betw een individuals and their com puters w ithout regard fo r geographic location.” Sendo assim , é desnecessário dizer que as tecnologias de inform ação deveriam fazer parte dos currículos d e Letras, pois os professores deste século precisam estar tecnologicam ente alfabetizados para que possam integrar essas novas form as de com unicação ao seu planejam ento pedagógico.

A Internet

(2)

94 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .l , n . l , 2001

A ferram enta inicial da Internet foi o correio eletrônico associado à possibilidade de transferência de arquivos textos através de acesso re­ m oto (FTP - f i l e t r a n s f e r p r o t o c o l ) . E m seqüência, veio a W o r l d W i d e

W e b (W W W ) que reúne inform ações em form a de texto, im agens, vídeo

e som , de form a isolada ou m ultim ídia. A prim eira versão d a W W W foi co lo cad a na Internet em 1991, m as foi com o lançam ento do navegador

( b r o w s e r ) M o s a i c, em 1993, e o conceito de hipertexto que o crescim en­

to da W e b se intensificou (C rossm an,1997; L evy,1997:23-4).

N o que diz respeito ao ensino de língua inglesa com o segunda língua, podem os afirm ar que a criação, em m aio de 1991, da lista de discussão eletrônica T E SL -L 1 foi um m arco na área. E ssa lista, financia­ da em seus três prim eiros anos pelo M inistério de Educação A m ericano é, atualm ente, um projeto conjunto da U SIS e da City U niversity de N ova York. E m 1997, a lista possuía 14155 m em bros em 99 países. E m 27 de fevereiro de 2001, as estatísticas da lista registravam 27.749 m em bros em 159 países, com um a m édia de 10 m ensagens por dia.

A lista se divide em várias sub-listas e, dentre elas, é de especial in teresse para o propósito deste trabalho a TE SL C A -L - Technology, com puters and T E SL - fonte da m aioria dos endereços coletados p ara a form ação de m eu banco de dados de sites para ensino e aprendizagem de inglês na W eb. A s outras sub-listas são: “F luency F irst” and w hole lan g u ag e online sem inar; Intensive E ng lish Program s, teaching and adm inistration; A dult Education and Literacy; Jobs. em ploym ent, and w orking conditions in T E SL /TEFL; M aterials W riters; e E nglish for Specific Purposes.

Filiei-m e a essa lista logo depois de sua criação e avalio que a interação com colegas do m undo inteiro tem sido para m im u m a verda­ deira oportunidade de educação continuada. D úvidas são coletivam ente discutidas; referências bibliográficas são sugeridas; coletas de dados para pesquisa são constantem ente realizadas; contatos im portantes são feitos; endereços de pesquisadores são obtidos; projetos coletivos são realiza­ dos; livros são escritos a várias m ãos; sugestões de atividades para a sala de aula são trocadas; cham adas para congressos são divulgadas; etc. Além disso, há um banco de dados com artigos e m ateriais para ensino; descri­

! P a r a t o r n a r - s e m e m b r o , b a s t a v o c ê e n v i a r u m a m e n s a g e m e l e t r ô n i c a p a r a o s e g u i n t e

e n d e r e ç o : L I S T S E R V @ C U N Y V M . C U N Y . E D U . c o m o s e g u i n t e t e x t o S U B T E S L - L

(3)

R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2 0 0 1 95

ção de cursos; listas de softw are; inform ações sobre as associações TE SO L e IA TEFL, etc. Esses arquivos são acessíveis através de com an­ dos2 enviados p o r e-m ail.

C om o desenvolvim ento da Internet e o crescim ento da W W W ,

um núm ero incalculável de h o m e p a g e s tem sido criadas e os recursos

para a aprendizagem de inglês foram ficando cada vez m ais diversifica­

dos e sofisticados. A lém desses s i t e s específicos para a aprendizagem de

línguas, ho u v e um aum ento substancial na quantidade e qualidade de

i n p u t na lín g u a alvo, em form a de texto e áudio. H oje é possível ler

jornais no inundo inteiro publicados em inglês. Por exem plo, u m s i t e

b ra s ile iro (B a n c a de R e v ista s h ttp ://w w w .b h n e t.c o m .b r/b a n c a /) disponibiliza o endereço de jornais e revistas no m undo inteiro e o apren­ diz pode ler e im prim ir o que lhe interessa.

Segundo Félix (1998:19), os m ateriais vão se tom ando m ais inte­ ressantes, em term os do que consideram os ideal para um bom ensino de língua, à m edida que a tecnologia vai se desenvolvendo. E la descreve a progressão de interatividade proporcionada pela tecnologia da W eb na seguinte seqüência: livros didáticos eletrônicos; som e vídeo (num a ex­ tensão m enor); exercícios com feedback online; tarefas interativas; m e­ canism os q ue perm item a com unicação direta com o professor e com

outras pessoas. E la cita o aparecim ento de C G F ( C o m m o n G a t e w a y

I n t e r f a c e ) , aplicativos de ajuda, p l u g - i n (um aplicativo adicional para

paginadores da W eb - b r o w s e r s - que habilita funções extras com o exibi­

ção de videoclipes, im agens 3D ou apresentações multim ídia), e J a v a S c r i p t

(linguagem de program ação que estabelece interatividade adicional ao

ser em butida a páginas W e b ) . Eu acrescentaria, tam bém , a tecnologia

F l a s h, que perm ite anim ações de m uita qualidade.

B eaugrande (no prelo), ao discutir cognição e tecnologia na edu­ cação e “engarrafam entos” na transm issão de inform ação, afirm a que a tecnologia sem pre esteve presente na educação para viabilizar a repre­

2 P a r a c o n s e g u i r a l i s t a d o s a r q u i v o s d i s p o n í v e i s , o c o m a n d o é I N D E X T E S L - L

F = M A I L ; a r q u i v o s d o s s u b g r u p o s t a m b é m p o d e m s e r o b t i d o s c o m o s c o m a n d o s :

I N D E X C A L L F = M A I L ; I N D E X - F O R U M F = M A I L ; I N D E X T E S O L F = M A I L e t c .

A r q u i v o s p a r t i c u l a r e s s ã o o b t i d o s a t r a v é s d o c o m a n d o G E T < A R Q U I V O T I P O >

T E S L - L F = M A I L

3 C G I é u m p r o g r a m a q u e c o m u n i c a c o m s e u s d o c u m e n t o s Web, c r i a n d o m a i s

(4)

sentação da inform ação. A o longo do artigo, ele dem onstra que as várias tecnologias em pregadas na educação: quadro negro, caderno, m áquinas de ensinar4, laboratórios de línguas apresentavam seus “bottlenecks” , ou seja, suas lim itações na transm issão de inform ação. Segundo ele,

later waves o f more mechanised technologies like teaching machines, PCs, and language laboratories, have not removed the bottlenecks but have, on the contrary, im plicated fresh bottlenecks, mainly due to the requirements o f the machines to represent things in terms o f ‘codes’ that are not processed the way humans process natural language.

