.
セ@ ,•
i
I
I
,··
'
. I
I
f
'AS ,DISCIPLINAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
NOS セursos@ SUPERIORES DE ADMINISTRAÇÃO
DE EMPRESAS1MINISTRADOS NA GRANDE
SÃO PAULO
BANCA EXAMINADORA: I '
PROFESSOR WALTER DELAZARO (ORIENTADOR) PROFESSOR WOLFGANG SCHOEPS
'
PROFESSOR ISRAEL BRUNSTEIN (FEA/POLI/USP)
. EScola de Admintstraç.Ao
. Lセᄋ@ fオョ、セャッッ@ Getu. li'! Vargas
FG V do Emp,...,. do SilO Pouto
Bibliornca
.
NIVALDO ELIAS PILÃO
AS DISCIPLINAS DE ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO
nos cursos superiores de administração
de empresas ministrados na Grande
São Paulo
Dissertação apresentada ao curso
de PÓs-Graduação da FGV/EAESP
Ãrea de Concentração: Produção
e
Operações Industriais, corno re-quisito para obtenção de título
de mestre em Administração.
Orientador:
Prof. Dr. Walter Delázaro
セセNセZセセ@
セエセセ@
du
N.o VolumeRegistrado por
OJo5j&g
セL@
Página
I INTRODUÇÃO
...
01II METODOLOGIA
os
III O CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS 12
3.1 Administração, Administração da Produção e
Engenharia de Produção: Escopo e Limites 16
3.2 O Currículo Mínimo dos Cursos de
Adminis-tração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.1 Os pareceres do CFE ...•... 31
3.2.2 Os estudos para alteração do currículo
mínimo e as contribuições do EAESP-FGV 38
3.2.3 Os principais trabalhos acerca dos
cur-sos de administração no Brasil 47
IV AVALIAÇÃO DAS DISCIPLINAS DE ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6 1
4.1 As Instituições de Ensino Superior que 」ッセ@
y
pÕem o Universo da Pesquisa ... 62
4. 2 As Disciplinas das Âreas Produ ti v as ou
In-dustrial ... ·... 65
4.2.1 A disciplina administração da produção
4.2.3 As disciplinas afins ou complementares 89
4.2.3.1 A disciplina engenharia econª
m1ca . . • . . . . • . . . . . . . • . . 89
4.2.3.2 A disciplina planejamento e
controle da produção - PCP 94
4.2.3.3 A disciplina pesquisa ッー・イ。」ゥセ@
na 1 .. セ@ . . . 9 8
V O E.FEITO PRAGMÁTICO DA EDUCAÇÃO FORMAL NO
ADMI-VI
NISTRADOR ... ·...•.... 108
5.1 As Necessidades do Mercado de Trabalho
5.1.1 A utilidade dos disnositivos formais na
atuação de profissionais ligados 、ゥイ・エセ@
mente à área de produção
5. 1. 2 A uti.lidade .dos dispositivos formais ーセ@
ra atuação de profissionais ligados a
109
113
outras áreas da empresa... 122
5.2 Perfil Profissional do Administrador da
Produção, Esperado e Encontrado... 131
5.3 A Nova Situação Econômica e o
Administra-dor da Produção 135
RESULTADOS OBTIDOS E CONCLUSÕES 138
Existem algumas pessoas a quem somos especialmente gratos ao
final de um trablho f algumas pela forma peculiar corno nos
auxiliaram f outras pela simples presença acabam nos incenti
vando a proceguir .
Gostaria neste momento , de !externar a tõdas meus sinceros a
gradecirnentos f destacando de forma especial aquelas com
quem compartilhei diretamente estes importantes momentos de
minha vida acadêmica/profissional .
Aos amigos
Professor Walter Delázaro f meu orientador f a quem coube a
difícil incumbência de me fazer escrever Professor
Wolf-gang Schoeps f por ter sido meu primeiro orientador e aceito
a proposta inicial desta monografia Professor Roberto Ve
nosa f pelo apoio e reconhecimento a meu trabalho ;
Profes-sor Daniel Augusto Moreira f responsável pelo meu ingressona
carreira docente Professora Icléia Alves Curi f responsa
vel em grande parte pela correta forma de 。ーイ・ウ・ョエ。セッ@ desta
monografia a todos os diretores , professores e
secretá-rios das instituiçÕes de ensino que visitei f que me
recebe-rarn sempre com extrema cordialidade aos profissionais que
dedicaram parte de seu tempo para responder aos questionários;
e principalmente à minha esposa Márcia Aparecida Cavalcanti
Dias pゥャセッ@ f companheira incansável e árdua incentivadora
Esta pesquisa pretende contribuir para a discussio sobre o en
sino de Administraçio de Empresas de .modo geral e,
especifi-camente, sobre as disiciplinas "Adrninistraçio da Produção",
"Administração de Materiais" e outras afins e/ou
complementa-res.
Neste sentido, a proposta
é
de se ampliar o conhecimentoso-bre as disciplinas em questão àtravés do entendimento de seu
conteúdo programático, o que pode ser alcançado por meio de
um levantamento dos programas adotados pelas faculdades.
Pa-ralelamente, pretende-se também mensurar o efeito pragmático
dos tópicos desenvolvidos nos citados programas para o desern
penha das funções do administrador na empresa.
Além da reconhecida diversificaçio dos programas e cargas-hQ
rãrias das disciplinas que compõem a Administração da
Produ-çao, nos cursos de Administração de Empresas, ministrados nas
instituições de ensino superior da Grande Sio Paulo, outras
razões nos levaram a concentrar nossos estudos sobre esteterna.
tra
-balho na area industrial, por parte dos administradores,
pa-ra outros profissionais de formação diversa, especialmente pa
ra engenheiros-responsáveis hoje pela esmagadora maioria dos
altos cargos no mercado industrial.
Urna das prováveis causas desta situação é a diversificação
dos programas e cargas horárias, anteriormente mencionados,
que não possibilitam a todos os administradores egressos das
instituições de ensino superior igualdade de competição no
mercado de trabalho. Além disso alguns destes profissionais
nao possuem sequer a condição mínima, em termos de linguagem
e conhecimento dos problemas pertinentes a area de produção,
para que se desenvolva neles um interesse real por este
res-peitável mercado de trabalho, o que contribui para que o
qua-dro anteriormente citado não se altere a curto e médio prazos.
Vale ressaltar que não se pretende subdirnensionar a atuação
deste ou daquele profissional junto às indústrias ou ウオー・イカセ@
lorizar um em detrimento do outro, e sim tentar delimitar um
campo de ação, onde os técnicos em Administração possam atuar
e buscar seu espaço de trabalho também na área produtiva.
A paL de ser esta área um significativo mercado de trabalho,
sabe-se também que gerir urna empresa industrial implica
to-mar grandes decisões com base na área fabril. Isto faz com
que os administradores de outras áreas, que não a produtiva,
também tenham absoluta necessidade de conhecer e desenvolver
seus estudos neste importante segmento da empresa.
Outra razao é que as diretrizes econômicas estabelecidas a
2284 de 10/03/86) ratificam ainda mais a necessidade de uma
maior atenção à área de produção, pois sabe-se que o que irá
contribuir com maior peso para a sobrevivência e
prosperida-de das empresas
é
o aumento da produtividade, o que sópode-rá ser conseguido com a perfeita gestão dos aspectos produt.!_
vos. Indiscutivelmente, isto acarretará um significativo
au-mento na demanda por profissionais nesta área.
Para a consecuçao destes objetivos, o presente trabalho
pro-curou basicamente desenvolver uma pesquisa sobre:
os pareceres, artigos e outras contribuições existentes
sobre o Ensino Superior deAdministração de Empresas na
Grande São Paulo;
os programas; carga-horária e bibliografia utilizados e
destinados às cadeiras de Administração da Produção;
os limites de atuação dos profissionais da área
produti-va;
quais são as atuais necessidades do mercado de trabalho
com relação a estes profissionais;
qual a opinião dos profissionais com relação à utilidade
prática dos tópicos que hoje são abordados pelas unidades
de ensino nas disciplinas em questão, tanto para
profis-sionais da área de produção, quanto para profisprofis-sionais de
outras áreàs. Esta opinião será demonstrada a partir .dos
resultados de-um questionário aplicado junto a
profissio-nais da área.
Oomrelação ao estudo acerca .dos programas, cargas-horárias e
ministração da Produção, a intenção
é
realizar o trabalho sobre todas as instituições de ensino superior que ministram
cursos de Administração de Empresas no universo geográfico
definido, o que dispensa o trabalho de amostragem.
Ficarão excluídos do presente trabalho os cursos de
Adminis-tração PÚblica, Comércio Exterior e AdminisAdminis-tração Hospitalar,
dada a amplitude do universo da pesquisa e o pequeno peso das
A escolha do universo geográfico abrangido pela pesquisa
re-caiu sobre o MunicÍpio de são Paulo e grandes cidades que
compoem a Grande são Paulo - Santo André, são Bernardo do Cam
po, São Caetano do Sul, Guarulhos, Mogi das Cruzes e Osasco.
Esta escolha deve-se ao fato de que nas faculdades isoladas
ou universidades situadas nestes municípios forma-se a maior
parte dos administradores que vêm se incorporando ao mercado
de trabalho.
Como o objetivo do presente trabalho é também apresentar uma
pesquisa acerca da utilidade nas empresas do que é
ministra-do nas cadeiras em análise, pretende-se, a partir da
pesqui-sa realizada junto às instituições de ensino superior, ・ャ。「セ@
rar um questionário onde constarão todos os tópicos
apresen-tados pelos diversos professores nestas instituições, que se
rão posteriormente apreciados por ex-alunos, hoje inseridos
no mercado de trabalho.
Um dos primeiros passos para a realização do objetivo da ー・セ@
quisa foi solicitar às faculdades isoladas ou universidades,
respectivas cargas-horárias das disciplinas Administração da
Produção, Administração de Materiais, além das disciplinas
Planejamento e Controle da Produção, Pesquisa Operacional e
Engenharia Econômica, que são consideradas afins ou
comple-mentares à primeira. Dentro do possível, fez-se, também, a
coleta da bibliografia adotada pelos professores responsáveis
por tais cadeiras.
Quanto a apresentação formal, foram observados os títulos dos
programas que identificam a disciplina nos currículos de cada
escola.
A carga horária por disciplina, os percerituais relativos às
horas-aula de cada disciplina e do "bloco" de disciplinas com
J
Com este perfil já traçado, pôde-se elaborar um questionário,
para aferição dautilidade prática dos tópicos, itens e
sub--itens encontrados para o profissional de Administração no
desempenho de suas funções na empresa.
Neste questionário foram enumerados todos os itens dos
diver-sos programas, onde· os entrevistados fizeram urna associação
entre o assunto abordado e sua utilidade através de urna
esca-la de cinco pontos: nenhuma utilidade, pouca utilidade, utili
dade moderada, bastante Útil e extremamente útil.
As entrevistas através de questionários foram realizadas
jun-to aos alunos do Curso de Extensão e Aperfeiçoamenjun-to para Gra
duados da EAESP-FGV, urna vez que tais alunos, via de regra,
ocupam,na empresa em que trabalham, cargos de chefia ou geren
cia e vêm
à
Escola em busca de treinamento que lhes possibilite melhor desempenho de suas funções. Logo, estão cientes das
necessidades ou não do mercado das técnicas ministradas e
po-derão fornecer a medida exata da sua utilidade.
O trabalho de análise para esta segunda fase do projeto desen
volve-se por tópicos dos programas, observando-se os
seguin-tes aspectos:
apresentação dos tópicos, formalmente, conforme expressos
nos programas de origem, por grupo de assunto;
divisão das respostas obtidas em dois grupos: os
profis-sionais que atuam na área produtiva e os de outras áreas;
tabulação das respostas dadas pelos entrevistados com
sua freqtiência de ocorrência;
escolas e junto aos profissionais de administração;
apresentação dos resultados através de súmulas que demons
tram o grau em que são 11cobertas11 as necessidades e/ou
11hiatos11 existentes entre os programas e a carência dos
profissionais.
Como este trabalho pretende apresentar uma pesquisa
explora-tória e descritiva, é evidente que ocorrerão restrições
ad-vindas da forma metodológica e de como se pretende penetrar
no que definimos como objeto.
Cabe ressaltar que uma vez definidos os meios para se
anali-sar, por um lado, os currículos e principalmente os programas
e cargas-horárias das disciplinas em questão nas faculdades
isoladas e.universidades que compõem o universo de análise, e,
por outro, as necessidades dos profissionais militantes na
área administrativa, representados por alunos do curso de
pós--graduação (CEAG) da EAESP-FGV, já estaremos restringindo o
trabalho. Por exemplo, no tratamento que daremos à parte do
ensino formal de Administração, já estaremos automaticamente
isolando pelo menos três grandes e importantes participantes
do processo ensino-aprendizado, quais sejam:
a própria faculdade em termos de seus objetivos mais
am-plos;
o professor responsável pelas diversas cadeiras;
o aluno envolvido no sistema de aprendizado.
Também surgirão limitações de ordem metodológica com relação
pois escolhemos como universo para esta pesquisa alunos do
CEAG, portanto, profissionais que buscam em nossa escola
a-perfeiçoamento ou reciclagem acadêmica.
Outras limitações apresentam-se de forma bastante evidente,
sendo que uma delas origina-se dos próprios instrumentos de
estudo, isto é, dos programas das disciplinas, uma vez que
sua análise conduz apenas para a consideração do aspecto foE
mal do problema, pois trata-se de programas oficiais
propos-tos pelas instituições de ensino, através de seus
professo-res. E, neste contexto, é perfeitamente cabível indagar em
que porcentagem os programas e currículos são cumpridos pelos
professores e pelas próprias instituições. E, ainda, se
es-ses programas expressam o conteúdo da matéria que será
abor-dada em aula.