B e a u g r a n d e p ro p õ e s u b s tit u ir a p a la v r a te c n o lo g ia no planejam ento educacional por H ipertecnologia e defende sua sugestão da seguinte form a:

It can usefully link up with the term hypertext, which was coined by Nelson (1965) to describe ‘an ongoing system of interconnecting docu­ m ents’. The hypertext would provide access to the relations between any one text and the other texts which relates or refers. In turn, the term hypermedia ‘expands the concept of hypertext to include other forms of digital inform ation, e.g., graphic im ages, audio, video, and anim ation’, and to ‘present the material interactively’ in response to the u ser’s choices. (Ebersole 1997:20; cf. Stebelman 1997)

Seguindo a linha de raciocínio de B eaugrande, podem os prever

q u e os re c u rso s d is p o n ív e is n a W e b, p o r se re m n ã o -lin e a r e s e

m ultidim ensionais, podem oferecer aos aprendizes um am biente m ais rico p ara aquisição d a língua inglesa do q ue os m ateriais tradicionais. A ssim , a W e b, além de sua característica “ju s t in tim e” pode ser explorada de

fo rm a a ser “ju st fo r” , ou seja, adequada aos diferentes estilos cognitivos e às form as preferidas de aprender.

9 6 R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001

4 ‘ T e a c h i n g m a c h i n e s ’ w e r e p r e d i c t e d t o k i c k - s t a r t a n ‘ i n d u s t r i a l r e v o l u t i o n i n

e d u c a t i o n ’ , b e g i n n i n g w i t h a n ‘ a p p a r a t u s w h i c h g i v e s t e s t s a n d s c o r e s a n d t e a c h e s ’

( P r e s s e y 1 9 2 6 : 3 7 3 ; l o n g - r a n g e s u r v e y s i n C u b a n 1 9 8 6 ; B e n j a m i n 1 9 8 8 ) . P r e s s e y ’ s

m a c h i n e , d e m o n s t r a t e d a t t h e O h i o S t a t e U n i v e r s i t y , p r e s e n t e d o n e f r o m a s e t o f

m u l t i p l e - c h o i c e q u e s t i o n s i n s c r i b e d o n a r o t a t i n g c y l i n d e r , i f t h e l e a r n e r c h o s e t h e

c o r r e c t a n s w e r b y d e p r e s s i n g o n e o f f o u r k e y s , t h e d r u m w o u l d r o t a t e t o t h e n e x t

q u e s t i o n . I f a l l ‘a n s w e r s ’ w e r e ‘c o r r e c t ’ , t h e s t u d e n t w o u l d b e r e w a r d e d w i t h a p i e c e

(5)

R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001 97

Segundo O ’L eary (2000:29), estudo publicado em S, Law rence, A pril 1998, estim ava a existência de cerca de 320 m ilhões de hom epages

na W e b e a perspectiva era de que esse núm ero aum entaria em 1000% em

poucos anos. Os inúm eros s i t e s disponíveis na W e b e todos os recursos

reunindo im agem e som criam um am biente cognitivo que proporciona à nossa m ente experiências sem elhantes àquelas vividas no nosso dia a dia. Pensam os, aprendem os e recordam os, m ovendo nosso pensam ento atra­ vés das palavras, im agens e sons, fazendo intervalos para interpretar, analisar e explorar as inform ações em nossa volta. V oltam os ao ponto

inicial e tentam os novos cam inhos de raciocínio. A ssim tam bém é a W e b .

A aprendizagem através de seus recursos é natural e espontânea, pois podem os selecionar os m ateriais e escolher nossos cam inhos de acordo com nossos interesses e m otivação. A aprendizagem se dá através de descobertas individuais, de solução de problem as, de tentativas diversas,

do fazer e refazer, de acordo com o ritm o de cada um . M as a W e b não é

apenas u m local para se resolver problem as. E um local para apresentar novas idéias, experim entar, criar.

N o ensino tradicional, o p ro fesso r é responsável p o r fazer ou induzir as conexões entre as inform ações, pois o m aterial didático é todo previam ente selecionado. Isso n ão significa que alguns alunos não p ar­ tam em b u sca de outras fontes ou de outras conexões, m as essa autono­ m ia é bem m enos provável do que quando se trabalha com m aterial da

W e b. Q uando usam os o m aterial eletrônico, é im possível prever todas as

conexões que o aluno fará através das inúm eras possibilidades que o hipertexto possibilita. As pessoas e os conhecim entos estão inseridos em um em aranhado de inform ações. N ovos cam inhos podem ser gerados a qualquer m om ento quando u m a p esso a faz um a conexão justapondo conceitos que nunca haviam sido antes associados. Esse am biente, além de ser m ais propício a um tipo de educação m enos conservadora, repre­ senta um estím ulo a abordagens de ensino m ais centradas no aluno.

O aprendiz pode trabalhar sozinho ou se engajar em grupos, apri­ m orando assim sua inteligência interpessoal definida por G ardner como “a habilidade de compreender, trabalhar e conviver com os outros”5 (Altan,

2000:53). A W e b nos ajuda a sair do foco no ensino para o da aprendiza­

5 M i n h a t r a d u ç ã o d e “ T h e a b i l i t y t o u n d e r s t a n d , w o r k e f f e t i v e l y w i t h , a n d g e t a l o n g

w i t h o t h e r s . M T o d a s a s c i t a ç õ e s d e a u t o r e s e s t r a n g e i r o s i n s e r i d a s d e n t r o d e u m p a r á ­

g r a f o s e r ã o t r a d u z i d a s p a r a o p o r t u g u ê s , a s d e m a i s s e r ã o m a n t i d a s n o o r i g i n a l p a r a

(6)

98 R ev. B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .l, n . l , 2 0 0 1

gem. O professor deixa de ser aquele que transm ite conhecim entos para ser aq u ele que ajuda a organizar as inform ações e que oferece trilhas de conhecim entos, exercendo o papel de guia para seus alunos. Segundo C ollins6, (1991) citado em Telia (1996:11), a adoção de tecnologias im ­ plica várias m udanças. O professor deixa de fazer palestras e exposições

para ser um facilitador e um c o a c h . D iz C ollins:

the teacher guides and empowers students to discover the facts, processes and concepts necessary to com plete their understanding of a topic and to use this in w riting a paper, creating a plan, or carrying out a project. There is strong evidence that students becom e empowered and engaged in the activities they carry out while using computers

K elm (1996:27) acrescenta que

[T]he techonology allows language instructors to function in new roles, designer, coach, guide, m entor facilitator. At the same time the students are able to be m ore engaged in the learning process as active learners, team builders, collaborators, and discoverers.

P ara o professor, a W e b 6 rica era infinitas possibilidades de com ­

binações e de fonte p ara tarefas diversas. U m a das tarefas do professor é não só a de buscar inform ações, m as tam bém a de divulgar conhecim en­ to em parceria com seus alunos. A situação ideal seria que o professor fosse auxiliado por especialistas em inform ática para geração e m anuten­

ção das h o m e p a g e s, m as a parceria com um W e b D e s i g n e r e outros espe­

cialistas, na prática, é quase im possível. É necessário, portanto, que os educadores se alfabetizem tecnologicam ente para m elhor proveito tira­ rem da tecnologia.

V ários são os pontos positivos da W eb, m as contrapontos nega­ tivos tam bém podem ser listados. O quadro abaixo nos ajudará a visualizar os dois lados da m esm a m oeda.

5 C O L L I N S , A . T h e r o l e o f t e c h n o l o g y i n r e s t r u c t u r i n g s c h o o l s . Phi D elta Kcippan, p .

(7)

R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001 9 9

P O N T O S P O S IT IV O S DA W E B

P O N T O S N E G A T IV O S D A W E B

V ariedade de informação Excesso de informação Possibilidade de atualização

constante

A usência de atualização em algumas hom epages

Ambiente multimídia: imagem, som, vídeo

Lentidão no carregam ento da inform ação proporcional à quantidade de recursos

Facilidade de navegação N ecessidade de atualização constante de softw ares

Diversidade de material N em todo m aterial é de boa qualidade

Possibilidade de escolha de informação

N em toda inform ação é confiável

Responsabilidade individual na escolha de inform ação

Excesso de opções dificultando a escolha

Cada um interage com a inform ação de acordo com seu próprio ritmo

Leitura de muita inform ação na tela é cansativa

G ratuidade da informação 0 preço do impulso telefônico é caro Fom ento a educação continuada N em todos os cursos são gratuitos Rapidez no acesso à informação N ecessidade de refinamento na busca

das informações. As inform ações nem sempre são localizadas Acesso a textos em processo de

construção

Algumas h o m e p a g e s ficam

eternam ente em construção

U so por tem po ilimitado Volatilidade da informação. Algumas páginas desaparecem rapidamente Possibilidade de acesso aos

autores

Algumas h o m e p a g e s são anônimas

O rientação da leitura através de mapas de navegação.

Algumas homepages são mal organizadas

Possibilidade de leitura não linear A viagem através de hipertextos pode desviar a atenção do objetivo

principal

A p e s a r do s p o ssív eis p o n to s n eg ativ o s, a w e b ap resen ta um a m ­

b ie n te ric o e m o p o rtu n id ad es d e c o n stru ç ã o d e co n h ecim en to , cab en d o ao u su á rio sa b e r lid a r c o m as lim itaçõ es q u e listam os acim a.

(8)

100

S uporte teórico

R e v . B ra s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .l , n . l , 2001

A utilização de m aterial d a w eb para aprendizagem de línguas en co n tra respaldo n a teoria construtivista, na teoria sócio-cultural e na v ersão forte da abordagem com unicativa.

O construtivism o e o

s ó c i o i n t e r a c i o n i s m o

Para Piaget, os aprendizes aprendem buscando inform ação no m u n d o e c o n stru in d o seu p ró p rio c o n h ec im e n to e n ão atrav és de inform ações transm itidas por outros. O conhecim ento é construído pelo in d ivíduo através de ações no m undo.

A o ensinar nossos alunos a buscar e processar inform ações arm a­

zenadas na W e b, estaremos contribuindo para form ar cidadãos responsáveis

pela construção de seu conhecimento e preparados para a aprendizagem ao longo da vida. A form ação continuada é um requisito atual e a autonomia

um a característica básica dos aprendizes do século 21. Mas a W e b não é

apenas o local de se buscai* informação. A rede é o local, por excelência, das interações, da colaboração, do compartilhamento.

Vygotsky (1984:31) ressalta o papel social da linguagem ao dizer que

Signos e palavras constituem para as crianças, primeiro e acim a de tudo, um m eio de contato social com outras pessoas. As funções cognitivas e comunicativas da linguagem tornam-se, então, a base de um a form a nova e superior de atividade nas crianças, distinguindo-as dos animais.

É através da linguagem e da interação com os outros que as crianças vão am pliando seus conhecim entos. N o caso da aprendizagem de um a língua, a interação é im prescindível, pois a língua é por sua natureza social. A prende-se um a língua para se com unicar com os outros, seja por m eio escrito ou por m eio oral.

U m dos co n ceito s m ais im p o rtan tes na teoria p ro p o sta por V ygotsky (1984:97) é o conceito de zona do desenvolvim ento proxim al, que ele define com o

(9)

R e v , B r a s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n , l , 2001 101

desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros m ais capazes.

Apesar do conceito ter sido utilizado para explicar a aprendizagem de crianças, considero-o perfeito para explicar a aquisição de um a língua estrangeira por crianças ou adultos. Para Vygotsky, o nível de desenvolvim ento real de uma c ria n ç a s e r ia d e fin id o p o r a q u ilo q u e u m a c ria n ç a p o d e fa z e r independentemente e a zona de desenvolvimento proximal seria determinada pelos problem as que a criança só pode resolver com algum a assistência. Assim , tam bém na aprendizagem de um a língua estrangeira podem os encontrar algo paralelo a esses dois estágios. U m aprendiz de um a língua estrangeira é capaz de utilizar algum as funções da língua, m as pode não ser ainda capaz de usar ou processar outras m ais com plexas por lhe faltar estruturas lingüísticas ou m esm o vocabulário. No entanto, com a ajuda de parceiros, através de testagem de hipóteses e de negociação de sentido, esse mesm o aprendiz pode obter sucesso em situações comunicativas, sejam elas

via interação oral ou escrita. As interações eletrônicas - e m a i l ou c h a t - são

excelentes canais para esse tipo de aprendizagem colaborativa.

H atch (1978:404) ressalta a im portância da conversação ao propor um a teoria de aquisição que nega os pressupostos estruturalistas. D iz ela:

It is assumed that one first learns how to manipulate structures, that one gradually builds up a repertoire o f structures and then, somehow, learns how to put the structures to use in discourse. We would like to consider the possibility that ju st the reverse happens. One learns how to do conversation, one learns how to interact verbally, and out of this interaction syntactic structures are developed.

(10)

sala d e aula tradicional, que m uitas vezes estim ula a m era im itação de m o d elo s lin g ü ístico s, a In tern et oferece situações de co m u n icação autênticas.

Vygotsky (1984:99) condena o conceito de aprendizagem com o algo puram ente m ecânico e lem bra que pesquisas demonstraram que “um a p e s s o a só c o n s e g u e im ita r a q u ilo q u e e s tá no se u n ív e l de desenvolvim ento”. P ara ele, o im portante não é a im itação pura, mas aprender a ser capaz de resolver problem as7 independentem ente.

Vygotsky (1984:102) resum e sua teoria da seguinte form a:

Resumindo, o aspecto mais essencial de nossa hipótese é a noção de que os processos de desenvolvimento não coincidem com os processos de aprendizado. O melhor, o processo de desenvolvimento progride de forma mais lenta e atrás do processo de aprendizado; desta seqüenciação resultam, então, as zonas de desenvolvimento proxim al. N ossa análise modifica a visão tradicional, segundo a qual, no momento em que um a criança assimila o significado de um a palavra, ou domina um a operação como a adição ou a linguagem escrita seus processos de desenvolvimento estão basicamente completos. N a verdade naquele momento eles apenas começaram.

P ercebo um paralelo entre os conceitos de processo de desenvolvim ento e p ro cesso de aprendizado de V ygostsky e a distinção que K rashen faz en tre aq u isição e a p re n d iza g e m , assim co m o acred ito h a v e r u m a proxim idade entre o conceito de zona do desenvolvim ento proxim al e a hipótese de input+z tam bém de K rashen. P ara am bos, a aprendizagem de um a palavra ou de um a estrutura não garante que seu uso seja incorporado ao desem penho do aprendiz, isto é, não garante sua aquisição, ou a finalização do processo de desenvolvim ento. O que garante a aquisição (K rashen) ou o desenvolvim ento (V ygotsky) é, no dizer de K rashen, a ex p o siçã o ao idiom a, in put+ i (lin g u ag em que contém alguns itens lingüísticos levem ente acim a do nível do aprendiz) e, no conceito de V ygotsky, a zo n a de d e se n v o lv im e n to p ro x im al (um a c o n stru ção

102 R e v . B r a s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .I , n . l , 2001

7 E u a c r e d i t o q u e a p r e n d e r é m u i t o m a i s d o q u e r e s o l v e r p r o b l e m a s , é t a m b é m e s t a b e ­

(11)

R e v . B r a s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2 0 0 1 103

colaborativa de oportunidades). Segundo O hta (2000:52), “o construto da zona de desenvolvimento proxim al (ZPD) específica que o desenvolvimento não pode acontecer se m uita assistência for dada ou se a tarefa for muito fácil”8. Percebe-se, pois, que tanto Krashen quanto Vygotsky descredenciam a instrução formal como geradora de aquisição/desenvolvimento e privilegiam as oportunidades naturais.