Outro problema, ou limitação igualmente importante, é com re
lação aos programas e suas respectivas cargas horárias. セ@ co
mum encontrar programas estruturados em tópicos, itens e
sub--itens semelhantes, porém desenvolvidos em cargas horárias
bastante diferentes. Neste caso, não se pode simplesmente
afirmar que o programa cuja carga horária é maior, através do
número de horas-aula, apresente determinada superioridade com
relação ao conteúdo. É preciso lembrar que o nível de
profun-·didade e abrangência e a eficiência com que cada tópico do
programa é abordado são decorrentes de outras variáveis, além
do número de horas-aula correspondentes. A metodologia do en
sino utilizado, os recursos materiais disponíveis, a アオ。ャゥ、セ@
de ou qualificação dos mestres, o nível de preparo dos
-tes fora da faculdade, logicamente sao elementos que influe_!!
ciam o rendimento no aprendizado, porém estes não são os
ob-jetivos do presente estudo.
No que se refere
à
pesquisa acerca das necessidades dospro-fissionais, que atuam ou não na área de produção, dos tópicos
apresentados nos diversos programas, é evidente que também
aqui encontraremos restrições de ordem diversa, como as neces:
sidades da empresa onde este profissional atua, o tempo de
formado e sua ヲッイセ。 ̄ッ@ original, a instituição que cursou,
O ensino de administração na0 trilhou caminhos-_ diferentes
das demais ciências, pois a certeza de que se pode melhorar
o desempenho através do treinamento sistemático levou-o ao
grau que hoje se encontra.
Uma ciência bastante jovem,
é
considerada por especialistase autoridades de renome como das mais importantes áreas de es
tudos desse século, assistindo, especificamente na primeira
metade desteséculo, um desenvolvimento sem precedentes.
No Brasil especificamente, as preocupaçoes com o ensino de
administração chegaram muito tarde, em contraste com a histó
ria de outros países. Exceção feita a alguns ensaios e tenta
tivas isoladas, que serviram de base para os atuais cursos
de administração, as incursões feitas pelo governo Vargas fQ
ram as que deram forma e consistência a este campo de estudo,
transformando-o em atividade profissional. A importância de
Vargas foi tão grande que, já em seu segundo mandato, 。、ュゥセ@
nistração passava a ser es.cola de nível superior (embora não
regulamentada) .
admi-nistração do Brasil.
·utilizaremos dados extraídos de matéria.publicada pela revis
ta "Administrando".de setembro de 1985, sob o título de "O
ensino de administração no Brasil", para traçarmos uma
rápi-da restrospectiva histórica:
1930 - Criada por Vargas uma assessoria especial formada por
Luiz SimÕes Lopes, Maurício Nabuco e Moacir Ribeiro
Briggs.
1936 - A assessoria elabora a Lei 284 que criou o Conselho
Federal do Serviço Civil, através do qual
estabelece-ram-se normas para promoção, concurso para ingresso
no serviço público e programas de treinamento.
1937 - A American University recebe a primeira turma para
treinamento (Elza Duque Estrada, Dardeu Vieira,
Gil-'-berto de Paula Silva e Benedicto Silva) •
1938 - O Conselho foi substituído pelo Departamento a、ュゥョゥセ@
trativo do Serviço PÚblico, o DASP (dirigido por Luiz
SimÕes. Lopes) .
1940 - Foram criados os cursos de administração, conhecidos
como os "Cursos do DASP", que serviram para treinar
servidores e formar professores de administração.
19 43 - O Governo norte-americano envia técnicos para ajudarem
o DASP, e começa se articular a criação de uma escola
de administração pÚblica independente do DASP e da
1944 - Foi oficialmente instalada a Fundação Getúlio Vargas,
tendo como presidente o Dr. Luiz Simões Lopes.
1946 - Criação da Revista de Direito Admini·strativo e a
Re-vista do Serviço PÚblico.
1947 - Criação do Instituto de Seleção e Orientação Profissio
nal (ISOP).
Jubi Jr. apreaentou seu "Estudos Preparat6rios para
Instituições, no Sistema de Ensino Superior do Brasil,
de cursos sistemáticos em Administração PÚblica e de
Empresas" e, também, um projeto criando a Escola .Na-:
cional de Administração (ENA), vinculada
à
Universidade do Brasil.
1948 - Roberto de Oliveira Campos apresentou à sexta sessao
do Conselho Econômico e Social da ONU um projeto de
facilidades para a promoção de treinamento em Adminis
tração PÚblica.
1949 - Simões Lopes consulta a ONU sobre a possibilidade de
cooperação para criação de uma Escola de
Administra-ção PÚblica no Brasil.
Neste mesmo ano, o grupo brasileiro nas Nações Unidas
prepara o "Memorandum on the Establishment of the Gra
duate School of Public Administration, Rio de Janeiro,
Brasil", que transmitiu uma imagem·viva de como a en
tão denominada Escola Superior de Administração PÚbli
ca deveria funcionar, inclusive com propostas de
ob-jetivos e currículos.
projeto que sintetizava todos os trabalhos anteriores,
o Projeto da Escola Superior de Administração da
Fun-. dação Getúlio Vargas, que sugeria aFun-. instalação de <bis
cursos de quatro anos, um de Administração PÚblica e
outro de Administração de Empresas, sendo os dois pri
meiros anos idênticos e os outros dois
especializa-dos.
1951 - Final do período preparatório e início do nascimento
da escola, com propostas concretas de Assistência t←セ@
nica e ajuda financeira por parte da ONU, com a volta
de Getúlio Vargas ao poder.
Luiz Alves de Mattos, com a colaboração de Benedicto
Silva e Eleantto Leite, elaborou um documento
intitu-lado ... Escola Brasileira de Administração PÚblicail, OQ
de foi esboçado um programa-piloto que seria
empreen-dido pela Escola, de novembro de 1951 a março de 1952.
Compreendia dois projetos interrelacionados: três cur
sos especiais de 。セゥョゥウエイ。 ̄ッ@ pÚblica, e um
seminá-rio sobre pessoal e Órgãos auxiliares do Serviço
PÚ-blico.
1952 - Em abril a Escola dá início a suas operaçoes regulares,
com três cursos projetados que foram freqüentados por
259 alunos: 25 no de Formação, 60 no de
Aperfeiçoamen-to e 174 nos Especiais.
1954 - A FGV cria a EAESP, com a função de formar administra
dores pÚblicos e de empresas.
1962 - O primeiro-ministro Ta.ncredo de Almeida Neves baixou
o Decreto 1108, de 30 de maio, reconhecendo a EBAP
corno escola de セヲカ・ャ@ superior.
A partir deste histórico, perceb.e.;se que as preocupações com
o Ensino de Administração no Brasi.l datam de pouco mais de
meio século, enquanto as soluções definitivas têm menos de
quarenta anos.
:E: evidente que o número de cursos se. expandiu rapidamente:
em 1954 existiam apenas três cursos, passando a 31 em 1967;
em 1977 existiam 177 cursos e, um anO depois, 244.
Paralelamente a esta realidade, t.ernos a profissão com espàço
legal somente hi 21 anos (Lei 4769/651, enquanto que o
espe-cialista da irea so venceu sua crise de identidade, ganhando
um nome certo, hi pouco mais de um anÓ (Lei 7321/85).
3. 1 Administração, Administração da Produçã·o· e Engenharia de Produção·: Escopo e Limites
Um conceito universalmente aceito é o de que a organização é
o esforço coordenado de um grupo de pessoas, aliadas aos
de-mais insumos produtivos (corno informação, equipamentos,
mate-riais, etc) em busca de um objetivo comum, socialmente Útil.