Segundo Hay (2000:2)

[T]he brain is innately social and collaborative. Although the processing takes place in our student’s individual brains, their learning is enhanced when the environment provides them with the opportunity to discuss their thinking out loud, to bounce their ideas off their peers, and to produce collaborative work.

Acredito que a Internet ofereça um am biente propício para que as pessoas possam interagir, trocar opiniões e participar de projetos colaborativos. Não há mais barreiras espaciais e temporais, desde que o indivíduo tenha acesso a um term inal de com putador conectado à Internet. D e sua casa, ou do laboratório de sua escola, o estudante pode acessar bibliotecas em várias partes do mundo, assistir vídeos, participar de diversos cursos online, e, ainda, acessar um im enso m ar de recursos para desenvolver as várias habilidades envolvidas na aprendizagem de um a língua.

M eans (2000:58) ressalta o potencial dos recursos oferecidos pela tecnologia para propiciar um a aprendizagem significativa: conexão com es­ pecialistas fora da sala de aula; ferram entas de análise e de visualização;

s c a f f o l d s9 para solução de problem as; e oportunidades á t f e e d b a c k , refle­

xão e revisão.

8 M i n h a t r a d u ç ã o d e “ T h e c o n s t r u c t o f t h e z o n e o f p r o x i m a l d e v e l o p m e n t ( Z P D )

s p e c i f i e s t h a t d e v e l o p m e n t c a n n o t o c c u r i f t o o m u c h a s s i s t a n c e i s p r o v i d e d o r i f a t a s k

i s t o o e a s y . ”

9 O t e r m o “sca ffo ld in g ”, s e g u n d o E l l i s ( 1 9 9 7 : 1 4 3 ) , é o p r o c e s s o a t r a v é s d o q u a l o s

a p r e n d i z e s u t i l i z a m o d i s c u r s o p a r a a j u d á - l o s a c o n s t r u i r e s t r u t u r a s q u e e s t ã o a q u é m

d e s u a c o m p e t ê n c i a , ( m i n h a t r a d u a ç ã o d e “ t h e p r o c e s s b y w h i c h l e a r n e r s u t i l i z e

(12)

1 0 4 R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001

A abordagem com unicativa e

a

web

O objetivo da abordagem com unicativa é desenvolver a com pe­ tên cia com unicativa do aprendiz. P ara tanto, o ensino é baseado em fun­ ções e noções da língua com ênfase no processo com unicativo. Com o ressalta Littlew ood (1981:4) “o aprendiz necessita adquirir não som ente u m repertório de itens lingüísticos, m as tam bém um repertório de estra­ tégias para usá-las em situações co n cretas10.” Ele lem bra ainda que a lín g u a tem tam bém um significado social e que o aprendiz deve aprender a in terp retar as situações sociais e a u sar form as aceitáveis, evitando as potencialm ente ofensivas (L ittlew ood, 1981: 6).

O m aterial disponível na w eb apresenta um a série de características típicas da abordagem com unicativa (ver R ichards & R odgers, 1986:67- 8). D en tre elas, ressalta-se o fato de o foco da m aioria dos recursos disponíveis na w eb ser no significado e não na form a, pois a rede m undial de com putadores é um a grande biblioteca que oferece os m ais diversos gêneros e as m ais diversas fontes de inform ação. O m aterial da W eb é g eralm en te contextualizado e a leitu ra se torna m ais rica devido às p o s s ib ilid a d e s d e u s o do h ip e rte x to q u e g e ra m ais c o n e x õ e s e , conseqüentem ente, m ais contexto.

U m dos recursos m ais interessantes para a prática do idiom a é o

c h a t, um a excelente form a de diálogo em que o aluno se engaja com o

objetivo de com unicar com falantes do inglês, nativos ou não. H á opções

de c h a t, como o da Provedora Terra, que se dividem salas de acordo com

o nív el de conhecim ento da língua dos participantes. A ssim , o aprendiz não se sente constrangido e pode interagir com pessoas de um m esm o n ív el de proficiência, a partir do nível básico.

Inúm eras pesquisas - Egbert (1999); Paiva (1999); Peyton (1999); W arschauer (1999); M eskill & R anglova (2000); Pellettiere (2000); Souza (2000); M otta-R oth (2001) - vêm indicando a relevância de atividades

que se utilizam de c h a t e e - m a i l p ara prom over a aquisição da língua

alvo em oposição ao ensino form al de estruturas lingüísticas.

A possibilidade de com unicação é talvez a m aior qualidade da Web. O aprendiz tem a oportunidade de participar de um a série de form as de com unicação autêntica. Alguns exem plos são: deixar m ensagens em “li­

10 M i n h a t r a d u ç ã o d e “ . . . t h e l e a r n e r n e e d s t o a c q u i r e n o t o n l y a r e p e r t o i r e o f l i n g u i s t i c

(13)

R e v . B r a s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2 0 0 1 105

vro de v isitas”, enviar avaliação sobre u m texto lido para o autor; rece­ ber f e e d b a c k autom ático e pessoal após fazer exercícios on-line, etc.

A ssim , o aluno não precisa m ais esperar pelo f e e d b a c k do professor e

não pode m ais ludibriar a si m esm o, buscando a resposta em apêndices ou encartes nos m ateriais didáticos antes de fazer os exercícios.

Os aprendizes iniciantes encontram tarefas sim ples de leitura e escri­ ta na rede. U m exem plo de leitura de nível elem entar são as citações que são e n v ia d a s d ia riam en te (v eja, p o r ex em p lo D a ily ln b o x fh ttp :// m ailrom .dailyinbox.corn) ou ainda o serviço AWAD - A .W ord.A .D ay11 q u e e n v ia d ia ria m e n te u m a p a la v ra n o v a co m e x e m p lo d e u so contextualizado. D ados de 22 de fevereiro de 2001 indicam que 390167 pessoas no m undo inteiro recebem u m a m ensagem diária de AW AD. O

s i t e, recentem ente, com eçou a prom over sessões de c h a t com lingüistas

fam osos. N o dia 26 de fevereiro de 2001, por exem plo, o convidado foi D avid C rystal, autor de The C am bridge Encyclopedia o f the English

L anguage e outros livros sobre línguas. D etalhes sobre os c h a t s e trans­

crição dos anteriores podem ser obtidos em h ttp ://w ordsm ith.org/chat Para leitores de níveis interm ediários ou avançados, além da infinida­

de de opções na W e b, h á serviços que enviam textos diários. D ois bons

ex em p lo s são C h i c k e n S o u p f o r t h e S o u l : H o m e D e l i v e r y fh ttp ://

w w w . s o u p s e r v e r . C Q m / i n d . h t m l ~ ) que envia diariamente um e-m ail com um a

narrativa ou, m ais raram ente, um poem a; e M y s t e r y N e f s S o l v e - i t, que é

um serviço que envia aos inscritos, pessoas que gostam de h i s t ó r i a s de

m istério, quinzenalm ente, u m a h i s t ó r i a para que o leitor tente solucionar

o m istério (quem é o ladrão ou quem é o assassino). O endereço desse serviço é http://w w w .M vsteryN et.com /. Os leitores participam de um concurso, tentando solucionar o m istério ao descobrir quem é o crim ino­

so dentre os suspeitos listados no s i t e http://w w w .M vsteryN et.com /

solveit/ .

Q uanto à escrita, h á tam bém tarefas sim ples com o preencher form u­ lários, ou jo g o s com o ‘fo rca 12’ que podem ser utilizados po r principian­ tes. A habilidade de se u sar a língua de form a efetiva e apropriada é m ais im portante na W eb do que a precisão gram atical. O s aprendizes entram em contato com variantes escritas e orais as m ais diversas e tam bém com

11 A r q u i v o s a n t i g o s p o d e m s e r e n c o n t r a d o s e m h t t p : / / w o r d s m i t h . o r g / a w a d /

a w a d m a i l . h t m l . P a r a s e i n s c r e v e r n a l i s t a o e n d e r e ç o é h t t p : / / w o r d s m i t h . o r g / a w a d /

s u b s c r i b e . h t m l .

(14)

106 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .l , n . l , 2001

diversas i n t e r l a n g u a g e s, pois o m undo inteiro interage em inglês na

Internet.

O m aterial na W e b não está organizado de acordo com nenhum tipo

de seqüência. É o navegante quem estabelece as seqüências através de seu in teresse e m otivação. A com plexidade lingüística não é o fator determ inante e sim o significado.

O p a p el do professor que integra a internet à sala de aula tradicional ou q u e trabalha n a m odalidade à d istância é o de m oderador e não o de

transm issor de conhecim entos. O p ro fesso r m odera as discussões o n ­

l i n e e sugere endereços que ele considera interessantes, assegurando,

sem pre que possível, um a m argem de escolha feita pelo próprio apren­

diz. A ssim em um a aula de leitura, o professor pode indicar um s i t e com

atividades de leitura, m as perm itir que o aluno escolha o texto cujo tem a

lhe atraia mais. A lguns exem plos de s i t e s são o E n g l i s h o n l i n e : m a t e r i a i s

f o r t e a c h i n g a n d l e a r n i n g e seu lin k dedicado à habilidade de leitura

[http://eleaston.com /reading m ateríals.htm ll. o E n g l i s h o n - l i n e r e a d i n g

p r o j e c t [http://w w w .geocities.eom /philliptow ndrow /1 com 25 opções de

te x to s , o u a in d a o W e s te rn /P a c ific L ite r a c y N e tw o rk Fh t tp :// literacynet.org/cnnsfA > cuja descrição transcrevem os a seguir:

The Learning Resources site offers web-delivered instruction using current and past CNN San Francisco bureau news sto­ ries. The Western/Pacific Literacy Network and the CNN San Francisco bureau have partnered to develop an online literacy site that benefits all learners and instructors. This material is intended for adult literacy and educational purposes. Though the intended audience is adults, instructors and learners (of all ages) are encouraged to use this material to promote better lit­ eracy.

Each module includes the full text of each story and interactive activities to test comprehension. The learner can choose to read the text, listen to the text, and view a short video clip of the story. Each module is designed for ease of use so the learner can use it independently. The instructor can also incorporate any story into class activities and lesson plans.

(15)

-R e v . B ra s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001 107

aprendendo a u sar a língua) e tam bém oferece oportunidade para o apren­ diz aprender a língua através do uso da língua (versão forte— usando a língua para ap ren d er13). Predom inam recursos que se inserem dentro da versão forte, ou seja, onde há oportunidades para se usar a língua e assim

adquiri-la . São exem plos os c h a t s, os fóruns, os s i t e s que adm inistram

projetos colaborativos ao redor do m undo cujo objetivo específico não é a aprendizagem de língua, m as a aproxim ação de pessoas de diferentes

culturas. A W e b está, ainda, repleta de h o m e p a g e s onde se pode apren­

der algum a coisa, seguindo instruções em inglês: dar nó em gravatas e

fazer dobraduras são bons exem plos cujo f e e d b a c k seria o produto final

- o nó da gravata e o objeto obtido p ela dobradura. R eceitas culinárias são outro bom exem plo para se aprender vocabulário referente á com i­ da, principalm ente se o aprendiz as colocar em prática.

W arschauer et al (2000:7) listam 5 razões principais para o uso da Internet no ensino de inglês: contextos autênticos e significativos; aum ento de letram ento através da leitura, escrita e oportunidades de publicação n a Internet; interação, a m elhor form a para se adquirir um a língua; v italid a d e o b tida pela co m unicação em um m eio flex ív el e

m ultim ídia; e e m p o w e r m e n t, pois o dom ínio das ferram entas da Internet

os to m a autônom os ao longo da vida. R esta ao professor saber tirar

proveito do que a W e b nos oferece.

Potencialidades da wefo p ara o ensino de língua inglesa

V árias publicações foram feitas com o objetivo de indicar as potencialidades da w eb para o ensino de língua inglesa, com o por exem ­ plo, W arschauer (1995), B ossw ood (1997), A tkinson (1997), P aiva (1997), Sperling (1997), Felix (1998) e Souza (1999). Todas essas publi­ cações tiveram com o objetivo divulgar as tecnologias da Internet, in d i­ car s i t e s de interesse de professores e aprendizes de língua inglesa, e

incentivar o professor a inserir as novas tecnologias em seu fazer peda­ gógico.

13 V e r H o w a t ( 1 9 8 4 : 2 7 9 ) p a r a a d i s t i n ç ã o e n t r e a s d u a s v e r s õ e s d a a b o r d a g e m

(16)

108 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001

A s prim eiras publicações co n tav am a h istó ria da In te rn e t e

desvendavam todos os m istérios do e m a i l, incluindo os códigos para

su b stitu ir as acentuações que não eram p o ssíveis com os prim eiros

s o f t w a r e s, o significado dos e m o t i c o n s 14 e outras peculiaridades do gênero

recém nascido. As publicações seguintes exploravam a web com o um todo e suas potencialidades: m ecanism os de busca, m ecanism os de

com unicação (listas de discussão, n e w s g r o u p s, m o o s, videoconferência),

criação de páginas, bibliotecas eletrônicas, publicação, c o r p o r a, m ultim ídia

(gráficos, sons, vídeo) e projetos colaborativos.

P aralelam ente aos livros que iniciavam os professores às novida­ des trazidas pela Internet, um outro grupo de publicações - Pennington (1996), Fotos (1996) e L evy (1997) - traçava um a visão geral do ensino de lín g u a m ediado por com putador dentro de um a perceptiva histórica que sinaliza para um novo horizonte com alternativas criadas pelas novas tecnologias. As três obras discutem o potencial do ensino m ultim ídia, da com unicação m ediada po r com putador e os conceitos e princípios que subjazem a nova m etodologia.