Esta pequena definição nos permite classificar as empresas co
mo uma organização, que é coordenada por administradores.
Corno é impossível dissociar a Administração da Administração
cular, tentaremos a partir da primeira definição extrair as
duas·outras.
Para definirmos perfeitamente Administração, percorreremos
rapidamente um pouco de sua história.
Retrocedendo no tempo, veremos que, segundo os preceitos 」ャセ@
sicos, administração era exclusivamente rnetodizar o trabalho
do operário, visando melhorar a eficiencia do processo produ
tivo. Nesta fase, também denominada de :t!nfase nas Tarefas,
administrar era "estabelecer e prescrever a maneira pela qual
as pessoas deveriam executar o seu trabalho cotidiano"
(Tay-lor - 1976) .
Um pouco mais adiante no tempo, porém ainda na mesma fase, os
autores tentam traçar novos limites para a atuação do 。、イョゥョゥセ@
trador, e classificam corno sendo suas funções "o
planejamento, o preparo, o controle, a execução, e a exceção" ·(Taylor
-19 76) •
Avançando ainda mais, encontraremos um outro enfoque para ad
ministração- a Bセョヲ。ウ・@ na Estrutura Organizacional". Esta
abordagem. procurou dar urna visão sintética global e
univer-sal à administração, definindo corno sendo funções do adrninis
trador "prever, organizar, comandar, coordenar e controlar"
(Fayol - 19 76) •
セ@ evidente que assim corno Taylor, Fayol também teve seus
se-guidores, que viam a estrutura da organização sob diversos
ângulos de abordagem, corno a Teoria da Burocracia de Weber,
vimento de cada uma dessas teorias, poderíamos nos distanciar
em demasia do objetivo central do nosso trabalho, que é o de
estudar e determinar limites para a atividade administrativa.
Porém, para chegarmos a tal, prosseguiremos em nossa análise
dentro de uma visão globalizante.
Passamos posteriormente por autores nao menos renomados e por
fases não menos importantes da história administrativa, como
por exemplo, a fase da Bセョヲ。ウ・@ nas Pessoas", onde Elton Mayo,
com sua Experiência de Hawthorne, ·e Kurt Lewin, com sua
Expe-riência de Campo e Ciclo Motivacional, se destacaram como os
principais personagens, difundindo que "administrar é
sobre-tudo lidar com pessoas" (Mayo - 1976), deixando de lado a es
trutura e principalmente a tarefa, criando básica e
exclusi-vamente uma abordagem humanística.
Neste ponto, chegaríamos, pois, a uma nova fase, criada
exa-tamente a partir dos pressupostos das três fages anteriores
(tarefa, est·ruturalista e· humanista) e que denominamos · de
Teoria Neoclássica.
A Teoria Neoclássica busca o aproveitamento de todo o
poten-cial dos três enf<XIt1es administra ti vos anteriores, fazendo uma
seleção dos conceitos propostos até então,· não se tratando
contudo de uma nova fase administrativa, porém sua ênfase e
-a pr-agm-aticid-ade.
Dentre os muitos autores Neoclássicos nos valeremos para de
finir as funções do administrador,de dois autores cujos
soluções igualmente importantes para a questão. são eles
Peter Drucker e Koontz, que têm como co-autor de sua obra
O'Donnell.
Segundo os dois últimos, administrar "é criar e manter um am
biente no qual os indivíduos possam trabalhar juntos e
atin-gir metas grupais" (Koontz e O'Donnell- 1974).
Partindo-se dessa definição, nota-se claramente que os auto-.
res levam o problema para o cunho de que o administrador
se-rá aquele que possuir: subordinados, dando ênfase total às re
lações verticais •.
Já para o primeiro "Administrador é todo aquele que execute
tarefas próprias da Administração, desfrutando ou não de
po-der sobre terceiros" ( Drucker - 19 84) •
Esta definição leva o administrador ao campo da contribuição
pessoal em prol dos objetivos da empresa e ressalta as
rela-ções horizontais.
Ambas as definições estão corretas, e o que nos leva a esta
certeza é a fase seguinte por que passa a teoria da
adminis-tração, ou seja, a :t':nfase no Ambiente.
A t・ッイセ。@ Geral dos Sistemas, criáda a partir da segunda meta
de deste século, levou à definição quanto ao que é
adminis-trar para o campo onde adminisadminis-trar passa a ser a forma como
se lida com as demandas do ambiente para obter o máximo de
eficácia da empresa. Ou seja, desta época até hoje, a ・ューイ・セ@
sistema, mas também e sobretudo com as variáveis denominadas
exógenas, ou externas a seu sistema e que interferem na toma
da de decisão. Essa ênfase no ambiente passou a ser
difundi-da com o aparecimento difundi-da Teoria Contingencial, segundo a
qual a proposta do "The best-way" ou da "melhor maneira" de
organizar uma empresa passa a ser relegada a segundo plano e
esta cede espaço às relações de interação entre as'empresas
e o meio.
Podemos aqui introduzir uma nova fase na história administra
tiva, que se encaixa paralelamente à da ênfase no ambiente,
é a ênfase na Tecnologia.
セ@ inegável que o advento da Cibernética, da mecanização, da
automação, da computação
e
da robótica, passou a modificar aestrutura das empresas e conseqüentemente a forma de adminis
trá-las. セ@ a fase em que administrar é lidar com a
tecnolo-gia, a fim de extrair dela a máxima eficiência possível.
Em artigo escrito para a Revista de Administração,
Iadalber-to ChiavenatIadalber-to, ao dissertar sobre Novas Abordagens das
Teo-rias Administrativas (Chiavenatto - 1979), diz que
indepen-dente da maior ou menor importâ:Q.cia que qualquer dos segmen
tos da história administrativa tenha em detrimento a outros,
um fato é inegável, "a administração é a forma de melhor
atuar perante cinco variáveis "básicas que se acumularam ao
longo dos Últimos anos - a tarefa, a•estrutura, às pessoas,
a tecnologia e o ambiente". Diz ainda que
·no
comportamentodessas variáveis é sistêmico e complexo: cada qual
Com base na.retrospectiva apresentada, chega-se
à
conclusãoque o futuro da administração é incerto, colocando o adminis
trador
à
frente de problemas diferenciados e cada vez maiscomplexos.
Em artigo escrito para a IDORT Revista Brasileira de Produti
vidade, Robert F. Holmes diz que "As próximas décadas trarão
os seguintes desafios e turbulências para a Administração:
Ampliação das empresas;
Tendência de taxas elevadas de inflação;
Concorrência cada vez mais aguda;
Tendência crescente para uma crescente sofisticação de
tecnologia;
A internacionalização do mundo dos negócios;
A maior visibilidade das empresas" (Holmes - 1968).
セ@ evidente pois que a complexidade será reinante, e segundo
Joseph Litterer em seu livro Introdução
à
Administração (Litterer - 1980), a melhor maneira de tratar a complexidade e
-através do enfoque sistêmico, ou da Teoria Geral dos
Siste-mas.
A empresa
é,
segundo a hierarquização da Teoria Geral dosSistemas, classificada corno um sistema extremamente complexo,
cujas partes integradas e interagentes constituem uma indivi
dualidade.