U m terceiro grupo de publicações reúne um a série de trabalhos

narrando experiências e pesquisas na área. M erece destaque o livro W o r l d

C A L L : g l o b a l p e r s p e c t i v e s o n c o m p u t e r - a s s i s t e d l a n g u a g e l e a m i n g que

reúne trabalhos selecionados do prim eiro congresso m undial de ensino de línguas m ediado por com putador (D ebski e Levy, 1999). O utros tra­ balhos sem inais nesse grupo são reunidos por E gbert e H anson-Sm ith (1999), W arschauer15 (1995), W arschauer & K em (2000).

Todas as obras listadas apresentam experiências e sugestões para

o uso efetivo do com putador e da W e b para o ensino de línguas. N a

im possibilidade de discutir detalhadam ente todo o potencial das novas ferram entas, tento representar, no d iagram a abaixo, um a visão geral das

potencialidades da W e b para o ensino de língua inglesa.

14 E m oticons o u sm ileys s ã o c a r i n h a s f e i t a s c o m c a r a c t e r e s p a r a e x p r e s s a r e m o ç õ e s .

15 W a r s c h a u e r é u m d o s p e s q u i s a d o r e s m a i s p r o d u t i v o s n a á r e a . S e u s i n ú m e r o s a r t i g o s

(17)

R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . i , 2001 109

PROJETOS

C o l a b o r a t i v o s d e u m a M e s m a e s c o l a o u e m

c o n j u n t o c o m A l u n o s d e o u t r a s e s c o l a s

I N T E R A Ç A O F ó r u n s , l i s t a s d e k e y p a l s ,

li s t a s d e d i s c u s s ã o , c h a t ,

*

v i d e o c o n f e r ê n c i a , F A Q 1 , c o n t a t o c o m e s p e c i a l i s t a s

S O F T W A R E S

d i v e r s o s e j o g o s

C U R S O S

P l a n o s d e a u la A u l a s

‘J u s t in t i m e l e s s o n s ’ T r a n s p a r ê n c i a s

C r o n o g r a m a s

P U B L I C A Ç Ã O D E A L U N O S E P R O F E S S O R E S c r i a ç ã o d e p a g i n a s , p e r i ó d i c o s e l e t r ô n i c o s e

s i t e s v o l t a d o s p a r a p u b l i c a ç õ e s d e t r a b a lh o s

d e a l u n o s

R E S O U R C E C E N T E R S

M a t e r i a i s e s p e c í f i c o s p a r a o d e s e n v o l v i m e n t o d a s h a b i l id a d e s o r a i s e e s c r i t a s .

B I B L I O T E C A

d i c i o n á r i o s , c o r p o r a , p á g i n a s d i v e r s a s , p e r i ó d i c o s a c a d ê m i c o s ,

j o r n a i s , r e v i s t a s ,

m e c a n i s m o s d e b u s c a , i n f o r m a ç õ e s i n s t i t u c i o n a i s ,

i n f o r m a ç õ e s t u r í s t ic a s .

M U L T I M Í D I A

á u d i o , v í d e o e i m a g e n s

Será im possível, p or questões de espaço, listar em um único artigo exem ­ plos de sites para cada um a das potencialidades listadas no diagram a. N o entanto, gostaria de indicar, pelo m enos alguns a guiza de exem plo.

Projetos colaborativos

H á vários projetos colaborativos na W e b que podem ser usados

para se aprender a língua através de seu uso. U m bom exem plo é o G L O B E

( G l o b a l L e a m i n g a n d O b s e w a t i o n t o B e n e f i t t h e E n v i r o n m e n t ) onde os

alunos p o d em aprender ciências se envolvendo em investigações reais.

http://professor.21ccea.org.tw /fen/ O utros s i t e s são G l o b a l S c h o o l H o u s e

e K i d l i n L O G l o b a l S c h o o l H o u s e rhttp://www,gsh.org/1 oferece projetos

colaborativos desde 1984, dando oportunidade a professores de colabo­ rar, com unicar, e com partilhar experiências de aprendizagem . O projeto

(18)

110 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001

com unicação entre crianças do m undo inteiro através de interações m e- diadas por falantes de diversos idiom as.

U m dos projetos colaborativos m ais interessantes para aprendi­

zes de inglês é o I n t e r n e t W r i t i n g E x c h a n g e, http://w w w .ruthvilm i.net/

hut/Proiect/, criado, em 1993, por R uth Vilmi na Universidade de Helsinki, na Finlândia. N esse projeto com unicativo e flexível, alunos do m undo inteiro desenvolvem a habilidade de escrita produzindo textos em con­

ju n to co m outros aprendizes e recebendo f e e d b a c k de seus pares globais

e de seus professores.

Corsos

Quem se inscreve em E n g l i s h L e s s o n s E m a i l e d D a i l y, recebe em

sua caix a postal aulas diárias. A inscrição pode ser feita em h ttp :// w w w .bluevalleys.com /english-lessons/. A lém desse serviço, você pode

encontrar no site exem plos de gírias, p h r a s a l v e r b s, exercícios de m últi­

pla escolha com respostas automáticas, piadas, citações (quotations), listas

de verbos irregulares, e cartões postais. O s i t e é vinculado ao dicionário

C a m b r i d g e o n l i n e e ao clicar duas vezes em qualquer palavra, você acessa

o significado daquela palavra.

J u s t i n t i m e l e s s o n s” são planos de aula que podem ser enviados

sem analm ente, ou diariam ente, p ara a caixa postal do professor. N o en­ dereço http://w w w .english-to-go.com . o professor poderá encontrar, gratuitam ente, um a aula com pleta. C aso deseje receber um plano de aula por dia, deverá pagar um a a quantia de $7,50 (sete dólares e cinqüenta cents), com acesso m ínim o de 3 m eses ($22,50). N o entanto, qualquer pessoa pode se in screv er para receber, sem analm ente, um plano de aula gratuito, elaborado p o r um grupo de especialistas que utilizam notícias

recentes da agência de notícias R e u t e r s.

D iscovery school pode ser m uito útil para professores interessa­

dos e m 14c o n t e n t b a s e d a p p r o a c h” , ou seja, ensinar vários conteúdos em

língua inglesa e assim fornecer i n p u tnecessário para a aprendizagem da

lín g u a . E m h ttp ://s c h o o l.d is c o v e ry .c o m /le s s o n p la n s / p ro g ra m s / classroom planetarium /q.htm l, você vai encontrar vários planos de aula sobre história, geografia, física, literatura, etc.

F in a lm e n te , tem o s o E S L N e t W o r l d . c o m F http://

www.eslnetworld.com/1 que é um s i t e feito especialm ente para os aprendi­

(19)

Internet com o um a form a de m elhorar as habilidades lingüísticas e de desenvolver consciência cultural.

R e v , B r a s ile ira d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2 0 0 1 111

L i s t a s d e d i s c u s s ã o

H á inúm eras listas de discussão de interesse de professores de inglês. Você pode encontrar descrições dessas listas e instruções de filiação no endereço:

http://w w w .ling.lancs.ac.uk/staff/visitors/kenji/kitao/int-m ail.htm

R e s o u r c e C e n t e r s

E stou denom inando de R esource C enters as hom epages pessoais ou institucionais que disponibilizavam m ateriais diversos para aprendi­ zagem de inglês. Veja, abaixo, alguns endereços onde você pode encon­ trar esses m ateriais.

http://w w w .com enius.com / http://w w w .eslcafe.com / http ://w w w. studv. com /

http://w w w .englishresources.co.uk/

http://ilc2.doshisha.ac.jp/users/kkitao/online/ http://w w w .leam english.org.uk/

B i b l i o t e c a s

Textos literários, enciclopédias, jornais, revistas, trabalhos inéditos, periódicos, dissertações, teses, resenhas, etc, estão disponíveis na web. O projeto G utem berg, http://prom o.net/pg/, por exem plo, reúne um a série de livros de literatura que já são de dom ínio público. Selecionei outros endereços que acredito serem de utilidades para professores e alunos de inglês.

B ibliotecas virtuais: http://w w w .netlibrarv.net/ http://w w w .bartlebv.org/

(20)

112 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v .l , n . l , 2001

Enciclopédias: http://www.britarmica.com/ (Enciclopédia Britânica} http://www.bartlebv.com/65/ (Enciclopédia

Colúmbia}

http://encarta.msn.com (Enciclopédia E ncarta}

Dicionários: http://w w w .babvlon.com /

http://w w w .dictionary.com / http://w w w .x-w ord.com /thesaurus/

Corpora: professores e alunos interessados não apenas no signifi­ cado, m as tam bém no uso de vocábulos e de expressões, podem contar

com alguns s i t e s que reúnem c o r p o r a diversos.

http://titania.cobuild.collins.co.uk/form .htm l http://thetis.bl.uk/

h ttp ://v lc .p o ly u .e d u .h k /s c rip ts /c o n c o rd a n c e W W W C o n c a p p E .h tm

M u l t i m í d i a

Rádio, TV, vídeo, t r a i l e r s de film es, arquivos de im agem e som

tam bém podem ser acessados pela w eb. A s lim itações dos equipam entos e da tecnologia de transm issão de dados ainda são barreiras para a utili­ zação plena desses recursos. Seguem alguns endereços:

Rádio: no endereço http://w indow sm edia.com /radiotuner/ você pode localizar estações de rádio nas m ais diversas línguas.

Cinem a: encontre t r a i l e r s, roteiros, trilhas sonoras em

http ://us. im db. com /

Imagens: há inúm eras bibliotecas de im agens que o professor pode utilizar para criação de m aterial im presso ou virtual. Listo a seguir al­ guns endereços:

http://nzw w a.com /m irror/clipart/ http://w w w .clipart.com /

(21)

R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001 113

P u b licaçõ es

U m dos m elhores sites p ara publicação gratuita é o G e o c i t i e s,

local onde hosp ed o m inha hom epage, http://geocities.com /veram enezes . Se você q u iser construir a sua, o endereço é http://geocities.yahoo.com . O utros endereços são:

http://w w w .freeservers.com /

http://help.freeservers.com /cgi-bin/help/ http://hotw ired.lvcos.com /w ebm onkey/kids/

S oftw are

U m a coleção de softw are úteis para o ensino/aprendizagem de inglês p o d e ser encontrada em http://w w w .orst.edu/dept/eli/softlist/

http://darkw ing.uoregon.edu/-call/softw are.htm l

Para criar exercícios de m últipla escolha, “j u m b l e d s e n t e n c e s” , palavras

cruzadas, dentre, outros, você pode usar o software gratuito hot-potatoes http://web.uvic.ca/hrd/halfbaked/ que é grátis para fins educacionais, se o exercício for publicado na web. Outro recursos são http://groups.vahoo.com para criação de listas de discussão e http://www.blackboard.com/ para cria­ ção e gerenciam ento de cursos online.

CONCLUSÃO

A In tern e t, apesar de ser, n o m eu entender, o m aio r avanço tecnológico n a com unicação hum ana, não tem um adm inistrador geral, é um território livre sem um a organização pré-determ inada e problem as podem aparecer. N esse território livre, nem sem pre é tão fácil localizar o que se deseja e inform ações pouco confiáveis podem ser encontradas. Os benefícios da Internet, no entanto, em m uito superam suas possíveis falhas, e o professor pode fazer uso desse enorm e banco de dados para criar am bientes de aprendizagem .

(22)

114 R ev . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001

U sar a Internet no ensino de inglês é um desafio que dem anda m udanças de atitude de alunos e professores. O aluno bem sucedido não é m ais o que armazena informações, m as aquele que se tom a um bom usuário da inform ação. O bom professor não é m ais o que tudo sabe, mas aquele que sabe prom over ambientes que prom ovem a autonomia do aprendiz e que os desafia a aprender com o(s) outro(s) através de oportunidades de interação e de colaboração.

Finalmente, tem os que estai* conscientes de que, apesar de todas as possibilidades da Web, esse recurso ainda não está disponível para toda a população. Não obstante os esforços da Secretaria de Educação a D istância do M E C com o projeto PROINFO que equipa as escolas públicas, a porcen­ tagem de escolas com acesso à Internet ainda está longe do desejável. Outro problem a é a qualidade das conexões que ainda são lentas e o núm ero de com putadores disponível nas escolas que é, muitas vezes, insuficiente para atender a todos os alunos.

Vencidos os obstáculos, a Internet será cada vez mais utilizada no

ensino de inglês, pois provê muito i n p u tcompreensível, oportunidades vari­

adas de interação, possibilidade de inserção em um a comunidade m undial de aprendizes e falantes da língua e conseqüente comunicação significativa enriquecida com negociação de sentido em contextos reais.

R e f e r ê n c i a s B i b l i o g r á f i c a s

A LTA N, M . Z. T he theory o f m ultiple intelligences: w hat does it offer

E F L teachers? M o d e m E n g l i s h T e a c h e r ,v.10, n .l, p.52-56, jan. 2001.

ATKINSON, T. W W W T h e I n t e r n e t . London: CILT, 1998.

BEA U G RA N D E, R. Cognition and technology in education: know ledge

and inform ation - language and discourse. I n t e r n a t i o n a l J o u r n a l o f C o g n i ­

t i v e T e c h n o l o g y , vol. 1, n. 2,2002. (No prelo).

B O SSW O O D , T. (Ed.). N e w w a y s o f u s i n g c o m p u t e r s i n l a n g u a g e t e a c h ­

i n g .Alexandria: TESO L, 1997.

CRO SSM A N, D. The evolution o f the w orld wide web as an em erging in­

structional tool. In: K H A N , B adrul H. (Ed.). W e b - b a s e d i n s t r u c t i o n .

Englew ood Cliffs, N ew Jersey: Educational Technology Publications, 1997. p. 19-23

D EB SK I, R.; LEVY, M. W o r l d C A L L : g l o b a l p e r s p e c t i v e s o n c o m p u t e r -a s s i s t e d l -a n g u -a g e l e -a r n i n g .Lisse: The Netherlands, 1999.

(23)

R e v . B ra s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v . l , n . l , 2001 115

In: EGBERT, J.; HANSON-SM ITH, E. (Ed). C a l l e n v i r o n m e n t s . A lexan­

dria: TESO L, 1999. p.27-40

ELLIS, R. S e c o n d l a n g u a g e a c q u i s i t i o n . O x í o i à : Oxford University Press,

1997.

FELIX, U. V i r t u a l l a n g u a g e l e a r n i n g . M elbourne; Language Australia, 1998.

FOTOS, S. (Ed.) M u l t i m e d i a l a n g u a g e t e a c h i n g. Tokyo & San Francisco:

Logos International, 1996.