A partir dessa colocação torna-se praticamente impossível
delas é um sub-sistema ou urna parte do sistema que é um todo,
e cada um dos sub-sistemas ou cada urna das partes não pode so
breviver isoladamente do corpo ou do sistema corno um todo. Po
rérn, para efeito de estudo, vamos procurar isolar o sub-siste
ma produtivo, ou a área de produção.
Para tanto faz-se necessário traçar limites ou fronteiras
pa-ra a Administpa-ração da Produção.
Se pegarmos vários autores, verificaremos que praticamente to
dos valem-se dos mesmos argumentos. Para definir a a、イョゥョゥウエイセ@
çao da Produção " ••. deve preocupar-se com a melhor forma de
. obtenção de materiais, operações ou manipulação de equiparnen-·
tos, de tal forma a elaborar o produto final ao mínimo custo,
dentro dos prazos e padrões de qualidade estabelecidos" (Mach
line e outros - 1974).
Poderíamos .ainda traçar um paralelo histórico entre a a、イョゥョゥセ@
tração da Produção com o perfil traçado para a Administração
de maneira geral, corno fizemos anteriormente, porém
constata-ríamos que invariavelmente as fases por que passou a Teoria
Adrninistrativa,desde Taylor até nossos dias, estão
diretamen-te associadas aos avanços diretamen-tecnológicos e principalmendiretamen-te a pro
blernas que emergiram da área industrial, sendo estes Últimos
os principais responsáveis pelo surgimento da maioria das
es-colas que comentamos.
セ@ evidente também que qualquer definição de Administração de
Produção que fosse relacionada simplesmente com a elaboração
supra citada, nos levaria a uma definição prática das
ativi-dades do Administrador, ou seja, es'te seria um dos objetivos
materiais da Administração da Produção, onde a arte supera a
ciência.
H.A. Harding descreve assim esta evidência: "Em qualquer cam
po do desenvolvimento do esforço humano, os primeiros
prati-cantes, usualmente classificados como amadores, pelos
obser-vadores mais experimentados, praticam sua arte instintivamen
te. Conforme o conhecimento aumenta, a abordagem científica
ganha terreno, o profissional aparece e o nível geral de rea
lização eleva-se" (Harding - 1981) •
Ainda nesta mesma obra, Harding descreve o que denomina de
Conceito Moderno de Administração da Produção, e diz que
es-ta
é
composta de elementos quantitativos e qualitativos, descrevendo-os como segue:
"a) Elementos quantitativos da Administração seriam os seguig
tes:
Técnicas de estudo de trabalho;
Programação da Produção;
Gráficos de Controle Estatístico de Qualidade;
Planos de Amostragem para inspeção;
Custeio-padrão e outros métodos de custeio;
Gestão de Estoques;
Balanceamento de linhas e determinações de eficiência
de máquinas.
Em adição a todos os listados, todos os sistemas de
b) Existe também a área qualitativa de Administração, uma
área que ainda não foi quantificada e na qual o gerente
trabalha de acordo com sua experiência, ou até mesmo, por
instinto. Esforços têm sido realizados para reduzir o ele
menta risco na tomada de decisão, com a colocação de
pro-balidades sobre os eventos e permitindo o julgamento
pes-soal .••. Portanto, ainda existe lugar para a influência
do elemento imponderável nas decisões de produção: o
qua-litativo ou o elemento irracional. A administração da Pro
dução, entretanto, na fabricação de produtos, espera
com-binar o melhor do método científico com a experiência e a
aptidão em tomar decisões efetivas".
Valemo-nos ainda do,mesmo autor para tentar definir a Engenha
ria Industrial para que possamos posteriormente delimitar o
campo de atuação deste profissional e do Administrador da Pro
dução.
Para Harding, "Os matemáticos sempre mais aventurosos na sua
busca de teorias estabelecidas, têm progressivamente aplicado
seus conhecimentos na atividade industrial". Cita
posterior-mente diversos autores de indiscutível primeira grandeza
pa-ra o setor, e as dificuldades por que passapa-ram até atingir o
estágio em que se encontram e conclui dizendo "Métodos
cien-tíficos deram crescimento ao Engenheiro Industrial, um
peri-to em técnicas, que pode dar grande contribuição ao
desempe-nho de uma unidade de produção e em outros ramos da
ativida-de gerencial. A Administração ativida-de Produção foi o primeiro cam
po de aplicação de tais técnicas, estendendo-se a todas as
a misturar-se com a Administração da Produção passou a ser
vista como uma· central de serviços à administração e t.rocou
seu título para· "Serviços de Administração". Estes incluiriam
estudos· do trabalho, análise de sistemas e processamento de
dados, pesquisa operacional, organização e métodos" (Harding
- 1981) •
Ratificando tal posição, Ruy Aguiar da Silva Leme lembra que
a Engenharia de Produção forma um "spectrum" da Tecnologia,
onde suas atividades estão diretamente associadas às do Enge
nheiro do Produto, Engenheiro do Processo e Economia
Indus-trial, sem que se consiga estabelecer para estes campos de
atividade limites nítidos ou imutáveis no tempo.
Ainda segundo o mesmo autor, o Administrador Industrial e o
Engenheiro de Produção têm profundas vinculações, onde " .•• o
Último é important:é" colaborador do primeiro" (Leme - 19 70) .
E tenta explicar as. relações entre a Engenharia de Produção e
a Administração Industrial, através de um quadro adaptado de
Urwick (1963), que reproduziremos na folha seguinte.
Em suas explicações sobre o quadro, o autor diz que sao
con-siderados de linha pelo menos as quatro funções na empresa
industrial: produção, vendas, finanças e pessoal. E ainda que
devemos juntar a estes um quinto campo que é administração ge
ral, encarregada das quatro funções.particulares. Estes cinco
campos da administração industrial correspondem ao quadro in
Relações セョエイ・@ Engenharia de Produção e Administração Industrial (adaptação de Urwick)
ECONOMISTAS 3 E
セ@ ECONOMISTA 2
o
()o
セ@ ADMINISTR.
M
z
セ@o
VENDAS 1 セ@N O ri t:1 ()
U) D !.:X:
:s:
Ho
o
o
tr Hz
z
P::
o
セセセ@
zz
t:1 8H セ@
16.
ADMINISTR. セh@c
セ@セ@ 8 t r Z(J) (/) tD
::r:
HD u:JD .()8 8 Hz
P::O HO GERAL 1セセ@
:::0 t'"1セ@ 8
o
zo
H Hセ@ UlP:: HP:: .() セ@ (/)
z
DA-l セaMi@ セセ@ t'"1 8セ@
o
o
o
セ@z
r::t: I-' (/)H ADMINISTR; l"7j N
H
PESSOAL 1 w
SIC6LOGO/INDUSTRIAL
PSICÓLOGOS 3
1 Atividade de linha
2 Atividade de assessoria
3 Profissional de nível superior
Ele continua a explicação dizendo que 11 administrar é uma
arte e não uma técnica. O estudo pode aperfeiçoar qualidades
de administrador que uma· pessoa tenha, mas não pode suprir
deficiências básicas.