HATCH, E. Discourse analysis and second language acquisition. In: HATCH,

E. (Ed.). S e c o n d l a n g u a g e a c q u i s i t i o n . Rowley, Massachusetts: Newbury

House, 1978. p.401-435

HAY, L. R. Tim e to think: the missing link in professional development.

E d u c a t i o n U p d a t e . ASCD. v. 42, n. 5, aug. 2000. p.2

KELM , O. R. The application o f com puter networking in foreign language education: focusing on principles o f second language acquisition. In: W ARSCHAUER, M . (Ed.). T e l l e c o l l a b o r a t i o n i n f o r e i g n l a n g u a g e l e a r n ­ i n g . Honolulu: University o f Hawaii, 1996. p .19-28

KRASHEN, S . T h e i n p u t h y p o t h e s i s . London & New York: Longm an, 1985.

LEINER, B. et al. A b r i e f h i s t o r y o f t h e I n t e r n e t , version 3 . 3 1 4 , revisto em A u g 2 0 0 0 D isponível na Internet: [http://ww w .isoc.org/intem et-histoiy/

brief.html#Introduction]

LEVY, M.C o m p u t e r - a s s i s t e d l a n g u a g e l e a r n i n g . Oxford: Claredon, 1997.

LITTLEW O O D , W. C o m m u n i c a t i v e l a n g u a g e t e a c h i n g a n i n t r o d u c t i o n .

Cambridge: Cam bridge University Press, 1981.

M C D O W ELL, L.; ALISON, P. “L et’s be careful out there!” - Learning in the w orld o f electronic information. D isponível na Internet:

http://collaborate.shef.ac.uk/nlpapers/McDowell%20Pickard-p%20Web.htm

M EA N S, B. Technology use in tom orrow ’s schools. E d u c a t i o n a l L e a d e r ­

s h i p . vol.58, n.4. D ecem ber 2000/January 2001. p.57-61

M ESKILL, C.; RANGLOVA, K. Sociocollaborative language learning in

Bulgaria. In: W ARSCHAUER, M; K ERN , R. N e t w o r k - b a s e d l a n g u a g e

t e a c h i n g . Cam bridge: C am bridge University Press, 2000. p. 20-40

M O T T A -R O T H , D. De receptador de inform ação a construtor de conheci­ mento: o uso do chat no ensino de inglês para formandos de Letras. In:

PAIVA, V.L.M.O. (Ed.) I n t e r a ç ã o e a p r e n d i z a g e m e m a m b i e n t e virtual. Belo

Horizonte: Poslin/FALE/UFM G, 2001 .p.230-248

O ’LEARY, A . G et w ired, go digital, build a w eb-based learning com m u­

nity. E d u c a t i o n a l T e c h n o l o g y R e v i e w. C harlottesville, n . l 3, p.28-32,

spring-sum m er 2000.

(24)

116 R e v . B r a s ile ir a d e L in g ü ís tic a A p lic a d a , v , l , n . i , 2001

ate assistance in the zone o f proxim al developm ent and the acquisition o f L 2 gram m ar. In: LANTOFF, J. S o c i o c u l t u r a l t h e o r y a n d s e c o n d l a n ­ g u a g e l e a r n i n g . O xford: O xford U niversity Press, 2000. p.51-78

PAIVA, V. L. M. O. A s l e t r a s n a I n t e r n e t. B elo H orizonte: Fale, U FM G .

C adernos de P esquisa do N A Pq. n. 35, m aio 1997.

___________________ . C a l l a n d o n l i n e j o u r n a l s . In: D EB SK I, R .; LEVY,

M . (O rg s .) W o rld C A L L : T h e m e s fo r th e N ew M ille n iu m . T h e N etherlands:S w ets & Zeitlinger,1999. p.249-265

PE L L E T T IE R I, J. N egotiation in cyberspace: the role o f chatting in the d ev elo p m en t o f gram m atical com petence. In: W A R SC H A U ER , M ;

K E R N , R. N e t w o r k - b a s e d l a n g u a g e t e a c h i n g . Cam bridge: C am bridge

U niversity Press, 2000. p.59-86

PE N N IN G T O N , M . C. (Ed.). T h e p o w e r o f c a l l . Hong Kong: A thelstan,

1996.

PE Y T O N , J. K. T heory A nd research: interaction via com puters. In;

EG BERT, J.; H A N SO N -SM IT H , E. (Ed). C a l l e n v i r o n m e n t s. A lex an ­

dria: T E SO L, 1999.

R IC H A R D S, J.; R O D G ER S, T. A p p r o a c h e s a n d m e t h o d s i n l a n g u a g e t e a c h i n g . Cam bridge: C am bridge U niversity Press, 1993.

SO U Z A , S. A. F. A internet e o ensino de línguas estrangeiras. L i n g u a ­

g e m e E n s i n o , vol. 2, n. 1. Janeiro, 1999. p. 139-172.

SO U Z A , R. A. O “c h a t ” e m l í n g u a i n g l e s a : i n t e r a ç õ e s n a f r o n t e i r a d a o r a l i d a d e e d a e s c r i t a . 2000. D issertação (M estrado em L ingüística

A plicada) - Faculdade de Letras da U niversidade Federal de M inas G e­ rais, B elo H orizonte.

SP E R L IN G , D. I n t e r n e t g u i d e. N ew Jersey: Prentice H all, 1997.

T E L L A , S. F oreign language and m odern technology: harm ony o r hell? In: W A RSC H A U ER , M . (Ed.). T e l l e c o l l a b o r a t i o n i n f o r e i g n l a n g u a g e l e a r n i n g . H onolulu: U niversity o f H aw aii, 1996. p.3-17

VY G O TSK Y , L. S. A f o r m a ç ã o s o c i a l d a m e n t e . Tradução G rupo de

D esenvolvim ento e R itm os Biológicos. São Paulo: Livraria M artins Pon­ tes, 1984.

W A RSCH A U ER , M . E - m a i l f o r E n g l i s h t e a c h i n g . A lexandria: T E SO L ,

1995.

__________________. E l e c t r o n i c l i t e r a c i e s .M ahw ah & London: Law rence

E rlbaum , 1999.

_____________ et al. I n t e r n e t f o r E n g l i s h T e a c h i n g .Alexandria: TESO L,

Referências

Documentos relacionados

Apresentaremos a seguir alguns resultados que serão fundamentais para obtermos uma generalização dos teoremas das seçãos anterior para uma versão com tempo contínuo. Consideremos

Como já destacado anteriormente, o campus Viamão (campus da última fase de expansão da instituição), possui o mesmo número de grupos de pesquisa que alguns dos campi

Este trabalho buscou, através de pesquisa de campo, estudar o efeito de diferentes alternativas de adubações de cobertura, quanto ao tipo de adubo e época de

O modelo conceitual procura mostrar quais são os elementos de informação tratados pelo sistema, para que mais adiante se possa mostrar ainda como essa informação é transformada pelo

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

A prova do ENADE/2011, aplicada aos estudantes da Área de Tecnologia em Redes de Computadores, com duração total de 4 horas, apresentou questões discursivas e de múltipla

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

O enfermeiro, como integrante da equipe multidisciplinar em saúde, possui respaldo ético legal e técnico cientifico para atuar junto ao paciente portador de feridas, da avaliação