Administração também não pode ser considerada como uma ーイッセ@
fissão, sendo mais um estágio na carreira de um grande
nume-ro de pnume-rofissões 11
•
E ainda, 11
• • • Nestas condições, concluiríamos que, para a che
inte-ressante seria de um·diploma em Engenharia, nao necessariamen
te em Engenharia de Produção" (Leme - 196 7) .
Face o exposto, podemos afirmar que para o autor só é
consi-derado administrador aqueles elementos que encontram-se a ní
vel de gerência, possuindo subordinados e galgando estes pos
tos através do mérito (ele demonstra claramente que o título
de administrador é de reconhecimento) .
A esta conclusão solidarizamo-nos em parte, pois julgamos que
administrar é arte, mas também e, principalmente, é ciência,
pois podem os profissionais, através do estudo, aperfeiçoar
qualidades natas e adicionar a estas uma série de outras, pois
devido
à
predominância gemeralista impingida nos cursos de Administração de Empresas, através de disciplinas consideradas
de conhecimento técnico, geral e de formação específica, como
por exemplo a Matemática, Estatística, Psicologia, Sociologia
Econômica etc,aplicadas
à
administração, permite-se criar noaluno egresso das Faculdades de Administração um corpo de co
nhecimento e discernimento necessários à tomada de decisão. E,
em nosso julgamento, neste sentido Administrar é uma ciência.
Mas também como cita de forma brilhante Drucker "A administra
çao é exercício, não ciência. A esse respeito ela pode
compa-rar-se com a medicina, a advocacia e a engenharia. Não é
co-nhecimento, mas desempenho. Além disso, não representa a apli
cação do bom senso, ou da liderança, menos ainda da
manipula-ção financeira. Seu exercício baseia-se no conhecimento e res
ponsabilidade" (Drucker- 1980), e aí sim, podemos afirmar
Se buscarmos subsídios erri,muitos outros autores, como Edwood
Buffá, Raymond Mayor, Lawrence Bethel, Sérgio Batista
Zaca-relle, V.H. Russumano etc, verificaremos sua preocupaçao
em tentar elucidar tais limites para os profissionais que
atuam na área produtiva (principalmente Engenheiros e
Admi-nistradores} , sem contudo atingir de forma satisfatória tal
intento, pois os limites ou campos de atuação se interagem,
se confundem e se completam, uma vez que não se trata de
atividades estáticas.
Mesmo assim, vamos tentar delimitar um campo de atuação para
tais profissionais, embora saibamos que tal tarefa é
bastan-te árdua, mas, podemos, pelo menos, demonstrar que
é
possívelo aproveitamento de ambos de forma bastante racional na área
produtiva, pois cada um tem importantes colaborações a
pres-tar ao setor.
Com absoluta segurança, podemos afirmar que a participação de
administradores na área de produto é absolutamente viável
-coisa que tem sido vista com certo ceticismo pelo mundo dos
negócios -, pois administrar, como vimos anteriormente,
sig-nifica coordenar esforços em prol de um objetivo, e esta
de-finição serve igualmente a qualquer área da empresa seja
fi-nanças, pessoal, marketing ou produção. Pela sua própria for
mação acadêmica, nos parece que o Administrador pode
reali-zar tal tarefa melhor que qualquer outro profissional.
Sem que haja uma fronteira clara para sua atuação, parece-nos
que o Engenheiro Industrial, ou Engenheiro de Produção seja
ra mensurar e extrair das máquinas, dos métodos e dos siste
mas,. a maior produtividade possível.
Podemos também afirmar que para 。エゥョァセイ@ os objetivos do
se-tor de produção, o administrador desta área vale-se igualmen
te dos recursos da Pesquisa Operacional e da coordenação ra
cional de esforços.
Ou seja, podemos afirmar que para a tomada de decisão o
ad-ministrador da produção vale-se em grande parte da pesquisa
operacional, que procura solucionar os problemas administra
tivos pelo emprego da estatística, cálculo de
probabilida-des, teoria dos jogos, programaçao linear, teoria dos
gra-fos, álgebra simbÓlica etc.
Desse modo, se considerarmos que Administrar a produção é a
perfeita utilização das técnicas anteriores, então afirmaria
mos que o profissional mais qualificado para ocupar tal
car-go é o Engenheiro de Produção, pois estas técnicas para
se-rem aplicadas requese-rem uma.desenvoltura matemática muito
grande, que costumam ser peculiares a tais profissionais já
pela sua própria formação acadêmica.
Porém, se defendermos que administrar é algo muito mais
am-plo, que envolve não só restrições quantitativas ponderáveis
ou nao, セ。ウ@ também qualitativas (como por exemplo de relações
humanas, de conjuntura social e econômica etc), então diria
mos que as técnicas de pesquisa operacional,supra citadas,
constituem-se num suporte ou ferramenta! utilizado para a to
me-セ@
nos a primeira vista, que o Administrador talvez seja o
pro-fissional mais qualificado p·a.ra exercer tal função, pois
em-bora não domine com tanta facilidade quanto um Engenheiro as
técnicas de Pesquisa Operacional, as conhece e as domina
pe-lo menos superficalmente, e domina também téncicas de
psico-logia, sociopsico-logia, etc aplicadas
à
administração, que lhespermite uma maior desenvoltura.
3.2 O Currículo MÍnimo dos Cursos de Administração
Antes de se efetuar a análise do objeto da pesquisa
propria-mente dito, faz-se necessário conhecer os pareceres do CFE
do MEC, que orientam os Cursos de Graduação em Administração
no Brasil. Isto porque, estes pareceres fornecem a visão exa
ta daquelas matérias e cargas-horárias que constituem o deno
minado "Currículo MÍnimo ao exercício da profissão de
Técni-co em Administração", além das disciplinas Técni-complementares e
sua classificação .. entre as denominadas de Cultura Geral, Ins
trumentais, de Formação Profissional e Integrativas.
Pretende-se também analisar os recentes trabalhos e estudos
para alteração do Currí.culo MÍnimo em vigor, que vem se
pro-cessando de forma intensiva nos Últimos anos.
E, por fim, realizar um trabalho de levantamento acerca das
contribuições e ·trabalhos existentes sobre os Cursos de
Ad-ministração ministrados no Brasil.
Espera-se com isso.conhecer como e encarado o problema do
oficiais e intelectuais.
3.2.1 Os pareceres do CFE
A profissão de Administrador pode ser oferecida pelas
Insti-tuições de Ensino Superior com habilitação em (Lei 4769-1965):
Administração (Pública ou de Empresas);
Administração Hospitalar;
Comércio Exterior.
O CFE, nos termos da Lei de Diretrizes e Bases, fixou, ーッイエ。セ@
to, o Currículo Mínimo do curso que habilita para essa ーイッヲゥセ@
são, valendo-se para tanto da divisão do conteúdo curricular
em grupos de matérias que, articuladas entre si, são indisso
ciáveis do fato administrativo.
Os trechos do Parecer n9307/66 do. CFE, transcritos a seguir,
fornecerão uma melhor compreensao da forma proposta, e de sua
real validade.
Três foram os grupos de disciplinas propostas:
"Em primeiro lugar, as de Cultura Geral, objetivando o conhe .
cimento sistemático dos fatos e condições institucionais em
que se insere o fenômeno administrativo; os Instrumentais,
oferecendo os modelos e técnicas, de natureza conceitual ou
operacional, vinculadas ao processo administrativo; e,
final-mente, as de Formação Profissional.
Dentro do primeiro grupo, as ciências jurídicas e sociais fi
xam o quadro normativo, a que se subordina a administração e
às últimas identificar, sob as estruturas formais de organi
zação, o fluxo de açoes e reações セ@ de pessoas e de grupos
- que intervêm na estrutura social e administrativa,
proje-tando sobre a legalidade dos sistemas normativos os fatores
contingentes. As ciências econômicas se revestem no currícu
lo de um caráter ambíguo, articulando-se ao mesmo tempo com
as ciências culturais e as operacionais, e integrando de
certa forma o próprio campo das ciências administrativas.Cam
efeito, grande parte da administração - especialmente a de
empresas - se produz num contexto econômico e visando a efei
tos econômicos. Entretanto, apesar.de inscritas num campo,
em parte comum, de operações, constituem categorias
distin-tas, na medida em que as ciências econômicas, no caso,
ape-nas instrumentam a visão do administrador para as suas deci
sões pragmáticas. são mais especulativas, algumas, ou instru
mentais, outras, enquanto as disciplinas de 。、ュゥョゥウエセ。 ̄ッ@ ·são
fundamentalmente operacionais. Constituem estas, em verdade,
menos uma forma especial de conhecimento que um repertório de
normas práticas nas ciências já mencionadas. Situam-se antes
no âmbito das técnicas ou das artes, que das ciências".
Ainda dentro do Parecer n9307/66, o CFE cita que as Ciências
Econômicas se resumem à Teoria Ec0nÔmica e Economia Brasilei
ra, e encerra a parte destinada às disciplinas denominadas
de Cultura Geral, afirmando que a distribuição de matérias e
laboradas naquele Parecer não pretende estabelecer fronteiras
rígidas entre os grupos. Isto porque, além da continuidade
conceitual entre algumas delas, verifica-se a ambivalência de
do Administrador, quanto por sua função instrumental em rela
ção às demais.
O Parecer em questão passa, em seguida, a discorrer sobre as
disciplinas denominadas de Instrumentais, chegando à eウエ。エ■セ@
tica, a Matemática, às Ciências Contábeis. E, finalmente,
passa a dissertar de forma mais direta sobre as disé:i:plinas
de Administração, ou de Formação Profissional:
"Substituimos, aqui, a orientação adotada em algumas de
nos-sas escolas por outra que nos parece mais sistemática. Nela
a Administração Geral descreve as grandes funções; e um
con-junto de outras matérias. Entre outras funções, destacam-se
as que avultam a importância para a Administração.
Observa--se, contudo, a ausência de critério sistemático na discrimi
nação dos campos: alguns estariam normalmente incluídos na
Administração Gerál, e outros não correspondem adequadamente
às áreas em que ela decompÕe".
"Introduzimos a Teoria Geral da Administração,·que funde os
objetivos da Introdução e da Administração Geral,
ultrapas-sando seus limites atuais, como matéria que adicionalmente
estabelece- a ligação entre a administração e o conjunto de
ciências que a aplicam e ・ュッャ、オセ。ュN@ A estrutura administrati
va, com efeito, constitui fundamentalmente um problema
polí-tico e jurídico, e apenas secundariamente um problema de
or-ganização formal. O novo esquema enriquecerá, dessa forma, os
aspectos secundários, vitalizando-os pelo confronto da
admi-nistração com seus conteúdos sócio-culturais e fertilizará a
Finalmente, terá essa matéria um papel integrativo,
propor-cionando, no topo do curso, a síntese que ilumina o conjunto
das matérias já percorridas. No fundo, trata-se duma síntese
dos aspectos instrumentais e culturais do currículo".
"No plano específico da administração, discriminamos as maté
rias segundo as grandes funções que nela essencialmente se
incluem".
"Embora o curso integre num só currículo os dois campos - o
da administração pública e o de empresas - deverá o aluno
incorporar obrigatoriamente ao currículo o Direito
Adminis-trativo, ou a Administração da Produção e a Administração de
Vendas. A opção livre entre as alternativas lhes ーイッーッイ」ゥッョセ@
rã condições de orientar-se preferencialmente para o serviço
público ou o setor empresarial".
"Com a liberdade que lhes é, aqui, atribuída, as escolas
po-derão ministrar as matérias do currículo mínimo com
diferen-tes dosagens de tempo e de acento quanto aos objetivos, assim
como organizar cursos ou seminários de aplicação mais restri
ta ou especializada".
Na verdade, o presente Parecer, em sua segmentação que
pode-ríamos denominar de destinada
à
formação da estruturacurri-cular, lembra que devemos superar 'a tendência atomística, que
trata as matérias de maneira autônoma , cabendo-nos contrapor
a essa fórmula a solução estruturalista. Assim atuando, esta
interrelacionam e se completam. Tanto que o Parecer em pauta
explicita:
"O problema,- portanto, é condensar sem mutilar. A
flexibili-dade do currículo deve ser entendida também, e sobretudo,
nesse sentido, de estabelecer dentro de urna estrutura formal
o fluxo que articule internamente as matérias, as amplie ou
restrinja, segundo os objetivos que se tem em mira. No fundo,
trata-se da experiência (um tanto
à
maneira de Dewey) , quese visa incorporar-ao espírito do aluno, e que se enriquece
sem deixar de ser contínua. O número de matérias não é tão.
importante, assinalando aspectos diferenciados da
experiên-cia: o importante é selecionar algumas matérias,
suficiente-mente nucleares para integrarem, na sua fecundidade e
segun-do um métosegun-do dinâmico, a maior quantidade possível desses as
pectos. No fim de contas, com- um repertório reduzido se pode
atingir a mesma arnpli·tüde dos currículos excessivos, sem os.
inconvenientes-- da· fragmentação e ·da sobrecarga".
"Por isso mesmo, insistimos, o problema ・ウウ・ョ」ゥ。セ@ nao é criar
urna arquitetura curricular: mais importante é a metodologia
que desenvolve, dentro de roteiros estabelecidos no plano de
matérias, programas de trabalho vinculados às necessidades
do meio e às possibilidades didáticas da Escola. O currículo
mínimo é apenas incoativo, cabendo às Escolas completá-lo
nao so com matérias novas corno também através da explicitação
das matérias nele contidas. Elas devem convencer-se de que
têm de servir-se do currículo, e não de servi-lo. Trata-se
apenas dum instrumento, e não de um fim, ou de urna norma
minar uma liberdade criadora que continua postergada -
ape-sarda lei - pela força de velhos estereótipos".
Encontramos ainda no Parecer n9307/66, aprovado em 08 de
ju-lho de 1966, a Resolução S/N, de mesma data, que fixa os
mí-nimos de conteúdo e duração do curso de Administração,
des-crita a seguir, por tratar-se de materiais de importância in
contestável para apreciação dos currículos de Administração,
e especificamente dos programas das disciplinas que compõem
o objeto do presente trabalho:
"O Presidente do Conselho Federal da Educação, no uso das a
tribuições que lhe conferem os artigos 99 (letra E) e 70, da
Lei de Diretrizes e Bases, e tendo em vista o Parecer 307/
66,
RESOLVE:
Artigo 19) O currículo mínimo do curso de. Administração, que
habilita ao exercício da profissão de Técnico de
Administração, será constituído das seguintes
ma-térias :_.
Matemática Estatística Contabilidade Teoria Econômica
Psicologia (aplicada a Administração) Sociologia (aplicada a Administração)
Instituições de Direito Público e de Direitos Pri
vado (incluindo Noções de セエゥ」。@ da Administração)
Legislação Social Legislação Tributária
Administração Financeira e oイ。ュセョエッ@ Administração de Pessoal Administração de Material
Parágrafo Onico - A esse elenco de matérias se incorpora dbri
gatoriamente o Direito Administrativo, ou a Administração da
Produção e a Administração de Vendas, segundo a opção do alu
no.
Artigo 29) Para obterem diploma, os alunos do curso de aセ@
nistração serão obrigados a realizar um estágio
supervisionado de seis meses, junto a órgãos do
serviço público ou empresa privada, segundo a sua
opção, respeitando o disposto no artigo 29
pará-grafo Único, letra C, da Portaria Ministerial N9
159/65.
Artigo 39) O curso de Administração será ministrado no tempo
Útil de 2.700 horas-aula, fixando-se para sua
in-tegralização anual o seguinte quadro de
referên-cia, de acordo com a Portaria Ministerial N9 159 '·
de 14 de julho de 19B5:
a) limite mftíimo
-
338 horas-aulab) ャゥュMゥᄋエセ@ médio 675 horas-aula
c.)/'Timi te máximo
-
772 horas-aulaParágrafo Onico - Para efeito de enquadramento do diploma no
serviço público federal, a duração fixada neste artigo
cor-responde a quatro anos letivos.
Artigo 49) Poderão obter a graduação em Administração os
Ciên-cias Sociais, em Curso de Contador e de Atuário,
bem como em cursos de ensino superior
ministra-dos por estabelecimentos de ensino da
Aeronáuti-ca, do Exército e da Marinha, desde que venham a
cursar as matérias do currículo de Administração,
que não tenham figurado em seu curso anterior (No
va redação dada pelo Parecer N9 104/68).
Parágrafo Onico - Caberá às escolas estabelecer critérios
flexíveis de aproveitamento de preparo obtido pelo aluno em
seu curso anterior, especialmente quanto aos programas de es
tudos, com a respectiva duração e nível.
Artigo 59) Quando feito na forma prevista no artigo anterior
o curso deverá ser ministrado no tempo útil de
1350 horas-aula, observando para integralização
anual o quadro de referência estabelecido no arti
go 39.
O presente Parecer discorre ainda sobre Cursos Especiais de .
Graduação, assim como s.obre as diversas Habilitações ーイッーッセ@
tas pelo mesmo.
3.2.2 Os estudos para alteração do currículo minimo e as contribuições da EAESP -.FGV
O CFE-MEC, através de sua Secretaria de Educação Superior,
vem desenvolvendo estudos com a finalidade de aprovação de
um novo "Currículo Mínimo" que habilite à profissão de Admi
Para o desenvolvimento de tais estudos, foi criado, em
agos-to de 1981, o Grupo de Trabalho de Consulagos-tores do Ensino de
Administração, através da Subsecretaria de Desenvolvimento
da Educação Superior. Desse Grupo de Trabalho participam 」ッセ@
sultores escolhidos pelo MEC, nas várias escolas de
adminis-tração brasileira e especialistas do Conselho Federal de Téc
nicos em Administração e da Federação Nacional dos Técnicos
de Administração.
A EAESP-FGV, pioneira no ensino de Administração no Brasil,
não poderia deixar de participar deste importante Grupo de
Trabalho, sendo representada pelo professor Carlos Osmar Ber
tero, que fez parte da equipe inicialmente constituída.
Após sua oficialização em maio de 1982, o Grupo de Trabalho
começou suas pesquisas visando o estudo dos currículos
míni-mos dos Cursos de Administração, com o objetivo de
apresen-tar propostas de modificação que julgasse necessárias.
Os trabalhos - realizados através de reuniões, seminários,
debates, palestras, etc - deram origein, em setembro de 1983,
a um "Documento Final", que foi enviado ao CFE, para análise
e possível aprovação, sob o título de "A Formação do
Profis-sional em Administração".
Em novembro de 1983, recebemos em nossa Escola cópia desse
documento para que pudéssemos, novamente, colaborar no senti
do de aperfeiçoá-lo.
Já em_março de 1984, coube
à
Professora Yolanda Ferreira BalAdministra-çao da EAESP-FGV, tecer considerações·acerca do "Documento
Final", cujas partes mais importantes são transcritas a
se-guir:
11 destaco que o citado documento aborda duas diferentes
matérias relativas ao Curso de Graduação em Administração:
QセI@ Depois de várias considerações quanto
à
estratégia eme-todologia de trabalho da Comissão, o documento faz uma
análise do currículo mínimo e do currículo pelo desse
curso;
RセI@ Ao final dessa análise, sugere-se, no trabalho, a trans-·
formação da exigência atual de estágio supervisionado,
em "Prática de Administração", tal corno definida num
projeto de lei, anexo ao documento."
No que se refere·
à
primeira ーセイエ・L@ o Grupo de Trabalho sepreocupou com a caracterização do perfil do profissional
ad-ministrador, atendo-se a um-elenco de funções em que ・ウウ・ーイセ@
fissional deveria ser proficiente, com a seguinte definição:
11 Planejar, dirigir e coordenar os processos técnicos que
visam a otimização das áreas de pessoal, finanças,
pro-dução e mercadologia;
Planejar, dirigir e coordenar estudos e análises, bem co
mo a implementação de programas de racionalização
admi-nistrativas;
Dirigir e coordenar as atividades produtivas e de
admi-nistração dos diferentes recursos de sua organização;
Desenvolver e formular políticas, sistemas, métodos e pro.
..
sarial;
Dirigir programas de avaliação de políticas, planos e me
tas, orçamentos, sistemas, métodos e procedimentos, bem
como o desempenho do trabalho em todas as áreas e
fun-çoes de uma empresa, para qualificar sua efetividade,
eficiência e eficácia administrativa e produtiva;
Tomar decisões racionais, éticas e responsáveis, na solu
çao efetiva dos problemas e na utilização de
oportunida-des que enfrente em sua vida profissional".
Em conseqtlência, o currículo mínimo sugerido para o crirso de
Administração, deveria incluir:
a) Matéria de formação Básica e Instrumental;
· b) Matérias de formação Profissional, subdivididas em
Maté-rias de Formação Profissional Geral e MatéMaté-rias de
Forma-ção Profissional Específicas.
As matérias de Formação Básica e Instrumental, segundo o pro
jeto, "objetivam dotar o aluno de bases científicas,
consis-tentes, que lhe permita preparar-se adequadamente para o
aprendizado profissionalizante, e se movimentar dentro da es
trutura curricular de seu curso, da forma mais racional e prQ
dutiva possível", e deveriam cobrir os campos de
conhecimen-to necessârios a esse aprendizado.
o
Grupo de Trabalhosuge-riu, então, que essas matérias cobris-sem os seguintes campos
de conhecimento:
"Economia;
Métodos Quantitativos;
Contabi li da de;